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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

ESCOLA SUPERIOR DE NEGÓCIOS E EMPREENDEDORISMO DE CHIBUTO-ESNEC

Curso: Gestão Comercial 2o ano I Semestre

Cadeira: Gestão de Produção e Aprovisionamento

Tema:
Gestão de Produção, operações e Aprovisionamento

Discentes: Docente:
Vaid Issufo Fahar Engo. Osvaldo Samo
Cassamo Ibrahimo Issa
Neusia Abdul Cassamo
Messias Dovelo

Chibuto, Junho de 2021


Índice
Introdução...................................................................................................................................................2
Objectivos................................................................................................................................................2
Objectivo geral....................................................................................................................................2
Objectivos especificos.........................................................................................................................2
Metodologia................................................................................................................................................4
Revisão de literatura.................................................................................................................................5
Conceito da Gestão da Produção..........................................................................................................5
Evolução Histórica da Administração da Produção...........................................................................6
Marcos históricos da Gestão de produção...........................................................................................6
Revolução industrial (1700-1776).....................................................................................................6
Período pôs guerra civil (1865-1900)................................................................................................7
Administração cientifica (1863-1947)...............................................................................................7
Relações humanas e behaviorismo (1927-1932)...............................................................................7
Pesquisa operacional (1945- aos dias de hoje).................................................................................7
Informática Auxiliando a Administração da Produção..................................................................8
Gestão de Aprovisionamento................................................................................................................8
Importância do aprovisionamento...................................................................................................8
Responsabilidades da gestão de produção e operações.......................................................................9
Bens produtos e serviços.....................................................................................................................10
Características do produto..............................................................................................................11
Características dos serviços............................................................................................................11
Características dos bens..................................................................................................................12
Modelo de transformação...................................................................................................................12
Aplicabilidade da gestão de produção e operações...........................................................................13
Relação entre produção e outras áreas da organização....................................................................14
Competitividade e suas medidas.........................................................................................................14
Relevância da competitividade.......................................................................................................15
Conclusão.................................................................................................................................................16
Referência bibliográfica..........................................................................................................................17
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Introdução
O presente trabalho tem como principal foco a evolução, fases, e marcos históricos da gestão de
produção, e operações, seus conceitos, características e componentes.

A Gestão da Produção é o processo/actividade pela qual os recursos, fluindo dentro de um


sistema definido, são reunidos e transformados de uma maneira controlada, para acrescentar
valor, de acordo com os objectivos organizacionais/ políticas definidas pelos responsáveis da
empresa.  A gestão de produção deve ser realizada com o auxílio a tecnologia como o Flow
Manufacturing, que monitoriza e controla todas as etapas do processo de produção, sendo
integrável com equipamentos usados no chão de fábrica e com o ERP. Uma boa gestão da
produção garante a empresa a obtenção de níveis satisfatórios de qualidade, aumento da
lucratividade e diminuição dos custos do negócio, além é claro da satisfação dos funcionários e
cliente. Algumas ferramentas online para realizar esse tipo de controle em pequenas e médias
empresas de serviços são o Runrun.it, o Trello e o Acelerato Projetos. Esses sistemas controlam
variáveis como fluxos de trabalho, tempo x tarefa, produtividade e outros aspectos que fazem
parte da gestão da produção de serviços. Empresas que investem em uma boa ferramenta
auxiliar, possuem maior facilidade em implantar e executar o controle de produção. Dessa forma,
aperfeiçoam o seu desempenho de modo mais rápido e eficaz.

Objectivos
Objectivo geral

Estudar a Gestão de produção e operações

Objectivos especificos

 Conceituar a gestão de produção e aprovisionamento;

 Identificar e descrever os marcos gitoricos da GP;

 Conceituar a gestão de aprovisionamento.


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Metodologia
Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na
Internet. Gil (1991).
Quanto aos objectivos a mesma pesquisa é descritiva. Segundo Gil (2006), o objectivo principal
de uma pesquisa descritiva é descrever características de determinados fenómenos, neste trabalho
descreve-se a evolução da Gestão de produção e operações, marcos históricos, responsabilidades
e importância. O trabalho é composto por três partes sendo elas: parte introdutória,
desenvolvimento e parte conclusiva.
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Revisão de literatura
Conceito da Gestão da Produção
A gestão da produção, segundo Rentes (2011) pode ser definida como o conjunto das atividades
de planeamento, gerenciamento e controle operacional da produção. De acordo com Chiavenato
(2005) a gestão da produção utiliza recursos físicos, materiais e a tecnologia de forma integrada e
coordenada transformando-os em produtos e ou serviços.
A gestão da produção é uma actividade que atinge a todos os ramos de organizações (indústria,
comércio e serviços); ela está em todos os sectores da organização. A sua dinâmica de
operacionalização ocorre através da utilização das funções básicas da gestão (Planear, Organizar,
Comandar, Controlar e Coordenar), com o objectivo de promover com êxito as actividades
inerentes à empresa.

Segundo Slack (1996, p.34) a produção é a função central das organizações já que é aquela que
vai se incumbir de alcançar o objectivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.

A função produção preocupa-se principalmente com os seguintes assuntos:

 Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção para atender a


procura e ser competitivo.
 Projecto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços.
 Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos.
 Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e produção "magra" (lean).
 Ergonomia
 Estudo de tempos e movimentos;
 Planeamento da produção: planeamento de capacidade, agregado, plano mestre de
produção e sequenciamento;
 Planeamento e controle de projectos.
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Evolução Histórica da Administração da Produção

Antes mesmo do surgimento dos termos “gestão”, “administração” ou “engenharia de produção”,


o homem já organizava seus produtos e procurava prestar seus serviços da melhor forma
possível.

Segundo Rentes (2011, p. 37 - 40), um dos registros mais antigos sobre administração da
produção são dos Monges suméricos em 5000 A.C., onde os mesmos contabilizavam os
estoques, empréstimos e impostos decorrentes de suas transações comerciais.
A partir da Revolução Industrial dos séculos XIII e XIX, surge à criação de fábricas, utilização
intensiva de máquinas, os primeiros movimentos dos trabalhadores contra as condições de
trabalho e a noção que o poderio econômico e político ligavam-se à capacidade de produção.
Moreira, (2012).
Mas a Administração da Produção fica realmente evidente através dos trabalhos de Frederick W.
Taylor que surge com a sistematização do conceito de produtividade, ou seja, a procura por
melhores métodos de trabalho e de produção para se obter a melhoria constante na produtividade
com o menor custo possível. Martins, (2005). Ainda segundo o autor na década de 1910, Henri
Ford cria a linha de montagem seriada, método que revoluciona os processos produtivos e que é
utilizado até os dias atuais. Surgindo assim o conceito de produção em massa que significa
grandes volumes de produtos padronizados (sem ou com baixíssima variação no produto final), o
resultado dessa produção em massa foi a aumento de produtividade, qualidade e uniformidade
dos produtos ofertados.

Marcos históricos da Gestão de produção


Revolução industrial (1700-1776)
Ocorreu na Inglaterra em 1700, envolveu dois elementos principais: a difundida substituição da
força humana e da água pela força mecanizada e o estabelecimento do sistema fabril. O motor a
vapor, inventado por James Watt em 1764, forneceu a força motriz para as fábricas e estimulou
outras invenções da época. A publicação de ―A riqueza das Nações‖, de Adam Smith, em 1776,
avaliava os benefícios económicos da divisão do trabalho, também chamada especialização de
mão-de-obra, que dividia a produção em tarefas menores, especializadas, que eram atribuídas aos
trabalhadores.
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Período pôs guerra civil (1865-1900)


A abolição do trabalho do escravo, o êxodo de trabalhadores do campo para as cidades e a
maciça influência de imigrantes no período de 1865-1900 forneceram uma grande força de
trabalho para os centros urbanos industriais em fraco desenvolvimento.
Administração cientifica (1863-1947)
Frederick Winslow Taylor é conhecido como o pai da administração científica. Ele estudou os
problemas fabris de sua época cientificamente e popularizou a noção de eficiência - obter o
resultado desejado com o menor desperdício de tempo, esforço e materiais. O grande marco da
administração científica ocorreu na Ford Motor Company no início do século XX, onde Henry
Ford projectou o Ford Modelo T para ser construído em linhas de montagem.
Relações humanas e behaviorismo (1927-1932)
O movimento das relações humanas iniciou-se em Illinois com o trabalho de Elton Mayo, F. J.
Roethlisberger, T. N. Whitehead e W. J. Dickson na instalação da Western Electric Company,
em Hawthome, Illinois. Os Estudos de Hawthorne foram iniciados a princípio por engenheiros
de produção e tinham como meta determinar o nível óptimo de iluminação para obter o máximo
de produção dos trabalhadores. Quando esses estudos produziram resultados confusos sobre a
relação entre o ambiente físico e a eficiência dos trabalhadores, os pesquisadores deram-se conta
de que factores humanos deviam estar afectando a produção.
Pesquisa operacional (1945- aos dias de hoje)
A campanha europeia da Segunda Guerra Mundial usou enormes quantidades de força de
trabalho, suprimentos, aviões, navios, materiais e outros recursos que tiveram de ser desdobrados
num ambiente extremamente agitado. Nunca antes as Organizações enfrentaram decisões
administrativas tão complexas. Por causa dessa complexidade, equipes de pesquisa operacional
eram formadas em todos os ramos dos serviços militares. Estas equipes utilizavam muitas das
disciplinas académicas da época. Um dos importantes desenvolvimentos de nosso tempo é a
disseminação dos serviços nas economias. A criação de Organizações de serviços acelerou-se
bastante depois da Segunda Guerra Mundial e ainda está se expandindo.
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Informática Auxiliando a Administração da Produção

A tecnologia da informação segundo Davis, Aquilano e Chase (200, p. 82-84) tem tido um
impacto significativo e positivo em como os produtos e serviços são ofertados. A utilização de
sistemas integrados auxilia na comunicação entre todas as áreas da empresa e faz com que as
informações não sejam perdidas e ainda que todos saibam e consigam buscar qualquer detalhe do
processo. Ou seja, integra os aspectos da produção em um sistema automatizado. Ainda de
acordo com os autores as seguintes razões também podem apoiar a decisão da empresa em
investir na tecnologia da informação:. Manter participação no mercado; evitar grandes perdas;
Criar maior flexibilidade e adaptabilidade; melhorar a resposta; Melhorar a qualidade dos
serviços; Elevar a previsibilidade das operações.

Gestão de Aprovisionamento

Gestão do aprovisionamento - metodologia usada para examinar todas as facetas da compra e do


uso dos materiais e serviços comprados. Processo designado para maximizar o valor do dinheiro
investido em materiais e serviços comprados. É um processo que visa criar estratégias para gerir
a procura e o uso dos materiais e serviços. Riggs, Robbins, (1997)
A função aprovisionamento compreende o conjunto de operações que permitem pôr à disposição
da empresa em tempo oportuno, na quantidade e na qualidade definidas, todos os recursos
materiais e serviços necessários ao seu funcionamento, ao menor custo.
Importância do aprovisionamento
Do exposto pode deduzir-se a importância da função aprovisionamento não apenas pelo valor do
capital aplicado em stocks, mas pela importância estratégica desta função.
Uma boa gestão da função aprovisionamento pode ser fonte de vantagem competitiva para a
organização, na medida em que contribui para:
• gerar diferenciação face à concorrência, através de uma selecção criteriosa de fornecedores
qualificados que assegurem a qualidade dos fornecimentos e serviços prestados;
• reduzir os custos e os prazos de entrega dos produtos (bens tangíveis e serviços) fornecidos
através de contratação adequada, de gestão económica dos stocks, de armazenagem e
expedição convenientes.
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Nos anos 30, o departamento de teoria laborais de Adam Smith criou uma maneira de organizar
trabalho por funções para aumentar a eficiência dos operários. Esta organização criou
o departamento da procura que foi concebido para aumentar a eficiência de uma empresa em 3
áreas:

 Compra de materiais e serviços;


 Eficiência dos operários por tarefa;
 Beneficiar de compras em larga escala. Riggs, Robbins, (1997)

O departamento do aprovisionamento teria uma equipe de pessoas para realizar as tarefas de


compra como:

 Produzir ordens de compra;


 Planejar e receber materiais;
 Selecionar fornecedores;
 Negociação de termos;
 Pagamento de contas;
 Desenvolvimento de contratos. Riggs, Robbins, (1997)

Este método funcionou bem até aos anos 70, mas nesta década surgiu o conceito do indivíduo e o
poder das equipas. Estes dois novos conceitos organizacionais mudaram a organização de vários
aspectos na empresa como a contabilidade, serviços de informação e o próprio
aprovisionamento. Estes novos conceitos nas antigas estruturas desequilibrou as organizações.
Riggs, Robbins, (1997)
Responsabilidades da gestão de produção e operações

A administração de produção e operações tem como responsabilidade o desempenho de técnicas


de gestão da produção de bens e serviços, já que possui como principal finalidade desenvolver
produtos e serviços a partir de matéria-prima.
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A administração da produção e operações tem como responsabilidade:

 Compreender e desenvolver os objetivos estratégicos da produção;


 Criar produtos, serviços e processos de produção;
 Realizar planeamento;
 Proporcionar melhoria contínua do desempenho da produção;
 Gerar visão sistêmica do processo.

Todas essas responsabilidades são de extrema importância para que os objetivos de uma
organização possam ser alcançados a tempo e com qualidade de seus produtos. Dessa forma fica
mais fácil garantir que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, tempo e nível
de qualidade adequado, garantindo assim um alto índice de produtividade e menor índice de
falhas e erros. Como consequência ocorre a diminuição do custo de produção e aumento da
lucratividade.

Bens produtos e serviços

Segundo Kloter e Armstrong (1998), Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um
mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer um desejo ou
necessidade

Lovelock e Wright (2005) conceituam serviços como um ato ou desempenho que cria benefícios
para clientes no/ou em nome do destinatário do serviço.

Bens são todos aqueles objetos materiais ou imateriais que sirvam de utilidade física ou ideal
para o indivíduo. Segundo Silvio Rodrigues “Para a economia política, bens são aquelas coisas
que, sendo úteis aos homens, provocam a sua cupidez e, por conseguinte, são objetos de
apropriação privada.” (2003: 115)

Produto, segundo prevê o Código de Defesa do Consumidor, é qualquer bem, seja ele móvel ou
imóvel material ou imaterial.

Serviço, por sua vez, é qualquer actividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, excetuadas as
que decorram de relações trabalhistas.
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Características do produto

Como visto, as variáveis envolvidas no Produto são muitas.

 Qualidade: tem a ver com o quão perfeitamente seu produto satisfaz um desejo ou
necessidade do cliente.
 Apresentação: A apresentação pode ser o diferencial numa escolha entre concorrentes. Um
produto não só deve ter qualidade como deve também aparentar ter qualidade. Cores,
embalagem, exposição, sem dúvida alguma influenciam na decisão de compra. A
apresentação não deve apenas ser esteticamente agradável, mas deve também ser coerente
com seu público-alvo.
 Marca: A construção de uma marca forte para seu produto é consequência de um
relacionamento satisfatório com seu mercado-alvo. Quando esta identificação positiva se
torna forte o bastante, sua marca passa a valer mais do que o próprio produto oferecido. 
Características dos serviços

Segundo Kotler e Keller (2006), a intangibilidade, a inseparabilidade, a variabilidade e a


perecibilidade são características dos serviços. Vejamos um pouco sobre cada uma delas.

 Intangibilidade: por não ser palpável como um bem tangível, o serviço é um produto que
não tem como ser experimentado antes de ser adquirido, ou seja, o verdadeiro
conhecimento pelo mercado somente acontece quando o serviço começa a ser prestado.
 Inseparabilidade: não é possível estabelecer uma separação entre a produção e o consumo
dos serviços, como se faz com produtos físicos que são produzidos, armazenados,
transportados e posteriormente adquiridos e consumidos. Os serviços são consumidos
simultaneamente à sua produção, ou seja, ao mesmo tempo em que é prestado.
 Variabilidade: por depender de quem os realiza, assim como onde e quando são
realizados, os serviços apresentam elevado grau de variabilidade, tornando-se um desafio
aos gestores estabelecer um padrão que assegure qualidade e identidade aos serviços
prestados.
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 Perecibilidade: assim como bens tangíveis, os serviços também são perecíveis, ou seja,


deixam de existir num determinado período de tempo. No caso dos bens tangíveis, eles
apresentam prazo de validade e podem ser estocados por determinado período de tempo,
já no caso de serviços, estes não podem ser estocados para uso posterior, o que, portanto,
se torna um desafio aos gestores para dimensionar a estrutura adequada para prestação
dos serviços sem excesso ou escassez.

Características dos bens

 Inalienabilidade: característica somente dos bens afetados (bem de uso comum e


especial). Esses bens, enquanto conservarem a sua qualificação, não podem ser
alienados.
 Imprescritibilidade: são imprescritíveis (não prescrevem) as pretensões da
administração pública com relação aos bens públicos. 
 Impenhorabilidade: decorre da característica da inalienabilidade dos bens públicos,
ou seja, os bens públicos não podem ser dados como garantia e não podem ser
objeto de execução judicial (adjudicação ou arrematação).

Modelo de transformação
Tendo em vista que a GP* é o gerenciamento das atividades, recursos e materiais que serão
utilizados para criação de produtos e/ou serviços, resta nítido que no interior destas atividades
existe um processo de transformação, que é constituído de Inputs (Entradas), geralmente matéria-
prima, que sofre um processo de transformação tendo como resultado a criação de produtos e/ou
serviços que são os Outputs (Saídas).
“O processo de produção da Jaipur Rugs é um sistema complexo que inicia com a aquisição
global de matérias-primas e termina com a distribuição mundial dos produtos acabados”.
Prahalad, (2010). O processo de transformação é a parte onde os inputs serão alterados ou
transformados, ele pode ser constituído de diversas ferramentas (tecnológicas, intelectuais,
humanas, eletrónica, etc.), nesse momento aquilo que entrou (input/entrada) terá sua matéria
desfeita para se transformar em um novo bem ou produto.
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Aplicabilidade da gestão de produção e operações


Em qualquer empresa, a gestão de operações desempenha um papel fundamental. O profissional
da área é responsável por tomar decisões referentes a todos os recursos e processos que entram
na empresa – como energia, trabalho, matérias-primas, capital e informação – que resultarão no
produto final.
Empresas que buscam inovação, eficiência e querem se manter competitivas, devem olhar para
dentro e garantir que as decisões referentes às operações do negócio estão sendo tomadas de
forma eficiente. Estudos na área são enfáticos ao apontar que companhias que utilizam métodos
e técnicas de gestão têm maior potencial de competitividade, independente do setor ou indústria
de atuação. Existem cinco dimensões – ou objetivos – que determinam o desempenho da
manufatura e servem para avaliar a qualidade da gestão das operações.
Qualidade

Refere-se ao que será produzido, envolvendo a concepção e o controle das características do


produto. Também abrange a produção e a qualidade após a venda.

Confiabilidade da entrega

Abrange os processos – ou, simplesmente, como o produto será produzido, em quais instalações
e com qual equipamento. É a parte que exige mais investimentos e determinará o sucesso a longo
prazo, portanto é extremamente crítica em termos de decisão.
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Adequação do sistema

Lida com a capacidade de produzir o necessário conforme a demanda – seguindo a máxima do


sistema just in time. O planeamento da capacidade terá implicações na utilização dos recursos e
nas instalações.

Flexibilidade

Refere-se aos materiais necessários para a produção conforme a necessidade, ou seja, a gestão do
fluxo de materiais ao longo do processo produtivo. As decisões neste nível terão implicações
junto aos fornecedores de matéria-prima e intermediários.

Força de trabalho

Envolve a gestão dos recursos humanos, o elemento mais crítico dentro do sistema. As decisões
neste nível referem-se aos processos de seleção, contratação, demissões, gestão da folha de
pagamento, formação, supervisão e motivação.

Relação entre produção e outras áreas da organização


O sistema de produção é composto por um conjunto de atividades e operações envolvidas na
produção de bens ou serviços que interagem entre si, cada qual com sua responsabilidade, e essa
integração vai determinar o resultado do sistema como um todo. Uma empresa é um conjunto de
esforços individuais em busca de um objetivo em comum”. Por mais que cada setor tenha as suas
funções específicas, eles podem – e devem – trabalhar de forma conjunta com a empresa para
garantir o crescimento de todos. Afinal, se a organização vai mal por conta de uma área, todas as
outras são afetadas igualmente. Contudo, se a empresa ganha, os funcionários também ganham.

Competitividade e suas medidas


a competitividade consiste na capacidade de um país para manter e expandir sua participação nos
mercados internacionais e elevar simultaneamente o padrão de vida de sua população.
Fajnzylber, (1988).
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Medidas para incentivar a competitividade:


 Formular uma estratégia de inovação que priorize talentos acima de tudo;
 Promover vínculos regionais e o desenvolvimento de clusters;
 Reduzir a burocracia e a corrupção em todos os níveis;
 Estabelecer pontes sólidas entre os setores público e produtivo;
 Elaborar políticas intersetoriais em vez de políticas de domínio único;
 Identificar e coletar periodicamente dados que lastreiem a elaboração de políticas
voltadas para missões específicas;
 Promover o engajamento do setor privado em inovação e empreendedorismo.

Relevância da competitividade
É relevante pois o desempenho de uma empresa é maximizado exatamente quando ela consegue
entregar mais para o mercado, utilizando menos recursos.
Podemos aumentar o desempenho de uma empresa da seguinte forma:
 Determinando as metas e objetivos estratégicos para cada equipe da empresa
 Investindo em treinamento
 Melhorando a comunicação interna
 Automatizando as tarefas
 Elaborando planos de ação
 Reconhecendo os colaboradores
 Dando valor à Gestão do Tempo
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Conclusão
O presente estudo evidenciou como a área de Gestão de Produção se envolve com as demais
áreas da empresa. Podemos destacar como principais ferramentas deste processo a gestão de
pessoas, materiais e o controle da produção. Sendo que o a gestão da produção e operações são
as duas tarefas mais importante para manter o equilíbrio da produção, a qualidade, reduzir perdas
no processo e principalmente atender os prazos de entrega.
Pudemos concluir com o trabalho apresentado que para uma boa Gestão da Produção é preciso
analisar quais recursos são disponíveis e a partir disso realizar um plano detalhado de como cada
área precisa executar suas atividades, com prazos e todos os outros fatores necessários,
analisando e controlando todos os possíveis constrangimentos e imaginando cenários para que as
eventuais não conformidades possam ser evitadas de modo a tornar todo o processo eficaz e
eficiente.
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Referência bibliográfica

Slack, Nigel, Chambers, Stuart, Johnston, Robert, (2002) - gestão da Produção: ATLAS, 2ª
edição

Chiavenato, I. (2005). Administração da Produção: uma Abordagem Introdutória (Vol. 16). Rio
de Janeiro: Elsevier.

Davis, M. M., Aquilano, N. J., & Chase, R. B. (2001). Fundamentos da Administração da


Produção (Vol. 2). Porto Alegre: Bookman.

Rentes, A. F. (2011). Gestão de Operações. In: M. O. Batalha, Introdução à Engenharia de


Produção (pp. 37-52). Rio de Janeiro: Elsevier.

Martins, P. G., & Laugeni, F. P. (2005). Administração da Produção (Vol. 2). São Paulo:
Saraiva.

Moreira, D. A. (2012). Administração da Produção e Operações (Vol. 2). São Paulo: Cengage
Leaening.

RIGGS, David; ROBBINS, Sharon (1977) - The Executive's Guide to Supply Management
Strategies. 1ª ed. Nova Iorque: AMACOM.

Lovelock C., Wright L., Marketing e Gestão, ed. Saraiva

Rodrigues, Silvio (2003), Direito Civil 1 - Parte Geral. Brasil: Saraiva.

Prahalad, (2010).

FAJNZYLBER, F. (1988). Competitividade Internacional: evolución y lecciones. Revista de la


CEPAL, n. 36, Santiago.
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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


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Curso: Gestao Comercial 2o ano I Semestre

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Tema:
Gestão de Produção, operacoes e Aprovisionamento

Discentes: Docente:
Vaid Issufo Fahar Engo. Osvaldo Samo
Cassamo Issa
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Chibuto, Junho de 2021

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