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http://reocities.com/Athens/Acropolis/9741/articulos/art13.html
[1]
Na sua origem, no início da década de 80, o movimento se definiu como sendo um movimento
pela saúde da mulher, termonologia que, inclusive, permanece na denominação da política
pública em que foram traduizidas sua demandas, ou seja o PAISM- Programa de Assistência
Integral à Saúde das Mulheres. Entretanto, no anos 90 esta terminologia foi sendo
gradativamente substituída por saúde reprodutiva. Tal inflexão decorre da inserção do movimento
brasileiro no debate internacional e está cristalizada no nome da Rede Nacional por Saúde e
Direitos Reprodutivos. Entretanto, persiste no interior do movimento um debate inconcluso acerca
da adoção definitiva e ampla da terminologia “saúde reprodutiva”. No contexto deste artigo
optamos pela terminologia “saúde reprodutiva”, deixando claro que ela pode, ainda, significar
para as participantes do movimento saúde da mulher .
[2]
Fica o desafio de interrogar a falta de referencias conceituais mais sólidas para
analisar esta relação, assim como de avançar na auto-reflexão das feministas sobre o que
tem sido a experiência de fazer a saúde e dos direitos reprodutivos uma agenda partidária.
[3]
Naquele momento, uma contribuição fundamental na construção da argumentação crítica
quanto ao controle populacional foi produzida por demográfos progressistas, com quem as
feministas estabeleceriam, desde então, um diálogo fértil e consistente.
[4]
Meta que, entretanto, nunca foi implementada.
[5] Conversa informal com o Dr. Hélio Aguina
ga ( 199 4).
[6]
No âmbito desta parceria uma referência fundamental tem sido a Professora Elza Berquó,
cujos aportes no contexto do movimento tem sido inestimáveis .
[7] Em que desempenharam um papel fundamental Carmen Barroso, assim como o apoio do
International Women’s Heallth Coalition.
[8] Uma listagem, ainda incompleta, incluiria Eliana Ribeiro, Ana Maria Costa, Ana Regina
Reis, Maria Helena Bottona, que foram da coordenação nacional do PAISM quando de sua
formulação e, hoje Elcylene Leocádio. Maria do Espírito Santo que ocupava um cargo no
IINAMPS também à época inicial de elaboração do programa e Giselle Israel na DIMED-
MS. Maria José Araújo, Tânia Lago, Lilian Vidal , Cristina Boareto, Albinéiar Plaza
Pinto, Kátia Ratto, Márcia Camargo Sarah Sorrentino ,Tisuko Shirawa que estiveram ou
estão envolvidas com o programa em níveis estaduais ou municipais. No mundo acadêmico
e das ONGS, contam-se Simone Diniz, Elizabeth Mellloni, Regina Barbosa, Wilza Villela,
Gislene Carvalho, Marina Réa, Silvia Cordeiro, Stella Aquino, Sandra Valongueiro, Bertini
XXXX. Ana Lipcke foi da direção do CREMERJ-RJ durante cinco anos; Fátima Dourado foi
Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher no Ceará e Albertina Duarte tem tido
um papel fundamental no campo da saúde das/dos adolescentes. E, em nível parlamentar,
estão Lúcia Souto (AL- RJ) e Jandira Feghali, deputada federal também pelo Rio de Janeiro.
[9] São exemplos, entre muitas outras, Maria José de Lima, Janine Schirman, Vera Baroni, ,
Irotildes Gonçalves Ferreira.
[10]
No primeiro caso são exemplos: Escola Paulista de Medicina (SP), CEMICAMP (Campinas),
Instituto Materno Infantil de Pernambuco, o Centro Integrado Amaury de Medeiros-FESP (PE),
Escola Nacional de Saúde Pública (RJ), Maternidade Assis Chateaubriand (CE). No segundo
podem ser enumerados os programas desenvolvidos pela CEPIA junto a Faculdade de
Mediciona da UFRJ e pelo Coletivo de Sexualidade e Saúde junto a centros formadores de São
Paulo. Uma última referência são cursos de curta duração inaugurados no NEPO-UNICAMP
em 1993 foram recentemente ampliados para o IMS-UERJ e o MUSA-UFBA
[11]
Conselho nacional de Saúde, Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher; Conselhos
Estaduais e Municipais de Saúde.
[12]
No primeiro caso, envolvimento formal da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
juntamente com a Redesaude, Comissão de Cidadania e Reprodução, Católicas pelo Direito de
Decidir, CUT e UNE. No segundo participação ativa de feministas na iniciativa do Conselho
Federal de Medicina.
[13]
As ilustrações, no primeiro caso, são conhecidas: esposas e filhas que se elegem com base
no capital político de maridos, ex-maridos e pais. No segundo caso, o exemplo mais contundente
é, sem dúvida, o de Zélia Cardoso de Mello que conseguiu borrar inteiramente , e no mau
sentido, as fronteiras entre vida privada e responsabilidade pública.
[14]
Projeto desenvolvido pela AVON, desde 1993, inicialmente em parceria com o Conselho
Estadual dos Direitos da Mulher de São Paulo. Desde então a iniciativa tem envolvido ativistas
de vários lugares do país e já sensibilizou/ capacitou cerca de X agentes de vendas
domiciliares.
[15]
Um episódio significativo neste sentido foi a publicação de uma matéria sobre aborto no jornal
Repórter em 1979. O subgrupo do Ação Mulher, de Recife, que se ocupava de questões
reprodutivas escreveu uma carta para o jornal criticando a matéria. Esta carta longa foi publicada
com o título: "Cadê o pai do aborto?". O Círculo de Mulheres Brasileiras em Paris, teve acesso ao
jornal e escreveu uma segunda carta apoiando a posição do Ação Mulher. Esta foi a primeira vez
que as duas autoras deste artigo estiveram juntas na esfera pública, enquanto Sonia Corrêa
integrava o grupo que escreveu a primeira carta, Betânia Ávila do grupo que fez a segunda carta.
[16]
São exemplos os programas de rádio produzidos pelo SOS-Corpo entre os anos 1983 e 1986
em rádios AM do Recife; o projeto de rádio desenvolvido pela Cemina desde 1988 e o papel
desempenhado por Mara Régia em vários rádios de Brasília, também desde os meados da
década de 80.
[17]
Numa palestra para os bolsistas da Fundação Mac Arthur, em 1995, o jornalista Gilberto
Dimenstein já anunciava que uma mudança de pauta ia ter lugar na grande imprensa escrita.
Segundo ele, os editores e diretores de jornais começavam a perceber que, em função da
consolidação democrática, os temas até então dominantes na imprensa - política e economia -
precisavam ser equilibrados por conteúdos mais diretamente vinculados ao cotidianos do leitores.
Já naquela ocasião ele sugeria que bolsistas e pequisadores em saúde e direitos reprodutivos
ficassem atentos a esta inflexão e buscassem incidir de forma mais consistente sobre esta
terreno da esfera pública.
[18]
São exemplos: a assessoria de comunicação estabelecida pelo SOS-Corpo em 1992, o
projeto de monitoramento Aborto e Mídia, desenvolvido por Jacyra Mello em estreita
colaboração com a RNSDR, o boletim Olhar sobre a Mídia , elaborado pela Comissão de
Cidadania e Reprodução desde 1996; e muito recentemente o Seminário Mulher e Mídia de
que resultou uma publicação de excelente qualidade.
[19]
São também exemplos: a Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher; o Conselho Nacional
de Direitos da Mulher, revitalizado a partir de 1994; a Comissão Nacional de População e
Desenvolvimento.
[20]
Dras. Elcylene Leocádio e Janine Schirman no Ministério da Saúde; Dra. Tania Lago na
SES de São Paulo; Dra. Diana Valadares na SMS do Rio de Janeiro; Dra. Lilian Vidal na SES
de Pernambuco.