Você está na página 1de 6

PLANO DE AULA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA DIREITO DO TRABALHO

AULA 02 INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO


CARGA
DOCENTE ALAN SAMPAIO 3º SEMESTRE 2019.1 60
HORÁRIA

1. CONCEITO DE DIREITO MATERIAL DO TRABALHO:

2. NATUREZA JURÍDICA:

3. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

3.1 Fontes Materiais (anteriores à existência da norma jurídica – momento pré-jurídico)

3.2 Fontes Formais (conferem à regra jurídica o caráter de direito positivo)

3.2.1 Fontes Formais Heterônomas:

a) Constituição;
b) Lei;
c) Tratados e Convenções Internacionais;
d) Regulamento Normativo – Decreto;
e) Portarias, Avisos, Instruções e Circulares;
f) Sentença Normativa.

3.2.2 Fontes Formais Autônomas

a) Convenção Coletiva de Trabalho (CCT);


b) Acordo Coletivo de Trabalho (ACT);
c) Contrato Coletivo;
d) Usos e Costumes;
3.2.3 Fontes Formais – Figuras Especiais

a) Laudo Arbitral – Art. 114, parágrafo 2º da CR/88;


b) Regulamento Empresário (Enunciados 51 e 288 do TST);
c) Jurisprudência:
d) Súmula Vinculante; Súmulas e OJ’s do TST;
e) Princípios Jurídicos;
f) Doutrina;
g) Equidade – art. 127 CPC, 764 e 852-I da CLT;
h) Analogia (Enunciado 346 do TST e art. 72 da CLT);

4. HIERARQUIA NORMATIVA

A pirâmide normativa = modo plástico e variável.

OBS.: A flexibilidade não prevalecerá ante a normas heterônomas estatais proibitivas.

Teoria da Acumulação X Teoria do Conglobamento

Teoria do Conglobamento Mitigado

4.1 Relativização da Lei em detrimento do Convenção e Acordo Coletivo (Art. 611-A e Art.
611-B da CLT) – Reforma Trabalhista
5. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

5.1 Princípio da Proteção

a) Princípio da norma mais favorável;

b) Princípio da condição mais benéfica;

c) Princípio in dúbio pro misero (ou pro operário);

Obs.: Aplica-se ao Direito Processual do Trabalho em função da nova redação dada ao art. 818
da CLT através da Reforma Trabalhista.

5.2 Princípio da Irrenunciabilidade/indisponibilidade

5.3 Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva

5.4 Princípio da Primazia da Realidade

5. 5 Princípio da Continuidade da Relação de Emprego

6. DISTINÇÃO ENTRE A RELAÇÃO DE TRABALHO E A RELAÇÃO DE EMPREGO

6.1 - RELAÇÃO DE TRABALHO 6.2 – RELAÇÃO DE EMPREGO

Gênero Espécie
Elementos: Elementos:
a) Pessoalidade a) Pessoalidade

b) Onerosidade b) Onerosidade

c) Presença da habitualidade ou não c) Presença da habitualidade ou não

d) Subordinação

e) Pessoa Física

f) Alteridade

6.2.1 Subordinação: Direta E Indireta

a) Direta: “[...] conservando consigo o intransferível poder de apenar o trabalhador diante do


descumprimento das ordens de comando diretivo [...]”. (MARTINEZ, 2011. p.122)

b) Indireta: “[...] concede a tomadora o poder de dar ordens de comando e de exigir que a tarefa
seja feita a contento [...]” (MARTINEZ, 2011. p.122)
Obs.: Subordinação Jurídica

Art. 6, da CLT:

Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o


executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam
caracterizados os pressupostos da relação de emprego.

Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e


supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.

7. RELAÇÃO DE EMPREGO

Conceito: Para Amauri Mascaro: “relação jurídica de natureza contratual tendo como
sujeitos o empregado e o empregador e como objeto o trabalho subordinado, continuado e
assalariado. ”
Código Civil:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei;

7.1 Partes do Contrato

7.1.1. Empregado:
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

7.1.2 Empregador:
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
a) Empregador por equiparação, art. 2º, §1º da CLT.
Obs.: Acerca da solidariedade ativa, a Súmula 129 do TST dispõe que: “A prestação de
serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de
trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário”.
b) Grupo Econômico art. 2,º §2º da CLT.
c) Dono de Obra OJ 191 da SDI-I do TST.
7.2 Elementos Jurídicos-Formais

7.2.1 Agente capaz

 Menores de 16 (dezesseis) anos: absolutamente incapazes, salvo para o labor como


aprendizes, no âmbito urbano, a partir dos 14 anos.
 A partir de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos: relativamente incapazes.
 A partir de 18 (dezoito) anos: plenamente capazes.

Preceitua o art. 439 da CLT: “É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos
salários. Tratando-se, porém, de rescisão de contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 anos
dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da
indenização que lhe for devida”.

De acordo com o disposto no art. 428 da CLT, o contrato de aprendizagem é o contrato


de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se
compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em programa de
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento
físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência, as tarefas necessárias a
essa formação.

O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto
quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. A idade máxima permitida para celebrar
contrato de aprendizagem passou a ser de até 24 anos. Anteriormente a idade máxima era de 18
anos. No entanto, a idade mínima não foi alterada, permanecendo de 14 anos. A idade máxima no
contrato de aprendizagem não se aplica a aprendizes com deficiência, ou seja, estes poderão ser
contratados como aprendizes mesmo com idade superior a 24 anos.

7.2.2 Objeto lícito

Objeto ilícito = compõe um tipo penal ou concorre para ele.


Ex.: jogo do bicho (OJ SDI-1 n. 199, TST), prostituição e tráfico de drogas.
Objeto irregular = proibido
Ex.: Súmula nº 386 - TST - Policial Militar - Reconhecimento de Vínculo Empregatício
com Empresa Privada
Ex.: Súmula 363 do TST – Contrato com o Estado sem concurso público, direito a
contraprestação pactuada e FGTS.
7.2.3. Forma prescrita ou não defesa em lei

Nos termos do art. 443 da CLT, “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado
tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou
para prestação de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) ”.

Desse modo, é correto afirmar que o contrato de trabalho é informal (consensual),


podendo as partes celebrá-lo de qualquer modo, inclusive tacitamente. Somente em alguns casos
específicos (contratos dos marítimos, dos atletas profissionais, etc.) é que o contrato deve
obedecer às formalidades para sua validade.

8. DO PRAZO DO CONTRATO DE TRABALHO

8.1 Do contrato por tempo indeterminado

8.2 Do contrato por tempo determinado art. 443 da CLT:

§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de


termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada.

§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:


a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência;

8.3 Do contrato de trabalho intermitente art. 452-A da CLT

REFERÊNCIAS:

LMEIDA, André Luiz Paes de. Direito do Trabalho. 4ª. Ed. Rideel. 2008. p. 228.

BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direto do Trabalho. 8ª. Ed. Ltr. 2008.

MARTINES, Luciano. Curos de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo: Saraiva. 2011.

RUSSOMANO, Mozart Victor. Princípios gerais de direito sindical. 2. ed.. Rio de Janeiro: Forense, 1997. p. 243.

SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho, versão Universitária. Método 2008. p. 496.

Você também pode gostar