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GEOGRAFIA POLÍTICA E

GEOPOLÍTICA
AULA 1

Prof. Emílio Sarde Neto


CONVERSA INICIAL

Nesta aula, trataremos da epistemologia da Geografia Política e da Geopolítica,


abordando suas estruturas teóricas e conceituais. Faremos, ainda, a descrição das
questões históricas, apresentando os primeiros pensadores que trataram do tema do
surgimento da Geografia Política até a atualidade.
Abordaremos também os pensadores da Geografia Clássica e da Geografia
Política Contemporânea e veremos a origem, os conceitos e os fundamentos da
Geopolítica, conteúdo necessário para compreendermos essa ciência, uma vez que
estabelecem os parâmetros desses conhecimentos nas ciências humanas.
Também trabalharemos a evolução da Geopolítica no tempo, o surgimento do
termo, os primeiros teóricos e as especificidades dessa ciência. Veremos as escolas
teóricas da Geopolítica: a Escola Francesa, a Escola Germânica e a Escola
Estadunidense, que mistura os conceitos e princípios das duas anteriores.

TEMA 1 – EPISTEMOLOGIA E DIFERENÇAS TEÓRICO-CONCEITUAIS DA


GEOGRAFIA POLÍTICA E DA GEOPOLÍTICA

A palavra geografia deriva da palavra grega geo (planeta ou terra) e grafia


(descrição), se convertendo em “descrição da terra”. A palavra política faz referência à
palavra polis (polis grega). Na época da Grécia Clássica, a polis grega estava
relacionada aos cidadãos atenienses que possuíam o direito de votar e serem votados, os
que podiam participar das deliberações na cidade- Estado grega.
Entre as principais características das cidades-Estado gregas está a
independência política umas das outras. Os cidadãos gregos eram responsáveis pelas
decisões coletivas. O conceito de política em sua gênese é entendido como toda a
relação entre os seres humanos que geram resultados para a coletividade.
Entre os objetos de análise da Geografia Política estão as instituições, nos
âmbitos nacional e internacional. Essas instituições políticas influenciam direta e
indiretamente a vida coletiva das pessoas, pautando as ações individuais dentro dos
Estados.

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Ainda entre os focos dos estudos e pesquisas da Geografia Política, também
podemos elencar a formação das fronteiras e a criação das instituições que derivam das
demandas coletivas das várias localidades. A abrangência da Geografia Política vai
além das fronteiras do Estado-nação, pois as próprias relações entre os Estados são
objeto de estudo da Geografia Política.
Dentro dos objetos de análise, podemos destacar a maneira como as pessoas se
locomovem dentro de um Estado-nação, a demografia, as populações, os grupos étnicos,
a economia e a influência da economia na vida das pessoas, todos esses temas também
são estudados na Geografia Política.
No âmbito internacional e suas implicâncias, a própria relação entre os Estados
na formação de instituições internacionais é estudada, como a Organização das Nações
Unidas (ONU). Tudo que se encontra dentro das delimitações das fronteiras de um
Estado e sua própria ampliação é parte da dinâmica da Geografia Política.

TEMA 2 – A EVOLUÇÃO DA GEOGRAFIA POLÍTICA CLÁSSICA À GEOGRAFIA


POLÍTICA CONTEMPORÂNEA

Os primeiros filósofos gregos que trataram especificamente da geografia com a


história são Heródoto e Tucídides. Muitos historiadores e pesquisadores atribuem a
origem da Geografia e da História tradicional a Heródoto. Porém, a geografia e a
história feita por ele tinham forte influência mítica, fato que pode ser atestado nas suas
narrativas em situações extraordinárias, com fenômenos mágico-religiosos típicos
daquele momento histórico.
O mito tem relação com fatos extraordinários que são usados para explicar o
aparecimento das coisas no mundo. Assim, os gregos utilizavam o mito para explicar o
aparecimento dos seres humanos, da Terra, das estrelas e do universo como um todo.
Tudo derivava da vontade dos deuses. A função do mito é essencialmente mágico-
religiosa, do inexplicável que somente poderia ser explicado por meio da vontade dos
deuses. Ainda podemos destacar o papel das antigas lendas, fenômeno humano que
surge de fatos que verdadeiramente ocorreram, os quais são passados de maneira oral de
geração a geração, tornando-se lendas.
Tucídides rompe com o mito e transforma a história e a geografia em objetos que
podem ser explicados pelas ações humanas sem a interferência dos deuses. O teor
geopolítico ganha vida nas narrativas das guerras daquele

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momento histórico. Tanto Heródoto quanto Tucídides narram as guerras da Hélade com
os povos vizinhos, como as Guerras Médicas contra os persas, também conhecidos
como medos. Os historiadores e geógrafos da Grécia Clássica narram os acontecimentos
dessas batalhas que, na realidade, são fenômenos políticos.
Como resultado, temos acesso à descrição dos terrenos, da movimentação das
tropas, das estratégias de batalhas, da origem dos conflitos e seus resultados, bem como
das narrativas que envolvem os seres humanos em suas relações culturais, políticas e
econômicas. Tais descrições tratam de povos, organizações sociais complexas em
interação constante, cidades-Estado e impérios.
Essas primeiras relações nos demonstram a construção da Geografia Política e
Geopolítica como nós as conhecemos. Como exemplo, podemos destacar a Guerra do
Peloponeso, em que gregos guerrearam pela hegemonia das cidades-Estado, da Hélade e
do Mar Mediterrâneo. Esses episódios constatam a Geografia Política e a Geopolítica
em sua gênese.
Na tradição medieval, a geografia política está repleta de contradições. O
momento compreendido como Alta Idade Média é descrito pelos historiadores como
uma época em que a Europa estava estagnada no tempo. Era um período de
fragmentação em oposição às grandes civilizações da antiguidade.
(prova)No período medieval, a Europa ainda não havia iniciado o processo de
formação dos Estados Nacionais. Era uma época de hegemonia da igreja católica e do
pensamento cristão, momento em que a política era exercida de maneira divina, no qual
Deus predestinava as pessoas aos governos. Em todo o período medieval, o direito
divino é o grande balizador das relações sociais, a predestinação é o pensamento
hegemônico.
Uma frase histórica bem representativa desse período é “alguns nascem para
servir e outros para serem servidos”. Nascer entre os plebeus e os servos nada mais era
do que a vontade de Deus, sendo o destino desses a servidão, da mesma maneira que
nascer entre os nobres era da vontade de Deus, razão pela qual os últimos estavam
predestinados ao governo.
Encerrando essa tradição medieval com a transição da Idade Média para a
Idade Moderna, surgem entre os pensadores políticos Nicolau Maquiavel, com a obra Il
Principe (O Príncipe), e Montesquieu, com a obra l’esprit des lois (O Espírito das
Leis).

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O Renascimento é encarado como o momento histórico que rompe com a
hegemonia ideológica das instituições romanas, é o ressurgimento urbano, da unificação
dos Estados Nacionais, do mercantilismo e das grandes descobertas. A Europa da época
de Maquiavel possuía uma nova perspectiva política, segundo a qual a liderança não era
de origem divina, mas advinha da ação das pessoas, sendo coletiva e social. Assim,
são os seres humanos que fazem a
política, reúnem-se coletivamente e modificam o meio ao seu redor.
Montesquieu teorizou e dividiu o Estado em três poderes: o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário, poderes esses que devem atuar separadamente e em
harmonia. Para ele, a geografia influencia a vida das pessoas. O autor acreditava que os
fenômenos políticos possuem uma relação direta com os fenômenos naturais. (vai cair na

prova) As pessoas agem de acordo com os estímulos que recebem da natureza, assim, o
filósofo definiu a importância fundamental dos fenômenos políticos como consequência
dos fenômenos naturais.

TEMA 3 – ORIGEM, CONCEITOS E FUNDAMENTOS DA GEOPOLÍTICA


Parei aqui

As delimitações entre Geografia Política e Geopolítica Moderna são conhecidas


por meio de dois cientistas: Friedrich Ratzel e Rudolf Kjellén. A Geografia Política
estuda as instituições políticas, suas relações, consequências, recorrências e efetividades
nas sociedades humanas. Já a Geopolítica é a Geografia Política na prática. Era por meio
do conhecimento dessa disciplina que os estrategistas montavam estratégias para criar e
recriar fronteiras e estabelecer relações com os outros Estados para testificar sua
existência, ao mesmo tempo em que se fortaleciam internamente para conquistar povos
mais fracos.
Os estudiosos de Geografia Política utilizavam-se dos conhecimentos dessa
ciência para tornar o seu país mais forte e influente, capaz de dominar os mais fracos.
Assim, a análise das geoestratégias de expansão e a prática desses conhecimentos para
estabelecer critérios de relações com os outros povos se dão por meio da Geopolítica.
No século XIX, o filósofo Hegel, considerado o pai da Dialética Moderna,
acreditava que os fenômenos políticos são os responsáveis pela construção da história.
Ainda no século XIX, o alemão Ratzel, objetivando a melhor análise dos fenômenos
políticos, elaborou sua própria sistematização na obra Politische Geographie
(Geografia Política). Ratzel viveu em um período conturbado,

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momento em que os Estados Germânicos eram independentes, constituíam-se em
pequenos reinos dispersos, sendo o maior deles o reino da Prússia.
Em busca de vínculos comuns entre os Estados e objetivando a construção do
sentimento do nacionalismo alemão, o Chanceler prussiano Otto Von Bismark, com a
ajuda dos componentes da Santa Aliança, organizou um exército unificado com todos os
Estados Germânicos contra os franceses, na conhecida Guerra Franco-Prussiana. A
França já era um Estado Moderno, que havia vivenciado o topo do absolutismo
monárquico com Luís XIV – “O Rei Sol”
–, mas estava enfraquecida pelas Guerras Napoleônicas.
Os alemães unificados deram sequência aos combates iniciados pela expansão
napoleônica, aumentando o revanchismo entre esses povos. Nessa época, Napoleão já
estava morto e seu sobrinho-neto estava no poder como Napoleão III. Ele foi
sequestrado e levado cativo, encerrando a humilhação da derrota, ainda que com a perda
das regiões da Alsácia e Lorena.
Ratzel participou desses episódios como membro e cientista do novo exército
germânico, perspectiva por meio da qual observou os fatores políticos e sociais como
essencialmente geográficos. Passou a registrar os acontecimentos políticos e suas
consequências, desenvolvendo raciocínios sobre estratégias e geopolítica como ciência.
Ainda que já trabalhasse com a Geopolítica, ele não foi o responsável pela criação do
termo.
Em sua obra, Ratzel criou o conceito de Lebensraum (espaço vital), que
passou a ser utilizado ideologicamente como estratégia pelos germânicos para
ampliação do recém-criado Estado. O Estado precisa de um “espaço vital” para se
estabelecer como grande potência. Diferentemente de países como Portugal, Espanha,
Inglaterra e França, que já possuíam várias colônias espalhadas pelo mundo desde o
século XVI, a Alemanha e os italianos, também recém- unificados, encontravam-se em
uma relação de atraso frente aos imperialistas. Na perspectiva do espaço vital,
concluíram, assim, a necessidade de ampliação das fronteiras com colônias.
Ratzel também criou o termo politischesraum (espaço político), que tem
relação direta com o poder estabelecido pelo Estado em relação às pessoas. O Estado
precisava de espaço para influenciar e dominar seus cidadãos. O estudo da política na
sua dimensão espacial é a grande contribuição de Ratzel, de modo que seu pensamento
foi utilizado ideologicamente pelo III Reich do nazismo para ampliar suas fronteiras e
conquistar outros povos.

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Rudolph Kjellén (1864-1922) é quem dá origem ao termo geopolítica, que
deriva da junção das palavras geografia e política, fazendo menção à Ciência da
Geografia Política em sua prática.
De acordo com seu artigo As grandes potências (1905), as superpotências
dominam o planeta justamente por conta de suas expansões políticas e econômicas,
sendo esses interesses assegurados pelo poder militar e pelas estratégias de dominação.
Para pensadores do Estado como Ratzel e Kjellén, está em segundo plano o
bem-estar de outros povos estrangeiros, como estratégia para a sobrevivência dos
nacionais e para a hegemonia geopolítica do Estado.
Em O Estado como forma de vida (1916), o autor faz uma analogia entre o
Estado e o corpo vivo. O Estado possui várias funções, entre elas a de proteger as
pessoas, não somente estabelecendo fronteiras, mas protegendo os nacionais, pessoas
que vivem dentro de suas fronteiras. Kjellén criou teorias para que os nacionais
construíssem um Estado superpotente que beneficiasse seus próprios cidadãos.
Assim, o Estado-nação é entendido como um organismo vivo, o heartland
(coração da terra/país), entendido como o coração da nação, pois o Estado é um
“organismo” geográfico. Segundo essa analogia, as estradas, rodovias e hidrovias são os
membros, a cabeça é o próprio governo e sua instituição, as outras estruturas são
análogas ao tronco do corpo, assim, esses órgãos e suas funções específicas são
fundamentais para que o “corpo” funcione e continue vivo.

TEMA 4 – A EVOLUÇÃO DA GEOPOLÍTICA

Na evolução da Geopolítica, podemos destacar outros importantes cientistas,


como Harford John Mackinder (1861-1947), que nascido no final do século XIX, viveu
um período de grandes transformações políticas, passando pelas duas grandes guerras e
pela Guerra Fria.
Dentro desse contexto de guerras, o autor criou sua teoria “Pivô Geográfico da
História”, de 1904, obra na qual teceu observações sobre as grandes nações europeias,
em especial a Rússia, ainda governada pelos Czares; sobre os primeiros conflitos
envolvendo o absolutismo e a população pobre e sobre os acontecimentos que mais
tarde desencadearam a Revolução Russa, em 1917.

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Em sua teoria, Mackinder aponta uma região específica na Eurásia, afirmando
que o país que controlar essa região vai se sobressair aos demais países, situação
denominada por ele de “pivô”. O local apontado em sua teoria diz respeito à região onde
estão localizadas atualmente a Rússia, a China e países adjacentes. Em sua teoria, o
mundo é uma unidade fechada, sendo o controle terrestre uma estratégia de controle
mundial. Como uma unidade encerrada em si mesma, todos os estados e culturas
tendem a se encontrar. Dominará a civilização que conseguir territórios e,
principalmente, recursos naturais.
Para ele, alguns lugares do planeta possuem a tendência de permitir que as
civilizações mais avançadas da localidade dominem toda a região. No caso do
continente americano e da África, o país que sair na frente dominará toda a região.
Assim, em todos os lugares do globo, os países que dominarem as áreas mais
importantes, consideradas “pivôs”, dominarão as outras regiões e estabelecerão o
domínio terrestre.
Outro cientista importante foi Karl Haushofer (1869-1946), considerado
sistematizador da Geopolítica. O autor objetivava tornar as teorias geopolíticas
acessíveis aos estudiosos e chefes de Estado. Como cientista, criou a revista
“Geopolítica”, esmiuçando e organizando as teorias dos estudiosos que o antecederam.
Destaca o “eixo mundial”, aprofundando a importância dos continentes e das regiões,
dando dicas de que além da Eurásia, na América, os Estados Unidos se sobressairiam.
Os Estados Unidos se sobressaíram não só na América, mas na Europa, no Oriente
Médio e demais localidades do mundo. Assim, as civilizações dominarão seus arredores
tendendo sempre à expansão. O período de vida de Haushofer também coincidiu com
um dos grandes conflitos mundiais. Como cientista, rumou em pesquisa para o Japão,
que, na época, se constituía como um império. Na perspectiva do “eixo mundial”,
conquistaria o arquipélago do Japão, incluindo todas as ilhas e territórios ao redor,
como Coreia, parte da China e da Rússia. Essas análises foram
compiladas na sua tese de doutorado, denominada Grande Japão (Daí Nihon).
O Cientista Alfred Thayer Mahan (1840-1914), que viveu no período da
expansão dos impérios europeus e morreu no início da Primeira Guerra Mundial,
afirmava em suas teorias que a grande potência britânica conquistara o mundo graças a
sua poderosa marinha. O autor destacou que o país que dominasse os mares seria o
hegemônico no planeta.

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Baseado em suas observações e em obras de cientistas anteriores sobre a
dominação dos mares, ele construiu sua base teórica e escreveu uma análise histórica
que denominou The Influence of Sea Power upon History (1660-1783). Antes de
sua morte, conseguiu acompanhar a expansão dos Estados Unidos e do Japão na
evolução de suas tecnologias navais e conquistas de rotas mercantes e territórios.
Entre os franceses, podemos destacar Paul Vida de La Blach (1845- 1918), que
baseado no processo histórico francês e europeu, desenvolveu estudos críticos sobre as
estradas e vias de acesso. Como admirador de Napoleão Bonaparte, afirma que o êxito
militar francês vem das maneiras dos deslocamentos dos exércitos em terra. Enquanto
os anglo-saxões afirmam que o domínio dos mares é a hegemonia mundial, La Blache
afirma que as potências que dominarem os continentes por terra é que dominarão o
mundo.
La Blache escreveu Hérode Atticus: étude critique sur as vie (Estudo crítico
sobre a vida). Também estava diretamente envolvido na criação da École Française
de Géographie (Escola Francesa de Geografia), sendo o fundador da revista Annales
de Géographie, de 1893. Era considerado o cientista da escola francesa responsável
por iniciar a Geopolítica como ciência.

TEMA 5 – AS ESCOLAS TEÓRICAS DA GEOGRAFIA POLÍTICA E DA


GEOPOLÍTICA

A escola germânica é conhecida como “determinista”, perspectiva em que a


influência da natureza e do território na vida dos seres humanos é o principal fator
determinante do modo de vida, assim, é necessário ampliar e deter a maior quantidade
de territórios possíveis, com a conquista de mais terras e povos para suprir às
necessidades da população nacional, que tende a crescer. Diante disso, o Estado precisa
aumentar suas fronteiras, estabelecer acordos diplomáticos, expandir o comércio e fazer
guerras de conquistas.
A escola francesa, conhecida como “possibilista”, diverge da alemã, afirmando
que não é necessário dominar outros povos para aumentar o território e expandir as
fronteiras, pois a natureza possibilita alternativas, podendo ser modificada pelo ser
humano de acordo com as necessidades. Mesmo que a escola francesa tenha
apresentado outras soluções para o sustento e desenvolvimento nacional, construiu um
grande império aos moldes da escola germânica.

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A escola da geopolítica, conhecida como “integralizada”, propõe que as escolas
alemã e francesa se completam, assim, a conquista e expansão de territórios são
necessárias porque a natureza influencia as pessoas, constituindo-se como fator
determinante para o benefício da nação, da mesma maneira que os seres humanos
também podem fazer as modificações necessárias ao seu redor, no lugar em que vivem,
para melhorar as condições da população.
A Geopolítica Pós-moderna está embasada nas três escolas clássicas. Podemos
considerar expoentes dessa pós-modernidade cientistas como Yves Lacoste. A
Geografia Política e a Geopolítica e suas dinâmicas têm servido para ampliar o
potencial das grandes civilizações do mundo contemporâneo, como a China, os Estados
Unidos e a Rússia. Yves Lacoste afirma que o conhecimento geográfico serve acima de
tudo para se fazer a guerra.

NA PRÁTICA

Como sugestão de aprofundamento dos conhecimentos sobre a Epistemologia da


Geografia Política e da Geopolítica, leia o primeiro capítulo do livro da disciplina, parte
que aprofunda os conhecimentos sobre os teóricos de que tratamos anteriormente. Em
seguida, resolva as atividades propostas. Depois, escreva um texto justificando a
afirmação do cientista Yves Lacoste “A Geografia serve acima de tudo para se fazer a
guerra”.

FINALIZANDO

Nesta aula, abordamos a epistemologia da Geografia Política e da Geopolítica,


bem como os conceitos dos principais teóricos clássicos e contemporâneos, como
Friedrich Ratzel e Paul Vidal de La Blach. Trabalhamos ainda as principais
características e especificidades das escolas teóricas da geopolítica.
A Geografia Política e as dinâmicas da abordagem de análise da Geopolítica têm
servido para ampliar o potencial diplomático e expansionista das grandes civilizações
que despontaram no mundo contemporâneo.

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REFERÊNCIAS

ALVES, A. R. Geografia Econômica e Geografia Política. Curitiba:


InterSaberes, 2015.

HAESBAERT, R. Territórios alternativos. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2012.

VESENTINI, J. W. Novas Geopolíticas. São Paulo: Contexto, 2000.

. Repensando a Geografia Política. Um breve histórico crítico e a revisão de uma


polêmica atual. Revista do Departamento de Geografia, n. 20, p. 127- 142, 2010.

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