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Índice

Introdução....................................................................................................................................1
A 1ª guerra mundial (1914-1918).................................................................................................2
O início da Primeira Guerra Mundial O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco
Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-
Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio
chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império
austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28
de julho de 1914, declarou guerra à Servia...................................................................................2
Causas da 1ª guerra mundial........................................................................................................3
As fases da 1ª guerra mundial......................................................................................................5
As inovações técnico-militares.....................................................................................................9
A tecnologia militar......................................................................................................................9
Principais Consequências da Primeira Guerra Mundial:............................................................12
 Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de pessoas
(entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e militares, ficou em cerca de 30
milhões.......................................................................................................................................12
O fim da 1ª guerra mundial e os tratados de paz.........................................................................13
A conferência de paz de paris.....................................................................................................13
Os tratados de paz......................................................................................................................13
Conclusão...................................................................................................................................14
Bibliografia................................................................................................................................15
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Introdução
A Primeira Guerra Mundial terminou com a rendição da Alemanha em 11 de Novembro
de 1918. A partir daí, a Europa e África passaram por uma reconfiguração de poder
política, demográfica, económica e sociocultural. As principais transformações depós
guerra ocorreram com a edição do Tratado de Versalhes e com as novas definições no
mapa político-económico mundial com o surgimento de novas grandes potências.
Entretanto neste trabalho trazemos a abordagem sobre as consequências da 1ª Guerra
Mundial para Europa e Para África. Onde analisara-se estes aspectos a nível económico,
político, demográfico e sociocultural.
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A 1ª guerra mundial (1914-1918)


O início da Primeira Guerra Mundial

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império


austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações
levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra,
contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-
húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28
de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
No século xix, o sistema de poderes na europa permaneceu multipolar. Após 1870 a
Alemanha unificou-se localizando-se no centro da europa o que comportava tremendas
consequências geopolíticas.

A Alemanha unificada não gerou conflitos devido ao seu primeiro-ministro brilhante


chanceler Otto von bismark. Ele foi capaz de acalmar o sentimento de ameaça por parte
dos seus vizinhos, retardando o processo de alteração do sistema político. Mas os seus
sucessores não foram hábeis, por isso, formaram-se dois blocos com sistemas rígidos:
um centrado em torno da Alemanha e outro em torno da Rússia e frança.

Essa bipolaridade tornou-se cada vez mais rígida, tendo explodido em 1914. Alguns
acharam que a unificação alemã depois da guerra fria (1990), possa fazer repetir os
episódios do passado. Esta suposição foi posta de lado por três razões fundamentais:

 Os EUA encontram-se envolvidos na europa;


 O processo político internacional alterou-se na europa com o desenvolvimento de
novas instituições: união europeia une a Alemanha a outros estados europeus como
nunca tinha acontecido.
 A política interna da Alemanha representa meio século de democracia,
transformando-se do estado belicoso para estado de bem-estar.

˝ Uma solução mais apropriada para evitar guerras é a de prosseguir o crescimento


num sistema comercial aberto sem conquistas militares (staly in joseph, jr , 53)
3

O argumento económico e liberal afirma que o comércio pode não impedir a guerra,
mas conduz realmente as alterações na forma como os estados encaram as suas
oportunidades, o que pode produzir uma estrutura menos inclinada a guerra.

Causas da 1ª guerra mundial


Causas remotas

O ambiente na europa era de “paz armada”, pois a paz que se vivia desde a guerra
franco-prussiana (1870-1871) era irreal. As ameaças eram evidentes e enormes:

 Rivalidades políticas e internacionais desde a conferência de Berlim, em 1884-1885;


 O colonialismo imperial motivado pelas necessidades de industrialização (a procura
de mercados para a colocação dos produtos acabados e a procura de matérias-primas
para abastecer as indústrias);
 Nacionalismos exacerbados de algumas potências, como a Alemanha
(pangermanismo), nos Balcãs, na frança (para recuperar a Alsácia e a lorena
perdidas na guerra franco-prussiana);
 Concorrência económica entre as grandes potências industrializadas, sobretudo
entre a Inglaterra e a Alemanha recém unificada.

Na europa de 1815-1870, 5 grandes potências alternavam frequentemente as suas


alianças para impedir que qualquer uma delas dominasse o continente.

De 1870-1907 existiam 6 potências após a unificação da Alemanha e da Itália. Mas o


crescimento do poder alemão conduziu eventualmente a problemas que provocaram o
fim do sistema.

Nos sete anos seguintes, os dois sistemas de alianças a tríplice entente e tríplice aliança
polarizaram-se em blocos rígidos, cuja perda de flexibilidade contribuiu para o início da
1ª guerra mundial.

Á medida que o sistema de alianças se tornou menos flexível, o equilíbrio de poder


tornou-se menos multipolar, a grande probabilidade de guerra aumentou. Portanto, o
início da 1ª guerra se explica por dois elementos fundamentais:
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a) Crescente poder alemão – a indústria pesada alemã suplantou a inglesa


transformando a sua capacidade industrial em capacidade militar, incluindo um
programa de armamento naval poderoso.

A estratégia alemã era construir a segunda marinha mundial. Essa posição alarmou
winston Churchill, então primeiro-ministro inglês. Os receios aumentaram durante a
guerra anglo-boer1 (899-1902) devido a simpatia alemã para com os boers.

b) Rigidez no sistema de alianças

Em 1904 a Grã-Bretanha partiu para uma aliança com a frança e em 1907 a parceria
anglo- francesa alargou-se para a Rússia nascendo a tríplice entente. A Alemanha
vendo-se cercada fortaleceu as suas relações com a Áustria Hungria. Cresceu na
Alemanha um ódio nacionalista aos eslavos e o darwinismo social foi usado para
justificar a sobrevivência dos mais fortes e desfavorecendo aos mais fracos.

Os alemães tinham ambições desmedidas e acabaram por hostilizar a toda gente:

 Com ingleses por ter iniciado uma corrida aos armamentos e com a Rússia em
torno da questão da Turquia nos Balcãs.
 Com franceses acerca do protectorado de Marrocos

A estratégia alemã consistia em forçar os ingleses à sua órbita, mas contrariamente


atiraram-lhes nos braços dos russos e franceses. Assim, os alemães acharam que para
saírem do cerco a única alternativa era fazer a guerra.

Desta maneira entende-se que a 1ª guerra mundial não foi acidental e se tinha que haver
guerra a Alemanha preferia que fosse em 1914 do que mais tarde porque da regra básica
do póquer estava a seu favor.

Se o nosso oponente está a movimentar cartas capazes de bater a nossa mão, devemos
desistir do jogo. Se sabemos que vamos perder a guerra não a iniciemos.

 A Alemanha de bismark foi a 1ª no uso de ferrovias para o transporte do exército


para as Victoria rápidas
 A Rússia tinha maiores recursos humanos mas com dificuldades em movimenta-
los.
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 Quando a Rússia iniciou o processo de desenvolvimento das linhas férreas a


Alemanha receou.

Perante esta situação formaram-se alianças entre nações europeias:

 1882 – Tríplice aliança: Alemanha, Áustria Hungria e Itália;


 1904 – Tríplice entente cordiale: Inglaterra, frança e Rússia.

Causas imediatas

A situação agravou-se a partir de 1905, devido a duas zonas de conflito entre as


potências: Marrocos e os Balcãs.

A frança e a Alemanha disputavam a influência sobre Marrocos que ficou com a frança,
ficando a Alemanha em troca com o Congo.

A situação dos Balcãs era mais grave, onde um barril de pólvora estava prestes a
rebentar. Outras crises sucederam-se opondo a Áustria à Rússia, e a servia à Bulgária,
com interferência da frança, Alemanha e da Turquia

O barril de pólvora que era a região balcânica foi aceso no dia 28 de Junho de 1914,
quando um estudante da bósnia assassinou, em Sarajevo, o príncipe herdeiro da coroa
do império austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando.

A 23 de Julho a Áustria dirige um ultimato a sérvia e logo a seguir a Rússia com o apoio
da frança declara-se solidária com a sérvia.

Era o início da 1ª guerra mundial.

As fases da 1ª guerra mundial


1ª Fase: guerra de movimento – agosto a Novembro de 1914;

2ª Fase: guerra de posições (trincheiras) – Novembro de 1914 a Março de 1918;

3ª Fase: guerra de movimento – Março a Novembro de 1918


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1ª Fase:

A Alemanha estava convencida que a guerra seria travada apenas em alguns dias, meses
no máximo, pelo plano do general scheliffen elaborado em 1905.

Consistia este plano em derrotar a frança invadindo-a através da bélgica (que se tinha
mantido neutra). E colocando os exércitos em duas frentes de combate atacariam de
surpresa o ocidente e o oriente.

Este plano teve algum êxito com a chegada dos alemães a marne, com certa rapidez,
devido à superioridade no armamento, com artilharia pesada, no sistema de
comunicação excelente e com a eficiência nos transportes.

Mas em Setembro as tropas francesas comandadas pelos generais joffre e gallieni


venceram os alemães e estes recuaram.

O êxito da batalha de marne deve-se ao reforço de uma divisão, transportada por


setecentos táxis de paris para a frente.

Na frente oriental, o general alemão hindenburg, com o auxilio das tropas austríacas
derrotava os russos nos primeiros combates, conquistando a polónia.

A Itália que aderira à tríplice aliança antes do início do conflito, acaba por aderir aos
aliados.

 Início da guerra com o assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono


do Império Austro-húngaro, em 28 de junho de 1914.

 Ocorrem várias declarações de guerra no mês de agosto de 1914: no começo do


mês, a Alemanha declara guerra à Rússia e, logo após, à França. Em 4 de agosto,
o Reino Unido declara guerra à Alemanha. Um dia depois, o Império Austro-
Húngaro declara guerra à Rússia.
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 Movimentação de tropas das Tríplices Entente (Reino Unido, França e Rússia) e


Aliança (Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha) em diversos pontos do
território europeu.
 Desenvolvimento de batalhas com equilíbrio entre os dois blocos militares.
 Países envolvidos no conflito passam a produzir armamentos bélicos em larga
escala. Entre os principais armamentos, podemos citar: tanques, canhões,
metralhadoras, carros blindados e lança-chamas.
 As mulheres foram muito usadas como mão-de-obra nas indústrias de
armamentos.

A “guerra relâmpago” do general schelieffen acabou por dar lugar à guerra de posições.

2ª Fase: (de 1915 a 1916)

Durante três anos a guerra estendeu-se de forma cruel e demasiado “estabilizada”-


construíram-se cerca de 780 km de trincheiras numa linha contínua de um lado e do
outro “frente a frente” desde o mar do norte à suíça.

Autêntica “guerra de nervos”, esta fase de guerra, em que os soldados enterrados nas
trincheiras, em péssimas condições de higiene e sofrendo privações de toda a ordem,
desgastavam-se psíquicos e fisicamente à espera de um ataque. Sofriam ainda de frio, de
fome, de vermes que os atacavam, além de ratos, bombardeamentos constantes e dos
gases tóxicos lançados pelos alemães. A tentativa de sair das trincheiras era a morte
certa.

A maior e mais encarniçada das batalhas desta guerra - a de verdun, travou-se em 1916,
em que as forças aliadas comandadas pelo marechal pétin, defenderam a cidade,
evitando a sua tomada pelos alemães. Morreram 275.000 soldados franceses.

Na frente oriental os russos somavam êxitos espectaculares, enquanto nos Balcãs a


Roménia era quase conquistada pelos exércitos da Áustria Hungria e da Bulgária.

Mas, o ano de 1917 vai ser decisivo para o desenrolar e resolver da guerra com:

 Fase conhecida como guerra de trincheiras. Disputas de território com muitas


mortes e militares feridos. Estas batalhas ocorriam, principalmente, em áreas
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rurais e pouco habitadas. As conquistas territoriais eram lentas e, também


caracterizadas pelo equilíbrio entre os dois blocos.
 Logo após sair da Tríplice Aliança, a Itália entra, em maio de 1915, no bloco
militar da Tríplice Entente, fortalecendo-o militarmente
 A entrada dos estados unidos da América que veio trazer “sangue novo” aos
aliados;
 A revolução russa que enfraqueceu a frente oriental, levando os russos à
assinatura de um tratado de paz (1918);
 O bloqueio económico e militar feito à Alemanha que os priva de alimentos,
matérias-primas e minérios.

3ª Fase: Final (1917 a 1918)

O abandono da guerra pela Rússia (através do tratado de Brest litowski, em 3 de Março


de 1918) permitiu que os alemães abandonassem a frente oriental e concentrar os seus
soldados na frente ocidental reforçando os ataques nessa direcção. A cidade de paris
sofre, a partir dai, bombardeamentos de artilharia de longo alcance e de aviação. Os
aliados responderam com uma contra ofensiva, reforçada agora com o “sangue novo”
dos americanos (que só entraram na guerra em 1917) e das suas novas armas e material
bélico, como os carros blindados. Travam-se nesta contra ofensiva a 2ª batalha do
marne em que o comandante dos aliados, foch, obrigou o inimigo a retirar.

Simultaneamente a ofensiva aliada na região balcânica obrigou à capitulação dos


búlgaros e dos turcos, que pedem a paz assinando o armistício.

Ao mesmo tempo a Itália derrota os austríacos, obrigando o governo austríaco a pedir a


paz e a assinar o armistício.

A Alemanha encontrava-se sozinha na guerra, e com imensos problemas internos,


revoltas e deserções dos soldados, greves dos operários, difusão das ideias marxistas e
descontentamento contra a guerra é enorme em toda a Alemanha.

Esta conjuntura levou à queda do kaiser Guilherme ii e à proclamação da república (9


de Novembro de 1918) que assinou o armistício em rethondes, frança, entregando
grande parte do seu armamento às forças aliadas.

 Saída da Rússia da guerra, em 1917, após o evento da Revolução Russa.


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 Entrada dos Estados Unidos, em abril de 1917, fortalecendo o bloco militar da


Tríplice Entente. A entrada dos EUA é apontada, por muitos historiadores, como
o fator decisivo para a vitória da Tríplice Entente.
 Em 1918, enfraquecidos, os países da Tríplice Aliança são derrotados. O Tratado
de Paz é assinado em Paris, em 11 de novembro de 1918.

Terminava a 1ª guerra mundial de forma inglória para a Alemanha.

Foram numerosas as nações que se bateram na 1ª guerra mundial, de um e de outro


lado:

Ao lado da frança, da Inglaterra e da Rússia, lutaram a sérvia, a bélgica, o japão, a


Itália, a Roménia, Portugal, os estados unidos da América, a Grécia, o brasil. Ao
conjunto desses países se dá vulgarmente o nome de aliados.

Ao lado da Alemanha, lutaram a Áustria Hungria, a Turquia, a Bulgária.

As inovações técnico-militares
A tecnologia militar
O decurso da grande guerra foi determinado pelas armas com que foi travada. E destas
muitas das mais importantes nunca tinham sido usadas em combates em grande escala.
Assim, o decurso da grande guerra ficou reduzido a um processo de experimentação.
Apesar de tudo a frente ocidental tornou-se numa fábrica de cardáveis devido a guerra
submarina.

Na grande guerra a maior novidade foi o uso militar de veículos movidos a motor de
explosão, com combustível líquido. Estes deram uma mobilidade desconhecida ao
transportar unidades militares fora das zonas servidas por linhas férreas.

Ao longo do conflito os veículos com motor de explosão substituíram pouco a pouco os


de tracção animal, das redes logísticas e sanitárias. Uma consequência desse processo
foi o aumento da importância estratégica das zonas com reserva de petróleo bem como
os pontos de apoio o novo roto de combustível líquido. Este factor47 contribuiu para o
enfraquecimento dos países europeus que com a excepção da Roménia não têm petróleo
no seu território, ao contrário do que acontecia com o carvão. A política da Inglaterra e
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da frança em relação ao médio e próximo oriente desde 1914 tem de ser entendida a esta
luz.

Veículos blindados
Os veículos blindados eram já conhecidos antes da guerra, mas as grandes limitações
dos carros blindados de rodas era que só podiam praticamente usar estradas e caminhos
ou, mesmo quando se tratasse de veículos 4x4 ou 4x6.
Para a construção de lagartas o principal papel foi desempenhado por winston churchil
quando abordou ao lord John Fisher para inventar um veículo blindado para atravessar
trincheiras.

Os novos carros foram chamados tanques para disfarçar o verdadeiro emprego aos
opositores alemães, tanto que eles poderiam pensar que são dispositivos para o
transporte de água.

Emprego táctico
E. D. Swinton foi o 1º a chamar atenção para o efeito moral dos veículos blindados. Ele
dizia que os tanques não deviam ser usados em pequenas quantidades, mas em grandes
e combinadas com a infantaria. O tanque foi visto pela primeira vez em combate no dia
15 de Setembro de 1916.
Em 1917, os tanques aperfeiçoados já podiam cumprir seguintes missões:

 Transportar munições;
 Servir de posto de rádio;
 Rebocar carros avariados;
 Transportar linhas de telefones de campanha

Em 1918 os tanques já eram usados em unidades especiais (grupos, batalhões e


brigadas) com funções diversas: os pesados para abrirem brechas e os ligeiros param
fazerem a exploração. Um dos ataques aliados que merece menção foi o de 1918,
apoiado por 604 carros de diversos modelos tendo empurrado o inimigo 30 km para
uma profundidade de 10 km num dia.

Armas químicas
No dia 22 de Abril de 1915, as tropas aliadas ficaram abismadas ao verem uma nuvem
amarela a surgir do solo, momento depois a nuvem os envolveu, deixando-os asfixiados
sem poderem respirar. Os que directamente fugiram em pânico e abriu-se uma brecha de
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6 km de largura nas linhas francesas. Esse incidente marcou o início da guerra química
moderna. Os alemães haviam soltado cerca de 150 toneladas de cloro.

Emprego táctico
O ataque, tecnicamente, foi um êxito mas âmbito no táctico foi quase nulo porque e
estado-maior alemão tinha pouca fé na nova arma, assim, não se preparou para a
explorar os resultados do ataque.
No dia seguinte, os serviços médicos aliados identificaram o gás químicos e forneceram
mascaras aos seus homens.

O uso do gás foi contestado até a sua ilegalização em 1925 na conferência de genebra.
Tanto quanto se sabe esta arma trás grandes prejuízos, pois são invisíveis, silenciosas e
caprichosas e numa mera mudança da direcção do vento voltam-se contra os seus
utilizadores.

A guerra marítima
A royal navy gozava de confortável superioridade sobre a Alemanha em termos de
navios armados. A guerra começou no mediterrâneo porque a questão era de ocupar o
estreito de Gibraltar para o controlar o alto mar. A royal navy estava 100 anos sem
combater, por assim dizer, enferrujada.
A Alemanha havia construído uma importante frota de submarinos que afundavam
grande parte de navios dea royal navy.

Até Fevereiro de 1917, os alemães abandonaram o uso de submarinos por causa da


Inglaterra e dos EUA que consideravam imoral a campanha de submarinos.

A suspensão dos submarinos por parte da Alemanha permitiu aos ingleses


desenvolverem armas submarinas e processos defensivos que acabaram por derrotar as
campanhas alemãs. Para confinar os submarinos no seu território, os aliados minavam
no canal da Inglaterra. O objectivo estratégico alemão cortar o fornecimento de matéria-
prima e o comércio externo inglês, para forçar a rendição inglesa.

Aviação de combate
Um outro elemento trazido pelo motor de explosão foi o nascimento de guerra aérea. Os
primeiros aviões datam a partir de 1903 e o seu uso militar aconteceu em 1911, com
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missões de reconhecimento. A Inglaterra foi a primeira a formar uma força aérea


independente. A evolução da aviação foi muito rápida nos 4 anos da 1ª guerra mundial.

Emprego táctico

Os aviões cumprem várias missões, desde o reconhecimento, bombardeamento, até


disparo de mísseis, mas o grande destaque é no combate aéreo, isto é, avião contra outro
avião.

O combate aéreo começou contra aviões de reconhecimento, através do lançamento de


tijolo, setas de aços e armas ligeiras. O ataque nessas condições era aconselhado de
cima ou de trás do alvo.

O coronel William mitchek, em 1918, estudou a possibilidade de utilizar a força aérea


para desbloquear a guerra das trincheiras. Planeou coordenar de forma cerrada a aviação
táctica e o avanço das unidades no terreno. Foi o 1º a planear a cooperação táctica entre
a infantaria e bombardeiros tácticos a par do envolvimento vertical por pára-quedistas.

Com a entrada dos EUA na guerra houve uma grande mudança na correlação de forças.
Começou a se registarem rendições e deserções em massa. Assim, assinou-se o
armistício de 11 de Novembro de 1918.

A moderação aliada condenou os combatentes alemães a uma dose para a 2ª, pois, a
integridade das forças terrestres e a rendição da frota no alto mar permitiu que muitos
alemães a alimentarem a ilusão de que não haviam sido derrotados no campo militar. Se
os aliados tivessem destruído a Alemanha teriam evitado a 2ª guerra mundial.

Principais Consequências da Primeira Guerra Mundial:


 Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de
pessoas (entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e militares,
ficou em cerca de 30 milhões.
 Desenvolvimento de vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques
de guerra e aviões.
 Desintegração dos impérios Otomano e Austro-Húngaro.
 Fortalecimento dos Estados Unidos no cenário político e militar mundial.
 Criação da Liga das Nações, com o objectivo de garantir a paz mundial.
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 Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades a


derrotada Alemanha.
 Geração de crise económica na Europa, em função da devastação causada pela
Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares.
 Fortalecimento e desenvolvimento da industrialização brasileira.
 Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das duras
penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes.

O fim da 1ª guerra mundial e os tratados de paz


A conferência de paz de paris
Os tratados de paz
Após o armistício (11.11.1918) assinado pela Alemanha e pelos aliados os países
vencedores celebraram a vitória e prepararam vários tratados de paz, sobretudo o
tratado de versalhês. Estavam Representadas as 4 maiores potências vencedoras: o
presidente woodrow Wilson (EUA), Lloyd George (Inglaterra), Clémenceau (frança) e
orlando (Itália).

Depois de grandes debates, foram assinados vários tratados:

O tratado de versalhês (28.06.1919) com a Alemanha;

O tratado de Saint-Germain (10.09.1919) com a Áustria;

O tratado de neuilly (27.11.1919) com a bélgica;

O tratado de sèvres (10.08.1920) com a Turquia.


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Conclusão
Terminado trabalho pôde então concluir-se que por tudo que vimos viu-se,
especialmente com relação ao Tratado de Versalhes, o fim da Primeira Guerra Mundial
não criou um ambiente de paz, ao contrário disso, ampliou as rivalidades existentes
desde o período imperialista, especialmente nos alemães que passaram a desejar
vingança. O discurso de Hitler era impregnado de acusações contra o Tratado de
Versalhes e aos "traidores da nação", pois os social-democratas eram acusados de
traidores por terem mediado a rendição do país.
Além disso, constatou-se que cerca de 8 milhões e meio de pessoas morreram e perto de
20 milhões ficaram feridas. Queda dos grandes impérios e o aparecimento de novos
estados, definiu--se um novo mapa político na Europa. Fome, desemprego alarmaram a
Europa. As classes sociais empobreciam cada vez mais, provocando uma certa agitação
social, as mulheres que antes não trabalhavam fora de casa entraram no mundo de
trabalho e conquistaram também direito de voto
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Bibliografia

HOBSBAWN, Eric J.. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914 – 1991. n

C.M. Andrew and A.S. Kanya-Forstner, «France, Africa, e a Primeira Guerra Mundial»
in Journal of African History, XIX, 1978, p. 11.

Andrew D. Roberts, «Introduction» in A.A.V.V., The Cambridge History of Africa


c.1905-c.1940, (Ed.) A.D. Roberts, Vol. 7, Cambridge, Cambridge University Press,
1986, p. 3.

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