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Trabalho de História

1ª Guerra Mundial
Introdução
A Primeira Guerra Mundial, também conhecida como Grande Guerra, foi um
conflito militar global que ocorreu entre 1914 e 1918. Foi um dos conflitos mais
sangrentos da história, com mais de 8 milhões de mortos e cerca de 21 milhões
de feridos.

Início
Após o assassinato do arquiduque austro-húngaro Francisco Ferdinando em
Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina, por um nacionalista sérvio, a Áustria-Hungria
culpou a Sérvia pelo assassinato e declarou guerra ao país em 28 de julho, Assim
dando início a Primeira Guerra Mundial, A partir daí, uma série de alianças
militares entre as grandes potências da Europa foram ativadas, levando a
intensificação desse grande conflito.

Fases da Guerra
Guerra dos Movimentos

A Guerra de Movimentos foi a primeira fase da guerra, em 1914, quando os


exércitos europeus ainda usavam táticas do século XIX e buscavam batalhas
decisivas em campo aberto. Essa fase foi caracterizada por avanços e recuos
rápidos das forças inimigas, com os exércitos se movimentando em grandes
blocos, porém, a Guerra de Movimentos logo deu lugar à Guerra de Trincheiras.

Guerra de Trincheiras

A Guerra de Trincheiras foi mais comum na Frente Ocidental, essa fase ocorreu
entre 1915 e 1918, onde os britânicos e franceses enfrentavam o alemão, mas
também ocorreu na Frente Oriental e em outras áreas de combate.

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Enquanto a Guerra de Movimentos era baseada em táticas ofensivas, a Guerra de
Trincheiras era mais focada em táticas defensivas. Os soldados se escondiam em
trincheiras para se proteger do fogo inimigo, construíam abrigos e túneis, e
montavam sistemas de arame farpado e outras fortificações para dificultar os
avanços inimigos.

As condições nas trincheiras eram terríveis, havia muita falta de higiene, doenças,
e a constante ameaça de ataques inimigos. A guerra de trincheiras se destacava
por longos períodos de inatividade, pontuados por ataques limitados e trocas de
tiros de artilharia.

A Guerra de Trincheiras só terminou quando os exércitos aliados finalmente


conseguiram romper as linhas alemãs na primavera de 1918, avançando através
do território inimigo em uma série de ofensivas que levaram ao fim da guerra.

Disputas imperialistas
As disputas imperialistas foram uma das principais causas da Primeira Guerra
Mundial. No final do século XIX e início do século XX, as potências europeias
estavam em uma corrida para expandir suas colônias e impérios em todo o
mundo. Isso levou a uma forte competição entre as potências imperialistas pela
posse de territórios, recursos naturais e rotas comerciais estratégicas.

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As tensões entre as potências imperialistas se intensificaram à medida que as
fronteiras coloniais se sobrepuseram, e a concorrência econômica levou a
rivalidades políticas e militares. A competição pelas colônias na África, Ásia e
Pacífico levou à partilha da África na Conferência de Berlim em 1884 e ao
surgimento do "Novo Imperialismo".

A Alemanha, que se unificou em 1871, estava atrasada na corrida imperialista e


procurava expandir seu império colonial para competir com as outras potências
europeias. A expansão alemã na África e na Ásia gerou tensões com o Reino
Unido e a França, que já haviam impérios coloniais consolidados nessas regiões.

A disputa imperialista foi um dos principais fatores que contribuíram para o início
da Primeira Guerra Mundial, quando a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia
em 1914. As alianças militares e a escalada do conflito que se seguiu levaram a um
conflito em grande escala que envolveu as principais potências europeias, cada
uma buscando manter ou aumentar seus impérios e interesses nacionais.

No geral, as disputas imperialistas foram uma das causas mais importantes que
contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial, e o conflito resultou em
mudanças significativas no equilíbrio de poder imperialista no mundo, esse
nacionalismo alimentou o desejo de cada país em expandir seu território e
demonstrar sua força, tanto dentro quanto fora das fronteiras nacionais. As
potências participantes se envolveram em uma corrida armamentista e militar,
construindo exércitos e armas cada vez maiores e mais poderosas, tudo em nome
da defesa e proteção da pátria.

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Grandes potências
As grandes potências envolvidas na Primeira Guerra Mundial foram:

● Alemanha
● Áustria-Hungria
● Império Otomano
● Bulgária
● França,
● Reino Unido
● Rússia
● Itália
● Japão
● Estados Unidos

Alianças militares
Tríplice Aliança

A formação da Tríplice Aliança foi um dos eventos que antecederam a Primeira


Guerra Mundial e contribuiu para a formação de alianças militares entre as
grandes potências europeias. A Tríplice Aliança era composta por três países:
Alemanha, Áustria-Hungria e Itália.

A formação da Tríplice Aliança foi resultado da mudança nas relações


internacionais na Europa no final do século XIX. A Alemanha emergiu como uma
grande potência econômica e militar na Europa e buscava expandir sua influência

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política na região. A Áustria-Hungria, por sua vez, procurava consolidar seu
controle sobre os Bálcãs e a Itália buscava consolidar sua unificação como um
país.

Em 7 de outubro de 1879, a Alemanha e a Áustria-Hungria assinaram um tratado


de aliança, o Tratado de Amizade e Aliança, que garantia a ajuda mútua em caso
de ataque de uma terceira potência. A Itália se juntou à aliança em 20 de maio de
1882, formando a Tríplice Aliança, porém em 1915, sendo prometida os territórios
da Áustria-Hungria, a Itália abandonou a tríplice aliança e se juntou a tríplice
entente, já que a Áustria-Hungria controlava certas áreas no território da Itália.

A aliança entre Alemanha, Áustria-Hungria e Itália tinha como objetivo garantir a


segurança e a proteção dos interesses desses países na Europa, e também
prevenir uma possível guerra contra a França, que na época possuía uma forte
rivalidade com a Alemanha. A formação da Tríplice Aliança teve uma grande
influência nas relações internacionais na Europa.

Tríplice Entente

A formação da Tríplice Entente, também conhecida como Aliados, foi uma das
principais reações à formação da Tríplice Aliança e também contribuiu para a
formação de alianças militares que desempenharam um papel significativo na
Primeira Guerra Mundial.

A Tríplice Entente era composta por três países: França, Reino Unido e Rússia, e
eventualmente Itália e Estados unidos.

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A França e o Reino Unido já haviam estabelecido uma aliança militar em 1904,
conhecida como a Entente Cordiale, que visava a cooperação mútua entre as
duas nações, especialmente em relação às suas colônias. Essa aliança foi
formalizada em 1907 com a inclusão da Rússia, formando assim a Tríplice Entente.

A formação da Tríplice Entente foi em grande parte uma resposta à formação da


Tríplice Aliança. A França, em particular, sentiu-se ameaçada pelo crescimento da
Alemanha e buscava garantir a proteção de seus interesses na Europa. A Rússia
também se sentia ameaçada pela Alemanha, especialmente devido ao seu
crescente poder na Europa Oriental.

O Reino Unido, por sua vez, não tinha uma ameaça direta da Alemanha, mas
estava preocupado com a expansão do poder alemão e sua crescente frota naval,
que ameaçava a supremacia naval britânica. O Reino Unido, portanto, decidiu se
unir à França e à Rússia para contrabalançar o poder da Tríplice Aliança.

A Fase Final e Seus Resultados


A fase final da Primeira Guerra Mundial começou em 1917, quando os Estados
Unidos declararam guerra à Alemanha e seus aliados, marcando uma mudança
significativa no conflito. As forças Aliadas (tríplice entente) ganharam vantagem
em relação às Potências Centrais, principalmente devido à superioridade
econômica e militar dos Estados Unidos. Em novembro de 1918, a Alemanha
assinou uma trégua, assim dando um fim na guerra.

Os resultados econômicos e sociais da Primeira Guerra Mundial foram


devastadores. A guerra causou enormes perdas de vidas e destruição material.

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Milhões de pessoas morreram ou ficaram feridas, e a infraestrutura e economia de
muitos países envolvidos foram seriamente prejudicadas. A guerra também criou
instabilidade política em muitos países, especialmente na Alemanha, onde o
governo foi forçado a abdicar e a República de Weimar foi instaurada.

A Primeira Guerra Mundial também levou a uma série de crises políticas e


econômicas que afetaram a Europa e o mundo nas décadas seguintes. A
instabilidade política na Europa pós-guerra criou as condições para o surgimento
do fascismo na Itália, do nazismo na Alemanha e da União Soviética na Rússia. A
guerra também contribuiu para o declínio do colonialismo europeu e para o
surgimento de novas nações, como a Iugoslávia, a Polônia e a Tchecoslováquia.

Em termos econômicos, a guerra levou a uma série de mudanças significativas na


economia mundial, a Europa, que anteriormente era a líder econômica mundial,
perdeu terreno para os Estados Unidos.

Tratado de paz
O Tratado de Versalhes, assinado em 28 de junho de 1919, foi o principal tratado
de paz que encerrou a Primeira Guerra Mundial. O tratado foi assinado entre as
Potências Aliadas (lideradas pelo Reino Unido, França, Estados Unidos e Itália) e
as Potências Centrais (lideradas pela Alemanha).

O tratado impôs pesadas penalidades à Alemanha, incluindo a perda de territórios


e colônias, restrições militares e a obrigação de pagar reparações financeiras aos
Aliados. A Alemanha foi forçada a aceitar a responsabilidade pela guerra e a

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admitir que havia sido a causa de todas as perdas e danos ocorridos durante o
conflito.

O tratado também criou a Liga das Nações, uma organização internacional


destinada a prevenir futuras guerras. No entanto, a Liga das Nações acabou por
não conseguir impedir os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.

Consequências
A Primeira Guerra Mundial teve um impacto profundo na história mundial. As
potências vencedoras impuseram duras sanções à Alemanha, criando
ressentimento e contribuindo para o surgimento do nazismo e da Segunda Guerra
Mundial. A guerra também mudou a geopolítica mundial, levando ao surgimento
de novas nações e ao declínio do poder das monarquias europeias. A Primeira
Guerra Mundial também acelerou o desenvolvimento tecnológico e médico,
impulsionando a inovação em áreas como a aviação, a medicina e a comunicação.

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