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anizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2021 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

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CONCURSO PARA OFICIAIS DO QUADRO AUXILIAR DE


FUZILEIROS NAVAIS 2021

APOSTILA COMPLETA CMN


LEGISLAÇÃO & MANUAIS DO CGCFN

Organização: AILSON CARLOS

MATERIAL INTERNO EXCLUSIVO DOS ALUNOS DO PREPARATÓRIO AO PROCESSO SELETIVO.


Proibida a reprodução total ou parcial.
ESTAMOS JUNTOS!
ADSUMUS!

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Apresentação
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O presente trabalho é mais uma realização do Curso ADSUMUS


que tem por finalidade levar aos candidatos do Concurso do Quadro
de Oficiais Auxiliares Fuzileiros Navais (QOA-FN)/2021, um material
compacto e completo, contendo todo o conteúdo bibliográfico
estabelecido para o referido processo seletivo previsto no Edital de
Convocação.
Relembramos aos nossos alunos que a prova conterá um total
de 50 questões, das quais 20 serão de Conhecimento Militar Naval, o
que corresponde a 40% da prova. Por esse motivo essa matéria é a
mais importante e não pode ser negligenciada.
Pelo exposto, consideramos de fundamental importância que
candidato tenha foco, estude com afinco a presente Apostila e
participe ativamente dos simulados que além de oferecer uma grande
quantidade de questões, estará, também, preparando o candidato
psicologicamente para o momento mais importante: a prova.
Bons estudos e boa prova.

Ailson Carlos Almeida CURSO


ADSUMUS
“Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes; porqueo
Senhor, teu Deus, écontigo, por onde querqueandares.(Josué 1:9)”

Sustenta o fogo que a vitória é


nossa!
Estamos juntos!
ADSUMUS

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2.2 – CORPO DE PRAÇAS DE FUZILEIROS NAVAIS – CPFN


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2.2.1 – LEGISLAÇÃO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

a) Cerimonial da Marinha - Páginas 9 à 37


- Considerações gerais (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3); - Datas festivas (Título VII: Cap.1 e Cap. 2); e
- Bandeiras (Título II: Cap. 1 ao Cap. 4); - Honras fúnebres (Título IX: Cap.1 ao Cap. 3).
- Honras aos Oficiais de Marinha (Título V: Cap. 1);
b) Estatuto dos Militares - Páginas 38 à 55
- Disposições preliminares (Art. 1º ao Art. 9º); - Dos deveres militares (Art. 31 ao Art. 41);
- Da hierarquia militar e da disciplina (Art. 14 ao Art. 19); - Dos direitos (Art. 50 ao Art. 72); e
- Das obrigações militares (Art. 27 ao Art. 29); - Das prerrogativas (Art. 73 ao Art. 79).
c) Regulamento Disciplinar para a Marinha - Páginas 56 à 67
- Generalidades (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3); - Da parte, prisão imediata e recursos (Título IV: Cap.
- Das contravenções disciplinares (Título II: Cap. 1 e Cap. 2); 1 e Cap. 2).
- Das penas disciplinares (Título III: Cap. 1 ao Cap. 7); e
d) Ordenança Geral para o Serviço da Armada - Páginas 68 à 73
- Disposições gerais (Título IV: Cap. 1); e
- Deveres e responsabilidades dos oficiais (Título IV: Cap. 2).
e) Decreto nº 6.806/2009 - Páginas 74 à 75
- Continências (Art. 1º; Art. 2º; Art. 3º, itens I e II); e
- Honras militares (Art. 3º, item III).
f) Decreto nº 3.897/2001 - Páginas 76 à 78
- Diretrizes para o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem (completo – Art. 1º ao Art. 9º).
g) Lei Complementar nº 97/1999 (Leis Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010) - Páginas 79 à 85
- Disposições preliminares (Art. 1º e Art. 2º); - Do emprego (Art. 15); e
- Da organização (Art. 3º ao Art. 11-A); - Das disposições complementares (Art. 16 ao Art. 17).
- Do preparo (Art. 13 e Art. 14);
h) Estratégia Nacional de Defesa - Páginas 86 à 107
- Formulação Sistemática (Cap. 1).
i) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Páginas 108 à 114
- Das Forças Armadas (Título V).

2.2.2 – DOUTRINA MILITAR NAVAL (DMN) - Páginas 116 à 122


- Poder Nacional, Poder Marítimo e Poder Naval (Cap. 1).
2.2.3 – MANUAL BÁSICO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS - Páginas 125 à 152.
a) Guerra, Conflito, Poder e Funções de Combate (Cap. 1);
b) Os Fuzileiros Navais (Cap. 2);
c) Guerra de Manobra (Cap. 3):
- Generalidades (item 3.1); - Centro de Gravidade (item 3.3);
- O Ciclo OODA (item 3.2); e - Vulnerabilidades Críticas (3.4); e
d) Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (Cap. 4).

2.2.4 – MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL - Páginas 155 à 202


a) História e Tradições Navais:
- Histórico dos Fuzileiros Navais (Cap. 1); e - Tradições Navais (Cap. 2).
b) Liderança (Cap. 7);

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c) Organização (Cap. 8):


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- Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (item 8.5); - Fuzileiros Navais nos Distritos Navais (item 8.9);

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- Força de Fuzileiros da Esquadra (item 8.6); - Batalhão de Operações Ribeirinhas (item 8.10); e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- Divisão Anfíbia (item 8.7); - OM de instrução e adestramento do CFN (item 8.11).


- Tropa de Reforço (item 8.8);
d) Navegação Terrestre (Cap. 16).
e) Armamento do CFN (Cap. 17):
- Definições básicas (item 17.1); - Metralhadora 5,56mm, MINIMI (item 17.6);
- Generalidades sobre as armas leves (item 17.2); - Metralhadora 7,62mm, Mod B 60-20, MAG (item 17.7);
- Fuzil de Assalto 5,56mm M16A2Mod 705 (item 17.3); - Pistola 9mm PT92-BERETTA (item 17.8);
- Fuzil Automático 7,62 M964 FAL (item 17.4); - Lança-Granada 40mm M203 (item 17.12); e
- AT-4 (item 17.13).
2.2.5 MANUAL DO COMBATENTE ANFÍBIO - Páginas 205 à 248
a) Características de uma Área de Operações
- Generalidades (item) 2.1)
- Aspectos militares do terreno (item 2.2)
b) Operações Anfíbias (Cap. 4):
- Generalidades (item 4.1); - MNT por superfície e por helicópteros (item 4.5);
- Modalidades de Operações Anfíbias (item 4.2); - Desembarque dos elementos de assalto (item 4.6); e
- Propósitos das Operações Anfíbias (item 4.3); - Ações em terra (item 4.7).
- Fases das Operações Anfíbias (item 4.4);
c) Operações Terrestres (Cap. 5):
- Generalidades (item 5.1); - Operações Defensivas (item 5.5); e
- Operações Ofensivas (item 5.2); - Outras Operações (item 5.6).
- Operações Ofensivas em condições especiais (item 5.4);
d) Operações sob condições de visibilidade reduzida (Cap. 7):
- Generalidades (item 7.1); - Tipos de ataque noturno (item 7.4); e
- Propósitos das operações ofensivas (item 7.2); - Características do ataque noturno (item 7.5).
- Vantagens e desvantagens (item 7.3);
e) Patrulhas (Cap. 8):
- Generalidades (item 8.1); - Patrulhas de combate (item 8.7).
- Patrulhas de reconhecimento (item 8.6); e
2.2.6 MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DOS GPT OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS - Páginas 251 à 261
a) As Operações de Paz, sua Estrutura e Tipificação (Cap. 2):
- Denominação e estrutura de uma Operação de Paz - Imposição da Paz (item 2.5); e
(item 2.2); - Diferenças Básicas entre Manutenção e Imposição da
- Instrumentos Utilizados pela ONU (item 2.3); Paz (item 2.6).
- Manutenção da Paz (item 2.4);
b) Peculiaridades de Procedimentos Operativos nas Operações de Paz (Cap. 4):
- Generaliddes (item 4.1) - Ponto Forte (PF) (item 4.5).
- Posições e postos de Observação (item 4.2); e
c) O Batalhão de Proteção e outros GptOpFuzNav nas Operações de Paz (Cap. 8):
- Generalidades (item 8.1); - Organização e Mobilização do Batalhão de Proteção
- O Batalhão de Proteção (item 8.2); e (item 8.3).

2.2.7 MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DE CARÁTER NAVAL - Páginas 265 à 267


a) As Operações de Paz de Caráter Naval (Cap. 2).
2.2.8 MANUAL DE OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO DE NÃO-COMBATENTES DOS GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS - Páginas 271 à 273
a) Considerações iniciais (Cap. 1).
2.2.9 MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS - Páginas 277 à 279
a) Controle de Distúrbios (Cap. 1)

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2.2.1 - LEGISLAÇÃO
a) Cerimonial da Marinha
b) Estatuto dos militares
c) Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM)
d) Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA)
e) Decreto nº 6.806/2009 - Regulamento de Continências (RCont)
f) Decreto nº 3.897/2001- Diretrizes para o Emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem
g) Lei Complementar nº 97/1999, incluindo as alterações pelas Leis Complementares nº 117/2004 e nº
136/2010 - Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças
Armadas
h) Estratégia Nacional de Defesa
i) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

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CERIMONIAL DA MARINHA DO BRASIL


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(Portaria nº 368/MB, de 30 de novembro de 2016 - Última alteração: 2017) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.2.1 LEGISLAÇÃ0
a) Cerimonial da Marinha:
- Considerações gerais (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3);
- Bandeiras (Título II: Cap. 1 ao Cap. 4);
- Honras aos Oficiais de Marinha (Título V: Cap. 1);
- Datas festivas (Título VII: Cap.1 e Cap. 2); e
- Honras fúnebres (Título IX: Cap.1 ao Cap. 3).

TÍTULO I
CONSIDERAÇÕES GERAIS
CAPÍTULO 1
PROPÓSITO E CONCEITUAÇÃO BÁSICA

Art. 1 -1-1 Propósito - Estabelecer os procedimentos relativos ao cerimonial naval, a serem observados pela Marinha do
Brasil (MB).
Art. 1-1-2 Responsabilidade pelo cumprimento - É dever de todo o militar da Marinha que estiver investido de autoridade
fazer cumprir este Cerimonial e exercer fiscalização quanto ao modo pelo qual seus subordinados o cumprem.
Art. 1-1-3 Não-observância do Cerimonial - As prescrições deste Cerimonial somente podem ser modificadas nas
seguintes circunstâncias:
I - quando o Ministro da Defesa, o Comandante da Marinha (CM) ou o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA),
assim o determinar;
II - quando aquele a quem forem devidas honras dispensá-las em atendimento às conveniências do serviço; e
III - quando, no estrangeiro, o Comandante de Força ou de navio determinar sua alteração, de acordo com os
costumes locais, e desde que não haja grave prejuízo ao serviço.
Art. 1-1-4 Cadeia de comando - Cadeia de comando é a sucessão de comandos vinculados a um comando superior, por
subordinação militar, em ordem imediata e direta.
Art. 1-1-5 Almirante - Neste Cerimonial, a denominação Almirante refere-se ao círculo de oficiaisgenerais em tempo de
paz, compreendendo os postos de Almirante de Esquadra, ViceAlmirante e Contra-Almirante, a menos que
especificamente aplicado ao posto de Almirante.
Art. 1-1-6 Comandante - Neste Cerimonial, a denominação Comandante significa o oficial de Marinha investido no cargo
de comando ou direção.
Art. 1-1-7 Não são prestadas honras - Não são prestadas honras pela Organização Militar (OM) ou por militar, nas
seguintes circunstâncias:
I - em faina geral, de emergência ou de evolução decorrente de manobra ou exercício;
II - durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo que momentânea, possa afetar a segurança de pessoal ou
material; e
III - durante o Cerimonial à Bandeira.
Art. 1-1-8 Não são prestados toques, continências e salvas -Não são prestados toques, continência de guarda e salvas:
I - a qualquer autoridade, na presença de outra a quem caibam honras superiores, exceto durante transmissão de
Comando;
II - no período compreendido entre o arriar e o hastear da Bandeira Nacional; e
III - durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos que não os previstos como honras fúnebres, a menos
que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval.
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RESUMO DAS PROIBIÇÕES


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Art.1-1-7 NÃO SÃO PRESTADAS HONRAS PELA OM OU Art.1-1-8 NÃO SÃO PRESTADOS TOQUES CONTINÊNCIA DE
POR MILITAR; GUARDA E SALVAS;
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I - Em faina geral, de emergência ou de evolução I – a qualquer autoridade, na presença de outra a quem


decorrente de manobra ou exercício; caibam honras superiores, exceto durante transmissão de
Comando;
II - durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo II – durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos
que momentânea, possa afetar a segurança de pessoal que não os previstos como honras fúnebres, a menos que
ou material; e especificamente autorizado pelos ComDN; e
III – durante o Cerimonial à Bandeira. III – no período compreendido entre o arriar e o hastear da
Bandeira Nacional.

Art. 1-1-9 Toques de corneta - Os toques de corneta são os previstos no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças
Armadas".
Art. 1-1-10 Ausência de corneteiro ou bandas - Nas OM em que não existir ou não estiver disponível corneteiro ou banda,
são cancelados os toques, exórdios e hinos previstos ao longo deste Cerimonial, para serem por eles executados, mantidos
os toques de apito.
Art. 1-1-11 Justificativa por honras não prestadas - Quando, por qualquer circunstância, deixarem de ser prestadas a
qualquer autoridade honras a que tenha direito, deve ser-lhe apresentada, antecipadamente ou sem demora após o
evento, a devida justificativa.
Art. 1-1-12 Amarra - Neste Cerimonial, denomina-se amarra à unidade de distância cujo valor é de duzentas jardas.
Art. 1-1-13 Horário - O horário citado neste Cerimonial refere-se à hora local.
Art. 1-1-14 Correspondência oficial - A correspondência oficial da MB emprega a terminologia usada neste Cerimonial.
Art. 1-1-15 Aplicação às unidades aéreas, de fuzileiros navais e Forças - As disposições deste Cerimonial referentes às
OM de terra aplicam-se às unidades aéreas e de fuzileiros navais, aos respectivos Comandos de Força e às instalações
terrestres da Esquadra e Forças Navais, exceto quando determinado em contrário.
Art. 1-1-16 Navios-museu - As disposições deste Cerimonial aplicam-se aos navios-museu, no que for praticável e quando
as circunstâncias o indicarem, como se estes fossem navios incorporados à Armada.
Art. 1-1-17 Comandante da Marinha - As honras e o pavilhão previstos para o CM são estabelecidos em decorrência de
exercer o comando, a direção e a gestão da Marinha.
Art. 1-1-18 Honras de posto acima - É privativo do Presidente da República conceder, em casos excepcionais, como
reconhecimento a relevantes serviços prestados à Marinha e ao País, honras de posto acima, a militares da reserva ou
reformados.
Art. 1-1-19 Guarda de Honra - Guarda de Honra é a tropa armada postada para prestar homenagem às autoridades
militares e civis que a ela tenham direito. Para as Guardas de Honra serão cumpridas as disposições do Regulamento de
Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas.

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CAPÍTULO 2
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NORMAS DE CORTESIA E RESPEITO

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Art. 1-2-1 Comandante em partida ou regresso de comissão - O Comandante de OM, ao partir ou regressar de comissão,
apresenta-se à autoridade a quem estiver diretamente subordinado e à autoridade de quem tiver recebido instruções
especiais, exceto se dispensado de fazê-lo.
Art. 1-2-2 Apresentação após a posse - Na primeira oportunidade após a posse, o Titular de OM apresentar-se-á à
autoridade a quem estiver diretamente subordinado, caso não tenha sido essa a lhe investir no cargo.
Art. 1-2-3 Auxílio à manobra do navio - O navio atracado próximo do local onde for atracar ou desatracar outro navio
fornece pessoal para auxiliá-lo nessa manobra.
Art. 1-2-4 Embarcação à disposição de Almirante - A embarcação da MB colocada à disposição de Almirante lhe é
apresentada por oficial designado para tal.

Art. 1-2-5 Permissão para largar - O militar mais antigo a bordo de embarcação miúda ou viatura, qualquer que seja seu
nível hierárquico, pede licença para largar a quem lhe tiver prestado as honras de despedida, por meio da expressão "Com
licença", recebendo em troca a resposta "Está quem manda".

Art. 1-2-6 Embarque e desembarque de embarcação - Em embarcação miúda ou viatura, o mais antigo embarca por
último e desembarca em primeiro lugar, observados, na embarcação, os seguintes procedimentos:
I - no caso de Almirante ou do Titular da OM a que pertença à embarcação, o patrão e a respectiva guarnição
levantam-se e fazem a continência individual, seguindo idêntico procedimento as demais pessoas nela presentes;
II - no caso dos demais oficiais, apenas o patrão faz a continência; e
III - em circunstâncias especiais, no desembarque, o mais antigo pode determinar que mais modernos
desembarquem na sua frente utilizando-se da expressão "Salta quem pode".
Art. 1-2-7 Dispensa de continência individual - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado,
quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, à tropa formada e às autoridades, não podendo por
estas ser dispensada, salvo quando um ou outro encontrar-se:
I - em faina ou serviço que não possa ser interrompido;
II - em postos de combate;
III - praticando esportes;
IV - sentado, à mesa de rancho; e
V - remando ou dirigindo viatura.

Art. 1-2-8 Quando a continência individual não é executada - A continência individual não é executada pelo militar que
estiver:
I - de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da mão direita;
II - fazendo parte de tropa armada;
III - em postos de continência ou de Parada;
IV - impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V - integrando formatura comandada, exceto se:
a) em honra à Bandeira Nacional;
b) em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e
c) quando determinado por quem o comandar.

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QUADRO RESUMO DE CONTINÊNCIA


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A continência PODE SER DISPENSADA quando um ou A continência NÃO PODE SER EXECUTADA pelo militar que Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

outros militares estiverem: estiver:


I – Em faina ou serviço que não possa ser interrompido; I – De sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe
impossibilite o movimento da mão direita;
II – Em postos de combate; II – Fazendo parte da tropa armada;
III – Praticando esportes; III – Em postos de continência ou de parada;
IV – Sentado à mesa de rancho; e IV – Impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V – Remando ou dirigindo viatura; V – Integrando formatura comandada.
Exceto se:
a) Em honra à Bandeira Nacional;
b) Em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado;
e
c) Quando determinado por quem o comandar.

Art. 1-2-9 Continência por oficiais - Os oficiais, mesmo armados ou em formatura, fazem a continência individual durante
as honras de portaló ou em outras circunstâncias em que a continência com a espada não for regulamentar.
Art. 1-2-10 Posição "firme" - Nos navios, em face das condições do mar, a posição de sentido pode ser substituída por
uma posição "firme", que indique respeito.
Art. 1-2-11 Caminhando em corredores e escadas - Em corredores estreitos ou escadas, em que não seja possível militares
caminharem lado a lado, a dianteira do grupo é tomada pelo mais antigo, salvo no caso de visitas, quando o anfitrião
segue à frente.
CAPÍTULO 3
HONRAS DE PORTALÓ
Art. 1-3-1 Honras de portaló -São denominadas honras de portaló a continência da guarda, "boys" e toques de corneta e
apito, devidas na recepção ou despedida à autoridade.
Art. 1-3-2 Local das honras - As honras de portaló são prestadas junto à escada do portaló ou prancha do navio ou no
local para tal designado nas OM de terra.

Art. 1-3-3 Portaló de honra - Nos navios, é considerado portaló de honra o portaló de boreste que for destinado ao uso
dos oficiais.

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Art. 1-3-4 Prancha - Considera-se extremidade superior da prancha a que fica apoiada no navio.
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Art. 1-3-5 Procedimentos para as honras de portaló na recepção - As honras de portaló, na recepção, obedecem aos
seguintes procedimentos:
I - ao chegar a autoridade próximo ao patim inferior da escada de portaló, extremidade inferior da prancha ou local
designado para recepção nas OM de terra, o oficial a quem caiba receber proclama, a viva voz, o vocativo a que tem
direito a autoridade e comanda "Toque de presença", sendo então executado, por corneta e apito, o toque de presença; e
II - quando a autoridade atingir o patim superior da escada do portaló, a extremidade superior da prancha, ou o
local da recepção em OM de terra, a autoridade que recebe comanda "Abre o toque", sendo então iniciados, por apito e
corneta, os toques correspondentes, ocasião em que os oficiais presentes prestam a continência individual e a guarda, as
seguintes continências:
a) apresenta armas para Almirantes ou autoridades de mesma ou maior precedência;
b) faz "Ombro arma" para oficiais superiores ou autoridades de mesma precedência; e
c) para oficiais intermediários e subalternos ou autoridades de mesma precedência não é prestada continência da guarda.
Art. 1-3-6 Procedimentos para as honras de portaló na despedida - As honras de portaló, na despedida, obedecem aos
seguintes procedimentos:
I - atingindo a autoridade o patim superior da escada do portaló, extremidade superior da prancha, ou local de
despedida nas OM de terra, o oficial a quem caiba despedir proclama, a viva voz, o vocativo a que tem direito a autoridade
e comanda "Abre o toque", sendo então executado por corneta e apito o toque de presença e iniciados,
independentemente de outro comando, os toques correspondentes; nesta ocasião, os oficiais presentes prestam a
continência individual e a guarda, as continências devidas; e
II - terminados os toques e continências, o oficial a quem caiba despedir dirige-se para o patim superior do portaló,
ali permanecendo até a autoridade afastar-se.

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Art. 1-3-7 Honras entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira Nacional - As autoridades de qualquer
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precedência, que entrarem ou saírem de OM da MB no período entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira

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Nacional no dia seguinte, são recebidas ou despedidas pelo oficial de serviço ou por quem o estiver substituindo, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

conforme dispuser a organização da OM.


Art. 1-3-8 Chegada ou saída de bordo por meios aéreos - As honras às autoridades que entrarem ou saírem de bordo por
meios aéreos sofrem as seguintes modificações:
I - em OM de terra ou navio-aeródromo, um oficial designado acompanha a autoridade entre a aeronave e o local
onde são prestadas as honras; e
II - nos demais navios, as honras são prestadas de forma e em local que não afetem a segurança de aviação,
podendo a autoridade anfitriã, dependendo da situação, dispensar das honras a salva, a guarda e a banda, mantendo
sempre os "boys" e o toque de apito.
Art. 1-3-9 A quem cabe prestar - Cabe ao Titular da OM, ou quem lhe seguir em antiguidade na cadeia de comando, se
houver impedimento para sua presença, prestar as honras de portaló às autoridades de maior ou igual posto.
Art. 1-3-10 Ausência de quem de direito - Quando, por circunstâncias inevitáveis, a autoridade não for recebida por quem
de direito, quem dirigir as honras de portaló apresenta escusas pelo sucedido e a acompanha à presença do Comandante
ou Imediato da OM.
Art. 1-3-11 Ausência da autoridade visitada - Dirigindo-se para bordo autoridade visitante de maior ou igual posto do
que a autoridade visitada, e esta encontrar-se ausente, o oficial de serviço desce até o patim inferior da escada de portaló
ou extremidade inferior da prancha, a fim de participar ao visitante a referida ausência; mantida a intenção da visita, a
autoridade visitante aguarda que o oficial de serviço suba a prancha e retome seu lugar nas honras de portaló.
Art. 1-3-12 Honras no capitânia - Nos navios capitânias:
I - no curso ordinário do serviço, os cerimoniais de recepção e despedida relativos à Força são conduzidos por
oficiais do Estado-Maior para tal designados; e
II - ao Capitão de Bandeira não cabe prestar honras às autoridades em visita à Força.
Art. 1-3-13 Execução dos toques de apito - Cabe ao Mestre do navio a execução dos toques de apito referentes às honras
de portaló devidas ao Comandante do navio ou autoridade superior, e ao Contramestre de Serviço nos demais casos.
Art. 1-3-14 Posição do oficial de serviço - Nas honras de portaló, o oficial de serviço ocupa uma das seguintes posições:
I - na presença do Comandante, Diretor ou oficial a quem caiba prestar as honras:
a) à sua direita, afastado de um passo, quando o portaló for a boreste, ou nas OM de terra, e à mesma distância,
porém à esquerda, se o portaló for a bombordo; e
b) as presentes disposições referem-se aos portalós cujas escadas sejam voltadas para ré; se voltadas para vante,
as posições são invertidas;
II - quando couber a si prestar as honras, fica voltado para o portaló tendo os "boys" e o contramestre formados
entre a sua posição e o portaló.

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TÍTULO II - BANDEIRAS
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CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES

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Art. 2-1-1 Hastear a bandeira - Hastear a bandeira significa içá-la e mantê-la desfraldada no tope do mastro, no tope do
pau da bandeira ou no penol da carangueja.
Art. 2-1-2 Hastear à meia adriça - Hastear a bandeira à meia adriça significa içá-la completamente e, só então, trazêla a
uma posição que corresponda aproximadamente à metade da altura do penol da carangueja, do mastro ou do pau da
bandeira.

Art. 2-1-3 Mastro principal - É considerado mastro principal, quando houver mais de um:
I - o mastro de ré, ou o mastro de maior guinda, conforme a classe do navio; e
II - aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional, nas OM de terra.
Art. 2-1-4 Colocação de bandeiras - Para fim de colocação de bandeiras, considera-se lado direito:
I - nos mastros dotados de penol de carangueja - aquele que seria o bordo de boreste, se o mastro estivesse em um navio;
e
II - nos demais mastros - aquele que está à direita de um observador posicionado ao pé do mastro de costas para a
formatura ou platéia.
Art. 2-1-5 Localização dos signos - A fim de identificar a localização de seus signos, as bandeiras são imaginadas divididas
por dois segmentos de retas perpendiculares entre si, resultando quadriláteros ou triângulos superiores e inferiores,
direitos e esquerdos, com a tralha indicando o lado esquerdo das bandeiras.
Art. 2-1-6 Pano de bandeira - Denomina-se pano à unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, tendo a
bandeira de um pano 0,45 X 0,60m, a de dois panos 0,90 X 1,20m e assim sucessivamente.
Art. 2-1-7 Alcance visual - Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser distinguidas.

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CAPÍTULO 2
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BANDEIRA NACIONAL

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Art. 2-2-1 Hasteamento - A Bandeira Nacional é hasteada diariamente, às 8h, mediante cerimonial específico.
Art. 2-2-2 Arriamento - A Bandeira Nacional é arriada diariamente:
I - ao pôr do sol, mediante cerimonial específico, em todas as OM que mantenham serviço ininterrupto; e
II - cinco minutos antes de encerrar-se o expediente, sem cerimonial, nas demais OM.
Art. 2-2-3 Local de hasteamento - Salvo quando este Cerimonial dispuser em contrário, o local de hasteamento é:
I - o pau da bandeira, disposto à popa, nos navios no dique, fundeados, atracados ou amarrados;
II - o mastro de combate ou o penol da carangueja do mastro principal, nos navios em movimento; e
III - o mastro da fachada principal do edifício ou penol da carangueja do mastro para esse fim destinado, nas OM
de terra.

Art. 2-2-4 Cerimonial à Bandeira - O Cerimonial à Bandeira consiste dos seguintes procedimentos:
I - às 7h55, por ocasião do hasteamento, ou cinco minutos antes do pôr do sol, no arriamento, é içado o galhardete
"Prep" na adriça de bombordo ou da esquerda e anunciado, por voz, o "Sinal para Bandeira", sendo então dado por
corneta o toque de Bandeira;
II - ao sinal, formam nas proximidades do mastro, com a frente voltada para a Bandeira, a guarda e, quando
determinado, a banda de música e a tripulação, obedecendo, sempre que possível, à seguinte disposição, a partir do
mastro:
a) em OM de terra, uma praça guarnecendo a adriça do "Prep";
b) uma praça, sem chapéu, guarnecendo a adriça da Bandeira Nacional;
c) a guarda, tendo à sua frente, se no arriamento, três sargentos;
d) o oficial de serviço, ou o militar designado para conduzir o cerimonial, acompanhado do corneteiro e
contramestre;
e) à retaguarda do oficial de serviço, ou, se não houver espaço suficiente, ao seu lado direito ou esquerdo, este
preferencialmente, a banda de música; e
f) a tripulação agrupada ou fragmentada, conforme as normas internas da OM, ocupando posição destacada a
oficialidade, formada por antiguidade, tendo à frente de todos aquele que preside a cerimônia;
III - decorridos três minutos do sinal para a Bandeira, é tocado por corneta o "Primeiro Sinal", ocasião em que todo
o dispositivo já deve estar formado, na posição de descansar, todos com a frente voltada para a Bandeira;

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IV - um minuto após, é tocado por corneta o "Segundo Sinal", quando então o oficial de serviço comanda sentido
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ao dispositivo, e solicita, da autoridade que preside a cerimônia, permissão para prosseguir com o cerimonial;

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V - às 8h, ou quando do pôr do sol, o galhardete "Prep" é arriado e anunciado, por voz, "Arriou", sendo então Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

tocado, por corneta, o "Terceiro Sinal";


VI - imediatamente, o oficial de serviço comanda "Em continência", ocasião em que o corneteiro toca apresentar
armas, e em seguida, "Iça" ou "Arria", seguindo-se, só então, o ponto do toque de "Apresentar arma";
VII - nessa ocasião, simultaneamente:
a) é iniciado o hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional;
b) todos os presentes prestam a continência individual; e
c) é iniciado o toque de apito pelo contramestre e a execução do Hino Nacional ou marcha batida e, na ausência
de banda de música, os correspondentes toques de corneta;
VIII - o movimento de hasteamento ou arriamento da Bandeira é contínuo e regulado de modo que o seu término
coincida com o término do Hino ou toque;
IX - também prestam continência aqueles que se encontrarem em recintos ou conveses abertos e no passadiço; os
que estiverem cobertas abaixo ou em recintos fechados, e que ouvirem os toques, assumem a posição de sentido, exceto
aqueles que estiverem no rancho, que continuam, normalmente e em silêncio, fazendo suas refeições;
X - a critério da autoridade que preside o cerimonial, o Hino Nacional pode ou não ser cantado; se cantado, o é por
todos e, nesse caso, não é feita a continência individual;
XI - ao final do Hino, ou dos toques de corneta e apito, a continência é desfeita e, se houver guarda armada, o oficial
de serviço ordena ao corneteiro tocar "Ombro arma";
XII - terminado o arriamento, os três sargentos, sem se descobrirem, dobram a Bandeira, cuidando para que ela
não toque o piso; cabe ao mais antigo desenvergá-la da adriça, ao sargento da esquerda da formatura segurar o lais da
Bandeira e ao da direita, o lado da tralha; ao final, os sargentos voltam à formatura, o mais antigo comanda meia-volta e
dá o pronto ao oficial de serviço por meio de continência; os militares que guarneciam o galhardete "Prep" e a Bandeira,
já com chapéu, acompanham os movimentos;
XIII - terminado o hasteamento, aquele que içou coloca seu chapéu e volta-se para o oficial de serviço junto com o
praça que guarneceu o galhardete "Prep", dando o pronto da faina por meio de continência;
XIV - o oficial de serviço, então, dá o pronto à autoridade que preside o cerimonial, fazendo-lhe continência e
dizendo em voz alta "Cerimonial encerrado", no hasteamento, ou "Boa noite", no arriamento;
XV - a autoridade que preside volta-se para os presentes e dá "Boa noite", sendo este cumprimento respondido
pelos oficiais; e
XVI - a formatura é desfeita.
Art. 2-2-5 Não participam do Cerimonial à Bandeira - O oficial de serviço no passadiço, timoneiro, sota-timoneiro, vigias
e pessoal envolvido em fainas e manobras, cuja interrupção possa afetar a segurança, não participam do Cerimonial à
Bandeira, estando dispensados de prestar a continência durante o arriar e hastear.
Art. 2-2-6 Procedimentos em Embarcações miúdas - A bordo de embarcação miúda em movimento, próxima ao local do
hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional:
I - de acordo com o meio de propulsão da embarcação, são executadas as manobras de levar remos ao alto; arriar
as velas; ou parar a máquina; e
II - dependendo do estado do mar, todos se levantam e, se uniformizados, prestam continência à Bandeira, exceto
o patrão, que permanece atento à segurança da embarcação e do pessoal embarcado.
Art. 2-2-7 Procedimentos em veículos - Os ocupantes de veículos transitando dentro de OM, próximos ao local do
hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional, desembarcam e, se uniformizados, prestam continência à Bandeira,
mantendo-se em sentido se em trajes civis.

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Art. 2-2-8 OM de terra designada para cerimonial - Nas áreas onde houver concentração de OM de terra, o Comandante
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Mais Antigo Presente (COMAP) pode designar uma OM, à qual cabe realizar diariamente o hasteamento e arriamento da

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Art. 2-2-9 Concentração de navios no mar - Os navios no mar, situados dentro do alcance visual de bandeiras, hasteiam
e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos do navio onde se encontrar embarcado o COMAPEM.
Art. 2-2-10 Concentração de navios no porto - Os navios docados ou atracados, situados dentro do alcance visual de
bandeiras, hasteiam e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos:
I - do navio onde se encontrar embarcado o COMAPEM, se este for mais antigo que o COMAP; ou
II - da OM designada.
Art. 2-2-11 Quando os navios mantêm hasteada - Os navios mantêm hasteada a Bandeira Nacional, entre o pôr do sol e
8h, nas seguintes situações especiais:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação a que pertencer o porto em que se encontrar o navio;
VI - no porto, durante a entrada ou saída de navio da MB ou de Marinha de Guerra estrangeira, ou se esses
hastearem suas bandeiras;
VII - quando navegando próximo de terra;
VIII - durante a entrada e saída de qualquer porto;
IX - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica com
guarnição;
X - quando sobrevoado por alguma aeronave;
XI - durante postos de combate;
XII - à meia adriça, até às 23h59 do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos (Finados)
e, nos navios abrangidos pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
XIII - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-12 Navios em mar aberto - Os navios em mar aberto podem prescindir da exibição da Bandeira Nacional, salvo
nas seguintes situações:
I - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica com
guarnição;
II - quando sobrevoado por alguma aeronave;
III - durante postos de combate; e
IV - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-13 Quando as OM de terra mantêm hasteada - As OM de terra mantêm hasteada a Bandeira Nacional, entre o
pôr do sol e 8h, nas seguintes situações:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha; V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação onde
se localiza a OM; e
VI - à meia adriça, até às 23h59 do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos (Finados)
e, nas OM abrangidas pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.

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Art. 2-2-14 Quando as embarcações miúdas mantêm hasteada - As embarcações miúdas mantêm a Bandeira Nacional
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hasteada, entre o pôr do sol e 8h, enquanto:

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I - os navios mantiverem o embandeiramento içado, nos dias de gala; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

II - conduzir o Presidente da República; Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro; membros do Congresso


Nacional, do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal Militar; Ministro de Estado; Comandante da Marinha;
Comandante do Exército; Comandante da Aeronáutica; Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas; Governador
da Unidade da Federação onde estiver a embarcação; e o Almirantado;
III - em águas estrangeiras ou limítrofes internacionais, de dia ou de noite;
IV - dirigir-se a navio estrangeiro ou nele permanecer atracada;
V - para os casos previstos para hasteamento à meia adriça, seguirá os procedimentos adotados pelo navio-mãe; e
VI - for assim determinado pela autoridade competente.
Art. 2-2-15 Iluminação - Depois do pôr e antes do nascer do sol a Bandeira Nacional, se hasteada, é mantida iluminada.
Art. 2-2-16 Modo de dobrar - A Bandeira Nacional, no arriamento, após ser desenvergada, é dobrada da seguinte forma:
I - segura pela tralha e pelo lais, é dobrada ao meio em seu sentido longitudinal, ficando para baixo a parte em que
aparecem a estrela isolada Espiga e a parte do dístico "ORDEM E PROGRESSO";
II - ainda segura pela tralha e pelo lais, é, pela segunda vez, dobrada ao meio, novamente no seu sentido
longitudinal, ficando voltada para cima a parte em que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do losango amarelo;
a face em que aparece o dístico deve estar voltada para a frente da formatura;
III - a seguir é dobrada no seu sentido transversal, em três partes, indo a tralha e o lais tocarem o pano, pela parte
de baixo, aproximadamente na posição correspondente às extremidades do círculo azul que são opostas; permanece
voltada para cima e para a frente a parte em que aparecem a estrela isolada e o dístico;
IV - ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte do dístico para cima e é passada para o
braço flexionado do mais antigo, sendo essa a posição para transporte; e
V - para a guarda, pode ser feita mais uma dobra no sentido longitudinal, permanecendo o campo azul voltado para cima.

Art. 2-2-17 Guarda da Bandeira - Quando em tropa armada, a Bandeira Nacional é exibida de forma destacada, por uma
guarda armada denominada Guarda da Bandeira, sendo conduzida pelo Porta-bandeira da seguinte forma:
I - em posição de "Ombro arma", o Porta-bandeira a conduz apoiada em seu ombro direito, inclinada, com o conto
mais abaixo, mantendo, com a mão direita, o pano seguro na altura do peito e naturalmente caído ao lado recobrindo
seu braço (Fig. 1 e 2 – ApII);
II - desfilando em continência, o Porta-bandeira desfralda-a e posiciona-a verticalmente, colocando o conto no
talabardão e, com a mão direita, cotovelo lançado para fora, auxiliada pela outra, segura a haste na altura do ombro (Fig.
3 – ApII);
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III - ocupa o centro da testa, ou a sua direita, se esta contar com número par de componentes (Fig. 1 e 2 – ApII);
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IV - não é abatida em continência;

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V - não é acompanhada, por mais de dois estandartes, exceto em cerimônias conjuntas com as demais Forças, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

quando este número pode ser maior; e


VI - os estandartes são abatidos quando em continência.

Art. 2-2-18 Modo de dispor - A Bandeira Nacional é exibida e conduzida na seguinte forma:
I - quando hasteada em janela, porta, sacada ou balcão, fica ao centro, se isolada ou se acompanhada de número
par de outras bandeiras ou estandartes civis ou militares; em posição que mais se aproxime do centro, ou à direita deste,
se acompanhada de número ímpar de outras bandeiras ou estandartes (Fig. 4, 5 e 6 – ApII);
II - quando em préstito ou procissão, não é conduzida na horizontal e vai ao centro da testa da coluna, se isolada;
à direita desta, se houver outra bandeira; e à frente do centro da testa da coluna, a dois metros de distância, se houver
outras duas ou mais bandeiras (Fig. 7 e 8 – ApII);
III - quando distendida e sem mastro, em rua ou praça, entre edifícios, ou em portas, é colocada de modo que o
lado maior do retângulo fique na horizontal e a estrela isolada voltada para cima (Fig. 9 – ApII);
IV - quando disposta em sala ou salão, por motivo de reuniões, conferências ou solenidades, fica distendida por
detrás da cadeira de quem as preside, ou do local da tribuna, sempre acima da cabeça de quem a ocupa e disposta como
no inciso III (Fig. 10 – ApII);
V - quando em florão, sobre escudo ou qualquer outra peça que agrupe diversas bandeiras, ocupa o centro, não
podendo ser menor do que as outras nem colocada abaixo delas (Fig. 11 – ApII);
VI - nos mastros ou adriças, se figurar junto com bandeira de outra nação ou bandeira-insígnia, é colocada à mesma
altura; se acompanhada de estandartes de corporações militares ou bandeiras representativas de instituições ou
associações civis, fica acima (Fig 12 – ApII);
VII - quando em recinto privativo de autoridade, fica ao lado direito de sua mesa de trabalho ou em outro local em
que fique realçada (Fig 13 – ApII); e
VIII - quando distendida sobre ataúde, durante enterro, tem a tralha voltada para o lado da cabeceira do ataúde; é
amarrada à urna para evitar que esvoace nos deslocamentos do cortejo, sendo retirada por ocasião do sepultamento (Fig.
14 – ApII).
Art. 2-2-19 Disposição de outras bandeiras e estandartes - A disposição de outras bandeiras e estandartes exibidos em
conjunto com a Bandeira Nacional obedece às seguintes regras:
I - em posições mais próximas à Bandeira Nacional são dispostas as bandeiras de outras nações, seguindo-se os
estandartes militares, cabendo aos estandartes civis as posições mais afastadas;
II - a precedência entre as bandeiras e estandartes civis obedece ao critério da ordem alfabética das nações e
instituições que representam, na língua portuguesa; entre os estandartes militares, ao critério de antiguidade dos
Titulares das OM que representam, considerando-se o estandarte da Marinha como o de maior precedência; e

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III - inicia-se a disposição com a de maior precedência à direita da Bandeira Nacional, a que se segue à esquerda e
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assim sucessivamente.

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Art. 2-2-20 Hasteamento simultâneo - Ocorrendo o hasteamento junto com bandeira de outra nação ou estandarte, a
Bandeira Nacional é hasteada em primeiro lugar e arriada por último.
Art. 2-2-21 Cerimonial no estrangeiro - O navio da MB, quando em porto estrangeiro, hasteia e arria a Bandeira Nacional
de acordo com o horário do cerimonial do país a que pertencer o porto.
Art. 2-2-22 Entrada e saída de bordo - Durante o Cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas e
veículos na OM que o realiza, salvo se localizada próxima à via pública, quando a interrupção do trânsito deve ocorrer,
com o mínimo de prejuízo possível ao tráfego de pessoas e veículos, entre o “Segundo Sinal” e o término do Cerimonial.
Art. 2-2-23 Saudação diária - Aquele que pela primeira vez no dia chegar à OM, ou dela retirar-se pela última vez no dia,
saúda a Bandeira Nacional, se hasteada, para ela voltado, assim que:
I - a bordo de navio, atingir o patim superior do portaló ou a extremidade superior da prancha; e
II - em OM de terra, transitando a pé, defrontar-se com o mastro onde estiver
hasteada.
Art. 2-2-24 Saudação à passagem - Todos saúdam a Bandeira Nacional quando diante de si passar conduzida em desfile
militar, fazendo alto aquele que estiver em marcha.
Art. 2-2-25 Arriamento seguido de hasteamento - No pôr do sol, se a Bandeira tiver que permanecer içada, é cumprido
o cerimonial para arriamento e, ao término, ela volta a ser hasteada.
Art. 2-2-26 - Hasteamento e arriamento sem cerimonial - A Bandeira Nacional é hasteada ou arriada sem cerimonial:
I - em manobra de troca de mastro;
II - quando tiver que ser hasteada após a hora do arriamento; e
III - ao ser arriada no início do cerimonial de hasteamento, às 7h55 ou no Dia da Bandeira às 11h55, se, por motivo
previsto neste Cerimonial, já estiver içada na ocasião; e
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IV - ao ser arriada nas situações estabelecidas nos incisos XII do art. 2-2-11, VI do art. 2-2-13, II do art. 9-1-12 e I do
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art. 9-1-15.

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Art. 2-2-27 Proibições - É vedado: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

I - fazer saudação com a Bandeira Nacional, salvo em retribuição à saudação idêntica feita por outro navio ou
estabelecimento;
II - usar Bandeira Nacional que não se encontre em bom estado de conservação;
III - usar Bandeira Nacional como reposteiro ou pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna,
cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a serem inaugurados;
IV - usar Bandeira Nacional para prestação de honras de caráter particular por parte de qualquer pessoa natural ou
entidade coletiva;
V - colocar quaisquer indicações ou emblemas sobre a Bandeira Nacional; e
VI - abater a Bandeira Nacional em continência.
CAPÍTULO 3
BANDEIRAS-DISTINTIVOS
Art. 2-3-1 Bandeiras-distintivos - São denominadas bandeiras-distintivos as bandeiras constantes do Apêndice I a este
Cerimonial e destinadas a caracterizar estabelecimentos, forças, unidades de tropa e os navios incorporados à MB, bem
como as condições em face de comissões que forem cometidas, a saber:
I - Bandeira do Cruzeiro;
II - Flâmula de Fim de Comissão;
III - Bandeira da Cruz Vermelha;
IV - Estandartes; e
V - Símbolos.

Art. 2-3-2 Bandeira do Cruzeiro - A Bandeira do Cruzeiro é usada nas seguintes condições:
I - hasteada e arriada diariamente, no "pau do jeque", simultaneamente com a Bandeira Nacional, em todos os
navios incorporados à MB, quando estes estiverem no dique, fundeados, amarrados ou atracados; e
II - hasteada à meia adriça quando assim o for a Bandeira Nacional, por motivo de luto ou funeral.

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Art. 2-3-3 Flâmula de Fim de Comissão - A Flâmula de Fim de Comissão é hasteada no tope do mastro principal nos navios
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incorporados à MB, substituindo a Flâmula de Comando, ao término de comissão igual ou superior a seis meses, quando

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o navio iniciar a aterragem ao porto final da comissão, sendo arriada no pôr do sol que se seguir. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Art. 2-3-4 Bandeira da Cruz Vermelha - A Bandeira da Cruz Vermelha é mantida hasteada permanentemente, em tempo
de guerra:
I - nos navios-hospital, nos acampamentos e nos estabelecimentos hospitalares, em mastro ou adriça diferente de
onde estiver içada a Bandeira Nacional; e
II - na proa das embarcações miúdas empregadas em serviços de saúde e das embarcações-hospital de forças de
desembarque.

Art. 2-3-5 Estandartes - O uso e guarda dos estandartes da Marinha, do Corpo de Fuzileiros Navais e das OM autorizadas
a possuir estandarte próprio se dá de acordo com as seguintes regras:
I - o estandarte da Marinha é ostentado por tropa armada da MB, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
II - o estandarte do Corpo de Fuzileiros Navais pode ser usado por todas as unidades de Fuzileiros Navais de escalão
igual ou superior a uma companhia, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
III - os demais estandartes são conduzidos ou exibidos exclusivamente por sua tropa, sempre acompanhando a
Bandeira Nacional; e
IV - os estandartes devem ser guardados no gabinete do Comandante ou em outro lugar de destaque da OM.

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Art. 2-3-6 Símbolos - Os símbolos são bandeiras-distintivos que identificam as forças, unidades e subunidades de tropa,
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armada ou não, em desfiles e formaturas, sendo envergados:

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I - em hastes adaptáveis à boca do cano do fuzil; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

II - ao para-lama dianteiro direito da viatura do comandante da tropa; ou


III - em mastro próprio, quando então denominam-se "guião".

CAPÍTULO 4
BANDEIRAS-INSÍGNIAS

Art. 2-4-1 Bandeiras-insígnias - São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Apêndice I a este
Cerimonial destinadas a assinalar a presença de determinada autoridade em OM da MB, bem como distinguir os cargos
de autoridades militares ou civis, a saber:
I - Estandarte Presidencial;
II - Pavilhões de Oficiais de Marinha:
a) Patrono da Marinha;
b) Comandante da Marinha;
c) Almirantado;
d) Chefe do Estado-Maior da Armada;
e) Comandante de Operações Navais;
f) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
g) Chefe do Estado-Maior de Defesa;
h) Almirante;
i) Almirante de Esquadra;
j) Vice-Almirante;
k) Contra-Almirante;
l) Comandante em Chefe da Esquadra (ComemCh);
m) Almirante Comandante de Força;
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n) CMG Comandante de Força;


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o) CF ou CC Comandante de Força;

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p) COMAPEM; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

q) Capitão dos Portos.

III - Bandeiras-insígnias de autoridades civis:


a) Vice-Presidente da República;
b) Ministro da Defesa;
c) Ministro de Estado;
d) Embaixador;
e) Encarregado de Negócios; e
f) Cônsul-Geral.

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IV - Bandeiras-insígnias de autoridades militares de outras Forças ou exercendo função


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no Ministério da Defesa, como previsto em regulamentação específica:

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a) Comandante do Exército; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

b) Comandante da Aeronáutica; e
c) Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

V - Flâmulas:
a) de Comando; e
b) de Oficial Superior.

Art. 2-4-2 Flâmula de Comando - A Flâmula de Comando é a insígnia privativa dos oficiais de marinha quando no exercício
do cargo de comando, vedado seu uso em navio não incorporado à Armada.
Art. 2-4-3 Flâmula de Oficial Superior - A Flâmula de Oficial Superior é hasteada nas embarcações miúdas que conduzam
oficial superior uniformizado, sendo arriada tão logo o oficial desembarque.
Art. 2-4-4 Local de hasteamento - As bandeiras-insígnias são hasteadas:
I - no tope do mastro principal dos navios e OM de terra ou no lais da verga de boreste, como determinado neste Cerimonial;
II - no lais da maior verga, no penol da carangueja ou no topo do mastro das embarcações e navios a vela, desde
que não seja onde se encontre içada a Bandeira Nacional; e
III - em haste apropriada, denominada pau da flâmula, na proa das embarcações miúdas.
Art. 2-4-5 Quando são hasteadas - As bandeiras-insígnias são mantidas hasteadas:
I - em caráter permanente, no respectivo navio, unidade ou estabelecimento, quando referente à autoridade
exercendo o cargo de comando;
II - em caráter transitório, na respectiva OM de terra, quando referente à autoridade exercendo o cargo de direção,
enquanto esta permanecer a bordo;
III - em caráter permanente, nos navios capitânias, quando referente ao Comandante de Força embarcado;
IV - em caráter transitório, na OM visitada, quando referente à autoridade superior pertencente à cadeia de
comando, substituindo a bandeira-insígnia da autoridade exercendo o cargo de comando ou direção; e
V - em caráter eventual, na OM visitada, como determinado neste Cerimonial, em honra a autoridade visitante não
pertencente à cadeia de comando.
Art. 2-4-6 Concentração de OM de terra - Nos locais onde haja concentração de OM de terra, com a Bandeira Nacional
hasteada em um único mastro, apenas o mais antigo presente das OM da área mantém o pavilhão hasteado.
Art. 2-4-7 Quando podem ser substituídas - A bandeira-insígnia de autoridade no exercício de cargo de comando, salvo
por ocasião da transmissão do cargo, quando obedece a regras próprias, somente é substituída:
I - pelo Estandarte Presidencial;
II - pelo pavilhão da autoridade a que esteja subordinada na cadeia de comando;
III - pela Flâmula de Fim de Comissão; e
IV - pelo pavilhão do Patrono da Marinha, no dia 13 de dezembro, no caso de OM onde haja cerimônia de entrega
da Medalha do Mérito Tamandaré.
Art. 2-4-8 Estandarte Presidencial - Estando içado o Estandarte Presidencial, nenhuma bandeira representativa de
qualquer outra autoridade, com exceção do pavilhão do Patrono da Marinha, pode permanecer içada.
Art. 2-4-9 Hasteamento do pavilhão do Almirantado - Quando o Almirantado estiver a bordo de OM, seu pavilhão
permanecerá hasteado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência.

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Art. 2-4-10 Hasteamento do pavilhão do CEMA - Quando o CEMA estiver a bordo de OM que não lhe seja subordinada,
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seu pavilhão:

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I - permanece içado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência; e
II - somente é substituído pelo pavilhão do Comandante da Marinha ou do Almirantado.
Art. 2-4-11 Demais autoridades visitantes - A bandeira-insígnia das demais autoridades não pertencentes à cadeia de
comando somente é hasteada, na forma prevista neste Cerimonial, quando a autoridade for a de maior precedência
presente na OM.
Art. 2-4-12 Hasteamento durante salva - Quando, na forma prevista neste Cerimonial, a bandeira-insígnia de autoridade
visitante for içada durante a salva de partida, ela será hasteada imediatamente antes do primeiro tiro e arriada após o último tiro.
Art. 2-4-13 Hasteamento simultâneo - A disposição das bandeiras-insígnias içadas simultaneamente no tope do mastro
principal, salvo por ocasião da transmissão de comando, que obedece a regras próprias, é a seguinte:
I - a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência, não pertencente à cadeia de comando, ocupa a adriça de
boreste ou da direita;
II - a bandeira-insígnia da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de comando ocupa a adriça central
ou de bombordo; e
III - quando o Almirantado ou o CEMA estiverem a bordo juntamente com outra autoridade visitante de maior
precedência, a bandeira-insígnia desta é içada na adriça de boreste, exceto para o Estandarte Presidencial que obedece a
regras próprias, e o pavilhão do Almirantado ou CEMA, na adriça central ou de bombordo.
Art. 2-4-14 Hasteamento no capitânia - O pavilhão de Comandante de Força é mantido hasteado permanentemente no
navio capitânia, salvo se essa autoridade estiver em outro navio sob seu comando, quando então:
I - o navio capitânia arria o pavilhão e mantém içada a Flâmula de Comando; e
II - o navio visitado arria a Flâmula de Comando e mantém içado o pavilhão.
Art. 2-4-15 Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval - O pavilhão de Comandante de Força relativo a
Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval é mantido hasteado no navio subordinado apenas enquanto aquela
autoridade permanecer a bordo.
Art. 2-4-16 Concentração de Forças ou navios - Quando Forças ou navios estiverem próximos entre si, dentro do alcance
visual de bandeiras, somente o navio onde se encontrar o oficial mais antigo hasteia o pavilhão do COMAPEM.
Art. 2-4-17 Força-tarefa comandada por comandante e navio - O Oficial Superior Comandante de navio ao se fazer ao
mar comandando organização por tarefa arvora o pavilhão de Comandante de Força correspondente ao seu posto.
Art. 2-4-18 Quando podem ser arriadas - As bandeiras-insígnias podem ser arriadas durante combate ou operações de
guerra, se assim julgarem conveniente os oficiais que a elas tiverem direito.
Art. 2-4-19 Uso nas embarcações miúdas - Nas embarcações miúdas, as bandeiras-insígnias somente são usadas durante
o período entre o nascer e o pôr do sol e enquanto conduzirem oficial ou autoridade civil a que se refira, da seguinte
forma:
I - somente é hasteada a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência ou mais antiga presente;
II - quando forem conduzidas simultaneamente autoridade sem direito à bandeirainsígnia e outra menos
preeminente ou mais moderna, mas com tal direito, nenhuma bandeirainsígnia é hasteada; e
III - em traje civil, têm direito ao uso de sua bandeira-insígnia apenas os Almirantes e os Titulares da OM a que
pertencer a embarcação miúda.
Art. 2-4-20 Uso em viatura - O oficial de marinha com direito a pavilhão pode, por ocasião de solenidade oficial e quando
uniformizado, usar miniatura do respectivo pavilhão na viatura que o transportar, disposta em haste apropriada fixada
no para-lama direito dianteiro.

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Art. 2-4-21 Presença do Ministro da Defesa - Quando o Ministro da Defesa estiver a bordo de OM da MB, a bandeira-
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insígnia permanece de Ministro de Estado hasteada simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior

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antiguidade da cadeia de comando. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Art. 2-4-22 Hasteamento do pavilhão do Comandante da Marinha - Quando o Comandante da Marinha estiver a bordo
de OM da MB, seu pavilhão:
I - permanece hasteado, sendo somente substituído pelo Estandarte Presidencial; e
II - permanece içado no mastro do pátio do Comando da Marinha, do Distrito Naval ou do COMAP enquanto o
Comandante da Marinha estiver presente na Capital Federal, na sede do Distrito Naval ou em outra localidade em que
haja OM de Marinha, respectivamente.

TÍTULO V - HONRAS AOS OFICIAIS DE MARINHA


CAPÍTULO 1
REGRAS GERAIS

Art. 5-1-1 Direito às honras de portaló - Todos os oficiais, ao entrarem ou saírem de OM da MB, têm direito às honras de
portaló.
Art. 5-1-2 Presença do Presidente da República no mar - As honras aos oficiais de marinha, quando o Presidente da
República estiver no mar, dentro da distância máxima de salva, restringem-se às honras de portaló.
Art. 5-1-3 Presença a bordo de autoridade de maior precedência - As honras aos oficiais de marinha, quando se encontrar
na OM visitada autoridade de maior precedência, restringem-se às honras de portaló; caso a autoridade de maior
precedência se encontre nas proximidades do local das honras, essas limitar-se-ão às continências de guarda e "boys",
não sendo dados toques.
Art. 5-1-4 Toques de apito - Há toques de apito e corneta específicos para cada círculo hierárquico de oficiais e para as
seguintes autoridades:
I - Comandante da Marinha;
II - Chefe do Estado-Maior da Armada;
III - Comandante de Operações Navais;
IV - Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
V- Comandante em Chefe da Esquadra;
VI - Almirante Comandante de Força;
VII - Almirante Comandante;
VIII - Almirante;
IX - Oficial Superior Comandante de Força;
X - Oficial Superior Comandante; e
XI - Oficiais Intermediários Comandantes.
Art. 5-1-5 Toque de Comandante ou Comandante de Força - O oficial no exercício do Comando só tem direito ao toque
de Comandante no navio, unidade ou estabelecimento em que exerce tal cargo; os Comandantes de Força podem receber
toques de Comandante de Força em OM não subordinadas.
Art. 5-1-6 Exórdios - Há exórdios de marcha de continência específicos para as seguintes autoridades:
I - Patrono da Marinha - Marcha de continência Tamandaré;
II - Comandante da Marinha - Marcha de continência nº 2; e
III – Almirantes de Esquadra - Marcha de continência Santa Cecília.
Nas situações previstas no art. 6-3-1, deverá ser executado o exórdio Corine (de Signard), observado-se o caso específico
da alínea d do citado artigo.

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Art. 5-1-7 Vocativos - Os seguintes vocativos são utilizados:


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I - o Comandante da Marinha, o Chefe do Estado-Maior da Armada, o Comandante de Operações Navais, o

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Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais e o Comandante em Chefe da Esquadra são anunciados pelos cargos Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

que exercem;
II - os demais Almirantes são anunciados pelo posto, seguido, quando for o caso, em suas OM e nas subordinadas,
da expressão "Comandante de Força" ou "Comandante"; e
III - os oficiais superiores, intermediários ou subalternos são anunciados pelo respectivo círculo hierárquico, seguido
da expressão "Comandante de Força" ou "Comandante", em suas OM, quando for o caso.
Art. 5-1-8 Número de "boys" - Na recepção e despedida das autoridades abaixo mencionadas, em visita oficial ou
anunciada, o número de "boys" é o seguinte:
I - oito "boys": Almirante, Almirante de Esquadra e Vice-Almirante;
II - seis "boys": Contra-Almirante;
III - quatro "boys": oficial superior; e
IV - dois "boys": demais oficiais.
Art. 5-1-9 Redução do número de "boys" - Caso as dimensões do convés não permitam acomodar os "boys" no número
requerido, ou as circunstâncias assim indicarem, a autoridade a quem caiba receber ou despedir pode autorizar:
I - posicionar dois "boys" junto ao patim inferior da escada de portaló ou extremidade inferior da prancha; ou
II - reduzir a quantidade de "boys", mantendo-a em número par.
Art. 5-1-10 Uniforme - O uniforme determinado para as honras de portaló, quando diferente do uniforme do dia, é de
uso obrigatório apenas para aqueles que nelas tomarem parte, exceto se for devida à autoridade visitante a honraria de
postos, quando o uniforme determinado para as honras é geral para toda a tripulação visitada.
Art. 5-1-11 Honras de passagem ao Comandante da Marinha e ao Almirantado - As honras de passagem ao Comandante
da Marinha e ao Almirantado são prestadas com a tripulação formada em postos de Parada.

TÍTULO VII - DATAS FESTIVAS


CAPÍTULO 1
CONCEITUAÇÃO

Art. 7-1-1 Datas Festivas - São denominadas datas festivas os dias em que, pela significação de suas datas, se realizam
cerimônias cívico-militares.
Art. 7-1-2 Dias de grande gala - Os dias de grande gala são as datas festivas em que se comemora o aniversário da
Independência (7 de setembro) e da Proclamação da República (15 de novembro).
Art. 7-1-3 Dias de pequena gala - Os dias de pequena gala são as datas festivas em que se comemora o Dia da
Confraternização Universal (1º de Janeiro), o Dia de Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o Aniversário
da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha (11 de junho), o Dia da Bandeira (19 de novembro), o Dia do
Marinheiro (13 de dezembro) e o Natal (25 de dezembro).

CAPÍTULO 2
HONRAS NAS DATAS FESTIVAS
Art. 7-2-1 Honras nos dias de grande gala - Nos dias de grande gala, é observado o seguinte cerimonial:
I - embandeiramento em arco nos navios, das 8h até o pôr do sol;
II - após o cerimonial de hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional, e depois de executar o Hino Nacional, a
banda de música toca o Hino da Independência ou o da Proclamação da República, conforme a data, cantado por todos; e
III - execução de salva de vinte e um tiros, às 12h, por estação para tal designada, nas cidades sedes de Distrito Naval
e Comando Naval.

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Art. 7-2-2 Honras no dia Onze de Junho - No Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha, é
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observado o seguinte cerimonial:

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I - o uniforme do dia é do grupo alexandrino; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

II - os navios embandeiram nos topes das 8h até o pôr do sol;


III - às 8h, logo após o Cerimonial à Bandeira, os navios dos COMAPEM e as OM de terra hasteiam os Sinais de Barroso,
exceto onde ocorrer a cerimônia de entrega de condecorações da "Ordem do Mérito Naval", sendo o sinal "O Brasil espera
que cada um cumpra o seu dever" içado na adriça de boreste ou da direita e o sinal "Sustentar o fogo que a vitória é
nossa" na adriça de bombordo ou da esquerda;
IV - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da "Ordem do Mérito Naval", quando do seu
início, executam, em sequência, o hasteamento dos Sinais de Barroso, o Toque da Vitória, o Toque de Comandante em
Chefe e salva de dezessete tiros, por estação para tal fim designada;
V - quando houver a participação de convidados civis ou militares de outras Forças, inclusive estrangeiros, os Sinais de
Barroso são hasteados sequencialmente e precedidos de anúncio explicativo;
VI - os Sinais de Barroso são arriados cinco minutos antes do pôr do sol, imediatamente antes de ser tocado o "Sinal
para a Bandeira"; e
VII - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da "Ordem do Mérito Naval" em outras datas
podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia Onze de Junho.
Art. 7-2-3 Honras no Dia da Bandeira - No Dia da Bandeira, é observado o seguinte cerimonial:
I - às 8h é executado normalmente o Cerimonial à Bandeira Nacional;
II - às 11h55 é anunciado por voz "Sinal para a Bandeira", sendo içado o galhardete "Prep", arriada a Bandeira Nacional
e dado por corneta o toque de Bandeira, prosseguindo-se normalmente o cerimonial para o hasteamento da Bandeira
Nacional;
III - às 12h os navios embandeiram nos topes; e
IV - após o hasteamento da Bandeira, são cremadas as Bandeiras Nacionais substituídas durante o ano e executada
salva de vinte e um tiros, por estação para tal fim designada e, em seguida, cantado o Hino à Bandeira por todos os
presentes, acompanhados ou não por banda de música.
Art. 7-2-4 Honras no dia Treze de Dezembro - No Dia do Marinheiro, é observado o seguinte cerimonial:
I - navios da MB - embandeiram nos topes das 8h até o pôr do sol;
II - OM onde se realizam cerimônias de entrega de condecorações da "Medalha Mérito Tamandaré":
a) ao início da cerimônia, executam, em sequência, o hasteamento do pavilhão do Patrono da Marinha, o "Exórdio
do Patrono da Marinha", salva de dezenove tiros por estação para tal fim designada e, em seguida, o arriamento do
pavilhão do Patrono da Marinha; e
b) durante o período em que o pavilhão do Patrono da Marinha permanecer içado, só podem permanecer
hasteadas no mastro principal, e com precedência sobre o mesmo, as seguinte bandeiras:
1. a Bandeira Nacional, hasteada em OM de terra ou no penol da carangueja de navios no mar;
2. o estandarte do Presidente da República, se presente à cerimônia;
3. o pavilhão do Vice-Presidente da República, se presente à cerimônia e ausente o Presidente da República; e
4. a Bandeira Nacional, hasteada por motivo de embandeiramento nos topes ou da presença a bordo do
Presidente do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, Senado Federal ou Câmara dos Deputados; e
III - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da "Medalha Mérito Tamandaré" em outras
datas podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia do
Marinheiro.
Art. 7-2-5 Demais Dias de Pequena Gala - Nas datas de pequena gala de 1° de janeiro, 21 de abril, 1° de maio e 25 de
dezembro, os navios da MB embandeiram nos topes das 8h ao pôr do sol.

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Art. 7-2-6 Datas festivas de Unidades da Federação - Os navios participam das comemorações referentes às datas festivas
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de Unidades da Federação onde estiverem atracados, cumprindo embandeiramento em arco.

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Art. 7-2-7 Presença de navios estrangeiros - O COMAPEM, no porto brasileiro onde se encontrarem navios de guerra Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

estrangeiros e nacionais, ou o Comandante do Distrito, na sua sede, deve:


I - às vésperas da data festiva, com antecedência de, pelo menos, vinte e quatro horas, mandar um oficial participar
ao COMAPEM estrangeiro o motivo, natureza e horário do cerimonial que é executado, convidando-o para que seus
navios também participem das honras; e
II - no dia seguinte ao da realização do cerimonial, mandar um oficial agradecer a participação estrangeira.
Art. 7-2-8 Participação de tropas estrangeiras - As Forças estrangeiras que participem, em território brasileiro, de paradas
em comemoração a data festiva, nacional ou estrangeira, têm posição de destaque na vanguarda das forças em parada,
devendo ser observado o seguinte:
I - pequeno destacamento de forças brasileiras precede, se possível, as forças estrangeiras, como guarda de honra;
II - a precedência entre as forças estrangeiras obedece a critérios de:
a) antiguidade entre os comandantes das forças;
b) antiguidade entre os comandantes de destacamentos em parada; e
c) ordem alfabética das nações representadas, na língua portuguesa; e
III - se o desfile for em comemoração a data festiva de nação estrangeira, o destacamento da nação festejada tem
precedência sobre os demais.
Art. 7-2-9 Comemorações em portos estrangeiros - Os navios, em porto estrangeiro, comemoram os dias de grande e
pequena gala, devendo o COMAPEM ou Comandante:
I - dar ciência à autoridade naval estrangeira anfitriã, com antecedência adequada, do motivo, natureza e horário das
honras; e
II - formular convite para participação de representações das Marinhas estrangeiras presentes no porto.
TÍTULO IX - HONRAS FÚNEBRES
CAPÍTULO 1 - REGRAS GERAIS
Art. 9-1-1 Conceituação - Honras fúnebres são homenagens póstumas prestadas aos despojos mortais de militar ou de
autoridade civil, de acordo com a posição hierárquica que ocupava.
Art. 9-1-2 Autoridade que determina - As honras fúnebres são determinadas:
I - pelo Presidente da República, Ministro da Defesa, Comandante da Marinha, Comandante de Distrito Naval ou Titular
da OM à qual pertencia o militar falecido;
II - pelo Presidente da República, Ministro da Defesa e Comandante da Marinha, em caráter excepcional, aos despojos
mortais de Chefe de Missão Diplomática estrangeira falecido no Brasil ou de insigne personalidade, inclusive quanto ao
transporte em viatura especial e acompanhamento por tropa;
III - excepcionalmente, o Presidente da República, o Ministro da Defesa e o Comandante da Marinha podem
determinar que sejam prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso Nacional, Presidente
da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado ou Secretário Especial da
Presidência da República equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu transporte, em viatura especial,
acompanhada por tropa; e
IV - as Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou às autoridades mencionadas no
inciso III do presente artigo seguem as mesmas prescrições estabelecidas para o Comandante da Marinha.
Art. 9-1-3 Luto oficial - A par das honras fúnebres que venham a ser prestadas, podem os Governos nos âmbitos Federal,
Estadual ou Municipal determinar que seja observado luto oficial por determinado período de dias.
Art. 9-1-4 Guarda fúnebre - Guarda fúnebre é a tropa armada postada para render honras aos despojos mortais de
militares e autoridades civis que a elas tenham direito.

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Art. 9-1-5 Escolta fúnebre - Escolta fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais de autoridades
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civis e de militares falecidos quando em serviço ativo.

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Art. 9-1-6 Cobertura do féretro - Até o ato de inumação, o féretro de militar ativo ou inativo da MB é coberto com a Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Bandeira Nacional.
Art. 9-1-7 Sinal de luto - O sinal de luto, em fita de crepe na cor preta, a ser usado somente quando determinado por
autoridade competente, consiste:
I - na Bandeira Nacional e nos estandartes, de laço atado junto à esfera armilar ou lança;
II - nos uniformes dos oficiais e praças, de braçal na manga esquerda, a quinze centímetros do ombro;
III - nos tambores, de faixa envolta no fuste; e
IV - nas cornetas, de pequeno laço atado ao cordão.
Art. 9-1-8 Sepultamento no mar - Quando as circunstâncias obrigarem ao sepultamento no mar, as honras fúnebres, caso
as condições permitam, limitam-se ao seguinte, observando-se a função, posto ou graduação que o falecido tinha em vida:
I - o navio responsável pelo sepultamento paira sob máquinas, assim como os que o acompanham;
II - são executadas as honras de portaló, seguidas de três descargas de fuzilaria, antes de ser lançado ao mar o féretro;
III - logo após, inicia a salva final, quando devida, ocasião em que a bandeirainsígnia a que tinha direito o morto é
atopetada, sendo arriada ao término da salva; e
IV - os despojos mortais vão, se possível, em caixão fechado, broqueado, e suficientemente lastrado para garantir a
submersão.
Art. 9-1-9 Honras na saída de bordo do féretro - Quando na saída de féretro de bordo, as honras fúnebres prestadas a
militar ou autoridade civil consistem das continências inerentes às honras de portaló devidas em vida ou aquelas que, por
ocasião de seu falecimento, tenha o Governo resolvido conceder, da seguinte forma:
I - são hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro;
II - com a guarnição, descoberta, concentrada nas proximidades, são prestadas as honras de portaló;
III - seguem-se três descargas de fuzilaria e, se devido, a salva;
IV - a banda de música, se presente, toca acordes de marcha fúnebre, antes de cada descarga de fuzilaria; e
V - após a saída do féretro, a Bandeira Nacional e de Cruzeiro são atopetadas.
Art. 9-1-10 Cortejo no mar - O cortejo no mar, para acompanhamento do féretro, é organizado da seguinte forma:
I - constituição, tendo em vista o grau hierárquico ou função exercida pelo falecido:
a) Comandante de Força - cada navio da respectiva Força faz-se representar, pelo menos, com uma embarcação
levando oficial, suboficial e praças;
b) Comandante de navio ou oficial embarcado - participam as embarcações disponíveis do navio, levando, cada
uma, oficial, suboficial e praças;
c) Suboficial - participam, pelo menos, duas embarcações conduzindo um oficial, suboficiais e destacamento de
praças; e
d) Praça - participa, pelo menos, uma embarcação conduzindo um oficial, um suboficial e seis outras praças;
II - a embarcação que transportar féretro hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia que competia
ao falecido quando em vida;
III - as demais embarcações do cortejo hasteiam somente a Bandeira Nacional à meia adriça; e
IV - os navios da MB hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional sempre que passar próximo o cortejo fúnebre oficial
ou navio de guerra com bandeira em funeral.
Art. 9-1-11 Honras em terra - Quando em terra, as honras fúnebres prestadas a militar da MB, com a participação de
tropa da MB, obedecem ao seguinte:
I - iniciam com o toque de presença, correspondente ao devido em vida, quando o féretro alcançar a direita da guarda
fúnebre, seguindo-se o de continência;

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II - o féretro para ao chegar em frente ao Comandante da guarda fúnebre, ocasião em que são dadas três descargas
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de fuzilaria, tocando a banda de música, se presente, acordes de marcha fúnebre, antes de cada descarga;

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III - caso o efetivo da guarda fúnebre seja maior do que uma companhia: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

a) durante as descargas, o restante da tropa permanece em "Ombro arma", sendo os acordes da marcha fúnebre
iniciados logo após a voz de "Preparar" dada pelo oficial que comandar o funeral; e
b) após as descargas, o comandante da guarda fúnebre dá voz de "Apresentar arma" e "Olhar à direita", quando
então o féretro desfila diante da tropa em continência, tocando a banda de música, se presente, marcha fúnebre; e
IV - a salva e o "Toque de silêncio", se devidos, são executados ao baixar o corpo à sepultura.
Art. 9-1-12 Prescrições especiais para os dias de funeral e luto oficial - Nos dias de funeral e de luto oficial:
I - não são executados toques de continência nem dadas salvas por outros motivos que não sejam os previstos neste
Título, a menos que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval;
II - a Bandeira Nacional é hasteada à meia adriça, sendo observado o cerimonial completo, com todas as honras e
toques de continência; durante postos de combate ou por ocasião de fotografias ou filmagem é atopetada; quando
conduzida por tropa, ostenta o sinal de luto. Enquanto perdurar o luto oficial, permanecerá à meia adriça, também, após
o pôr do sol e até às 23h59 do último dia estabelecido;
III - não é executado o Hino Nacional, exceto por ocasião do Cerimonial à Bandeira Nacional;
IV - a Bandeira do Cruzeiro é hasteada à meia adriça acompanhando a Bandeira Nacional;
V - nas OM onde se realizem honras fúnebres, as guardas e sentinelas têm as armas em funeral;
VI - para os procedimentos não previstos neste Cerimonial referentes às honras fúnebres, são cumpridas as disposições
do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas; e
VII - mediante autorização do Comandante do Distrito Naval da área, as cerimônias militares, tais como formaturas e
graduações, cujas datas de realização, por serem especiais, não devem ser alteradas, podem ser realizadas por completo,
observado o inciso I deste artigo.
Art. 9-1-13 Quando não são prestadas as honras - As honras fúnebres não são prestadas, mas transferidas, se possível,
para outra ocasião:
I - nos dias de festa nacional; e
II - nos dias de grande gala do país estrangeiro, em cujo porto se encontrar navio da MB.
Art. 9-1-14 Quando podem ser dispensadas - As honras fúnebres podem ser dispensadas, a critério da autoridade
competente:
I - quando o falecido as houver dispensado em vida;
II - quando solicitação nesse sentido partir da própria família;
III - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente;
IV - no caso de perturbação da ordem pública; e
V - em condições adversas de tempo.
Art. 9-1-15 No Dia dos Mortos - No dia 2 de novembro, data consagrada ao culto aos mortos:
I - os navios e OM embandeiram à meia adriça de 8h até às 23h59; e
II - durante o embandeiramento à meia adriça, as embarcações miúdas mantêm nessa posição a Bandeira Nacional.
Art. 9-1-16 Presente em porto nacional navio de guerra estrangeiro - Quando em porto nacional encontrarem-se navios
de guerra estrangeiros, o COMAPEM:
I - manda, com a possível antecedência, oficial participar aos COMAPEM estrangeiros o motivo e a natureza das honras
fúnebres que são prestadas pelos navios da MB; e
II - terminadas as honras fúnebres, manda oficial agradecer aos COMAPEM dos navios estrangeiros que nelas
houverem tomado parte.

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Art. 9-1-17 Em países estrangeiros - Não obstante o disposto neste Cerimonial, as honras fúnebres em países estrangeiros
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devem pautar-se ao que for neles de uso.

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Art. 9-1-18 Guarda fúnebre em porto estrangeiro - Quando em porto estrangeiro ocorrer, a bordo de navio da MB, o Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

falecimento de militar ou civil com direito a honras fúnebres, compete ao COMAPEM solicitar à autoridade local
competente, por intermédio do agente diplomático ou consular brasileiro, permissão para desembarcar a guarda fúnebre,
que junto ou não com a escolta fúnebre tiver de prestar as devidas honras.

CAPÍTULO 2
FALECIMENTO DE AUTORIDADES

Art. 9-2-1 Presidente da República - Quando ocorrer o falecimento do Presidente da República, os navios da MB prestam
as seguintes honras fúnebres:
I - navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, içam o embandeiramento à meia adriça;
b) a estação de salva ou o navio designado salva com vinte e um tiros; quinze minutos após, inicia nova salva de
vinte e um tiros, com o intervalo entre os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos antes
do término das honras fúnebres; ao término das honras é dada outra salva de vinte e um tiros;
c) logo após a execução do último tiro, os navios arriam o embandeiramento à meia adriça e hasteiam à meia adriça
a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e
d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os vinte e um tiros periódicos são iniciados ao
nascer do sol do dia do enterro; e
II - navios surtos em outros portos, no dia designado por autoridade competente, prestam honras idênticas às descritas
no inciso I, de conformidade com os entendimentos junto ao Governador ou primeira autoridade local, quando nos portos
nacionais, ou agentes diplomáticos ou consulares brasileiros, quando nos portos estrangeiros.
Art. 9-2-2 Chefe de Nação estrangeira - Quando em porto nacional forem determinadas honras fúnebres por motivo de
falecimento de Chefe de Nação estrangeira, os navios da MB prestam as honras previstas para o Presidente da República,
com as seguintes alterações:
I - a Bandeira Nacional hasteada à meia adriça no mastro principal é substituída pela bandeira da nação enlutada;
II - não são dados os tiros periódicos; e
III - caso estejam presentes navios de guerra da nação enlutada, são observados os horários de início e término das
honras fúnebres realizadas pelos visitantes.
Art. 9-2-3 Ministro da Defesa e Comandante da Marinha - Quando ocorrer o falecimento do Ministro da Defesa ou do
Comandante da Marinha, as OM da MB prestam as seguintes honras fúnebres:
I - OM de terra sediadas e navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios,
também a do Cruzeiro;
b) simultaneamente, a estação de salva ou o navio designado inicia salva de dezenove tiros, com o intervalo entre
os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos antes do término das honras fúnebres; ao
término das honras é dada nova salva com dezenove tiros;
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e
d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os dezenove tiros periódicos são iniciados ao
nascer do sol do dia do enterro; e
II - em outras localidades, inclusive estrangeiras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro, desde o
início até o término das honras fúnebres.

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Art. 9-2-4 Governador de Estado - Por ocasião de falecimento de Governador de Unidade da Federação, os navios da MB
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que se encontrarem em porto da respectiva Unidade prestam as honras fúnebres idênticas às previstas para o Ministro

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Art. 9-2-5 Almirantado - Quando ocorrer o falecimento de um dos membros do Almirantado, as OM da MB prestam as
honras fúnebres idênticas às previstas para o Ministro da Defesa, sem tiros periódicos e com a salva, ao término das
honras fúnebres, de dezessete tiros.
Art. 9-2-6 Demais Almirantes - Quando ocorrer o falecimento de Almirante que não seja membro do Almirantado, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - na hora determinada para início das honras, os navios e unidades subordinadas, surtos ou localizadas no porto onde
serão conduzidas as honras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios, também a do Cruzeiro;
II - caso a autoridade falecida exercesse cargo de Comando ou Direção, seu pavilhão é hasteado à meia adriça no
capitânia ou OM onde servia, conforme o caso;
III - ao término das honras, a estação de salva, o navio, ou unidade designada dá salva correspondente à autoridade
falecida; e
IV - logo após o último tiro, a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro são atopetadas e arriado o pavilhão.
Art. 9-2-7 Oficial Superior Comandante de Força - Por ocasião de falecimento de Oficial Superior Comandante de Força,
são prestadas, pelos navios e unidades subordinados, no que couber, as honras fúnebres estabelecidas para Almirantes.
Art. 9-2-8 Comandante de navio - Ao Comandante de navio da MB que falecer, qualquer que seja o seu posto, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - quando ocorrer a bordo, até a saída do corpo, o navio que comandava hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional,
do Cruzeiro e a Flâmula de Comando; se o navio for Capitânia, a Flâmula de Comando é hasteada à meia adriça, sem
prejuízo do pavilhão de Comandante de Força que se encontra hasteado; logo após a saída, são atopetadas a Bandeira
Nacional e a do Cruzeiro e arriada a Flâmula de Comando; e
II - quando ocorrer em terra, as honras fúnebres são as previstas para serem prestadas a militar da MB falecido em
terra, com a participação de guarda fúnebre.
Art. 9-2-9 Servidor público - No navio da MB onde ocorrer o falecimento de servidor público brasileiro, por ocasião da
saída do corpo de bordo é hasteada à meia adriça a Bandeira Nacional.
Art. 9-2-10 Agente diplomático - Quando ocorrer o falecimento de agente diplomático brasileiro no país em que for
acreditado, os navios da MB que se encontrarem em porto do mesmo país prestam as seguintes honras fúnebres:
I - para Embaixador:
a) no dia do funeral, mantêm hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia de Embaixador,
ambas no mastro principal, e a do Cruzeiro, desde às 8h até o pôr do sol, ou até a hora do sepultamento, caso ocorra
antes;
b) no pôr do sol ou no momento do sepultamento, caso ocorra antes, o navio do COMAPEM atopeta o pavilhão de
Embaixador e dá uma salva de dezenove tiros; e
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro e arriada a bandeira-
insígnia, quando terminam as honras fúnebres; e
II - para Chefes de Missão, as devidas a Embaixador, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à meia
adriça, apenas no navio do COMAPEM e o número de tiros da salva, o que competia à autoridade quando viva.
Art. 9-2-11 Agente consular - Quando ocorrer o falecimento de agente consular brasileiro em país estrangeiro, os navios
da MB que se encontrarem em porto sob a jurisdição do respectivo distrito consular prestam as honras fúnebres devidas
a agente diplomático Chefe de Missão, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à meia adriça, apenas
por ocasião da salva, sendo arriada ao término.

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CAPÍTULO 3
FALECIMENTO DE MILITARES DA MB INATIVOS

Art. 9-3-1 Quando são prestadas - Mediante solicitação expressa da família de militar falecido na situação de inatividade,
os Comandantes de Distrito Naval podem autorizar que sejam prestadas honras fúnebres, como previsto neste
Cerimonial.
Art. 9-3-2 Ex-Ministros da Marinha e ex-Comandantes da Marinha - Aos ex-Ministros da Marinha e ex-Comandantes da
Marinha cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre, com o efetivo de uma companhia, formada em alas no interior da necrópole, e grupo de combate
nas proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas de fuzilaria;
II - comissão de representação designada e chefiada pelo COMAP na área de jurisdição do Distrito Naval onde se situa
a necrópole; e
III - honras de portaló ao alcançar o féretro a guarda fúnebre.
Art. 9-3-3 Almirantes - Aos Almirantes cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre com o efetivo de um pelotão, formado em alas no interior da necrópole, e grupo de combate nas
proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas de fuzilaria;
II - comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a
necrópole, chefiada por Contra-Almirante; e
III - honras de portaló ao alcançar o féretro a guarda fúnebre.
Art. 9-3-4 Oficiais superiores - Aos oficiais superiores cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre, com o efetivo de um grupo de combate, nas proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas
de fuzilaria; e
II - comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a
necrópole, chefiada por oficial superior.
Art. 9-3-5 Oficiais intermediários e subalternos - Aos oficiais intermediários e subalternos cabem a seguinte honra:
Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a necrópole,
chefiada por oficial intermediário.
Art. 9-3-6 Praças - Às praças cabem as seguintes honras:
I - suboficiais e sargentos: Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de
jurisdição se situa a necrópole, chefiada por oficial subalterno;
II - cabos, marinheiros e soldados: Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja
área de jurisdição se situa a necrópole, chefiada por suboficial ou primeiro-sargento.

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Art. 9-3-7 Reduções das honras devidas - A critério do COMAP, no caso de ex-Ministros da Marinha, ou do Comandante
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de Distrito Naval, nos demais casos, as honras fúnebres previstas para militares inativos podem ser reduzidas, tendo em

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vista a disponibilidade de meios, os efetivos de pessoal e a localização da necrópole. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

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ESTATUTO DOS MILITARES.


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(Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980 –Edição Revisada 2019 - Última alteração: 2019) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.3.1 LEGISLAÇÃ0
b) Estatuto dos Militares:
- Disposições preliminares (Art. 1º ao Art. 9º);
- Da hierarquia militar e da disciplina (Art. 14 ao Art. 19);
- Das obrigações militares (Art. 27 ao Art. 29);
- Dos deveres militares (Art. 31 ao Art. 41);
- Dos direitos (Art. 50 ao Art. 72); e
- Das prerrogativas (Art. 73 ao Art. 79).

Títulos I e II. TÍTULO I Generalidades


CAPÍTULO I Disposições Preliminares
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das Forças
Armadas.
Art. 2° - As Forças Armadas, essenciais à execução da política de segurança nacional, são constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria e a garantir os poderes constituídos, a lei e a ordem. São
Instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade
suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei.
Art. 3° - Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria especial de
servidores da Pátria e são denominados militares.
§ 1º - Os militares encontram-se em uma das seguintes situações:
a) na ativa:
I - os de carreira;
II - os temporários, incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar, obrigatório ou voluntário,
durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar ou durante as prorrogações desses
prazos; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou mobilizados;
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas.
b) na inatividade:
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da União,
porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização;
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados, definitivamente,
da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União; e
III - os da reserva remunerada e, excepcionalmente, os reformados, que estejam executando tarefa por tempo certo,
segundo regulamentação para cada Força Armada. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2º - Os militares de carreira são aqueles da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço militar,
tenham vitaliciedade, assegurada ou presumida, ou estabilidade adquirida nos termos da alínea “a” do inciso IV
do caput do art. 50 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3º Os militares temporários não adquirem estabilidade e passam a compor a reserva não remunerada das Forças
Armadas após serem desligados do serviço ativo. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
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Art. 4° - São considerados reserva das Forças Armadas:


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I - individualmente:

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a) os militares da reserva remunerada; e


b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa.
II - no seu conjunto:
a) as Polícias Militares; e
b) os Corpos de Bombeiros Militares.
§ 1o - A Marinha Mercante, a Aviação Civil e as empresas declaradas diretamente devotadas às finalidades precípuas
das Forças Armadas, denominada atividade efeitos de mobilização e de emprego, reserva das Forças Armadas.
§ 2o - O pessoal componente da Marinha Mercante, da Aviação Civil e das empresas declaradas diretamente
relacionadas com a segurança nacional, bem como os demais cidadãos em condições de convocação ou mobilização para
a ativa, só serão considerados militares quando convocados ou mobilizados para o serviço nas Forças Armadas.

Art. 4° – São considerados reserva das Forças Armadas:


I – individualmente:
a) os militares da reserva remunerada; e
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa;
Art. 5° - A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades precípuas das
Forças Armadas, denominada atividade militar.
§ 1o - A carreira militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso nas Forças Armadas e obedece às
diversas sequências de graus hierárquicos.
§ 2o - São privativas de brasileiro nato as carreiras de oficial da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 6° - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”,
“em atividade” ou “em atividade militar”, conferidas aos militares no desempenho de cargo, comissão, encargo,
incumbência ou missão, serviço ou atividade militar ou considerada de natureza militar, nas organizações militares das
Forças Armadas, bem como na Presidência da República, na Vice-Presidência da República, no Ministério da Defesa e nos
demais órgãos quando previsto em lei, ou quando incorporados às Forças Armadas. (Redação dada pela Medida Provisória
no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
Art. 7° - A condição jurídica dos militares é definida pelos dispositivos da Constituição que lhes sejam aplicáveis, por este
Estatuto e pela Legislação, que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.
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Art. 8o - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:


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I - aos militares da reserva remunerada e reformados;

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II - aos alunos de órgão de formação da reserva;


III - aos membros do Magistério Militar; e
IV - aos Capelães Militares.

Art. 9o - Os oficiais-generais nomeados Ministros do Superior Tribunal Militar, os membros do Magistério Militar e os
Capelães Militares são regidos por legislação específica.

CAPÍTULO III
DA HIERARQUIA MILITAR E DA DISCIPLINA
Art. 14 – A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem
com o grau hierárquico.

§ 1° – A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. A
ordenação se faz por postos ou graduações: dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto
ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de autoridade.

§ 2° – Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.

§ 3° – A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares da
ativa, da reserva remunerada e reformados.

Art. 15 – Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade de
desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

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Art. 16 – Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a correspondência entre os
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postos e graduações da Marinha, Exército e da Aeronáutica, são fixados nos parágrafos seguintes e no quadro em anexo.

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§ 1° – Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de Força Singular
e confirmado em Carta Patente.
§ 2° – Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente serão providos em tempo de guerra.
§ 3° – Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente.
§ 4° – Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de órgãos específicos de formação de militares são
denominados praças especiais.
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§ 5° – Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas, Serviços, Especialidades ou
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Subespecialidades são fixados, separadamente, para cada caso, na Marinha, no Exército e na Aeronáutica.

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§ 6° – Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cujos graus hierárquicos tenham denominação comum, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

acrescentarão aos mesmos, quando julgado necessário, a indicação do respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço e, se
ainda necessário, a Força Armada a que pertencerem, conforme os regulamentos ou normas em vigor.
§ 7° – Sempre que o militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê-lo com
abreviaturas respectivas de sua situação.

Art. 17 – A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou correspondente, é assegurada pela
antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei.
§ 1° – A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva promoção,
nomeação, declaração ou incorporação, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.
§ 2° – No caso do parágrafo anterior, havendo empate, a antigüidade será estabelecida:
a) entre militares do mesmo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, pela posição nas respectivas escalas numéricas ou
registros em cada força;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a igualdade, recorrer-
se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à data de praça e à data de nascimento para definir a
precedência, e, neste último caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;
c) na existência de mais de uma data de praça, inclusive de outra Força Singular, prevalece a antiguidade do militar
que tiver maior tempo de efetivo serviço na praça anterior ou nas praças anteriores; e
d) entre alunos de um mesmo órgão de formação de militares, de acordo com o regulamento do respectivo órgão, se
não estiverem especificamente enquadrados nas letras a, b e c.
§ 3° – Em igualdade de posto ou de graduação, os Militares da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
§ 4° – Em igualdade de posto ou de graduação, a precedência entre os militares de carreira na ativa e os da reserva
remunerada ou não, que estejam convocados, é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.

Art. 18 – Em legislação especial, regular-se-á:


I – a precedência entre militares e civis, em missões diplomáticas, ou em comissão no País ou no estrangeiro; e
II – a precedência nas solenidades oficiais.

Art. 19 – A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:


I – os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às demais praças;
II - os Aspirantes da Escola Naval, os Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras e da Academia da Força
Aérea e os alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, do Instituto Militar de Engenharia e das demais instituições
de graduação de oficiais da Marinha e do Exército são hierarquicamente superiores aos Suboficiais e aos
Subtenentes; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
III – os alunos de Escola Preparatória da Cadetes e do Colégio Naval têm precedência sobre os Terceiros-Sargentos,
aos quais são equiparados;
IV – os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre os Cabos,
aos quais são equiparados; e
V – os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargentos, que a eles
são equiparados, respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa.

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TÍTULO II
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DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES MILITARES

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DEVERES/ETICA /VALORES RESUMO


1. É OBRIGATÓRIO;
DEVER
2. NÃO CUMPRIMENTO É CRIME OU CONTRAVENÇÃO;
1. REGRAS DO BOM RELACIONAMENTO;
ÉTICA 2. APLICA-SE NA VIDA CIVIL E VIDA MILITAR;
3. SEMPRE INICIADO COM VERBO NO INFINITIVO.
1. NÃO É OBRIGATÓRIO;
VALOR 2. NÃO CUMPRIMENTO NÃO É CRIME NEM CONTRAVENÇÃO; e
3. O EXATO CUMPRIMENTO VALORIZA O MILITAR E DÁ CONCEITO ELEVADO.

CAPÍTULO I - DAS OBRIGAÇÕES MILITARES


SEÇÃO I - DO VALOR MILITAR

Art. 27 – São manifestações essenciais do valor militar:


I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo solene juramento de fidelidade à
Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II – o civismo e o culto das tradições históricas;
III – a fé na missão elevada das Forças Armadas;
IV – o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
V – o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e
VI – o aprimoramento técnico-profissional.

SEÇÃO II - Da Ética Militar

Art. 28 – O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças
Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos da ética militar:
I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
III – respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV – cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;
V – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI – zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o
cumprimento da missão comum;
VII – empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII – praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
XI – acatar as autoridades civis;
XII – cumprir seus deveres de cidadão;
XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;

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XIV – observar as normas da boa educação;


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XV – garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;

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XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os princípios Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

da disciplina, do respeito e do decoro militar;


XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII – abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares, excetuando-se os
de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja na administração pública; e
XIX – zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes; obedecendo e fazendo obedecer os
preceitos da ética militar.
Art. 29 – Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser
sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada.
§ 1° – Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações militares e nas
repartições públicas civis, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2° – Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no
presente artigo.
§ 3° – No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulados dos Quadros ou Serviços de Saúde
e de Veterinária o exercício de Atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço
e não infrinja o disposto neste artigo.
Art. 30 – Os Ministros das Forças Singulares poderão determinar aos militares da ativa da respectiva Força que, no
interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre que
houver razões que recomendem tal medida. (Esse artigo nao cai na prova não está no programa)

CAPÍTULO II
DOS DEVERES MILITARES
SEÇÃO I
CONCEITUAÇÃO

Art. 31 – Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos racionais e morais que ligam o militar à Pátria e ao seu
serviço, e compreendem, essencialmente:
I – a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições devem ser defendidas mesmo com o sacrifício
da própria vida;
II – o culto aos Símbolos Nacionais;
III – a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV – a disciplina e o respeito à hierarquia;
V – o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e
VI – a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

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Art. 27 – São manifestações essenciais do valor militar: Art. 31 – Os deveres militares emanam de um conjunto de
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vínculos racionais e morais

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I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de I – a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

cumprir o dever militar e pelo solene juramento de e instituições devem ser defendidas mesmo com o sacrifício da
fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida; própria vida;
II – o civismo e o culto das tradições históricas; II – o culto aos Símbolos Nacionais;
III – a fé na missão elevada das Forças Armadas; III – a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV – o espírito de corpo, orgulho do militar pela IV – a disciplina e o respeito à hierarquia;
organização onde serve; V – o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e
V – o amor à profissão das armas e o entusiasmo com VI – a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com
que é exercida; e urbanidade.
VI – o aprimoramento técnico-profissional.

SEÇÃO II
DO COMPROMISSO MILITAR
Art. 32 – Todo cidadão, após ingressar em uma das Forças Armadas mediante incorporação, matrícula ou nomeação,
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares e
manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
Art. 33 – O compromisso do incorporado, do matriculado e do nomeado, a que se refere o artigo anterior, terá caráter
solene e será sempre prestado sob a forma de juramento à Bandeira na presença de tropa ou guarnição formada,
conforme os dizeres estabelecidos nos regulamentos específicos das Forças Armadas, e tão logo o militar tenha adquirido
um grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante das Forças Armadas.
§ 1° – O compromisso de Guarda-Marinha ou Aspirante-a-Oficial é prestado nos estabelecimentos de formação,
obedecendo o cerimonial ao fixado nos respectivos regulamentos.
§ 2° – O compromisso como oficial, quando houver, será regulado em cada Força Armada.

SEÇÃO III
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO

Art. 34 – Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é investido legalmente quando
conduz homens ou dirige uma organização militar. O comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa impessoal, em cujo exercício o militar se define e se caracteriza como chefe.
Parágrafo único – Aplica-se à direção e à chefia de organização militar, no que couber, o estabelecido para comando.

Cargo militar Função militar Art. 34 – Comando


é um conjunto de atribuições, é o exercício das é a soma de autoridade, deveres e
deveres e responsabilidades obrigações inerentes ao responsabilidades de que o militar é investido
cometidos a um militar em serviço cargo militar. legalmente quando conduz homens ou dirige uma
ativo. organização militar.

Art. 35 – A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do militar e decorre, exclusivamente, da estrutura
hierarquizada das Forças Armadas.
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Art. 36 – O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício de funções de comando, de chefia e de direção.
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Art. 37 – Os graduados auxiliam e complementam as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no emprego de

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meios, quer na instrução e na administração. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Parágrafo único – No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos subordinados, os
suboficiais, os subtenentes e os sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade profissional e
técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das normas
operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da coesão e do moral das mesmas
praças em todas as circunstâncias.
Art. 38 – Os Cabos, Taifeiros-Mores, Soldados-de-Primeira-Classe, Taifeiros-de-Primeira-Classe, Marinheiros, Soldados,
Soldados-de-Segunda-Classe e Taifeiros-de-Segunda-Classe são, essencialmente, elementos de execução.
Art. 39 – Os Marinheiros-Recrutas, Recrutas, Soldados-Recrutas e Soldados-de-Segunda-Classe constituem os elementos
incorporados às Forças Armadas para a prestação do serviço militar inicial.
Art. 40° – Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes,
exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional.
Parágrafo único – Às praças especiais também se assegura a prestação do serviço militar inicial.
Art. 41 – Cabe ao militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que
praticar.

TÍTULO III - DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS MILITARES


CAPÍTULO I - DOS DIREITOS
SEÇÃO I ENUMERAÇÃO
Art. 50 - São direitos dos militares:
I - a garantia da patente em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, quando
oficial, nos termos da Constituição;
I-A. - a proteção social, nos termos do art. 50-A desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
II - o provento calculado com base no soldo integral do posto ou da graduação que possuía por ocasião da
transferência para a inatividade remunerada: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

a) por contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de serviço; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

b) por atingir a idade-limite de permanência em atividade no posto ou na graduação; (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)

c) por estar enquadrado em uma das hipóteses previstas nos incisos VIII ou IX do caput do art. 98 desta Lei;
ou (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
d) por ter sido incluído em quota compulsória unicamente em razão do disposto na alínea “c” do inciso III
do caput do art. 101 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - o provento calculado com base em tantas quotas de soldo do posto ou da graduação quantos forem os anos de
serviço, até o limite de 35 (trinta e cinco) anos, quando tiver sido abrangido pela quota compulsória, ressalvado o disposto
na alínea “d” do inciso II do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
IV - nas condições ou nas limitações impostas por legislação e regulamentação específicas, os seguintes: (Redação
dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
a) a estabilidade, somente se praça de carreira com 10 (dez) anos ou mais de tempo de efetivo serviço; (Redação
dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
b) o uso das designações hierárquicas;
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c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação;


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d) a percepção de remuneração;

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e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades
relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos,
farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e
paramédicos necessários;
f) o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de medidas tomadas pelo Estado, quando
solicitado, desde o óbito até o sepultamento condigno;
g) a alimentação, assim entendida como as refeições fornecidas aos militares em atividade;
h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao militar na
ativa de graduação inferior a Terceiro-Sargento e, em casos especiais, a outros militares;
i) a moradia para o militar em atividade, compreendendo;
1) alojamento em organização militar, quando aquartelado ou embarcado; e
2) habitação para si e seus dependentes: em imóvel sob a responsabilidade da União, de acordo com a
disponibilidade existente;
j)(Revogada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
l) a constituição de pensão militar;
m) a promoção;
n) a transferência a pedido para a reserva remunerada;
o) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças;
p) a demissão e o licenciamento voluntários;
q) o porte de arma quando oficial em serviço ativo ou em inatividade, salvo caso de inatividade por alienação mental
ou condenação por crimes contra a segurança do Estado ou por atividades que desaconselhem aquele porte;
r) o porte de arma, pelas praças, com as restrições impostas pela respectiva Força Armada; e
s) outros direitos previstos em leis específicas.
§ 1o - (Revogada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
a) o oficial que contar mais de 30 (trinta) anos de serviço, após o ingresso na inatividade, terá seus proventos
calculados sobre o soldo correspondente ao posto imediato, se em sua Força existir, em tempo de paz, posto superior ao
seu, mesmo que de outro Corpo, Quadro, Arma ou Serviço; se ocupante do último posto da hierarquia militar de sua
Força, em tempo de paz, o oficial terá os proventos calculados tomando-se por base o soldo de seu próprio posto,
acrescido de percentual fixado em legislação específica;
b) os subtenentes e suboficiais, quando transferidos para a inatividade, terão os proventos calculados sobre o
soldo correspondente ao posto de segundo-tenente, desde que contém mais de 30 (trinta) anos de serviço; e
c) as demais praças que contém mais de 30 (trinta) anos de serviço, ao serem transferidas para a inatividade,
terão os proventos calculados sobre o soldo correspondente à graduação imediatamente superior.

§ 2º São considerados dependentes do militar, desde que assim declarados por ele na organização militar
competente: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o cônjuge ou o companheiro com quem viva em união estável, na constância do vínculo; (Redação dada
pela Lei nº 13.954, de 2019)

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II - o filho ou o enteado: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)


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a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

b) inválido; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

§ 3º Podem, ainda, ser considerados dependentes do militar, desde que não recebam rendimentos e sejam
declarados por ele na organização militar competente: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

e) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

f) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

g) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

h) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

i) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

j) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.954, de
2019)

II - o pai e a mãe; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

III - o tutelado ou o curatelado inválido ou menor de 18 (dezoito) anos de idade que viva sob a sua guarda por
decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

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§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)


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§ 5º Após o falecimento do militar, manterão os direitos previstos nas alíneas “e”, “f” e “s” do inciso IV do caput deste

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artigo, enquanto conservarem os requisitos de dependência, mediante participação nos custos e no pagamento das
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contribuições devidas, conforme estabelecidos em regulamento: (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o viúvo, enquanto não contrair matrimônio ou constituir união estável; (Incluído pela Lei nº 13.954, de
2019)
II - o filho ou o enteado menor de 21 (vinte e um) anos de idade ou inválido; (Incluído pela Lei nº 13.954, de
2019)
III - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.954,
de 2019)
IV - os dependentes a que se refere o § 3º deste artigo, por ocasião do óbito do militar. (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)

Art. 50-A. O Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas é o conjunto integrado de direitos,
serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistência, nos termos desta Lei e das
regulamentações específicas. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

Art. 51 - O militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de superior
hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo regulamentação
específica de cada Força Armada.
§ 1o - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quando o ato que decorra de
inclusão em quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso; e
b) em 45 (quarenta e cinco) dias, nas demais hipóteses. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2o - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 52 - Os militares são alistáveis, como eleitores, desde que oficiais, guardas-marinha ou aspirantes-a- oficial, suboficiais
ou subtenentes, sargentos ou alunos das escolas militares de nível superior para formação de oficiais.
Parágrafo único - Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições:
a) se contar menos de 5 (cinco) anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo
mediante demissão ou licenciamento ex officio; e
b) se em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, afastado,
temporariamente, do serviço ativo e agregado, considerado em licença para tratar de interesse particular.
Se eleito, será, no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a que
fizer jus em função do seu tempo de serviço.

SEÇÃO II
DA REMUNERAÇÃO
Art. 53 - A remuneração dos militares será estabelecida em legislação específica, comum às Forças Armadas, e
compreende: (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
I - na ativa: (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)
a) soldo, gratificações e indenizações regulares. (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)
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II - na inatividade: (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)


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a) proventos, constituídos de soldos ou quotas de soldo e gratificações incorporáveis; (Redação dada pela Lei no

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8.237, de 1991) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

b) adicionais. (Redação dada pela Lei no 8.237, de 1991)


Art. 53-A. A remuneração dos militares ativos e inativos é encargo financeiro do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei
nº 13.954, de 2019)
Art. 54 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos em lei.
Art. 55 - O valor do soldo é igual para o militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo grau
hierárquico, ressalvado o disposto no item II do caput do art 50.
Art. 56. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o militar terá direito a tantas quotas de soldo quantos forem os
anos de serviço computáveis para a inatividade, até o máximo de 35 (trinta e cinco) anos, ressalvado o disposto nas alíneas
“b”, “c” e “d” do inciso II do caput do art. 50 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

Art. 57 - Nos termos do § 9o, do artigo 93 da Constituição, a proibição de acumular proventos de inatividade não se aplica
a militares da reserva remunerada e aos reformados quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto ao de função de
magistério ou de cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 58 - Os proventos de inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda,
se modificarem os vencimentos dos militares em serviço ativo.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade não poderão exceder a remuneração
percebida pelo militar da ativa no posto ou graduação correspondente aos dos seus proventos.

SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO
Art. 59 - O acesso da hierarquia militar, fundamentado principalmente no VALOR MORAL E PROFISSIONAL, é SELETIVO,
GRADUAL E SUCESSIVO e será feito mediante promoções, de conformidade com a legislação e regulamentação de
promoções de oficiais e de praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os militares.
Parágrafo único - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças é atribuição de cada um dos Ministérios das Forças
Singulares.
Art. 60 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de ANTIGUIDADE, MERECIMENTO ou ESCOLHA, ou, ainda, por
BRAVURA e POST MORTEM.
§ 1o - Em casos extraordinários e independentes de vagas, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.
§ 2o - A promoção de militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo os critérios de antiguidade ou
merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica, como se houvesse sido promovido, na
época devida, pelo critério em que hora é feita sua promoção.
Art. 61 - A fim de manter a renovação, o equilíbrio e a regularidade de acesso nos diferentes Corpos, Quadros, Armas ou
Serviços, haverá anual e obrigatoriamente um número fixado de vagas à promoção, nas proporções abaixo indicadas:
I - Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos
ou Quadros;
II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou
Quadros;
III - Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;
IV - Capitães-de-Mar-e-Guerra e Coronéis - no mínimo 1/8 (um oitavo) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Serviços;

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V - Capitães-de-Fragata e Tenentes-Coronéis - no mínimo 1/15 (um quinze avos) dos respectivos Corpos, Quadros,
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Armas ou Serviços;

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VI - Capitães-de-Corveta e Majores - no mínimo 1/20 (um vinte avos) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas ou Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Serviços; e
VII - Oficiais dos 3 (três) últimos postos dos Quadros de que trata a alínea b, do inciso I do artigo 98, 1/4 para o último
posto, no mínimo 1/10 para o penúltimo posto, e no mínimo 1/15 para o antepenúltimo posto, dos respectivos
Quadros, exceto quando o último e o penúltimo postos forem Capitão-Tenente ou Capitão e 1o Tenente, caso em
que as proporções serão no mínimo 1/10 e 1/20 respectivamente. (Redação dada pela Lei no 7.666, de 1988)
§ 1o - O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano-base para os postos relativos aos itens IV, V, VI e VII
deste artigo será fixado, para cada Força, em decretos separados, até o dia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte.
§ 2o - As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas neste artigo serão adicionadas,
cumulativamente, aos cálculos correspondentes dos anos seguintes, até completar-se pelo menos 1 (um) inteiro que,
então, será computado para obtenção de uma vaga para promoção obrigatória.
§ 3o - As vagas serão consideradas abertas:
a) na data da assinatura do ato que promover, passar para a inatividade, transferir de Corpo ou Quadro, demitir ou
agregar o militar;
b) na data fixada na Lei de Promoções de Oficiais da Ativa das Forças Armadas ou seus regulamentos, em casos neles
indicados; e
c) na data oficial do óbito do militar.
Art. 62 - Não haverá promoção de militar por ocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou reforma.
SEÇÃO IV
DAS FÉRIAS E DE OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
OS MILITARES TERÃO DIREITOS AOS SEGUINTES AFASTAMENTOS:
TEMPO DE SERVIÇO CONTA COMO
AFASTAMENTOS É REMUNERADO?
EXIGIDO TEMPO SERVIÇO
1. FÉRIAS – 30 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
2. NÚPCIAS: 8 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
3. LUTO: 8 (OITO) DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
4. INSTALAÇÃO: ATÉ 10 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
5. TRÂNSITO: ATÉ 30 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
6. LTSP – ATÉ 2 ANOS SIM QUALQUER TEMPO SIM
7. LTSPF – ATÉ 2 ANOS SIM QUALQUER TEMPO SIM
8. LESM – 6 MESES SIM 10 ANOS SIM
9. LTIP – ATÉ 2 ANOS NÃO 10 ANOS NÃO
10. LAC – ATÉ 3 ANOS NÃO 10 ANOS NÃO
Art. 63 - Férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos militares para descanso, a
partir do último mês do ano a que se referem e durante todo o ano seguinte:
§ 1o - O Poder Executivo fixará a duração das férias, inclusive para os militares servindo em localidades especiais.
§ 2o - Compete aos Comandantes Militares regulamentar a concessão de férias.
§ 3o - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde, nem por punição
anterior decorrente de contravenção ou transgressão disciplinar, ou pelo estado de guerra, ou para que sejam cumpridos
atos de serviço, bem como não anula o direito àquela licença.
(Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
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§ 4o - Somente nos seguintes casos os militares terão interrompido ou deixarão de gozar na época prevista o período
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de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em seus assentamentos.:

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1. de interesse da segurança nacional, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2. de manutenção da ordem,
3. de extrema necessidade do serviço,
4. de transferência para a inatividade, ou
5. para cumprimento de punição decorrente de contravenção ou de transgressão disciplinar de natureza grave e
6. em caso de baixa a hospital.
§ 5o (Revogado pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
Art. 64 - Os militares têm direito ainda aos seguintes períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as disposições
legais e regulamentares, por motivo de:
I - núpcias: 8 (oito) dias; II - luto: 8 (oito) dias;
III - instalação: até 10 (dez) dias; e
IV - trânsito: até 30 (trinta) dias.
Art. 65 - As férias e os afastamentos mencionados no artigo anterior são concedidos com a remuneração prevista na
legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.
Art. 66 - As férias, instalação e trânsito dos militares que se encontram a serviço no estrangeiro devem ter regulamentação
idêntica para as três Forças Armadas.
SEÇÃO V
DAS LICENÇAS
Art. 67 - Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao militar,
obedecidas às disposições legais e regulamentares.
§ 1o - A licença pode ser:
a) (Revogada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
b) para tratar de interesse particular;
c) para tratamento de saúde de pessoa da família;
d) para tratamento de saúde própria; e
e) para acompanhar cônjuge ou companheiro; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
f) para maternidade, paternidade ou adoção. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

§ 2o - A remuneração do militar licenciado será regulada em legislação específica.


§ 3o - A concessão da licença é regulada pelo Comandante da Força. (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10,
de 31 de agosto de 2001)

Art. 68 (Revogado pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)


§ 1o A licença especial tem a duração de 6 (seis) meses, a ser gozada de uma só vez; quando solicitado pelo interessado
e julgado conveniente pela autoridade competente, poderá ser parcelada em 2 (dois) ou 3 (três) meses.
§ 2o O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo de efetivo serviço.
§ 3o Os períodos de licença especial não gozados pelo militar são computados em dobro para fins exclusivos de contagem
de tempo para a passagem à inatividade e, nesta situação, para todos os efeitos legais.
§ 4o A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para tratamento de saúde e para que
sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.

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§ 5o Uma vez concedida a licença especial, o militar será exonerado do cargo ou dispensado do exercício das funções que
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exercer e ficará à disposição do órgão de pessoal da respectiva Força Armada, adido à Organização Militar onde servir.

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Art. 69. Licença para tratar de interesse particular é a autorização para o afastamento total do serviço, concedida ao Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

militar, com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, que a requeira com aquela finalidade.
Parágrafo único. A licença de que trata este artigo será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem
de tempo de efetivo serviço, exceto, quanto a este último, para fins de indicação para a quota compulsória.
Art. 69-A. Licença para acompanhar cônjuge ou companheiro é a autorização para o afastamento total do serviço
concedida a militar de carreira que a requeira para acompanhar cônjuge ou companheiro servidor público da União ou
militar das Forças Armadas que for, de ofício, exercer atividade em órgão da administração público federal situado em
outro ponto do território nacional ou no exterior, diverso da localização da organização militar do requerente. (Incluído
pela Lei nº 13.954, de 2019).
§ 1o A licença será concedida sempre com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de efetivo serviço, exceto,
quanto a este último, para fins de indicação para a quota compulsória. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 2o O prazo limite para a licença será de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser concedido de forma contínua ou
fracionada. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 3o Para a concessão da licença para acompanhar companheiro(a), há necessidade de que seja reconhecida a união
estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, de acordo com a legislação específica. (Incluído pela Lei no
11.447, de 2007)
§ 4o Não será concedida a licença de que trata este artigo quando o militar acompanhante puder ser passado à disposição
ou à situação de adido ou ser classificado/lotado em organização militar das Forças Armadas para o desempenho de
funções compatíveis com o seu nível hierárquico. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 5o A passagem à disposição ou à situação de adido ou a classificação/ lotação em organização militar, de que trata o §
4o deste artigo, será efetivada sem ônus para a União e sempre com a aquiescência das Forças Armadas envolvidas.
(Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
Art. 70. As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.
§ 1o - A interrupção da licença especial, da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar
cônjuge ou companheiro(a) poderá ocorrer: (Redação dada pela Lei no 11.447, de 2007)
a) em caso de mobilização e estado de guerra;
b) em caso de decretação de estado de emergência ou de estado de sítio;
c) para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual;
d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulamentação de cada Força. (Redação dada pela Medida
Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
e) em caso de denúncia ou de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito militar, a juízo da
autoridade que efetivou a denúncia, a pronúncia ou a indiciação.
§ 2o - A interrupção da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar cônjuge ou
companheiro(a) será definitiva quando o militar for reformado ou transferido, de ofício, para a reserva remunerada.
§ 3o - A interrupção da licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de pena disciplinar que
importe em restrição da liberdade individual, será regulada em cada Força.

SEÇÃO VI
DA PENSÃO MILITAR
Art. 71 - A pensão militar destina-se a amparar os beneficiários do militar falecido ou extraviado e será paga conforme
o disposto em legislação específica.
§ 1o - Para fins de aplicação da legislação específica, será considerado como posto ou graduação do militar o
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correspondente ao soldo sobre o qual forem calculadas as suas contribuições.


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§ 2o - Todos os militares são contribuintes obrigatórios da pensão militar correspondente ao seu posto ou graduação,

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com as exceções previstas em legislação específica. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

§ 2º-A. As pensões militares são custeadas com recursos provenientes da contribuição dos militares das Forças Armadas,
de seus pensionistas e do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3o - Todo militar é obrigado a fazer sua declaração de beneficiários que, salvo prova em contrário, prevalecerá para a
habilitação dos mesmos à pensão militar.
Art. 72 - A pensão militar defere-se nas prioridades e condições estabelecidas em legislação específica.

CAPÍTULO II
DAS PRERROGATIVAS SEÇÃO I
CONSTITUIÇÃO E ENUMERAÇÃO
Art. 73 - As prerrogativas dos militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus
hierárquicos e cargos.
Parágrafo único - São prerrogativas dos militares:
a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares das Forças Armadas, correspondentes ao
posto ou graduação, Corpo, Quadro, Arma, Serviço ou Cargo;
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização militar da respectiva Força cujo
comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou, na impossibilidade de cumprir esta
disposição, em organização militar de outra Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha a necessária
precedência; e
d) julgamento em foro especial nos crimes militares.
Art. 74 - Somente em caso de flagrante delito o militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando esta obrigada a
entregá-lo imediatamente à autoridade militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto policial durante
o tempo necessário à lavratura do flagrante.
§ 1o - Cabe à autoridade militar competente a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial pelo não cumprimento
do disposto neste artigo e ainda que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso militar ou não lhe der
tratamento devido ao seu posto ou graduação.
§ 2o - Se durante o processo e julgamento no foro civil houver perigo de vida para qualquer preso militar, a autoridade
militar competente, mediante requisição da autoridade judiciária, mandará guardar os pretórios ou tribunais por força
federal.
Art. 75 - Os militares da ativa, no exercício de funções militares, são dispensados do serviço na instituição do Júri e do
serviço na Justiça Eleitoral.
SEÇÃO II
DO USO DOS UNIFORMES
Art. 76 - Os uniformes das Forças Armadas, com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos militares e
simbolizam a autoridade militar, com as prerrogativas que lhe são inerentes.
Parágrafo único - Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes, distintivos, insígnias
e emblemas militares, bem como seu uso por quem a eles não tiver direito.
Art. 77 - O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos, descrição, composição,
peças acessórias e outras disposições, são os estabelecidos na regulamentação específica de cada Força Armada. § 1o
- É proibido ao militar o uso dos uniformes:

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a) em manifestação de caráter político-partidária;


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b) em atividade não-militar no estrangeiro, salvo quando expressamente determinado ou autorizado; e

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c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares, a cerimônias cívicas comemorativas de datas
nacionais ou a atos sociais solenes de caráter particular, desde que autorizado.
§ 2o - O oficial na inatividade, quando no cargo de Ministro de Estado da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, poderá
usar os mesmos uniformes dos militares na ativa.
§ 3o - Os militares na inatividade cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à dignidade da classe poderão ser
definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Ministro da respectiva Força Singular.
Art. 78 - O militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que use e aos distintivos, emblemas ou às
insígnias que ostente.
Art. 79 - É vedado às Forças Auxiliares e a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar
distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.
Parágrafo único - São responsáveis pela infração das disposições deste artigo, além dos indivíduos que as tenham
cometido, os comandantes das Forças Auxiliares, diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer natureza,
firmas ou empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido sejam usados
uniformes ou ostentado distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças
Armadas.

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REGULAMENTO DISCIPLINAR PARA A MARINHA


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(Decreto nº 88.545, de 26 de julho de 1983 - Ed. Revisada – Rio de Janeiro, 2008) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.3.1 LEGISLAÇÃ0
c) Regulamento Disciplinar para a Marinha:
- Generalidades (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3);
- Das contravenções disciplinares (Título II: Cap. 1 e Cap. 2);
- Das penas disciplinares (Título III: Cap. 1 ao Cap. 7); e
- Da parte, prisão imediata e recursos (Título IV: Cap. 1 e Cap. 2).
-
TÍTULO I
GENERALIDADES
CAPÍTULO I - DO PROPÓSITO

Art. 1o - O Regulamento Disciplinar para a Marinha tem por propósito a especificação e a classificação das contravenções
disciplinares e o estabelecimento das normas relativas à amplitude e à aplicação das penas disciplinares, à classificação
do comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.

CAPÍTULO II - DA DISCIPLINA E DA HIERARQUIA MILITAR


Art. 2o - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
Parágrafo único - A disciplina militar manifesta-se basicamente pela:
- obediência pronta às ordens do superior;
- utilização total das energias em prol do serviço;
- correção de atitudes; e
- cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da instituição.

Art. 3o - Hierarquia Militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura militar. A ordenação se
faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação, se faz pela antiguidade no posto ou na
graduação.
Parágrafo único - O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.

Art. 4o - A boa educação militar não prescinde da cortesia. É dever de todos, em serviço ou não, tratarem-se mutuamente
com urbanidade, e aos subordinados com atenção e justiça.

CAPÍTULO III - DA ESFERA DE AÇÃO DISCIPLINAR

Art. 5o - As prescrições deste Regulamento aplicam-se aos militares da Marinha da ativa, da reserva remunerada e aos
reformados.

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TÍTULO II
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DAS CONTRAVENÇÕES DISCIPLINARES

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CAPÍTULO I - DEFINIÇÃO E ESPECIFICAÇÃO


Art. 6o - Contravenção Disciplinar é toda ação ou omissão contrária às obrigações ou aos deveres militares estatuídos nas
leis, nos regulamentos, nas normas e nas disposições em vigor que fundamentam a Organização Militar, desde que não
incidindo no que é capitulado pelo Código Penal Militar como crime.
Art. 7o - São contravenções disciplinares:
1. dirigir-se ou referir-se a superior de modo desrespeitoso;
2. censurar atos de superior;
3. responder de maneira desatenciosa ao superior;
4. dirigir-se ao superior para tratar de assuntos de serviço ou de caráter particular em inobservância à via hierárquica;
5. deixar o subalterno, quer uniformizado quer trajando à paisana, de cumprimentar o superior quando uniformizado, ou
em traje civil, desde que o conheça;
ou deixar de prestar-lhe as homenagens e sinais de consideração e respeito previstos nos regulamentos militares;
6. deixar deliberadamente de corresponder ao cumprimento do subalterno;
7. deixar de cumprir ordem recebida da autoridade competente;
8. retardar, sem motivo justo, o cumprimento de ordem recebida da autoridade competente;
9. aconselhar ou concorrer para o não cumprimento de qualquer ordem de autoridade competente ou para o
retardamento da sua execução;
10. induzir ou concorrer intencionalmente para que outrem incida em contravenção;
11. deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida;
12. retirar-se da presença do superior sem a sua devida licença ou ordem para fazê-lo;
13. deixar o Oficial presente a solenidade interna ou externa onde se encontrem superiores hierárquicos de apresentar-
se ao mais antigo e saudar os demais;
14. deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar ao superior, ressalvadas as exceções regulamentares previstas;
15. representar contra o superior:
a) sem prévia autorização deste;
b) em inobservância à via hierárquica;
c) em termos desrespeitosos; e
d) empregando argumentos falsos ou envolvendo má-fé.
16. deixar de se apresentar, finda a licença ou cumprimento de pena, aos seus superiores ou a quem deva fazê-lo, de
acordo com as normas de serviço de Organização Militar;
17. permutar serviço sem autorização do superior competente;
18. autorizar, promover, tomar parte ou assinar representação ou manifestação coletiva de qualquer caráter contra superior;
19. recusar pagamento, fardamento, equipamento ou artigo de recebimento obrigatório;
20. recusar-se ao cumprimento de castigo imposto;
21. tratar subalterno com injustiça;
22. dirigir-se ou referir-se a subalterno em termos incompatíveis com a disciplina militar;
23. tratar com excessivo rigor preso sob sua guarda;
24. negar licença a subalterno para representar contra ato seu;
25. protelar licença, sem motivo justificável, a subalterno para representar contra ato seu;
26. negar licença, sem motivo justificável, a subalterno para se dirigir à autoridade superior, a fim de tratar dos seus
interesses;

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27. deixar de punir o subalterno que cometer contravenção, ou de promover sua punição pela autoridade competente;
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28. deixar de cumprir ou fazer cumprir, quando isso lhe competir, qualquer prescrição ou ordem regulamentar;

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29. atingir física ou moralmente qualquer pessoa, procurar desacreditá-la ou concorrer para isso, desde que não seja tal Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

atitude enquadrada como crime;


30. desrespeitar medidas gerais de ordem policial, embaraçar sua execução ou concorrer para isso;
31. desrespeitar ou desconsiderar autoridade civil;
32. desrespeitar, por palavras ou atos, a religião, as instituições ou os costumes de país estrangeiro em que se achar;
33. faltar à verdade ou omitir informações que possam conduzir à sua apuração;
34. portar-se sem compostura em lugar público;
35. apresentar-se em Organização Militar em estado de embriaguez ou embriagar-se e comportar-se de modo
inconveniente ou incompatível com a disciplina militar em Organização Militar;
36. contrair dívidas ou assumir compromissos superiores às suas possibilidades, comprometendo o bom nome da classe;
37. esquivar-se a satisfazer compromissos assumidos de ordem moral ou pecuniária;
38. não atender a advertência de superior para satisfazer débito já reclamado;
39. participar em Organização Militar de jogos proibidos, ou jogar a dinheiro os permitidos;
40. fazer qualquer transação de caráter comercial em Organização Militar;
41. estar fora do uniforme determinado ou tê-lo em desalinho;
42. ser descuidado no asseio do corpo e do uniforme;
43. ter a barba, o bigode, as costeletas, o cavanhaque ou o cabelo fora das normas regulamentares;
44. dar, vender, empenhar ou trocar peças de uniformes fornecidas pela União;
45. simular doença;
46. executar mal intencionalmente qualquer serviço ou exercício;
47. ser negligente no desempenho da incumbência ou serviço que lhe for confiado;
48. extraviar ou concorrer para que se extraviem ou se estraguem quaisquer objetos da Fazenda Nacional ou documentos
oficiais, estejam ou não sob sua responsabilidade direta;
49. deixar de comparecer ou atender imediatamente à chamada para qualquer exercício, faina, manobra ou formatura;
50. deixar de se apresentar, sem motivo justificado, nos prazos regulamentares, à Organização Militar para que tenha
sido transferido e, às autoridades competentes, nos casos de comissões ou serviços extraordinários para que tenha sido
nomeado ou designado;
51. deixar de participar em tempo à autoridade a que estiver diretamente subordinado a impossibilidade de comparecer
à Organização Militar ou a qualquer ato de serviço a que esteja obrigado a participar ou a que tenha que assistir;
52. faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir;
53. ausentar-se sem a devida autorização da Organização Militar onde serve ou do local onde deva permanecer;
54. ausentar-se sem a devida autorização da sede da Organização Militar onde serve;
55. deixar de regressar à hora determinada à Organização Militar onde serve;
56. exceder a licença;
57. deixar de comunicar à Organização Militar onde serve mudança de endereço domiciliar;
58. contrair matrimônio em desacordo com a legislação em vigor;
59. deixar de se identificar quando solicitado por quem de direito;
60. transitar sem ter em seu poder documento atualizado comprobatório de identidade;
61. trajar à paisana em condições que não as permitidas pelas disposições em vigor;
62. permanecer em Organização Militar em traje civil, contrariando instruções em vigor;
63. conversar com sentinela, vigia, plantão ou, quando não autorizado, com preso; (Alterado pelo Decreto no 1.011, de
22 de dezembro de 1993)

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64. conversar, sentar-se ou fumar, estando de serviço e quando não for permitido pelas normas e disposições da
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Organização Militar; (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)

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65. fumar em lugares onde seja proibido fazê-lo, em ocasião não permitida, ou em presença de superior que não seja do Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

seu círculo, exceto quando dele tenha obtido licença;


66. penetrar nos aposentos de superior, em paióis e outros lugares reservados sem a devida permissão ou ordem para
fazê-lo;
67. entrar ou sair da Organização Militar por acesso que não o determinado;
68. introduzir clandestinamente bebidas alcoólicas em Organização Militar;
69. introduzir clandestinamente matérias inflamáveis, explosivas, tóxicas ou outras em Organização Militar, pondo em
risco sua segurança, e desde que não seja tal atitude enquadrada como crime;
70. introduzir ou estar de posse em Organização Militar de publicações prejudiciais à moral e à disciplina;
71. introduzir ou estar de posse em Organização Militar de armas ou instrumentos proibidos;
72. portar arma sem autorização legal ou ordem escrita de autoridade competente;
73. dar toques, fazer sinais, içar ou arriar a Bandeira Nacional ou insígnias, disparar qualquer arma sem ordem;
74. conversar ou fazer ruído desnecessário por ocasião de faina, manobra, exercício ou reunião para qualquer serviço;
75. deixar de comunicar em tempo hábil ao seu superior imediato ou a quem de direito o conhecimento que tiver de
qualquer fato que possa comprometer a disciplina ou a segurança da Organização Militar, ou afetar os interesses da
Segurança Nacional;
76. ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem
do serviço;
77. discutir pela imprensa ou por qualquer outro meio de publicidade, sem autorização competente, assunto militar,
exceto de caráter técnico não sigiloso e que não se refira à Defesa ou à Segurança Nacional;
78. manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado em manifestações de caráter
político-partidário;
79. provocar ou tomar parte em Organização Militar em discussão a respeito de política ou religião;
80. faltar com o respeito devido, por ação ou omissão, a qualquer dos símbolos nacionais, desde que em situação não
considerada como crime;
81. fazer uso indevido de viaturas, embarcações ou aeronaves pertencentes à Marinha, desde que o ato não constitua
crime.
82. disparar arma em Organização Militar por imprudência ou negligência;
83. concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizades entre os militares ou seus familiares; e
84. disseminar boatos ou notícias tendenciosas.
Parágrafo único - São também consideradas contravenções disciplinares todas as omissões do dever militar não
especificadas no presente artigo, desde que não qualificadas como crimes nas leis penais militares, cometidas contra
preceitos de subordinação e regras de serviço estabelecidos nos diversos regulamentos militares e determinações das
autoridades superiores competentes.

CAPÍTULO 2 - DA NATUREZA DAS CONTRAVENÇÕES E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS

Art. 8º – As contravenções disciplinares são Classificadas em graves e leves – conforme o dano – grave ou leve –
que causarem à disciplina ou ao serviço, em virtude da sua natureza intrínseca, ou das conseqüências que delas advierem,
ou puderem advir, pelas circunstâncias em que forem cometidas.
Art. 9º - No concurso de crime militar e de contravenção disciplinar, ambos de idêntica natureza, será aplicada
somente a penalidade relaiva ao crime.

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Parágrafo Único – No caso de descaracterização de crime para contravenção disciplinar, esta deverá ser julgada pela
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autoridade a que o contraventor estiver subordinado.

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a) Acúmulo de contravenções simultâneas e correlatas;


b) Reincidência;
c) Conluio de duas ou mais pessoas;
d) Premeditação;
Art.10–São circunstâncias
e) Ter sido praticada com ofensa à honra e ao pundonor militar;
agravantes da contravenção
f) Ter sido praticada durante o serviço ordinário ou com prejuízo do serviço;
disciplinares:
g) Ter sido cometida estando em risco a segurança da OM;
h) Maus antecedentes militares;
i) Ter o contraventor abusado da sua autoridade ou funcional; e
j) Ter cometido a falta em presença de subordinado.
a) Bons antecedentes militares;
b) Idade menor 18 anos;
Art. 11 – São circunstâncias c) Tempo de serviço militar menor de seis meses;
atenuantes da contravenção d) Prestação anterior de serviços relevantes já reconhecidos;
Disciplinar: e) Tratamento em serviço ordinário com rigor não autorizado pelos
regulamentos militares; e
f) Provocação.
a) ignorância plenamente comprovada da ordem transgredida;
Art.12 – São circunstâncias b) força maior ou caso fortuito plenamente comprovado;
justificativas ou dirimentes da c) evitar mal maior ou dano ao serviço ou a ordem pública;
contravenção disciplinar: d) ordem de superior hierárquico;
e) legítima defesa, própria ou de outrem.

TÍTULO III
DAS PENAS DISCIPLINARES (Art.13º ao Art. 33º)
CAPÍTULO I - DA CLASSIFICAÇÃO E EXTENSÃO
Art.13- As contravenções definidas e classificadas no Título anterior serão punidas com penas disciplinares.
Art.14- As penas disciplinares são as seguintes:
b) para Oficiais da reserva que exerçam funções de atividade:
a) para Oficiais da ativa:
1.repreensão;
1. repreensão;
2.prisão simples, até 10 dias;
2. prisão simples, até 10 dias; e
3.prisão rigorosa, até 10 dias; e
3. prisão rigorosa, até 10 dias.
4.dispensa das funções de atividade.
c) para os Oficiais da reserva remunerada não
d) para Suboficiais:
compreendidos na alínea anterior e os
1. repreensão
reformados:
2. prisão simples, até 10 dias;
1. repreensão;
3. prisão rigorosa, até 10 dias; e
2. prisão simples, até 10 dias; e
4. exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.
3. prisão rigorosa, até 10 dias.

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e) para Sargentos:
f) para Cabos Marinheiros e Soldados:
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1. repreensão;

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1. repreensão;
2. impedimento, até 30 dias;
2. impedimento, até 30 dias; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

3. prisão simples, até 10 dias


3. serviço extraordinário, até 10 dias;
4. prisão rigorosa, até 10 dias; e
4. prisão simples, até 10 dias;
5. licenciamento ou exclusão do serviço
5. prisão rigorosa, até 10 dias; e
ativo, a bem da disciplina.
6. licenciamento ou exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.

RESUMO DAS PENAS PREVISTA NO RDM


PENAS DE ACORDO COM OS POSTOS E GRADUAÇÕES
PENAS PREVISTAS NO RDM
OF RR EM OF
OF SO SG CB SD/MN
ATIVIDADE RM1
Afastamento das Funções de
SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
Atividades

Repreensão SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Prisão Rigorosa até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Prisão Simples até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Exclusão do SAM a Bem da


NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM
Disciplina
Licenciamento do SAM a Bem da
NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
Disciplina

Impedimento até 30 dias NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM

Serviço extra até 10 dias NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Parágrafo Único – Às praças da reserva ou reformadas aplicam-se as mesmas penas estabelecidas neste artigo, de
acordo com a respectiva graduação.
Art. 15 – Não será considerada como pena a admoestação que o superior fizer ao subalterno, mostrando- lhe
irregularidade praticada no serviço ou chamando sua atenção para fato que possa trazer como conseqüência uma
contravenção.

Art. 16 – Não será considerado como pena o recolhimento em compartimento fechado, com ou sem sentinela, bem
como a aplicação de camisa de força, algemas ou outro meio de coerção física de quem for atacado de loucura ou
excitação violenta.

Art. 17 – Por uma única contravenção NÃO pode ser aplicada mais de uma punição.

Art. 18 – A punição disciplinar NÃO exime o punido da responsabilidade civil que lhe couber.

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CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO PARA IMPOSIÇÃO


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Art. 19 – Têm competência para impor penas disciplinares as seguintes autoridades:

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a) a todos os militares da Marinha:
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- O Presidente da República e o Comandante da Marinha.


b) aos seus comandados ou aos que servem sobre sua direção ou ordem:
O chefe, vice-chefe e subchefes do EMA; Os Presidentes e Encarregados de OM;
O Comte, Chefe do Estado-Maior e o Subchefes do CON; Os Diretores dos Órgãos do Setor de Apoio;
O SGM; O Comandante de Apoio do CFN;
Os Diretores Gerais; Os Comandantes de Navios e Unidades de Tropa;
O CGCFN; Os Diretores de estabelecimentos de Apoio ou
Os Comandantes dos DN e Comandos Navais; Ensino;
Os Comtes das Forças Navais, Aeronavais e de FuzNav; Os Chefes de Gabinete; e
Os Capitães de Portos e seus Delegados.

c) nos casos em que a Direção ou Chefia de Estabelecimento ou Repartição for exercida por servidor civil :
- o oficial mais antigo da ativa da OM
§ 1º - Os Almirantes poderão delegar esta competência, no todo ou em parte, a Oficiais subordinados.
§ 2º - Os Comandantes de Força observarão a Competência preconizada na OGSA.
§ 3º - A pena de licenciamento e exclusão do Serviço Ativo da Marinha, será imposta pelo MM ou por autoridade
que dele tenha recebido delegação de Competência.
§4º - a pena de Licenciamento do SAM “ex-officio”, a bem da disciplina, será aplicada às Praças prestando serviço
militar inicial pelo Comandante de DN ou de Comando Naval onde ocorreu a incorporação, de acordo com o Regulamento
da Lei do Serviço Militar.
§5º - A pena de dispensa das funções de atividade será imposta privativamente pelo CM.
§6º - Os Comandantes dos DN ou Comando Naval têm competência, ainda, para aplicar punição aos militares da
reserva remunerada ou reformados que residem ou exerce atividade na área de jurisdição do respectivo comando,
respeitada a precedência hierárquica.
Art. 20 - Quando duas autoridades, ambas com jurisdição disciplinar sobre o contraventor, tiverem conhecimento da
falta, caberá o julgamento à autoridade mais antiga, ou à mais moderna, se o seu superior assim o determinar.
Parágrafo único - A autoridade mais moderna deverá manter o mais antigo informado a respeito da falta, dos
esclarecimentos que se fizerem necessários, bem como, quando julgar a falta, participar a pena imposta e os motivos que
orientaram sua disposição.
CAPÍTULO III
DO CUMPRIMENTO

COMO CUMPRIR AS PENAS DISCIPLINARES


PUNIÇAO RESUMO DE CUMPRIMENTO DAS PENAS DISCIPLINARES
Presença do contraventor seu círculo e
VERBAL
círculos superiores
PÚBLICA
Em documento que será dado
REPREENSÃO ESCRITA
conhecimento aos círculos acima.
VERBAL Presença única do contraventor.
PARTICULAR
ESCRITA Ofício reservado ao contraventor.

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NÃO LANÇA NO LIVRO REGISTRO DE CONTRAVENÇÕES


VERBAL
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ou O.S.

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NÃO LANÇA NOS ASSENTAMENTOS DO
PARTICULAR Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

CONTRAVENTOR.
Permanecer na Organização Militar, sem prejuízo de qualquer serviço que lhe
IMPEDIMENTO
competir
Desempenho de qualquer serviço interno, inclusive faina, em dias e horas em
que
SERVIÇO EXTRA
não lhe competir esse serviço.
Art. 24 – A pena de prisão simples consiste no recolhimento:
- Oficial, Suboficial ou Sargento na OM, sem prejuízo do serviço interno que
lhe couber;
PRISÃO SIMPLES - Demais Praça, à sua coberta na OM, sem prejuízo dos serviços internos que
lhe couberem, salvo os de responsabilidade e confiança.

- Oficial, Suboficial ou Sargento nos recintos que na OM forem destinados ao


PRISÃO RIGOROSA uso de seu círculo.
- Demais Praça, Prisão fechada.
Art. 21- A repreensão consistirá na declaração formal de que o contraventor é assim punido por haver cometido
determinada contravenção, podendo ser aplicada em particular ou não.
§ 1o - Quando em particular, será aplicada diretamente pelo superior que a impuser; verbalmente, na presença única do
contraventor; por escrito, em ofício reservado a ele dirigido.
§ 2o - Quando pública, será aplicada pelo superior, ou por sua delegação:
a ) verbalmente:
1. ao Oficial - na presença de Oficiais do mesmo posto ou superiores;
2. ao Suboficial - nos círculos de Oficiais e Suboficiais;
3. ao Sargento - nos círculos de Oficiais, Suboficiais e Sargentos; e
4. às Praças de graduação inferior a Sargento - em formatura da guarnição, ou parte dela, a que pertencer o
contraventor.
b) por escrito, em documento do qual será dado conhecimento aos mesmos círculos acima indicados.
Art. 22 - A pena de impedimento obriga o contraventor a permanecer na Organização Militar, sem prejuízo de qualquer
serviço que lhe competir.
Art. 23 - A pena de serviço extraordinário consistirá no desempenho pelo contraventor de qualquer serviço interno,
inclusive faina, em dias e horas em que não lhe competir esse serviço.
Art. 24 - A pena de prisão simples consiste no recolhimento:
a) do Oficial, Suboficial ou Sargento na Organização Militar ou outro local determinado, sem prejuízo do serviço
interno que lhe couber;
b) da Praça, à sua coberta na Organização Militar ou outro local determinado, sem prejuízo dos serviços internos que
lhe couberem, salvo os de responsabilidade e confiança.
Art. 25 - A pena de prisão rigorosa consiste no recolhimento:
a) Oficial, Suboficial ou Sargento aos recintos que na Organização Militar forem destinados ao uso do seu círculo.
b) da Praça, à prisão fechada.
§ 1o - Quando na Organização Militar não houver lugar ou recinto apropriado ao cumprimento da prisão rigorosa com
a necessária segurança ou em boas condições de higiene, o Comandante ou autoridade equivalente solicitará que esse
cumprimento seja feito em outra Organização Militar em que isto seja possível.
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§ 2o - A critério da autoridade que as impôs, as penas de PRISÃO SIMPLES e PRISÃO RIGOROSA poderão ser cumpridas
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pelas Praças como determina o artigo 22, computando-se dois (2) dias de impedimento para cada dia de prisão simples

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e três (3) dias de impedimento para cada dia de prisão rigorosa. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

§ 3o - Não será considerada agravação da pena deste artigo a reclusão do Oficial, Suboficial ou Sargento a camarote, com
ou sem sentinela, quando sua liberdade puder causar dano à ordem ou à disciplina.

CAPÍTULO IV
DAS NORMAS PARA IMPOSIÇÃO
Art. 26 - Nenhuma pena será imposta sem ser ouvido o contraventor e serem devidamente apurados os fatos.
§ 1o - Normalmente, a pena deverá ser imposta dentro do prazo de 48 horas, contadas do momento em que a
contravenção chegou ao conhecimento da autoridade que tiver que impô-la.
§ 2o - O Oficial que lançou a contravenção disciplinar em Livro de Registro de Contravenções deverá dar conhecimento
dos seus termos à referida Praça, antes do julgamento da mesma. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
§ 3o - Quando houver necessidade de maiores esclarecimentos sobre a contravenção, a autoridade mandará proceder a
sindicância ou, se houver indício de crime, a inquérito, de acordo com as normas e prazos legais. (Alterado pelo Decreto
no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
§ 4o - Durante o período de sindicância de que trata o parágrafo anterior, o contraventor poderá ficar detido na
Organização Militar ou em qualquer outro local que seja determinado. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de
dezembro de 1993)
§ 5o - Os militares detidos para averiguação de contravenções disciplinares não devem comparecer a exercícios e fainas,
nem executar serviço algum.
(Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
§ 6o - A prisão ou detenção de qualquer militar e o local onde se encontra deverão ser comunicados imediatamente à sua
família ou a pessoa por ele indicada, de acordo com a Constituição Federal. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de
dezembro de 1993)
§ 7o - Nenhum contraventor será interrogado se desprovido da plena capacidade de entender o caráter contravencional
de sua ação ou omissão, devendo, nessa situação, ser recolhido a prisão, em benefício da manutenção da ordem ou da
sua própria segurança. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
Art. 27 - A autoridade julgará com imparcialidade e isenção de ânimo a gravidade da contravenção, sem
condescendência ou rigor excessivo, levando em conta as circunstâncias justificativas ou atenuantes, em face das
disposições deste Regulamento e tendo sempre em vista os acontecimentos e a situação pessoal do contraventor.
Art. 28 - Toda pena disciplinar, EXCETO REPREENSÃO VERBAL, será imposta na forma abaixo:
a) para Oficiais e Suboficiais, mediante Ordem de Serviço que contenha resumo do histórico da falta, seu
enquadramento neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes ou agravantes e a pena imposta; e
b) para Sargentos e demais Praças: mediante lançamento nos respectivos Livros de Registro de Contravenções, onde
constará o histórico da falta, seu enquadramento neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes ou agravantes e
a pena imposta.
Art. 29 - Quando o contraventor houver cometido CONTRAVENÇÕES SIMULTÂNEAS MAS NÃO CORRELATAS, ser-lhe-ão
impostas penas separadamente.
Parágrafo único - se essas penas consistirem em prisão rigorosa e seu total exceder o máximo fixado no artigo 14, serão
cumpridas em parcelas não maiores do que esse prazo, com intervalos de cinco dias.
Art. 30 - A pena de licenciamento ex officio do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será imposta às Praças
com estabilidade assegurada, como disposto no Estatuto dos Militares e nos Regulamentos do Corpo de Praças da Armada
e do Corpo de Praças do Corpo de Fuzileiros Navais.
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Art. 31 - A pena de exclusão do Serviço Ativo da Marinha será imposta:


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a) a bem da disciplina ou por conveniência do serviço; e

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b) por incapacidade moral.
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§ 1o - A bem da disciplina ou por conveniência do serviço, a pena será imposta sempre que a Praça, de graduação inferior
a Suboficial, houver sido punida no espaço de um ano com trinta dias de prisão rigorosa ou quando for julgado merecê-
la por um Conselho de Disciplina, por má conduta habitual ou inaptidão profissional.
§ 2o - Por incapacidade moral, será imposta quando houver cometido ato julgado aviltante ou infamante por um Conselho
de Disciplina.
Art. 32 - A pena de exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será aplicada ex officio às Praças com
estabilidade assegurada, como disposto no Estatuto dos Militares.
Art. 33 - O licenciamento ex officio e a exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, inabilita o militar para
exercer cargo, função ou emprego na Marinha.
Parágrafo único - A sua situação posterior relativa à Reserva será determinada pela Lei do Serviço Militar e pelo Estatuto
dos Militares.
CAPÍTULO V
DA CONTAGEM DO TEMPO DE PUNIÇÃO
Art. 34 - O tempo que durar o impedimento de que trata o artigo 26, § 3o, será levado em conta:
a) integralmente para o cumprimento de penas de impedimento;
b) na razão de 1/2 para as de prisão simples; e
c) na razão de 1/3 para as de prisão rigorosa.
Art. 35 - O tempo passado em hospitais (doentes hospitalizados) não será computado para cumprimento de pena
disciplinar.
CAPÍTULO VI
DO REGISTRO E DA TRANSCRIÇÃO
Art. 36 - Para o registro das contravenções cometidas e penas impostas, haverá nas Organizações Militares dois livros
numerados e rubricados pelo Comandante ou por quem dele haja recebido delegação, sendo um para os Sargentos e
outro para as demais Praças.
Art. 37 - Todas as penas impostas, EXCETO REPREENSÕES EM PARTICULAR, serão transcritas nos assentamentos do
contraventor, logo após o seu cumprimento ou a solução de recursos interpostos.
1o - Para Sargentos e demais Praças, esta transcrição será feita na Caderneta Registro, independente de ordem superior.
§ 2o - Para Oficiais e Suboficiais, cópia da Ordem de Serviço que publicou a punição será remetida à DPMM ou CApCFN,
conforme o caso, a fim de ser anexada aos documentos de informação referentes ao Oficial ou Suboficial punido.
(Alterado pelo Decreto no 94.387, de 29 de maio de 1987)
§ 3o - A transcrição conterá o resumo do histórico da falta cometida e a pena imposta.
CAPÍTULO VII
DA ANULAÇÃO, ATENUAÇÃO, AGRAVAMENTO, RELEVAMENTO E CANCELAMENTO
(Alterado pelo Decreto no 94.387, de 29 de maio de 1987)
Art. 38 - O disposto no artigo 19 não inibe a autoridade superior na Cadeia de Comando de tomar conhecimento ex officio
de qualquer contravenção e julgá-la de acordo com as normas deste Regulamento, ou reformar o julgamento de
autoridade inferior, anulando, atenuando ou agravando a pena imposta, ou ainda relevando o seu cumprimento.
§ 1o - A revisão do julgamento poderá ocorrer até 120 (CENTO E VINTE) DIAS após a data da sua imposição. Fora desse
prazo só poderá ser feita, privativamente, pelo Ministro da Marinha.

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§ 2o - Quando já tiver havido transcrição da pena nos assentamentos, será dado conhecimento à DPMM ou ao CApCFN,
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conforme o caso, para efeito de cancelamento ou alteração.

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§ 3o - A competência para relevar o cumprimento da pena é atribuição das mesmas autoridades citadas nas alíneas a) e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

b) do artigo 19, cada uma quanto às punições que houver imposto, ou quanto às aplicadas pelos seus subordinados.
Esse relevamento poderá ser aplicado:
a) por motivo de serviços relevantes prestados à Nação pelo contraventor, privativamente, pelo Presidente da
República e pelo Ministro da Marinha; e
b) por motivo de gala nacional ou passagem de Chefia, Comando ou Direção, quando o contraventor já houver
cumprido pelo menos metade da pena.
Art. 39 - Poderá ser concedido ao militar o cancelamento de punições disciplinares que lhe houverem sido impostas ex
officio ou mediante requerimento do interessado, desde que satisfaça as seguintes condições simultaneamente:
a) não ter sido a falta cometida atentatória à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe;
b) haver decorrido o PRAZO DE CINCO ANOS de efetivo serviço, sem qualquer punição, a contar da data do
cumprimento da última pena. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
c) ter bons serviços prestados no período acima, mediante análise de suas folhas de alterações; e
d) ter parecer favorável de seu Chefe, Comandante ou Diretor.
§ 1o - O militar, cujas punições disciplinares tenham sido canceladas, poderá concorrer, a partir da data do ato de
cancelamento, em igualdade de condições com seus pares em qualquer situação da carreira.
§ 2o - Além das autoridades mencionadas na letra a) do artigo 19, a competência para autorizar o cancelamento de
punições cabe aos Oficiais-Generais em cargo de Chefia, Comando ou Direção, obedecendo-se à Cadeia de Comando do
interessado, não podendo ser delegada.
§ 3o - A autoridade que conceder o cancelamento da punição deverá comunicar tal fato à DPMM ou CApCFN, conforme
o caso.
§ 4o - O cancelamento concedido não produzirá efeitos retroativos, para quaisquer fins de carreira.

TÍTULO IV
DA PARTE, PRISÃO IMEDIATA E RECURSOS
CAPÍTULO I - DA PARTE E DA PRISÃO IMEDIATA
Art. 40 - Todo superior que tiver conhecimento, direto ou indireto, de contravenção cometida por qualquer subalterno,
deverá dar parte escrita do fato à autoridade sob cujas ordens estiver, a fim de que esta puna ou remeta a parte à
autoridade sob cujas ordens estiver o contraventor, para o mesmo fim.
Parágrafo único - Servindo superior e subalterno na mesma Organização Militar e sendo o subalterno Praça de graduação
inferior a Suboficial, será efetuado o lançamento da parte no Livro de Registro de Contravenções Disciplinares.
Art. 41 - O superior deverá também dar voz de prisão imediata ao contraventor e fazê-lo recolher-se à sua Organização
Militar quando a contravenção ou suas circunstâncias assim o exigirem, a bem da ordem pública, da disciplina ou da
regularidade do serviço.
Parágrafo único - Essa voz de prisão será dada em nome da autoridade a que o contraventor estiver diretamente
subordinado, ou, quando esta for menos graduada ou antiga do que quem dá a voz, em nome da que se lhe seguir em
escala ascendente. Caso o contraventor se recuse a declarar a Organização Militar em que serve, a voz de prisão será dada
em nome do Comandante do Distrito Naval ou do Comando Naval em cuja jurisdição ocorrer a prisão.
Art. 42 - O superior que houver agido de acordo com os artigos 40 e 41 terá cumprido seu dever e resguardada sua
responsabilidade. A solução que for dada à sua parte pela autoridade superior é de inteira e exclusiva responsabilidade
desta, devendo ser adotada dentro dos prazos previstos neste Regulamento e comunicada ao autor da parte.

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Parágrafo único - A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva autoridade, DENTRO DE OITO DIAS ÚTEIS,
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pelos meios legais, a reconsideração da solução, se julgar que esta deprime sua pessoa ou a dignidade de seu posto, não

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podendo o pedido ficar sem despacho. Para tanto, a autoridade que aplicar a pena disciplinar deverá comunicar ao autor Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

da parte a punição efetivamente imposta e o enquadramento neste Regulamento, com as circunstâncias atenuantes ou
agravantes que envolveram o ato do contraventor.
Art. 43 - O subalterno preso nas condições do artigo 41 só poderá ser solto por determinação da autoridade a cuja ordem
foi feita a prisão, ou de autoridade superior a ela.
Art. 44 - Esta prisão, de caráter preventivo, será cumprida como determina o artigo 24.

CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
Art. 45 - Àquele a quem for imposta pena disciplinar será facultado solicitar reconsideração da punição à autoridade que
a aplicou, devendo esta apreciar e decidir sobre a mesma dentro de oito dias úteis, contados do recebimento do pedido.
Art. 46 - Aquele a quem for imposta pena disciplinar poderá, verbalmente ou por escrito, por via hierárquica e em termos
respeitosos, recorrer à autoridade superior à que a impôs, pedindo sua anulação ou modificação, com prévia licença da
mesma autoridade.
§ 1o - O recurso deve ser interposto após o cumprimento da pena e DENTRO DO PRAZO DE OITO DIAS ÚTEIS.
§ 2o - Da solução de um recurso só cabe a interposição de novos recursos às autoridades superiores, até o Ministro da
Marinha.
§ 3o - Contra decisão do Ministro da Marinha, o único recurso admissível é o pedido de reconsideração a essa mesma
autoridade.
§ 4o - Quando a punição disciplinar tiver sido imposta pelo Ministro da Marinha, caberá interposição de recurso ao
Presidente da República, nos termos definidos no presente artigo.
Art. 47 - O recurso deve ser remetido à autoridade a quem dirigido, dentro do prazo de oito dias úteis, devidamente
informado pela autoridade que tiver imposto a pena.
Art. 48 - A autoridade a quem for dirigido o recurso deve conhecer do mesmo sem demora, procedendo ou mandando
proceder às averiguações necessárias para resolver a questão com justiça.
Parágrafo único - No caso de delegação, para proceder a estas averiguações será nomeado um Oficial de posto superior
ao do recorrente.
Art. 49 - Se o recurso for julgado inteiramente procedente, a punição será anulada e cancelado tudo quanto a ela se
referir; se apenas em parte, será modificada a pena.
Parágrafo único - Se o recurso fizer referência somente aos termos em que foi aplicada a punição e parecer à autoridade
que os mesmos devem ser modificados, ordenará que isso se faça, indicando a nova forma a ser usada.

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OGSA
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ORDENANÇA GERAL PARA O SERVIÇO DA ARMADA
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(Decreto nº 95.480, de 13 de dezembro de 1987 – Edição Revisada 2009)

2.3.1 LEGISLAÇÃ0
d) Ordenança Geral para o Serviço da Armada:
- Disposições gerais (Título IV: Cap. 1); e
- Deveres e responsabilidades dos oficiais (Título IV: Cap. 2).

TÍTULO IV - DEVERES DO PESSOAL


CAPÍTULO 1
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 4-1-1 Todos os Oficiais e Praças, quer a bordo, quer em terra, em serviço ou não, devem:
a) proceder de acordo com as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a honrar e
preservar as tradições da Marinha;
b) respeitar a legislação em vigor, obedecer aos superiores e conhecer e cumprir as normas e instruções da Marinha;
c) empenhar-se em dirigir ou executar as tarefas de que forem incumbidos com o máximo de zelo e dedicação; e
d) empregar os maiores esforços em prol da glória das armas brasileiras e sustentação da honra nacional, mesmo
nas circunstâncias mais difíceis e quaisquer que sejam os perigos a que se possam achar expostos.
Art. 4-1-2 A autoridade de cada um promana do ato de designação para o cargo que tiver que desempenhar; ou da ordem
superior que tiver recebido; começa a ser exercida com a posse nesse cargo ou com o início da execução da ordem; a
autoridade corresponde inteira responsabilidade pelo bom desempenho no cargo ou pela perfeita execução da ordem.
Parágrafo único - Aplica-se, da mesma forma, o disposto nesse artigo a encargo, incumbência, comissão, serviço ou
atividade militar.
Art. 4-1-3 Todos são individualmente responsáveis, dentro de sua esfera de ação:
a) por negligência, imprevidência, fraqueza ou falta de energia no cumprimento de deveres e no desempenho de
suas atribuições;
b) por imperícia na direção ou execução de fainas, ou no desempenho de atribuições para as quais estejam
legalmente qualificados;
c) por infração à legislação em vigor, às disposições desta Ordenança e às normas e instruções da Marinha;
d) por abuso ou exercício indevido de autoridade; e
e) por prejuízos causados à Fazenda Nacional.
Parágrafo único - Em substituição, por deficiência de pessoal ou inexistência de pessoal legalmente habilitado, ninguém
da Marinha pode negar-se a assumir cargos, mesmo que inerentes a posto ou graduação superior; a responsabilidade do
substituto fica limitada pela habilitação que legalmente tiver.

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Art. 4-1-4 Sempre que Oficiais, Praças ou quaisquer militares a serviço da Marinha, ainda que subordinados a diferentes
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Comandos, concorrerem acidentalmente a uma mesma faina que exija a cooperação de todos – quer seja por terem

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recebido ordem para isso, quer por se acharem reunidos por circunstâncias – o mais antigo, respeitados os casos especiais Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

estabelecidos nesta Ordenança, assumirá o comando ou a direção da faina que tiverem que executar.
Art. 4-1-5 Cumpre ao superior:
a) manter, em todas as circunstâncias, na plenitude e sua autoridade a disciplina, a boa ordem nas fainas e serviços e
a estrita execução da legislação em vigor, da presente Ordenança e das normas e instruções da Marinha;
b) exigir o respeito e a obediência que lhe são devidos por seus subordinados; e
c) conduzir seus subordinados, estimulando-os, reconhecendo-lhes os méritos, instruindo-os, admoestando-os e
punindo-os ou promovendo sua punição de conformidade com a lei.
Parágrafo único - O superior evitará sempre utilizar-se de palavra ou ato que possa desconceituar seus subordinados,
enfraquecer a consideração que lhes é devida e melindrar seu pundonor militar ou dignidade pessoal.
Art. 4-1-6 O superior é responsável:
a) pelo acerto, oportunidade e conseqüências das ordens que der; e
b) pelas conseqüências da omissão de ordens, nos casos em que for de seu dever providenciar.
Parágrafo único - As ordens devem ser emitidas de forma clara, concisa e precisa.
Art. 4-1-7 Cumpre ao subordinado:
a) respeitar seus superiores e ter para com eles a consideração devida, quer estejam ou não presentes; e
b) obedecer às ordens dos superiores.
Parágrafo único – As ordens verbais dadas pelo superior, ou em seu nome, obrigam tanto como se fossem por escrito. Se
tais ordens, por sua importância, puderem envolver grave responsabilidade para o executor, este poderá pedir que lhe
sejam dadas por escrito, o que não poderá ser recusado.
Art. 4-1-8 subordinado é responsável:
a) pela execução das ordens que receber; e
b) pelas conseqüências da omissão em participar ao superior, em tempo hábil, qualquer ocorrência que reclame
providência, ou que o impeça de cumprir a ordem recebida.
Parágrafo único - O subordinado deixa de ser responsável pelo não cumprimento de uma ordem recebida de superior
quando outro superior lhe der outra ordem que prejudique o cumprimento da primeira e nela insistir, apesar de
cientificado pelo subordinado da existência da ordem anterior. Deve, porém, participar a ocorrência ao primeiro, logo que possível.
Art. 4-1-9 Os superiores e subordinados não devem limitar-se apenas ao cumprimento das tarefas que lhes tiverem sido
cometidas, procurando ajudar-se mutuamente na execução das mesmas.
Art. 4-1-10 O subordinado dará o pronto a seu superior da execução das ordens que dele tiver recebido. Quando
circunstâncias insuperáveis impossibilitarem sua execução, ou ocorrência não prevista aconselhar a conveniência de
retardar, de modificar ou de não cumprir as ordens recebidas, dará conhecimento imediato do fato ao seu superior, ou
logo que possível, para que este providencie como julgar conveniente.
Parágrafo único - Caso, porém, não haja tempo de fazer essa participação, nem de esperar novas ordens, subordinado
resolverá, sob sua responsabilidade, como lhe parecer mais conveniente ao serviço.
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Art. 4-1-11 Qualquer subordinado que receber uma ordem e entender que de sua execução possa resultar prejuízo ao
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serviço deverá ponderar respeitosamente, expondo as razões em que se fundamenta, por assim o entender; mas, se o

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superior insistir na execução da referida ordem, obedecerlhe-á de pronto e lealmente, podendo, depois de a cumprir, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

representar a este respeito ao Comandante ou à autoridade imediatamente superior à que lhe tiver dado a ordem, de
acordo com o prescrito no artigo 4-1-27 desta Ordenança.
Art. 4-1-12 Todos devem respeitar a religião, as instituições, os costumes e os usos do país em que se acharem.
Art. 4-1-13 Todos devem tratar-se mutuamente com respeito e polidez, e com atenção e justiça os subordinados.
Parágrafo único - No exercício de suas atribuições, é vedado ao pessoal qualquer intimidade.
Art. 4-1-14 Todo superior deve fazer cessar prontamente as contendas que presenciar a bordo entre mais modernos e,
em caso de insulto, injúria, ameaça ou vias de fato, prender os transgressores e endereçar parte de ocorrência aos
respectivos Comandantes.
Art. 4-1-15 O militar que presenciar qualquer irregularidade em que se envolva pessoal da Marinha, ou verificar desvio
de objetos pertencentes à Fazenda Nacional e atos comprometedores da segurança das Organizações Militares (OM) da
Marinha deve, conforme as circunstâncias, reprimir de pronto esses atos, ou dar parte deles com a maior brevidade a seu
Comandante ou à autoridade competente.
Art. 4-1-16 Todo militar que tiver conhecimento de notícia, ainda que vaga, de algum fato que, direta ou indiretamente,
possa comprometer as tarefas da sua ou de outras OM, ou que tenha relação com os interesses nacionais, tem rigorosa
obrigação de o participar de pronto –verbalmente ou por escrito, com conveniente reserva – ao seu Comandante, pelos
canais competentes ou em caso de urgência, diretamente.
Art. 4-1-17 Todo Oficial ou Praça pode, sempre que for conveniente à ordem, à disciplina ou à normalidade do serviço,
prender à sua ordem ou à de autoridade competente, quem tiver antigüidade inferior à sua.
§ 1º - Pode, também, em flagrante de crime inafiançável, prender à ordem de autoridade superior qualquer Oficial
ou Praça de antigüidade superior à sua.
§ 2 -Em qualquer caso, quem efetuar a prisão dará logo parte circunstanciada, por escrito e por intermédio do próprio
Comandante, à autoridade a que o preso estiver diretamente subordinado.
Art. 4-1-18 Os militares presos na forma prevista no “caput” do artigo anterior só poderão ser postos em liberdade por
determinação da autoridade a cuja ordem tiver sido efetuada a prisão, ou de autoridade superior.
Art. 4-1-19 Se pessoa estranha à Marinha cometer crime a bordo, será presa e autuada em flagrante delito, em seguida,
será apresentada à autoridade competente.
Art. 4-1-20 A continência individual é a saudação devida pelo militar de menor antigüidade, quando uniformizado, a
bordo ou em terra, aos mais antigos da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e dos países estrangeiros, ainda que em
traje civil; neste último caso, desde que os conheça.
§ 1º - Em trajes civis, o mais moderno assumirá postura respeitosa, e cumprimentará formalmente o mais antigo,
utilizando-se das expressões usadas no meio civil.
§ 2º - Os mais antigos devem responder tanto à saudação quanto à continência individual dos mais modernos.
Art. 4-1-21 Oficial ou a Praça, ao dirigir-se a superior, tomará a posição de sentido e prestar-lhe-á continência.
Art. 4-1-22 É obrigatório possuir todos os uniformes previstos na legislação em vigor, em quantidade suficiente. O pessoal
embarcado deve manter a bordo os uniformes para serviço, licença e representação em condições de pronto uso.

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Art. 4-1-23 O uniforme do dia é obrigatório, a bordo, para todos os Oficiais e Praças.
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Art. 4-1-24 Aos Oficiais, Suboficiais e Primeiros-Sargentos é permitido entrar e sair à paisana das OM em que servem.
(TODOS PODEM)
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§ 1º - O Ministro da Marinha e os Comandantes de Força, ou de navio escoteiro no exterior, considerando


circunstâncias especiais, poderão ampliar ou restringir estatuído neste artigo.
§ 2º - O traje civil permitido será estabelecido pelo Ministro da Marinha.
Art. 4-1-25 Nas Estações de Comando no mar, na Tolda e na Sala de Estado, ou locais equivalentes, só deverão
permanecer aqueles que estiverem em efetivo serviço.
§ 1º - É vedado ao pessoal, a não ser em ato de serviço, permanecer no passadiço no bordo em que estiver um
Almirante, o Comandante da Força ou do navio.
§ 2º - Salvo exigência do serviço, só transitarão pelas escotilhas e passagens da câmara e camarotes de Almirante,
Comandante e Oficiais os que neles respectivamente se alojarem, ou que a estes forem assemelhados ou superiores.
Art. 4-1-26 Em qualquer compartimento ou local das OM, à passagem de qualquer Oficial, todos os subordinados devem
tomar a posição de sentido, desde que não resulte prejuízo para as fainas em andamento ou interrupção de rancho.
Parágrafo único - Sempre que possível, nos locais e horários de recreação, o Oficial dispensará essa formalidade.
Art. 4-1-27 O subordinado que se julgar com fundamento para ponderar sobre qualquer ato de superior que lhe pareça
ilegal ou ofensivo tem direito de dirigir-lhe, verbalmente ou por escrito, representação respeitosa. Se o superior deixar
de atendê-la, ou não a resolver do modo que lhe pareça justo, poderá representar ao Comandante da OM em que servir
o superior, pedida a devida permissão, que não lhe poderá ser negada.
Parágrafo único - Se o ato tiver sido praticado pelo próprio Comandante, ou se a decisão deste não for considerada
satisfatória, o subordinado poderá, da mesma forma, representar contra este ou recorrer de sua decisão à autoridade
imediatamente superior.
Art. 4-1-28 As ponderações, representações e manifestações coletivas sobre atos dos superiores são proibidas.
Art. 4-1-29 O subordinado, em suas relações verbais ou escritas com o superior, usará sempre de expressões respeitosas.
Art. 4-1-30 O superior, conquanto deva dirigir-se ao subordinado em termos corteses, dará sempre suas ordens em
linguagem e tom imperativos.
Art. 4-1-31 Na correspondência, quer do subordinado para o superior, quer deste para aquele, são proibidas expressões
que envolvam, direta ou indiretamente, ofensa, insulto ou injúria a alguém.
Art. 4-1-32 Todas as representações, partes ou requerimentos que militares da Marinha dirigirem a autoridades
superiores devem ser encaminhados por intermédio do seu respectivo Comandante, o qual os transmitirá a quem de
direito, dando sua própria informação a respeito, antes de decorrido prazo de oito dias desde o seu recebimento.
Art. 4-1-33 Se a representação, parte ou requerimento estiver escrito de modo contrário ao que é preceituado nos
artigos anteriores, o Comandante o reterá em seu poder, fazendo ciente ao respectivo autor para que o substitua,
modificando sua linguagem. Se o autor, dentro de prazo nunca maior de oito dias, não atender ao Comandante, este fará
pelos canais competentes a remessa à autoridade a quem for dirigido o documento, desde que o mesmo não contenha
insulto, ofensa ou injúria, anexando sua informação e justificando a demora.

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Art. 4-1-34 Se a representação, parte ou requerimento, ao ser apresentado, contiver insulto, ofensa ou injúria, o
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Comandante não o encaminhará e punirá seu autor; aquele documento somente servirá para o processo que deverá ser

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instaurado posteriormente. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Art. 4-1-35 Só o Comandante, ou subordinado por ele autorizado, poderá fazer comunicação verbal ou escrita para fora
de sua unidade, sobre assuntos operativos ou administrativos de sua OM.
Art. 4-1-36 Nenhum militar poderá, a não ser que devidamente autorizado, discutir ou divulgar por qualquer meio
assunto de caráter oficial, exceto os de caráter técnico não sigiloso e que não se refiram à Defesa ou à Segurança Nacional.
§ 1º – É vedado ao militar manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado em
manifestações de caráter político partidário.
§ 2º – Em visitas a portos nacionais ou estrangeiros caberá exclusivamente ao Comandante Mais Antigo Presente
Embarcado (COMAPEM) o estabelecimento dos contatos externos para fins do disposto neste artigo.
Art. 4-1-37 Todas as pessoas, pertencentes ou não à Marinha, que se acharem, ainda que ocasionalmente, a bordo de
uma unidade, independente de seu posto, graduação ou categoria, ficarão sujeitas às normas em vigor nessa unidade.
Art. 4-1-38 Todas as pessoas estranhas à Marinha que se acharem a bordo por qualquer motivo, por ocasião de combate
ou fainas de emergência, serão obrigadas a ocupar o posto ou local que lhes designar o Comandante do navio, salvo se
forem de antigüidade superior à do Comandante, caso em que só voluntariamente poderão cooperar.
Art. 4-1-39 É vedado aos militares o uso de barba, cavanhaque, costeletas e do corte de cabelo que não sejam os
definidos pelas normas em vigor.
§ 1º – O uso de bigode é permitido aos Oficiais, Suboficiais e Sargentos.
§ 2º – O militar que necessitar encobrir lesão fisionômica poderá usar barba, bigode, cavanhaque ou cabelo fora das
normas em vigor, desde que esteja autorizado pelo seu respectivo Comandante.
§ 3º – O militar que tiver sua fisionomia modificada deverá ser novamente identificado.
CAPÍTULO 2
DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS OFICIAIS

Art. 4-2-1 Além do disposto no Capítulo 1, são deveres específicos de todo Oficial da Marinha:
a) Conhecer, observar e fazer observar por seus subordinados as disposições desta Ordenança e da legislação em vigor;
b) Cumprir, com empenho, lealdade, presteza e dedicação as ordens que lhe forem dadas;
c) Empregar todos os esforços para o bom desempenho das tarefas e funções que lhe forem atribuídas, mantendo-se
atualizado quanto aos conhecimentos operativos, técnicos e administrativos para isso necessários.
d) Exigir que seus subordinados executem, com presteza e correção, todas as tarefas que lhes forem determinadas;
e) Ocupar, nas mostras, inspeções, exercícios e fainas, os postos designados e certificar-se de que seus subordinados
ocupem os que lhes competirem;
f) Dar conhecimento ao Imediato e ao Oficial de Serviço da execução de alguma ordem do Comandante de interesse
do serviço de sua OM, e ao Oficial de Serviço quando a ordem emanar do Imediato.
g) Apresentar-se ao Oficial de Serviço e ao Imediato, sempre que entrar ou sair de bordo e ao Comandante,
diariamente, ao entrar a bordo pela primeira vez e ao se retirar pela última vez;
h) Zelar pela boa conservação material;
i) Obter autorização do Imediato e dar ciência ao Oficial de Serviço quando tiver de reunir pessoal para qualquer
faina;

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j) Supervisionar as fainas em que estiver engajado pessoal a ele diretamente subordinado;


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l) Apoiar, naquilo que for cabível e apropriado, o pessoal a ele subordinado, com relação a seus problemas

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particulares; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

m) Esforçar-se no sentido de manter seus subordinados nas condições ideais de adestramento, moral e higidez;
n) Acompanhar os assuntos militares da atualidade, em particular aqueles concernentes às Marinhas estrangeiras,
bem como os aspectos gerais de política internacional, nacional e marítima;
o) Exercitar os atributos de iniciativa, lealdade, sinceridade e discrição;
p) Habituar-se a analisar os problemas realisticamente e com isenção de ânimo;
q) Esforçar-se para manter e aprimorar sua higidez; e
r) Colocar os interesses da Marinha acima dos pessoais.
Art. 4-2-2 Os Oficiais, além do que estabelece o artigo anterior, são responsáveis pelas conseqüências de má orientação
ou da falta de fiscalização da execução das tarefas e dos serviços a seu cargo e pelos prejuízos que, por omissão ou
incúria, provocarem para a carreira do pessoal sob suas ordens.
Art. 4-2-3 É responsabilidade dos Oficiais, quando no exercício de Comando, impor penas disciplinares.
Páragrafo único - Nas OM comandadas por Almirantes, a delegação de competência para imposição de penas
disciplinares deverá ser explicitada no Regimento Interno ou Organização Administrativa.

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REGULAMENTO DE CONTINÊNCIA
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DECRETO Nº 6.806, DE 25 DE MARÇO DE 2009.

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(Última alteração: 2013) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.3.1 – LEGISLAÇÃO
e) Decreto nº 6.806/2009:
- Continências (Art. 1º; Art. 2º; Art. 3º, itens I e II); e
- Honras militares (Art. 3º, item III).
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL
SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS

Delega competência ao Ministro de Estado da Defesa para aprovar o Regulamento de Continências, Honras,
Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, e parágrafo único, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
DECRETA:
Art. 1o É delegada competência ao Ministro de Estado da Defesa, VEDADA A SUBDELEGAÇÃO, para aprovar o
Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas.
Art. 2o O RCont., cujas prescrições serão aplicáveis às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço
ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica, terá por finalidade:
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados símbolos
nacionais e às autoridades civis e militares;
II - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e a
precedência; e
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
ART. 3° O RCONT OBSERVARÁ OS SEGUINTES PRECEITOS:
I TERÃO CONTINÊNCIAS:
A) A Bandeira Nacional:
1. ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
2. por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação nas formaturas;
3. quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
4.quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil em
cerimônia cívica; e
5. quando, no período compreendido entre oito horas e o pôr-do-sol, um militar entra a bordo de navio de
guerra ou dele sai ou quando, na situação de “embarcado”, avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez ou
ao sair pela última vez;
B) O Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
C) o Presidente da República;
D) o Vice-Presidente da República;
E) os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;
F) o Ministro de Estado da Defesa;
G) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial;
H) os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do Distrito Federal nos respectivos territórios ou, quando
reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
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I) os Ministros do Superior Tribunal Militar quando reconhecidos ou identificados;


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J) os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; nesse último caso, quando for obrigatório o seu

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reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para osdemais militares, quando reconhecidos ou Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

identificados;
l) os militares da reserva ou reformados quando reconhecidos ou identificados;
M) a tropa quando formada;
N) as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos das alíneas “a” e “b” deste inciso;
O) as autoridades civis estrangeiras correspondentes às constantes das alíneas “c” a “h” deste inciso quando em
visita de caráter oficial;
P) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados e, se em trajes civis, quando reconhecidos
ou identificados; e
Q) os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, corporações consideradas forças
auxiliares e reserva do Exército;

II- TERÃO CONTINÊNCIA DA TROPA OS SÍMBOLOS E AS AUTORIDADES RELACIONADAS nas alíneas “a” a “j”, “m” a “o”
e “q” do inciso I deste artigo e, ainda:
A) os militares da reserva ou reformados quando uniformizados; e
B) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados;

III - TERÃO DIREITO A HONRAS MILITARES:


a) o Presidente da República;
b) o Vice-Presidente da República;
c) o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal quando incorporados;
d) o Ministro de Estado da Defesa;
e) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial a organização militar;
f) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas; (Redação dada pelo Decreto nº 7.960, de 2013);
g) o Superior Tribunal Militar quando incorporado;
h) os militares das Forças Armadas;
i) os Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito Federal quando em visita de caráter oficial
a organização militar;
j) os Chefes de Missão Diplomática;
l) os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras e os Enviados Especiais; e
m) outras autoridades, desde que expressa e excepcionalmente determinado pelo Presidente da República, pelo
Ministro de Estado da Defesa ou pelo Comandante da Força Singular que prestará a homenagem.

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2.3.2 – LEGISLAÇÃO
f) Decreto nº 3.897/2001:
- Diretrizes para o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem (completo – Art. 1º ao Art. 9º).

Art. 1º As diretrizes estabelecidas neste Decreto têm por finalidade orientar o planejamento, a coordenação e a execução
das ações das Forças Armadas, e de órgãos governamentais federais, na garantia da lei e da ordem.

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Art. 2º É de competência exclusiva do Presidente da República a decisão de emprego das Forças Armadas na garantia
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da lei e da ordem.

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§ 1º A decisão presidencial poderá ocorrer por sua própria iniciativa, ou dos outros poderes constitucionais, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

representados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo Presidente do Senado Federal ou pelo Presidente da
Câmara dos Deputados.
§ 2º O Presidente da República, à vista de solicitação de Governador de Estado ou do Distrito Federal, poderá, por
iniciativa própria, determinar o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem.
Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, objetivando a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, porque esgotados os instrumentos a isso previstos no
art. 144 da Constituição, lhes incumbirá, sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de polícia ostensiva, como
as demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência, constitucional e legal, das Polícias
Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Consideram-se esgotados os meios previstos no art. 144 da Constituição, inclusive no que concerne às
Polícias Militares, quando, em determinado momento, INDISPONÍVEIS, INEXISTENTES, ou INSUFICIENTES ao
desempenho regular de sua missão constitucional.
Art. 4º Na situação de emprego das Forças Armadas objeto do art. 3o, caso estejam disponíveis meios, conquanto
insuficientes, da respectiva Polícia Militar, esta, com a anuência do Governador do Estado, atuará, parcial ou totalmente,
sob o controle operacional do comando militar responsável pelas operações, sempre que assim o exijam, ou recomendem,
as situações a serem enfrentadas.
§ 1º TEM-SE COMO CONTROLE OPERACIONAL A AUTORIDADE QUE É CONFERIDA, a
um comandante ou chefe militar, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por
efetivos policiais que se encontrem sob esse grau de controle, em tal autoridade não se incluindo, em princípio, assuntos
disciplinares e logísticos.
§ 2º Aplica-se às Forças Armadas, na atuação de que trata este artigo, o disposto no caput do art. 3o anterior quanto ao
exercício da competência, constitucional e legal, das Polícias Militares.
Art. 5º O emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, que deverá ser EPISÓDICO, em ÁREA
PREVIAMENTE DEFINIDA e ter a MENOR DURAÇÃO POSSÍVEL, abrange, ademais da hipótese objeto dos arts. 3º e 4º,
outras em que se presuma ser possível a perturbação da ordem, tais como as relativas a eventos oficiais ou públicos,
particularmente os que contem com a participação de Chefe de Estado, ou de Governo, estrangeiro, e à realização de
pleitos eleitorais, nesse caso quando solicitado.
Parágrafo único. Nas situações de que trata este artigo, as Forças Armadas atuarão em articulação com as autoridades
locais, adotando-se, inclusive, o procedimento previsto no art. 4º.
Art. 6º A decisão presidencial de emprego das Forças Armadas será comunicada ao Ministro de Estado da Defesa por
meio de DOCUMENTO OFICIAL que indicará a missão, os demais órgãos envolvidos e outras informações necessárias.

Art. 7º Nas hipóteses de emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, constitui incumbência:
I - DO MINISTÉRIO DA DEFESA, ESPECIALMENTE (MD):
a) empregar as Forças Armadas em operações decorrentes de decisão do Presidente da República;
b) planejar e coordenar as ações militares destinadas à garantia da lei e da ordem, em qualquer parte do território
nacional, conforme determinado pelo Presidente da República, observadas as disposições deste Decreto, além de
outras que venham a ser estabelecidas, bem como a legislação pertinente em vigor;
c) constituir órgãos operacionais, quando a situação assim o exigir, e assessorar o Presidente da República com relação
ao momento da ativação, desativação, início e fim de seu emprego;

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d) solicitar, quando for o caso, os recursos orçamentários necessários ao cumprimento da missão determinada,
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devendo diligenciar, junto aos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda, no sentido de que

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os créditos e os respectivos recursos sejam tempestivamente liberados, em coordenação com os demais órgãos Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

envolvidos;
e) manter o Ministério das Relações Exteriores informado sobre as medidas adotadas pela União, na área militar,
quando houver possibilidade de repercussão internacional;
f)prestar apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução, bem como assessoramento aos órgãos
governamentais envolvidos nas ações de garantia da lei e da ordem, inclusive nas de combate aos delitos
transfronteiriços e ambientais, quando determinado;
II - DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (GSIPR):
a) centralizar, por meio da Agência Brasileira de Inteligência, os conhecimentos que interessem ao planejamento e à
execução de medidas a serem adotadas pelo Governo Federal, produzidos pelos órgãos de inteligência como subsídios
às decisões presidenciais;
b) prover informações ao Presidente da República nos assuntos referentes à garantia da lei e da ordem,
particularmente os discutidos na Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional;
c) prevenir a ocorrência e articular o gerenciamento de crises, inclusive, se necessário, ativando e fazendo operar o
Gabinete de Crise;
d) elaborar e expedir o documento oficial de que trata o art. 6º deste Decreto; e
e) contatar, em situação de atuação das Forças Armadas com as polícias militares, o Governador do Estado, ou do
Distrito Federal, conforme o caso, a fim de articular a passagem de efetivos da respectiva polícia militar ao controle
operacional do comando militar responsável pelas operações terrestres.
§ 1º OS DEMAIS MINISTÉRIOS E ÓRGÃOS INTEGRANTES DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA, bem como as entidades da Administração Federal indireta, darão apoio às ações do Ministério da Defesa,
quando por este solicitado, inclusive disponibilizando recursos financeiros, humanos e materiais.
§ 2º A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO prestará ao Ministério da Defesa, e aos demais órgãos e entes envolvidos nas ações
objeto deste Decreto, a assistência necessária à execução destas.
§ 3º O militar e o servidor civil, caso venham a responder a inquérito policial ou a processo judicial por sua atuação nas
situações descritas no presente Decreto, serão assistidos ou representados judicialmente pela Advocacia-Geral da União,
nos termos do art. 22 da Lei no 9.028, de 12 de abril de 1995.

Art. 8º Para o emprego das Forças Armadas nos termos dos arts. 34, 136 e 137 da Constituição, o Presidente da República
editará diretrizes específicas.

Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


Brasília, 24 de agosto de 2001; 180o da Independência e 113o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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(Lei Complementar nº 97/1999, incluindo as alterações pelas Leis


Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010)
2.3.1 – LEGISLAÇÃO
g) Lei Complementar nº 97/1999 (incluindo as alterações pelas Leis Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010)
- Disposições preliminares (Art. 1º e Art. 2º);
- Da organização (Art. 3º ao Art. 11-A);
- Do preparo (Art. 13 e Art. 14);
- Do emprego (Art. 15); e
- Das disposições complementares (Art. 16 ao Art. 17).

CAPÍTULO I- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Seção I - Da Destinação e Atribuições

Art. 1o As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem.
Parágrafo único. Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe também às Forças Armadas o
cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas nesta Lei Complementar.
SEÇÃO II
DO ASSESSORAMENTO AO COMANDANTE SUPREMO

Art. 2o O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NA CONDIÇÃO DE COMANDANTE SUPREMO das Forças Armadas, é assessorado:
I - no que concerne ao emprego de meios militares, pelo Conselho Militar de Defesa; e
II - no que concerne aos demais assuntos pertinentes à área militar, pelo Ministro de Estado da Defesa.
O Presidente da República é assessorado:
ASSUNTO ASSESSOR COMPOSIÇÃO
Conselho Presidente: MD; e
Emprego de meios militares Militar de Membros: CMB, CEB e CAe e pelo CEM Conjunto das
Defesa Forças Armadas.(Ambos da Reserva)
Demais assuntos pertinentes à área
Ministro de Estado da Defesa
militar

§ 1o O Conselho Militar de Defesa é composto pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

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§ 2o Na situação prevista no inciso I deste artigo, o Ministro de Estado da Defesa integrará o Conselho Militar de Defesa
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na condição de seu Presidente.

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CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO
Seção I - Das Forças Armadas

Art. 3o As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias.

Art. 3o-A. O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão de assessoramento permanente do Ministro de Estado
da Defesa, tem como chefe um oficial-general do último posto, da ativa ou da reserva, indicado pelo MD e nomeado
pelo PresRep, e disporá de um comitê, integrado pelos Chefes de Estados-Maiores (CEM) das 3 (três) Forças, sob a
coordenação do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA).

 Coordenador: CEM Conjunto das Forças Armadas. (Reserva)


Comite no Estado Maior  Membro: CEM-MB (Ativa)
Conjunto das Forças  Membro: CEM-EB (Ativa)
Armadas  Membro: CEM-Ae (Ativa)

§ 1o Se o oficial-general indicado para o cargo de CEMCFA, COMANDANTE DA MARINHA, EXÉRCITO OU


AERONAÚTICA estiver na ativa, será transferido para a reserva remunerada quando empossado no cargo.
§ 2o É assegurado ao CEMCFA o mesmo grau de precedência hierárquica dos Comandantes e precedência hierárquica
sobre os demais oficiais-generais das 3 (três) Forças Armadas.

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§ 3o É assegurado ao CEMCFA, COMANDANTE DA MARINHA, EXÉRCITO OU AERONAÚTICA todas as prerrogativas,


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direitos e deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiver em exercício.

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Art. 4o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de 1 (um) Comandante, indicado pelo MD e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

nomeado pelo PresRep, o qual, no âmbito de suas atribuições, exercerá a direção e a gestão da respectiva Força.
Art. 5o Os cargos de CEMCFA, COMANDANTE DA MARINHA, EXÉRCITO OU AERONAÚTICA são privativos de oficiais-
generais do último posto da respectiva Força.
§ 1o É assegurada aos CEMCFA, COMANDANTE DA MARINHA, EXÉRCITO OU AERONAÚTICA precedência hierárquica
sobre os demais oficiais-generais das três Forças Armadas.
§ 2o Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Força estiver na ativa, será
transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo.
§ 3o São asseguradas aos CEMCFA, COMANDANTE DA MARINHA, EXÉRCITO OU AERONAÚTICA todas as
prerrogativas, direitos e deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiverem em
exercício.
Art. 6o O Poder Executivo definirá a competência dos CM, do CE e da CA para a criação, a denominação, a localização e
a definição das atribuições das organizações integrantes das estruturas das Forças Armadas.
Art. 7o Compete aos Comandantes das Forças apresentar ao MD a Lista de Escolha, elaborada na forma da lei, para a
promoção aos postos de oficiais-generais e propor-lhe os oficiais-generais para a nomeação aos cargos que lhes são
privativos.
Parágrafo único. O MD, acompanhado do Comandante de cada Força, apresentará os nomes ao Presidente da República,
a quem compete promover os oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.
Art. 8o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar e civil, fixados em lei, e dos meios
orgânicos necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias.
Parágrafo único. Constituem reserva das Forças Armadas o pessoal sujeito a incorporação, mediante mobilização ou
convocação, pelo MD, por intermédio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como as organizações assim
definidas em lei.

SEÇÃO II - DA DIREÇÃO SUPERIOR DAS FORÇAS ARMADAS

Art. 9o O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA EXERCE A DIREÇÃO SUPERIOR DAS FORÇAS ARMADAS, assessorado pelo
Conselho Militar de Defesa, órgão permanente de assessoramento, pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e
pelos demais órgãos, conforme definido em lei.
§ 1o Ao MD compete a implantação do Livro Branco de Defesa Nacional, documento de caráter público, por meio do
qual se permitirá o acesso ao amplo contexto da Estratégia de Defesa Nacional, em perspectiva de médio e longo prazos,
que viabilize o acompanhamento do orçamento e do planejamento plurianual relativos ao setor.
§ 2o O Livro Branco de Defesa Nacional deverá conter dados estratégicos, orçamentários, institucionais e materiais
detalhados sobre as Forças Armadas, abordando os seguintes tópicos:
I - cenário estratégico para o século XXI;
II - política nacional de defesa;
III - estratégia nacional de defesa;
IV - modernização das Forças Armadas;
V - racionalização e adaptação das estruturas de defesa;
VI - suporte econômico da defesa nacional;
VII - as Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica;
VIII - operações de paz e ajuda humanitária.

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§ 3o O Poder Executivo encaminhará à apreciação do Congresso Nacional, na primeira metade da sessão legislativa
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ordinária, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir do ano de 2012, com as devidas atualizações:

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I - a Política de Defesa Nacional; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

II - a Estratégia Nacional de Defesa;


III - o Livro Branco de Defesa Nacional.
Art. 10. (Revogado pela Lei Complementar nº 136, de 2010)..
Art. 11. Compete ao EMCFA:
1. Elaborar o planejamento do emprego conjunto das Forças Armadas e
2. Assessorar o MD na condução dos exercícios conjunto quanto à atuação de forças brasileiras em operações de
paz, além de
3. Outras atribuições que lhe forem estabelecidas pelo Ministro de Estado da Defesa.
Art. 11-A. Compete ao MD, além das demais competências previstas em lei:
Formular a política e as diretrizes referentes aos produtos de defesa empregados nas atividades operacionais, inclusive
armamentos, munições, meios de transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo,
admitido delegações às Forças.
CAPÍTULO III - DO ORÇAMENTO
Art. 12. (FORA DO PROGRAMA-PARA CONHECIMENTO) O orçamento do Ministério da Defesa contemplará as prioridades
definidas pela Estratégia Nacional de Defesa, explicitadas na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1o O orçamento do Ministério da Defesa identificará as dotações próprias da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
§ 2o A proposta orçamentária das Forças será elaborada em conjunto com o Ministério da Defesa, que a consolidará,
obedecendo às prioridades estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa, explicitadas na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 3o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica farão a gestão, de forma INDIVIDUALIZADA, dos recursos orçamentários que
lhes forem destinados no orçamento do Ministério da Defesa.

CAPÍTULO IV - DO PREPARO

Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo
Ministro da Defesa.
§ 1o O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento, organização e articulação,
instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas específicas, inteligência e estruturação das Forças
Armadas, de sua logística e mobilização.
§ 2o No preparo das Forças Armadas para o cumprimento de sua destinação constitucional, poderão ser planejados
e executados exercícios operacionais em áreas públicas, adequadas à natureza das operações, ou em áreas privadas
cedidas para esse fim.
§ 3o O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão ser realizados com a cooperação dos órgãos
de segurança pública e de órgãos públicos com interesses afins.
ART. 14. O PREPARO DAS FORÇAS ARMADAS É ORIENTADO PELOS SEGUINTES PARÂMETROS BÁSICOS:
I- PERMANENTE EFICIÊNCIA OPERACIONAL singular e nas diferentes modalidades de emprego interdependentes;
II- PROCURA DA AUTONOMIA NACIONAL CRESCENTE, mediante contínuanacionalização de seus meios, nela
incluídas pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional;
III- CORRETA UTILIZAÇÃO DO POTENCIAL NACIONAL, mediante mobilização criteriosamente planejada.

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CAPÍTULO V - DO EMPREGO

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Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro


de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:
I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no caso de Comandos conjuntos,
compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos;
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em operações conjuntas, ou por
ocasião da participação brasileira em operações de paz;
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da
Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.

§ 1o Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em
atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes
constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os
instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados
no art. 144 da Constituição Federal.
§ 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituição Federal quando, em
determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou
Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional.
§ 4o Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3o deste artigo, após mensagem do Presidente da
República, serão ativados os órgãos operacionais das Forças Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em área
previamente estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo necessárias para assegurar
o resultado das operações na garantia da lei e da ordem.

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§ 5o Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, caberá à autoridade competente,
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mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança pública necessários ao desenvolvimento

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das ações para a autoridade encarregada das operações, a qual deverá constituir um centro de coordenação de operações,
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composto por representantes dos órgãos públicos sob seu controle operacional ou com interesses afins.
§ 6o Considera-se controle operacional, para fins de aplicação desta Lei Complementar, o poder conferido à
autoridade encarregada das operações, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas
por efetivos dos órgãos de segurança pública, obedecidas as suas competências constitucionais ou legais.
§ 7o A atuação do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos IV e V do art. 17, no inciso III do
art. 17-A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de defesa civil a que se refere o art. 16 desta Lei Complementar e
no inciso XIV do art. 23 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), é considerada atividade militar para os
fins do art. 124 da Constituição Federal.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES

Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa
civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter geral a participação em campanhas
institucionais de utilidade pública ou de interesse social.

Art. 16-A. Cabe às Forças Armadas, além de outras ações pertinentes, também como atribuições subsidiárias, preservadas
as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira
terrestre, no mar e nas águas interiores, independentemente da posse, da propriedade, da finalidade ou de qualquer
gravame que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em coordenação com outros
órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as ações de:
I - patrulhamento;
II - revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e
III - prisões em flagrante delito.
Parágrafo único. As Forças Armadas, ao zelar pela segurança pessoal das autoridades nacionais e estrangeiras em missões
oficiais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, poderão exercer as ações previstas nos
incisos II e III deste artigo.

ART. 17. CABE À MARINHA, COMO ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS PARTICULARES:


I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional;
II - prover a segurança da navegação aquaviária;
III - contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar;
IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, em coordenação
com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessária, em razão de competências
específicas.
V – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão nacional
ou internacional, quanto ao uso do mar, águas interiores e de áreas portuárias, na forma de apoio logístico, de
inteligência, de comunicações e de instrução.

Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Marinha o trato dos
assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como "Autoridade Marítima", para esse fim.

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ATRIBUIÇÕES DAS FORÇAS ARMADAS


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1. Defesa da Pátria Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

PRINCIPAIS 2. Defesa dos poderes Constitucionais 3. Garantia da Lei e da Ordem

1. Cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil


2. Atuar, por meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no
mar e nas águas interiores, executando:
 patrulhamento;
GERAIS

 revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e


 prisões em flagrante delitos
SUBSIDIÁRIAS

1. Orientar e controlar a Marinha Mercante


PARTICULARES DA MB

2. Prover a segurança da navegação aquaviária


3. Implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas
interiores
4. Cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos
de repercussão nacional ou internacional.

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Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008 (rev. 2012)


2.2.1 – LEGISLAÇÃO
h) Estratégia Nacional de Defesa
- Formulação Sistemática (Cap. 1).

ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA


a) Formulação Sistemática
Estratégia Nacional de Defesa – Estratégia Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Desenvolvimento; Natureza e
Âmbito da Estratégia Nacional de Defesa; Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa; Marinha do Brasil: a hierarquia dos
objetivos estratégicos e táticos.

Introdução
O Brasil é pacífico por tradição e por convicção. Vive em paz com seus vizinhos. Rege suas relações internacionais,
dentre outros, pelos princípios constitucionais da não-intervenção, defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. Esse
traço de pacifismo é parte da identidade nacional e um valor a ser conservado pelo povo brasileiro.
O Brasil ascenderá ao primeiro plano no cenário internacional sem buscar hegemonia. O povo brasileiro não deseja
exercer domínio sobre outros povos. Quer que o Brasil se engrandeça sem imperar.
O crescente desenvolvimento do Brasil deve ser acompanhado pelo aumento do preparo de sua defesa contra
ameaças e agressões. A sociedade brasileira vem tomando consciência da responsabilidade com a preservação da
independência do País. O planejamento de ações destinadas à Defesa Nacional, a cargo do Estado, tem seu documento
condicionante de mais alto nível na Política Nacional de Defesa, que estabelece os Objetivos Nacionais de Defesa.
O primeiro deles é a garantia da soberania, do patrimônio nacional e da integridade territorial. Outros objetivos
incluem a estruturação de Forças Armadas com adequadas capacidades organizacionais e operacionais e a criação de
condições sociais e econômicas de apoio à Defesa Nacional no Brasil, assim como a contribuição para a paz e a segurança
internacionais e a proteção dos interesses brasileiros nos diferentes níveis de projeção externa do País.
A presente Estratégia Nacional de Defesa trata da reorganização e reorientação das Forças Armadas, da organização
da Base Industrial de Defesa e da política de composição dos efetivos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Ao
propiciar a execução da Política Nacional de Defesa com uma orientação sistemática e com medidas de implementação,
a Estratégia Nacional de Defesa contribuirá para fortalecer o papel cada vez mais importante do Brasil no mundo.

Estratégia Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Desenvolvimento


1.Estratégia nacional de defesa é inseparável de estratégia nacional de desenvolvimento. Esta motiva aquela.
Aquela fornece escudo para esta. Cada uma reforça as razões da outra. Em ambas, se desperta para a nacionalidade e
constrói-se a Nação. Defendido, o Brasil terá como dizer não, quando tiver que dizer não. Terá capacidade para construir
seu próprio modelo de desenvolvimento.

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2. Não é evidente para um País que pouco trato teve com guerras, convencer-se da necessidade de defender-se
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para poder construir-se. Não bastam, ainda que sejam proveitosos e até mesmo indispensáveis, os argumentos que

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invocam as utilidades das tecnologias e dos conhecimentos da defesa para o desenvolvimento do País. Os recursos Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

demandados pela defesa exigem uma transformação de consciências, para que se constitua uma estratégia de defesa
para o Brasil.
3. Apesar da dificuldade, é indispensável para as Forças Armadas de um País com as características do nosso,
manter, em meio à paz, o impulso de se preparar para o combate e de cultivar, em prol desse preparo, o hábito da
transformação.
Disposição para mudar é o que a Nação está a exigir agora de si mesma, de sua liderança, de seus marinheiros,
soldados e aviadores. Não se trata apenas de financiar e de equipar as Forças Armadas. Trata-se de transformá-las, para
melhor defenderem o Brasil.
4. Projeto forte de defesa favorece projeto forte de desenvolvimento. Forte é o projeto de desenvolvimento que,
sejam quais forem suas demais orientações, se guie pelos seguintes princípios:
a) Independência nacional, efetivada pela mobilização de recursos físicos, econômicos e humanos, para o
investimento no potencial produtivo do País. Aproveitar a poupança estrangeira, sem dela depender;
b) Independência nacional, alcançada pela capacitação tecnológica autônoma, inclusive nos estratégicos setores
espacial, cibernético e nuclear. Não é independente quem não tem o domínio das tecnologias sensíveis, tanto para a
defesa como para o desenvolvimento; e
c) Independência nacional, assegurada pela democratização de oportunidades educativas e econômicas e pelas
oportunidades para ampliar a participação popular nos processos decisórios da vida política e econômica do País.

Natureza e âmbito da Estratégia Nacional de Defesa


1. A Estratégia Nacional de Defesa é o vínculo entre o conceito e a política de independência nacional, de um lado,
e as Forças Armadas para resguardar essa independência, de outro. Trata de questões políticas e institucionais decisivas
para a defesa do País, como os objetivos da sua “grande estratégia” e os meios para fazer com que a Nação participe da
defesa. Aborda, também, problemas propriamente militares, derivados da influência dessa “grande estratégia” na
orientação e nas práticas operacionais das três Forças.

Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa


A Estratégia Nacional de Defesa pauta-se pelas seguintes diretrizes:
1. Dissuadir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres e nos limites das águas jurisdicionais
brasileiras, e impedirlhes o uso do espaço aéreo nacional.
Para dissuadir, é preciso estar preparado para combater. A tecnologia, por mais avançada que seja, jamais será
alternativa ao combate. Será sempre instrumento do combate.
2. Organizar as Forças Armadas sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença.
Esse triplo imperativo vale, com as adaptações cabíveis, para cada Força. Do trinômio resulta a definição das
capacitações operacionais de cada uma das Forças.
3. Desenvolver as capacidades de monitorar e controlar o espaço aéreo, o território e as águas jurisdicionais
brasileiras.
Tal desenvolvimento dar-se-á a partir da utilização de tecnologias de monitoramento terrestre, marítimo, aéreo e
espacial que estejam sob inteiro e incondicional domínio nacional.

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4. Desenvolver, lastreada na capacidade de monitorar/controlar, a capacidade de responder prontamente a


qualquer ameaça ou agressão: a mobilidade estratégica.
A mobilidade estratégica – entendida como a aptidão para se chegar rapidamente à região em conflito – reforçada
pela mobilidade tática – entendida como a aptidão para se mover dentro daquela região – é o complemento prioritário
do monitoramento/controle e uma das bases do poder de combate, exigindo, das Forças Armadas, ação que, mais do que
conjunta, seja unificada.
O imperativo de mobilidade ganha importância decisiva, dadas a vastidão do espaço a defender e a escassez dos
meios para defendê-lo. O esforço de presença, sobretudo ao longo das fronteiras terrestres e nas partes mais estratégicas
do litoral, tem limitações intrínsecas. É a mobilidade que permitirá superar o efeito prejudicial de tais limitações.
5. Aprofundar o vínculo entre os aspectos tecnológicos e os operacionais da mobilidade, sob a disciplina de
objetivos bem definidos.
Mobilidade depende de meios terrestres, marítimos e aéreos apropriados e da maneira de combiná-los. Depende,
também, de capacitações operacionais que permitam aproveitar ao máximo o potencial das tecnologias do movimento.
O vínculo entre os aspectos tecnológicos e operacionais da mobilidade há de se realizar de maneira a alcançar
objetivos bem definidos. Entre esses objetivos, há um que guarda relação especialmente próxima com a mobilidade: a
capacidade de alternar a concentração e a desconcentração de forças, com o propósito de dissuadir e combater a ameaça.
6. Fortalecer três setores de importância estratégica: o espacial, o cibernético e o nuclear. Esse fortalecimento
assegurará o atendimento ao conceito de flexibilidade.
Como decorrência de sua própria natureza, esses setores transcendem a divisão entre desenvolvimento e defesa,
entre o civil e o militar.
Os setores espacial e cibernético permitirão, em conjunto, que a capacidade de visualizar o próprio País não
dependa de tecnologia estrangeira e que as três Forças, em conjunto, possam atuar em rede, instruídas por
monitoramento que se faça também a partir do espaço.
O Brasil tem compromisso – decorrente da Constituição e da adesão a Tratados Internacionais – com o uso
estritamente pacífico da energia nuclear. Entretanto, afirma a necessidade estratégica de desenvolver e dominar essa
tecnologia. O Brasil precisa garantir o equilíbrio e a versatilidade da sua matriz energética e avançar em áreas, tais como
as de agricultura e saúde, que podem se beneficiar da tecnologia de energia nuclear. E levar a cabo, entre outras iniciativas
que exigem independência tecnológica em matéria de energia nuclear, o projeto do submarino de propulsão nuclear.

7. Unificar e desenvolver as operações conjuntas das três Forças, muito além dos limites impostos pelos protocolos
de exercícios conjuntos.
Os instrumentos principais dessa unificação serão o Ministério da Defesa e o Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas. Devem ganhar dimensão maior e responsabilidades mais abrangentes.
O Ministro da Defesa exercerá, na plenitude, todos os poderes de direção das Forças Armadas que a Constituição
e as leis não reservarem, expressamente, ao Presidente da República.

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A subordinação das Forças Armadas ao poder político constitucional é pressuposto do regime republicano e
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garantia da integridade da Nação.

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Os Secretários do Ministério da Defesa e o Diretor-Geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

da Amazônia (CENSIPAM) serão nomeados mediante indicação exclusiva do Ministro de Estado da Defesa, entre cidadãos
brasileiros, militares das três Forças e civis, respeitadas as peculiaridades e as funções de cada secretaria. As iniciativas
destinadas a formar quadros de especialistas civis em defesa permitirão, no futuro, aumentar a presença de civis em
postos dirigentes e nos demais níveis do Ministério da Defesa. As disposições legais em contrário serão revogadas.
O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas será chefiado por um oficial-general de último posto, e terá a
participação de um Comitê, integrado pelos Chefes dos Estados-Maiores das três Forças. Será subordinado diretamente
ao Ministro da Defesa. Construirá as iniciativas destinadas a dar realidade prática à tese da unificação doutrinária,
estratégica e operacional e contará com estrutura permanente que lhe permita cumprir sua tarefa.
A Marinha, o Exército e a Aeronáutica disporão, singularmente, de um Comandante, nomeado pelo(a)
Presidente(a) da República e indicado pelo Ministro da Defesa. O Comandante de Força, no âmbito das suas atribuições,
exercerá a direção e a gestão da sua Força, formulará a sua política e doutrina e preparará seus órgãos operativos e de
apoio para o cumprimento da destinação constitucional.
Os Estados-Maiores das três Forças, subordinados a seus Comandantes, serão os agentes da formulação
estratégica em cada uma delas, sob a orientação do respectivo Comandante.

8. Reposicionar os efetivos das três Forças.


As principais unidades do Exército estacionam no Sudeste e no Sul do Brasil. A esquadra da Marinha concentra-se
na cidade do Rio de Janeiro. Algumas instalações tecnológicas da Força Aérea estão localizadas em São José dos Campos,
em São Paulo. As preocupações mais agudas de defesa estão, porém, no Norte, no Oeste e no Atlântico Sul.
Sem desconsiderar a necessidade de defender as maiores concentrações demográficas e os maiores centros
industriais do País, a Marinha deverá estar mais presente na região da foz do Rio Amazonas e nas grandes bacias fluviais
do Amazonas e do Paraguai-Paraná. Deverá o Exército agrupar suas reservas regionais nas respectivas áreas, para
possibilitar a resposta imediata na crise ou na guerra.
Pelas mesmas razões que exigem a formação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, os Distritos Navais ou
Comandos de Área das três Forças terão suas áreas de jurisdição coincidentes, ressalvados impedimentos decorrentes de
circunstâncias locais ou específicas. Os oficiais-generais que comandarem, por conta de suas respectivas Forças, um
Distrito Naval ou Comando de Área, reunir-se-ão regularmente, acompanhados de seus principais assessores, para
assegurar a unidade operacional das três Forças naquela área. Em cada área deverá ser estruturado um Estado-Maior
Conjunto Regional, para realizar e atualizar, desde o tempo de paz, os planejamentos operacionais da área.
9. Adensar a presença de unidades da Marinha, do Exército e da Força Aérea nas fronteiras.
Deve-se ter claro que, dadas as dimensões continentais do território nacional, presença não pode significar
onipresença. A presença ganha efetividade graças à sua relação com monitoramento/controle e com mobilidade.
Nas fronteiras terrestres, nas águas jurisdicionais brasileiras e no espaço aéreo sobrejacente, as unidades do
Exército, da Marinha e da Força Aérea têm, sobretudo, tarefas de vigilância. No cumprimento dessas tarefas, as unidades
ganham seu pleno significado apenas quando compõem sistema integrado de monitoramento/controle, feito, inclusive,
a partir do espaço. Ao mesmo tempo, tais unidades potencializam-se como instrumentos de defesa, por meio de seus

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vínculos com as reservas táticas e estratégicas. Os vigias alertam. As reservas respondem e operam. E a eficácia do
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emprego das reservas táticas regionais e estratégicas é proporcional à capacidade de atenderem à exigência da

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mobilidade. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Entende-se por reservas táticas forças articuladas, em profundidade, numa determinada área estratégica, com
mobilidade suficiente para serem empregadas na própria área estratégica onde estão localizadas. Reservas estratégicas
são forças dotadas de alta mobilidade estratégica, com estrutura organizacional Os Estados-Maiores das três Forças,
subordinados completa desde o tempo de paz, dotadas do mais alto nível possível de capacitação operacional e
aprestamento, em condições de atuar no mais curto prazo, no todo ou em parte, em qualquer área estratégica compatível
com sua doutrina de emprego.

10. Priorizar a região amazônica.


A Amazônia representa um dos focos de maior interesse para a defesa. A defesa da Amazônia exige avanço de
projeto de desenvolvimento sustentável e passa pelo trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença.
O Brasil será vigilante na reafirmação incondicional de sua soberania sobre a Amazônia brasileira. Repudiará, pela
prática de atos de desenvolvimento e de defesa, qualquer tentativa de tutela sobre as suas decisões a respeito de
preservação, de desenvolvimento e de defesa da Amazônia. Não permitirá que organizações ou indivíduos sirvam de
instrumentos para interesses estrangeiros – políticos ou econômicos – que queiram enfraquecer a soberania brasileira.
Quem cuida da Amazônia brasileira, a serviço da humanidade e de si mesmo, é o Brasil.
O CENSIPAM deverá atuar integradamente com as FA, a fim de fortalecer o monitoramento, o planejamento, o
controle, a logística, a mobilidade e a presença na Amazônia brasileira.
11. Desenvolver a capacidade logística, para fortalecer a mobilidade, sobretudo na região amazônica.
Daí a importância de se possuir estruturas de transporte e de comando e controle que possam operar em grande
variedade de circunstâncias, inclusive sob as condições extraordinárias impostas pela guerra.
12. Desenvolver o conceito de flexibilidade no combate, para atender aos requisitos de monitoramento/controle,
mobilidade e presença.
Isso exigirá, sobretudo na Força Terrestre, que as forças convencionais cultivem alguns predicados atribuídos a
forças não convencionais.
Somente Forças Armadas com tais predicados estarão aptas para operar no amplíssimo espectro de circunstâncias
que o futuro poderá trazer.
A conveniência de assegurar que as forças convencionais adquiram predicados comumente associados a forças não
convencionais pode parecer mais evidente no ambiente da selva amazônica. Aplicam-se eles, porém, com igual
pertinência, a outras áreas do País. Não é uma adaptação a especificidades geográficas localizadas. É resposta a uma
vocação estratégica geral.

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13. Desenvolver o repertório de práticas e de capacitações operacionais dos combatentes, para atender aos
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requisitos de monitoramento/controle, mobilidade e presença.

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Cada homem e mulher a serviço das Forças Armadas há de dispor de três ordens de meios e de habilitações. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Em primeiro lugar, cada combatente deve contar com meios e habilitações para atuar em rede, não só com outros
combatentes e contingentes de sua própria Força, mas também com combatentes e contingentes das outras Forças. As
tecnologias de comunicações, inclusive com os veículos que monitorem a superfície da terra e do mar, a partir do espaço,
devem ser encaradas como instrumentos potencializadores de iniciativas de defesa e de combate. Esse é o sentido do
requisito de monitoramento e controle e de sua relação com as exigências de mobilidade e de presença.
Em segundo lugar, cada combatente deve dispor de tecnologias e de conhecimentos que permitam aplicar, em
qualquer região em conflito, terrestre ou marítimo, o imperativo de mobilidade. É a esse imperativo, combinado com a
capacidade de combate, que devem servir as plataformas e os sistemas de armas à disposição do combatente.
Em terceiro lugar, cada combatente deve ser treinado para abordar o combate de modo a atenuar as formas rígidas
e tradicionais de comando e controle, em prol da flexibilidade, da adaptabilidade, da audácia e da surpresa no campo de
batalha. Esse combatente será, ao mesmo tempo, um comandado que sabe obedecer, exercer a iniciativa, na ausência
de ordens específicas, e orientar-se em meio às incertezas e aos sobressaltos do combate – e uma fonte de iniciativas –
capaz de adaptar suas ordens à realidade da situação mutável em que se encontra.
Ganha ascendência no mundo um estilo de produção industrial marcado pela atenuação de contrastes entre
atividades de planejamento e de execução e pela relativização de especializações rígidas nas atividades de execução. Esse
estilo encontra contrapartida na maneira de fazer a guerra, cada vez mais caracterizada por extrema flexibilidade.
14. Promover a reunião, nos militares brasileiros, dos atributos e predicados exigidos pelo conceito de flexibilidade.
O militar brasileiro precisa reunir qualificação e rusticidade. Necessita dominar as tecnologias e as práticas
operacionais exigidas pelo conceito de flexibilidade. Deve identificar-se com as peculiaridades e características geográficas
exigentes ou extremas que existem no País. Só assim realizar-se-á, na prática, o conceito de flexibilidade, dentro das
características do território nacional e da situação geográfica e geopolítica do Brasil.

15. Rever, a partir de uma política de otimização do emprego de recursos humanos, a composição dos efetivos das
três Forças, de modo a dimensioná-las para atender adequadamente ao disposto na Estratégia Nacional de Defesa.
16. Estruturar o potencial estratégico em torno de capacidades.
Convém organizar as Forças Armadas em torno de capacidades, não em torno de inimigos específicos. O Brasil não
tem inimigos no presente. Para não tê-los no futuro, é preciso preservar a paz e preparar-se para a guerra.
17. Preparar efetivos para o cumprimento de missões de garantia da lei e da ordem, nos termos da Constituição.
O País cuida para evitar que as Forças Armadas desempenhem papel de polícia. Efetuar operações internas em
garantia da lei e da ordem, quando os poderes constituídos não conseguem garantir a paz pública e um dos Chefes dos
três Poderes o requer, faz parte das responsabilidades constitucionais das Forças Armadas. A legitimação de tais
responsabilidades pressupõe, entretanto, legislação que ordene e respalde as condições específicas e os procedimentos
federativos que deem ensejo a tais operações, com resguardo de seus integrantes.

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18. Estimular a integração da América do Sul.


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Essa integração não somente contribui para a defesa do Brasil, como possibilita fomentar a cooperação militar

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regional e a integração das bases industriais de defesa. Afasta a sombra de conflitos dentro da região. Com todos os Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

países, avança-se rumo à construção da unidade sul-americana. O Conselho de Defesa Sul-Americano é um mecanismo
consultivo que se destina a prevenir conflitos e fomentar a cooperação militar regional e a integração das bases industriais
de defesa, sem que dele participe país alheio à região. Orienta-se pelo princípio da cooperação entre seus membros.
19. Preparar as Forças Armadas para desempenharem responsabilidades crescentes em operações internacionais
de apoio à política exterior do Brasil.
Em tais operações, as Forças agirão sob a orientação das Nações Unidas ou em apoio a iniciativas de órgãos
multilaterais da região, pois o fortalecimento do sistema de segurança coletiva é benéfico à paz mundial e à defesa
nacional.
20. Ampliar a capacidade de atender aos compromissos internacionais de busca e salvamento. É tarefa prioritária
para o País, o aprimoramento dos meios existentes e da capacitação do pessoal envolvido com as atividades de busca e
salvamento no território nacional, nas águas jurisdicionais brasileiras e nas áreas pelas quais o Brasil é responsável, em
decorrência de compromissos internacionais.

21. Desenvolver o potencial de mobilização militar e nacional para assegurar a capacidade dissuasória e operacional
das Forças Armadas.
Diante de eventual degeneração do quadro internacional, o Brasil e suas Forças Armadas deverão estar prontos
para tomar medidas de resguardo do território, das linhas de comércio marítimo e plataformas de petróleo e do espaço
aéreo nacionais. As Forças Armadas deverão, também, estar habilitadas a aumentar rapidamente os meios humanos e
materiais disponíveis para a defesa. Exprime-se o imperativo de elasticidade em capacidade de mobilização nacional e
militar.
Ao decretar a mobilização nacional, o Poder Executivo delimitará a área em que será realizada e especificará as
medidas necessárias à sua execução, como, por exemplo, poderes para assumir o controle de recursos materiais, inclusive
meios de transporte necessários à defesa, de acordo com a Lei de Mobilização Nacional. A mobilização militar demanda
a organização de uma força de reserva, mobilizável em tais circunstâncias. Reporta-se, portanto, à questão do futuro do
Serviço Militar Obrigatório.
Sem que se assegure a elasticidade para as Forças Armadas, seu poder dissuasório e defensivo ficará
comprometido.
22. Capacitar a Base Industrial de Defesa para que conquiste autonomia em tecnologias indispensáveis à defesa.
Regimes jurídico, regulatório e tributário especiais protegerão as empresas privadas nacionais de produtos de
defesa contra os riscos do imediatismo mercantil e assegurarão continuidade nas compras públicas. A contrapartida a tal
regime especial será, porém, o poder estratégico que o Estado exercerá sobre tais empresas, a ser assegurado por um
conjunto de instrumentos de direito privado ou de direito público.
Já o setor estatal de produtos de defesa terá por missão operar no teto tecnológico, desenvolvendo as tecnologias
que as empresas privadas não possam alcançar ou obter, a curto ou médio prazo, de maneira rentável.

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A formulação e a execução da política de obtenção de produtos de defesa serão centralizadas no Ministério da


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Defesa, sob a responsabilidade da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), admitida delegação na sua execução.

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A Base Industrial de Defesa será incentivada a competir em mercados externos para aumentar a sua escala de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

produção. A consolidação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) poderá atenuar a tensão entre o requisito da
independência em produção de defesa e a necessidade de compensar custo com escala, possibilitando o desenvolvimento
da produção de defesa em conjunto com outros países da região.
Serão buscadas parcerias com outros países, com o propósito de desenvolver a capacitação tecnológica e a
fabricação de produtos de defesa nacionais, de modo a eliminar, progressivamente, a dependência de serviços e produtos
importados.
Sempre que possível, as parcerias serão construídas como expressões de associação estratégica mais abrangente
entre o Brasil e o país parceiro. A associação será manifestada em colaborações de defesa e de desenvolvimento, e será
pautada por duas ordens de motivações básicas: a internacional e a nacional.
A motivação de ordem internacional será trabalhar com o país parceiro em prol de um maior pluralismo de poder
e de visão no mundo. Esse trabalho conjunto passa por duas etapas. Na primeira etapa, o objetivo é a melhor
representação de países emergentes, inclusive o Brasil, nas organizações internacionais – políticas e econômicas –
estabelecidas. Na segunda, o alvo é a reestruturação das organizações internacionais, para que se tornem mais abertas
às divergências, às inovações e aos experimentos do que são as instituições nascidas ao término da Segunda Guerra
Mundial.
A motivação de ordem nacional será contribuir para a ampliação das instituições que democratizem a economia
de mercado e aprofundem a democracia, organizando o crescimento econômico socialmente includente.
Deverá, sempre que possível, ser buscado o desenvolvimento de materiais que tenham uso dual.
23. Manter o Serviço Militar Obrigatório.
O Serviço Militar Obrigatório é uma das condições para que se possa mobilizar o povo brasileiro em defesa da
soberania nacional. É, também, instrumento para afirmar a unidade da Nação, independentemente de classes sociais,
gerando oportunidades e incentivando o exercício da cidadania. Serão buscadas parcerias com outros países, com o
propósito de desenvolver a capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa nacionais, de modo a eliminar,
progressivamente, a dependência de serviços e produtos importados.
Como o número dos alistados anualmente é muito maior do que o número de recrutas de que precisam as Forças
Armadas, deverão elas selecioná-los segundo o vigor físico, a aptidão e a capacidade intelectual, cuidando para que todas
as classes sociais sejam representadas.
24. Participar da concepção e do desenvolvimento da infraestrutura estratégica do País, para incluir requisitos
necessários à Defesa Nacional.
A infraestrutura estratégica do Brasil deverá contemplar estudos para emprego dual, ou seja, atender à sociedade
e à economia do País, bem como à Defesa Nacional.
25. Inserir, nos cursos de altos estudos estratégicos de oficiais das três forças, os princípios e diretrizes da Estratégia
Nacional de Defesa, inclusive aqueles que dizem respeito ao Estado-Maior Conjunto.

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EIXOS ESTRUTURANTES
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1.A Estratégia Nacional de Defesa organiza-se em torno de três eixos estruturantes.

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O primeiro eixo estruturante diz respeito a como as Forças Armadas devem-se organizar e orientar para melhor Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

desempenharem sua destinação constitucional e suas atribuições na paz e na guerra. Enumeram-se diretrizes estratégicas
relativas a cada uma das Forças e especifica-se a relação que deve prevalecer entre elas. Descreve-se a maneira de
transformar tais diretrizes em práticas e capacitações operacionais e propõe-se a linha de evolução tecnológica necessária
para assegurar que se concretizem.
A análise das hipóteses de emprego das Forças Armadas - para resguardar o espaço aéreo, o território e as águas
jurisdicionais brasileiras - permite dar foco mais preciso às diretrizes estratégicas. Nenhuma análise de hipóteses de
emprego pode, porém, desconsiderar as ameaças do futuro. Por isso mesmo, as diretrizes estratégicas e as capacitações
operacionais precisam transcender o horizonte imediato que a experiência e o entendimento de hoje permitem
descortinar.
Ao lado da destinação constitucional, das atribuições, da cultura, dos costumes e das competências próprias de
cada Força e da maneira de sistematizá-las em estratégia de defesa integrada, aborda-se o papel de três setores decisivos
para a defesa nacional: o espacial, o cibernético e o nuclear. Descreve-se como as três Forças devem operar em rede -
entre si e em ligação com o monitoramento do território, do espaço aéreo e das águas jurisdicionais brasileiras.
O segundo eixo estruturante refere-se à reorganização da Base Industrial de Defesa, para assegurar que o
atendimento às necessidades de tais produtos por parte das Forças Armadas apoie-se em tecnologias sob domínio
nacional, preferencialmente as de emprego dual (militar e civil).
O terceiro eixo estruturante versa sobre a composição dos efetivos das Forças Armadas e, conseqüentemente,
sobre o futuro do Serviço Militar Obrigatório. Seu propósito é zelar para que as Forças Armadas reproduzam, em sua
composição, a própria Nação - para que elas não sejam uma parte da Nação, pagas para lutar por conta e em benefício
das outras partes. O Serviço Militar Obrigatório deve, pois, funcionar como espaço republicano, no qual possa a Nação
encontrar-se acima das classes sociais.

Objetivos estratégicos das Forças Armadas

A MARINHA DO BRASIL
1. Na maneira de conceber a relação entre as tarefas estratégicas de negação do uso do mar, de controle de áreas
marítimas e de projeção de poder, a Marinha do Brasil se pautará por um desenvolvimento desigual e conjunto. Se
aceitasse dar peso igual a todas as três tarefas, seria grande o risco de ser medíocre em todas elas. Embora todas mereçam
ser cultivadas, serão em determinada ordem e sequência.
A prioridade é assegurar os meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se
aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar ao inimigo é a que organiza, antes de atendidos quaisquer
outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a
reconfiguração das forças navais.
Ao garantir seu poder para negar o uso do mar ao inimigo, o Brasil precisa manter a capacidade focada de projeção de
poder e criar condições para controlar, no grau necessário à defesa e dentro dos limites do direito internacional, as áreas
marítimas e águas interiores de importância político- estratégica, econômica e militar, e também as suas linhas de
comunicação marítimas. A despeito dessa consideração, a projeção de poder se subordina, hierarquicamente, à negação
do uso do mar.
A negação do uso do mar, o controle de áreas marítimas e a projeção de poder devem ter por foco, sem hierarquização
de objetivos e de acordo com as circunstâncias:
(a) defesa proativa das plataformas petrolíferas;

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(b) defesa proativa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais
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brasileiras;

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(c) prontidão para responder a qualquer ameaça, por Estado ou por forças não convencionais ou criminosas, às vias Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

marítimas de comércio; e
(d) capacidade de participar de operações internacionais de paz, fora do território e das águas jurisdicionais brasileiras,
sob a égide das Nações Unidas ou de organismos multilaterais da região.
A construção de meios para exercer o controle de áreas marítimas terá como foco as áreas estratégicas de acesso
marítimo ao Brasil. Duas áreas do litoral continuarão a merecer atenção especial, do ponto de vista da necessidade de
controlar o acesso marítimo ao Brasil: a faixa que vai de Santos a Vitória e a área em torno da foz do Rio Amazonas.

2. A doutrina do desenvolvimento desigual e conjunto tem implicações para a reconfiguração das forças navais. A
implicação mais importante é que a Marinha se reconstruirá, por etapas, como uma Força balanceada entre o
componente submarino, o componente de superfície e o componente aeroespacial.
3. Para assegurar a tarefa de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval submarina de envergadura,
composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão nuclear. O Brasil manterá e desenvolverá sua
capacidade de projetar e de fabricar tanto submarinos de propulsão convencional, como de propulsão nuclear. Acelerará
os investimentos e as parcerias necessários para executar o projeto do submarino de propulsão nuclear. Armará os
submarinos com mísseis e desenvolverá capacitações para projetá-los e fabricá-los. Cuidará de ganhar autonomia nas
tecnologias cibernéticas que guiem os submarinos e seus sistemas de armas, e que lhes possibilitem atuar em rede com
as outras forças navais, terrestres e aéreas.

4. Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em
permanente condição de pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações
navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações
internacionais de paz e em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais
para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas. O Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á
como a força de caráter expedicionário por excelência.
5. A força naval de superfície contará tanto com navios de grande porte, capazes de operar e de permanecer por longo
tempo em alto mar, como com navios de porte menor, dedicados a patrulhar o litoral e os principais rios navegáveis
brasileiros. Requisito para a manutenção de tal esquadra será a capacidade da Força Aérea de trabalhar em conjunto com
a Aviação Naval, para garantir o controle do ar no grau desejado, em caso de conflito armado/guerra.
Entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de navios de propósitos
múltiplos e navios-aeródromos.

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A Marinha contará, também, com embarcações de combate, de transporte e de patrulha, oceânicas, litorâneas e
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fluviais. Serão concebidas e fabricadas de acordo com a mesma preocupação de versatilidade funcional que orientará a

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construção das belonaves de alto mar. A Marinha adensará sua presença nas vias navegáveis das duas grandes bacias Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

fluviais, a do Amazonas e a do Paraguai-Paraná, empregando tanto navios-patrulha como navios-transporte, ambos


guarnecidos por helicópteros adaptados ao regime das águas.
A presença da Marinha nas bacias fluviais será facilitada pela dedicação do País à inauguração de um paradigma
multimodal de transporte. Esse paradigma contemplará a construção das hidrovias do Paraná-Tietê, do Madeira, do
Tocantins-Araguaia e do Tapajós-Teles Pires. As barragens serão, quando possível, providas de eclusas, de modo a
assegurar franca navegabilidade às hidrovias.
6. O monitoramento da superfície do mar, a partir do espaço, deverá integrar o repertório de práticas e capacitações
operacionais da Marinha.
A partir dele, as forças navais, submarinas e de superfície terão fortalecidas suas capacidades de atuar em rede com
as forças terrestre e aérea.
7. A constituição de uma força e de uma estratégia navais que integrem os componentes submarino, de superfície e
aéreo, permitirá realçar a flexibilidade com que se resguarda o objetivo prioritário da estratégia de segurança marítima:
a dissuasão, priorizando a negação do uso do mar ao inimigo que se aproxime do Brasil, por meio do mar. Em amplo
espectro de circunstâncias de combate, sobretudo quando a força inimiga for muito mais poderosa, a força de superfície
será concebida e operada como reserva tática ou estratégica. Preferencialmente, e sempre que a situação tática permitir,
a força de superfície será engajada no conflito depois do emprego inicial da força submarina, que atuará de maneira
coordenada com os veículos espaciais (para efeito de monitoramento) e com meios aéreos (para efeito de fogo focado).
Esse desdobramento do combate em etapas sucessivas, sob a responsabilidade de contingentes distintos, permitirá,
na guerra naval, a agilização da alternância entre a concentração e a desconcentração de forças e o aprofundamento da
flexibilidade a serviço da surpresa.
8. Um dos elos entre a etapa preliminar do embate, sob a responsabilidade da força submarina e de suas contrapartes
espacial e aérea, e a etapa subsequente, conduzida com o pleno engajamento da força naval de superfície, será a Aviação
Naval, embarcada em navios. A Marinha trabalhará com a Base Industrial de Defesa para desenvolver um avião versátil,
que maximize o potencial aéreo defensivo e ofensivo da Força Naval.
9. A Marinha iniciará os estudos e preparativos para estabelecer, em lugar próprio, o mais próximo possível da foz do
rio Amazonas, uma base naval de uso múltiplo, comparável, na abrangência e na densidade de seus meios, à Base Naval
do Rio de Janeiro.
10. A Marinha acelerará o trabalho de instalação de suas bases de submarinos, convencionais e de propulsão nuclear.

O EXÉRCITO BRASILEIRO
1. O Exército Brasileiro cumprirá sua destinação constitucional e desempenhará suas atribuições, na paz e na guerra,
sob a orientação dos conceitos estratégicos de flexibilidade e de elasticidade. A flexibilidade, por sua vez, inclui os
requisitos estratégicos de monitoramento/controle e de mobilidade.
Flexibilidade é a capacidade de empregar forças militares com o mínimo de rigidez preestabelecida e com o máximo
de adaptabilidade à circunstância de emprego da força. Na paz, significa a versatilidade com que se substitui a presença
– ou a onipresença – pela capacidade de se fazer presente (mobilidade) à luz da informação (monitoramento/controle).
Na guerra, exige a capacidade de deixar o inimigo em desequilíbrio permanente, surpreendendo-o por meio da dialética
da desconcentração e da concentração de forças e da audácia com que se desfecha o golpe inesperado.
A flexibilidade relativiza o contraste entre o conflito convencional e o conflito não convencional: reivindica, para as
forças convencionais, alguns dos atributos de força não convencional, e firma a supremacia da inteligência e da
imaginação sobre o mero acúmulo de meios materiais e humanos. Por isso mesmo, rejeita a tentação de ver na alta

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tecnologia, alternativa ao combate, assumindo-a como um reforço da capacidade operacional. Insiste no papel da
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surpresa. Transforma a incerteza em solução, em vez de encará-la como problema. Combina as defesas meditadas com

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os ataques fulminantes. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Elasticidade é a capacidade de aumentar rapidamente o dimensionamento das forças militares quando as


circunstâncias o exigirem, mobilizando, em grande escala, os recursos humanos e materiais do País. A elasticidade exige,
portanto, a construção de força de reserva, mobilizável de acordo com as circunstâncias. A base derradeira da elasticidade
é a integração das Forças Armadas com a Nação. O desdobramento da elasticidade reporta-se à parte dessa Estratégia
Nacional de Defesa, que trata do futuro do Serviço Militar Obrigatório e da mobilização nacional.
A flexibilidade depende, para sua afirmação plena, da elasticidade. O potencial da flexibilidade, para dissuasão e para
defesa, ficaria severamente limitado, se não fosse possível, em caso de necessidade, multiplicar os meios humanos e
materiais das Forças Armadas. Por outro lado, a maneira de interpretar e de efetuar o imperativo da elasticidade revela
o desdobramento mais radical da flexibilidade. A elasticidade é a flexibilidade, traduzida no engajamento de toda a Nação
em sua própria defesa.
2. O Exército, embora seja empregado de forma progressiva nas crises e na guerra, deve ser constituído por meios
modernos e por efetivos muito bem adestrados. A Força deverá manter- -se em permanente processo de transformação,
buscando, desde logo, evoluir da era industrial para a era do conhecimento. A concepção do Exército como vanguarda
tem, como expressão prática principal, a sua reconstrução em módulo brigada, que vem a ser o módulo básico de combate
da Força Terrestre. Na composição atual do Exército, as brigadas das Forças de Ação Rápida Estratégicas são as que melhor
exprimem o ideal de flexibilidade. O modelo de composição das Forças de Ação Rápida Estratégicas não precisa nem deve
ser seguido rigidamente, sem que se levem em conta os problemas operacionais próprios das diferentes regiões em
conflito. Entretanto, todas as brigadas do Exército devem conter, em princípio, os seguintes elementos, para que se
generalize o atendimento do conceito da flexibilidade:
(a) Recursos humanos com elevada motivação e efetiva capacitação operacional, típicas da Brigada de Operações
Especiais, que hoje compõe a reserva estratégica do Exército;
(b) Instrumentos de comando e controle, de tecnologia da informação, de comunicações e de monitoramento que
lhes permitam operar em rede com outras unidades da Marinha, do Exército e da Força Aérea e receber informação
fornecida pelo monitoramento do terreno a partir do ar e do espaço;
(c) Instrumentos de mobilidade que lhes permitam deslocar-se rapidamente por terra, água e ar – para a região em
conflito e dentro dela. Por ar e por água, a mobilidade se efetuará comumente por meio de operações conjuntas com a
Marinha e com a Força Aérea; e
(d) Recursos logísticos capazes de manter a brigada mesmo em regiões isoladas e inóspitas por um determinado
período.
A qualificação do módulo brigada como vanguarda exige amplo espectro de meios tecnológicos, desde os menos
sofisticados, tais como radar portátil e instrumental de visão noturna, até as formas mais avançadas de comunicação
entre as operações terrestres e o monitoramento espacial. O Exército deve ser constituído por meios modernos e por
efetivos muito bem adestrados. A Força deverá manter-se em permanente processo de transformação, buscando, desde
logo, evoluir da era industrial para a era do conhecimento.
O entendimento da mobilidade tem implicações para a evolução dos blindados, dos meios mecanizados e da artilharia.
Uma implicação desse entendimento é harmonizar, no desenho dos blindados e dos meios mecanizados, características
técnicas de proteção e movimento. Outra implicação – nos blindados, nos meios mecanizados e na artilharia – é priorizar
o desenvolvimento de tecnologias capazes de assegurar precisão na execução do tiro.
3. A transformação de todo o Exército em vanguarda, com base no módulo brigada, terá prioridade sobre a estratégia
de presença. Nessa transformação, será prioritário o aparelhamento baseado no completamento e na modernização dos
sistemas operacionais das brigadas, para dotá-las de capacidade de rapidamente fazerem-se presentes.

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A transformação será, porém, compatibilizada com a estratégia da presença, em especial na região amazônica, em
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face dos obstáculos à mobilidade e à concentração de forças. Em todas as circunstâncias, as unidades militares situadas

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nas fronteiras funcionarão como destacamentos avançados de vigilância e de dissuasão. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Nos centros estratégicos do País – políticos, industriais, científicotecnológicos e militares – a estratégia de presença do
Exército concorrerá também para o objetivo de se assegurar a capacidade de defesa antiaérea, em quantidade e em
qualidade, sobretudo por meio de artilharia antiaérea de média altura.

4. O Exército continuará a manter reservas regionais e estratégicas, articuladas em dispositivo de expectativa. A


articulação para as reservas estratégicas deverá permitir a rápida concentração de tropas. A localização das reservas
estratégicas deverá ser objeto de contínua avaliação, à luz das novas realidades do País.
5. O Exército deverá ter capacidade de projeção de poder, constituindo uma Força, quer expedicionária, quer para
operações de paz, ou de ajuda humanitária, para atender compromissos assumidos sob a égide de organismos
internacionais ou para salvaguardar interesses brasileiros no exterior.
6. O monitoramento/controle, como componente do imperativo de flexibilidade, exigirá que, entre os recursos
espaciais, haja um vetor sob integral domínio nacional, ainda que parceiros estrangeiros participem do seu projeto e da
sua implementação, incluindo:
(a) a fabricação de veículos lançadores de satélites;
(b) a fabricação de satélites de baixa e de alta altitude, sobretudo de satélites geoestacionários, de múltiplos usos;
(c) o desenvolvimento de alternativas nacionais aos sistemas de localização e de posicionamento, dos quais o Brasil
depende, passando pelas necessárias etapas internas de evolução dessas tecnologias;
(d) os meios aéreos e terrestres para monitoramento focado, de alta resolução; e
(e) as capacitações e os instrumentos cibernéticos necessários para assegurar comunicações entre os monitores
espaciais e aéreos e a força terrestre.
7. A mobilidade, como componente do imperativo de flexibilidade, requererá o desenvolvimento de veículos
terrestres e de meios aéreos de combate e de transporte. Demandará, também, a reorganização das relações com a
Marinha e com a Força Aérea, de maneira a assegurar, tanto na cúpula dos Estados-Maiores, como na base dos
contingentes operacionais, a capacidade de atuar como uma única força.

8. Monitoramento/controle e mobilidade têm seu complemento em medidas destinadas a assegurar, ainda no módulo
brigada, a obtenção do efetivo poder de combate. Algumas dessas medidas são tecnológicas: o desenvolvimento de
sistemas de armas e de guiamento que permitam precisão no direcionamento do tiro e o desenvolvimento da capacidade
de fabricar munições de todos os tipos, excluídas aquelas banidas por tratados internacionais do qual o Brasil faz parte.
Outras medidas são operacionais: a consolidação de um repertório de práticas e de capacitações que proporcionem à

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Força Terrestre os conhecimentos e as potencialidades, tanto para o combate convencional, quanto para o não
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convencional, capaz de operar com adaptabilidade nas condições imensamente variadas do território nacional. Outra

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medida – ainda mais importante – é educativa: a formação de um militar que reúna qualificação e rusticidade. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

9. A defesa da região amazônica será encarada, na atual fase da História, como o foco de concentração das diretrizes
resumidas sob o rótulo dos imperativos de monitoramento/controle e de mobilidade. Não exige qualquer exceção a tais
diretrizes e reforça as razões para segui-las. As adaptações necessárias serão as requeridas pela natureza daquela região
em conflito: a intensificação das tecnologias e dos dispositivos de monitoramento a partir do espaço, do ar e da terra; a
primazia da transformação da brigada em uma força com atributos tecnológicos e operacionais; os meios logísticos e
aéreos para apoiar unidades de fronteira isoladas em áreas remotas, exigentes e vulneráveis; e a formação de um
combatente detentor de qualificação e de rusticidade necessárias à proficiência de um combatente de selva.
O desenvolvimento sustentável da região amazônica passará a ser visto, também, como instrumento da defesa
nacional: só ele pode consolidar as condições para assegurar a soberania nacional sobre aquela região. Dentro dos planos
para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, caberá papel primordial à regularização fundiária. Para defender a
Amazônia, será preciso ampliar a segurança jurídica e reduzir os conflitos decorrentes dos problemas fundiários ainda
existentes.
10. Atender ao imperativo da elasticidade será preocupação especial do Exército, pois é, sobretudo, a Força Terrestre
que terá de multiplicar-se, em caso de conflito armado/guerra.
11. Os imperativos de flexibilidade e de elasticidade culminam no preparo para uma guerra assimétrica, sobretudo na
região amazônica, a ser sustentada contra inimigo de poder militar muito superior, por ação de um país ou de uma
coligação de países que insista em contestar, a qualquer pretexto, a incondicional soberania brasileira sobre a sua
Amazônia.
A preparação para tal guerra não consiste apenas em ajudar a evitar o que hoje é uma hipótese remota: a de
envolvimento do Brasil em uma guerra de grande escala. É, também, aproveitar disciplina útil para a formação de sua
doutrina militar e de suas capacitações operacionais. Um exército que conquistou os atributos de flexibilidade e de
elasticidade é um exército que sabe conjugar as ações convencionais com as não convencionais. A guerra assimétrica, no
quadro de uma guerra de resistência nacional, representa uma efetiva possibilidade da doutrina aqui especificada.
Cada uma das condições, a seguir listadas, para a condução exitosa da guerra de resistência deve ser interpretada
como advertência orientadora da maneira de desempenhar as responsabilidades do Exército:
(a) Ver a Nação identificada com a causa da defesa. Toda a estratégia nacional repousa sobre a conscientização do
povo brasileiro quanto à importância central dos problemas de defesa;
(b) Juntar a soldados regulares, fortalecidos com atributos de soldados não convencionais, as reservas mobilizadas, de
acordo com o conceito da elasticidade;
(c) Contar com um soldado resistente que, além dos pendores de qualificação e de rusticidade, seja também, no mais
alto grau, tenaz. Sua tenacidade se inspirará na identificação da Nação com a causa da defesa;
(d) Sustentar, sob condições adversas e extremas, a capacidade de comando e controle entre as forças combatentes;
(e) Construir e manter, mesmo sob condições adversas e extremas, o poder de apoio logístico às forças combatentes; e
(f) Saber aproveitar ao máximo as características do ambiente.

A FORÇA AÉREA BRASILEIRA


1. Quatro objetivos estratégicos orientam a missão da Força Aérea Brasileira e fixam o lugar de seu trabalho dentro
da Estratégia Nacional de Defesa. Esses objetivos estão encadeados em determinada ordem: cada um condiciona a
definição e a execução dos objetivos subsequentes.
(a) A prioridade da vigilância aérea.
Exercer a vigilância do espaço aéreo, sobre o território nacional e as águas jurisdicionais brasileiras, com a assistência

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dos meios espaciais, aéreos, terrestres e marítimos, é a primeira das responsabilidades da Força Aérea e a condição
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essencial para impedir o sobrevoo de engenhos aéreos contrários ao interesse nacional. A estratégia da Força Aérea será

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a de cercar o Brasil com sucessivas e complementares camadas de visualização, condicionantes da prontidão para Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

responder. Implicação prática dessa tarefa é que a Força Aérea precisará contar com plataformas e sistemas próprios para
monitorar, e não apenas para combater e transportar, particularmente na região amazônica.

O Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), integrador dessas camadas, disporá de um complexo de
monitoramento, incluindo o uso de veículos lançadores, satélites, aviões de inteligência e respectivos aparatos de
visualização e de comunicações, que estejam sob integral domínio nacional.
O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) será fortalecido como órgão central da defesa
aeroespacial e do controle de engenhos espaciais, incumbido de liderar e de integrar todos os meios de monitoramento
aeroespacial do País. A Base Industrial de Defesa será orientada a dar a mais alta prioridade ao desenvolvimento das
tecnologias necessárias, inclusive àquelas que viabilizem independência do sistema Global Positioning System (GPS) ou
de qualquer outro sistema de posicionamento estrangeiro. O potencial para contribuir com tal independência tecnológica
pesará na escolha das parcerias com outros países, em matéria de tecnologias de defesa.
(b) O poder para assegurar o controle do ar no grau desejado.
Em qualquer hipótese de emprego, a Força Aérea terá a responsabilidade de assegurar o controle do ar no grau
desejado. Do cumprimento dessa responsabilidade, dependerá, em grande parte, a viabilidade das operações navais e
das operações das forças terrestres no interior do País. O potencial de garantir superioridade aérea local será o primeiro
passo para afirmar o controle do ar no grau desejado sobre o território e as águas jurisdicionais brasileiras.
Impõe, como consequência, evitar qualquer hiato de desproteção aérea decorrente dos processos de substituição da
frota de aviões de combate, dos sistemas de armas e armamentos inteligentes embarcados, inclusive dos sistemas
inerciais que permitam dirigir o fogo ao alvo com exatidão e “além do alcance visual”.
(c) A capacidade para levar o combate a pontos específicos do território nacional, em conjunto com a Marinha e o
Exército, constituindo uma única força combatente, sob a disciplina do teatro de operações.
A primeira implicação é a necessidade de dispor de aviões de transporte em número suficiente para deslocar, em
poucas horas, os meios para garantir o controle do ar e uma brigada da reserva estratégica, para qualquer ponto do
território nacional. Unidades de transporte aéreo ficarão baseadas próximas às reservas estratégicas da Força Terrestre.
A segunda implicação é a necessidade de contar com sistemas de armas de grande precisão, capazes de permitir a
adequada discriminação de alvos em situações nas quais forças nacionais poderão estar entremeadas ao inimigo.
A terceira implicação é a necessidade de dispor de suficientes e adequados meios de transporte para apoiar a
aplicação da estratégia da presença do Exército na região amazônica e no Centro-Oeste, sobretudo as atividades
operacionais e logísticas realizadas pelas unidades da Força Terrestre situadas na fronteira.
(d) O domínio de um potencial estratégico que se organize em torno de uma capacidade, não em torno de um inimigo.
A índole pacífica do Brasil não elimina a necessidade de assegurar à Força Aérea o pleno domínio desse potencial
aeroestratégico, sem o qual ela não estará em condições de defender o Brasil, nem mesmo dentro dos mais estritos
limites de uma guerra defensiva. Para tanto, precisa contar com todos os meios relevantes: plataformas, sistemas de
armas, subsídios cartográficos e recursos de inteligência.

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2. Na região amazônica, o atendimento a esses objetivos exigirá que a Força Aérea disponha de unidades com recursos
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técnicos para assegurar a operacionalidade das pistas de pouso remotas e das instalações de proteção ao voo nas

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situações de vigilância e de combate. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

3. O complexo tecnológico e científico sediado em São José dos Campos continuará a ser o sustentáculo da Força Aérea
e de seu futuro. De sua importância central, resultam os seguintes imperativos estratégicos:
(a) Priorizar a formação, dentro e fora do Brasil, dos quadros técnico-científicos, militares e civis, que permitam
alcançar a independência tecnológica;
(b) Desenvolver projetos tecnológicos que se distingam por sua fecundidade tecnológica (aplicação análoga a outras
áreas) e por seu significado transformador (alteração revolucionária das condições de combate), não apenas por sua
aplicação imediata;
(c) Estreitar os vínculos entre os Institutos de Pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)
e as empresas privadas, resguardando sempre os interesses do Estado quanto à proteção de patentes e à propriedade
industrial;
(d) Promover o desenvolvimento, em São José dos Campos ou em outros lugares, de adequadas condições de ensaio; e
(e) Enfrentar o problema da vulnerabilidade estratégica criada pela concentração de iniciativas no complexo
tecnológico e empresarial de São José dos Campos. Preparar imediata defesa antiaérea do complexo.
4. Dentre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento da Força Aérea, a que inspira cuidados mais vivos e
prementes é a maneira de substituir os atuais aviões de combate, uma vez esgotada a possibilidade de prolongar-lhes a
vida por modernização de seus sistemas de armas, de sua aviônica e de partes de sua estrutura e fuselagem.
O Brasil confronta, nesse particular, dilema corriqueiro em toda parte: manter a prioridade das capacitações futuras
sobre os gastos atuais, sem tolerar desproteção aérea. Precisa investir nas capacidades que lhe assegurem potencial de
fabricação independente de seus meios aéreos e antiaéreos de defesa. Não pode, porém, aceitar ficar desfalcado de um
escudo aéreo, enquanto reúne as condições para ganhar tal independência. A solução a dar a esse problema é tão
importante, e exerce efeitos tão variados sobre a situação estratégica do País na América do Sul e no mundo, que
transcende uma mera discussão de equipamento e merece ser entendida como parte integrante desta Estratégia Nacional
de Defesa.
O princípio genérico da solução é a rejeição das soluções extremas – simplesmente comprar, no mercado internacional,
um caça “de quinta geração”, ou sacrificar a compra para investir na modernização dos aviões existentes, nos projetos de
Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), no desenvolvimento, junto com outro país, do protótipo de um caça tripulado
do futuro e na formação maciça de quadros científicos e técnicos.
Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou
política em relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a comprar ou a modernizar, possa
pretender, por conta dessa participação, inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil.
5. Três diretrizes estratégicas marcarão a evolução da Força Aérea. Cada uma dessas diretrizes representa muito mais
do que uma tarefa, uma oportunidade de transformação.
A primeira diretriz é o desenvolvimento do repertório de tecnologias e de capacitações que permitam à Força Aérea
operar em rede, não só entre seus próprios componentes, mas, também, com a Marinha e o Exército.
A segunda diretriz é o avanço nos programas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), primeiro de vigilância e
depois de combate. Os ARP poderão vir a ser meios centrais, não meramente acessórios, do combate aéreo, além de
facultar patamar mais exigente de precisão no monitoramento/controle do território nacional. A Força Aérea absorverá
as implicações desse meio de vigilância e de combate para as suas orientações tática e estratégica. Formulará doutrina
sobre a interação entre os veículos tripulados e não tripulados que aproveite o novo meio para radicalizar o poder de
surpreender, sem expor as vidas dos pilotos.

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A terceira diretriz é a integração das atividades espaciais nas operações da Força Aérea. O monitoramento espacial
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será parte integral e condição indispensável do cumprimento das tarefas estratégicas que orientarão a Força Aérea:

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vigilância múltipla e cumulativa, grau de controle do ar desejado e combate focado no contexto de operações conjuntas. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O desenvolvimento da tecnologia de veículos lançadores servirá como instrumento amplo, não só para apoiar os
programas espaciais, mas também para desenvolver tecnologia nacional de projeto e de fabricação de mísseis.

OS SETORES ESTRATÉGICOS: O ESPACIAL, O CIBERNÉTICO E O NUCLEAR


1. Três setores estratégicos – o espacial, o cibernético e o nuclear – são essenciais para a defesa nacional.
2. No setor espacial, as prioridades são as seguintes:
(a) Projetar e fabricar veículos lançadores de satélites e desenvolver tecnologias de guiamento, sobretudo sistemas
inerciais e tecnologias de propulsão líquida;
(b) Projetar e fabricar satélites, sobretudo os geoestacionários, para telecomunicações e sensoriamento remoto de
alta resolução, multiespectral, e desenvolver tecnologias de controle de atitude dos satélites;
(c) Desenvolver tecnologias de comunicações, comando e controle a partir de satélites, com as forças terrestres, aéreas
e marítimas, inclusive submarinas, para que elas se capacitem a operar em rede e a se orientar por informações deles
recebidas; e
(d) Desenvolver tecnologia de determinação de posicionamento geográfico a partir de satélites.
3. No setor cibernético, as capacitações se destinarão ao mais amplo espectro de usos industriais, educativos e
militares. Incluirão, como parte prioritária, as tecnologias de comunicação entre todos os contingentes das Forças
Armadas, de modo a Veículo Lançador de Satélite - VLS, no município de Alcântara – São Luís (MA) assegurar sua
capacidade para atuar em rede. As prioridades são as seguintes:
(a) Fortalecer o Centro de Defesa Cibernética com capacidade de evoluir para o Comando de Defesa Cibernética das
Forças Armadas;
(b) Aprimorar a Segurança da Informação e Comunicações (SIC), particularmente, no tocante à cerificação digital no
contexto da Infraestrutura de Chaves-Públicas da Defesa (ICP-Defesa), integrando as ICP das três Forças;
(c) Fomentar a pesquisa científica voltada para o Setor Cibernético, envolvendo a comunidade acadêmica nacional e
internacional. Nesse contexto, os Ministérios da Defesa, da Fazenda, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, do
Planejamento, Orçamento e Gestão, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e o Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República deverão elaborar estudo com vistas à criação da Escola Nacional de
Defesa Cibernética;
(d) Desenvolver sistemas computacionais de defesa baseados em computação de alto desempenho para emprego no
setor cibernético e com possibilidade de uso dual;
(e) Desenvolver tecnologias que permitam o planejamento e a execução da Defesa Cibernética no âmbito do Ministério
da Defesa e que contribuam com a segurança cibernética nacional, tais como sistema modular de defesa cibernética e
sistema de segurança em ambientes computacionais;
(f) Desenvolver a capacitação, o preparo e o emprego dos poderes cibernéticos operacional e estratégico, em prol das
operações conjuntas e da proteção das infraestruturas estratégicas;

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(g) Incrementar medidas de apoio tecnológico por meio de laboratórios específicos voltados para as ações cibernéticas; e
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(h) Estruturar a produção de conhecimento oriundo da fonte cibernética.

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4. O setor nuclear transcende, por sua natureza, a divisão entre desenvolvimento e defesa.
Por imperativo constitucional e por tratado internacional, privou-se o Brasil da faculdade de empregar a energia
nuclear para qualquer fim que não seja pacífico. Isso foi feito sob várias premissas, das quais a mais importante foi o
progressivo desarmamento nuclear das potências nucleares.
Nenhum país é mais atuante do que o Brasil na causa do desarmamento nuclear. Entretanto o Brasil, ao proibir a si
mesmo o acesso ao armamento nuclear, não se deve despojar da tecnologia nuclear. Deve, pelo contrário, desenvolvê-
la, inclusive por meio das seguintes iniciativas:
(a) Completar, no que diz respeito ao programa de submarino de propulsão nuclear, a nacionalização completa e o
desenvolvimento em escala industrial do ciclo do combustível (inclusive a gaseificação e o enriquecimento) e da
tecnologia da construção de reatores, para uso exclusivo do Brasil;
(b) Acelerar o mapeamento, a prospecção e o aproveitamento das jazidas de urânio;
(c) Aprimorar o potencial de projetar e construir termelétricas nucleares, com tecnologias e capacitações que acabem
sob domínio nacional, ainda que desenvolvidas por meio de parcerias com Estados e empresas estrangeiras. Empregar a
energia nuclear criteriosamente, e sujeitá-la aos mais rigorosos controles de segurança e de proteção do meio ambiente,
como forma de estabilizar a matriz energética nacional, ajustando as variações no suprimento de energias renováveis,
sobretudo a energia de origem hidrelétrica; e
(d) Aumentar a capacidade de usar a energia nuclear em amplo espectro de atividades.
O Brasil zelará por manter abertas as vias de acesso ao desenvolvimento de suas tecnologias de energia nuclear. Não
aderirá a acréscimos ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares destinados a ampliar as restrições do Tratado
sem que as potências nucleares tenham avançado, de forma significativa, na premissa central do Tratado: seu próprio
desarmamento nuclear.
5. A primeira prioridade do Estado na política dos três setores estratégicos será a formação de recursos humanos nas
ciências relevantes. Para tanto, ajudará a financiar os programas de pesquisa e de formação nas universidades brasileiras
e nos centros nacionais de pesquisa e aumentará a oferta de bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento nas
instituições internacionais pertinentes. Essa política de apoio não se limitará à ciência aplicada, de emprego tecnológico
imediato. Beneficiará, também, a ciência fundamental e especulativa.
6. Nos três setores, as parcerias com outros países e as compras de produtos e serviços no exterior devem ser
compatibilizadas com o objetivo de assegurar espectro abrangente de capacitações e de tecnologias sob domínio nacional.

A REORGANIZAÇÃO DA BASE INDUSTRIAL DE DEFESA: DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO INDEPENDENTE


1. A defesa do Brasil requer a reorganização da Base Industrial de Defesa (BID) – formada pelo conjunto integrado de
empresas públicas e privadas, e de organizações civis e militares, que realizem ou conduzam pesquisa, projeto,
desenvolvimento, industrialização, produção, reparo, conservação, revisão, conversão, modernização ou manutenção de
produtos de defesa (Prode) no País – o que deve ser feito de acordo com as seguintes diretrizes:
(a) Dar prioridade ao desenvolvimento de capacitações tecnológicas independentes.
Essa meta condicionará as parcerias com países e empresas estrangeiras, ao desenvolvimento progressivo de pesquisa
e de produção no País.

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(b) Subordinar as considerações comerciais aos imperativos estratégicos. Isso importa em organizar o regime legal,
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regulatório e tributário da Base Industrial de Defesa, para que reflita tal subordinação.

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(c) Evitar que a Base Industrial de Defesa polarize-se entre pesquisa avançada e produção rotineira. Deve-se cuidar Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

para que a pesquisa de vanguarda resulte em produção de vanguarda. Linha de montagem do blindado Guarani – IVECO
– Sete Lagoas (MG).
(d) Usar o desenvolvimento de tecnologias de defesa como foco para o desenvolvimento de capacitações operacionais.
Isso implica buscar a modernização permanente das plataformas, seja pela reavaliação à luz da experiência
operacional, seja pela incorporação de melhorias provindas do desenvolvimento tecnológico.

2. Estabeleceu-se, para a Base Industrial de Defesa, a Lei no 12.598, de 22 de março de 2012, que tem por finalidade
determinar normas especiais para as compras, contratações e desenvolvimento de produtos e sistemas de defesa e dispõe
sobre regras de incentivo à área estratégica de Defesa.
Tal regime resguardará as empresas que fornecem produtos de defesa às Forças Armadas, das pressões do
imediatismo mercantil e possibilitará a continuidade das compras públicas, sem prejudicar a competição no mercado e o
desenvolvimento de novas tecnologias.
3. O componente estatal da Base Industrial de Defesa terá por vocação produzir o que o setor privado não possa
projetar e fabricar, a curto e médio prazo, de maneira rentável. Atuará, portanto, no teto, e não no piso tecnológico.
Manterá estreito vínculo com os centros avançados de pesquisa das próprias Forças Armadas e das instituições
acadêmicas brasileiras.
4. O Estado ajudará a conquistar clientela estrangeira para a Base Industrial de Defesa. Entretanto, a continuidade da
produção deve ser organizada para não depender da conquista ou da continuidade de tal clientela. Portanto, o Estado
reconhecerá que, em muitas linhas de produção, aquela indústria terá de operar em sistema de “custo mais margem” e,
por conseguinte, sob intenso escrutínio regulatório.
5. O futuro das capacitações tecnológicas nacionais de defesa depende tanto do desenvolvimento de aparato
tecnológico, quanto da formação de recursos humanos. Daí a importância de se desenvolver uma política de formação de
cientistas, em ciência aplicada e básica, já abordada no tratamento dos setores espacial, cibernético e nuclear,
privilegiando a aproximação da produção científica com as atividades relativas ao desenvolvimento tecnológico da BID.
6. No esforço de reorganizar a Base Industrial de Defesa, buscarse-ão parcerias com outros países, com o objetivo de
desenvolver a capacitação tecnológica nacional, de modo a reduzir progressivamente a compra de serviços e de produtos
acabados no exterior. A esses interlocutores estrangeiros, o Brasil deixará sempre claro que pretende ser parceiro, não
cliente ou comprador. O País está mais interessado em parcerias que fortaleçam suas capacitações independentes, do
que na compra de produtos e serviços acabados. Tais parcerias devem contemplar, em princípio, que parte substancial
da pesquisa e da fabricação seja desenvolvida no Brasil, e ganharão relevo maior, quando forem expressão de associações
estratégicas abrangentes.

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7. Conforme previsto na END/2008, o Ministério da Defesa dispõe de uma Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD).
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O Secretário é responsável por executar as diretrizes fixadas pelo Ministro da Defesa e, com base nelas, formular e

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dirigir a política de obtenção de produtos de defesa, inclusive armamentos, munições, meios de transporte e de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo, empregados nas atividades operacionais.
8. A SEPROD, responsável pela área de Ciência e Tecnologia no Ministério da Defesa tem, entre as suas atribuições, a
coordenação da pesquisa avançada em tecnologias de defesa que se realize nos institutos de pesquisa da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, e em outras organizações subordinadas às Forças Armadas.
O objetivo é implementar uma política tecnológica integrada, que evite duplicação; compartilhe quadros, ideias e
recursos; e prime por construir elos entre pesquisa e produção, sem perder contato com avanços em ciências básicas.
Para assegurar a consecução desses objetivos, a Secretaria fará com que muitos projetos de pesquisa sejam realizados
conjuntamente pelas instituições de tecnologia avançada das três Forças Armadas. Alguns desses projetos conjuntos
poderão ser organizados com personalidade própria, seja como empresas de propósitos específicos, seja sob outras
formas jurídicas.
Os projetos serão escolhidos e avaliados não só pelo seu potencial produtivo imediato, mas também, por sua
fecundidade tecnológica: sua utilidade como fonte de inspiração e de capacitação para iniciativas análogas.
9. A relação entre Ciência, Tecnologia e Inovação na área de defesa fortalece-se com o Plano Brasil Maior, que
substituiu a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), no qual o Governo federal estabelece a sua política industrial,
tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014. O foco deste Plano é o estímulo à inovação
e à produção nacional para alavancar a competitividade da indústria nos mercados interno e externo.
10. A Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Defesa Nacional tem como propósito estimular o
desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação em áreas de interesse para a defesa nacional.
Isso ocorrerá por meio de um planejamento nacional para desenvolvimento de produtos de alto conteúdo tecnológico,
com envolvimento coordenado das instituições científicas e tecnológicas (ICT) civis e militares, da indústria e da universidade,
com a definição de áreas prioritárias e suas respectivas tecnologias de interesse e a criação de instrumentos de fomento à pesquisa
de materiais, equipamentos e sistemas de emprego de defesa ou dual, de forma a viabilizar uma vanguarda tecnológica e operacional
pautada na mobilidade estratégica, na flexibilidade e na capacidade de dissuadir ou de surpreender.

Projetos de interesse comum a mais de uma Força deverão ter seus esforços de pesquisa integrados, definindo-se, no
plano especificado, para cada um deles, um polo integrador.
No que respeita à utilização do espaço exterior como meio de suporte às atividades de defesa, os satélites para
comunicações, controle de tráfego aéreo, meteorologia e sensoriamento remoto desempenharão papel fundamental na
viabilização de diversas funções em sistemas de comando e controle. As capacidades de alerta, vigilância, monitoramento
e reconhecimento poderão, também, ser aperfeiçoadas por meio do uso de sensores ópticos e de radar, a bordo de
satélites ou Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP).
Serão consideradas, nesse contexto, as plataformas e missões espaciais em desenvolvimento, para fins civis, tais como
satélites de monitoramento ambiental e científicos, ou satélites geoestacionários de comunicações e meteorologia, no
âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
A concepção, o projeto e a operação dos sistemas espaciais devem observar a legislação internacional, os tratados,
bilaterais e multilaterais, ratificados pelo País, e os regimes internacionais dos quais o Brasil é signatário.
As medidas descritas têm respaldo na parceria entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação, que remonta à “Concepção Estratégica para CT&I de Interesse da Defesa”.

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11. O Ministro da Defesa delegará aos órgãos das três Forças, poderes para executarem a política formulada pela
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Secretaria quanto a encomendas e compras de produtos específicos de sua área, sujeita, tal execução, à avaliação

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permanente pelo Ministério. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O objetivo é que a política de compras de produtos de defesa seja capaz de:


(a) otimizar o dispêndio de recursos;
(b) assegurar que as compras obedeçam às diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa e de sua elaboração, ao longo
do tempo; e
(c) garantir, nas decisões de compra, a primazia do compromisso com o desenvolvimento das capacitações
tecnológicas nacionais em produtos de defesa.
12. Resguardados os interesses de segurança do Estado quanto ao acesso a informações, serão estimuladas iniciativas
conjuntas entre organizações de pesquisa das Forças Armadas, instituições acadêmicas nacionais e empresas privadas
brasileiras. O objetivo será fomentar o desenvolvimento de um complexo militar universitário-empresarial capaz de atuar
na fronteira de tecnologias que terão quase sempre utilidade dual, militar e civil.

O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO: COMPOSIÇÃO DOS EFETIVOS DAS FORÇAS ARMADAS E MOBILIZAÇÃO NACIONAL
1. A base da defesa nacional é a identificação da Nação com as Forças Armadas e das Forças Armadas com a Nação.
Tal identificação exige que a Nação compreenda serem inseparáveis as causas do desenvolvimento e da defesa.
O Serviço Militar Obrigatório é essencial para a garantia da defesa nacional. Por isso será mantido e reforçado.
2. O Ministério da Defesa, ouvidas as Forças Armadas, estabelecerá a proporção de recrutas e de soldados profissionais
de acordo com as necessidades de pronto emprego e da organização de uma reserva mobilizável que assegure o
crescimento do poder militar como elemento dissuasório. No Exército, respeitada a necessidade de especialistas, e
ressalvadas as imposições operacionais das Forças de Emprego Estratégico, a maioria do efetivo de soldados deverá ser
de recrutas do Serviço Militar Obrigatório. Na Marinha e na Força Aérea, a necessidade de contar com especialistas,
formados ao longo de vários anos, deverá ter como contrapeso a importância estratégica de manter abertos os canais do
recrutamento.
O conflito entre as vantagens do profissionalismo e os valores do recrutamento há de ser atenuado por meio da
educação – técnica e geral, porém de orientação analítica e capacitadora Formatura de incorporação no 11º Grupo de
Artilharia Antiaérea – GAAAE – Brasília (DF) – que será ministrada aos recrutas ao longo do período de serviço.
3. Para garantir que o Serviço Militar Obrigatório seja o mais amplo possível, os recrutas serão selecionados por dois
critérios principais. O primeiro será a combinação do vigor físico com a capacidade analítica, medida de maneira
independente do nível de informação ou de formação cultural de que goze o recruta. O segundo será o da representação
de todas as classes sociais e regiões do País.
4. O Serviço Militar evoluirá em conjunto com as providências para assegurar a mobilização nacional em caso de
necessidade, de acordo com a Lei de Mobilização Nacional. O Brasil entenderá, em todo o momento, que sua defesa
depende do potencial de mobilizar recursos humanos e materiais em grande escala, muito além do efetivo das suas Forças
Armadas em tempo de paz. Jamais tratará a evolução tecnológica como alternativa à mobilização nacional; aquela será
entendida como instrumento desta. Ao assegurar a flexibilidade de suas Forças Armadas, assegurará também a
elasticidade delas.
5. É importante para a defesa nacional que o oficialato seja representativo de todos os setores da sociedade brasileira.
A ampla representação de todas as classes sociais nas academias militares é imperativo de segurança nacional. Duas
condições são indispensáveis para que se alcance esse objetivo. A primeira é que a carreira militar seja remunerada com
vencimentos competitivos com outras valorizadas carreiras do Estado. A segunda condição é que a Nação abrace a causa
da defesa e nela identifique requisito para o engrandecimento do povo brasileiro.

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CONCLUSÃO
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A Estratégia Nacional de Defesa inspira-se em duas realidades que lhe garantem a viabilidade e lhe indicam o rumo.

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A primeira realidade é a capacidade de improvisação e adaptação, o pendor para criar soluções quando faltam Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

instrumentos, a disposição de enfrentar as agruras da natureza e da sociedade, enfim, a capacidade quase irrestrita de
adaptação que permeia a cultura brasileira. É esse o fato que permite efetivar o conceito de flexibilidade.
A segunda realidade é o sentido do compromisso nacional no Brasil. A Nação brasileira foi e é um projeto do povo
brasileiro; foi ele que sempre abraçou a ideia de nacionalidade e lutou para converter a essa ideia os quadros dirigentes
e letrados. Esse fato é a garantia profunda da identificação da Nação com as Forças Armadas e dessas com a Nação.
Do encontro dessas duas realidades, complementadas pela necessidade de visão e planejamento estratégicos
direcionados para as questões de defesa, resultaram as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA


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FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

(Última alteração: 2019)


Título V.
Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas CAPÍTULO I - DO
ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO Seção I - DO ESTADO DE
DEFESA
Subseção I - Do Conselho da República

Art. 89 - O CONSELHO DA REPÚBLICA Art. 91. O CONSELHO DE DEFESA NACIONAL


é órgão SUPERIOR DE CONSULTA do Presidente da República é órgão DE CONSULTA do Presidente da
República nos assuntos relacionados com a
soberania nacional e a defesa do Estado
democrático
I - o Vice-Presidente da República; I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; II - o Pres. da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal; III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça; IV - o Ministro da Justiça;
V - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - o Ministro de Estado da Defesa;
VI - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI - o Minis. das Relações Exteriores;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco VII - o Ministro do Planejamento.
anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da VIII - os Comandantes da Marinha, do
República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos Exército e da Aeronáutica.
pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três
anos, vedada a recondução.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:


I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando
constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
Art. 91 O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta .................
§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar
sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração
dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional
e a defesa do Estado democrático.
§ 2º - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

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Título V. Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas


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CAPÍTULO I - DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO

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Seção I - DO ESTADO DE DEFESA Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Subseção I - Do Conselho da República


ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO

Seção I - DO ESTADO DE DEFESA


(PRESREP DECRETA) PRESERVAR A PAZ
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar
ESTADO DE DEFESA para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou
a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes
proporções na natureza.
§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem
abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a
União pelos danos e custos decorrentes.
§ 2º - O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
§ 3º - Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de
corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no
momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo
Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 4º - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
§ 5º - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
§ 6º - O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º - Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
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Seção II - DO ESTADO DE SÍTIO


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(PresRep. SOLICITA AUTORIZAÇÃO AO CN PARA DECRETAR)

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(COMOÇÃO NÃO SOLUCIONADA PELO ESTADO DE DEFESA OU DECRETAÇÃO DE GUERRA) Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar
ao Congresso Nacional AUTORIZAÇÃO para decretar o ESTADO DE SÍTIO nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada
durante o estado de defesa; (ATÉ 30 DIAS PRORROGÁVEIS POR IGUAL PERIODO)
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. (PELO TEMPO QUE DURAR A
AGRESSÃO)
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação,
relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias
constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das
medidas específicas e as áreas abrangidas.
§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada
vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão
armada estrangeira.
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado
Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de
apreciar o ato.
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
pessoas as seguintes medidas: (comoção grave de repercussão nacional)
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações
e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.

Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em
suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.

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Seção III - DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus
membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão
relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das
providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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CAPÍTULO II - DAS FORÇAS ARMADAS

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Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer
destes, da lei e da ordem.
§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das
Forças Armadas.
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas
em lei, as seguintes disposições
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos
militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese
prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
“XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade
de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (“Caput” do inciso com redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; (Alínea com redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)”
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária,
não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea
"c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser
promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência
para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos
termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
RESUMO DA SITUAÇÃO DE MILITAR DA ATIVA NO EXERCÍCIO DE CARGO OU EMPREGO PÚBLICO CIVIL
TRANSFERIDO PARA A RESERVA, NOS TERMOS DA LEI
TOMAR POSSE PERMANENTE
EM CARGO,  FICARÁ AGREGADO;
EMPREGO OU  PROMOVIDO POR ANTIGUIDADE;
FUNÇÃO PÚBLICA TEMPORÁRIO  TEMPO DE SERVIÇO somente PARA PROMOÇÃO E RESERVA;
CIVIL: NÃO ELETIVO  APÓS 2 ANOS DE AFASTAMENTO, CONTÍNUOS OU NÃO,
TRANSFERIDO PARA A RESERVA, NOS TERMOS DA LEI

IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;


V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de
guerra;

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VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por
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sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;

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VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII,
XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea
"c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
IX – (Revogado);
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de
transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras
situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados,
alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica
ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a
outros encargos que a lei lhes atribuir.
CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (EC 104/2019)
§ 1º A POLÍCIA FEDERAL, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

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IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.


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§ 2º A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,

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destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

§ 3º A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
§ 4º - ÀS POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União,
as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º - ÀS POLÍCIAS MILITARES cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
§ 5º -A. Às POLÍCIAS PENAIS, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa a que
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. (EC 104/2019)
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios. (EC 104/2019)
§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º - Os Municípios poderão constituir GUARDAS MUNICIPAIS destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do §
4º do art. 39.
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio
nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 82, de 2014)

RESUMO DE PRAZOS – Estado de Defesa e sítio


1. Qual o prazo Máximo para Estado de Defesa, prorrogável por igual período? 30 dias
2. Qual o prazo Máximo de duração de prisão ou detenção durante Estado de Defesa? 10 dias
3. Qual o prazo para o Presidente da República encaminhar o Ato que decreta o Estado de Defesa ao Congresso
Nacional para apreciação?
24 horas
4. Qual o prazo para Congresso Nacional DECIDIR sobre Estado de Defesa? 10 dias
5. Qual o prazo para Congresso Nacional se reunir estando em recesso em caso de Estado de Defesa? 5 dias
6. Qual a duração do Estado de Sitio no caso de Comoção Social de grave repercussão, prorrogável por igual período? 30
dias
7. Prazo do Estado de Sítio se for agressão estrangeira?
Durante o tempo que durar essa agressão
8. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de quantos de seus
membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio?
5 membros

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2.2.2 . DOUTRINA
MILITAR NAVAL
EMA-305
(1ª Edição – 12 de maio de 2017 – ratificada em 02 de abril de 2018 )

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EMA-305
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1. ed. Brasília. 2017 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.3.2 – DOUTRINA MILITAR NAVAL (DMN)


- Poder Nacional, Poder Marítimo e Poder Naval (Cap. 1).
-
CAPÍTULO 1 - DOUTRINA MILITAR NAVAL
PODER NACIONAL, PODER MARÍTIMO E PODER NAVAL

1.1 - PODER NACIONAL


O Poder Nacional é a capacidade que tem a Nação para alcançar e manter os objetivos nacionais, em conformidade
com a vontade nacional. Manifesta-se em cinco expressões:
1. A política,
2. a econômica,
3. a psicossocial,
4. a militar e
5. a científico-tecnológica.

Os objetivos nacionais são aqueles que a Nação busca alcançar, em decorrência da identificação de necessidades,
interesses e aspirações, ao longo das fases de sua evolução histórico-cultural.
A expressão militar do Poder Nacional é a manifestação, de natureza preponderantemente militar, do conjunto das
pessoas e dos meios de que a Nação dispõe e que, atuando em conformidade com a vontade nacional e sob a direção do
Estado, contribui para alcançar e manter os objetivos nacionais.
Os componentes da expressão militar do Poder Nacional são o Poder Naval, o Poder Militar Terrestre e o Poder Militar
Aeroespacial.
1.2 - PODER MARÍTIMO
O Poder Marítimo é a projeção do Poder Nacional, resultante da integração dos recursos de que dispõe a Nação para
a utilização do mar e das águas interiores, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de
desenvolvimento econômico e social, visando a conquistar e manter os objetivos nacionais.
1.2.1 - Elementos do Poder Marítimo
Os elementos que constituem o Poder Marítimo são os componentes das expressões do Poder Nacional relacionados
com a capacidade de utilização do mar e das águas interiores. Os seguintes elementos constituem o Poder Marítimo:
a) o Poder Naval;
b) a Marinha Mercante, as facilidades, os serviços e as organizações relacionados com os transportes aquaviários
(marítimo e fluvial);
c) a infraestrutura marítima e hidroviária: portos, terminais, eclusas, meios e instalações de apoio e de controle;
d) a indústria naval: estaleiros de construção e de reparos;
e) a indústria bélica de interesse do aprestamento naval;
f) a indústria de pesca: embarcações, terminais e indústrias de processamento de pescado;
g) as organizações e os meios de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico de interesse para o uso do mar, das águas
interiores e de seus recursos;
h) as organizações e os meios de exploração ou de aproveitamento dos recursos do mar, de seu leito e de seu subsolo; e
i) o pessoal que desempenha atividades relacionadas com o mar ou com as águas interiores e os estabelecimentos
destinados a sua capacitação.

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1.2.2 - Águas Jurisdicionais Brasileiras e a Amazônia Azul®


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As Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) compreendem as águas interiores e os espaços marítimos, nos quais o Brasil

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exerce jurisdição, em algum grau, sobre atividades, pessoas, instalações, embarcações e recursos naturais vivos e não Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

vivos, encontrados na massa líquida, no leito ou no subsolo marinho, para os fins de controle e fiscalização, dentro dos
limites da legislação internacional e nacional. Esses espaços marítimos compreendem a faixa de 200 milhas marítimas
contadas a partir das linhas de base, acrescida das águas sobrejacentes à extensão da Plataforma Continental (PC) além
das 200 milhas marítimas, onde ela ocorrer.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) definiu os direitos e deveres dos estados costeiros
e navios nas diferentes áreas marítimas, quais sejam: as águas interiores, o mar territorial, a zona contígua, a Zona
Econômica Exclusiva (ZEE), a PC, as águas arquipelágicas, os estreitos utilizados para a navegação internacional e o alto-mar.
Os espaços marítimos brasileiros atingem aproximadamente 3,6 milhões de km2. O Brasil está pleiteando, junto à
Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Organização das Nações Unidas (ONU), a extensão dos limites
de sua PC, além das 200 milhas marítimas, o que acrescentará uma área de cerca de 900 mil km2. Após serem aceitas as
recomendações da CLPC pelo Brasil, os espaços marítimos brasileiros poderão atingir uma área de 4,5 milhões de km2,
pouco menor que a Amazônia Verde (5,2 milhões de km2). Assim, o País tem sob sua tutela outra Amazônia, em pleno
mar, a Amazônia Azul®, chamada não por sua localização geográfica, mas pelos seus incomensuráveis recursos naturais e
grandes dimensões.
A Amazônia Azul® é a região que compreende a superfície do mar, águas sobrejacentes ao leito do mar, solo e subsolo
marinhos contidos na extensão atlântica que se projeta a partir do litoral até o limite exterior da PC brasileira. Ela deve
ser interpretada sob quatro vertentes: econômica, científica, ambiental e da soberania.
A defesa da Amazônia Azul®, assim como qualquer outra operação defensiva, não deve restringir-se às operações no
interior da área a ser defendida. As forças oponentes ou adversas devem ser detidas ou, preferencialmente, dissuadidas,
muito além dos limites dos espaços marítimos brasileiros.
Essa defesa passa pelo adequado emprego do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença. Em relação
à CNUDM, o Governo brasileiro entende que as disposições da Convenção não autorizam outros Estados a realizarem
exercícios ou manobras militares na ZEE, em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivos, sem o
consentimento do Estado costeiro, assim como o Governo brasileiro entende que, de acordo com as disposições da
Convenção, o Estado costeiro tem, na ZEE e na PC, o direito exclusivo de construir, autorizar e regulamentar a construção,
operação e uso de todos os tipos de instalações e estruturas, sem exceção, qualquer que seja sua natureza ou finalidade.
Impõe-se o conhecimento meteorológico, hidrográfico e oceanográfico do ambiente marinho, em benefício da
consciência situacional e da condução da guerra no mar.
1.2.3 - Ambiente Marítimo
O ambiente marítimo é um espaço tridimensional, onde são considerados todos os aspectos relativos (acima d´água,
na superfície, abaixo d´água, adjacentes e limítrofes) a um oceano, mar, ou outra via navegável, incluindo os elementos
do Poder Marítimo e seus diversos componentes. Nesse espaço, as forças navais, aeronavais e de fuzileiros navais devem
ser capazes de operar no e a partir do mar, espaço aéreo sobrejacente e massa líquida subjacente. As armas podem ser
lançadas de plataformas marítimas contra outras congêneres, alvos em terra ou no ar. Em certas ocasiões, as armas
percorrem diferentes meios, atravessando a interface entre eles, como no caso de torpedos lançados por aeronave. Na
guerra naval, o atacante e o alvo podem operar em distintos cenários.

Essa natureza do ambiente marítimo afeta o combate em todas as suas facetas:


 o esclarecimento,
 a classificação e
 o lançamento das armas.

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A existência de instalações fixas a grandes distâncias da costa em determinadas regiões, além do intenso tráfego
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marítimo dificultam sobremaneira a compilação do quadro tático quanto à identificação e à designação de alvos.

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1.2.4 - Ambientes Ribeirinho e Terrestre Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O Poder Naval pode ser aplicado em ambientes que se distinguem do ambiente marítimo: o ribeirinho e o terrestre. O
ambiente ribeirinho é o segmento de hidrovia ou conjunto de hidrovias e segmentos das margens e a projeção desse
ambiente para o interior, cuja extensão permite o desenvolvimento das ações de uma força.
O ambiente terrestre é o segmento ou porção de território necessário para o desenvolvimento das ações de uma
operação naval de natureza terrestre.
1.2.5 - Consciência Situacional Marítima
A consciência situacional marítima é a efetiva compreensão das tendências e relações, que se desenvolvem
temporalmente no ambiente marítimo, entre diversos atores, que podem impactar a defesa, a segurança, a economia e
o entorno estratégico de um país.
Exige avaliação contínua das áreas de interesse e monitoramento de padrões de comportamento. As lacunas no
conhecimento devem ser buscadas pela vigilância, inteligência, reconhecimento e troca de informações.
O propósito da consciência situacional marítima é possibilitar, desde o tempo de paz, a identificação de ameaças
preponderantemente externas, potenciais ou manifestas, a partir da avaliação supracitada, permitindo a execução de
operações e ações pelo Poder Naval, de forma singular ou conjunta, a fim de neutralizá-las antes que se contraponham à
integridade territorial, soberania e interesses nacionais.
A Marinha do Brasil (MB) está incrementando a cooperação com entidades internacionais, especialmente com as
Marinhas de países com objetivos afins, de modo a contribuir para o desenvolvimento do conceito e para o
estabelecimento da consciência situacional marítima na sua plenitude.
1.2.6 - Segurança Marítima
Entende-se que a segurança marítima está sempre presente, exigindo preparação e empregos permanentes. A MB,
designada como “Autoridade Marítima”, pela especificidade de suas atribuições subsidiárias particulares, é responsável
por prover a segurança do tráfego aquaviário, no que tange à salvaguarda da vida humana no mar e águas interiores, à
segurança da navegação e ao controle da poluição ambiental, causada por embarcações, plataformas fixas ou suas
instalações de apoio. Assim, o Poder Naval contribui nas atividades de emprego limitado da força (capítulo 4) e nas
atividades benignas (capítulo 5), com diversas ações visando à proteção das pessoas e do patrimônio.
1.3 - PODER NAVAL
O Poder Naval é um dos componentes da expressão militar do Poder Nacional e integrante do Poder Marítimo, capaz
de atuar no mar, nas águas interiores e em certas áreas terrestres limitadas de interesse para as operações navais,
incluindo o espaço aéreo sobrejacente, visando a contribuir para a conquista e a manutenção dos Objetivos Nacionais de
Defesa, identificados na Política Nacional de Defesa (PND), conforme as diretrizes estabelecidas pela Estratégia Nacional
de Defesa (END).
O Poder Naval compreende os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais; as infraestruturas de apoio; e as
estruturas de comando e controle, de logística e administrativa. As forças e os meios de apoio não orgânicos da MB,
quando vinculados ao cumprimento da missão da Marinha e submetidos a algum tipo de orientação, comando ou controle
de autoridade naval, serão considerados integrantes do Poder Naval.
De uma maneira geral, os países marítimos possuidores de litoral extenso, de rede fluvial apreciável e de ponderável
concentração demográfica e econômica ao longo e/ou próxima do litoral, dependem das navegações em mar aberto e nas águas
interiores, essenciais para o desenvolvimento econômico. Esses condicionamentos, além de enfatizarem a abrangência e a
profundidade que deve ter a Política Marítima, demandam a formulação de uma Estratégia Militar, em especial de uma
Estratégia Naval, em face da gravidade, que representa para esses países, o eventual colapso do transporte aquaviário e a
possibilidade da ocorrência de ações antagônicas sobre os elementos vitais, relacionados ao Poder Marítimo.

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1.3.1 - Características do Poder Naval


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O Poder Naval deve explorar as características de mobilidade, de permanência, de versatilidade e de flexibilidade.

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A mobilidade representa a capacidade de deslocar-se prontamente e a grandes distâncias, mantendo elevado nível de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

prontidão, ou seja, em condições de emprego imediato.


A permanência indica a capacidade de operar, continuamente, com independência e por longos períodos, em áreas
distantes e de grandes dimensões. Meios de apoio logístico móvel aumentam essa permanência que, se tiver longa
duração, deve prever o rodízio das unidades.
A versatilidade permite alterar a postura militar, mantendo a aptidão para executar uma ampla gama de tarefas. Isto
inclui os diferentes níveis de prontidão exigidos pelos vários cenários, as capacidades de operar, ofensiva ou
defensivamente, contra alvos nos ambientes aéreo, submarino, de superfície, terrestre e cibernético, além de poderem
participar de operações singulares ou conjuntas, bem como multinacionais.
A flexibilidade significa a capacidade de organizar grupamentos operativos de diferentes valores, em função da missão,
possibilitando seu emprego gradativo.
A exploração destas características, favorecida pela liberdade de navegação, pela disponibilidade de pontos de apoio
logístico fixo, estrategicamente posicionados, e pela incorporação de apoio logístico móvel às forças em operação,
proporciona ao Poder Nacional aplicar o Poder Naval em um largo espectro de atividades, desde as ações de diplomacia,
o emprego limitado da força, até as operações de guerra. Destaca-se, ainda, o caráter expedicionário por excelência do
conjugado anfíbio das forças navais.
1.3.2 - Tarefas Básicas do Poder Naval
Para o cumprimento de sua missão, a Marinha deverá estar capacitada a realizar as quatro tarefas básicas do Poder Naval:
- negar o uso do mar ao inimigo;
- controlar áreas marítimas;
- projetar poder sobre terra; e
- contribuir para a dissuasão.
As capacidades para negar o uso do mar, controlar áreas marítimas e projetar poder sobre terra terão por foco
incrementar a segurança e a habilitação para defender as plataformas petrolíferas, as instalações navais e portuárias, os
arquipélagos e as ilhas oceânicas nas AJB e responder prontamente a qualquer ameaça às Linhas de Comunicação
Marítimas (LCM), onde houver interesses nacionais, nos termos do direito internacional. Reforça-se que, desde o tempo
de paz, o objetivo prioritário da estratégia de segurança marítima é contribuir para a dissuasão contra qualquer
concentração de forças hostis nas águas interiores e espaços marítimos, sob a jurisdição brasileira.
A seleção e a precedência das tarefas são função da situação, sua evolução e do planejamento estratégico decorrente.
Elas são aplicadas no contexto amplo de uma campanha e cada uma se desenvolve por meio de diversos tipos de
operações e ações de guerra naval, podendo abranger, também, as atividades de emprego limitado da força e as
atividades benignas.
a) Negar o uso do mar ao inimigo
A negação do uso do mar consiste em impedir que um oponente utilize ou controle uma área marítima para seus
propósitos, por certo período de tempo, sem que seja equerido o uso por nossas próprias forças. As operações de ataque,
anfíbias, de minagem e de esclarecimento, e as ações de submarinos são opções clássicas para o cumprimento dessa
tarefa, a qual depende de uma contínua consciência situacional marítima. Os efeitos desejados são a destruição ou
neutralização das forças hostis, o ataque às LCM inimigas e o ataque ou a conquista de áreas terrestres, que controlem
áreas de trânsito ou que permitam a instalação de bases de apoio para a proteção de nossas LCM. Particularmente, ao
longo da costa, a aviação baseada em terra e as baterias de mísseis antinavio podem também impor um risco inaceitável
aos meios adversários.

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b) Controlar áreas marítimas


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O Controle de Área Marítima (CAM) visa a que nossas forças garantam certo grau de utilização, ainda que temporário,

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de uma área marítima limitada, fixa ou móvel, e, quando apropriado, neguem ou limitem o uso dessa área pelo oponente. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Em decorrência, o controle envolve três parâmetros, dependendo da análise da necessidade, exequibilidade e


aceitabilidade, a saber:
- espaço: qual é o tamanho das áreas, se fixas ou móveis, se apenas a superfície do mar e o volume submarino ou os
três ambientes (superfície, submarino e espaço aéreo sobrejacente);
- tempo: qual é a duração das operações, ações ou atividades planejadas; e
- intensidade: qual é a complexidade das operações, ações ou atividades empregadas e qual é o grau de oposição
observado na área em questão. Por exemplo, em um assalto anfíbio, onde se requer o deslocamento de expressiva Força
Naval diversificada para uma região litorânea hostil ou potencialmente hostil, a operação é muito complexa e demanda
alto grau de controle
O CAM não encerra um fim em si mesmo, mas busca um propósito maior.
Geralmente, trata-se de um pré-requisito para outras tarefas básicas, envolvendo múltiplas operações e ações de
guerra naval, atribuições subsidiárias ou outras exclusivamente civis.
Os efeitos desejados podem ser os seguintes:
- provimento de áreas de operações seguras para projeção de poder sobre terra;
- provimento de segurança às LCM;
- provimento de segurança à exploração e ao aproveitamento dos recursos do mar;
- garantia da preservação dos recursos naturais dentro da ZEE; e
- impedimento do uso de área marítima ou ilhas oceânicas, pelo inimigo, como apoio logístico ou para projetar seu
poder sobre território ou área que se deseja proteger.
Destaca-se a importância do controle limítrofe ao território que se deseja proteger, como defesa contra ataques
oriundos do mar. Portanto, esta tarefa básica é apropriada para se contrapor à projeção de poder adversário e reduz a
necessidade de aplicar, em toda a extensão do litoral protegido, forças terrestres e aéreas, desonerando-as para emprego
em outras áreas ou missões.
Há duas modalidades básicas de estabelecimento de CAM:
1. - a primeira engloba operações conduzidas fora da área que se deseja controlar, tais como de bloqueio e de ataque
às forças inimigas, inclusive em terra; e
2. - a segunda consiste no controle de áreas marítimas mais críticas ou indispensáveis à segurança de objetivos
considerados prioritários e está relacionada com a proteção do tráfego marítimo em área móvel e operações de ataque a
forças inimigas em área estacionária menor, na qual se deseja controlar ou impedir o controle pelo inimigo.
Os conceitos aqui apresentados são, de forma análoga, aplicados às áreas ribeirinhas, observando-se o imperativo de
se controlar o conjunto hidrovia e suas margens.
Nessas, há que se considerar a existência de população ribeirinha, entre outras adaptações que se façam necessárias,
fruto da consciência situacional vigente.
As tarefas básicas de negar o uso do mar ao inimigo e controlar áreas marítimas não são mutuamente excludentes. A
negação à liberdade de ação adversária é consequência de um eficiente CAM. Por sua vez, operações e ações de guerra
naval que visem negar o uso em uma determinada área marítima pelo oponente podem ser necessárias para se atingir
um controle em outro espaço.
c) Projetar poder sobre terra
A projeção de poder sobre terra significa a transposição da influência do Poder Naval sobre áreas de interesse, sejam
elas terrestres ou marítimas, abrangendo um amplo espectro de atividades, que incluem, desde a presença de forças até
a realização de operações navais

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Esta tarefa básica tem um importante subconjunto que trata da transposição da influência sobre áreas terrestres,
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envolvendo as seguintes operações de guerra naval:

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1. de ataque, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2. anfíbia,
3. de esclarecimento,
4. especiais,
5. de defesa de porto,
6. de informação e
7. terrestres de caráter naval.
O Poder Naval ao dispor de uma força com capacidade expedicionária, em permanente condição de pronto emprego,
assegura sua capacidade de projeção de poder sobre terra.
Cabe destacar que expedicionário há que ser o conjugado anfíbio, que se traduz em uma Força Naval com um
Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) embarcado, juntamente com meios aeronavais adjudicados,
em condições de cumprir missões relacionadas às tarefas básicas do Poder Naval. A exploração das características do
Poder Naval e da capacidade expedicionária proporcionam condições apropriadas para o emprego de diversas operações,
em áreas de interesse, como vetor de pronta-resposta a conflitos ou outras contingências. A possibilidade de exploração
da liberdade de navegação permite o posicionamento estratégico da Força Naval, ainda em águas internacionais, nas
proximidades de regiões críticas, quando e como necessário, sem infringir a soberania de outros Estados.
A presente tarefa básica pode contribuir com as demais e ter um ou mais dos seguintes efeitos desejados:
- redução do poder inimigo, pela destruição ou neutralização de objetivos importantes;
- conquista de área terrestre, continental ou insular de interesse;
- destruição ou neutralização de forças navais inimigas em suas bases, ou seus pontos de apoio logístico;
- obtenção de informações;
- despistamento;
- negação do uso pelo inimigo de uma área conquistada;
- apoio a operações em terra; e
- salvaguarda da vida humana.
Como exemplo, o CAM pode requerer a projeção de poder sobre terra, a fim de neutralizar ameaças ou controlar
porções terrestres no litoral. Similarmente, projetar e sustentar poder sobre terra requer o estabelecimento de CAM,
incluindo o espaço aéreo sobrejacente. Em decorrência, controlar áreas marítimas e projetar poder sobre terra se
complementam.
d) Contribuir para a dissuasão
De acordo com a END, a dissuasão (em inglês “deterrence”) é a atitude estratégica que, por intermédio de meios de
qualquer natureza, inclusive militares, tem por finalidade desaconselhar ou desviar adversários reais ou potenciais, de
possíveis ou presumíveis propósitos bélicos. Portanto, a capacidade de dissuasão se configura como fator essencial para
a segurança nacional.
A Estratégia de Defesa “Fortalecimento da Capacidade de Dissuasão” estabelece algumas Ações Estratégicas de
Defesa (AED), dentre as quais se destacam:
1. - dotar o País de Forças Armadas modernas, bem equipadas, adestradas e em estado de permanente prontidão,
capazes de desencorajar ameaças e agressões.
2. - demonstrar a capacidade de contrapor-se à concentração de forças hostis nas proximidades das fronteiras, dos
limites das AJB e do espaço aéreo nacional.
- desenvolver as capacidades de monitorar e controlar o espaço aéreo, o espaço cibernético, o território, as AJB e outras
áreas de interesse.

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No âmbito do Poder Naval, caracteriza-se por haver uma Força Naval balanceada entre os componentes de superfície,
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submarino, anfíbio e aéreo, dotada de alto grau de mobilidade, permitindo o aumento da flexibilidade com que se

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persegue o objetivo prioritário da estratégia de segurança marítima: a dissuasão contra qualquer concentração de forças Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

hostis nas águas de interesse nacional.


Portanto, uma Marinha bem equipada, adestrada, treinada e preparada, capaz de vigiar as AJB, inspira respeito e torna
ações hostis e agressões menos prováveis.
O potencial para dissuadir é concretizado, principalmente, pela existência de um Poder Naval que inspire credibilidade
quanto ao seu emprego por atos de presença ou demonstrações de força, quando e onde for oportuno.
Esta tarefa básica do Poder Naval é desenvolvida desde o tempo de paz.

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2.2.3 - MANUAL
BÁSICO DOS
GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
CGCFN-0-1
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 )

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MANUAL BÁSICO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE


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FUZILEIROS NAVAIS. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

CGCFN-0-1
(1.Edição – 12 de maio de 2020 )

2.3.3 – MANUAL BÁSICO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS


a) Guerra, Conflito, Poder e Funções de Combate (Cap. 1);
b) Os Fuzileiros Navais (Cap. 2);
c) Guerra de Manobra (Cap. 3):
- Generalidades (item 3.1);
- O Ciclo OODA (item 3.2);
- Centro de Gravidade (item 3.3); e
- Vulnerabilidades Críticas (item 3.4).
d) Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (Cap. 4).

CAPÍTULO 1
GUERRA, CONFLITO, PODER E FUNÇÕES DE COMBATE

1.1 - ASPECTOS DE INTERESSE DA NATUREZA E TEORIA DA GUERRA


A compreensão do fenômeno da guerra, de sua natureza e dos aspectos inerentes aos campos da arte e da ciência
de que ela se vale é fundamental para o preparo profissional de Forças combatentes.

1.1.1 - O Fenômeno da Guerra


A guerra pode ser entendida como um fenômeno social que resulta da aplicação violenta do poder, com
predominância do poder de combate da expressão militar¹, para forçar o inimigo a submeter-se à vontade nacional.
“1 O Poder Nacional manifesta-se em cinco expressões: política, econômica, psicossocial, militar e científico-tecnológica.”
A guerra é, de maneira simplista, encarada como um confronto de homens e armas. Uma observação detalhada
mostra que os meios são operados, dirigidos, controlados e coordenados por pessoas, sendo estas as verdadeiras
impulsionadoras de toda a violência por eles gerada. São as pessoas, em particular os Comandantes em todos os níveis das
organizações perenes ou ad hoc, que gerenciam os meios, buscando impor sua vontade sobre dos seus oponentes, por
meio de violência organizada, para que seus efeitos desejados sejam atingidos na plenitude. Assim, na realidade, a guerra
desenvolve-se pelo embate de vontades opostas, independentes e irreconciliáveis.
Em suma, a guerra é desenvolvida por homens e não pelo material, sendo, portanto, um empreendimento humano,
enfoque de especial significado na filosofia de combate em que se baseia a doutrina adotada pelos Fuzileiros Navais.
Atualmente, os Estados têm utilizado a terminologia conflito, pois, além da Carta das Nações Unidas ter abolido a
expressão guerra, o conflito armado não necessita ser declarado. Cabe ressaltar que as Convenções de Genebra são aqui
aplicáveis, independentemente do reconhecimento ou declaração de guerra ou de conflito armado.

1.1.2 A natureza da guerra


Os principais atributos que caracterizam a natureza da guerra são:
- a dimensão humana, caracterizada pela condução dos combates por pessoas, cujos comportamentos são
influenciados por emoções, medo e exaustão física, tendo suas vontades individuais como impulsionadoras das ações
desenvolvidas. Sendo, ainda, a guerra um fenômeno humano, o medo - reação humana ao perigo - tem um impacto
significativo na sua conduta;

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- a violência, produzida pelos meios de força empregados;


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- o perigo, característica fundamental da guerra, por ser ela um empreendimento violento;

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- a incerteza, marcada pelo conhecimento parcial da situação. É a chamada “névoa da guerra”, que dificulta a visão
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do campo de batalha, tornando as suas ações e, consequentemente, seus resultados indefinidos;


- a fluidez, caracterizada pelo relacionamento entre episódios passados, presentes e futuros, resultando em um
continuum em permanente evolução, fazendo com que a situação se altere a cada momento ao se apresentar diferente
daquela para a qual um determinado plano foi concebido;
- a desordem ou o sentimento de desordem, caracteriza-se, no combate, pela ausência da ordem que é normalmente
percebida nos adestramentos. É a primeira consequência do fogo inimigo, que faz com que a visão de conjunto fique
prejudicada pela busca instintiva de um abrigo seguro, contribuindo para facilitar as ações inimigas que podem causar a
destruição física de material e pessoal;
- a fricção, gerada pelo somatório dos atributos anteriormente mencionados, que conduz os eventos aparentemente
mais simples a uma complexidade extrema. Pode ser fruto de agentes externos, como o fogo inimigo, um obstáculo natural
ou uma interferência eletrônica, ou ser autoinduzida, em decorrência de ordens confusas ou mal transmitidas, complexas
relações de comando ou falhas de comunicação e a escassez logística, que podem levar à degradação do material e do
combatente; e
- a interação de forças, efeito do engajamento em todos os níveis, que pode ser de natureza física, representada
pelos meios materiais, de natureza moral, como a vontade, coragem, liderança ou espírito de corpo, ou, ainda, mental,
exemplificada pelo intelecto ou pelo conhecimento.
A análise atenta desses atributos da guerra tornará possível combater e alcançar a vitória em um ambiente caótico,
como o anteriormente descrito, dele tirando vantagens para o cumprimento da missão. O caos far-se-á presente para ambos
os contendores e vencerá aquele que conseguir reduzi-lo para si e ampliá-lo para o inimigo.

1.1.3 - Guerra - Ciência e Arte


Vários aspectos da guerra, em particular os técnicos, enquadram-se no campo da ciência, refletindo a aplicação
metódica das leis da natureza. A ciência isoladamente não consegue delimitar o fenômeno da guerra, o qual engloba
variáveis do comportamento humano e outros incontáveis fatores, dependendo dos meios que são destinados ao combate
e do desenvolvimento, estudo e aplicação de doutrinas militares. Quando considerados o pensamento militar, as forças
morais e a aceitação do risco, a guerra permeia o campo da arte por requerer a capacidade intuitiva para compreender a
essência de uma situação particular no campo de batalha, capacidade criativa para desenvolver uma solução prática e
firmeza de propósito para executar a ação.

1.2 - NÍVEIS DE CONDUÇÃO DOS CONFLITOS


A ocorrência de conflitos, sua natureza e magnitude no ambiente externo ou interno de uma nação caracterizam os
estados de paz, de crise, de guerra ou de conflito armado, sintetizados na figura 1.1 apresentada abaixo.
A situação de paz implica a ausência de lutas, violências ou graves perturbações, no âmbito de um Estado ou no
âmbito de suas relações internacionais. Nesse caso, os conflitos existentes não comprometem os interesses da nação.
A guerra é o conflito no seu grau máximo de violência. Em função da sua magnitude, pode implicar a mobilização de
todo o Poder Nacional, com predominância da expressão militar, para impor a vontade de um ator ao outro. O conflito
armado é amplamente entendido como um recurso utilizado por grupos politicamente organizados que empregam a
violência armada para solucionar controvérsias ou impor sua vontade a outrem. As expressões guerra e conflito armado
diferenciam-se apenas na perspectiva jurídica.

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A crise é um conflito posicionado entre a paz e a guerra. Exige uma administração (manobra ou gerenciamento) que
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permita uma evolução favorável aos interesses nacionais em jogo. A crise traduz um conflito desencadeado ou agravado

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imediatamente após a ruptura do equilíbrio existente entre duas ou mais partes envolvidas. Caracteriza-se por um estado Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

de grandes tensões, com probabilidade de agravamento (escalada) e risco de guerra, não permitindo que se anteveja com
clareza o curso de sua evolução.

1.2.1 - Nível Político


Nesse nível, a partir dos objetivos nacionais identificados, o Estado integra as medidas gerais nas diversas expressões
do Poder Nacional. Assim, pautado na definição clausewitziana de que a guerra é a continuação da política por outros meios,
são fixados os objetivos políticos a serem atingidos pela ação militar.

1.2.2 - Nível Estratégico


O nível estratégico, subordinando-se ao nível político, pode ser entendido como sendo aquele no qual, valendo-se da
arte e da ciência, as Forças Armadas são empregadas para a consecução dos objetivos políticos, por sua aplicação, ameaça,
ou simples possibilidade de emprego.
No nível estratégico, os objetivos políticos são traduzidos em grandes ações militares a empreender. Dependendo da
natureza do conflito, são definidos: a estrutura militar a ser empregada, os Teatros de Operações (TO) e as Zonas de Defesa
(ZD), as Forças que serão adjudicadas a cada grande comando operacional, os objetivos estratégicos e a estratégia geral
para a consecução desses, o que, normalmente, conduz a uma ou mais campanhas interrelacionadas.
A estratégia naval, como parte integrante da estratégia militar, no que tange ao emprego do Poder Naval, enquadra-
se nesse nível.
O nível estratégico traduz a decisão política para a expressão militar e orienta o emprego das Forças Armadas, visando
a consecução ou manutenção dos objetivos fixados pelo nível político. O Conselho Militar de Defesa (CMiD), composto pelo
Ministro da Defesa, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA) e os Comandantes das três Forças,
assessora o nível político quanto ao emprego do poder militar.

1.2.3 Nível Operacional


O nível operacional trata especificamente da campanha, que pode ser entendida como uma série de operações/ações
militares interrelacionadas para alcançar um objetivo estratégico, diretamente ou via objetivos operacionais intermediários.
Neste nível, os fins são os objetivos estratégicos e os meios consistem das batalhas e dos engajamentos. Este nível
representa a interface entre a estratégia e a tática, sem a qual esta última não resultaria em um conjunto harmônico de
ações. Trata-se, em suma, da decisão de onde e quando aceitar ou negar o combate, encadeando adequadamente as
diversas ações táticas. O nível operacional é vivenciado em sua plenitude em um TO ou ZD, sendo comumente realizadas
ações conjuntas com a participação de mais de uma das Forças singulares.

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O plano de campanha consolidará o planejamento no nível operacional, considerando a interação dos fatores
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operacionais tempo, força e espaço com os propósitos da missão. Habitualmente, esse plano detalhará, no nível do TO/ZD,

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os aspectos de comando e controle, de manobra, de fogos, de logística, de proteção da própria Força e de inteligência, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

incluindo as ações diversionárias. Em particular, esse plano especificará as condições militares que deverão estar
estabelecidas para que a campanha seja considerada encerrada.
Normalmente, a campanha é faseada, escalonando no tempo as ações necessárias ao cumprimento da missão. O
faseamento poderá compreender a concentração e desdobramento de meios, ações preparatórias, cronologia ou sequência
das ações principais, encerramento das operações e redirecionamento de Forças, dentre outras.

1.2.4 - Nível Tático


A tática refere-se ao emprego dos meios em combate, sendo caracterizada especialmente pela existência do contato,
que não necessariamente será físico, ocorrendo em espaço e tempo mais restritos que no nível operacional. Embora na
tática prevaleça o fogo e o movimento, não se deve prescindir dos fundamentos da Guerra de Manobra, que serão
detalhados no item 1.3.3 e no Capítulo 3, buscando-se o emprego harmônico e judicioso dos meios, pela integração dos
diversos sistemas de armas, atividades e serviços.

1.2.5 - Outras Considerações


Embora os diversos níveis de condução dos conflitos tenham sido apresentados separadamente, estes são
interdependentes, não havendo fronteiras definidas para delimitá-los.
1.3 - ESTILOS DE CONDUÇÃO DOS CONFLITOS
1.3.1 - Considerações Iniciais
Na condução dos conflitos identificam-se dois estilos diferentes, mas não antagônicos, conhecidos como Guerra de
Atrito e Guerra de Manobra. Precedendo suas definições, é importante enfatizar que ambos são implementados com base
na doutrina em vigor, sem que representem novas concepções. Tais estilos não existem em suas formas puras, coexistindo
simultânea, interdependente e complementarmente nos engajamentos, batalhas e campanhas, sendo passíveis de serem
empregados em quaisquer dos níveis de condução da guerra, escalões de Forças ou intensidade dos conflitos.
Todo emprego ou enfrentamento de Forças se vale de fundamentos das Guerras de Manobra e de Atrito. A
predominância de um dos estilos depende de uma variedade de fatores que compreendem, dentre outros, a natureza, a
eficiência e o poder de combate das Forças envolvidas. Assim, enquanto no nível tático pode estar se enfatizando a aplicação
de aspectos inerentes à Guerra de Atrito, no nível operacional, pode haver a predominância de emprego dos princípios da
Guerra de Manobra.
1.3.2 - A Guerra de Atrito
Neste estilo, busca-se a consecução dos efeitos desejados pela destruição cumulativa dos meios inimigos, tanto de
pessoal quanto material, trabalhando basicamente no campo físico. Nele, independentemente da sua vontade, o inimigo
será obrigado a ceder pela simples inexistência de meios e, consequentemente, pela falta de vontade para continuar a luta.
A Guerra de Atrito vale-se da manobra, basicamente, para possibilitar o emprego de Força contra Força. Seu foco é
a aplicação eficiente dos fogos, o que conduz a uma abordagem da guerra com forte ênfase em regras e procedimentos e
com tendência à centralização do controle das ações. A proficiência técnica, particularmente no emprego dos sistemas de
armas, importa mais do que a criatividade e a astúcia e o sucesso em combate passam a depender, basicamente, da
superioridade numérica e material.
A principal “ferramenta” da atrição é o fogo, sendo o progresso das ações aferido em bases quantitativas, por meio
do balanço dos danos materiais e baixas infligidas ao inimigo ou pelo terreno conquistado. Busca-se o confronto com as
unidades inimigas de modo a neutralizá-las diretamente. Os resultados serão proporcionais ao nível de força empregada e,
normalmente, mais custosos em pessoal e material, havendo também a tendência a maiores danos às áreas onde se
desenvolvem as ações, bem como à população civil.
A vitória depende, fundamentalmente, de superioridade numérica e/ou tecnológica, apresentando inerentemente
menos riscos de insucesso por assegurar a certeza física da neutralização do inimigo.

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1.3.3 - A Guerra de Manobra


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Neste estilo, as manobras devem priorizar a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir de uma

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posição vantajosa. Esta vantagem não é apenas física ou espacial; ela pode ser temporal, moral ou psicológica. Busca-se a Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

consecução dos efeitos desejados pela indução no inimigo do sentimento de que a resistências inócua ou redundará em
perdas inaceitáveis, trabalhando fundamentalmente no campo psicológico. Nele, independentemente da situação dos seus
meios em pessoal e material, o inimigo é levado a ceder à vontade de seu oponente, adotando ações que lhe são
desfavoráveis. Também nesse estilo, o fogo é largamente empregado, embora, em sua forma pura, o estilo da Guerra de
Manobra conseguiria a vitória sem que se efetuasse um disparo se quer. Entretanto, o propósito do emprego do fogo não
é prioritariamente a redução da capacidade física do inimigo, mas o rompimento da coesão mental das Forças oponentes.
Habitualmente, a manobra é entendida como um deslocamento da tropa no terreno visando a obtenção de
posicionamento vantajoso em relação ao inimigo, conceito que continua válido na Guerra de Manobra. Todavia, nesse estilo
de guerra, a manobra tem um significado mais amplo, podendo ser entendida no tempo e na forma. No tempo, ao obter-
se, com um ritmo² superior ao do inimigo na condução das ações, uma vantagem psicológica decorrente da incapacidade
do oponente reagir coerentemente. Na forma, ao atuar de uma maneira não previsível pelo inimigo, também conferindo
uma vantagem psicológica.
A liderança em todos os níveis, a rapidez³, a surpresa⁴ e a audácia⁵ são elementos fundamentais da Guerra de
Manobra. O sucesso é medido em termos de efeitos desejados alcançados. Nela, evita-se o confronto direto com as
unidades de combate inimigas, engajando seus sistemas de apoio, de modo a neutralizá-las indiretamente.
“2 Ritmo - rapidez em relação ao tempo, ou seja, é a rapidez com que se orienta e decide.
3 A rapidez possui dois componentes, a saber: ritmo (rapidez em relação ao tempo, ou seja, é a rapidez com que se
orienta e decide) e velocidade (rapidez em relação ao espaço, ou seja, a habilidade para mover-se rápido, estando
diretamente relacionada às fases da observação e da ação).
4 A surpresa pode ser obtida pela utilização de ações diversionárias, exploração de áreas passivas etc. Para ser atendida,
é necessário evitar manobras ortodoxas e padronizadas. Ela deve estar intimamente ligada com a criatividade, de forma
a permitir a inovação de ações contra o oponente, o qual não estará preparado e adestrado para se contrapor às mesmas.
5 A audácia deve ser entendida como um risco calculado, podendo até ser encarado como uma quebra de
dogmas/paradigmas. A coragem do decisor também faz parte deste conceito.”
O resultado da ação deixa de ser proporcional ao nível de força empregado, tendendo a reduzir os custos em pessoal
e material e havendo menores chances de danos às áreas de atuação, bem como à população local.
Neste estilo, a vitória exige maior competência dos líderes, sendo relevante a obtenção de superioridade local em
poder de combate. O risco de insucesso aumenta, uma vez que o inimigo ainda poderá dispor fisicamente de seus meios.
Como o estilo de Guerra de Manobra preconiza a rapidez e a audácia em todos os níveis, é natural a ocorrência
maior de erros, que, no entanto, são em muito suplantados pelas benesses da surpresa e da exploração tempestiva das
oportunidades. Nesse sentido, é necessária uma mudança da “mentalidade do erro zero”, a qual não se aplica a este estilo
de guerra, em que a tolerância com erros deve ser maior, assim como, também, devem ser estudadas as medidas para se
contrapor a estes possíveis erros.
Assim, conclui-se que os estilos de guerra, apresentados em suas formas puras, constituem uma estratificação
teórica raramente observada nos campos de batalha. O fogo, que marca a atrição, obviamente gera uma vantagem no
campo psicológico. A obtenção dos efeitos desejados apenas pela manobra sem que um tiro seja disparado é pouco factível.
Dessa forma, a combinação do emprego coordenado do fogo com a manobra deve ser buscado pelos planejadores.

1.4 - PODER DE COMBATE


Poder de Combate é a força a ser aplicada sobre o inimigo, em um dado momento, sendo o resultado da combinação
de fatores mensuráveis e não mensuráveis que intervêm nas operações, condicionando-lhes o desenvolvimento. Seu
componente básico é a tropa com seus meios, seu valor moral e o seu grau de prontificação, incluindo-se a capacidade
profissional do Comandante (principalmente conhecimento técnico e liderança) e uma doutrina de emprego consolidada.
O Comandante de uma tropa vale-se de seu poder de combate, buscando combinar e integrar suas funções de
combate, de forma a agilizar o Ciclo OODA⁵ e obter a máxima eficiência frente ao inimigo. A aplicação do poder de combate,
seguindo os princípios de guerra e sincronizando as funções do combate, descritas no artigo 1.5, irá determinar a conduta

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das operações. Por sua vez, a avaliação do poder de combate é relativa, sendo significativa mediante confrontação com o
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do oponente.

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“5 Ciclo OODA - será detalhadamente explicado no Capítulo 3 - É também denominado de Ciclo de Boyd ou Ciclo de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Decisão. É a principal base teórica empregada na guerra de manobra, segundo a qual as ações no combate são
desenvolvidas na sequência OBSERVAÇÃO – ORIENTAÇÃO – DECISÃO – AÇÃO (OODA), de forma cíclica.”
Qualquer fator ou atividade que aumente a capacidade de uma tropa em operações deve ser considerado como
parte de seu poder de combate. Nesse contexto, podem ser citados os efeitos das ações desenvolvidas no âmbito da
Comunicação Social, das Operações Psicológicas e de Assuntos Civis, que contribuem para a multiplicação do poder de
combate da força militar, constituindo-se em uma valiosa atividade não letal, capaz de reduzir, consideravelmente, o
número de baixas.
Ressalta-se, ainda, a organização administrativa das Forças/Unidades operativas do Corpo de Fuzileiros Navais
(CFN), que é dimensionada visando a adequada transição para a organização para o combate, o que também contribui para
o pronto-emprego, com vistas ao incremento do poder de combate das tropas de Fuzileiros Navais.

1.5 - FUNÇÕES DO COMBATE


As funções do combate abrangem todas as atividades militares realizadas em um Espaço de Batalha. Cada função de
combate é considerada pelo Comandante, que deve, posteriormente, integrá-las e sincronizá-las para multiplicar o poder
de combate de sua tropa. O emprego das funções do combate é vital para o planejamento e à execução de missões de
quaisquer naturezas.

1.5.1 - Comando e Controle


O Comando e Controle (C2) é o exercício da autoridade e a supervisão sobre suas peças de manobra e elementos
adjudicados, para o cumprimento de uma missão. O C2 envolve o arranjo de pessoal, equipamentos, e instalações que
permitam ao Comandante estender sua influência sobre sua organização durante o planejamento e execução de operações
militares.
O comando caracteriza-se pelo estabelecimento da autoridade, decorrente das leis e regulamentos, atribuída a um
militar para dirigir e controlar forças, sob todos os aspectos, em razão do posto, graduação ou função. A liderança e a
capacidade de decisão são dois importantes elementos do comando, ambos fundamentais para o sucesso em combate,
particularmente segundo os preceitos da Guerra de Manobra.
O controle é uma atividade inerente ao comando, que se caracteriza pelo acompanhamento efetivo das ações em
curso, de forma que os comandantes adquiram e mantenham o indispensável nível de consciência situacional⁶,
particularmente quanto às nossas forças, às forças adversas e ao ambiente operacional (terreno).
O C2 viabiliza o desenvolvimento de todas as demais funções de combate.
“6. consciência situacional é a percepção perfeita do quadro de situação, que é imprescindível para a tomada de
decisões,expedição de ordens e para o controle de sua execução.”

1.5.2 - Manobra
A manobra é a componente dinâmica do combate, sendo empregada para concentrar força em ações decisivas. O
adequado emprego da manobra possibilita que forças de menor envergadura suplantem outras maiores, por meio da
surpresa, efeito de choque e concentração de poder de combate em locais e momentos oportunos. Os efeitos decorrentes
de tais ações contribuem para que o moral de nossas forças sobrepuje o do inimigo.
A manobra é resultante da combinação do fogo e movimento e, por meio dela, uma tropa obtém uma posição
vantajosa para destruir o inimigo ou cumprir outra tarefa. Essa posição vantajosa não se restringe ao espaço físico, podendo
ser uma vantagem psicológica ou temporal. A manobra raramente é eficaz sem a perfeita conjugação do poder de fogo e
da proteção da Força.
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A manobra, vista sob enfoque temporal, decorre da aceleração do ritmo do Ciclo OODA, obtida com a tomada de
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decisão e a execução de ações mais rápidas que as do oponente, criando, dessa forma, as condições necessárias para o

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sucesso tático ou operacional. A rapidez na aplicação do Ciclo de Decisão, por sua vez, representará, ainda, um impacto Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

psicológico significativo nas forças oponentes, por não permitir que reajam tempestivamente.

1.5.3 - Apoio de fogo


O apoio de fogo é essencial para desestabilizar a capacidade e eliminar a vontade de lutar do oponente. Sua utilização
facilita a manobra, suprimindo ou neutralizando os fogos inimigos e desorganizando o movimento de suas tropas.
O apoio de fogo também pode ser empregado independentemente da manobra, com vistas a destruir, retardar ou
desorganizar tropas inimigas ainda não engajadas em combate.
Os Comandantes de todos os escalões devem estar capacitados a empregar o armamento orgânico e os fogos de
apoio, de forma coordenada e integrada à ideia de manobra, de modo a assegurar a adequada aplicação do poder de
combate, explorando as possibilidades de cada sistema de armas e o movimento escalonado dos meios de apoio de fogo
como forma de garantir um apoio contínuo.

1.5.4 - Inteligência
A possibilidade de sucesso de uma Operação será tanto maior quanto maiores forem a quantidade e a qualidade dos
conhecimentos que se tenha sobre as Características da Área de Operações e sobre a Situação Militar do Inimigo (SMI).
A Atividade de Inteligência é baseada em processo mental e tem por finalidade produzir e salvaguardar
conhecimentos de interesse, e conduzida segundo dois grandes segmentos:
- Inteligência (Intlg): voltado para a produção de conhecimentos; e
- Contrainteligência (CIntlg): voltado para a salvaguarda de conhecimentos e das fontes de informação.
Assim, a atividade de inteligência possibilita que o Comandante amplie sua compreensão da situação do Espaço de
Batalha, tanto durante o planejamento quanto na execução, dotando-o de conhecimentos sobre o inimigo, o terreno, as
condições climáticas e meteorológicas, assim como o acompanhamento das atividades da população local, que o auxiliam
no processo de tomada de decisão.
Na Guerra de Manobra, a Inteligência contribui decisivamente para a aplicação adequada do conceito de Ação Ditada
pelo Reconhecimento, realizando a busca permanente por pontos fracos no dispositivo inimigo e oportunidades a serem
exploradas. Além disso, concorre para a identificação do Centro de Gravidade⁷ (CG) e das Vulnerabilidades Críticas⁸ (VC)
inimigas, e para a aceleração do Ciclo OODA, ao agilizar a observação e a orientação do comando.

1.5.5 - Logística
Abrange todas as atividades necessárias para deslocar e sustentar as forças em ação, devendo seu conceito de
emprego, portanto, estar sempre coordenado com o da operação como um todo. No nível tático, esta função se traduz no
Apoio de Serviços ao Combate (ApSvCmb).
De modo geral, uma logística confiável e ininterrupta gera poder de combate e possibilita ao comando obter e manter
a iniciativa das ações e explorar, tempestivamente, as oportunidades. Por essa razão, o sistema logístico inimigo se constitui,
muitas vezes, alvo de elevado interesse.
Na Guerra de Manobra, esta função de combate deve ser executada de forma pró-ativa, de forma que as Unidades
em combate recebam o adequado apoio logístico, independente de solicitações prévias. Esse apoio, no entanto, deve ser
criterioso, para não sobrecarregar as Unidades com excesso de suprimentos, dificultando sua mobilidade, e nem deixar que
lhes falte apoio nos momentos críticos do combate.

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1.5.6 - Proteção
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Proteção é a conservação da capacidade de combater de uma tropa, de modo que possa ser utilizada no local e

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momento apropriados. A proteção do CG e a eliminação das potenciais VC de uma força devem merecer atenção constante Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

e prioritária do comando.
Um Comandante deve proteger suas tropas, seja das ações do inimigo, seja das condições desfavoráveis inerentes à
área de operações (clima hostil, endemias, falta de água potável etc). Assim, a proteção compreende dois aspectos: um de
caráter operativo e outro de caráter logístico.
“7 Centro de Gravidade - é uma fonte de força, poder e resistência física ou moral que confere ao contendor, em ultima
análise, a liberdade de ação para utilizar integralmente seu poder de combate.
8 Vulnerabilidades Críticas - são pontos fracos do CG que, ao serem exploradas, resultarão na desestabilização ou
destruição do CG oponente.”
O caráter operativo da proteção inclui o emprego das forças de segurança e de cobertura, a dispersão, o uso de
cobertas, abrigos, camuflagem e fortificações, o despistamento, o controle das próprias emissões eletromagnéticas, a
supressão ou neutralização das armas e da capacidade de manobra do inimigo (emprego de carros de combate, aeronaves,
armas de destruição em massa) e o emprego de operações civis-militares, estas visando criar e manter uma percepção
favorável da população local sobre as nossas Forças.
O caráter logístico da proteção abrange os cuidados com o Fuzileiro Naval e inclui medidas de higiene em campanha,
de medicina preventiva, o apoio de saúde em geral, o rodízio entre elementos de primeiro escalão, o emprego de tropas
descansadas, o recompletamento de pessoal, o fluxo adequado de suprimentos e a manutenção dos equipamentos e
equipagens.

1.5.7 - Mobilidade e Contramobilidade


Uma tropa obtém vantagem em relação ao oponente aumentando sua capacidade de deslocamento ou degradando
a mobilidade do inimigo (contramobilidade).
A manobra considera o movimento relativo de Forças no campo de batalha, com a finalidade de colocar as Forças
inimigas em desvantagem (psicológica, tecnológica, temporal, espacial, numérica ou de poder de combate), tendo sua
eficácia potencializada quando as Forças amigas podem valer-se de elevada mobilidade, impõem medidas de
contramobilidade às Forças adversas e exploram as ações de despistamento ou fintas.
Uma tropa de Fuzileiros Navais tem sua mobilidade incrementada quando:
- dotada de meios de transporte;
- a trafegabilidade das vias de transporte e do terreno é melhorada;
- seu movimento é apoiado pelo fogo;
- suas equipagens são dimensionadas para manter a efetividade em combate com dimensões reduzidas (menos peso
e volume, sem perder eficiência); e
- os efeitos das medidas de contramobilidade do inimigo são minorados.
Assim, as tarefas relacionadas à mobilidade envolvem aberturas de brechas, melhoramentos de estradas, construção
de pontes, transposição de cursos d'água, remoção de obstáculos, manutenção das condições de circulação no Espaço de
Batalha, identificação de itinerários desbordantes em áreas contaminadas ou minadas, dentre outras.
A contramobilidade nega ou dificulta a mobilidade das Forças oponentes, limitando sua manobra e reduzindo a
eficácia de seus fogos. As tarefas relacionadas à contramobilidade incluem o lançamento de obstáculos ao longo de suas
prováveis vias de acesso em coordenação com fogos, acionamento do plano de barreiras, destruição de pontes, dentre outras.

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CAPÍTULO 2
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OS FUZILEIROS NAVAIS

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2.1 - CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O CFN, parcela inalienável da Marinha do Brasil, é vocacionado para a projeção de poder, por meio de Operações
Anfíbias. Além disto, em face de suas características, reúne atributos que o tornam capaz de ser empregado em uma ampla
gama de operações militares e atividades subsidiárias, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa¹: “Para
assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em permanente
condição de pronto emprego.
A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e
ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações internacionais de paz, em operações
humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle das margens
durante as operações ribeirinhas.
1 A Estratégia Nacional de Defesa foi aprovada pelo Decreto n° 6703, de 18 de dezembro de 2008.

2.2 - CARÁTER NAVAL E ANFÍBIO


As Forças de Fuzileiros Navais, como parcela do Poder Naval, possuem as características de flexibilidade, versatilidade,
mobilidade e permanência. Seus soldados-marinheiros são aptos tanto para a vida de bordo como para o combate em terra
e os seus meios são apropriados para o embarque em navios e posterior desembarque em terra.

2.3 - EIXOS ESTRUTURANTES


O preparo e o emprego do CFN são balizados por três eixos estruturantes, interdependentes e complementares, que
direcionam o desenvolvimento da doutrina, do material e dos recursos humanos do Corpo, a saber:
- Operação Anfíbia (OpAnf): eixo que preconiza o constante aperfeiçoamento da capacidade de realizar Operações
Anfíbias. Ao se preparar para essas complexas operações, as Forças de Fuzileiros Navais estarão, também, aptas a conduzir
outras de diferentes naturezas e envergaduras. Este eixo garante identidade institucional e conforma o perfil operacional
do CFN;
- Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav): eixo que consiste no emprego das Forças de Fuzileiros
Navais organizadas, prioritariamente, sob a forma de GptOpFuzNav, que é uma organização para o combate nucleada por
tropa de Fuzileiros Navais, constituída para o cumprimento de missão específica e estruturada segundo o conceito
organizacional de componentes, e que reúne os elementos constitutivos de acordo com a natureza de suas atividades. Esse
modelo organizacional confere flexibilidade e versatilidade a seu Comandante, pois combina as capacidades e
potencialidades dos meios de combate terrestre (incluindo os meios de apoio ao combate), aéreos (incluindo os meios de
controle aerotático e defesa antiaérea) e logísticos, integrados por uma estrutura de comando e controle. Esse conceito
será detalhado no capítulo 4; e
- Guerra de Manobra: o CFN privilegia a adoção do estilo de Guerra de Manobra, para o emprego do GptOpFuzNav,
sem descartar os preceitos da Guerra de Atrito. Esse estilo de guerra é naturalmente apropriado ao emprego de Força que
tenha de se engajar em combate, sem condições favoráveis para o emprego do princípio da massa ou em áreas de frentes
muito amplas que dificultem a concentração de seu poder de combate, como normalmente ocorre nas Operações Anfíbias.

2.4 - CONJUGADO ANFÍBIO


O Conjugado Anfíbio se traduz em uma Força Naval, com um GptOpFuzNav embarcado juntamente com os meios
aeronavais adjudicados, em condições de cumprir missões relacionadas às tarefas básicas do Poder Naval.
Em virtude de suas capacidades intrínsecas, o Conjugado Anfíbio proporciona ao Poder Naval as condições
apropriadas para a condução de ações em um amplo espectro de operações, atuando em cenários estratégicos de interesse,
como vetor de pronta-resposta a crises ou outras contingências. A possibilidade de exploração da liberdade de navegação,

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usando o mar como espaço de manobra, permite o posicionamento de Forças Navais nas proximidades de áreas críticas,
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em águas internacionais ou jurisdicionais brasileiras para intervir, quando e como necessário, sem comprometer

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juridicamente a soberania do Estado-alvo. Esse posicionamento estratégico do Conjugado Anfíbio cria condições vantajosas, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

no campo diplomático, para que os líderes políticos negociem a contenção ou distensão de crises.

2.5 - CARÁTER EXPEDICIONÁRIO


A capacidade expedicionária do CFN decorre da existência de uma tropa de pronto emprego, autossustentável e
adequadamente aprestada para cumprir missões por tempo limitado, sob condições austeras e em área operacional
distante de sua base.
Cabe destacar que expedicionário há que ser o Conjugado Anfíbio e não, unicamente, os Fuzileiros Navais, pois, seu
principal vetor de mobilidade estratégica são os meios navais da MB, que proporcionam aos GptOpFuzNav a necessária
logística de sustentação.

2.6 GRADUALISMO NO EMPREGO


Os GptOpFuzNav, estruturados com a possibilidade de serem expandidos ou reduzidos, estão em condições de
cumprir extensa gama de tarefas, podendo ser empregados em operações com diferentes níveis de violência, desde
missões de combate até as humanitárias, e em ambientes operacionais diversos.

2.7 - RECURSOS HUMANOS - O FUZILEIRO NAVAL


O Fuzileiro Naval é o principal patrimônio do CFN. Seus homens e mulheres, todos voluntários e profissionais, são
admitidos em concurso público de âmbito nacional e submetidos a rigoroso processo de seleção e treinamento.
Ao longo da carreira, o Fuzileiro Naval é formado e continuamente instruído, apoiado e avaliado, a fim de atingir a
qualificação profissional requerida para pertencer a uma tropa anfíbia, assumindo funções que exigem crescentes níveis de
responsabilidade e capacitação. Adicionalmente, o apoio prestado pela MB às famílias desses combatentes anfíbios é
fundamental para que tenham o cumprimento da missão como farol, proporcionando-lhes a tranquilidade e o equilíbrio
emocional necessários as suas permanências embarcados e/ou em combate, ou nas diversas situações em que possam ser
empregados por longos períodos afastados de seus lares.

2.8 - LIDERANÇA
Liderança é a habilidade de influenciar um indivíduo ou um grupo de pessoas para que ajam, voluntariamente, na
busca de um objetivo comum, realizando suas tarefas com maior efetividade, se comparado ao seu desempenho sem esta
influência.
A história militar evidencia a importância da liderança nos conflitos, pois ela influencia diretamente no poder de
combate das Forças, razão pela qual o CFN dedica atenção prioritária e constante ao assunto.
O exercício da liderança é desenvolvido, cotidianamente, em todas as Unidades do CFN, em todos os níveis
hierárquicos, seja nas instruções ou no comportamento habitual de cada Fuzileiro Naval. Como parte da preocupação dos
líderes devem figurar os cuidados inerentes às condições de higiene, ao conforto da tropa e à capacitação técnica de seus
subordinados, e que todos tenham a exata compreensão das tarefas a serem desempenhadas.
O exercício da liderança é imprescindível para os Fuzileiros Navais, particularmente para os GptOpFuzNav que
realizam OpAnf, em que a edificação do poder em terra normalmente implica em fracionamento das Unidades. É requerido
dos líderes iniciativa para realizar a transição da organização para o desembarque para a organização tática para o combate
que foi planejada para atender à ideia de manobra em terra.
O culto ao exemplo, à motivação, à valorização do subordinado e ao espírito de corpo, a conscientização da relação
líder-liderado e a emissão de ordens claras e precisas são parâmetros basilares para o desenvolvimento da liderança no
CFN.

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2.9 - MATERIAL
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O material do CFN garante a efetividade no emprego dos GptOpFuzNav. A letalidade, mobilidade e proteção, dentre

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outros, são fatores de multiplicação do poder de combate dos Fuzileiros Navais. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O material operativo do acervo do CFN possui certas peculiaridades, as quais estão em consonância com as
características anfíbias e expedicionárias exigidas para o emprego dos Fuzileiros Navais, quais sejam:
- ser leve, para possibilitar seu transporte de forma rápida e segura;
- ser compatível com o embarque, a permanência a bordo e o desembarque de navios anfíbios e embarcações de desembarque;
- ser flexível, para permitir seu emprego em diferentes ambientes operacionais; e
- ser resistente à ação direta da água salgada e ao contato com a areia de praia.

2.10 - DOUTRINA
A doutrina pressupõe um entendimento comum sobre como traduzir os ditames estratégicos em táticas, técnicas e
procedimentos uniformes e eficazes. Guardando aderência à realidade, busca formular, disseminar, validar e utilizar os
conceitos que servirão para organizar, equipar e adestrar as tropas para um adequado e coerente emprego.
Associada aos recursos humanos e ao material do CFN, a doutrina compõe um dos pilares sobre o quais repousam a
filosofia de preparo e do emprego dos GptOpFuzNav, que é centrada nos preceitos da OpAnf e da Guerra de Manobra.
A doutrina no CFN é tratada como um processo contínuo, cíclico, sistematizado e integrado. Nesse contexto, o CFN
dispõe de um Sistema de Gestão do Conhecimento que desenvolve², produz³, armazena e dissemina o conhecimento,
garantindo efetividade e uniformidade na aplicação de táticas, técnicas e procedimentos, assim como contribuindo para a
ampliação da capacidade de combate, particularmente dos GptOpFuzNav.
“2 Entende-se por desenvolver conhecimento o aprimoramento de assunto já existente.
3 Na produção, o conhecimento é gerado a partir de dados ou informações a respeito de um tema ainda não estudado.”
A doutrina, sendo contínua e cíclica, busca adequar-se às permanentes demandas do combate, particularmente
quanto ao aperfeiçoamento de procedimentos e ao estado da arte na obtenção e manutenção do material, adaptando-se
rapidamente às evoluções tecnológicas e bélicas. Os procedimentos oriundos das lições aprendidas são analisados, podendo
ser incorporados à doutrina, realimentando-a e contribuindo para seu aperfeiçoamento. A sistematização é caracterizada
por um planejamento de longo prazo e pela metodologia empregada para formulação e aperfeiçoamento da doutrina.
A doutrina não deve ser considerada como um dogma. Ela é aperfeiçoada à medida que evoluem as circunstâncias,
subordinando-se, irremediavelmente, aos ditames dos Princípios de Guerra, os quais guardam estreita correlação com a
natureza humana.

2.11- ENSINO
O ensino no CFN, de acordo com o previsto na Lei de Ensino da Marinha, obedece a um processo contínuo,
progressivo e verticalizado de educação, com características próprias, constantemente atualizado e aprimorado, desde a
formação inicial até os níveis mais elevados de qualificação, observando os seguintes princípios:
- integração à educação na Marinha;
- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
- garantia de padrão de qualidade;
- profissionalização contínua, progressiva e verticalizada;
- preservação da ética, dos valores militares e das tradições navais;
- avaliação integral e contínua;
- titulações próprias ou equivalentes às de outros sistemas de ensino; e
- efetivo aproveitamento da qualificação adquirida, em prol da Instituição.

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O desempenho nos cargos e funções previstos na estrutura organizacional do CFN, na paz e na guerra, requer que o
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processo forneça aos Fuzileiros Navais conhecimentos para:

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assegurar a base humanística e científica necessária ao preparo militar e ao desenvolvimento da cultura em geral; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

proporcionar a habilitação para o exercício de funções operativas e técnicas e para a realização de atividades
especializadas; e desenvolver as qualidades morais, cívicas e físicas, assim como para transmitir conhecimentos
essencialmente militares e navais.

2.12 ADESTRAMENTO
O propósito do adestramento é preparar os Fuzileiros Navais e os GptOpFuzNav para que estes, quando empregados,
apliquem os preceitos doutrinários com correção e obtenham êxito em suas ações, razão pela qual os exercícios devem se
aproximar, tanto quanto possível, das condições do combate.
O adestramento, tendo como foco as OpAnf por se tratar da mais complexa das operações militares, deve ser
progressivo, buscando um constante aprimoramento profissional. Suas metas devem ser gradativas, iniciando com o
desenvolvimento de habilidades básicas individuais, essenciais para o sucesso durante o combate e emprego de pequenas
frações, culminando com o adestramento, como um todo, do GptOpFuzNav.
A efetividade do adestramento deve ser medida pela aplicação de parâmetros que permitam a aferição do grau de
eficiência atingido pelas Unidades operativas.
Os adestramentos devem contemplar uma sistemática para avaliação de exercícios a ser seguida, tendo parâmetros
básicos para aferição do seu rendimento.
Os Programa de Treinamento das Unidades Operativas do CFN, particularmente dos GptOpFuzNav, devem ser
norteados pelos seguintes princípios:
- exercitar como irá combater;
- comprometer os Comandantes, em todos os níveis, com o treinamento;
- exercitar em busca de resultados pré-estabelecidos;
- exercitar buscando integrar todos os elementos constitutivos do GptOpFuzNav; e
- exercitar para manter a capacidade operacional já obtida.
É imprescindível a coleta e análise dos resultados obtidos no adestramento, os quais deverão ser disseminados a
título de lições aprendidas, contribuindo para melhorar o desempenho dos GptOpFuzNav.

2.13 - ESPECIFICIDADE LOGÍSTICA


Na Arte da Guerra, a Logística é a ciência dos detalhes.
O caráter naval e a vocação expedicionária norteiam a atividade logística dos GptOpFuzNav, considerada peculiar em
decorrência de sua condição de pronto-emprego e da necessidade de se apoiar, a partir do mar, tropas que atuam em terra
e possuem limitado poder de combate inicial assim que desembarcam.
As atividades logísticas devem ser conduzidas para sustentar e impulsionar as ações desenvolvidas pelos
GptOpFuzNav, sendo a aplicação adequada da Logística um multiplicador de seu poder de combate.
O caráter expedicionário dos GptOpFuzNav, particularmente com relação aos conceitos de autossustentabilidade e
de permanência embarcada, impacta diretamente na especificidade logística dos Fuzileiros Navais, pela necessidade de
disponibilidade de espaço a bordo dos navios, para que o carregamento do material e dos suprimentos atenda aos aspectos
operativos da missão. Dessa forma, busca-se reduzir o volume e o peso do material do CFN, sem comprometer a capacidade
de combate dos GptOpFuzNav.
Assim, a permanência de um GpOpFuzNav com plena capacidade operacional requer um planejamento logístico
detalhado, uma preparação minuciosa da tropa e do seu material, bem como um apoio logístico continuado.
Cabe ressaltar, que as imposições logísticas estabelecem limites para o que é operacionalmente possível.

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2.14 - ATIVIDADES DE FUZILEIROS NAVAIS


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Os GptOpFuzNav realizam, para o cumprimento das missões a eles atribuídas, diversas atividades, que são

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harmoniosamente integradas e grupadas segundo as características funcionais das tropas de Fuzileiros Navais. Estas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

atividades são classificadas como de Combate (Cmb), de Apoio ao Combate (ApCmb) e de ApSvCmb.

2.14.1 - Atividades de Combate (Cmb)


Os elementos de combate destinam-se à realização das operações ofensivas e defensivas propriamente ditas, bem
como ações de comandos. Os elementos de combate são organizados para a execução de tarefas que normalmente exigem
o contato direto com o oponente. A Infantaria é a tropa de combate básica dos GptOpFuzNav.
a) Infantaria
No combate, a Infantaria combina fogo, movimento e ação de choque. Tal técnica consiste, inicialmente, na
progressão da tropa sob a proteção e apoio de uma base de fogos.
A Força que se movimenta busca o contato com o inimigo, enquanto a base de fogos procura reduzir a interferência
dele no referido deslocamento e, se possível, destruílo. Por sua vez, a ação de choque consiste no impacto físico e
psicológico imposto ao inimigo pela associação dos fogos e do movimento - a manobra - com o reforço, quando for o caso,
da proteção blindada. Assim, a ação de choque variará desde o assalto realizado pelo combatente a pé, realizando fogos
potentes a curta distância, empregando o combate corpo-a-corpo e apoiado por fogos, até a utilização de elementos
blindados em apoio.
A Infantaria é capaz de progredir praticamente em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições climáticas e
meteorológicas, em pequenas frações, o que dificulta ao inimigo detectar a sua aproximação.
Na ofensiva, a Infantaria deve localizar e cerrar sobre o inimigo para destruí-lo ou capturá-lo; na defensiva deve
manter o terreno, repelindo o inimigo ou destruindo-o pelo contra-ataque, pelo fogo ou combate aproximado.
Em virtude dessas características e devido ao contato direto com o inimigo, os elementos de Infantaria estão mais
sujeitos às baixas de pessoal, o que requer destes combatentes moral elevado, resistência física, tenacidade e liderança em
todos os níveis.
b) Operações Especiais (nas Ações Diretas / Ações de Comandos)
As Operações Especiais (OpEsp) são aquelas realizadas por pessoal especialmente selecionado e adestrado,
empregando meios não convencionais e executando ações também não convencionais, com o propósito de destruir ou
danificar objetivos específicos, capturar ou resgatar pessoal ou material, coletar dados, despistar e produzir efeitos
psicológicos. Normalmente são operações de duração limitada e, geralmente, exploram a surpresa, rapidez e ação de
choque.
c) Blindados (nas ações de combate)
Em situações em que a análise dos fatores da decisão recomende, os Carros de Combate (CC) podem ser empregados
como peça de manobra, cumprindo tarefas táticas ofensivas e defensivas, em particular aquelas onde as características dos
blindados implicam no emprego desses meios.
Para tal, os CC deverão contar com o apoio da Infantaria que estará, preferencialmente, apoiada por Viaturas
Blindadas de Transporte de Pessoal Sobre Lagartas (VBTP SL), Carros-Lagarta Anfíbios (CLAnf) ou Viaturas Blindadas de
Transporte de Pessoal Sobre Rodas (VBTP SR).

2.14.2 - Atividades de Apoio ao Combate (ApCmb)


As atividades de apoio ao combate destinam-se a proporcionar apoio de fogo, apoio ao movimento, apoio à
capacidade de Comando e Controle e à proteção do GptOpFuzNav como um todo.
a) Apoio Aéreo (ApAe)
O ApAe exerce um papel fundamental no desenvolvimento das ações em terra, compreendendo, além do transporte
tático, dentre as atividades de ApCmb, as ações de Apoio Aéreo Ofensivo (ApAeOf).

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A utilização de aeronaves possibilita a exploração da terceira dimensão do combate nos campos de batalha, fator
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multiplicador de poder de combate, contribuindo decisivamente para o cumprimento das missões dos GptOpFuzNav. Esse

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emprego constitui o Apoio ApAe. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O ApAe em proveito da manobra dos GptOpFuzNav é dividido em dois grandes grupos: ApAeOf e Apoio Logístico
(ApLog) por aeronaves.
Na Fig 2.1 são apresentadas as atividades nas quais o ApAeOf é dividido:

b) Apoio ao Desembarque (ApDbq)


A atividade de ApDbq é o grande diferencial do emprego dos Fuzileiros Navais em relação às Operações Terrestres
convencionais. Compreende ações realizadas por elementos especializados que, nas OpAnf, preparam as Praias de
Desembarque (PraDbq), para Embarcações de Desembarque (ED) e CLAnf, e Zonas de Desembarque (ZDbq), para
helicópteros, facilitando o movimento da tropa e seu material, desde os primeiros momentos do assalto.
Neste contexto, com o estabelecimento das PraDbq e/ou ZDbq, o apoio ao desembarque inclui o balizamento e a
orientação das tropas que desembarcam em vagas iniciais de assalto [Movimento Navio-para-Terra (MNT) por superfície e
helitransportado] com o respectivo controle dos efetivos, a indicação de posições de tropas inimigas, a indicação de
passagens em obstáculos localizados nas PraDbq, o auxílio ao fornecimento de itens críticos de suprimentos nos momentos
iniciais, a catalogação do material salvado e capturado, dentre outras atividades.

c) Apoio de Fogo Naval (ApFN)


O ApFN em uma OpAnf contribui, em conjunção com outras armas, para o cumprimento da missão da Força de
Desembarque (ForDbq), tendo grande importância, particularmente quando, em face da situação militar do inimigo, for
impossível o desembarque da Artilharia de Campanha nos primeiros momentos do MNT e quando as condições
meteorológicas limitarem o emprego do ApAe.
O ApFN é empregado para a destruição ou neutralização de instalações terrestres e defesas que se opuserem à
aproximação dos navios e aeronaves, e ao desembarque das tropas. Provê, ainda, o permanente apoio à progressão das
tropas no terreno depois de efetivado o desembarque.
O ApFN pode, também, ser empregado para apoiar outros tipos de operações terrestres quando estas ocorrerem
próximo ao litoral.

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d) Artilharia de Campanha
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A Artilharia de Campanha é o principal meio de apoio de fogo orgânico dos GptOpFuzNav nas Operações de Guerra

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Naval. Graças à flexibilidade, alcance e poder de destruição de seus meios, pode ser empregada para apoiar os elementos Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

de combate aplicando fogos sobre os escalões avançados do inimigo e seus meios de apoio de fogo, bem como
aprofundando o combate por meio de fogos contra as instalações de comando, comunicações, sistemas de armas, logísticas
e reservas do oponente.
A Artilharia de tubo (obuseiros e morteiros) cerra, normalmente, à retaguarda dos elementos de combate, apoiando
seu ataque e facilitando sua manobra.
A Artilharia de mísseis e foguetes é de grande importância para aprofundar o combate, batendo alvos de interesse
do Comando do GptOpFuzNav, particularmente posições inimigas mais distantes. Pode ser empregada, ainda, para bater
meios navais quando em Operações de Defesa de Ilhas Oceânicas e de Instalações Navais.

e) Blindados
Os CC são empregados, primordialmente, no apoio, destruindo forças inimigas, suas armas, seus blindados e suas
instalações.
As VBTP SL, os CLAnf e as VBTP SR provêm à tropa embarcada proteção blindada, mobilidade e apoio de fogo,
conferindo ação de choque às suas ações. Tais características associadas à flexibilidade, variedade de sistemas de
comunicações e à reação imediata aos comandos recebidos delineiam a atuação dos blindados.
Entretanto, os blindados possuem suas próprias limitações, além de estarem sujeitos às restrições causadas por
obstáculos naturais e artificiais.
Assim, para otimizar suas possibilidades, os blindados devem ser empregados prioritariamente em ações ofensivas e
em combinação com a Infantaria, que lhes proporcionará proteção aproximada, compensando algumas das limitações
supra. Por sua vez, a Infantaria terá sua ação de choque e segurança ampliadas pela atuação conjunta com os blindados.

f) Comunicações e informática
As comunicações e a informática permitem o estabelecimento de ligações bem como a transmissão de dados e ordens
com rapidez, confiança e segurança, agilizando a tomada de decisão.
Os sistemas devem ser confiáveis e flexíveis. O sucesso depende em grande parte da eficiência no desempenho das
atividades de comunicações associadas com o emprego de sistemas de informações.
Um sistema de comunicações eficaz contribui significativamente para o exercício do C2 por parte do Comando do
GptOpFuzNav.

g) Coordenação do Apoio de Fogo (CAF)


O planejamento do apoio de fogo (ApF) é um processo cíclico e contínuo de seleção e análise de alvos, e da definição
do meio que irá bater cada um deles. Esse processo visa primordialmente facilitar a manobra, como um todo, do
Comandante do GptOpFuzNav, as ações de seus componentes, com vistas a neutralizar, retardar, iludir, degradar ou destruir
as capacidades do inimigo, o que inclui o ataque por fogos às suas instalações, tropas em contato, reservas e tropas em
condições de reforçar, além dos seus meios de Cmb, ApCmb e de ApSvCmb.
O ApF é regido por princípios e fundamentos, que são regulados em manual que trata especificamente da CAF. Para
que a execução desse planejamento do ApF seja integrada à manobra e ao ApLog, são exploradas as possibilidades e
respeitadas as limitações das armas de apoio, de modo a se obter o máximo de eficiência, com segurança, no emprego de
canhões navais, do armamento empregado por aeronaves, de obuseiros e morteiros da artilharia de campanha, e dos
morteiros e mísseis orgânicos do BtlInfFuzNav que integra o núcleo do CCT.

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Em síntese, o planejamento do ApF deve considerar os seguintes pontos principais:


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a) Apoio às Forças em contato;

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b) O atendimento à ideia de manobra; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

c) A integração com o conceito da operação; e


d) A continuidade do ApF.
Os fogos de apoio, para que sejam aplicados segundo esses preceitos mencionados, devem ser rigorosamente
coordenados para que não haja prejuízos à manobra e tampouco causem baixas pelo chamado “fogo amigo”. A CAF, por
sua vez, consiste em um processo sistêmico de análise e decisão, que envolve o emprego simultâneo de múltiplos sistemas
de armas, que sejam capazes de identificar e bater, prioritariamente, os alvos que materializem as VC e o CG inimigos, de
modo a potencializar os efeitos desse fogos de apoio.
A CAF torna-se efetiva quando integrada ao sistema de inteligência, em particular quanto à inteligência de alvos. A
aplicação de princípios, fundamentos, métodos e medidas permissivas e restritivas, tal como especificado em manual
próprio sobre a CAF, proporciona rapidez, associada à liberdade de manobra, necessária para o cumprimento da missão do
GptOpFuzNav. Por se tratar da mais complexa das operações militares, a CAF nas Operações Anfíbias, particularmente
durante o movimento-navio-para-terra (MNT), torna-se especialmente completa e complexa por envolver as três
dimensões do combate (naval, terrestre e aéreo) em proveito do conceito da operação do Comandante da Força-Tarefa
Anfíbia (a cargo do Centro de Coordenação das Armas de Apoio – CCAA) e do conceito da operação em terra do Comandante
da Força de Desembarque (a cargo do Centro de Coordenação do Apoio de Fogo – CCAF).

h) Defesa Antiaérea (DefAAe)


A DefAAe desempenha, a partir do solo, a tarefa de destruir aeronaves hostis, tendo em vista a vulnerabilidade dos
GptOpFuzNav aos ataques aéreos inimigos. Tal atuação exige um elevado grau de coordenação e centralização do controle,
devendo ser levado em conta as respectivas características técnicas (alcance, autonomia, velocidade, tipo de armamento
etc.) dos vetores aéreos inimigos, os meios disponíveis e a área a defender.
Eventualmente, os meios antiaéreos podem ser utilizados contra alvos de superfície, complementando outros meios
de apoio de fogo quando houver forte ameaça terrestre inimiga e pequena ameaça aérea.
As atividades de DefAAe devem estar intimamente coordenadas e integradas às operações aéreas.

i) Defesa Anticarro (DAC)


Atividades de DAC são integradas em todo o sistema defensivo ou ideia de manobra dos GptOpFuzNav, sendo
desenvolvidas em todo o Espaço de Batalha buscando reduzir a capacidade dos Bld inimigos o mais longe possível das
posições dos GptOpFuzNav.
Os CC, principal arma AC em terra, integram junto com as armas AC o sistema DAC, para barrar as vias de acesso para
blindados do inimigo e proteger os flancos dos GptOpFuzNav.
Além dos meios terrestres, os meios aéreos são empregados para proteger os GptOpFuzNav, executando o ApAe de
forma a destruir as Unidades blindadas inimigas em profundidade.

j) Defesa Nuclear, Bacteriológica, Química e Radiológica (DefNBQR)


A DefNBQR, associada ou não a Artefatos Explosivos (NBQRe), compreende as diversas medidas adotadas por um
GptOpFuzNav com a finalidade de se opor a quaisquer ataques realizados com o emprego de agentes NBQR, evitando,
reduzindo ou eliminando os efeitos produzidos por estes tipos de agentes.
O Sistema de Defesa NBQRe, portanto, se constituirá no conjunto de medidas a serem observadas antes, durante e
após um ataque NBQRe, bem como os elementos especializados e suas organizações específicas e equipamentos.
A DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As tarefas de detecção e identificação
de agentes NBQRe, consideradas como atividade de ApCmb, são cumpridas pelas Seções de Reconhecimento QBN
(SecReconQBN) e por elementos especializados em Desativação de Artefatos Explosivos (DAE).
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k) Engenharia de Combate
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A Engenharia destina-se a ampliar o poder de combate dos GptOpFuzNav aumentando sua mobilidade e reduzindo a

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mobilidade das Forças inimigas (contramobilidade). Na defensiva, o Sistema de Barreiras deve ser integrado à DAC e ao Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Plano de Fogos.
Os trabalhos que atendem ao propósito do aumento da mobilidade no apoio ao combate compreendem o
reconhecimento de Engenharia, a manutenção da rede mínima de estradas e de campos de pouso, a abertura de passagens
em obstáculos e áreas minadas, a desativação de artefatos explosivos, o lançamento de equipagens de transposição de
cursos d’água e o levantamento de campos de minas visando, principalmente, manter a impulsão da Força apoiada.
No que tange ao propósito da contramobilidade, grande esforço estará voltado para o lançamento de campo de
minas anticarro, a execução de destruições, demolições e para o estabelecimento de obstáculos que retardem, canalizem
ou detenham o inimigo, com a máxima exploração dos obstáculos naturais, visando economia de tempo e de meios de
engenharia.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia poderão ser empregados nos trabalhos de
organização do terreno, provendo excelente apoio na preparação de abrigos, instalações de órgãos de comando, de
artilharia, bem como posições defensivas. Em situações de emergência, a Engenharia pode ser empregada, com limitações,
como Infantaria.
l) Guerra Cibernética (GC)
A GC, também conhecida como Ciberguerra, é uma modalidade de guerra onde o “conflito” não ocorre em terra, ou
no mar, ou no espaço, mas sim no espaço cibernético (ECiber).
O ECiber é um ambiente não tangível formado por ativos de Tecnologia da Informação (TI) onde dados digitalizados
são criados, armazenados, modificados, transitados e processados.
Os armamentos utilizados neste tipo de guerra são conhecidos como artefatos cibernéticos, que se tratam de
equipamentos ou sistemas empregados no ECiber para execução de ações de defesa, exploração e ataque. Tais ações em
conjunto são denominadas ações de guerra cibernética.
Uma ameaça cibernética, por exemplo, pode ser qualquer indivíduo, equipamento ou sistema com potencial para
causar um incidente de TI. Considera-se combatente cibernético como sendo o indivíduo que emprega artefatos
cibernéticos para realizar ações de GC. De forma geral, os alvos da GC são as infraestruturas críticas, assim consideradas as
instalações, serviços, bens ou sistemas que, caso tenham a sua operação comprometida, afetam o cumprimento da missão
de uma organização. O risco cibernético é a probabilidade de ocorrência de um ataque associado à magnitude do dano por
ele provocado.
Os ataques cibernéticos são passíveis de ocorrer porque os sistemas computacionais possuem vulnerabilidades, com
os mais diversos propósitos, tais como: subtração de dados; conhecimento das vulnerabilidades de redes e dispositivos;
alterações de páginas na internet; interrupção de serviços; e degradação da infraestrutura crítica. Mesmo nas redes
segregadas ou sistemas isolados, observa-se a existência de vulnerabilidades nos mesmos patamares das redes conectadas.
De fato, não há segregação total, pois alguma rede ou dispositivo, mesmo dito isolado, são acessados por dispositivos que,
em outro momento, estiveram ou estarão conectados à internet. Assim sendo, as Forças estarão mais ou menos vulneráveis
à medida que sejam capazes de detectar, corrigir ou proteger estas falhas presentes no seu ECiber.
m) Guerra Eletrônica (GE)
A GE é o conjunto de ações que se utiliza do espectro eletromagnético para coletar dados sobre o inimigo, negar o
uso do espectro por parte do inimigo e proteger o nosso uso do espectro contra as ações ofensivas inimigas.
A utilização do espectro para a coleta de dados sobre o inimigo é integrada à atividade de inteligência. Essa vertente
é chamada de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE), negação do uso do espectro por parte do inimigo é integrada
às ações táticas. Deve possuir emprego pontual devido ao grau de exposição à Força adversa. Essa ação é chamada de
Medida de Ataque Eletrônico (MAE).

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As ações que visam proteger nossas emissões são chamadas de Medidas de Proteção Eletrônica (MPE).
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n) Reconhecimento e Vigilância (RecVig)

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As atividades de RecVig são realizadas por todos os escalões de tropa. Os elementos de operações especiais, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

normalmente, operam em proveito do GptOpFuzNav como um todo.


As atividades de RecVig compreendem ações realizadas por militares com ou sem auxílio de equipamentos, como,
por exemplo, radares e sensores, satélites e aeronaves tripuladas ou não.

2.14.3 - Atividades de ApSvCmb


Os elementos de ApSvCmb são responsáveis pelo apoio logístico aos GptOpFuzNav, executando várias tarefas que,
agrupadas em atividades afins, constituem as seguintes funções logísticas: recursos humanos, saúde, suprimento,
manutenção, engenharia, transporte e salvamento.
A reunião de atividades funcionais em funções logísticas tem o propósito de facilitar a organização, o planejamento,
a execução e o controle do ApLog. Cabe, ainda, ressaltar que muitas vezes elas se interrelacionam ou se complementam.
Enquadram-se, também, nas atividades de ApSvCmb, o Serviço de Polícia (SP) e as demais atividades da Defesa
NBQRe.
a) Recursos Humanos
Os GptOpFuzNav ativados para emprego em operações são priorizados quanto ao recebimento do pessoal em
quantidade e com a capacitação profissional necessária ao cumprimento de sua missão.
Caso necessário, o Cmt do GptOpFuzNav levantará suas necessidades de pessoal, assim como as qualificações
específicas desse pessoal, a fim de providenciar junto ao seu Comando superior o recompletamento e a qualificação
necessários ao cumprimento de sua missão.
Normalmente, essa função logística refere-se ao controle de efetivos, recompletamentos, controle de extraviados,
assistência religiosa, moral, justiça e disciplina, dentre outros aspectos.
Com relação à atividade de bem-estar e manutenção do moral da tropa, visa manter as condições psicossociais
adequadas ao cumprimento da missão. Compreende ações voltadas para o atendimento de necessidades como: repouso,
recuperação, recreação, suprimento reembolsável, serviço de assistência social, serviço de assistência religiosa, serviço
postal, serviço de lavanderia e sepultamento.
b) Saúde
O apoio de saúde (médico e odontológico) é prestado visando a conservação do poder combatente dos GptOpFuzNav,
o que é conseguido por meio da execução de medidas de medicina preventiva e de reabilitação.
É o conjunto de atividades relacionadas com a conservação do pessoal, nas condições adequadas de aptidão física e
psíquica, por intermédio de medidas sanitárias de prevenção e recuperação, para que a tropa tenha plenas condições de
cumprir suas tarefas.
As atividades da função logística saúde consistem no levantamento das necessidades, determinação dos padrões
psicofísicos, seleção médica, medicina preventiva e medicina curativa.
Ressalta-se a importância dos procedimentos de primeiros-socorros individuais, a capacitação profissional dos
enfermeiros e a existência de cadeias de evacuação claramente definidas para que o GptOpFuzNav minimize suas perdas
de pessoal em situações de combate.
c) Suprimento
É o conjunto de atividades que trata da previsão e provisão do material, de todas as classes, necessário ao
GptOpFuzNav, permitindo o dimensionamento da estrutura para o fornecimento dos diversos itens e o estabelecimento e
manutenção do fluxo de ressuprimento.
O suprimento pode ser obtido no TO/Área de Operações (AOp) ou vir de fora. O armazenamento deve considerar
níveis de estoque (operacional, segurança, reserva e máximo) compatíveis com sua missão.

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No planejamento inicial do GptOpFuzNav, devem ser previstos níveis mínimos de estoque de suprimentos que
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garantam sua sobrevivência em combate (autossuficiência), devido a possíveis óbices para implementação do

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ressuprimento planejado. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

d) Manutenção
A realização da manutenção preventiva e corretiva dos meios é fundamental para que o GptOpFuzNav possa cumprir
sua missão.
Para tal, deve ser realizado o levantamento das necessidades quanto a instalações, pessoal qualificado e material
(ferramental e sobressalentes) para atender às especificidades de cada GptOpFuzNav ativado.
As manutenções pré-operação, durante e pós-operação nos meios são fundamentais para que o GptOpFuzNav
mantenha a disponibilidade de seus meios e, por conseguinte, se mantenha operacional.

e) Engenharia
É o conjunto de atividades que são executadas, visando ao planejamento e à execução de obras e de serviços com a
finalidade de obter e adequar a infraestrutura física e as instalações existentes às necessidades dos GptOpFuzNav.
As atividades de engenharia têm um sentido técnico combinado com uma necessidade logística. Desta forma, nem
sempre é possível estabelecer uma nítida distinção entre os trabalhos de engenharia que são relacionados às tarefas de
ApCmb e de ApSvCmb.
Alguns trabalhos para aumento de mobilidade, como construção de pontes, assessoria técnica, levantamentos
topográficos, desenvolvimento e manutenção de campos de pouso e vias de transporte ou reparação de uma estrada para
atender ao deslocamento do escalão de ataque, tarefas nitidamente de ApCmb, permitirão o deslocamento de seus
suprimentos, e podem ser considerados também de ApSvCmb.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia também poderão ser empregados na preparação
de instalações logísticas, principalmente abrigos para suprimentos críticos, permitem um maior grau de sobrevivência às
Forças apoiadas.
Apesar disso, pode-se afirmar que as atividades voltadas para ampliar as condições de bem-estar dos GptOpFuzNav,
são tarefas exclusivamente de ApSvCmb. Tais atividades não contribuem diretamente para a condução das operações,
porém melhoram as condições de conforto de uma tropa e aumentam sua capacidade de durar na ação. Dentre elas
destacam-se a geração de energia, a produção de água potável e o apoio em construção de instalações.

f) Transporte
Desde o fornecimento de suprimentos, passando pela evacuação de Prisioneiros de Guerra (PG) e de feridos,
transporte de refugiados, até a coleta de salvados, a eficácia da realização de todas as atividades de ApSvCmb depende do
correto dimensionamento da estrutura de apoio de transporte, da distribuição apropriada de meios e do gerenciamento
dos recursos dentro de prioridades pré-estabelecidas.
Assim, além das viaturas estarem disponíveis, há a necessidade de que sejam confiáveis e provejam a mobilidade e
proteção necessária para cada tipo de missão dos GptOpFuzNav, requerendo motoristas e operadores qualificados a
conduzí-las de acordo com as condições de trafegabilidade da AOp.

g) Salvamento
É o conjunto de atividades que são executadas visando a salvaguarda e o resgate de recursos materiais, suas cargas
ou itens específicos do GptOpFuzNav.
O salvamento consiste em combater incêndios, controlar avarias, rebocar e, no caso do material específico do
GptOpFuzNav, desatolar viaturas e equipamentos, reflutuar Viaturas Anfíbias (VtrAnf) e recuperar suas cargas ou itens
específicos.

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h) Serviço de Polícia
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Conjunto de atividades relacionadas diretamente com a segurança de instalações e comboios, com o estabelecimento

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de postos de controle de trânsito, com ações de controle de distúrbios e trato com os PG. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

i) DefNBQRe
Conforme supracitado, a DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As tarefas de
descontaminação e detoxificação, consideradas como atividades de ApSvCmb, são cumpridas pelas Seções de
Descontaminação QBN (SecDesconQBN).

2.15- TRADIÇÕES E ESPÍRITO DE CORPO DO CFN


As tradições, materializadas pelo legado dos Fuzileiros Navais de ontem, devem ser cultuadas pelos militares do
presente e transmitidas aos do futuro, perpetuando o CFN no tempo.
O culto às tradições não pressupõe estagnação ou obsolescência. Ao contrário, perpetua a identidade e fortalece o
espírito de corpo, característica irrefutável do CFN, que deve ser preservada e desenvolvida em todos os níveis, devido aos
seus incontestes reflexos no moral da tropa.

CAPÍTULO 3
GUERRA DE MANOBRA

3.1 - GENERALIDADES
Conforme apresentada no capítulo 1, a Guerra de Manobra é um estilo de condução do conflito em que, em síntese,
é priorizada a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir de uma posição vantajosa, com o propósito
de romper a coesão mental de suas Forças.
Os conceitos a seguir apresentados fornecem o necessário embasamento para um melhor entendimento da Guerra
de Manobra.

3.2 - O CICLO OODA


O Ciclo OODA, também denominado de Ciclo de Boyd ou Ciclo de Decisão, é a principal base teórica empregada na
Guerra de Manobra, segundo a qual as ações no combate são desenvolvidas na sequência OBSERVAÇÃO - ORIENTAÇÃO –
DECISÃO - AÇÃO (OODA), de forma cíclica, conforme apresentado na Fig 3.1.

O Ciclo OODA é formado por quatro etapas. Na primeira (observação), é percebida uma mudança no curso dos
acontecimentos; na segunda (orientação), é produzida uma imagem mental da nova situação; na terceira (decisão), chega-
se à forma da conduta a ser desenvolvida; e na última (ação), são implementadas as ações decorrentes da decisão tomada,
voltando-se à etapa da observação e, assim, sucessivamente.
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A chave para o sucesso na solução de um problema militar é ter mecanismos que façam esse ciclo girar mais
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rapidamente que o do seu oponente, ou seja, a realização de um ciclo com menor duração por nossas Forças, sempre em

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comparação com o do inimigo, fará com que este tenha grande dificuldade em completar o seu ciclo, prejudicando a sua Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

orientação e/ou fazendo com que sua conduta se torne inoportuna ou inapropriada, devido à alteração da situação para a
qual esta foi inicialmente idealizada, obrigando-o a reagir às ações de nossas Forças (ver Fig 3.2).

Tendo sido o oponente sucessivamente sobrepujado por ritmo e velocidade superiores do ciclo OODA executado por
nossas Forças, ele tenderá a ter sua coesão mental deteriorada, redundando na sua incapacidade de lidar com a situação
em tela.
Uma Força que execute um Ciclo de Decisão mais rápido tem grande vantagem sobre outra na qual o processo é mais
lento, criando oportunidades e assegurando a iniciativa das ações.
A execução de um rápido e eficiente processo decisório traz enorme vantagem àquele que, gerando um ritmo intenso,
consiga, mais rapidamente, desestabilizar e, consequentemente, retardar o ciclo do oponente, gerando a desordem ou a
destruição de sua coesão física, mental ou moral.

3.3 - CENTRO DE GRAVIDADE


O Centro de Gravidade (CG) é uma fonte de força, poder e resistência física ou moral que confere ao contendor,
em ultima análise, a liberdade de ação para utilizar integralmente seu poder de combate. Poderá ser constituído por
um aspecto material, como uma Unidade específica ou sistema de armas, ou não material, como uma liderança
especialmente estimuladora ou a vontade de combater.
O comprometimento do CG implicará uma redução significativa da capacidade docontendor de influir nas ações.
Tropas que se opõem possuirão, normalmente, um CG para cada nível de condução/decisão da guerra, sendo
também possível que estes CG variem no tempo.
A identificação dos CG, por muitas vezes, é complexa, em função da variedade de aspectos que podem ser
considerados como tal. Entretanto, há a necessidade de selecionar um deles como alvo do esforço, o que poderá ser
feito por meio da análise do impacto de seu comprometimento ou perda para o inimigo e da sua acessibilidade.

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3.4 - VULNERABILIDADES CRÍTICAS

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As Vulnerabilidades Críticas (VC) são pontos fracos do CG que, ao serem exploradas, resultarão na
desestabilização ou destruição do CG oponente. A cada CG pode estar relacionada uma ou mais VC. É importante que
a VC seja acessível pelo contendor oposto para poder ser assim considerada.
As VC são dependentes da evolução da situação, podendo, em um determinado período, ser como tal
enquadradas, deixando de sê-las logo a seguir. Da mesma forma, aquilo que está vulnerável poderá, rapidamente,
deixar de estar.
Deve-se estar atento para proteger nossas VC e perceber e explorar as inimigas, porvezes passageiras e
fluidas. Caso não sejam identificadas VC do inimigo, ações preparatórias devem ser realizadas para criá-las.
Em resumo, as VC devem conter as seguintes características: serem vulneráveis a ações adversas e serem vitais
para o perfeito funcionamento do sistema de combate, permitindo o acesso e a consequente desestabilização do CG
considerado.

CAPÍTULO 4
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS

4.1 - GENERALIDADES
O GptOpFuzNav é uma forma de organização para o emprego de tropa de Fuzileiros Navais, constituída para o
cumprimento de missão específica e estruturada segundo o conceito organizacional de componentes, que agrupa os
elementos constitutivos, de acordo com a natureza de suas atividades.
O conceito organizacional de GptOpFuzNav deve ser considerado complementarmente aos procedimentos previstos
pelo Processo de Planejamento Militar (PPM), não resultando em perda de flexibilidade de escolha da melhor estrutura
para o cumprimento das tarefas recebidas.
O emprego de tropa de Fuzileiros Navais organizadas como GptOpFuzNav dar-se-á, normalmente, quando o vulto, a
complexidade ou a ênfase das tarefas a serem executadas justificarem a reunião de elementos constitutivos sob um mesmo
comando. Esta forma de organização é válida em qualquer ambiente ou nível de violência do conflito. Caberá à autoridade,
que determinar o emprego de tropa, decidir pela ativação ou não de um GptOpFuzNav.
O conceito de GptOpFuzNav permite aliviar o seu Comandante da sobrecarga resultante da complexidade das
atividades de manobra terrestre, de apoio logístico e daquelas relacionadas com o espaço aéreo de sua responsabilidade,
além de facilitar a coordenação e o controle da Força. Assim, possibilita maior eficiência, na medida em que, para cada área
geral de atuação (comando e controle, manobra terrestre, espaço aéreo e logística), existirá um Comandante designado
para planejar, coordenar e controlar as ações desenvolvidas, atendendo ao estabelecido pelo planejamento do Comando
do GptOpFuzNav.
Dessa forma, o Comandante do GptOpFuzNav preocupa-se com a coordenação geral das ações, interage com os
comandos superiores envolvidos na missão e mantém constante acompanhamento da evolução da situação no nível
operacional e tático, com vistas ao possível emprego futuro da Força.

4.2 - ESTRUTURA BÁSICA DOS GptOpFuzNav


Os GptOpFuzNav são constituídos, fundamentalmente, pelos seguintes componentes:
Componente de Comando (CCmdo), Componente de Combate Terrestre (CCT), Componente de Apoio de Serviços ao
Combate (CASC) e Componente de Combate Aéreo (CCA), conforme a Fig 4.1. Essa estruturação, em conjunto com o
Processo de Planejamento Militar (PPM), orientará a organização e o emprego de cada componente.
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4.2.1 - Componente de Comando (CCmdo)


O CCmdo é personificado pelo Comandante do GptOpFuzNav e seu Estado-Maior (EM) Geral e Especial, organizados
em diversos Centros de Coordenação e Controle.
Integram ainda esse componente destacamentos que executam tarefas específicas relacionadas ao comando e
controle (C2) em proveito do Comando do GptOpFuzNav, tais como: Apoio ao Comando e Controle (ApC2), Operações
Especiais (Recon) e Guerra Eletrônica (MAGE).
O CCmdo é responsável pelas ligações externas do GptOpFuzNav, seja com o Comando Superior, seja com Forças
Amigas ou, ainda, agências não militares.
O Comandante do GptOpFuzNav é o Comandante do CCmdo.

4.2.2 - Componente de Combate Terrestre (CCT)


O Comando do CCT dispõe do EM Geral e Especial, que trabalham no seu Centro de Operações de Combate (COC) e
no seu CCAF.
O CCT concentra os meios de Cmb e de ApCmb necessários à execução das tarefas relacionadas com a conquista e
manutenção do terreno, a destruição da coesão mental e sistêmica do inimigo, bem como outras relacionadas com o
controle de áreas terrestres.
A estrutura logística do CCT é sumária, atendendo apenas ao desencadeamento de sua capacidade de combate. Cabe
ao CASC prover o ApSvCmb necessário à sustentação do CCT. É desejável que haja um único CCT. Entretanto, poderão existir
situações que indiquem a constituição de um segundo CCT. Tais situações, normalmente, relacionam-se com a não
existência de condições adequadas para o controle, coordenação e apoio das ações de um elemento que atue afastado,
diferença da natureza das tarefas a serem simultaneamente empreendidas e o emprego sequencial de dois elementos de
combate, que embora atuem na mesma área, o façam em períodos de tempo distintos.

4.2.3 - Componente de Combate Aéreo (CCA)


O Comando do CCA dispõe do EM Geral e Especial, que trabalham em seu próprio COC.
O CCA concentra ou coordena o emprego de meios para o ApAe, o controle aerotático e a DefAAe do GptOpFuzNav
como um todo, além do apoio logístico de aviação.
Para tanto, o CCA realiza o planejamento do emprego de todos os meios de aviação e terá o comando dos meios
desdobrados em terra e o controle das aeronaves enquadradas por outros comandos.

4.2.4 - Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC)


O Comando do CASC dispõe do seu EM, que trabalha no seu Centro de Operações Logística (COL).
O CASC provê o GptOpFuzNav do ApSvCmb, por meio de execução das funções logísticas essenciais à sua
operacionalidade, excetuadas aquelas atividades específicas de aviação.
Deve-se ressaltar que o conceito de ApSvCmb engloba as atividades logísticas realizadas pelos demais componentes.
Ao CASC caberá o apoio logístico até a Instalação Logística Sumária (ILS) de cada componente, de forma que estes tenham
condições de executar suas respectivas atividades, avultando de importância o ApSvCmb conduzido no âmbito do CCT.
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4.2.5 - Acúmulo de Funções de Comando de Componente


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Normalmente, o Comandante do GptOpFuzNav será distinto dos comandantes do CCT, CASC e CCA, sendo esta

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situação desejável. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Em ocasiões especiais, porém, admite-se que o Comando do GptOpFuzNav seja acumulado com o comando do CCT,
CASC ou do CCA. Isso poderá ocorrer, particularmente, quando a situação sugerir a organização de somente um dos
componentes, incorporando as atividades dos demais em face de suas expressões reduzidas. Em caso da necessidade de
acúmulo de funções poderá ou não haver um EM específico para o comando do GptOpFuzNav e outro para o comando do
componente em tela.
Assim, três situações de relações de comando e organização de EM podem ocorrer:
a) Dois Comandantes e dois EM (para o Cmdo do GptOpFuzNav e para o Cmdo dos componentes) - situação ideal;
b) Um Comandante e dois EM (apenas o Comandante do GptOpFuzNav acumula o comando de um dos
componentes); e
c) Um Comandante e um EM (tanto o Comandante do GptOpFuzNav, quanto o seu EM, acumulam as funções de um
dos componentes).

4.2.6 - Outros Elementos


Além dos componentes apresentados, poderão ser organizados outros elementos, também diretamente
subordinados ao Comandante do GptOpFuzNav para cumprir tarefas específicas, cuja natureza e aspectos de coordenação
e controle não recomendam a incorporação desse elemento a um dos componentes do GptOpFuzNav. Tais circunstâncias
decorrem da especificidade, temporalidade, importância ou vulto das ações a serem desenvolvidas por este novo Elemento
para o cumprimento da missão do GptOpFuzNav, podendo ser citados, como exemplos, um Grupo de Apoio ao
Desembarque Administrativo (GRADA), um Hospital de Campanha (HCamp), um Grupo de Engenharia da Força (GEF), uma
Bateria de Lançadores Múltiplos de Foguetes (LMF), um Grupo de Operações Civis-Militares, uma Subunidade de Guerra
Eletrônica (GE-MAE) ou um Grupo de Comandos Anfíbios (GruCAnf - Ação Direta).

4.2.7 - Apoios externos ao GptOpFuzNav


Os GptOpFuzNav poderão receber apoios de forças amigas, militares ou civis na área de operações. Os mais
comumente encontrados são os apoios de Unidades navais, aeronavais e de Força Aérea.

4.2.8 - Preponderância de esforços entre os componentes


Não existe uma definição prévia sobre qual componente deva ser designado para desenvolver o EsfPcp em uma
operação. Esta definição dependerá da missão a ser cumprida e poderá ser atribuída a qualquer dos componentes.
Em uma mesma operação, a realização do EsfPcp atribuída a um componente poderá ser transferida para outro para
atender às necessidades operativas.
O componente designado para a condução do EsfPcp contará com o apoio de todos os demais integrantes do
GptOpFuzNav.

4.3 - TIPOS DE GptOpFuzNav


O tipo de GptOpFuzNav é determinado pelo valor de tropa que compõe o núcleo do componente que exerce o EsfPcp,
conforme abaixo apresentado:
4.3.1 - Brigada Anfíbia (BAnf)
Uma BAnf possui, basicamente, um dos componentes integrado por dois ou mais elementos de valor Batalhão,
capacidade média de durar na ação por até trinta dias, sem reabastecimento. A BAnf em que o EsfPcp é exercido pelo CCT
possui efetivo aproximado de sete mil militares.

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Possui capacidade integral para o desenvolvimento de operações continuadas de qualquer natureza, demandando
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esforço adicional de mobilização para seu deslocamento e ressuprimento, se necessário.

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4.3.2 - Unidade Anfíbia (UAnf)


Uma UAnf possui, pelo menos, um dos componentes com valor de Batalhão, capacidade média de durar na ação por
até dez dias, sem reabastecimento, e efetivo aproximado de dois mil militares.
Possui limitada capacidade para o desenvolvimento de operações continuadas em ambientes de elevados graus de
ameaça, podendo ser integralmente transportada em meios navais. É uma Força dimensionada e aprestada para emprego
rápido e, por suas características, constitui importante instrumento para rápida resposta a situações de crises.

4.3.3 - Elemento Anfíbio (ElmAnf)


Um ElmAnf possui componentes com valor, no máximo, de Companhia de Fuzileiros, capacidade média de durar na
ação por até cinco dias, sem reabastecimento, e efetivo aproximado de trezentos militares.
Sua capacidade se restringe às tarefas específicas e limitadas, normalmente, de pequena duração, podendo ser
integralmente transportado em meios navais ou aerotransportado. É uma Força dimensionada e aprestada para emprego
rápido e importante instrumento para rápida resposta a situações de crises, a exemplo da UAnf.

4.3.4 Expansão do tipo do GptOpFuzNav


Uma das principais características dos GptOpFuzNav é a sua expansibilidade. Devido à necessidade de estar pronto
para atuar rapidamente em qualquer crise, a resposta satisfatória demanda que a Força deslocada tenha a capacidade de
expandir seu efetivo e poder de combate, sem prejuízo da continuidade da operação.
Os GptOpFuzNav, em função de seu tipo, podem ser expandidos ou reduzidos. A estrutura modular dos GptOpFuzNav
possibilita que essa expansão ocorra de forma rápida e eficaz, acrescentando-se elementos, mesmo que de outras Forças
Armadas, aos componentes já existentes.
Uma determinada ação pode ser iniciada com o emprego de um tipo de GptOpFuzNav e prosseguir com outro
diferente. Dessa forma, ao CCT poderão ser incorporadas ou desincorporadas Frações de Combate, Subunidades ou até
mesmo Unidades, de acordo com a evolução da situação e a disponibilidade de meios.
Cabe ressaltar que nos casos de expansibilidade, o Cmt do GptOpFuzNav e seus órgãos de comando têm prioridade
no desdobramento inicial junto com o destacamento precursor, aditando os demais meios de combate, logísticos e aéreos
na medida de sua disponibilização.
O emprego da Força de Emprego Rápido (FER) de forma escalonada é um exemplo típico, com o envio para a cena de
ação de um ElmAnf que já contenha as agências de C2 de uma UAnf. Posteriormente, com mais tempo e com a
disponibilidade de outros meios de transporte, outros escalões poderão ser gradativamente incorporados aos já presentes,
caracterizando uma expansão do GptOpFuzNav, de seu Comando e de seus componentes.
A mesma característica de expansibilidade inerente ao ElmAnf e à UAnf pode ser observada no nível Brigada, com o
emprego inicial de uma UAnf que contenha as agências de C2 necessárias ao funcionamento da BAnf. Assim, esta também
pode ser empregada de forma escalonada, de acordo com a disponibilidade de meios de transporte e com a evolução da
situação (Fig 4.2).
Os casos de redução no valor do GptOpFuzNav ocorrerão, normalmente, nas fases finais da operação, com o
redimensionamento da Força para emprego em ações subsequentes.

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4.4 - CAPACIDADES DOS GptOpFuzNav


As características dos GptOpFuzNav de mobilidade, flexibilidade, versatilidade, permanência, associadas ao seu
caráter expedicionário, conferem-lhe as seguintes capacidades:
- ficar baseado em navios por longos períodos, com tropas e seus meios perfeitamente ambientados à vida a bordo;
- receber a missão já embarcado e planejar a bordo, remanejando meios entre os vetores de projeção de poder
para executar a operação;
- ser projetado a partir do mar por vetores orgânicos do CFN, navais e aeronavais, com tropas e meios
especialmente adaptados ao desembarque, para o cumprimento de missões de qualquer natureza; e
- atuar independente de outra Força em terra.

4.5 - ORGANIZAÇÕES EMPREGADAS PELOS GptOpFuzNav


Uma das características mais marcantes das Forças de Fuzileiros Navais diz respeito à necessidade de adequação de
sua organização às restrições impostas pelos meios navais, aos vetores de desembarque e ao atendimento da ideia de
manobra em terra. Dessa forma, normalmente nas OpAnf, os GptOpFuzNav são obrigados a assumir três organizações
distintas: a Organização para o Embarque, a Organização para o Desembarque e a Organização Tática para o Combate.
Nos deslocamentos, terrestres ou aéreos, administrativos ou para a reorganização da tropa para posterior ação tática,
as Forças de Fuzileiros Navais assumem a Organização para os Movimentos Terrestres e Aéreos.

4.5.1 - Organização para o Embarque


Organização adotada para o embarque da Força e seu deslocamento até a área da operação, é um agrupamento
administrativo de tropas. Em qualquer escalão de embarque (Grupo, Unidade, Elemento ou Grupamento) ou em qualquer
navio, esse agrupamento inclui parte ou toda uma organização-por-tarefas estabelecida para o desembarque, além de
elementos adicionais.

4.5.2 Organização para o Desembarque


Organização adotada para o desembarque da tropa. No início do assalto, há uma perda temporária de controle pelo
escalão superior, sendo, portanto, necessário que cada escalão seja relativamente autossuficiente ou capaz de atuar
independentemente até que o escalão superior possa exercer o controle em terra.
Em proveito da velocidade, da mobilidade e da economia de meios, os reforços deverão ser reduzidos ao mínimo
necessário.
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A organização para o desembarque prevê a organização da tropa em Equipes de Embarcação e/ou Heliequipes. Com
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o prosseguimento das operações, a tropa se reorganizará, a partir dos escalões mais baixos para os mais elevados, passando

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a adotar a Organização Tática para o Combate mais indicada e planejada para a situação. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

4.5.3 - Organização Tática para o Combate


Organização adotada para cumprimento da missão. O GptOpFuzNav reestrutura seu comando e a organização tática
planejada para atender à ideia de manobra em terra idealizada.
Com o desembarque dos meios em terra, helitransportados ou por superfície, o poder de combate dos elementos de
manobra se edifica gradualmente, dos escalões mais baixos até atingir o nível mais elevado dos componentes, sendo
imprescindível o exercício da liderança e a iniciativa de todos os líderes, por toda a cadeia de comando do GptOpFuzNav.

4.5.4 - Organização para os Movimentos Terrestres e Aéreos


Organização adotada para os movimentos de tropas realizados com meios de transporte terrestres ou aéreos. São
organizados Grupamentos de Marcha e Unidades de Marcha, para os movimentos terrestres, e Heliequipes ou Equipes de
Aeronaves, para os aéreos.

4.6 - OS GptOpFuzNav NOS NÍVEIS DE CONDUÇÃO DOS CONFLITOS


Os GptOpFuzNav terão suas atividades influenciadas, em maior ou menor grau, por acontecimentos nos níveis
político, estratégico e operacional, justificando o conhecimento dos seus principais aspectos, relacionamentos e interações.

4.6.1 - Nível Político


Os GptOpFuzNav não tomam parte na definição dos objetivos políticos. Nele, eventualmente, poderão tomar parte
os Fuzileiros Navais das mais altas patentes, que possam ser chamados a assessorar as autoridades decisoras.
Entretanto, como as ações dos GptOpFuzNav e de outras Forças, em última instância, criarão as condições militares
para a consecução dos objetivos políticos, torna-se importante que todos os integrantes dos GptOpFuzNav conheçam os
aspectos políticos essenciais que serão vivenciados durante as suas ações. Ressalta-se que mesmo as ações de pequenas
frações de tropa ou individuais podem ter repercussão política muito além do militarmente esperado, sendo essa
possibilidade particularmente ampliada pela rapidez da informação assegurada pela mídia. Assim, aspectos como danos
colaterais à população e instalações civis, ao patrimônio histórico ou ao meio ambiente podem ser objeto de especial
preocupação, pelos reflexos que podem ter sobre a condução política de um conflito.
Em última análise, a política estabelecerá os limites da aplicação da força e as imposições que deverão constar das
Regras de Engajamento. Também devem merecer especial atenção as normas previstas pelo Direito Internacional dos
Conflitos Armados (DICA), detalhadas na publicação EMA-135 - Manual de Direito Internacional Aplicado às Operações
Navais, uma vez que um procedimento individual inadequado ou intempestivo pode conduzir a desdobramentos políticos indesejáveis.

4.6.2 Nível Estratégico


Nível de atuação do Ministério da Defesa, onde a presença de assessores Fuzileiros Navais é maior que no nível
político. Caberá a esses assessores a tarefa de evidenciar para os decisores os reflexos decorrentes do emprego dos
GptOpFuzNav.
Os integrantes dos GptOpFuzNav, à semelhança do nível político, não têm participação significativa no processo de
condução do conflito neste nível. Faz-se igualmente imprescindível o entendimento do quadro geral em que suas atividades
estarão inseridas, de modo a garantir unidade de esforço no conjunto da estratégia planejada.

4.6.3 - Nível Operacional


No nível operacional, é comum a presença de Fuzileiros Navais nos Estados-Maiores Conjuntos, assessorando os
Comandantes operacionais quanto ao emprego dos GptOpFuzNav, cujos Comandos estarão, normalmente, atuando no
nível tático, embora, em certos momentos, possam trabalhar neste nível.

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4.6.4 - Nível Tático


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Este é o principal nível de atuação dos GptOpFuzNav, no qual os seguintes aspectos terão importância:

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1. Rapidez no processo decisório; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2. concentração de esforços para obtenção dos efeitos desejados;


3. redução ou anulação das vantagens do opositor e de nossas desvantagens;
4. exploração de nossas vantagens e as desvantagens adversárias;
5. engajamentos assimétricos, a exemplo do uso de tropas de combate contra os meios de C2 e de apoio do
oponente;
6. emprego da velocidade e exploração da surpresa;
7. realização de ações diversionárias;
8. sincronização de todas estas ações; e
9. liderança, particularmente nos níveis hierárquicos mais baixos.

4.7 - A CONTRIBUIÇÃO DOS GptOpFuzNav PARA O PODER NAVAL


O Poder Naval é estruturado para executar as tarefas básicas a ele atribuídas, tal como estabelecido na Doutrina
Básica da Marinha (DBM). Os GptOpFuzNav, como parte de um Conjugado Anfíbio, são, prioritariamente, empregados para
a realização das tarefas de Projeção de Poder sobre Terra, por meio das OpAnf e de Contribuir para a Dissuasão. Além disso,
suas características permitem, ainda, seu emprego em missões relacionadas ao Controle de Área Marítima e à Negação do
Uso do Mar.
Na realização das tarefas de Projeção de Poder sobre Terra, somente o emprego de GptOpFuzNav garante a conquista
e manutenção de objetivos em terra.
O estado de prontidão dos GptOpFuzNav, assim como seus meios compondo um Conjugado Anfíbio pré- posicionado
ou navegando em direção à área de atuação, contribui, significativamente, para a dissuasão.
O estudo da História Militar permite comprovar que as Forças Anfíbias conferem ao Poder Naval a capacidade de
induzir atitudes favoráveis aos interesses nacionais e dissuadir as hostis.
Nesse contexto, os GptOpFuzNav podem ser empregados em diversos cenários, desde os relacionados à assistência
humanitária, em situações de calamidade, até os conflitos generalizados, onde se necessite uma ação decisiva de caráter
estratégico, consoante com as hipóteses de emprego preconizadas no planejamento de alto nível da Defesa.
Adicionalmente, a possibilidade de emprego de um GptOpFuzNav constitui importante fator para contribuir com a
negociação na condução de manobras de crises.

4.8 - OS GptOpFuzNav E A GUERRA DE MANOBRA


Conforme já mencionado, a Guerra de Manobra é naturalmente apropriada quando uma Força tiver que iniciar um
combate em condições desfavoráveis ao emprego do Princípio da Massa ou em frentes muito amplas que impeçam a
concentração de seu PCmb, como é o caso das OpAnf, sendo igualmente apropriada para o emprego de Força em ambientes
de ameaças incertas, que exijam iniciativa e rapidez de decisão.
O conceito organizacional de GptOpFuzNav, adotado para o emprego de Forças de Fuzileiros Navais, adapta-se com
facilidade ao estilo da Guerra de Manobra, pois sua versatilidade, flexibilidade e modularidade possibilitam regular a
combinação de esforços de forma rápida e eficiente.
Além dos aspectos supramencionados, as tendências a menores perdas e danos colaterais indesejáveis, aliadas à
possibilidade de os GptOpFuzNav responderem a um maior espectro de situações de emprego da Força, fazem com que o
estilo da Guerra de Manobra seja o mais apropriado ao emprego dos GptOpFuzNav.

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2.2.4 . MANUAL DO
FUZILEIRO NAVAL
CGCFN-201
(1ª Edição – 12 de maio de 2020)

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MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL


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CGCFN-201 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

1ª Edição – 12 de maio de 2020

2.2.4 -MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL


a) História e Tradições Navais: d) Navegação Terrestre (Cap. 16).
- Histórico dos Fuzileiros Navais (Cap. 1); e e) Armamento do CFN (Cap. 17):
- Tradições Navais (Cap. 2). - Definições básicas (item 17.1);
b) Liderança (Cap. 7); - Generalidades sobre as armas leves (item 17.2);
c) Organização (Cap. 8): - Fuzil de Assalto 5,56mm M16A2Mod 705 (item 17.3);
- Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (item 8.5); - Fuzil Automático 7,62 M964 FAL (item 17.4);
- Força de Fuzileiros da Esquadra (item 8.6); - Metralhadora 5,56mm, MINIMI (item 17.6);
- Divisão Anfíbia (item 8.7); - Metralhadora 7,62mm, Mod B 60-20, MAG (item
- Tropa de Reforço (item 8.8); 17.7);
- Fuzileiros Navais nos Distritos Navais (item 8.9); - Pistola 9mm PT92-BERETTA (item 17.8);
- Batalhão de Operações Ribeirinhas (item 8.10); e - Lança-Granada 40mm M203 (item 17.12); e
- OM de instrução e adestramento do CFN (item 8.11). - AT-4 (item 17.13).

CAPÍTULO 1 - HISTÓRICO DOS FUZILEIROS NAVAIS

1.1 – ANTECEDENTES

A Brigada Real da Marinha foi criada em Lisboa a 28 de agosto de 1797 por alvará de D. Maria I, e suas raízes
remontam a 1618, data de criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, primeiro corpo militar constituído em caráter
permanente naquele país.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) originou-se dessa brigada, cujos componentes aportaram no Rio de Janeiro a 7 de
março de 1808, guarnecendo as naus utilizadas pela Família Real e a Corte Portuguesa, para transmigrar para o Brasil em
decorrência das Guerras Napoleônicas.
No Brasil, a Brigada Real da Marinha ocupou a Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, em 21 de março de 1809, por
determinação do Ministro da Marinha D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anadia.
Ao longo de sua existência, o CFN recebeu várias denominações, podendo sua história ser dividida em três fases
principais, de acordo com as características básicas de sua atuação:
- de 1808 a 1847, atuando como Artilharia da Marinha;
- de 1847 a 1932, atuando como Infantaria da Marinha; e
- a partir de 1932, sendo empregado como uma combinação de tropas de variadas características.
Em todas essas fases, o exercício de atividades de guarda e segurança de instalações navais ou de interesse da
Marinha tem sido constante. Na fase recente, a capacitação para a realização de desembarques nas Operações Anfíbias
(OpAnf), de acordo com o conceito atual, tem definido a atuação do CFN.

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Fig 1.1 - Estandarte da Brigada Real da Marinha


1.2 - PRIMEIRA FASE
Na primeira fase, houve ênfase no emprego dos Fuzileiros Navais (FN) para guarnecerem a artilharia das naus e
embarcações armadas. Os artilheiros-marinheiros constituíam-se nos únicos militares profissionais de carreira existentes
nas guarnições dos navios. Em virtude de sua formação militar, tinham acesso ao armamento portátil e contavam com a
confiança dos comandos que, por meio deles, se impunham à marinhagem sempre que era necessário o emprego da força.
Por estas mesmas razões, adquiriram condições de praticar a abordagem, defender seus navios contra esse tipo de ação
e, desembarcando, combater em terra.
Neste período, participaram ativamente de todas as operações navais nas quais a Marinha se envolveu, sendo dignas
de realce a expedição contra Caiena, as lutas pela consolidação da Independência, a pacificação das Províncias dissidentes
e a Guerra da Cisplatina.
O CFN recebeu as seguintes denominações nesta etapa de sua existência:
- 1821 - Batalhão da Brigada Real da Marinha destacado no Rio de Janeiro;
- 1822 - Batalhão de Artilharia da Marinha do Rio de Janeiro;
- 1826 - Imperial Brigada de Artilharia da Marinha; e
- 1831 - Corpo de Artilharia de Marinha.

Fig1.2 - Almirante Rodrigo Pinto Guedes, Barão do Rio da Prata,


primeiro Comandante da Brigada Real da Marinha no Brasil

1.3 - SEGUNDA FASE


Esta fase iniciou com a criação do Corpo de Imperiais Marinheiros a quem cabia guarnecer a artilharia dos navios e
embarcações, passando os FN a serem empregados como infantaria na realização de abordagens, na defesa das naus e na
realização de desembarques. Entretanto, em decorrência de seu melhor preparo, mantiveram, durante algum tempo,
várias tarefas referentes à Artilharia da Marinha.
A artilharia dos FN evoluiu de artilharia naval para artilharia de posição e artilharia de desembarque, culminando no
Grupo de Artilharia de Campanha do Regimento Naval.

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Nesta fase, os soldados-marinheiros participaram de guerras externas, como as campanhas contra Oribe e Rosas,
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contra Aguirre, e a Guerra do Paraguai.

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As denominações a seguir foram as que o CFN recebeu nesta importante fase: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- 1847 - Corpo de Fuzileiros Navais;


- 1852 - Batalhão Naval;
- 1895 - Corpo de Infantaria da Marinha;
- 1908 - Batalhão Naval; e
- 1924 - Regimento Naval.

Fig 1.3 - Tomada do “Forte Sebastopol” (1864) Campanha contra Aguirre

Vale destacar que, na campanha contra Aguirre, os FN desempenharam papel relevante na tomada da Praça Forte
Paissandu, quando o 2o Sargento Francisco Borges de Souza se destacou por seu heroísmo e destemor. Esse episódio ficou
conhecido entre os combatentes pelo nome de “Tomada do Forte Sebastopol”.
Por sua vez, o Batalhão Naval participou com todo seu efetivo na longa e cruenta Guerra da Tríplice Aliança (1864).
Das 1845 praças que constituíam o efetivo do Batalhão Naval à época, 1428 estavam embarcadas nas unidades navais em
operações no Prata, sendo 585 artilheiros e 843 fuzileiros.

Fig 1.4 - Batalha Naval do Riachuelo

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1.4 - TERCEIRA FASE


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A denominação de Corpo de Fuzileiros Navais, em 1932, em substituição à anterior, Regimento Naval, assinalou o

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início da terceira fase, que vem se caracterizando por franca expansão e aprimoramento, mas conservando a tradição de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

disciplina e confiança, a qual, originária da época da Brigada Real da Marinha, manteve-se através dos tempos.

Fig 1.5 - Evolução dos uniformes do Corpo de Fuzileiros Navais Fig 1.6 - Exercício de Artilharia do Corpo de
Fuzileiros Navais, nos anos 30

Deve ser destacada uma série de fatos ocorridos em relativo curto espaço de tempo que permitiram esta evolução:
1. - a formação dos primeiros oficiais FN na Escola Naval;
2. - o extraordinário desenvolvimento das OpAnf na Segunda Guerra Mundial;
3. - a expansão da Marinha;
4. - o aprimoramento técnico-profissional dos oficiais por meio de cursos, estágios e visitas ao exterior;
5. - a criação do Campo da Ilha do Governador e, nele, o Centro de Instrução (hoje Centro de Instrução Almirante
Sylvio de Camargo) e a Companhia Escola (hoje Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves,
localizado no Campo de Guandu do Sapê, no subúrbio carioca de Campo Grande, RJ); e
6. - a obtenção de áreas para adestramento e a construção de aquartelamentos.
O progresso material alcançado, ao qual se adicionou o devido embasamento doutrinário, possibilitou o incremento
de exercícios com forças navais de países amigos que culminaram com o adestramento interaliado na Ilha de Vieques,
Porto Rico, juntamente com FN norte-americanos, holandeses e ingleses.
Nesta fase, o CFN, como um todo ou em parte, atuou em acontecimentos relevantes da história do Brasil, a saber:
1. - posição legalista nas Revoluções Constitucionalista (1932) e Integralista (1938);
2. - Segunda Guerra Mundial com destacamentos embarcados, Companhias Regionais nos portos de onde
nossas forças navais participavam do conflito e destacamento na Ilha da Trindade; e
3. - posição democrática na Revolução de 1964.

Por ocasião do conflito entre a Índia e o Paquistão, em 1965, o Brasil, como membro da Organização das Nações
Unidas (ONU), enviou observadores militares com uma representação do CFN, o mesmo ocorrendo na luta deflagrada
entre Honduras e El Salvador.
Nas operações levadas a efeito pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na República Dominicana, o CFN
enviou um Grupamento Operativo (GptOp) integrando o Destacamento Brasileiro da Força Interamericana de Paz
(FAIBRAS), um dos componentes da Força Interamericana de Paz (FIP). De março de 1965 a setembro de 1966, esse GptOp
foi revezado três vezes, cumprindo as tarefas recebidas com exemplar disciplina e eficiência técnico-profissional.

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Fig 1.7 - Contingente do Corpo de Fuzileiros Navais em São Domingos (1965)

Nos últimos anos e em atendimento às solicitações da ONU, o Brasil tem enviado militares de suas forças armadas
(FA) para várias regiões em conflito no mundo. O CFN, como uma tropa de elite, tem participado ativamente dessas
Missões de Paz, com observadores militares ou mesmo tropa. Desta forma, os FN do Brasil já marcaram presença em El
Salvador; em Honduras; na antiga Iugoslávia; em Moçambique; em Ruanda; em Angola; no Equador; no Peru e no Haiti.
O elevado grau de profissionalismo dos seus militares, aliado à disciplina, é fator fundamental para o êxito nesses tipos de
operações e tem contribuído para que o Brasil, cada vez mais, seja um membro atuante na nova ordem internacional.
Também, no âmbito interno, por diversas vezes o CFN teve atuação destacada no restabelecimento da ordem,
juntamente com a participação das demais forças singulares.

Fig 1.8 - Contingente de Fuzileiros Navais em Angola - 1995 a 1998 Fig 1.9 - Contingente de Fuzileiros Navais no Haiti

CAPÍTULO 2
TRADIÇÕES NAVAIS
2.1 - GENERALIDADES
O presente capítulo aborda as tradições navais e a sua linguagem, sem pretensão de esgotar o assunto, mas tão-
somente disseminar conhecimentos iniciais àqueles que começam, como fuzileiro naval, a vida de bordo, em qualquer
Organização Militar (OM) da Marinha do Brasil (MB). Todos os militares, quer a bordo, quer em terra, em serviço ou não,
devem proceder de acordo as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a honrar e
preservar as tradições da Marinha.
2.2 - A GENTE DE BORDO
O Comandante é a autoridade suprema de bordo. O Imediato é o oficial cuja autoridade se segue, em qualquer caso,
à do Comandante. É, portanto, o substituto eventual do Comandante.
A gente de bordo compõe-se do Comandante e da Tripulação. O Imediato e os demais oficiais constituem a
oficialidade. As praças constituem a guarnição. A oficialidade e a guarnição formam a tripulação da OM.
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As ordens emanam do Comandante e são feitas executar pelo Imediato, coordenador de todos os trabalhos de bordo
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e que exerce a gerência das atividades administrativas.

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2.3 - O PESSOAL DE SERVIÇO Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Uma série de atividades de bordo é executada pelo pessoal de serviço. Originalmente, o cuidado com o navio, em
termos de zelo por sua segurança, determinou o emprego de parcelas da tripulação em períodos de quatro horas,
denominados quartos. Resulta daí a divisão do dia em quartos de serviço, correspondentes aos períodos entre os horários
de 0000 às 0400, 0400 às 0800, 0800 às 1200, 1200 às 1600, 1600 às 2000 e 2000 às 2400 horas. O quarto de 0400 às
0800 é denominado quarto d’alva.
2.3.1 - O Oficial de Quarto ou de Serviço
No exercício de suas atribuições, é o representante do Comandante. É o responsável pela segurança do navio ou OM,
pela manutenção da disciplina e pelo cumprimento da rotina de bordo.
2.3.2 - O Contramestre
É um suboficial ou sargento, ajudante do oficial de serviço.
2.3.3 - O Polícia
É um sargento ou cabo, ajudante do oficial de serviço para efeito de fiscalização quanto ao cumprimento da rotina e
manutenção da disciplina.
2.3.4 - O Ronda/O Mensageiro
É um marinheiro ou soldado às ordens do oficial de serviço.
2.3.5 - A Sentinela
É um marinheiro ou soldado destacado para um posto de guarda, com atribuição básica de proteger a OM das
ameaças provocadas por estranhos ou inimigos.
2.4 - A ROTINA DE BORDO
A observação de que o dia é dividido em quartos de serviço nos indica que o dia do homem do mar é marcado por
certa continuidade nos trabalhos, ou seja, pela não suspensão do guarnecimento dos serviços.
2.4.1 - O Sino de Bordo
No período compreendido entre os toques de alvorada e de silêncio, os intervalos dos quartos são determinados por
batidas do sino de bordo, feitas ao fim de cada meia-hora.
1ª meia-hora do quarto Uma batida singela
2ª meia-hora do quarto Uma batida dupla
3ª meia-hora do quarto Uma batida dupla e umasingela
4ª meia-hora do quarto Duas batidas duplas
5ª meia-hora do quarto Duas batidas duplas e uma singela
6ª meia-hora do quarto Três batidas duplas
7ª meia-hora do quarto Três batidas duplas euma singela
8ª meia-hora do quarto Quatro batidas duplas

2.4.2 - O Apito do Marinheiro


Os principais eventos da rotina de bordo são ordenados por toques de apito, utilizando-se, para isso, de um apito
especial: o apito do marinheiro. O apito serve, também, para chamadas de quem exerce funções específicas ou para alguns
eventos que envolvam pequena parte da tripulação. Ele tem sido, ao longo dos tempos, uma das peças mais características
do equipamento de uso pessoal da gente de bordo. Os gregos e os romanos já o usavam para fazer a marcação do ritmo
dos movimentos de remo nas galés.

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Com o passar dos anos, o apito se tornou uma espécie de distintivo de autoridade e mesmo de honra. Na Inglaterra,
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o Lord High Admirai usava um apito de ouro ao pescoço, preso por uma corrente; um apito de prata era usado pelos

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Oficiais em Comando, como "Apito de Comando". Eram levados tais símbolos em tanta consideração que, em combate, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

um oficial que usasse um apito preferia jogá-lo ao mar a deixá-lo cair em mãos inimigas.
O apito, hoje, continua preso ao pescoço por um cadarço de tecido e tem utilização para os toques de rotina e
comando de manobras.
As fainas de bordo, ainda hoje, em especial as manobras que exigem coordenação e ordens contínuas de um Mestre
ou Contramestre, são conduzidas somente com toques de apito. Fazê-lo aos gritos denota pouca qualidade marinheira do
dirigente da faina e sua equipe.
O Oficial de Serviço utiliza um apito, que não é o tradicional, e serve para cumprimentar ou responder a
cumprimentos dos cerimoniais (honras de passagem) de navios ou lanchas com autoridades que passam ao largo; mas, o
cadarço que o prende ao pescoço mantem-se como parte do símbolo tradicional.
2.4.3 - Acontecimentos da Rotina Normal
Para apresentar os principais acontecimentos da rotina normal nas OM, serão enfocadas algumas fainas e ações
afetas ao pessoal de serviço, e outras que envolvem a tripulação como um todo, normalmente referidas aos quartos de serviço.
Com algumas variações, correspondem ao dia-a-dia das OM:
a)No quarto d’alva
- Alvorada;
- Faxina do quarto d’alva, que corresponde à limpeza e à arrumação das instalações de bordo pelo pessoal de
serviço;
- Regresso de licenciados; e
- Sinal para a bandeira, preparativo para o cerimonial que se seguirá.
b) No quarto de 0800 as 1200 h
- Cerimonial da bandeira - a bandeira nacional é içada às oito horas da manhã em todas as OM da Marinha, em
cerimonial que consta de sete vivas dados com o apito do marinheiro, ou de toque de corneta, e das continências
individuais por todo o pessoal presente nas imediações do local do cerimonial;
- Parada - formatura geral da tripulação para a transmissão/recebimento de ordens;
- Início do 1o tempo de adestramento e expediente, que termina próximo ao meio-dia;
- Rancho para serviço; e
- Sinal do meio-dia e o rancho geral.
c) No quarto de 1200 as 1600 h
- Período de recreação, após o rancho;
- Início do 2o tempo de adestramento e expediente;
- Formatura para distribuição de faxinas;
- Inspeção, quando todas as incumbências de bordo são vistoriadas; e
- Volta às faxinas, adestramento e expediente.
d) No quarto de 1600 as 2000 h
- Autorização para baixar a terra, ou seja, o licenciamento;
- Período de recreação;
- Sinal para a bandeira;

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- Cerimonial da bandeira - a bandeira nacional é arriada ao pôr-do-sol com formatura geral da tripulação ou de
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todos que se encontram a bordo. Após o cerimonial do arriar, é costume o cumprimento de boa noite por todos;

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- Rancho para serviço; e Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- Rancho geral.
e) No quarto de 2000 as 2400 h
- Formatura de todos que se encontram a bordo, se licenciada a tripulação. Essa formatura é conhecida como
Revista do Recolher; e
- Silêncio.
f) No quarto de 0000 as 0400 h
É redobrada a atenção do pessoal de serviço com a segurança, uma vez que, desde o silêncio, o restante do pessoal
a bordo estará recolhido para descanso.
2.5 - PROCEDIMENTOS ROTINEIROS
2.5.1 - Saudação entre militares
A saudação entre militares é a continência. Ela é uma reminiscência do antigo costume que tinham os combatentes
medievais, metidos em suas armaduras, levarem a mão direita à têmpora para suspender a viseira e permitir a sua
identificação, ao serem inspecionados por um superior.
2.5.2 - Saudar o oficial de serviço
Todos que entram a bordo obrigatoriamente saúdam o oficial de serviço e pedem licença para entrar a bordo. Da
mesma forma, para retirar-se de bordo, qualquer pessoa deve obter permissão do oficial de serviço e dele se despedir.
2.5.3 - Saudar o pavilhão nacional
É costume, ao entrar-se a bordo pela 1a vez no dia, saudar o pavilhão nacional, bem como ao retirar-se de bordo.
2.5.4 - Dar o pronto da execução de ordem recebida
O subordinado dará o pronto a seu superior da execução das ordens que dele tiver recebido, bem como o manterá
informado do andamento das tarefas por ele determinadas.
2.5.5 - Uniformes a bordo
É obrigatório possuir a bordo todos os uniformes previstos, em quantidade suficiente e em condições de pronto uso.
2.6 - INSTALAÇÕES DE BORDO
Instalações e compartimentos a bordo recebem denominações típicas da linguagem dos homens do mar.
2.6.1 - Alojamentos
Câmara, camarote, alojamento e coberta são locais destinados a alojar o pessoal de bordo. A câmara é destinada ao
Comandante. Os camarotes e alojamentos aos oficiais, suboficiais e primeiros-sargentos. As cobertas aos demais
sargentos, cabos, marinheiros e soldados.
2.6.2 - Ranchos
Nas OM, de uma forma geral, haverá os seguintes ranchos: o do Comandante, normalmente agregado à câmara; o dos
oficiais, realizado na Praça D’armas; o dos suboficiais e primeiros-sargentos; e os das demais praças, que, nos navios
recebe a denominação de coberta de rancho.
2.6.3 - Praça d’armas
Compartimento onde funcionam o refeitório e a sala de estar dos oficiais nos navios de guerra. A expressão originou-
se do fato de, no tempo da Marinha a vela, ser no compartimento reservado à refeição dos oficiais que se guardava o
armamento portátil de que dispunha o navio.
2.6.4 - Escoteria
Local, nas OM, onde são guardadas as armas portáteis e as de porte.

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2.6.5 - Sala de Estado


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Dependência destinada à permanência do oficial de serviço e seus auxiliares.

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2.6.6 - Salão de Recreio
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Compartimento destinado ao uso pelas praças nos períodos de recreação, previstos na rotina de bordo.
2.6.7 - Paiol
Compartimento destinado à guarda ou armazenamento de materiais, como, por exemplo, munição, rancho, tintas,
equipagens, fardamento etc.
2.6.8 - Bailéu
Compartimento destinado ao recolhimento de presos.
2.6.9 - Secretaria
Dependência da OM onde são executadas atividades administrativas.
2.6.10 - Corpo da Guarda
Conjunto de dependências destinadas ao serviço e alojamento do pessoal em serviço de guarda.
2.7 - AS FAINAS
Fainas são trabalhos que envolvem o pessoal de bordo para um fim específico, classificando-se, conforme o caso, em
gerais ou parciais. São também classificadas como comuns ou de emergência.
As fainas comuns são ordenadas como nas atividades previstas na rotina, ou seja, por meio de toques de
apito ou corneta e anúncio por fonoclama.
As fainas de emergência são ordenadas por sinais de alarme, seguidos de aviso específico sobre a faina. Em um navio
de guerra, as seguintes fainas são importantes para os procedimentos a serem adotados pelos fuzileiros navais a bordo:
 GERAL de postos combate;
 COMUNS de recebimento de combustível e munição; (toques de apito ou corneta e anúncio por fonoclama)
 EMERGÊNCIA de incêndio, colisão e abandono.( sinais de alarme)
2.8 - OS UNIFORMES
Com vistas a pronta identificação, a utilização de platinas, galões, distintivos e divisas, obedecem às seguintes normas:
oficiais e suboficiais usam platinas nos ombros dos uniformes brancos, galões nos punhos dos uniformes azuis e distintivos
nas golas dos uniformes cinza ou bege. Sargentos, cabos, marinheiros e soldados usam sempre, para distinção de
graduação, divisas nas mangas desses uniformes. No uniforme camuflado, os distintivos de oficiais e suboficiais são
utilizados na gola. As divisas das demais praças, neste uniforme, são usadas nas mangas.
2.8.1 - Uniformes Característicos
a) O uniforme do marinheiro
O uniforme típico do marinheiro é universal. Suas peculiaridades são o lenço preto ao pescoço e a gola azul com três listras.
O lenço tem sua origem na artilharia dos tempos antigos da Marinha a vela. Os marujos usavam um lenço na testa, amarrados
atrás da cabeça, durante os combates. Este procedimento evitava que o suor, misturado à graxa e mesmo à pólvora das peças
que atiravam, lhes caísse aos olhos, ficando, portanto, na parte da frente da blusa, com as duas pernadas da amarração presas
com cadarço branco. Usualmente esses lenços eram coloridos, mas, nos funerais do Almirante Nelson, o mais famoso dos
almirantes ingleses, os marinheiros desfilaram com lenços pretos, o que foi mais tarde posto em uso na Marinha Britânica e
adotado, praticamente por todas as Marinhas do mundo.
A gola do marinheiro é bastante antiga. Era usada para proteger a roupa das substâncias gordurosas com as quais os marujos
untavam o “rabicho” de suas cabeleiras. O uso do rabicho desapareceu, mas a gola permaneceu como parte do uniforme. A cor
azul é adotada por quase todas as Marinhas do mundo. As três listras existentes na gola foram usadas pela primeira vez nos
funerais de Nelson, para comemorar suas vitórias nas três grandes batalhas: Aboukir, S. Vicente e Trafalgar.

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b) O uniforme do fuzileiro naval


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Os fuzileiros navais também trazem em seus uniformes simbolismos e tradições.

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O gorro de fita, de forma escocesa, é umas das peças mais características do uniforme do Fuzileiro Naval. Foi idéia, em
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1890, de um comandante do Batalhão Naval que tinha ascendência britânica. É uma dessas tradições que são
incorporadas, permanecem e ganham legitimidade, tendo, por isso, seu uso contínuo por mais de 100 anos.
Também pelo seu uniforme de gala, o garança, é o fuzileiro naval reconhecido, notadamente por sua utilização nas
cerimônias e nas apresentações das bandas de música. Sua túnica, no tom vermelho-vivo, corresponde à tradição reinante
nas tropas do século XIX, no teatro da Europa, que empregavam uniformes nessa cor para ressaltar os valores de intrepidez
e ardor com que se comportavam nas batalhas. Simbolicamente, retratavam o sangue do combatente a manchar sua
vestimenta de combate.
2.9 - A LINGUAGEM DO MAR
Este artigo contém uma pequena mostra de expressões de uso consagrado na Marinha do Brasil, visando a uma
adaptação inicial com a linguagem própria da Força: a linguagem do homem do mar.
2.9.1 - O navio e as posições relativas a bordo
a) Nomenclatura das partes mais importantes
I) Casco
É o corpo do navio sem levar em consideração os mastros, aparelhos e outros acessórios. Não possui uma forma
geométrica única, sendo sua principal característica ter um plano de simetria (plano diametral), que se imagina passar
pelo eixo da quilha, dividindo-o, verticalmente, em duas partes no sentido do comprimento.

Fig 2.1 - Vista de uma seção do casco de um navio

II) Quilha
É a peça estrutural básica do casco do navio, disposta na parte mais baixa do seu plano diamentral, em quase todo o
seu comprimento. É considerada a "espinha dorsal" do navio.
III) Cavernas
São assim chamadas as peças curvas que se fixam transversalmente à quilha do navio e que servem para dar forma ao
casco e sustentar o chapeamento exterior.
IV) Costado
É a parte do forro exterior do casco situada entre a borda e a linha de flutuação a plena carga.

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V) Anteparas

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São as separações verticais que subdividem, em compartimentos, o espaço interno do casco, em cada pavimento. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Fig 2.2 - As partes mais importantes do navio


VI) Proa
É a extremidade dianteira ou anterior do navio.
VII) Popa
É a extremidade posterior do navio.
VIII) Bordos
São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral. Boreste (BE) é a parte à direita, e
bombordo (BB) à esquerda, supondo-se o observador situado no plano diametral e olhando para a proa.
IX) Convés
É a denominação atribuída aos pavimentos com que o navio é dividido no sentido da altura. O primeiro pavimento
contínuo de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, tem o nome de convés
principal. Abaixo do convés principal, os conveses são designados da seguinte maneira: segundo convés, terceiro convés,
etc. Eles também podem ser chamados de cobertas. Um convés parcial, acima do principal, é chamado convés da
superestrutura.
X) Convés de vôo ou convôo
É o convés principal dos navios-aeródromos, que se estende de popa a proa, constituindo sua pista de decolagem e
pouso.
XI) Superestrutura
É a construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um bordo a outro, e cuja cobertura é, em geral,
ainda, um convés.
XII) Castelo da proa ou simplesmente castelo
É a superestrutura na parte extrema da proa.
XIII) Tombadilho
É a superestrutura na parte extrema da popa.
XIV) Superestrutura central
É a existente a meia-nau. Nela normalmente são encontrados dois importantes conveses: o tijupá, convés geralmente
aberto e mais elevado do navio, onde é instalada a agulha magnética padrão e outros instrumentos que não devem ficar
cobertos; imediatamente abaixo do tijupá, encontra-se o passadiço, pavimento dispondo de uma ponte (passagem) na
direção de BB a BE, de onde o Comandante dirigi a manobra do navio e onde permanece o oficial de quarto.
XV) Porão
É o espaço entre o convés mais baixo e o fundo do navio. Nos navios transporte, ele é, também, o compartimento
estanque onde se acondiciona a carga.

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XVI) Bailéu
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É um pavimento parcial abaixo do último pavimento contínuo, isto é, no espaço do porão. Nele fazem-se paióis ou

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outros compartimentos semelhantes. É, também, uma expressão naval utilizada para designar a prisão a bordo. Essa Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

acepção decorre do fato de, na Marinha antiga, tais prisões ficarem situadas no bailéu dos navios.
XVII) Portaló
É a abertura feita na borda ou passagens nas balaustradas, por onde o pessoal entra e sai do navio, ou por onde passa
a carga leve. Há um portaló de BB e um de BE, sendo esse último considerado o portaló de honra dos navios de guerra.
b) Posições relativas a bordo
I) A vante e a ré
Diz-se que qualquer coisa é de vante ou está a vante (AV) quando está na proa, e que é de ré ou está a ré (AR) quando
está na popa. Se um objeto está mais para a proa que outro, diz-se que está por ante-a-avante (AAV) dele; se está mais
para a popa, diz-se que está por ante-a-ré (AAR).
II) Cobertas abaixo
Diz-se que algo se encontra cobertas abaixo quando está nos conveses cobertos.
III) Cobertas acima
Diz-se de atividade, faina, etc. realizada no convés ou em pavimento a céu aberto.
IV) No convés
Diz-se que algo se encontra no convés quando está em um convés descoberto.

2.9.2 - Expressões do cotidiano


a) Safo
É talvez a palavra mais usual na Marinha. Serve para tudo que está correndo bem ou que faz correr as coisas bem:
“oficial safo”, “marinheiro safo”. “A faina está safa”. “Consegui safar o navio do banco de areia”. “A entrada é safa, pode
demandar: não há obstáculos”.
b) Onça
Também de grande uso. É dificuldade: “onça de dinheiro”, “onça de sobressalente”. Estar na onça é estar em apuros.
“A onça está solta”, quer dizer que tudo está ruim a bordo, tudo de ruim acontece. Vem a expressão de uma velha história
de uma onça de circo solta a bordo.
c) Safa-onça
É a combinação das duas expressões anteriores. Significa salvação. “safa-onça” é tudo que soluciona uma emergência.
“Safei a onça agarrando uma táboa que flutuava”. “O meu safa-onça foi um pedaço de queijo, que ainda restava no barco;
do contrário, morreria de fome”. “Este livro é o safa-onça de inglês”.
d) Pegar
É o contrário de estar safo. Significa entravar, não conseguir andar direito. “Tenente, o rancho está pegando, não
chegou a carne”. “Este Mestre D’armas não serve; com ele tudo pega”. “Comandante, não pude chegar a tempo, a lancha
pegou bem no meio da baía”.
Parece que a expressão vem de pegar tempo ou seja pegar mau tempo. “Aquele fuzileiro não conseguiu safar-se para
a parada: pegou tempo para arranjar um gorro de fita novo”.
e) Caverna mestra
Oficial ou praça que, por achar-se há muito tempo no navio e ser dedicado às coisas de bordo, torna-se profundo
conhecedor dos problemas e peculiaridades do mesmo.
f) Bóia de espera, ficar na bóia de espera
Esperar a vez; aguardar promoção.

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g) Cochar
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Proteger; cuidar com preferência de (alguém); proporcionar as melhores situações a.

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Cocha é o empenho ou a recomendação de pessoa importante. É também a pessoa que faz esse empenho ou Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

recomendação. Cochado, por sua vez, é o protegido, recomendado.


h) Voga
Ritmo ou regime imprimido a uma atividade ou trabalho. Voga picada significa uma voga puxada, com ritmo acelerado.
j) Arvorar - Desistir de uma empreitada. Suspender a execução de uma atividade determinada anteriormente.

CAPÍTULO 7 - LIDERANÇA
7.1 - GENERALIDADES
A acentuada evolução do conhecimento científico-tecnológico, possibilitando a produção de armas e equipamentos
sofisticados, dispendiosos e de difícil manuseio, torna cada vez mais complexas as atividades militares, realçando a
importância do papel daquele que é o elemento primordial de qualquer força armada (FA), em qualquer época: o ser
humano.
Conhecer os valores humanos, a partir da busca do auto aperfeiçoamento é, antes de tudo, uma tarefa a que o militar
deve se entregar, ao pretender realmente ser um profissional competente e um líder capaz de influenciar e ser respeitado
por seus superiores, pares e subordinados.
Esse capítulo trata dos fundamentos da liderança militar, proporcionando base teórica para o exercício da liderança a
partir das menores frações (Esquadra de Tiro e Grupo de Combate).
7.2 - CONCEITOS BÁSICOS
7.2.1 - Liderança
É o processo que consiste em influenciar pessoas no sentido de agirem, voluntariamente, em prol dos objetivos da
instituição.
A liderança pode ser definida como o processo que permite a alguém dirigir os pensamentos, planos e ações de outros,
de forma a obter sua obediência, confiança, respeito e leal cooperação.
7.2.2 - Ética
A ética militar é o conjunto de regras ou padrões que levam o profissional militar a agir de acordo com o sentimento
do dever, dignidade militar e decoro da classe. A título de exemplo, cita-se a Convenção de Genebra que se constitui em
uma coletânea de normas, abordando aspectos de cunho moral, aplicáveis em situações de combate, envolvendo os
participantes de países beligerantes, apresentada no capítulo anterior. 7.2.3 - Crenças, valores e normas
As crenças são suposições ou convicções julgadas verdadeiras a respeito de pessoas, conceitos ou fatos.
Os valores representam o grau de importância atribuído, subjetivamente, a pessoas, conceitos ou fatos. Não se nasce
com eles; são aprendidos ao longo da vida, variando de acordo com a sociedade, a cultura, ou a época. As normas são
padrões, regras ou diretrizes usadas para dirigir o comportamento humano em todos os setores da sociedade, permitindo
o convívio em harmonia. O Regulamento Disciplinar da Marinha (RDM) e o Código Penal Militar (CPM) são exemplos de
normas que guiam o comportamento dos militares em situações diversas, definindo aquilo que é ou não permitido.

7.3 - PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA


7.3.1 - Considerações iniciais
Os princípios de liderança militar são a base da doutrina de liderança, proporcionando orientação para o
desenvolvimento do líder, dos subordinados e da unidade.
A liderança militar é baseada em onze princípios que são igualmente aplicáveis a todos os escalões.

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7.3.2 - Princípios de liderança militar


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a) Conhecer a profissão

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Para conhecer sua profissão, o líder deve ter uma larga soma de conhecimentos. É importante que:
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- compreenda as técnicas, os procedimentos e a doutrina de emprego do seu escalão;


- mantenha-se atualizado com os regulamentos, manuais, normas e ordens referentes à organização a que pertence;
- tenha compreensão nítida dos problemas humanos; e
- esteja a par dos deveres funcionais e necessidades dos subordinados.
b) Conhecer a si mesmo e procurar o auto-aperfeiçoamento
É dever de todo líder avaliar-se, conhecer seus aspectos positivos e suas deficiências. É necessário manter-se atualizado
sobre assuntos concernentes à sua profissão e aprimorar-se por meio de cursos e leituras.
c) Assumir a responsabilidade por seus atos
O líder é responsável por seus atos e de seus subordinados em todas as situações de serviço.
d) Decidir com acerto e oportunidade
O líder deve ser capaz de raciocinar com lógica e analisar cada situação, a fim de tirar proveito das oportunidades e
adotar a melhor decisão.
e) Desenvolver o senso de responsabilidade em seus subordinados
Quando atribuir tarefas aos subordinados, o líder deve fazer com que estes assumam as conseqüências de seus atos.
Assim procedendo, conquista o respeito e a confiança, desenvolve o espírito de iniciativa e obtém a franca contribuição
de seus liderados.
f) Servir de exemplo a seus homens
O líder é sempre um espelho para os subordinados e por isso deve ter uma apresentação e conduta que despertem a
admiração, o orgulho e o desejo de imitação.
g) Conhecer e cuidar do bem-estar de seus subordinados
Para que possa empregar seus homens com maior eficiência, o líder deve observá-los freqüentemente, familiarizar-se
com eles, compreender-lhes as personalidades e compartilhar suas alegrias e tristezas.
h) Manter seus homens bem informados
O subordinado bem informado sobre a missão, a situação e a finalidade de seu trabalho é muito mais eficiente e
cumpre melhor e com maior iniciativa o seu dever. Entretanto, o líder deve ter sempre presente que as exigências da
segurança restringem, muitas vezes, as informações que podem ser divulgadas.
i) Assegurar-se de que as ordens são compreendidas, fiscalizadas e executadas
O líder deve transmitir ordens claras, precisas e concisas. A fiscalização assegura a correta execução da ordem e pode
ser realizada pelo próprio líder ou com o apoio de alguns subordinados.
j) Treinar seus subordinados como equipe
O treinamento pessoal e o desenvolvimento do espírito de equipe são tarefas do líder, pois preparam os homens para cumprirem
a missão. É dever do líder treinar seus homens de modo que sejam tática e tecnicamente capazes de trabalhar em conjunto. Cada
liderado deve compreender que sua contribuição para o sucesso das operações é importante e reconhecida.

l) Atribuir tarefas a seus homens de acordo com as possibilidades destes.


O líder deve conhecer tanto as qualidades quanto as limitações de seus homens e designá-los adequadamente para
que os propósitos das tarefas atribuídas sejam atingidos.

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7.4 - TIPOS DE LIDERANÇA


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7.4.1 - Considerações iniciais

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Tipo ou estilo de liderança é a forma que o líder utiliza para estabelecer a direção, aperfeiçoar planos e ordens e motivar Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

seus homens para o cumprimento da missão. Existem três estilos básicos de liderança: autoritária ou autocrática,
participativa ou democrática e delegativa.
7.4.2 - Liderança autoritária ou autocrática
Estabelece normas rígidas, inspeciona os subordinados nos mínimos detalhes e determina os padrões de eficiência,
usando para motivar os homens o sistema de recompensas e punições. O líder autocrático baseia sua atuação numa
disciplina formal em busca de uma obediência imposta.
O principal problema deste tipo de liderança é o desinteresse pelas idéias dos subordinados, não utilizando a sua
criatividade. O uso deste estilo de liderança pode gerar descontentamento dentro da equipe, e, o que é mais grave, inibe
a iniciativa do subordinado, além de não considerar os aspectos humanos, entre eles o relacionamento líder-liderados.
7.4.3 - Liderança participativa ou democrática
Nesse tipo, o líder encara como sua responsabilidade o cumprimento da missão por meio da participação, do
engajamento dos homens e do aproveitamento de suas idéias. A satisfação pessoal e o sentimento de contribuição
resultam no sucesso da missão, pois levam em conta a motivação dos homens. O líder procura estabelecer o respeito, a
confiança mútua e o entendimento recíproco.
Esse tipo de líder se reúne com seus subordinados para conversar sobre as áreas de atrito que interferem no trabalho.
Na ausência do líder, esta equipe terá condições de continuar agindo de acordo com o planejamento previamente
estabelecido para cumprir a missão.
7.4.4 - Liderança delegativa
Esse estilo é mais indicado para assuntos de natureza técnica, onde o líder atribui a seus assessores a tomada de
decisões especializadas. Desse modo, ele tem mais tempo para dar atenção a todos os problemas sem se deter
especificamente numa determinada área. Contudo, detém a palavra final sobre a execução da missão.
O ponto crucial do sucesso deste tipo de liderança é saber delegar atribuições sem perder o controle da situação. O
controle das atividades dos elementos subordinados deve ser permanentemente acompanhado e fiscalizado.
7.5 - O LÍDER
É possível estruturar o perfil do líder segundo três aspectos fundamentais:
- o caráter (o ser);
- a competência profissional (o saber); e
- a maneira como ambos se manifestam pelo comportamento (o fazer).
7.5.1 - O caráter do líder (o que o líder deve ser)
É a combinação de traços de personalidade que dão consistência ao comportamento e tem por base as crenças e
valores, sendo fator preponderante nas decisões e no modo de agir de qualquer pessoa.
Certos traços de personalidade encontram-se especialmente acentuados nos líderes militares, porém não existem
fórmulas que indiquem quais os mais necessários ou como são utilizados no exercício da liderança. É importante que os
chefes procurem desenvolver esses traços em si e nos seus subordinados porque, em momentos críticos ou nas situações
difícieis, eles proporcionam segurança para agir com eficiência.

Estudos realizados nas FA levaram a detectar certos traços como os mais relevantes para o líder militar brasileiro:
a) Competência
Capacidade de desempenhar, adequadamente, em tempo hábil, as atividades relativas a sua área de atuação
profissional.

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b) Responsabilidade
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Capacidade de assumir e enfrentar as conseqüências de suas atitudes e decisões.

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c) Decisão
Capacidade de tomar posição diante de várias opções. É a habilidade para tomar medidas seguras e corretas no
momento adequado. A percepção e a sensibilidade são elementos críticos para a tomada de decisões.
d) Iniciativa
Capacidade de agir face a situações inesperadas, sem depender de ordem ou decisão superior.
e) Equilíbrio emocional
Capacidade de controlar as próprias reações, tomar atitudes adequadas e decidir com acerto e oportunidade.
É a habilidade para avaliar, com calma e imparcialidade, o comportamento dos subordinados, não se deixando dominar
pelas emoções.
f) Autoconfiança
Capacidade de demonstrar segurança e convicção nas próprias reações diante de dificuldades. É a certeza de ser ele
próprio bem sucedido, assim como seus homens, em tudo que deve ser realizado. É demonstrada pela aparência, pelo
olhar, pela voz, pelo entusiasmo no modo de falar e de agir.
g) Direção
Capacidade de conduzir e coordenar pessoas, de modo a alcançar um objetivo. Consiste em assumir o controle,
tornando conhecidas suas idéias, ajudando a definir os problemas e encaminhando o grupo para a ação correta a fim de
solucionar as dificuldades e cumprir a missão.
h) Disciplina
Capacidade de proceder conforme as normas, leis e padrões regulamentares.
i) Coragem
Capacidade de controlar o medo e continuar desempenhando com eficiência a missão. A coragem se apresenta sob duas formas:
- coragem física - superação do medo ao dano físico no cumprimento do dever; e
- coragem moral - defesa dos próprios valores, princípios morais e convicções.
Existe coragem moral quando se faz algo baseado em valores e princípios morais, sabendo que esse ato contraria os
próprios interesses.
j) Objetividade
Capacidade de selecionar, dentre várias possibilidades, a necessária para atingir uma determinada meta.
k) Dedicação
Realizar as atividades com empenho. A dedicação está estreitamente relacionada com as crenças, os valores, e o
caráter do líder, o qual é fortemente motivado para aprender e aplicar seus conhecimentos e habilidades com o intuito
de conseguir unidades disciplinadas e coesas.
l) Coerência
Capacidade de agir de acordo com as próprias idéias e pontos de vista em qualquer situação. É a expressão da
integridade. Significa firmeza, franqueza, sinceridade e honestidade para si mesmo e em relação a superiores, pares e
subordinados.
m) Camaradagem
Capacidade de estabelecer relações amistosa com superiores, pares e subordinados. É a sensibilidade para perceber
sentimentos, valores, interesses e o bem-estar dos companheiros. Inclui a compreensão e o diálogo, que ajudam pessoas
a encontrar soluções para problemas.

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n) Organização
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Capacidade de desenvolver suas atividades, sistematizando tarefas. Permite que as tarefas sejam planejadas de forma

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ordenada, regulando e combinando a ação, as condições e os meios. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

o) Imparcialidade
Capacidade de julgar baseando-se em dados objetivos, sem se envolver, distribuindo recompensas e punições (quando
for o caso), de acordo com o mérito e o desempenho de cada um, sem se deixar influenciar pelas características pessoais
dos envolvidos.

p) Persistência
Capacidade para executar uma tarefa vencendo as dificuldades encontradas até concluí-la. É a perseverança para
alcançar um objetivo, apesar de obstáculos aparentemente insuperáveis. Depende de uma grande determinação e força
de vontade.

q) Persuasão
Capacidade de utilizar argumentos convicentes, para influenciar ações e opiniões de outros.

7.5.2 - A competência profissional (o que o líder deve saber)


O líder deve possuir outras qualidades, mas o conhecimento é o ponto de partida. Quando um líder aplica seus
conhecimentos ao estudo e à solução de problemas está atuando no nível do seu "saber". Estes conhecimentos abrangem
os seguintes aspectos:
a) Conhecimento dos subordinados
Para alcançar este objetivo, a observação e o acompanhamento constantes são importantes, mas somente a
convivência direta com os homens permitirá ao líder o conhecimento mais profundo das capacidades e das limitações de
cada um.

b) Compreensão da natureza humana


Este conhecimento permite que o líder avalie, oriente, execute e motive seus subordinados. A tarefa mais difícil com
que qualquer líder se defronta é inspirar e gerar nos subordinados a coragem necessária para superar a incerteza e o
medo.

c) Competência profissional técnica e tática


Para executar com êxito uma missão, o líder tem que saber o que está acontecendo, decidir o que fazer a respeito,
transmitir suas ordens e, finalmente, manter-se informado, acompanhando o desenvolvimento dos trabalhos.
O treinamento proporciona aos líderes a aquisição de habilidades, conhecimentos e comportamentos que são os
elementos-chave da competência tática e técnica.
A capacidade técnica é decisiva para a manutenção segura do equipamento militar e para seu emprego eficaz. Os
líderes necessitam possuir imaginação e habilidade, aceitando riscos razoáveis e criando oportunidades a fim de obter
vantagens que facilitem o cumprimento da missão.
A capacidade tática é essencial para o emprego das forças militares, cujo objetivo é vencer o inimigo. A liderança é o
elemento crucial do poder de combate - e a sua essência - e qualquer falha na integração da doutrina de liderança com a
doutrina operacional irá determinar o fracasso de uma ação militar.

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7.5.3 - O que o líder deve fazer


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a) Comunicação

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- não impor seus argumentos como os únicos que estão corretos e admitir a colaboração de seus subordinados; e
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- procurar compreender o subordinado, integrando-o ao grupo.


b) Motivação
É a força interna que emerge, regula e sustenta todas as ações humanas. É um impulso interior que leva as pessoas a
realizarem coisas.
O líder deve motivar o seu subordinado, pois motivado, ele utilizará ao máximo seus recursos (conhecimentos,
habilidades e aptidões) para alcançar objetivos.

c) Disciplina e coesão
A pedra angular sobre a qual se estrutura a dinâmica da Organização Militar (OM) é a disciplina. Esta se evidencia pela
imediata e efetiva execução de tarefas em resposta as ordens.
Uma tropa disciplinada e coesa resulta de liderança eficiente em todos os escalões, havendo tantos e tão variados
indícios de sua manifestação que seria impossível enumerá-los em sua totalidade.
São exemplos de indicadores da disciplina de uma unidade:
- missões bem cumpridas;
- apresentação pessoal irrepreensível;
- elevado espírito de corpo e o orgulho de pertencer àquela unidade;
- empenho de todos em bem cumprir suas tarefas;
- manutenção do armamento e do equipamento bem realizada; e
- instrução bem planejada e conduzida.
São exemplos de procedimentos adotados pelo líder, que concorrem para implementar o verdadeiro espírito de
disciplina:
- ser sincero com seus superiores, pares e subordinados;
- obedecer e assegurar-se de que as normas disciplinares são obedecidas;
- estimular em seus subordinados o sentimento de que sempre devem dizer a verdade;
- ser justo e criterioso na aplicação de recompensas, elogios e punições;
- desenvolver o gosto por atividades esportivas e intelectuais;
- respeitar, sobretudo, a dignidade humana dos seus subordinados, evitando o uso de expressões depreciativas,
preconceituosas ou grosseiras; e
- desenvolver a coesão e a disciplina em suas frações.

Coesão e disciplina estão fortemente inter-relacionadas. Coesão pode ser definida como a existência de fortes laços
de lealdade, respeito recíproco, confiança e compreensão entre os integrantes de uma OM. Se uma unidade é disciplinada
e cumpre com presteza e rapidez suas tarefas, mesmo sob tensão ou condições adversas, deve possuir um nível elevado
de coesão; e ao treinar seus homens como uma equipe estará contribuindo para o aprimoramento da coesão.

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7.5.4 - Resumo do que o líder deve ser, saber e fazer.


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O Líder O Quê Como Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Pela competência, responsabilidade, iniciativa, equilíbrio emocional,


Ser Possuidor de caráter
autoconfiança, coragem, etc.
Conhecer os Como reagem sob tensão; capacidade e limitações; conhecimento e
subordinados habilidades.

Saber Compreender a
Necessidades, carências e emoções; ações e comportamentos.
natureza humana

Possuir Competência Ampliando seus conhecimentos, decidindo com oportunidade e acerto;


profissional (técnica / tática) transmitindo ordens corretamente; mantendo-se informado.

Comunicar Usando técnicas de comunicação.

Motivar Despertando a força interna que leva as pessoas a realizarem coisas.


Fazer
Pela instrução militar, exemplo pessoal, análise dos fatos ocorridos e pelo
Disciplinar aconselhamento.
Pela obtenção da união mental, emocional e espiritual dos membros do
Estimular a coesão
grupo (espírito de equipe).

7.6 - A IMPORTÂNCIA DO LÍDER NO CFN


A realização de uma operação anfíbia (OpAnf) exige tropa especializada e especialmente treinada nos procedimentos
táticos específicos. Essas características dos combatentes anfíbios ressaltam a importância da liderança como atributo de
um fuzileiro naval.
Desde as menores frações, cada Comandante tem que ser capaz de despertar nos seus subordinados a vontade de
combater. Deve motivá-los e conduzi-los adequadamente, visando a contribuir para o sucesso das ações.
Convém lembrar que mãos adestradas manuseiam com perfeição o armamento mais sofisticado, porém, o caráter, a
vontade e o espírito de corpo controlam as mãos.
No trato diário com a tropa, cabe ao Comandante conquistar o respeito e a lealdade de seus subordinados. Essa tarefa,
que consome esforço e tempo, é exercida pela firme manifestação de convicções e apontando- se sempre o caminho a
seguir, sob pena de o líder perder a confiança do subordinado e comprometer definitivamente o que almejava.
Tornar-se um líder depende de muita força de vontade, perseverança, observação de si mesmo e dos outros, prática e
aperfeiçoamento.
É preciso fazer sempre uma auto-avaliação para verificar em quais requisitos da liderança se é deficiente e procurar
corrigi-los.

7.7 - DIFERENÇA ENTRE LÍDER E CHEFE


Nem sempre o chefe constituir-se-á em um líder. O chefe, por estar investido de uma função ou cargo no qual é
necessário o trato diário com os subordinados, poderá fazê-lo friamente por intermédio das leis e dos regulamentos.
O líder, ainda que não seja o chefe, é capaz de unir as outras pessoas para a consecução de uma mesma finalidade.
A grande diferença está na capacidade inerente a uma pessoa, para incentivar um grupo a fim de motivá- lo a alcançar
as metas estabelecidas.

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CAPÍTULO 8
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ORGANIZAÇÃO

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8.5 - COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS


O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN) tem o propósito de contribuir para o preparo e aplicação
do Poder Naval no tocante às atividades relacionadas com o pessoal, o material e o detalhamento doutrinário, específico
do CFN.
O Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (ComGer) é um Almirante-deEsquadra do Corpo de Fuzileiros
Navais (CFN), que também está diretamente subordinado ao CM. O ComGer é membro do Almirantado.

8.6 - FORÇA DE FUZILEIROS DA ESQUADRA


A Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), subordinada ao Comando de Operações Navais, está localizada no Município de
Duque de Caxias (RJ), sob o comando de um Vice-Almirante do CFN. É uma Força organizada, treinada e equipada para
realizar operações terrestres de caráter naval.

Comando da Força
de Fuzileiros da Esquadra
(ComFFE)

Comando da Comando da Comando da


Divisão Anfíbia Tropa de Desembarque Tropa de Reforço
(ComDivAnf) (CmdoTrpDbq) (ComTrRef)

Base de Batalhão de Operações


Fuzileiros Navais Especiais de Fuzileiros
do Rio Meriti (BFNRM) N avais (BtlOpEspFuzNav)

Fig 8.4 - Organograma da FFE

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8.7 - DIVISÃO ANFÍBIA


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A Divisão Anfíbia (DivAnf), localizada na Ilha do Governador (RJ), está estruturada para executar Operações Anfíbias

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(OpAnf) e Operações Terrestres limitadas, necessárias à realização de uma campanha naval. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O Comandante da DivAnf é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente subordinado ao Comandante da FFE.

Comando da
Divisão Anfíbia
(ComDivAnf)

Base de Fuzileiros Batalhão de


Navais da Ilha do Artilharia de Fuzileiros
Governador (BFNIG) Navais (BtlArtFuzNav)

1º Batalhão de Batalhão de
Infantaria de Fuzileiros Blindados de Fuzileiros
Navais (1ºBtlInfFuzNav) Navais (BtlBldFuzNav)

2º Batalhão de Batalhão de Controle


Infantaria de Fuzileiros Aerotático e Defesa
Navais (2ºBtlInfFuzNav) Antiaérea (BtlCAetatDAAe)

3º Batalhão de Batalhão de
Infantaria de Fuzileiros Comando e Controle
Navais (3ºBtlInfFuzNav) (BtlCmdoCt)

Fig 8.5 - Organograma da Divisão Anfíbia


8.8 - TROPA DE REFORÇO
A Tropa de Reforço (TrRef), situada na Ilha das Flores em São Gonçalo (RJ), tem por finalidade prover elementos de
apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate, necessários às operações desenvolvidas pelos Fuzileiros
Navais.
O Comandante da TrRef é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente subordinado ao Comandante da FFE.

Comando da
Tropa de Reforço
(ComTrRef)

Base de Fuzileiros Batalhão de


Navais da Ilha das Viaturas Anfíbias
Flores (BFNIF) (BtlVtrAnf)

Batalhão de
Companhia de Polícia
Engenharia de Fuzileiros
(CiaPol)
Navais (BtlEngFuzNav)

Companhia de Batalhão Logístico


Apoio ao Desembarque de Fuzileiros Navais
(CiaApDbq) (BtlLogFuzNav)

Fig 8.6 - Organograma da Tropa de Reforço

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8.9 - FUZILEIROS NAVAIS NOS DISTRITOS NAVAIS

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Os Grupamento de Fuzileiros Navais e o Batalhão de Operações Ribeirinha, subordinados aos Distritos Navais, são Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Unidades operativas destinadas a prover a segurança de instalações navais, bem como conduzir operações limitadas,
compatíveis com seus efetivos. Estão localizados nas cidades sede dos Distritos Navais.

Distritos Navais

Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Navais do 1ºDN 2ºDN Fuzileiros Navais de
Rio de Janeiro (GptFNRJ) Salvador (GptFNSa)

Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Navais de 3ºDN 4ºDN Fuzileiros Navais de
Natal (GptFNNa) Belém (GptFNBe)

Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Navais do 5ºDN 6ºDN Fuzileiros Navais de
Rio Grande (GptFNRG) Ladário (GptFNLa)

Grupamento de Batalhão de
Fuzileiros Navais de 7ºDN 9ºDN Operações Ribeirinhas
Brasília (GptFNB) (BtlOpRib)

Fig 8.7 - Fuzileiros Navais nos Distritos Navais

8.10 - BATALHÃO DE OPERAÇÕES RIBEIRINHAS


Localizado na cidade de Manaus, o Batalhão de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib) tem a seguinte missão: realizar
Operações Ribeirinhas, prover guarda e proteção às instalações navais e civis de interesse da MB na região, realizar ações
de Segurança Interna e formar Reservistas Navais, a fim de contribuir para a segurança da área sob jurisdição do 9ºDN e
para a garantia do uso dos rios Solimões, Amazonas e das hidrovias secundária atingíveis a partir da calha principal desses
rios.
Além das tarefas previstas na missão, o BtlOpRib cumpre ainda:
- prover apoio de segurança às Inspeções Navais; e
- ministrar o Curso Expedito de Operações Ribeirinhas.
-
8.11 - OM DE INSTRUÇÃO E ADESTRAMENTO DO CFN
O CFN possui em sua organização OM que exercem atividades específicas na área de formação, especialização e
aperfeiçoamento de pessoal. Subordinadas ao Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN), encontra-se o Centro
de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), o Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA) e o
Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM). Subordinado ao 7ºDN encontra-se o Centro de Instrução e
Adestramento de Brasília (CIAB).

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CAPÍTULO 16
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NAVEGAÇÃO TERRESTRE

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16.1 - GENERALIDADES Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Em tempo de paz é possível a um estrangeiro se localizar em uma grande cidade por meio de indagações. Qualquer
policial ou morador do lugar pode fornecer-lhe a orientação necessária para encontrar o lugar procurado.
Na guerra, porém, um fuzileiro naval (FN) em país estrangeiro pode não contar com a colaboração da população
local e terá que se orientar com o único meio que em geral lhe estará disponível: a carta. Mesmo que a população local
seja amiga, só poderá prestar informações a quem souber falar a sua língua. Com a carta acontece a mesma coisa. Só
poderá extrair dela as informações necessárias quem souber entendê-la e utilizá-la corretamente.
O presente capítulo tem por finalidade proporcionar os conhecimentos necessários à orientação no terreno por
meio da utilização da carta e da bússola.

16.2 - CARTAS
Uma carta é um desenho que não tem por finalidade reproduzir de forma fiel os acidentes naturais e artificiais da
porção do terreno que representa, tal qual uma fotografia. Esses acidentes são representados por símbolos, de forma a
facilitar o manuseio das cartas e padronizar sua confecção. Em lugar de se desenhar um rio, uma casa, um pântano, etc.,
o que não seria fácil nem prático, adota-se um símbolo particular para cada um desses acidentes do terreno. Esses
símbolos são conhecidos por convenções cartográficas e são previamente padronizados e utilizados de acordo com a
finalidade a que se destinam as cartas.

A classificação das cartas procura agrupá-las de acordo com a finalidade a que as mesmas se destinam e, portanto,
as convenções cartográficas são previamente padronizadas e utilizadas de acordo com essa finalidade. As cartas náuticas,
por exemplo, buscam um maior detalhamento dos acidentes que interessam a navegação, tais como ilhas, faroletes,
profundidade do mar, etc., em detrimento dos acidentes naturais e artificiais de terra. Em contrapartida, as cartas
topográficas procuram detalhar ao máximo esses acidentes do terreno. Um outro exemplo são as cartas rodoviárias, que
contém, detalhadamente, o traçado de rodovias, estradas e vias secundárias, em detrimento de outros acidentes do
terreno que não se relacionam com o fim a que essas cartas se destinam.

16.3 - CUIDADOS PARA COM AS CARTAS EM CAMPANHA


As cartas devem ser tratadas com cuidado, principalmente em virtude da dificuldade de sua reposição em campanha.
Sempre que possível, devem ser cobertas com material adesivo, transparente e impermeável (papel "contact") e
colocadas em um porta-cartas.
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Quando empregadas pela tropa em campanha, as cartas devem ser dobradas em forma de sanfona, como ilustrado na
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figura 16.2, e colocadas no bolso para protegê-las do sol e da umidade.

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16.4 - CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS


São símbolos empregados nas cartas para representar os acidentes naturais e artificiais existentes no terreno.
Geralmente constituem desenhos simples, semelhantes aos acidentes e construções que representam.

Fig 16.3 - Alguns exemplos de convenções cartográficas

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Em certos tipos de carta, as cores são empregadas para auxiliar na identificação dos elementos do terreno,
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normalmente de acordo com a seguinte convenção:

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1. - Preto - Para planimetria em geral; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2. - Azul - Toda a hidrografia: rios, lagos, mares, traçados de margens, nascentes, brejos e terrenos alagados;
3. - Vermelho - Para as rodovias de revestimento sólido;
4. - Castanho - Curvas de nível e respectivas altitudes; e
5. - Verde - Toda a vegetação.

16.5 - REPRESENTAÇÃO DO RELEVO


Para se poder ter uma idéia do relevo e identificar a altitude de qualquer ponto numa carta, foram criados vários
processos de representação do relevo. O mais utilizado é o das curvas de nível, que são linhas que ligam pontos de igual
altura e representam as interseções da superfície do terreno com planos paralelos e eqüidistantes.

Causaria muita confusão na carta se em todas as curvas de nível fossem assinalados os valores de suas cotas, por
essa razão, nem todas são numeradas.

16.6 - ESCALA DA CARTA


As cartas devem ser confeccionadas de modo a guardar proporcionalidade entre as dimensões representadas nas
mesmas e seus correspondentes valores reais no terreno. Além disso, as cartas devem conter a informação de quantas
vezes ela é menor que o terreno representado. Essa informação, contida na margem da carta, chama-se escala, que pode
ser indicada, tanto na forma numérica, quanto na forma gráfica.

16.6.1 - Escala Numérica


A escala numérica é representada por uma fração (1/25.000 ou 1:25.000, por exemplo). Em ambos os casos, indica
que uma medida tomada na carta vale 25.000 vezes esse valor no terreno (1 cm na carta, por exemplo, corresponde a
25.000 cm ou 250 m no terreno).
Vale aplicar essas noções à carta. Para se obter a distância real no terreno entre dois pontos da carta, deve-se,
primeiramente, aplicar uma régua graduada sobre a carta, como mostrado na figura 16.5.

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Na figura acima, observa-se que a medida entre os pontos A e B é de 4cm. Nesse caso, a escala da carta é 1/25.000,
isto é, 1cm na carta vale 25.000cm no terreno. Portanto, pode-se concluir que a distância real no terreno será:
4 X 25.000 = 100.000cm.

Como as distâncias são geralmente avaliadas em metros, converte-se o valor encontrado, ou seja:
100 centímetros = 1 metro
100.000cm = 100.000  100 = 1000 metros
Matematicamente isto pode ser representado da seguinte forma:
E = _d_ onde E - escala da carta
D d - grandeza na carta ou dimensão gráfica
D - grandeza no terreno ou dimensão real

16.6.2 - Escala Gráfica


A escala gráfica nada mais é que a representação gráfica da escala numérica. É um segmento de reta graduado,
de modo a indicar diretamente os valores medidos na própria carta. As cartas as trazem normalmente desenhadas
abaixo da indicação da escala numérica.
Observando-se a figura 16.6, verifica-se que o segmento da reta está dividido em duas partes distintas, separadas
pelo índice zero. A parte da direita é chamada escala e a da esquerda talão.
No caso considerado, a escala foi dividida em graduações de 1000 metros e o talão em graduações de 100 metros.
O talão é sempre uma graduação da escala dividida em dez partes iguais, numeradas da direita para a esquerda, enquanto
a escala é numerada da esquerda para a direita.

16.7 - DESIGNAÇÃO DE PONTOS NA CARTA


Um ponto na carta é designado por suas coordenadas, ou seja pelo cruzamento do paralelo (ordenada) com o
meridiano (abcissa) que por ele passa.
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Existem várias formas de indicar as coordenadas de um ponto, as mais comuns são:


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- geográficas: onde são indicadas as latitude e longitude do ponto considerado em relação ao paralelo de Oo

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(Equador) e ao meridiano base de Grenwich, respectivamente. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Por exemplo: LAT - 15o 30`22`` S


LONG - 45o 17`55`` W
- retangulares ou de grade: onde são indicados o afastamento vertical e horizontal em relação a grade construída
sobre a carta.
As cartas utilizadas nas operações militares, em geral, possuem uma série de linhas retas que se cruzam a
intervalos regulares (grade), formando quadrados chamados de quadrículas (Fig 16.7).

Cada quadrícula, portanto, pode ser facilmente designada pelos números indicativos das retas que se cruzam no
seu canto inferior esquerdo. A designação da quadrícula é feita pela colocação desses números entre parênteses,
separados por um traço. O primeiro número refere-se à reta vertical e o segundo à reta horizontal. Por exemplo, caso se
saiba que um ponto esta localizado na quadrícula (94-82) - como a Capela de Santo Antonio na figura 16.7 - ao consultar
a carta, procurar-se-á na sua margem inferior ou superior a indicação da reta base 94 e nas margens laterais a reta 82. O
encontro das duas retas permitirá identificar a quadrícula desejada no quadrante superior direito.
A designação de um ponto na carta por meio das coordenadas retangulares é feita escrevendo-se uma letra
designativa do ponto, seguida dos algarismos que definem o afastamento horizontal e vertical das respectivas retas bases
da quadrícula que o contém, os quais são separados por um traço e apresentados entre parênteses: P (94,3 - 82,1), por
exemplo, designa as coordenadas da Capela de Santo Antonio na figura 16.7.
De acordo com a precisão desejada, utilizar-se um múltiplo da unidade de distância para a apresentação dessas
coordenadas.
- quilométrica - em quilômetros: P (94,3 - 82,1);
- hectométrica - em hectômetros: P (943 - 821);
- decamétrica - em decâmetros: P (9430 - 8210); e
- métrica - em metros: P (94300 - 82100), maior precisão.

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16.8 - DETERMINAÇÃO DAS DIREÇÕES

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Para se deslocar de um ponto a outro no terreno é necessário definir a direção que se vai seguir e a distância a Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

ser percorrida.
Com o auxílio da carta, pode-se localizar o ponto onde se está e o ponto para onde se vai, e obter, por meio da
escala, a distância entre ambos. Para se estabelecer a direção a ser seguida, o método mais apropriado é o de determinar
o ângulo formado entre uma direção base fixa e a direção a ser seguida. Este ângulo é chamado de azimute (Fig 16.8).

16.8.1 - Direções-Base
As direções-base, por convenção, apontam sempre para um Norte e são utilizadas como referência inicial para a
determinação dos azimutes.
a) Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV ou NG)
É a direção que passa pelo pólo norte da terra (Fig 16.9).
b) Norte Magnético (NM)
É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para o qual são atraídas todas as agulhas
imantadas. Esse ponto fica localizado próximo ao norte geográfico (Fig 16.9).

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c) Norte da Quadrícula (NQ)


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Nas cartas utilizadas em operações militares, a direção-base tomada como referência para determinação da

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direção a seguir é a das retas verticais da grade da carta. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

d) Diagrama de orientação
Uma das informações contidas nas inscrições marginais dessas cartas é o que se chama de Diagrama de Orientação
(Fig. 16.10). Tal diagrama contém as três direções-base indicadas, bem como o valor do ângulo formado entre as mesmas.

Fig 16.10 - Diagrama de orientação


Esses ângulos possuem denominações e características próprias, a seguir descritas:

I) Declinação Magnética (dm)


Como se viu, o NM e o NV estão ligeiramente afastados. O ângulo formado entre as direções do NV e NM, medido
a partir do NV, é chamado Declinação Magnética.
A declinação pode ser Leste (E) ou Oeste (W), conforme o NM esteja a leste ou a oeste do NV/NG. Além disso, a
declinação é variável de acordo com o lugar e a época. Daí a necessidade de seu registro em cada carta, incluindo o
respectivo ano de edição e a variação relativa.
Considerando os dados contidos no exemplo de diagrama de orientação da figura 16.11 e que se está calculando
a declinação magnética para o ano de 1997, o resultado obtido seria 21o 10’W, pois à declinação de 17o 52’W em 1975
deve ser acrescida a variação anual de 9’ nos 22 anos decorridos, logo:

dm = 17° 52’ + 22 x 9’
dm = 17° 52’ + 198’ = 17o 52’ + 3° 18’
dm = 21° 10'

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Será W porque o NM encontra-se a Oeste do NG.


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II) Convergência de meridianos


Pela figura 16.12, pode-se observar que a direção do NV é diferente da direção do NQ da carta. Desse modo, o
ângulo formado entre as direções do NV e NQ, contado a partir do NV, é chamado de convergência de meridianos. Essa
será E ou W conforme o NQ esteja à leste ou oeste do NV/NG.
A convergência se dá em virtude da distorção causada pela projeção da superfície terrestre, que é curva, na
superfície plana do papel, quando da confecção das cartas. Apesar de sofrer uma variação entre diferentes pontos de uma
mesma carta, pode-se considerá-la constante nas cartas utilizadas, sem perigo de erro, em virtude dessa variação ser
desprezível.

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III) Ângulo QM

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O ângulo formado entre as direções do NQ e do NM é chamado ângulo QM. O ângulo será W, quando o norte Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

magnético estiver a Oeste do norte da quadrícula, e E, quando o norte magnético estiver a Leste do norte da quadrícula.
O ângulo QM será calculado somando a dm e a convergência de meridianos quando a direção do NM e do NQ estiverem
em lados opostos a direção do NG/NV, e subtraindo uma da outra quando estiverem do mesmo lado do NG/NV. Uma vez
calculado o ângulo QM, ele deve ser anotado na carta para uso futuro. A variação anual da declinação magnética acarreta
aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do NM e do NQ se aproximam, o ângulo QM diminui; se elas se
afastam, o ângulo QM aumenta.
16.8.2 - Azimutes
Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir de uma
direção base.
a) Azimute Magnético (AzM)
AzM é o ângulo horizontal medido a partir do NM até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo, o AzM da
direção entre a bifurcação de estrada e a capela é de 60°.
b) Azimute Verdadeiro (AzV)
AzV é o ângulo horizontal medido a partir do NG/NV até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo, este
azimute pode ser de 54°.
c) Azimute da Quadrícula (AzQ) ou Lançamento (L)
Lançamento é o ângulo horizontal medido a partir do NQ até a direção desejada. Na figura 16.13, o lançamento é
de 51°.

16.8.3 - Contra-Azimutes
O contra-azimute de uma direção é o azimute da direção oposta. Caso se esteja voltado para uma determinada
direção, considera-se essa direção como azimute. Ao se voltar para a direção oposta, ter-se-á o contra-azimute dessa
direção. O contra-azimute está sobre o prolongamento, no sentido inverso, da reta que determina o azimute.
Sabendo utilizar de forma correta o contra-azimute, o militar estará em condições de retornar ao ponto de partida.
No cumprimento de uma tarefa em lugar desconhecido e à noite, por exemplo, o contra-azimute poderá indicar a direção
pela qual deve-se retornar.

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Para se encontrar o contra-azimute, basta somar 180º ao azimute quando esse for menor que 180° ou subtrair
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180° quando maior que 180°.

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16.9 - BÚSSOLA
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à orientação no terreno.
A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem ângulos) no qual a origem de suas medidas é
determinada por uma agulha imantada que indica uma direção aproximadamente constante que é o NM.
Uma bússola está declinada quando as leituras nela realizadas representam lançamentos, ou seja, ângulos
medidos em relação ao NQ, ao invés de AzM.
Além da variação causada pela dm, uma bússola é afetada pela presença de ferro, magnetos, fios condutores de
eletricidade e aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (tal como o ferro) que podem tornar uma bússola
imprecisa quando colocada próxima a eles. Conseqüentemente, todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos
devem ser evitados quando se utiliza uma bússola.

16.9.1 - Composição
A bússola é composta de cinco partes: caixa, limbo graduado, agulha imantada, estilete sobre o qual gira a agulha
e os acessórios que variam para cada tipo de bússola. Uma das bússolas em uso no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) é a
SILVA. Denomina-se limbo a peça graduada em graus ou em milésimos, seguidamente, da esquerda para a direita no
sentido dos ponteiros do relógio, no qual se lêem os azimutes.

16.9.2 - Condições para utilização


Para que uma bússola possa ser utilizada apropriadamente, deverá satisfazer determinadas condições, as quais
devem ser verificadas previamente. São elas:

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a) Centragem ou centralização
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Verifica-se essa condição lendo as graduações indicadas pelas duas pontas da agulha sobre as diversas partes do

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limbo. A diferença entre essas leituras deve ser constante e igual a 180°. Caso contrário, o instrumento estará mal Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

centrado.
b) Sensibilidade
Comprova-se esta condição aproximando um objeto imantado e afastando-o. Quando em bom estado, a agulha
sofrerá um desvio e voltará a sua posição inicial após algumas oscilações.
c) Equilíbrio
Uma bússola está em perfeito equilíbrio quando, colocada em posição horizontal, a agulha conserva-se nessa
posição. Caso uma das pontas da agulha fique mais baixa, não permitindo sua livre rotação, é necessário pôr um
contrapeso, procurando o equilíbrio da agulha.
16.9.3 - Cuidados
Além das recomendações anteriores quanto ao afastamento de fontes deinterferência, há cuidados especiais
quanto ao manuseio.
As visadas com a bússola devem ser feitas na posição horizontal. Esse procedimento deve ser observado para que
as leituras dos azimutes não sejam distorcidas.
As bússolas deverão ser conservadas em ambiente livre de umidade e não sofrer choques.
16.9.4 - Medida de um azimute
Para se medir um AzM com a bússola SILVA, procede-se da seguinte maneira:
1. - segura-se a bússola com o espelho aberto e inclinado cerca de 50° em relação a caixa. Visa-se, a seguir, ao
mesmo tempo, o objeto desejado e o espelho (Fig 16.16);
2. - a visada do objeto é feita observando-o pelo entalhe da mira (Fig 16.17);
3. - antes de se determinar o AzM, deve-se nivelar a bússola. Para tal, através do espelho, faz-se com que a imagem
do ponto central fique sobre a linha de centro do espelho;
4. - sem mover a mão e olhando pelo espelho, gira-se a caixa até que a seta da direção N-S (não a agulha) fique
sobre a agulha, coincidindo a ponta vermelha com o N da seta; e
5. - pode-se, então, mover toda a bússola, porque o AzM já estará registrado, facilitando a sua leitura.

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16.9.5 - Medida de um contra-azimute


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A bússola também permite determinar o contra-azimute lendo-se, no limbo, o valor do ângulo que fica na

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extremidade oposta à linha de visada. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

16.9.6 - Marcha segundo um azimute


Suponha-se que se está num determinado lugar do terreno e que se precisa alcançar um outro afastado daquele
cerca de 1 km. Sabe-se, também, que esse segundo lugar se encontra no AzM 60°. Basta, portanto, que se marche
segundo o azimute de 60° já determinado. Para tanto, deve-se proceder da seguinte maneira:

1. - inserir no limbo graduado da bússola o azimute dado;


2. - sem mover a mão e olhando pelo espelho, girar o corpo até que a agulha coincida com a seta da direção N-S;
3. - através do entalhe da mira, observa-se um ponto do terreno que seja notável para tê-lo como referência do
lugar que se deseja alcançar;
4. - a direção a ser seguida é a desse ponto notável, observado pelo entalhe da mira; e
5. - caso ao se olhar na direção do lugar a ser alcançado, não for possível observá-lo diretamente, segue-se segundo
a direção do azimute até um ponto notável do terreno que será utilizado como referência inicial. Após atingir este
ponto, utilizando o mesmo azimute, tenta-se localizar o lugar desejado. Não sendo possível, repete-se o processo
até que se consiga localizá-lo.

Quando se marcha, segundo um azimute, com a finalidade de atingir determinado ponto específico, caso se tenha
conhecimento da distância que dele se está, deve-se utilizá-la como meio de controle do deslocamento. Isso é feito por
meio da passada individual, geralmente aferida antecipadamente. A aferição consiste na verificação do número médio de
passos que cada individuo executa ao percorrer, em terreno variado, uma distância pré-estabelecida, normalmente, 100
metros.
Para marchar à noite segundo um azimute, é preciso estar em condições de visar pontos à frente, tal como feito
de dia. Entretanto, em face da visibilidade reduzida, isso se torna mais difícil, impondo que os pontos visados sejam em
maior número e mais próximos uns dos outros.
Se a escuridão for tal que impeça as visadas sobre pontos de referência no terreno, deve-se empregar um
companheiro à frente, à pouca distância, e determinar que ele se desloque para a direita ou para a esquerda até situar-se
no azimute desejado. Essa operação deve ser repetida até que seja possível identificar um ponto de referência no terreno.
À noite, geralmente, não é possível fazer a visada através do entalhe da mira da bússola como se faz durante o
dia, e nem é necessário. Basta voltar a bússola para a direção a seguir, de modo que fiquem num mesmo alinhamento o
operador, a três marcas luminosas existente na bússola (duas em cada lateral da seta e uma na agulha imantada) e o
ponto de destino.

16.10 - ORIENTAÇÃO DA CARTA


Saber como se orientar em campanha e usar com propriedade uma carta topográfica pode significar, em certas
circunstâncias, ser capaz de sair de situações difíceis, em que a direção certa é fator preponderante para o sucesso.
Antes de utilizar uma carta, ela deve ser colocada em posição tal que suas direções coincidam com as do terreno.
Isto poderá ser feito de duas maneiras: com o auxílio da bússola ou por meio da utilização de pontos notáveis no terreno.
A operação de ajustar a posição da carta ao terreno chama-se orientação da carta, que pode ser feita pela
comparação do terreno com a carta, procurando-se estabelecer as semelhanças entre ambos. Isso é viável quando
existirem no terreno acidentes cujas representações figurem na carta. Nesse caso, é necessário que o observador
identifique primeiro na carta a sua posição aproximada para depois fazer uma observação em torno de si com esta, a fim

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de colocar em um mesmo alinhamento o objeto visado e a sua correspondente representação na carta.


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A orientação da carta também poderá ser feita pela bússola. Para tanto, desdobra-se a carta sobre uma superfície
plana, coloca-se sobre ela a bússola com a declinação já inserida, de modo que um dos lados da caixa da bússola fique
tangenciando a reta base vertical de uma das quadrículas. Depois, girando-se o conjunto carta-bússola e conservando-se
a bússola no mesmo local, procura-se fazer com que a seta da agulha imantada coincida com a marcação do NV. Quando
houver a coincidência, a carta estará orientada.
A orientação da carta poderá, ainda, ser feita por meios expeditos. O sol, por exemplo, ao nascer, define
aproximadamente a direção Leste. Ao se pôr, a direção Oeste. Conhecidas essas direções, basta que para elas se dirija a
margem direita da carta no primeiro caso, ou a esquerda no segundo, para que se tenha a carta mais ou menos orientada.
Ainda com o sol e com auxílio de um relógio devidamente certo, pode-se determinar a direção Norte. Basta que,
conservando-se a graduação das 12 horas na direção do sol, se identifique no terreno a direção da linha bissetriz que
divide ao meio o ângulo formado pela direção do sol (12 horas) e a do ponteiro das horas, contada no sentido do
movimento dos ponteiros. Essa bissetriz define a direção Norte-Sul.

Durante o dia, entre às 09:00 e 15:00 horas, a posição do sol define, em relação ao observador, os planos que
contêm, respectivamente, as direções Nordeste e Noroeste. Um processo prático para se materializar essas direções é o
prolongamento da sombra de um objeto posto na vertical nessa ocasião.
Outro processo é o dos ventos regionais dominantes que normalmente sopram na mesma direção e com isso
possibilitam a orientação. O minuano, vento muito conhecido no Sul do Brasil, sopra de Oeste-Sudoeste para Este-
Nordeste.
A observação de vários fenômenos naturais, quase todos relativos ao movimento do sol, também permite
conhecer, a grosso modo, no hemisfério sul, a direção Norte. Os caules das árvores, as superfícies das pedras, os moirões
das cercas e as paredes das casas são mais úmidos na parte voltada para o Sul, porque só recebem luz e calor do sol na
face voltada para o Norte. Do mesmo modo, os animais, ao construírem seus abrigos, o fazem com a entrada voltada para
o Norte, abrigando-se dos ventos frios do Sul e recebendo diretamente o calor e a luz do sol.

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Durante a noite, a orientação sem o auxílio da bússola é feita, principalmente, por meio da lua ou das estrelas. A
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lua, em seu movimento aparente, nos dá aproximadamente as mesmas identificações que o sol, principalmente em sua

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fase cheia, quando se pode observá-la em sua plenitude. A constelação do Cruzeiro do Sul proporciona uma boa e fácil Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

orientação. Qualquer que seja a sua posição na esfera celeste, a determinação do pólo Sul se obtém prolongando-se em
quatro vezes e meia a distância entre as estrelas que correspondem à altura da cruz. O pé da perpendicular baixada pelo
ponto fictício que limita esse prolongamento sobre o horizonte nos indica a direção Sul, conforme demonstrado na figura
16.20.

16.11 - COMO TRABALHAR COM A CARTA E A BÚSSOLA

16.11.1 - Determinação do azimute dos elementos representados na carta


Anteriormente descreveu-se como determinar o azimute de uma direção no terreno com o auxílio da bússola.
Agora ver-se-á como achar o azimute de uma direção sobre a carta.
A figura 16.21 é um trecho de carta, no qual podem ser observados dois elementos: uma casa, sede da fazenda
Dois Rios, e uma ponte. O AzM da direção casa-ponte pode ser obtido de acordo com a seguinte seqüência:
 - a primeira coisa a fazer é traçar uma reta na carta, ligando a casa (ponto A) e a ponte (ponto B), como mostrado
na figura 16.21;
 - em seguida, orientar a carta;
 - após isso, colocar a bússola aberta sobre a carta, de tal modo que a borda graduada fique sobre a linha traçada
na carta e a tampa voltada para a ponte; e
 - a seguir, gira-se o anel serrilhado até que a seta indicadora do Norte coincida com a agulha. O ângulo indicado
na escala no ponto onde esta intercepta a linha do centro da bússola, no lado da articulação da tampa, será o AzM
(Fig 16.22).

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Uma outra situação, envolvendo o uso da carta e da bússola, seria a necessidade de localizar, na mesma carta, um
outro ponto (C) do qual se sabe estar situado no sopé de uma elevação, junto a uma trilha, no AzM 119° da ponte citada
no caso anterior (ponto B). Nesse caso, observam-se os seguintes passos:
1. - orientar a carta;
2. - colocar a bússola sobre a carta orientada, com a lateral da caixa tangenciando a referida ponte;
3. - sem tirar a bússola de sobre a ponte, girá-la até que a agulha marque os 119° graus do azimute dado; e
4. - traçar uma reta sobre a carta, utilizando a lateral da caixa. O ponto que essa reta tocar o sopé da elevação, após
cruzar a trilha, é a exata localização do ponto que se deseja identificar na carta (Fig 16.23). No exemplo utilizado,
um reservatório d’água.

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16.11.2 - Determinação do Ponto Estação


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É de grande importância saber o lugar onde se encontra o observador. Um bom processo para a determinação

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exata dessa posição na carta é o conhecido por interseção a ré, que consiste no seguinte: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

1. - orientar a carta pela bússola;


2. - procurar dois acidentes do terreno, à frente, que estejam representados na carta com exatidão;
3. - com a bússola, visar o primeiro acidente e obter o azimute;
4. - colocar a bússola sobre a carta orientada, com a lateral da caixa tangenciando a convenção cartográfica que
representa esse acidente. Sem tirar a bússola desse ponto, girá-la até que marque o azimute obtido;
5. - marcar na carta, a lápis, uma reta representando o azimute; e
6. - repetir todo o processo para o segundo acidente.
Assim procedendo, encontrar-se-á o ponto de cruzamento entre as duas retas, que será o ponto estação do
observador.

16.12 - ORIENTAÇÃO QUANDO EM MOVIMENTO NUMA VIATURA


Quando se deslocando em uma viatura, pode-se errar o caminho mesmo quando a estrada dispõe de placas
indicadoras para os motoristas, devido à maior velocidade de movimento. É comum, também, desorientar-se em uma
região desconhecida. As cartas e a bússola auxiliam a orientação e a evitar erros no itinerário.
A carta deve estar sempre orientada, de preferência pela comparação com o terreno, para que possa mostrar
corretamente as minúcias das estradas por onde se transita. Além disso, deve-se fazer verificações constantes da posição.
Isso é feito por meio da confirmação no terreno de pontos notáveis identificados na carta. O uso do hodômetro da viatura
para medir as distâncias rodadas entre esses pontos, anotando os valores em uma caderneta ou sobre a carta, e as
comparando com as medidas tomadas na carta entre estes mesmos pontos, contribui para a rapidez dessas verificações
e o controle eficaz do deslocamento.
Pela medida na carta da distância entre o ponto de partida e o de destino (ou de referência), o motorista pode
saber qual a distância que deverá percorrer antes de mudar de direção. Se tiver o cuidado de observar a marcação do
hodômetro antes de partir, estará em condições de decidir, com menor probabilidade de erro, quando mudar de direção.
Se o motorista não acompanhar as distâncias percorridas, verificando constantemente o hodômetro, não poderá tomar
uma decisão correta e oportuna.

16.13 - GIRO DO HORIZONTE


Giro do horizonte é a identificação, com o auxílio da carta, dos diversos acidentes do terreno, desde o ponto
estação até a linha do horizonte. Para executá-lo, deve-se ocupar uma posição que tenha dominância de vistas sobre a
região a ser identificada. De início, determina-se o ponto estação por um dos processos anteriormente indicados e
orienta-se a carta. Feito isso, realiza-se uma verificação sumária dos acidentes circunvizinhos mais notáveis, identificando-
os com a carta para se ter a certeza de que a orientação da carta está correta. O trecho a ser identificado deve ser dividido
em setores e dentro deles inicia-se a identificação do mais próximo para o mais afastado e da esquerda para direita.
Obedecendo-se a esse critério, todos os acidentes serão observados e pode-se-á realizar a completa identificação do
terreno com a carta.

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CAPÍTULO 17
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ARMAMENTO DO CFN

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17.1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

17.1.1 - Arma ou lançador


É todo equipamento pelo qual é efetuado o lançamento ou o disparo de munição.
17.1.2 - Munição
É o artefato empregado para produzir determinado efeito sobre um alvo, sendo geralmente lançado por uma
arma (munição de canhão, míssil, torpedo, munição de pistola, munição de fuzil, etc.).
17.1.3 - Armamento
É o conjunto formado pela arma e por sua munição, especificado para atender determinados requisitos, algumas
vezes referido apenas pelo lançador ou arma e outras, pela munição.
17.1.4 - Raias
São sulcos helicoidais abertos na parte interna do cano de uma arma (alma), destinados a imprimir ao projétil
movimento de rotação, a fim de mantê-lo estável na sua trajetória.
17.1.5 - Cheio
Parte saliente do raiamento que separa uma raia da outra.
17.1.6 - Calibre
É a medida do diâmetro entre dois cheios e tem a finalidade de caracterizar as armas.
17.1.7 - Velocidade teórica de tiro
É o número de disparos que pode ser feito por uma arma em um minuto, não se levando em conta o tempo
necessário para a alimentação, pontaria, resolução de incidentes, etc.
17.1.8 - Velocidade prática de tiro
É o número de disparos que podem ser feitos por uma arma em um minuto, levando-se em conta o tempo
necessário à pontaria, à alimentação, à resolução de incidentes, etc.
17.1.9 - Alcance máximo
É o maior alcance que um projetil pode atingir com o emprego de uma arma.
17.1.10 - Alcance útil
É aquele até onde a arma pode ser utilizada eficazmente sem que a trajetória sofra variações imprevistas devido
à dispersão.
17.1.11 - Cadência de tiro
É a variação da velocidade prática de tiro que uma arma pode apresentar, expressa pelo número de disparos que
ela pode realizar em um determinado período. Pode ser:
a) Rápida
Normalmente utilizada ao se iniciar o tiro de modo a se obter superioridade de fogos e forçar o inimigo a se abrigar.
b) Normal
Empregada para neutralizar o inimigo, impedindo reações.
c) Lenta ou sustentada
Usada quando há necessidade de manter os alvos sob fogo por longos períodos.
17.1.12 - Ciclo de funcionamento de uma arma
É a seqüência por meio da qual se pode explicar o funcionamento de uma arma. De maneira simplificada, as armas
seguem o seguinte ciclo de funcionamento: disparo; extração; ejeção; engatilhamento; carregamento; e novo disparo.
17.2 - GENERALIDADES SOBRE AS ARMAS LEVES
17.2.1 - Arma leve
É toda aquela de calibre inferior 0.60" (15,24mm). A espingarda 18,6mm (CAL 12) Mossberg e o lança-granadas
40mm M-203 são exceções.
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17.2.2 - Classificação
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a) Quanto ao tipo

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I) De porte Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Quando, devido ao volume e peso, pode ser conduzida no coldre.


II) Portátil
Quando pode ser conduzida por um só homem, sendo, normalmente, dotada de uma bandoleira para transporte.
III) Não-portátil
Quando, devido ao volume e peso, somente pode ser deslocada por uma viatura ou dividida em fardos por vários
homens.
b) Quanto ao emprego
I) Individual
Quando destinada à proteção daquele que a conduz.
II) Coletivo
Quando se destina ao emprego em benefício de parte ou da tropa como um todo.
c) Quanto à refrigeração
I) Refrigeração à água
Quando o cano é envolvido por uma camisa d`água.
II) Refrigeração a ar
Quando é o próprio ar atmosférico que produz o resfriamento.
III) Refrigeração a ar e à água
Quando o cano está em contato com o ar atmosférico mas recebe periodicamente jatos d'água para ajudar o
arrefecimento.
d) Quanto ao funcionamento
I) De repetição
É aquela em que se emprega a força muscular do atirador para a execução das diferentes fases de funcionamento
(carregamento, trancamento, ejeção, etc.), decorrendo, assim, a necessidade de se repetir a ação a cada disparo.
II) Semi-automático
É aquela que realiza automaticamente as fases do ciclo de funcionamento, à exceção do disparo.
III) Automático
É aquela que realiza automaticamente todas as fases do funcionamento enquanto houver munição e o gatilho
permanecer acionado.
e) Quanto ao princípio de funcionamento
- arma que utiliza a força muscular do atirador;
- arma que utiliza a pressão dos gases resultantes da deflagração da carga de projeção:
* ação dos gases sobre o êmbolo;
* ação dos gases sobre o ferrolho; e
* recuo do cano (longo ou curto).
* arma que utiliza a ação muscular do atirador combinada com a oriunda de uma corrente elétrica sobre a
estopilha.

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f) Quanto ao sentido de alimentação


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- da direita para a esquerda;

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- da esquerda para a direita; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- de baixo para cima;


- de cima para baixo; e
- retrocarga.
g) Quanto ao raiamento
- alma com raiamento, no sentido:
* da esquerda para a direita (à direita); e
* da direita para a esquerda (à esquerda).
- alma lisa.
h) Quanto à alimentação
- manual; e
- com carregador
* metálico: tipo lâmina e tipo cofre.
* tipo fita: metálica com elos articulados, metálica com elos desintegráveis e de pano (em desuso).
* tipo especial.
17.3 - FUZIL DE ASSALTO 5,56mm M16A2Mod705

17.3.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil de assalto calibre 5,56mm M16A2 modelo 705.
b) Simbologia
FzAss 5,56mm M16A2MOD705.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automático e automático com rajada de três tiros.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 ou 30 cartuchos.

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III) Sentido
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De baixo para cima.

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e) Raiamento Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Número de raias: 6 à direita.


f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
De regulagem micrométrica, com visor basculante, graduado de 100 em 100 metros no alcance de 300 a 800m
e disco de direção com regulagem variável.
II) Massa de mira
Tipo ponto, com protetores laterais e regulagem em altura.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1m.
II) Peso
- com carregador desmuniciado - 3,510kg; e
- com carregador municiado - 3,850kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento semi-automático - 45 tpm; e
- funcionamento automático com rajada de 3 tiros: 90 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.600m; e
- útil: para alvos tipo área - 800m e para alvos tipo ponto - 550m.

17.4 - FUZIL AUTOMÁTICO 7,62mm M964 FAL

17.4.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil automático leve calibre 7,62mm modelo 1964 (FAL).
b) Simbologia
Fz 7,62mm M964 (FAL).
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração - A ar.
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d) Alimentação
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I) Carregador

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Metálico, tipo cofre. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

II) Capacidade do carregador


20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100m, no alcance de 200 a 600m.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,10m.
II) Peso
- sem carregador: 4,20kg; e
- do carregador municiado: 0,730kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento automático: 120 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 60 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 600m.
17.6 - METRALHADORA 5,56mm MINIMI

Fig 17.4 - Metralhadora 5,56mm MINIMI (Standard)


17.6.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora Ligeira calibre 5,56mm x 45mm (NATO).
b) Simbologia
Mtr 5,56mm MINIMI (Standard); e
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.

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III) Quanto ao funcionamento


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Automática.

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IV) Quanto ao princípio de funcionamento Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Ação dos gases sobre o êmbolo.


V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em caixa de alimentação maleável de 100 ou 200
cartuchos e carregador metálico de 30 cartuchos (fuzil M16).
II) Sentido
À direita
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com botão de regulagem das alças, graduado em 100m com ajuste de 300 a 1000m e em direção
com botão de regulagem em direção graduado em milésimos.
II) Massa de mira
Tipo ponto com proteção circular, regulável em altura.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,04m.
II) Peso
- com bipé: 7,100kg; e
- do cano: 1,800kg.
III) Velocidade teórica de tiro
- Normal: 750 tpm; e
- Máxima: 1000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 2.700m;
- útil: 1.000m; e
- letal: 1.300m.

17.7 - METRALHADORA 7,62mm Mod B 60-20 MAG

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17.7.1 - Características

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a) Nomenclatura Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Metralhadora a gás 7,62mm Modelo B.


b) Simbologia
MAG 7,62mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil e não portátil (quando utilizando tripé).
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em cofre de 50 ou 250 cartuchos.
II) Sentido
À direita
e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.
f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, com cursor e visor, graduada em intervalos de l00m, utilizada em duas posições:
rebatida (graduada de 200 a 800m) e levantada (graduada de 800 a 1.800m).
II) Massa de mira
Seção retangular, regulável em altura e direção, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,255m.
II) Peso
- com bipé: 10,800kg;
- do cano: 2,800kg; e
- do tripé: 10,450kg.
III) Velocidade de tiro (regulável): 600 a 1.000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 800m sobre bipé e l.800m sobre tripé.

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17.8 - PISTOLA 9mm PT92 - BERETTA


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17.8.1 – Características
a) Nomenclatura
Pistola calibre 9mm.
b) Simbologia
Pst 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
De porte.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
15 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo entalhe retangular.
II) Massa de mira
Seção retangular.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 9mm.
II) Comprimento: 21,7cm.
III) Peso

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- com carregador desmuniciado: .0,950kg; e


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- com carregador municiado: .l,137kg.

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IV) Velocidade prática de tiro: variável. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

V) Alcance
- máximo - 1.800m; e
- útil - 50m.

17.12 - LANÇA-GRANADAS 40mm M203

17.12.1 - Características
É uma arma especialmente desenvolvida para ser empregada juntamente com o fuzil M16A2.
a) Nomenclatura
Lança-granadas calibre 40mm modelo M203.
b) Simbologia
LGr 40mm M203.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
Manual: uma granada por vez.
e) Raiamento
Números de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Conjunto de quadrante de mira
Acoplado sobre a armação superior dos fuzis da série M16, graduados de 25 em 25m para seleção de alcance
entre 50 e 400m, com regulagem em altura e direção.
II) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, acoplada sobre o guarda-mão, graduada de 50 a 250m, com regulagem em altura e
direção.

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g) Dados numéricos
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I) Comprimento: 39cm;

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II) Peso descarregado: 1,350kg; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

III) Peso carregado: 1,580kg; e


IV) Alcance
- máximo: 400m;
- útil - para alvos tipo área: 350m e para alvos tipo ponto: 150m; e
- mínimo de segurança - para treinamento: 80m e em combate: 31m.
17.13 - AT-4
Munição anticarro que se confunde com um armamento, uma vez que sua embalagem individual é também um
lançador descartável após o disparo. Como o lança-rojão, não apresenta recuo e é de transporte individual. Utilizado
primordialmente contra alvos blindados e, secundariamente, contra fortificações e pessoal.

Fig 17.11 - Granada alto explosiva de 84mm AT-4


17.13.1 – Características
a) Nomenclatura
Granada alto explosiva de 84mm AT-4.
b) Simbologia
GAE 84mm AT-4.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador combinada com a ação de corrente elétrica sobre a estopilha da granada.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Dados numéicos
I) Comprimento: 1m.
II) Peso: 6,7Kg.
III) Alcance
- máximo: 2100m; e
- eficaz: 300m.
IV) Penetração em blindagem:
400mm.

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2.2.5. MANUAL BÁSICO


DO COMBATENTE
ANFÍBIO
CGCFN-31.10
(1ª Edição – 12 de maio de 2020)

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MANUAL BÁSICO DO COMBATENTE ANFÍBIO


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1ª Edição – 12 de maio de 2020 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.2.5 – MANUAL BÁSICO DO COMBATENTE ANFÍBIO


a) Características de uma Área de Operações 5.4);
- Generalidades (item 2.1) - Operações Defensivas (item 5.5); e
- Aspectos militares do terreno (item 2.2) - Outras Operações (item 5.6).
b) Operações Anfíbias (Cap. 4): d) Operações sob condições de visibilidade reduzida
- Generalidades (item 4.1); (Cap. 7):
- Modalidades de Operações Anfíbias (item 4.2); - Generalidades (item 7.1);
- Propósitos das Operações Anfíbias (item 4.3); - Propósitos das operações ofensivas (item 7.2);
- Fases das Operações Anfíbias (item 4.4); - Vantagens e desvantagens (item 7.3); e
- MNT por superfície e por helicópteros (item 4.5); - Tipos de ataque noturno (item 7.4).
- Desembarque dos elementos de assalto (item 4.6); e - Características do ataque noturno (item 7.5)
- Ações em terra (item 4.7). e) Patrulhas (Cap. 8):
c) Operações Terrestres (Cap. 5): - Generalidades (item 8.1);
- Generalidades (item 5.1); - Patrulhas de reconhecimento – generalidades (item
- Operações Ofensivas (item 5.2); 8.6); e
- Operações Ofensivas em condições especiais (item - Patrulhas de combate - generalidades (item 8.7).

CAPÍTULO 2
CARACTERÍSTICAS DE UMA ÁREA DE OPERAÇÕES
2.1 - GENERALIDADES
O estudo das características da área de operações (AOp), visando sua utilização nas operações militares, é um assunto
de elevada importância para os combatentes anfíbios.
A história está repleta de exemplos de batalhas perdidas ou ganhas por influência única e exclusiva do terreno. Linhas
de Ação, formação de tropas, localização das armas, posições a serem defendidas e etc. Várias destas decisões são
grandemente influenciadas pelo terreno ou quando não ditadas totalmente por ele. O terreno é o tabuleiro onde os oponentes
se defrontam. Todo comandante, de qualquer escalão, leva em consideração, para tomar suas decisões, fundamentalmente,
alguns fatores: MISSÃO - fator básico – é o que dirige, ilumina e direciona as ações e seu planejamento; o INIMIGO - a
incógnita - por mais que se busque informações não se pode conhecer sua vontade portanto, não há como saber suas
intenções e mesmo que se as suponha não seria confiável raciocinar em cima delas; MEIOS - os braços - tudo aquilo
utilizado para cumprir as tarefas impostas, sendo também bastante variáveis; TEMPO DISPONÍVEL - a moldura – está
ligado à própria missão e, normalmente, será imposto; finalmente, o TERRENO, que será sempre constante e influenciará
todos os outros fatores de uma maneira ou de outra.
O estudo do terreno é uma análise dos acidentes naturais e artificiais da área de operações, envolvendo também as
conseqüências dos efeitos das condições climáticas e meteorológicas sobre estes acidentes, com vistas a determinar sua
influência nas operações militares dos contendores.
O terreno exerce influência sobre a tática e a logística. A tática de uma campanha deve levar em consideração as
barreiras impostas por pântanos, rios e lagos maiores, montanhas e bosques. Já para as necessidades logísticas, dentro do
estudo, dar-se-á ênfase às redes de estradas, vias fluviais, centros urbanos e de comunicações, etc.
No ataque, a utilização adequada do terreno pode aumentar a eficiência do fogo e diminuir as perdas. As elevações
dominantes formam o núcleo do sistema de observação, o qual, por sua vez, determinará a eficácia das armas de apoio,
facilitará o controle das forças atacantes, a seleção dos objetivos e o estabelecimento de medidas de segurança. O terreno
acidentado, os bosques densos, as áreas urbanizadas, os grandes aclives dificultam o emprego ofensivo das unidades
blindadas, porém fornecem coberta e abrigo às unidades de infantaria. A transitabilidade do solo, influenciado pelas
condições do tempo, poderá ser determinante na escolha do tipo de formação para o ataque ou nas vias de acesso a serem
mobiliadas.
A natureza do terreno é, ainda, fator importante que influenciará o comandante na tomada de sua decisão quanto ao
tipo de defesa que empregará: se de área ou móvel, de acordo com o grau de influência que o terreno exercerá sobre a

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capacidade de manobra dos contendores. Deste estudo sairão, ainda, valiosos indícios quanto às prováveis zonas de reunião
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(ZReu) inimigas, postos de observação (PO), posições das armas de apoio, vias de acesso para blindados, etc.

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A profundidade do estudo será ditada pela missão e pelo escalão que planeja. Um comandante de grupo de combate Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

(GC) verá o terreno de uma maneira e assim alguns acidentes oferecerão ou não vantagens para o cumprimento de suas
tarefas, ao passo que um comandante de batalhão (Btl) verá com outros olhos o mesmo terreno abordado. Além disso, quem
defende utilizará o terreno de uma forma bastante diversa de quem ataca.
O estudo do terreno será sempre realizado antes das estimativas de Estado-Maior e somente será precedido pela
análise da missão, realizada pelo comandante. Esse estudo concorrerá, ainda, para várias conclusões que serão passadas ao
Estado-Maior, como orientações para o planejamento.
Por fim, ao avaliar o terreno e suas influências, com base nos conceitos disseminados nesta publicação, deve-se ter
em mente que o estudo não é baseado em REGRAS e sim em PRINCÍPIOS, os quais, quando inteligentemente aplicados,
em cada situação, conduzirão a uma solução para o problema. O conhecimento e a aplicação desses princípios, por si só,
não são suficientes, eles deverão ser perfeitamente entendidos em sua essência, de modo que quando existir a necessidade
de violá-los, o planejador o fará de maneira inteligente, ponderada e, muitas vezes, até surpreendendo o inimigo.

2.2 - ASPECTOS MILITARES DO TERRENO


O terreno sempre foi considerado como um dos fatores da decisão na guerra terrestre, não só devido à influência da
natureza do solo e dos acidentes naturais - elevações, depressões, cursos de água, bosques, florestas, campinas, etc. - como
pelos elementos artificiais, tais como vias de transporte, obras de arte, localidades, portos, aeroportos, etc.
O terreno tem imensa influência na aplicação do poder de combate, uma vez que representa o cenário onde as
operações ocorrerão. Aquele que realizar uma adequada avaliação para sua utilização poderá assegurar para si substancial
vantagem em relação ao seu oponente.
A natureza da missão e o escalão considerado determinarão o enfoque sob o qual o estudo do terreno deverá ser
conduzido. Por exemplo, comandantes de subunidades e frações preocupam-se com matas densas, pequenos cursos de água
e pequenas elevações; enquanto que comandantes de unidades e escalões superiores preocupam-se, principalmente, com
redes de estradas, vales, linhas de crista, compartimentos, etc.
Quer no ataque, quer na defesa, um estudo tático do terreno deve ser executado, não só do ponto de vista do lado
amigo, como do ponto de vista do inimigo. Cada comandante deve procurar entender o terreno como seu oponente o vê, de
modo a antecipar que influência exercerá sobre os planos de ambos.
Além de seus aspectos topográficos - relevo, linhas d’água, vegetação, natureza do solo, vias de transporte,
instalações, etc., o terreno deve ser analisado de acordo com o seu valor militar, segundo seus aspectos táticos: observação
e campos de tiro; cobertas e abrigos; obstáculos; acidentes capitais; e vias de acesso (OCOAV).

2.2.1 - Conceituação dos aspectos táticos


No intuito de facilitar o entendimento deste capítulo, são a seguir apresentados os conceitos pertinentes aos aspectos
táticos do terreno. Assim, quando se falar das características da área de operações, poder-se-á recorrer a estes aspectos
táticos que são, na essência, a motivação de todo o estudo.
a) Observação e campos de tiro
Tanto o atacante como o defensor tentará tirar o máximo proveito do terreno para que possam ter a mais profunda
observação e, ao mesmo tempo, dificultar a do inimigo. A observação diz respeito à influência do terreno na capacidade de
exercer vigilância sobre determinada área ou outra tropa. Em geral, o ponto mais alto determina uma melhor observação,
mas nem sempre isso ocorre, uma vez que o próprio relevo poderá estabelecer ângulos mortos e áreas desenfiadas. A escolha
dos PO será precedida de um estudo baseado em reconhecimentos, nos perfis topográficos verificados em cartas ou no
exame estereográfico de fotografias áreas. A observação é essencial para a realização de fogo eficaz sobre o inimigo, para
o controle da manobra das tropas amigas, bem como para negar surpresa ao inimigo. Quanto à observação, o terreno mais
vantajoso é aquele que permite tanto a observação em profundidade (das áreas ocupadas pelo inimigo) quanto a aproximada,
que visa a perceber a presença de elementos hostis nas imediações da própria posição. Habitualmente, a observação
profunda, ou afastada, é proporcionada por pontos próximos à crista topográfica e a observação aproximada em posições
mais baixas em torno da crista militar. Estará na faixa da observação aproximada todo o terreno do ponto estação até a
distância de 1800 a 2000m (alcance médio de uma metralhadora leve). A faixa do terreno de 2000 até 4000m está no âmbito
da observação afastada (distância limite para condução de fogos pelo observador de artilharia).
O campo de tiro é uma área em que uma arma ou um grupo de armas pode cobrir, eficazmente, com fogo desde uma
determinada posição. Quando se considera o terreno no tocante aos campos de tiro, o tipo de arma determinará quais os
fatores exercerão maior ou menor influência. Variações serão notadas ao se analisar a execução do tiro para as armas de tiro

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com trajetória tensa, a condução dos fogos das armas de tiro com trajetória curva e o lançamento de mísseis. Embora a
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observação seja essencial, nem sempre o melhor PO será o melhor local para o posicionamento das armas. Cabe ressaltar

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que a análise da observação aproximada está intimamente ligada à execução dos fogos das armas de tiro tenso, a da Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

observação afastada à condução dos fogos das armas de tiro de trajetória curva e a da observação direta, sem se vincular
necessariamente a um PO, ao lançamento de mísseis.
b) Cobertas e abrigos
Coberta é a proteção contra a observação e abrigo a proteção quanto aos efeitos dos fogos. O terreno deve ser utilizado
de forma a assegurar a máxima utilização das cobertas e dos abrigos. O terreno sob controle do inimigo também será
estudado para determinar como as cobertas e abrigos a ele proporcionados poderão ser anulados. No ataque, serão
procurados itinerários cobertos e abrigados que conduzam às posições inimigas de forma a reduzir ao mínimo o número de
baixas e obter surpresa. Na defesa, as cobertas e os abrigos serão utilizados não só em benefício dos abrigos individuais
como na ocultação da fisionomia da frente com vistas a surpreender (novamente) a tropa atacante. Quando se analisa o
terreno do ponto de vista do abrigo que proporcionará, devem ser consideradas as características de todas as armas do
inimigo. Isto inclui seus alcances, tipos de munição e quantidade de peças. A topografia é o principal fator que influi no
abrigo. Os vales e as elevações, de maneira geral, serão massas cobridoras que proporcionarão abrigo contra as armas de
tiro tenso. Pequenos efetivos se valerão de córregos, dobras do terreno, cortes de estradas, etc. O abrigo contra os fogos das
armas de tiro de trajetória curva será normalmente de difícil obtenção. Os acidentes do terreno que oferecem abrigo
proporcionam também coberta contra a observação terrestre. Quanto mais irregular o terreno, mais cobertas ele irá
proporcionar. Pequenos escalões se preocupam com a cobertura individual e dos veículos, armas e posições. À medida que
sobe o escalão, a análise recai sobre a necessidade de cobertura dos postos de comando (PC), instalações de apoio de serviços
ao combate (ApSvCmb) e grandes movimentos.
c) Obstáculos
Obstáculos (Obt) são acidentes do terreno, naturais ou artificiais, que: impedem, retardam, canalizam ou dissociam o
movimento de tropas em uma AOp. Os Obt impeditivos são aqueles que por suas características impedem a tropa afetada
de cumprir as tarefas impostas no tempo disponível; ou seja, a tropa poderá até transpor o obstáculo, porém, calculada a
cinemática das ações, concluir-se que a mesma não chegará a tempo, no local devido. Os Obt que retardam, diminuem a
velocidade de avanço em maior ou menor grau. O canalizador procura fazer com que a tropa que com ele se depara escoe
na direção desejada pelo inimigo e não na direção que vinha mantendo. O que ocorre é que há uma tendência natural da
tropa “escoar“ numa direção paralela ao Obt até conseguir ultrapassá-lo. Diz-se que um Obt dissocia a tropa quando esta
fica dividida; ou seja, parcela considerável de seu efetivo em um bordo do obstáculo e o restante no outro bordo.
Como já mencionado, os obstáculos podem ser naturais ou artificiais. Os naturais são todos aqueles que já estavam
presentes no terreno antes das operações militares se iniciarem, aí incluídos os rios, lagos, vegetação, edificações, cortes de
estradas, etc. Os artificiais são aqueles que foram construídos com fins militares; são eles os campos minados, abatises e
toda sorte de barreiras. Os Obt devem estar intrinsicamente ligados ao Plano de Defesa e ao Plano de Apoio de Fogo, pois
de nada valerá um Obt se o mesmo não for batido por fogos.
d) Acidentes capitais
Acidente capital (AcdtCap) é qualquer acidente no terreno cuja posse, conquista, manutenção ou controle, assegure uma
vantagem marcante a qualquer um dos contendores. Contudo, se algo no terreno ofereça vantagem somente ao inimigo,
mesmo assim será assinalado como acidente capital. Convém ressaltar que a todo AcdtCap marcado deverá corresponder
uma ação da tropa que o marque, haja vista que se deve, ao menos, negar ao inimigo aquela vantagem. Uma vez que
vantagem marcante não é um termo preciso, é necessário ter muito critério na marcação. Nem toda elevação será um
AcdtCap, nem só elas serão assinaladas como AcdtCap. A marcação dos AcdtCap variará de acordo com o escalão que
realiza o estudo.
e) Vias de acesso
Via de acesso (VA) é uma faixa no terreno, variável com o escalão considerado, que permite ou favorece o movimento
de determinada tropa em direção a um AcdtCap. As VA serão selecionadas levando-se em consideração principalmente a
natureza da tropa que irá empregá-la e o efetivo que mobiliará aquela faixa do terreno. As VA são assinaladas e analisadas,
em relação às peças de manobra do escalão considerado. Um batalhão de infantaria selecionará e analisará as VA de valor
Companhia, esta, por sua vez, selecionará e analisará as de Pelotão. Da definição pode-se inferir que estradas, trilhas,
caminhos etc. não constituem VA sob o ponto de vista militar, podendo, ou não, tão-somente valorizar as VA.

2.2.2 - Formas básicas do terreno.


A maioria dos acidentes geográficos da superfície terrestre resulta da erosão pela ação dos ventos, desgaste pelo
degelo e drenagem da água dos terrenos altos para os terrenos baixos. Assim, na maior parte das regiões em que o terreno

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foi conformado pela ação das águas pluviais, apresenta a forma mais conveniente ao escoamento das mesmas. A superfície
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da Terra, geralmente arredondada, pode ser substituída, para fins de interpretação esquemática, por tantos planos tangentes

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quantos necessários à conservação aproximada do aspecto côncavo ou convexo que lhe é próprio. Esses planos denominam- Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

se encostas ou vertentes, pois que, no terreno, as águas efetivamente vertem ao longo delas. Vertente ou encosta é, portanto,
uma superfície inclinada do terreno que forma um ângulo com o plano horizontal. Este grau de inclinação será chamado de
declive ou declividade.
a) Formas simples ou elementares
I) Encostas
São elementos que podem exercer acentuada influência quanto à observação, aos campos de tiro ou mesmo
constituírem obstáculos à progressão. Assim, as encostas que têm sua crista militar numa posição dominante favorecem a
observação; as encostas de declive suave e uniforme apresentam boas condições à rasância das armas de tiro de trajetória
tensa; e, finalmente, as encostas íngremes podem constituir obstáculos aos elementos mecanizados ou mesmo à progressão
de tropas a pé.
Tipos de vertentes ou encostas - são três os tipos: as planas, as côncavas e as convexas.
A encosta plana ou uniforme é aquela que apresenta uma declividade constante.
É representada na carta por curvas de nível igualmente espaçadas. As encostas suaves têm curvas de nível bem
espaçadas entre si, as íngremes, ao contrário, são próximas (Fig 2.1)

A encosta convexa é abaulada. A declividade aumentará à medida que o terreno na elevação perde altura. As curvas
de nível são bem espaçadas na crista e próximas no sopé (Fig 2.2a).
A encosta côncava tem sua curvatura voltada para cima. Ou seja a declividade diminui à medida que se aproxima da
base. Neste caso, as curvas de nível são mais próximas na crista e mais afastadas no sopé (Fig 2.2b).

As encostas sempre se ligam duas a duas. Se esta ligação é um ângulo convexo, a encosta desse ângulo será dominante
e divisora de águas, formando uma linha de crista, de festo, linha de cumeada ou divisora de águas; se a ligação é côncava
ou dominada pelas encostas será formada a linha de fundo, linha de reunião de águas ou talvegue. No caso da linha de crista,
há dois conceitos importantes a esclarecer. O segmento mais alto da linha de crista será chamado de crista topográfica, já a
crista militar será o ponto da linha de crista que proporciona comandamento sobre todo o terreno à frente da elevação, sem
a presença de ângulos mortos. Poderá coincidir com a crista topográfica ou não.

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Nas encostas planas ou côncavas isto poderá acontecer, já na convexa dificilmente.

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As linhas de crista constituem as regiões dominantes do terreno, ao longo das quais se pode ter observação contínua
e profunda. Quando paralelas à direção de movimento tornam-se acessos favoráveis à progressão da tropa, constituindo a
linha seca e definindo uma compartimentação longitudinal no terreno.
Quando dispostas em sentido transversal à progressão de uma tropa, limitam a observação, mas servem, por outro
lado, como massa cobridora, sendo favoráveis à defesa. Nesse segundo caso, as linhas de crista definem uma
compartimentação transversal no terreno (Fig 2.4).

As linhas de fundo são ravinas ou linhas d’água, formadas pela linha inferior da vertente (encosta). São elementos
naturalmente desenfiados, razão pela qual podem ser aproveitados militarmente em função da proteção que oferecem (Fig
2.5).

A ligação de duas vertentes em ângulo convexo pode dar origem a três formas básicas do terreno: o espigão, a garupa
e o esporão. Elas devem ser estudadas em função da elevação a que pertencem. Tanto podem constituir um acesso favorável
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ao movimento, como um elemento de dissociação, em face de sua altitude, facilidade de acesso, configuração, etc.
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O espigão é a forma do terreno em que as vertentes são íngremes e uniformes. O ângulo por elas formado é agudo,

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levando a uma representação das curvas de nível cuneiforme, pontuda (Fig 2.6). Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

A garupa é a forma do terreno em que as encostas são convexas. O ângulo entre elas é obtuso, dando origem a uma
linha de crista abaulada, sendo as curvas de nível representadas com formato arredondado (Fig 2.7).

O esporão é a forma do terreno caracterizada por uma linha de crista com uma inflexão, ou seja, apresentando uma
elevação de menor porte mais próxima ao sopé (Fig 2.8).

Da reunião das vertentes surgirão ainda os seguintes elementos:


A ravina, que é um sulco ou mordedura na encosta da elevação, provocada pela ligação lateral de duas vertentes;
normalmente servirá como linha de reunião de águas. Às vezes as ravinas correm de alto a baixo da elevação, fazendo com
que a curva de nível mais alta sofra as mesmas inflexões da mais baixa. A essa ravina mais alongada dá-se também o nome
de fundo.

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O nó de crista é o elemento resultante da reunião de várias linhas de festo no topo de uma elevação.
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b) Formas Isoladas

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I) Mamelão Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Tipo de elevação em que as vertentes são arredondadas e uniformes.


Pela sua forma, suas encostas permitem, normalmente, ampla observação em qualquer direção (Fig 2.9).

II) Colina
Diferentemente do mamelão, a colina se alonga segundo uma direção definida.
A colina tanto se presta à instalação de armas e órgãos de defesa, como pode valorizar uma via de acesso, se utilizada
em função do sentido de sua maior dimensão, quando esta se confunde com a direção de ataque, embora, algumas vezes,
possa ser elemento dissociador desse ataque. Quando sua maior dimensão é perpendicular à direção do ataque, favorece ao
defensor, à instalação de armas e órgãos de defesa (Fig 2.10).

Assim, a colina difere do mamelão por ter formato alongado segundo uma direção. Sua linha de crista, normalmente,
tende a abaular-se, formando uma espécie de cela.
As elevações isoladas podem se apresentar, na sua parte superior, em forma de pico, zimbório ou platô.

III) Quanto ao porte, as formas isoladas podem ser assim classificadas:


- Montes - elevações consideráveis, geralmente abruptas, destacando-se do solo circunvizinho. Graficamente são
representados por curvas de nível que se fecham e mantém uma curvatura mais ou menos uniforme;
- Morro - o mais comum, de porte mais modesto, quase sempre com a parte superior arredondada, em forma de
zimbório;
- Outeiro - são ainda de menor porte que as colinas, se assemelhando, entretanto, a elas. Sua principal característica,
porém, é a de se apresentar isolado nas planícies e planaltos; e
- Dobras - são elevações alongadas, cuja altura não atinge a cota da menor curva de nível da carta considerada, capaz
de furtar tropa da observação terrestre inimiga.

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c) Formas grupadas
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I) Montanha

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Termo genérico que exprime um aglomerado de elevações de forma e natureza diferentes, numa extensão mais ou Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

menos considerável, em que o comprimento excede a largura. A curvas de nível que as representam, embora também
fechadas, têm altura muito variável e ocupam no desenho mais espaço que as representativas dos montes.
II) Cordilheira
É uma série de montanhas que se sucedem numa grande extensão, sempre na mesma direção, dando origem a grandes
linhas de cumeada e donde, em geral, se destacam, no sentido mais ou menos paralelo ao da direção principal,
montanhas alongadas denominadas contrafortes, das quais, por sua vez, se destacam, em grande número, contrafortes
secundários ou espigões.
III) Cadeia de montanhas
São montanhas contíguas, de forma mais ou menos alongada, que ocupam grande superfície.
IV) Serra
Montanha de forma muito alongada, em cuja parte elevada aparecem pontos salientes, culminantes, em forma de
dentes de serra, denominados vértices, cumes ou cimos, em forma de picos ou agulhas.
V) Maciço
É um agrupamento de elevações que se ramificam de diversas maneiras, em qualquer sentido, apresentando o aspecto
de um círculo de elevações em torno de um ponto culminante central.
VI) Planalto
Superfície mais ou menos extensa e regular, situada a grande altura em relação do nível do mar, em geral ondulada,
com declividades suaves e algumas vezes acidentada, porém acessíveis. Quando o planalto é de grande extensão, é chamado
de chapada.
As montanhas paralelas à direção de progressão de uma tropa podem limitar ou impedir os movimentos laterais,
porém protegem os flancos. As perpendiculares à essa direção, são obstáculos para o atacante e favorecem ao defensor.
Quando as operações se desenvolvem em terreno montanhoso, muitas vezes tomam caráter especial, exigindo tropas
e equipamentos especializados.
d) Depressões
As depressões são as formas opostas às elevações e para onde vão ter
as águas que se escoam das vertentes que as cercam e formam. Algumas
depressões, embora raramente se apresentem isoladas e sem escoamento
para as águas, têm forma de cume invertido e recebem a denominação de
cuba, servindo em geral como fundo dos lagos.
Vales - nome genérico de depressão que serve de leito para
escoamento das águas, com a forma de sulcos alongados e sinuosos, de
profundidade e largura variáveis.
Desfiladeiro - é uma passagem mais ou menos longa, entre duas
elevações, cujas vertentes se prestam a uma organização do terreno capaz
de barrar a progressão inimiga, por ser uma passagem natural de tropas,
ou ainda suscetível de ter essa passagem impedida por uma posição
defensiva localizada em um movimento do terreno que a enfie. As
elevações que o formam são de difícil acesso.
Corredor - é caracterizado por uma passagem entre elevações de
extensão apreciável, podendo as elevações que o forma serem ou não
acessíveis à tropa. Se prestam excelentemente para defesa dada a
canalização do movimento para o seu interior.
A garganta é uma passagem estreita e curta entre elevações.

e) Planícies
Forma intermediária entre as elevações e depressões, são resultantes muitas vezes do aterramento das depressões com
detritos provenientes da erosão. São vastas extensões de terreno sensivelmente planas, situadas nas regiões mais baixas da
superfície terrestre. Conforme o aspecto que apresentam e a situação em que se encontram, recebem as seguintes
denominações:
- Várzea - quando cultivadas ou a isso se prestarem;

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- Charneca - quando além disso falta água e vegetação;


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- Descampados - quando muito extensas;

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- Brejo ou Charco - quando baixas, sujeitas às invasões das águas pluviais; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- Baixada - quando situada entre as cubas de grandes elevações e o mar; e


- Pampas - são vastas planícies, quase sem relevo, monótonas, cobertas por leivas, revestidas de prados, baixas e
desabrigadas dos ventos.
As planícies, em geral, diferem dos planaltos pela sua situação em relação ao nível do mar, pois os planaltos nada mais
são do que planícies situadas no alto das grandes cadeias de montanhas.

2.2.3 - Classificação do Terreno


a) Quanto ao relevo
Plano - quando a diferença de nível é quase nula;
Ondulado - quando apresenta dobras não superiores a 20 metros;
Movimentado - quando apresenta elevações e depressões, próximas umas das outras, e de altura entre 20 e 50 metros;
Acidentado - quando as elevações variam entre 50 e 100 metros;
Montuoso - quando apresenta elevações entre 100 e 1000 metros; e
Montanhas - Quando as elevações são superiores a 1000 metros.
b) Quanto ao aspecto tático
I) Quanto às vistas
Coberto - quando a observação terrestre é limitada por obstáculos (matas, bosques, construções);
Descoberto - quando oferece vastos horizontes.
II) Quanto ao movimento de tropa
Livre - quando no terreno não há obstáculo ao movimento de tropa;
Cortado - quando apresenta obstáculos ao movimento, tais como valas, fossos, muros, cercas, cursos d’água.
III) Quanto aos fogos inimigos.
Desenfiado - quando não pode ser batido pelos fogos diretos do inimigo; e
Enfiado - quando está sujeito aos fogos inimigos. Diz-se, também, batido.
IV) Quanto à vegetação.
Limpo - a vegetação existente não prejudica o movimento, a observação ou a ligação visual entre as tropas amigas; e
Sujo - quando na situação inversa.
V) Quanto à praticabilidade das operações militares.
Praticável - quando o terreno, na sua conformação geral, se presta ao desenvolvimento de uma operação militar; e
Impraticável - quando não se presta à operação militar em vista.

2.2.4 - Leis do Modelado


Estas leis se referem às linhas de talvegue, às vertentes, às linhas de festos, os três principais elementos que modelam
o terreno. São regras que nada têm de absoluto, todas comportam exceções. Variam como variam as superfícies do terreno
a que se referem, dizem apenas a forma ideal para qual tendem os terrenos normalmente constituídos e sujeitos à erosão
regular das águas. O estudo dessas regras conduzirá a conclusões muito interessantes sobre os aspectos do terreno.
a) Regras dos talvegues e cursos d’água
I) De um ponto qualquer do terreno pode-se chegar ao mar sem nunca subir. É a lei da continuidade dos declives.
II) A declividade de uma linha de talvegue ou de um curso d’água decresce de montante para jusante.

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III) Desenvolvendo-se num mesmo plano o perfil de um curso d’água e de seus afluentes, a curva perfil desse curso
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d’água envolverá todas as de seus afluentes, como conseqüência um rio corre mais em um certo nível que seus afluentes.

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Assim, uma mesma curva de nível, na vizinhança e a montante de uma confluência, cortará o curso d’água principal mais
longe dessa confluência que o curso d’água secundário (afluente), ou seja, a mesma curva de nível penetrará mais no vale
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principal que na ravina lateral que nele desembocar.

IV) A declividade nas curvas exteriores de um rio é maior que nas interiores.
De fato, em uma curva de rio a massa d’água agindo sob a influência da força centrífuga corrói a margem exterior,
alargando o leito desse rio e, não raras vezes, rasgando-lhe novo leito. Na margem interior, a velocidade do rio sendo muito
menor, ocasiona a sedimentação de aluviões e o conseqüente abrandamento do declive nessa margem. Assim, as curvas de
nível que envolvem uma sinuosidade são habitualmente mais próximas umas das outras que as envolvidas pelo curso d’água.
Logo a margem situada na parte exterior tem comandamento sobre a interna.

Dessa regra surgem dois corolários:


- quando um curso d’água se divide em muitos outros sinuosos, formando ilhas irregulares, pode-se concluir que o
vale é largo e o talvegue pouco acidentado ou sensivelmente horizontal.

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- caso o curso d’água seja um braço único quase retilíneo, o vale é estreito e o talvegue muito pronunciado e de grande
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inclinação.

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V) O ângulo formado por dois talvegues na sua confluência será sempre menor que 90º. Essa regra permite indicar a
direção da corrente de um rio.

VI) Uma confluência é assinalada geralmente por uma inflexão do curso d’água principal no sentido do afluente. Esta
inflexão será tão mais pronunciada quanto mais importante for o afluente. Ou seja, o afluente muda a calha principal na sua
direção.
b) Regra referente às vertentes
As curvas de nível de mesma cota se fazem seguir sobre as duas partes de uma mesma encosta (vertente), separadas,
uma da outra por um vale lateral. É a lei da continuidade das vertentes.
Na figura 2.19 as partes ab e cd da vertente não são modificadas pelo trabalho do afluente que cravou o leito entre b e c.

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c) Regras referentes às linhas de festo


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I) Uma linha de festo se ligará sempre a uma outra e esta a outra e assim sucessivamente.

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II) Quando uma linha de festo separa dois cursos d’água ela se abaixa quando eles se aproximam (confluência) e se eleva
quando se afastam. A distância máxima corresponde geralmente a um mamelão ou esporão e a mínima a um colo.

III) Se uma linha de festo separa dois cursos d’água que correm em altitudes diferentes, ela estará mais próxima do mais
elevado.

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IV) Se existirem duas nascentes opostas a uma mesma linha de festo, sobre a linha entre as nascentes ocorrerá um colo.

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V) Sempre ocorrerá uma ramificação separando dois talvegues que nascem do mesmo lado de uma mesma linha de festo.

VI) Quando uma linha de festo muda de direção, opostamente ao ângulo formado ocorrerá uma ramificação.

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VII) Quando dois cursos d’água descem paralelamente de uma encosta e tomam depois direções opostas, a linha que
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separa os cotovelos indica a depressão mais profunda entre as duas vertentes e, portanto, a existência de um colo.

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VIII) Quando dois cursos d’água se encontram, a linha de crista do saliente que os separa está sensivelmente na direção
do prolongamento do curso d’água que resulta da junção dos dois.

IX) Quando diversos cursos d’água partindo de um ponto central seguem direções diversas, há na origem um ponto
culminante.

2.2.5 - Compartimentação do terreno


Um compartimento é uma área enquadrada por acidentes do terreno que limitam a observação terrestre ou os tiros
das armas de trajetória tensa para o seu interior.

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Ao se analisar um compartimento deve-se atentar para o seu interior, para os acidentes naturais ou artificiais que o
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delimitam e para as linhas limites. Estas são linhas imaginárias traçadas ao longo dos acidentes já mencionados e a partir

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das quais a observação terrestre para o interior do compartimento fica comprometida. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Os compartimentos são classificados de acordo com:


- os acidentes que os constituem;
- suas formas; e
- a direção de deslocamento da tropa.
Com relação aos acidentes que os constituem, podem ser:
- formados pelo relevo, em que as linhas limites situam-se, normalmente, ao longo das cristas militares;
- formados por vegetação ou acidentes artificiais, em que as linhas limites incluem parte de suas orlas a uma
profundidade que dependerá da densidade dos mesmos; e
- formados pela combinação dos anteriores.
Com relação à forma, os compartimentos podem ser simples ou complexos, em que um grande compartimento
contém em seu interior compartimentos menores.

Quanto à direção prevista para o deslocamento da tropa no seu interior, eles serão denominados longitudinais ou
corredores, quando seu eixo maior coincidir com a direção daquele movimento e transversais quando perpendiculares ou
oblíquos ao referido deslocamento.
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Geralmente os compartimentos longitudinais se constituem em vias de acesso favoráveis, facilitando o ataque e


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dificultando a defesa. O atacante poderá utilizar um corredor como via de acesso deslocando-se de dois modos: pelo vale

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ou pela crista. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Neste tipo de compartimento, as cristas topográficas dividem a observação terrestre e os campos de tiro das armas de
trajetória tensa do defensor, dificultando ou mesmo impedindo-o de coordenar e emassar fogos, bem como de obter apoio
mútuo. As tropas posicionadas defensivamente nas encostas só dispõem de observação para frente. Além disso, perdendo o
controle das cristas, o defensor deixa de dispor de observação para o interior do compartimento, não podendo, deste modo,
coordenar os fogos para o seu interior. Por essas razões, os corredores são desfavoráveis à defesa.

Os compartimentos transversais são propícios à defesa e não se constituem em vias de acesso favoráveis.
O defensor disporá de boa observação e bons campos de tiro, podendo, ainda, realizar a coordenação de fogos e
desenvolver apoio mútuo lateralmente e em profundidade.
Com isto será estabelecida uma barragem de fogos densa, contínua e profunda à frente da posição. Adicionalmente,
a posição na encosta facilitará o desencadeamento dos fogos defensivos e permitirá abrigar as reservas na contra-encosta.

A tropa atacante, por sua vez, poderá dispor, inicialmente, de observação, cobertas, abrigos e campos de tiro. Contudo,
tais condições serão perdidas à medida que o ataque se desenvolve, em virtude das vantagens de que dispõe o defensor.

2.2.6 - Natureza do solo


O estudo da natureza do solo para fins militares visa, principalmente, determinar as possibilidades de trânsito através
campo, sob condições meteorológicas atuais ou previstas, e assume importância especial para as unidades de blindados.
À Engenharia cabe a responsabilidade de organizar e distribuir cartas sobre as condições de resistência do solo. Ao
realizar esse estudo devem ser ressaltadas, na zona de ação, as áreas do terreno cujo solo se apresenta firme e os trechos de
pouca consistência.
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O terreno arenoso, alagadiço, o brejo, constituem embaraços ao movimento da tropa, podendo, conforme as
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circunstâncias, impedi-lo inteiramente. Alguns solos podem ser impraticáveis às viaturas blindadas após chuvas prolongadas

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e intensas, como é o caso de certos terrenos argilosos. O solo arenoso pode ser obstáculo em tempo seco e ter a consistência Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

aumentada após as chuvas. A organização do terreno está também condicionada à natureza do solo. O solo pedregoso ou
extremamente duro dificulta as escavações, enquanto o solo de pouca consistência facilita esse trabalho, exigindo, porém,
trabalhos especiais para evitar o desmoronamento dos taludes.

2.2.7 - Cursos d’água


São extensões de água corrente que podem ser classificadas como perenes - as que correm todo o ano; intermitentes
- as que se originam de uma fonte que falha periodicamente; e a efêmera - que depende totalmente da estação do ano. Onde
os cursos d’água tenham grande velocidade e corram sobre materiais soltos, tais como cascalho, seixos e material mais duro,
os fundos são estreitos e limpos. Quando o rio é lento, o material mais fino, como saibro e argila, se deposita no fundo
tornando-o lodoso. Se o rio corre em terreno firme, suas margens serão mais íngremes que nos terrenos de menor
consistência. A maior velocidade de um rio estará, normalmente, a meio do canal.
É bastante comum se observar lagunas costeiras formadas pelo depósito de saibro e areia na desembocadura de um
rio. Normalmente não serão estreitas o suficiente para permitir serem atravessadas por pontes ou passadeiras, sendo
comumente necessárias viaturas anfíbias e botes.
Os movimentos através de área pantanosa são restritos à tropa a pé e mesmo para estas bastante desgastante.
Os rios largos e profundos poderão proporcionar boas condições para instalação de uma Área de Defesa debruçada
sobre eles. Quanto mais importante o rio, mais vantagens oferecerá ao estabelecimento de uma posição defensiva nele
apoiada. Em contrapartida, no ataque, a existência de um curso d’água transversal à sua direção geral irá com certeza causar-
lhe embaraço. Em alguns exigirá um planejamento prévio para travessia, podendo chegar até a uma operação de transposição
de curso d’água, um tipo de operação terrestre com planejamento específico e complexo. Os rios com mais de 100m de
largura são obstáculos importantes.
A ocorrência de lagoas próximas às praias de desembarque, em um assalto anfíbio, irá formar corredores estreitos
que canalizarão o movimento da tropa, limitarão sua manobra e concentrarão seus meios, tornando-a um bom alvo para a
artilharia inimiga. Além de restringir, posteriormente, o estabelecimento da Área de Apoio de Praia (AApP) e de Apoio de
Serviços ao Combate (AApSvCmb). Contudo, caso seja possível o estabelecimento dessas áreas, poderá vir a favorecer a
defesa das mesmas.
Os conhecimentos necessários a seguir mencionados, deverão ser coletados ou buscados de forma a permitir a análise
do curso d’ água e estabelecer para que tipos de meios ele será obstáculo e sua influência sobre a manobra planejada:
identificação e localização; largura; natureza do leito (composição, profundidade e consistência); velocidade da corrente; e
características da margem (composição, estabilidade, altura e rampa). Os mesmos conhecimentos serão necessários para a
análise dos lagos.

2.2.8 - Vegetação
A localização, tipo, dimensões, densidade e diâmetro dos troncos constituem elementos que, analisados, determinam
seu valor militar.
a) Macegas
São formadas por arbustos e gramíneas, podendo existir árvores pequenas e esparsas. A macega é considerada alta
quando encobre o movimento de um cavaleiro e densa quando torna penosa a sua travessia. A macega rala e baixa carece
de importância militar, quer sob o ponto de vista do desenfiamento, quer da transitabilidade.
b) Matas
São formadas por árvores copadas de médio ou pequeno porte. Considera-se mata rala desde que seja fácil o trânsito de
tropa a pé em qualquer direção.
c) Florestas
São caracterizadas pelo arvoredo copado e denso, de grande porte e formado por árvores normalmente seculares.
d) Bosques
São formados por árvores copadas, altas e regularmente dispostas. As florestas, as matas e os bosques podem impor
características especiais à operação a ser realizada.
e) Culturas
O terreno cultivado (café, cana, arroz, etc.) pode permitir movimento com cobertura, mas embaraça a progressão.
f) Vegetação ciliar
É aquela que normalmente borda as margens dos cursos d’água e possui uma tonalidade mais escura.

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2.2.9 - Construções e instalações


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a) Localidades

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São designadas como localidades, quaisquer agrupamentos de edifícios destinados à habitação, comércio ou indústria, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

tais como povoações, vilas, cidades e grandes fábricas. As localidades devem ser analisadas quanto à sua localização,
dimensões e tipo de construção das edificações (taipa, tijolo, alvenaria e concreto).
As cidades e os agrupamentos de casas constituem, no terreno, uma zona de difícil progressão para a tropa. Obrigam a
operação a tomar características especiais e favorecem a defesa obstinada, palmo a palmo.
Sempre que possível devem ser evitadas, desbordando-as.
b) Fortificações de campanha
Consistem nos trabalhos defensivos realizados quando um ataque inimigo for iminente ou durante a consolidação de um
objetivo conquistado, como prevenção de um contra-ataque. Busca, geralmente, aumentar o valor defensivo de um terreno,
e inclue a construção de abrigos e obstáculos, bem com os trabalhos de camuflagem.
c) Instalações diversas
Instalações não compreendidas nos itens acima e que possam ter interesse para o estudo a ser desenvolvido, como por
exemplo porto, aeroporto, usina de energia, etc.

2.2.10 - Vias de transporte


As estradas de ferro ou de rodagem e os próprios caminhos são elementos importantes do terreno, uma vez que os
suprimentos, de modo geral, e as evacuações de baixas são executados utilizando esses eixos.
A classe da estrada de rodagem, a bitola da estrada de ferro e a própria natureza dos caminhos, são dados
indispensáveis à estimativa da capacidade de transporte da via e são, normalmente, fornecidos por elementos de Engenharia.

CAPÍTULO 4
OPERAÇÕES ANFÍBIAS

4.1 - GENERALIDADES
O desenvolvimento da doutrina, das táticas, das técnicas e dos meios empregados nas operações anfíbias (OpAnf)
iniciou-se há quase 3000 anos, quando os gregos desembarcaram em praias próximas à cidade de Tróia, para conquistá-
la. Desde então, a História registrou muitas outras operações similares. As mais conhecidas ocorreram durante a 2a Guerra
Mundial, como o desembarque na NORMANDIA, que levou os aliados à abertura de uma segunda frente na Europa, ou o
assalto a IWO JIMA, com o propósito de negar o seu uso pelo inimigo e prover uma base aérea avançada para os ataques
ao Japão. Mais recentemente, ocorreu o desembarque britânico nas ILHAS FALKLANDS/MALVINAS e o assalto à ILHA DE
GRANADA pelos norte-americanos.
As OpAnf exigem, para o seu planejamento e execução, um alto nível de preparo técnico-profissional do pessoal
envolvido com a mais complexa das operações militares.
A OpAnf refere-se, normalmente, a um ataque lançado do mar por uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), sobre
litoral hostil ou potencialmente hostil.
A publicação CGCFN-1-1 - Manual de Operações da Força de Desembarque aborda o assunto tratado neste
capítulo com maior profundidade.

4.2-MODALIDADES DE OPERAÇÕES ANFÍBIAS


4.2.1 - Assalto Anfíbio (AssAnf)
Ataque lançado do mar por uma ForTarAnf, para, mediante um desembarque, estabelecer firmemente uma Força
de Desembarque (ForDbq) em terra.
4.2.2 - Incursão Anfíbia (IncAnf)
Operação envolvendo uma rápida penetração ou a ocupação temporária de um objetivo em terra, seguida de
uma retirada planejada.

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4.2.3 - Demonstração Anfíbia


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Ação diversionária compreendendo a aproximação do território inimigo por forças navais, inclusive com meios

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que caracterizam um AssAnf, sem o efetivo desembarque de tropas. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

4.2.4 - Retirada Anfíbia


Consiste na evacuação ordenada e coordenada de forças de um litoral hostil.
4.3 - PROPÓSITOS DAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
4.3.1 - AssAnf
- conquistar área para o posterior lançamento de ofensiva terrestre;
- conquistar área para o estabelecimento de base avançada; e
- negar ao inimigo o uso de áreas ou instalações.
4.3.2 - IncAnf
- destruir ou danificar certos objetivos;
- criar uma diversão;
- obter informações; e
- capturar, evacuar, ou resgatar pessoal e/ou material.
4.3.3 - Demonstração Anfíbia
- confundir o inimigo quanto ao local da operação principal ou induzi-lo a empreender ações que lhes sejam
desfavoráveis.
4.3.4 - Retirada Anfíbia
- permitir que uma força desengaje de inimigo de poder de combate superior; e
- permitir o emprego de uma força em outra região.

4.4 - FASES DAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS


As fases aqui relacionadas se referem ao AssAnf. Entretanto, os conceitos e princípios são aplicáveis, também, às
outras modalidades de OpAnf.
4.4.1 - Planejamento
Corresponde ao período decorrido desde a expedição da Diretiva Inicial (DI) para uma OpAnf até o embarque dos
meios. Embora o planejamento da operação não cesse efetivamente ao término dessa fase, é conveniente distinguí-la,
devido às diferenças que ocorrerão nas relações de comando.
4.4.2 - Embarque
Compreende o período durante o qual as forças com seus meios são embarcados nos navios previamente
designavos. Esta fase estará terminada com a partida dos navios.
4.4.3 - Ensaio
É o período durante o qual a operação em perspectiva é ensaiada. O Ensaio, normalmente, ocorre durante a
Travessia.
O Ensaio é realizado para testar a adequação do plano, proporcionando a familiarização com o mesmo. Nele é
feita a tomada de tempo dos eventos de forma a confirmar o quadro-horário elaborado para a operação. Serão testadas,
ainda, a prontificação do pessoal e as comunicações.
Antes do Ensaio, assim como antes do desembarque, deverão ser ministrados “briefings” sobre a operação e
disseminadas as medidas de segurança destinadas a preservar o sigilo da operação.
4.4.4 - Travessia
A Travessia envolve o movimento de uma ForTarAnf desde os pontos de embarque até os postos ou áreas
previstos no interior da Área de Desembarque (ADbq). Deverão ser realizados nesta fase exercícios de guarnecimento de

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Postos de Abandono para a tropa, instrução sobre controle de avarias e utilização de equipamentos de respiração, com
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auxílio do pessoal do navio.

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O tempo disponível nessa fase deverá ser utilizado para disseminar as alterações no planejamento, divulgação de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

informações e instruções, bem como a realização dos adestramentos possíveis, conforme necessário.
É importante a realização de treinamento físico militar, exercícios de tiro e de embarque em viaturas anfíbias e
aeronaves, oportunidade na qual poderão ser prontificados os manifestos de embarque. A execução da verificação diária
de pessoal faz-se necessária, para constatar a presença física e o estado de saúde física e mental de todos os elementos.
4.4.5 - Assalto
Corresponde ao período entre a chegada do Corpo Principal da ForTarAnf à ADbq e o término da OpAnf,
compreendendo o Movimento Navio-para-Terra (MNT) e as ações em terra. É nela que a ForDbq é projetada em terra
para cumprir suas tarefas, de acordo com um Conceito de Operação.
Compreende as seguintes etapas:
1. - preparação final da ADbq;
2. - MNT por superfície e/ou por helicópteros;
3. - desembarque dos elementos de assalto da ForDbq;
4. - ações em terra para a conquista da CP;
5. - desembarque de outros elementos da ForDbq, geralmente de apoio ao combate (ApCmb) e de apoio de
serviços ao combate (ApSvCmb), para a execução de tarefas que possibilitem o prosseguimento das ações
em terra; e
6. - provisão do apoio de fogo naval e aéreo e do apoio logístico.

4.5 - MNT POR SUPERFÍCIE E POR HELICÓPTEROS


É a etapa que compreende o movimento ordenado de tropas, equipamentos e suprimentos dos navios de assalto
para as praias e/ou zonas de desembarque,selecionadas na ADbq, a fim de garantir o desembarque nos momentos e locais
previstos e no dispositivo adequado, atendendo à idéia de manobra em terra.
Pode ser por superfície, empregando embarcações de desembarque (ED) e navios dedesembarque (ND), e viaturas
anfíbias (VtrAnf), por helicópteros ou por uma combinação de ambos.
4.5.1 - Períodos
Para facilitar o controle, o MNT é dividido em dois períodos: Descarga Inicial e Descarga Geral.
a) Descarga inicial
É, principalmente, de caráter tático. Inclui o desembarque das unidades de assalto e dos equipamentos e
suprimentos essenciais à conquista dos objetivos iniciais da ForDbq.
b) Descarga geral
É, principalmente, de caráter logístico. Só começa quando a descarga seletiva não é mais necessária e tem por
propósito descarregar, no menor tempo possível, um grande volume de equipamentos e suprimentos.
4.5.2 - Organização
As unidades que integram a organização por tarefas da ForDbq são organizadas para o MNT por superfície em
vagas de ED e VtrAnf, contendo tropas e equipamentos que devam desembarcar simultaneamente. O pessoal e os
equipamentos conduzidos em cada ED ou VtrAnf de determinada vaga constituem uma Equipe de Embarcação(EE).
Para o MNT por helicópteros, estas unidades se organizam em vagas de helicópteros, contendo pessoal e
equipamentos que são desembarcados aproximadamente ao mesmo tempo. O pessoal e equipamentos conduzidos em
cada He constituem uma heliequipe.

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4.5.3 - Números-Série
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Série é um número representando tropas, seus equipamentos e suprimentos iniciais de combate embarcados em

ADSUMUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS - ADSUMUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS - ADSUMUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS
um mesmo navio, que desembarcam aproximadamente ao mesmo tempo e na mesma praia ou zona de desembarque. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Os números-série são empregados como um meio conveniente para identificar elementos da ForDbq e facilitar
sem controle durante o MNT. Todas as unidades da ForDbq, inclusive alguns componentes navais a serem desembarcados
com ela, recebem números-série.
4.5.4 - Categorias de desembarque
No planejamento do MNT, os elementos da ForDbq (tropas, equipamentos e suprimentos) são organizados em
cinco categorias de desembarque. O propósito desta classificação é indicar a prioridade relativa para o desembarque e
facilitar o controle do MNT.
a) Vagas Programadas
Consistem de ED, VtrAnf ou He nos quais são embarcados os elementos de assalto da ForDbq e cuja hora, local e
formação foram previamente determinados e especificados.
Compreendem as primeiras unidades a desembarcar na praia ou zona de desembarque. São compostas,
predominantemente, pelos elementos dos Grupamentos de Desembarque de Batalhão (GDB) de assalto, mas podem
conter outros tipos de unidades. As vagas programadas recebem números-série.
b) Vagas a Pedido
Consistem dos elementos da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de combate, cuja necessidade em terra está
prevista para os movimentos iniciais, mas cuja hora e local de desembarque não podem ser exatamente determinados,
não sendo portanto especificados.
São compostas, normalmente, pela reserva do Componente de Combate Terrestre (CCT) da ForDbq, artilharia em
apoio direto, engenharia, carros de combate e Equipes do Destacamento de Praia (EqDP). Como a categoria anterior,
também recebem números-série.
c) Unidades Não Programadas
Consistem dos elementos restantes da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de combate, os quais estão previstos
para serem desembarcados antes da Descarga Geral.
São compostas, normalmente, do grosso dos elementos de ApCmb e de ApSvCmb, que não foram incluídos em
vagas programadas ou a pedido. Também recebem números-série.
d) Suprimentos Emergenciais
Compreendem os suprimentos planejados pela ForDbq para fazer face às necessidades adicionais de itens críticos
de suprimentos nos momentos iniciais do assalto. Devem estar disponíveis para entrega imediata às unidades em terra e
se subdividem em Depósitos Flutuantes e Suprimentos Helitransportados.
Muito embora os Depósitos Flutuantes não recebam número-série, os Suprimentos Helitransportados o receberão
para facilitar o controle.
e) Suprimentos Remanescentes
Consiste dos suprimentos de assalto e equipamentos que não foram incluídos nas cargas prescritas individuais de
cada combatente, nos depósitos flutuantes nem nos suprimentos helitransportados. Não recebem número-série.
f) Embarcações Livres
Não constituem uma categoria de desembarque. Entretanto, são usadas no transporte para a praia de elementos
de comando e controle. Recebem númerosérie.
g) Helicópteros Livres
São designados para as unidades helitransportadas com os mesmos propósitos determinados para as
embarcações-livres. Recebem número-série.

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4.6 - DESEMBARQUE DOS ELEMENTOS DE ASSALTO


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4.6.1 - Tarefas iniciais dos elementos de assalto

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Quando as unidades de tropa desembarcam, desfaz-se a organização em Equipes de Embarcação ou Heliequipes, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

adotando-se a organização tática - PelFuzNav (Ref), CiaFuzNav (Ref), BtlInfFuzNav (Ref).


As tarefas iniciais dos comandantes de todos os escalões de tropa, apesar das dificuldades iniciais de controle,
devem ser as de reorganizar sua tropa e conquistar, no mínimo, o terreno necessário para o desembarque dos apoios e
reserva que lhes são pertinentes.
4.6.2 - Conquista dos objetivos iniciais
O inimigo encontrado nas praias ou zonas de desembarque deve ser destruído para permitir o prosseguimento
do assalto até os objetivos iniciais e possibilitar a conquista de terreno com comandamento sobre locais de desembarque,
e, assim, proporcionar condições favoráveis ao desembarque dos elementos de apoio e das reservas.
4.6.3 - Prosseguimento das ações
Após a consolidação dos objetivos iniciais, os comandantes, em todos os escalões, retomam o controle de suas
tropas, reorganizam-nas e prosseguem em suas ações para o interior.

4.7 - AÇÕES EM TERRA


As operações posteriores ao desembarque são conduzidas para a conquista da Cabeça-de-Praia (CP) com
suficientes espaço e segurança para garantir o desembarque contínuo de tropas e prover espaço para a manobra dos
elementos que conduzirão as operações subseqüentes ao assalto anfíbio, caso sejam previstas.
Durante essa etapa, as reservas dos elementos de assalto desembarcam em vagas programadas, enquanto as do
CCT são mantidas de prontidão, em vagas a pedido ou em unidades não programadas.

CAPÍTULO 5
OPERAÇÕES TERRESTRES
5.1 - GENERALIDADES
No contexto da guerra anfíbia, os Fuzileiros Navais terão que executar operações terrestres com a finalidade de
cumprirem sua missão.
Tais operações poderão ser de caráter ofenssivo (operações ofensivas) ou defensivo (operações defensivas).
5.2 - OPERAÇÕES OFENSIVAS
O sucesso final no campo de batalha somente é obtido pelas operações ofensivas. Ofensiva significa atacar, explorar
as fraquezas do inimigo e manter a iniciativa. São realizadas a fim de alcançar um ou mais dos seguintes propósitos:
- destruir forças ou material inimigos;
- conquistar áreas ou pontos importantes do terreno;
- obter informações;
- desviar a atenção do inimigo;
- fixar o inimigo em posição;
- privar o inimigo de recursos; e
- desorganizar um ataque.
5.2.1 - Fases da ofensiva
Todas as operações ofensivas tendem a se desenvolver, normalmente, em três fases:
- preparação;
- execução; e
- continuação.
a) Preparação
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Esta fase tem início com o recebimento da diretiva, que dará origem à operação, até a ocupação de uma posição de
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ataque (PAtq) e subseqüente transposição de uma linha de partida (LP), o que marca efetivamente o inicio da execução

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do ataque. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Nesta fase, ocorre a marcha para o combate, na qual a tropa atacante busca estabelecer o contato com o inimigo. A
seguir, deslocando-se a partir de zona (s) de reunião (ZReu) e/ou de PAtq transpõe a LP ou linha de contato (LC),
dependendo da situação, o que marca o início da fase seguinte (Fig 5.1).

b) Execução
Esta fase se inicia com o cruzamento de uma LP ou linha de contato (LC) até a conquista do(s) objetivo(s) (Obj)
decorrentes das tarefas impostas pela missão atribuída na diretiva.
Sob a proteção dos fogos de preparação realizados pelas armas de apoio, as tropas progridem até as Posições de
Assalto (PAss), Linha Final de Coordenação (LFC) ou Linha de Provável Desenvolvimento (LPD), no caso de um ataque
noturno (Fig 5.1). O efeito de obscurecimento e de neutralização proporcionado pelas armas de apoio, em geral é
necessário para apoiar o assalto. Porém, na medida do possível, a surpresa deve ser preservada. Quanto mais próximo do
objetivo o escalão de assalto chegar antes de abrir fogo, melhor. Além do inimigo ser atingido psicologicamente, ele
também terá menos tempo para colocar em ação suas armas mais pesadas.
O assalto ocorre tão logo os fogos das armas de apoio tenham se deslocado para a retaguarda e flancos da posição
inimiga para não por em risco o escalão de assalto, o qual, desencadeando os fogos de assalto com suas armas orgânicas,
se lança, rápida e agressivamente sobre o(s) objetivo(s). Este escalão não se detém na orla anterior do(s) objetivo(s); pelo
contrário, dirige-se com rapidez em um único lanço, ou executando as técnicas de fogo e movimento quando a resistência
inimiga assim exigir, até a orla posterior ou a parte que lhe for designada.
A história ensina que a velocidade no combate é uma arma preciosa. A unidade, os homens ou máquinas que
conseguem, consistentemente, se mover e agir mais rápido que seu inimigo durante o assalto obtêm vantagem decisiva.
Para garantir velocidade no assalto, cada combatente deve:
- possuir a máxima habilidade com as armas por ele usadas;
- explorar convenientemente os pequenos abrigos e as cobertas proporcionados pelo terreno em sua zona de ação
(ZAç), bem como a qualidade dos campos de tiro dessas posições;
- atacar sem depender de comandos verbais ou visuais e, sendo um comandante de pequena fração, posicionar-se na
frente, junto aos elementos mais avançados, de forma a conduzir o assalto com deslocamentos taticamente seguros e
movimentação flexível, evitando confusão na transmissão das ordens e retardos desnecessários. Convém lembrar que no
meio do barulho, vegetação, confusão e fumaça do ambiente de combate, raramente um comandante de fração
conseguirá fazer com que suas ordens transmitidas a viva voz ou por gestos alcancem todos os seus subordinados,
principalmente se ele estiver à retaguarda; e
- unir forças e aliviar o isolamento do combate simplesmente conversando com o combatente ao seu lado. Isso é
importante não apenas para a disseminação lateral das informações e ordens, mas mais importante ainda, para a coesão
moral da fração.
Além disso, a velocidade de progressão das frações será influenciada pela flexibilidade de manobra proporcionada pela
formação adotada. Em geral, uma formação em triângulo (ou em cunha) oferece mais flexibilidade do que a em linha, que
compromete todo o poder de combate em uma direção.

c) Continuação
Com a conquista do (s) objetivo (s), segue-se uma série de ações com vistas a consolidar sua posse, reorganizar a tropa
e adotar um dispositivo que permita a continuação das operações. A partir daí, poderá ter início tipos de operações
ofensivas, como o aproveitamento do êxito ou a perseguição.

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Tendo em vista que raramente um ataque consegue destruir de uma só vez e totalmente um inimigo que se defende,
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é provável que os seus remanescentes procurem desengajar, retrair o que for possível, reorganizar-se e estabelecer novas

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posições. Dependendo do escalão, poderão ser colocadas em ação tropas deslocadas de áreas em que houver menor Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

atividade ou mesmo empregar suas reservas para destruição dos bolsões de resistência apresentados pelos
remanescentes .
Assim, salvo restrições impostas pelo comando ou pela eventual falta de meios, o ataque deve ser seguido de um
agressivo aproveitamento do êxito obtido com a conquista do(s) objetivo(s), visando manter pressão sobre o inimigo e
destruir sua capacidade de reorganizar-se.
Quando existem indícios de que a resistência do inimigo se desintegra, o ataque ou o aproveitamento do êxito se
transforma em perseguição, destinada à destruição da tropa inimiga (Fig 5.1).

5.2.2 - Tipos de operações ofensivas


Em uma ação ofensiva, há três tarefas a serem realizadas em relação ao inimigo: localizá-lo e fixá-lo em posição,
manobrar de modo a obter uma vantagem tática e, no momento e local oportunos, desencadear um ataque decisivo para
destruí-lo. Visando cumprir estas tarefas, há cinco tipos gerais de operações ofensivas:
Há cinco tipos gerais de operações ofensivas:
- marcha para o combate;
- reconhecimento em força;
- ataque coordenado;
- aproveitamento do êxito; e
- perseguição.
a) Marcha para o combate
É uma operação que visa estabelecer, o mais cedo possível, o contato com o inimigo ou restabelecê-lo quando
perdido. Termina com a ocupação de uma região pré-estabelecida ou quando posições de resistência do inimigo
impedem o movimento, forçando o desdobramento da tropa.
A tropa, neste tipo de operação ofensiva, poderá adotar uma das seguintes formações táticas, a depender,
principalmente, do grau de ameaça do inimigo:
- coluna de marcha;
- coluna tática; e
- marcha de aproximação.
I) Coluna de marcha
Utilizada quando o contato com o inimigo for remoto. Prevalecem as medidas que visam facilitar e acelerar o
movimento. O deslocamento é realizado, normalmente, por estradas e motorizado.
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II) Coluna tática


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Utilizada quando o contato com o inimigo for pouco provável. Neste caso, considerações táticas e administrativas

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existem paralelamente. A tropa é organizada para o combate de modo a permitir rápida entrada em ação em face de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

qualquer interferência do inimigo.


III) Marcha de aproximação
Empregada quando for iminente a ação do inimigo terrestre (contato iminente). Prevalecem as considerações táticas
e a tropa será desdobrada progressivamente à medida em que se prenuncia o contato, culminando com a tomada do
dispositivo de ataque ou de qualquer outro cuja dispersão lhe permita furtar-se à ação das armas de tiro de trajetória
tensa do inimigo.
Durante a realização de uma marcha para o combate deve ser esperada a ocorrência de um combate de encontro, o
qual consiste na ação que ocorre quando uma tropa em movimento, não desdobrada para o combate, engaja-se com uma
tropa inimiga, parada ou em movimento, sobre a qual não dispõe de informações adequadas.
Tal ação pode ter lugar em condições de combate altamente móveis, com as tropas dispersas lateralmente e em
profundidade, como após os momentos iniciais do assalto anfíbio. Sua ocorrência é mais freqüente nos pequenos escalões
de tropa.
Deve ser evitada, por meio de elementos de segurança à frente, a ocorrência de um combate de encontro, pela
imprevisibilidade de sucesso de ambos os partidos neste tipo de embate.

b) Reconhecimento em força
É uma operação realizada com propósito limitado, visando revelar e testar o dispositivo e o valor do inimigo em uma
determinada posição ou obter outras informações.
O vulto da força a ser empregada neste tipo de operação deverá ser adequado para obrigar o inimigo a reagir em
força e decididamente, sem que se permita um engajamento decisivo, mas que revele seu valor, dispositivo, reservas,
localização das armas de apoio, instalações de comando e logísticas, etc.
Normalmente, desta forma, os conhecimentos desejados são obtidos mais rápido e pormenorizadamente do que em
outros métodos de reconhecimento.
c) Ataque coordenado
O ataque coordenado é o principal tipo de operação ofensiva. Em geral, quando se emprega a palavra ataque, tem-
se em mente um ataque coordenado. Caracteriza-se pelo emprego coordenado da manobra e do apoio de fogo para cerrar
sobre o inimigo, destruí-lo ou neutralizá-lo. É, normalmente, empregado contra posições inimigas organizadas ou
fortificadas e necessita de adequado apoio de fogo.
Pode ser precedido de uma marcha de aproximação e/ou de um reconhecimento em força e deve ser executado com
agressividade.
É planejado e se completa, habitualmente, segundo as três fases já apresentadas para as operações ofensivas
(preparação, execução e continuação).

d) Aproveitamento do êxito
O aproveitamento do êxito é a agressiva continuação de um ataque bem sucedido e tem início, normalmente, quando
for constatado que a tropa inimiga está encontrando dificuldades para manter sua defensiva.
Sua finalidade é destruir a capacidade do inimigo de resistir ao ataque e reorganizar-se ou realizar um movimento
retrógrado ordenado.
Quando o inimigo apresenta indícios de desorganização e suas tropas se desintegram sob a pressão do ataque
continuado, o aproveitamento do êxito pode se transformar em perseguição.

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e) Perseguição
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A perseguição é uma operação destinada a cercar e destruir uma tropa inimiga que está em processo de

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desengajamento ou que tenta fugir. Normalmente, segue-se ao aproveitamento do êxito, diferindo deste na sua finalidade Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

principal que é a de completar a destruição da tropa inimiga. Na perseguição, o inimigo perde sua capacidade de
influenciar a situação e age de acordo com as ações da tropa perseguidora.
A perseguição pode, também, ocorrer em qualquer operação em que o inimigo tenha perdido sua capacidade de agir
eficientemente e tenta desengajar-se do combate.
5.2.3 - Formas de manobra tática ofensiva
Nas operações ofensivas, as tropas atacantes podem empregar cinco formas de manobra tática, ou a combinação
delas, para colocar seu poder de combate em vantagem sobre o inimigo:
a) - penetração;
b) - ataque frontal;
c) - desbordamento;
d) - envolvimento; e
e) - infiltração.
a) Penetração
Na penetração, o ataque principal (AtqPcp) é orientado contra uma faixa estreita da posição defensiva do inimigo, com
a finalidade de romper o seu dispositivo, dividi-lo e derrotá-lo por partes.
Esta manobra é adotada em função da existência de uma ou mais das seguintes condições:
1) - o dispositivo inimigo não apresenta flancos acessíveis e/ou vulneráveis;
2) - não há tempo suficiente para a montagem de outra forma de manobra;
3) - o inimigo está desdobrado em larga frente;
4) - existem pontos fracos na posição defensiva;
5) - o terreno e a observação são favoráveis ao atacante; e
6) - há disponibilidade de forte apoio de fogo.
A penetração, em geral, compreende três etapas (Fig 5.2):
1) - rompimento da posição defensiva avançada do inimigo;
2) - alargamento e manutenção da brecha; e
3) - conquista e manutenção de objetivos que quebrem a continuidade da defesa inimiga e criem oportunidade
para o aproveitamento do êxito.

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b) Ataque frontal
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Nesta forma de manobra, o ataque incide ao longo de toda a frente da posição defensiva inimiga com a mesma

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intensidade (Fig 5.3). Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Normalmente, o ataque frontal é a forma de manobra menos desejável para ser realizada, porque o inimigo terá
condições de aplicar o seu máximo poder de fogo em toda a frente da tropa atacante.
A menos que haja uma grande superioridade do poder de combate do atacante, raramente o ataque frontal conduz a
resultado decisivos. Por tal razão, o atacante deve procurar criar ou aproveitar vantagens e condições que lhe permitam
evoluir para outra forma de manobra que propicie o êxito esperado.
c) Desbordamento
No desbordamento, o ataque principal ou de desbordamento contorna, por terra ou pelo ar, as principais posições
defensivas do inimigo, visando conquistar um objetivo à retaguarda do seu dispositivo (Fig 5.4).

Esta manobra procura evitar um engajamento decisivo com a parcela principal do sistema defensivo, atingindo-o
onde é mais fraco, desorganizando seus sistemas de comando, de comunicações, de apoio logístico e meios de apoio de
fogo, e cortando seus itinerários de retraimento, impondo-lhe uma destruição em posição.
Um ou mais ataques secundários (AtqScd) fixam o inimigo, forcando-o a combater em duas ou mais direções,
simultaneamente, desviando sua atenção do ataque principal.
É a forma de manobra tática que oferece melhor oportunidade para obtenção do sucesso e tende a diminuir o
número de baixas entre os atacantes. Em condições normais, o desbordamento deve ser adotado preferencialmente à
penetração e ao ataque frontal.

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A execução do desbordamento caracteriza- se pelo sigilo nas ações iniciais, rapidez no deslocamento do ataque
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principal e proteção dos seus flancos expostos.

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Todo o esforço será desenvolvido pelo (s) ataque(s) secundário(s) com vistas a manter o inimigo engajado e evitar Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

que suas reservas sejam empregadas contra o ataque principal.


I) Duplo desbordamento
É uma variante do desbordamento em que o atacante procura contornar, simultaneamente, ambos os flancos da
posição inimiga. É de difícil controle e exige grande superioridade de poder de combate e de mobilidade.
II) Desbordamento como técnica de movimento
É semelhante ao desbordamento como forma de manobra tática ofensiva, na medida em que o atacante, por
meio de uma força secundária, fixa o inimigo, enquanto o grosso contorna suas posições. Entretanto, esta manobra não
tem o propósito de atacá-las e sim manter a impulsão do ataque, evitando a aplicação do poder de combate em ações
que não contribuam para o atendimento de uma tarefa específica.

d) Envolvimento
No envolvimento, o ataque principal contorna, por terra ou pelo ar, as posições defensivas do inimigo, visando
conquistar objetivos profundos em sua retaguarda (Fig 5.5). Esta manobra força o defensor a abandonar sua posição para
fazer face à ameaça envolvente. O inimigo é, então, engajado em local escolhido pelo atacante.

A adoção desta forma de manobra é de grande importância em situações nas quais exista a oportunidade de
conquistar um ponto crítico antes que uma tropa inimiga possa retirar-se ou ser reforçada.
Difere do desbordamento por não ser dirigido para atingir o inimigo em sua própria posição defensiva e por sujeitar
a tropa envolvente a operar independentemente, fora da distância de apoio de qualquer outra tropa terrestre atacante.
Com a possibilidade do emprego de helicópteros, o envolvimento - envolvimento vertical - passou a ser empregado
largamente nas operações anfíbias.
O duplo envolvimento tem considerações semelhantes às já apresentadas para o duplo desbordamento, acrescidas
da maior profundidade da operação e falta de apoio mútuo.
e) Infiltração
A infiltração possibilita o deslocamento furtivo de uma força, por elementos isolados ou em pequenos grupos,
através, sobre ou ao redor das posições inimigas, ou em seu interior, e o seu posterior desdobramento à retaguarda dessas
posições.

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Embora a infiltração possa ser empregada nas operações defensivas, ela é normalmente realizada em operações
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ofensivas, apoiando a ação principal e direcionada para:

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a) - atacar o inimigo, após a passagem através de suas posições, pelo flanco ou retaguarda, em apoio a uma Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

operação de maior vulto;


b) - conquistar posições de bloqueio, após a passagem através das posições inimigas, para impedir o seu
retraimento ou que seja reforçada;
c) - atacar posições sumariamente organizadas, após passar através do dispositivo inimigo; e
d) - inserir forças para conduzir operações de inquietação e desgaste na área de retaguarda do inimigo.
A infiltração pode ser realizada por tropas:
a) - a pé;
b) - helitransportadas;
c) - usando embarcações; e
d) - lançadas por pára-quedas.
A existência de evidentes brechas no sistema defensivo inimigo, combinada com boa transitabilidade do terreno e
adequadas cobertas, possibilitará aos elementos de infiltração o emprego de viaturas, embora possa haver
comprometimento da surpresa.
O escalão mais apropriado para a realização da infiltração é o Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais ou
menores. Em escalões maiores o Batalhão pode adotar esta forma de manobra em apoio aos demais elementos, que
executam outra forma de manobra.
A adoção desta forma de manobra tem as seguintes vantagens:
a) Possibilitar o emprego de tropa com menor poder de combate contra tropa de maior poder de combate;
b) Diminuir baixas, desde que mantido o sigilo e garantida a surpresa;
c) Conquistar região em profundidade com maior rapidez; e
d) Desorientar e desorganizar o inimigo preparado para o combate linear.
5.4 - OPERAÇÕES OFENSIVAS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS
FASES DO ATAQUE A UMA ÁREA EDIFICADA TIPOS DE TRANSPOSIÇÃO DE CURSOS DÁGUA
1) Isolamento da Localidade 1) De Oportunidade; e
2) Conquista de uma área na periferia 2) A Viva Força:
3) Progressão através da área edificada a) Imediata; e
b) Preparada
5.4.1 - Ataque a uma área edificada
O ataque a uma área edificada desenvolve-se em três fases:
- isolamento da localidade;
- conquista de uma área na periferia; e
- progressão através da área edificada.
a) Isolamento da localidade
Será obtido mediante a conquista dos acidentes capitais que dominam as vias de acesso à localidade. É planejado
sob a forma de um ataque coordenado e visa permitir o apoio às demais fases e , principalmente, impedir e/ou dificultar
a chegada de reforços inimigos.
b) Conquista de uma área na periferia
Visa eliminar ou reduzir a observação terrestre e os tiros diretos do inimigo sobre as vias de acesso que demandam
à região, garantindo uma base de apoio para a tropa que vai investir sobre a área edificada.

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c) Progressão através da área edificada


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Consiste no avanço pelo interior da localidade visando a destruição do inimigo e conquista dos objetivos. Tal fase

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é a que caracteriza a natureza peculiar da operação. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

5.4.2 - Ataque a uma área fortificada


Área fortificada é aquela que contém inúmeros trabalhos defensivos, dispostos em largura e profundidade, de
modo a se apoiar mutuamente.
Os trabalhos defensivos constituem-se de fortificações permanentes e de campanha, compreendendo casamatas,
espaldões, abrigos, trincheiras, túneis, cavernas, obstáculos de aço, de concreto e de madeira, campos de minas, etc. As
casamatas, normalmente, dão abrigo ao armamento coletivo ou instalações de comando e comunicações.
Sempre que possível, um atacante deve procurar isolar, desbordar e neutralizar uma área fortificada,
submetendo-a a pesados bombardeios, impedindo o acesso de reforços, suprimentos e, se for o caso, de serviços públicos
essenciais (água, luz, comunicações, etc.).
A penetração é a forma de manobra tática mais adotada para o ataque a essas áreas.
A execução do ataque é extremamente descentralizada, compreendendo uma série de ações isoladas por parte
dos menores escalões da tropa, para o que é mandatório a iniciativa e agressividade por parte de seus comandantes.

5.4.3 - Transposição de cursos de água


A transposição de cursos de água pode ser classificada em dois tipos:
- de oportunidade; e
- a viva força.

a) Transposição de oportunidade
É aquela na qual o curso de água, embora em território hostil, não é defendido. Pode ocorrer, também, nas áreas
de retaguarda. O planejamento é eminentemente técnico de engenharia e depende do controle de trânsito para a
execução.

b) Transposição a viva força


É aquela na qual o curso de água é defendido ou conta com a presença do inimigo.
Pode ser de dois tipos:
- imediata; e
- preparada.
I) Transposição imediata
É aquela conduzida em continuação a uma operação, sem que a tropa perca sua impulsão. É realizada por forças
descentralizadas, empregando meios orgânicos ou previamente colocados à sua disposição, bem como meios de fortuna.
Normalmente, é realizada quando as defesas inimigas são fracas, quando for possível neutralizar pelo fogo as defesas
inimigas e quando o inimigo, embora de efetivo apreciável, esteja desorganizado, mal adestrado ou for apanhado de
surpresa.
II) Transposição preparada
É aquela conduzida após planejamento detalhado e execução de amplos preparativos, visando concentrar poder
de combate para prosseguir no ataque na margem oposta. Normalmente, será empregada quando uma transposição
imediata falhar ou não puder ser desencadeada, ou quando a resistência esperada do inimigo tornar inexeqüível a
transposição imediata.

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5.5 - OPERAÇÕES DEFENSIVAS


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A defensiva consiste no emprego do poder de combate com vistas a manter a posse de uma área ou a integridade

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de uma força ou instalação, bem como criar condições mais favoráveis para a ação ofensiva. Embora seja capaz de impedir Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

o sucesso inimigo, normalmente não assegura a vitória sobre o mesmo, pois resultados decisivos só são esperados com o
combate ofensivo. Contudo, é o espirito ofensivo que constitui a base para o sucesso da defesa, através do planejamento
e execução de ações dinâmicas e da manutenção da iniciativa.
O defensor obtém a iniciativa selecionando e organizando, de acordo com suas conveniências, a área a defender,
induzindo o inimigo a reagir de acordo com os planos defensivos, explorando suas vulnerabilidades e erros por meio de
ações ofensivas e contra-atacando sua forças que tenham obtido sucesso.
O propósito principal de uma operação defensiva é derrotar um ataque inimigo, contendo, repelindo ou
destruindo suas tropas. Os propósitos secundários incluem:
1. - ganhar tempo até a chegada de novos meios;
2. - economizar meios em um setor, de modo a concentrar poder de combate para uma ação decisiva em outro;
3. criar condições mais favoráveis às operações ofensivas subseqüentes;
4. impedir o acesso do inimigo à determinada área;
5. - reduzir a capacidade do inimigo de combater, desgastando suas tropas; e
6. - controlar pontos críticos e/ou objetivos profundos.
5.5.1 – Classificação das operações defensivas
As operações defensivas abrangem todas as ações que representam resistência a uma força atacante. Podem ser
classificadas quanto ao tipo e quanto ao tempo disponível para a preparação da posição.
I) Defesa em uma ou
mais posições; e
a) DEFENSIVA QUANTO AO II) Movimentos Os movimentos retrógrados são classificados como:
TIPO Retrógrados. 1. Ação retardadora (AçRtrd);
2. Retraimento (Ret); e
3. Retirada (Rda).
b) DEFENSIVA QUANTO AO I) Defesa preparada
TEMPO DISPONÍVEL II) Defesa imediata.

a) Classificação quanto ao tipo


As operações defensivas compreendem a defesa em uma ou mais posições e os movimentos retrógrados.
I) Defesa em uma ou mais posições
Nesta defesa, a tropa que defende, procura enfrentar o inimigo em uma área previamente organizada, em largura
e profundidade, procurando dificultar ou deter sua progressão, à frente ou em profundidade, e aproveitando todas as
oportunidades para desorganizá-lo, desgastá-lo ou destruir suas forças, negando-lhe a posse de determinada área, e
criando condições favoráveis para o desencadeamento de uma ação ofensiva.
II) Movimentos retrógrados
Neste movimento, a tropa que defende procura evitar o combate decisivo sob condições desfavoráveis, seja
rompendo o contato com o inimigo, seja retardando-o a fim de trocar espaço por tempo, evitando sempre empenhar-se
em ações que possam comprometer a sua integridade.
Os movimentos retrógrados são ações táticas realizadas por uma força em direção à retaguarda ou para longe do inimigo,
por pressão deste ou em decorrência de uma idéia de manobra. Em qualquer caso, devem ser aprovadas pelo escalão
imediatamente superior.

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Os movimentos retrógrados, normalmente, ocorrem sob condições adversas ou em situação em que o oponente
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retém a iniciativa das ações. Deste modo, os comandantes de todos os escalões devem ter uma atenção especial ao moral

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de suas tropas. O propósito geral de um movimento retrógrado é preservar a integridade de uma força, de modo a que Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

possa ser empregada, no futuro, em ações ofensivas.


Os movimentos retrógrados são classificados como: ação retardadora (AçRtrd); retraimento (Ret); e retirada (Rda).
Em decorrência dos dois primeiros tipos, pode ocorrer um acolhimento, no qual uma tropa realizando um
movimento retrógrado passa através das linhas de uma outra.
b) Classificação quanto ao tempo disponível
Quanto ao tempo disponível uma defesa pode ser classificada em defesa preparada ou defesa imediata.
I) Defesa preparada
Ocorre quando uma força não está em contato com o inimigo, nem há iminência de sua ocorrência, havendo,
portanto, condições para planejamento e execução detalhada da defensiva. Normalmente, inclui um bem planejado
sistema de barreiras, trabalhos de fortificações e extensa rede de comunicações. A defensiva será tanto mais eficaz quanto
maior o tempo disponível para sua implementação.
II) Defesa imediata
Ocorre quando houver contato ou iminência de contato com o inimigo, dispondo-se apenas de condições limitadas
para a instalação da posição defensiva. Também é instalada imediatamente após a conquista de um objetivo, como parte
inicial das medidas para a sua consolidação. Caracteriza-se pelo agravamento das condições defensivas do terreno,
lançamento de obstáculos sumários e emprego de abrigos individuais. Na defesa imediata empregam-se os fundamentos
e técnicas de defesa preparada passíveis de serem implementadas em face da situação.
5.5.2 - Fundamentos da defensiva
a) Apropriada utilização do terreno
O defensor deve desdobrar suas tropas com base, principalmente, no terreno.
Manterá o controle sobre os acidentes capitais essenciais à observação, comunicações e movimentos da reserva, e negará
ao inimigo o uso do terreno que ameace o sucesso da defesa. A área selecionada deverá fornecer boas condições de observação,
campos de tiro, coberta e abrigos. Os obstáculos deverão canalizar o movimento das forças inimigas para áreas favoráveis ao
desencadeamento de contra-ataques ou de fogos de destruição.
b) Segurança
O defensor deve adotar medidas para não ser surpreendido, uma vez que o inimigo retém a iniciativa das ações e a
liberdade de manobra. Tais medidas incluem: emprego de forças de segurança, busca de conhecimentos sobre a
localização e deslocamentos das forças inimigas, aproveitamento das cobertas e abrigos, camuflagem, uso de radares de
vigilância terrestre, dispositivos de escuta, etc.
c) Surpresa
A surpresa é tão importante na defensiva quanto na ofensiva. Assim, o defensor deve empreender seus esforços tanto
para negá-la ao inimigo pelo uso de elementos de segurança, reconhecimento e vigilância, quanto para obtê-la.
Adotará, então, medidas para não ser surpreendido, tais como emprego de forças de segurança, busca de informes sobre
a localização e deslocamentos de forças inimigas, meios de defesa passiva como aproveitamento de cobertas e abrigos, uso de
camuflagem, radares de vigilância terrestres, dispositivos de escuta, etc.
d) Conhecimento do inimigo
O defensor deve considerar a liberdade de que dispõe o atacante para escolher o momento, o local, a direção e o valor
de suas tropas para realizar o ataque. Deste modo, o conhecimento das possibilidades do inimigo, sua doutrina operativa, seus
principais hábitos e o levantamento das vias de provável acesso do inimigo e os objetivos que este poderá selecionar são
essenciais para o sucesso da defesa. Uma vez obtidos o maior número de dados possível sobre o inimigo, o defensor poderá
antecipar as ações inimigas, estabelecendo mais rapidamente as condições para reassumir as ações ofensivas. Este fundamento
complementa o da defesa.
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e) Apoio mútuo
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O apoio mútuo pelos fogos, pela observação e pelo emprego de elementos de manobra garante a necessária coesão

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à área de defesa e dificulta o engajamento e destruição da tropa por partes. Tal apoio será obtido quando os núcleos de Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

defesa estiverem dispostos de modo que, ao atacar um deles, o inimigo fique sob fogos diretos de ao menos um outro.
Tal condição é imprescindível entre subunidades de uma mesma unidade, e entre suas frações subordinadas, bem como
no âmbito dessas frações.
f) Defesa a toda volta
A liberdade de manobra do atacante faz com que o defensor esteja preparado para enfrentá-lo vindo de qualquer
direção, inclusive com tropa transportada por meios aéreos.
g) Defesa em profundidade
É necessária com vistas a: reduzir o ímpeto do ataque e evitar o rompimento da posição defensiva; forçar o inimigo
a realizar repetidos ataques; permitir ao defensor avaliar as ações executadas pelo inimigo e contê-las; impedir o inimigo
a empregar suas reservas em local e momento não decisivos; e diminuir os efeitos dos seus fogos.
A profundidade da defesa é conseguida engajando o mais cedo possível o inimigo com elementos aéreos, com as
forças de segurança, empregando as armas de apoio a partir de posições avançadas e em seu máximo alcance de
utilização, empregando núcleos defensivos sucessivos, utilizando obstáculos e barreiras dispostos em profundidade, e
pela manobra e adequado emprego das reservas e fogos de apoio.
A profundidade deve ser equilibrada com a defesa a toda volta.
h) Flexibilidade
Na defensiva, a flexibilidade é conseguida pela seleção e preparo de posições de muda e suplementares, pela
mobilidade dos elementos de combate e da reserva, pelo controle centralizado das armas de apoio, pela preparação dos
planos de contra-ataque e pelo planejamento de retomada das ações ofensivas.
i) Máximo emprego da ação ofensiva
Considerando que a ofensiva é a forma decisiva de combate, o defensor deve estar atento às oportunidades que
permitam adotá-la. Ações dinâmicas que levam à retomada da iniciativa incluem: patrulhamento agressivo, ataques com
as forças de segurança antes que o inimigo alcance a posição defensiva (PD), incursões contra suas tropas que estejam se
preparando para o ataque e contra-atacando suas penetrações na PD.
j) Dispersão
Este fundamento deve ser considerado concorrentemente com a necessidade de se obter o máximo apoio mútuo,
a máxima segurança e o mínimo de vulnerabilidade aos fogos inimigos.
A dispersão em profundidade evita que as frentes se tornem muito extensas para o defensor, proporciona mais
meios para a reserva, evita os movimentos laterais quando ocorrer um ataque inimigo apenas numa parte da frente,
facilita a detecção e destruição de elementos de infiltração e proporciona um dispositivo mais apropriado à realização de
contra-ataques.
A dispersão em largura pode conduzir a um isolamento dos elementos avançados, os quais ficariam sujeitos a serem
engajados e batidos por partes na eventualidade de uma penetração inimiga.
k) Integração e coordenação das medidas de defesa
A eficácia da defesa é baseada na integração e coordenação cuidadosas da manobra, do planejamento do apoio de
fogo, do plano de barreiras e do plano de defesa anticarro (DAC).
l) Utilização judiciosa do tempo disponível
O planejamento e organização da posição defensiva serão tanto melhores quanto maior o tempo disponível. Sua
judiciosa utilização deve ser uma preocupação constante antes e durante a operação.

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5.5.3 - Organização de uma área de defesa


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A área de defesa (AD) é organizada em profundidade segundo três escalões:

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- área de segurança (ASeg); Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- área de defesa avançada (ADA); e


- área de reserva (ARes).
As duas últimas consubstanciam a PD

a) Área de segurança
É a que se estende para frente e para os flancos desde o Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA).
Nesta área, operam as forças de segurança ou escalão de segurança, destinadas a fornecer conhecimentos e alerta
oportuno sobre o inimigo, impedir sua observação terrestre sobre a ADA, iludi-lo quanto à PD e, de acordo com suas
possibilidades, retardá-lo e desorganizá-lo.
b) Área de defesa avançada
É a que se estende para retaguarda desde o LAADA até o limite posterior dos elementos de primeiro escalão. Nela
é que terão lugar as ações decisivas da defensiva.
Nesta área operam as forças de defesa avançada, que serão estruturadas de acordo com a forma de manobra tática
defensiva adotada. Quando esta for baseada na manutenção do terreno, tais forças serão destinadas a impedir a entrada
do atacante na área. Se o planejamento estabelecer uma defesa com base na mobilidade, as forças de defesa avançada
terão a tarefa de canalizar o inimigo para uma região previamente escolhida, que favoreça sua destruição pelo fogo e pela
manobra ofensiva com a reserva.
c) Área de reserva
É a que se estende desde a retaguarda dos elementos de primeiro escalão até o limite posterior do escalão
considerado.
Na defensiva, a reserva é o principal meio de que dispõe o comandante para influenciar no combate e reconquistar
a iniciativa.
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5.5.4 - Formas de Manobra Tática Defensiva


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Nas operações defensivas, o comandante pode empregar cinco formas de manobra tática. Duas dessas formas de

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manobra correspondem à operação de defesa em uma ou mais posições e três aos movimentos retrógrados, conforme Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

sintetizado no quadro abaixo:

a) Defesa de área
É a forma de manobra defensiva onde é dada particular atenção à manutenção ou controle de uma região
determinada, negando ao atacante o acesso à mesma.
O defensor visa, inicialmente, deter o inimigo à frente do LAADA, empregando grande volume e variedade de fogos.
Por outro lado, utilizará o combate aproximado e contra-ataques para expulsar ou destruir forças que tenham logrado
penetrar na PD.
É adotada nas seguintes circunstâncias:
- exigência da posse de uma determinada região;
- o defensor dispõe de menor mobilidade que o inimigo;
- a frente a defender é relativamente estreita;
- a profundidade da ADA é relativamente limitada;
- o terreno restringe os movimentos do defensor;
- há tempo suficiente para preparar a posição defensiva, inclusive o sistema de barreiras;
- há forças suficientes para prover o adequado poder de combate;
- o defensor não possui liberdade de movimento em face da superioridade aérea do inimigo; e
- não é esperado que o atacante utilize armamento de destruição em massa.
b) Defesa móvel
É o tipo de defesa que tem por finalidade a destruição do inimigo, por meio do fogo e do contra-ataque, após atraí-
lo para regiões a isso favoráveis no interior da PD.
Neste tipo de defesa, a manobra é empregada em conjunto com os fogos e a organização do terreno. Para tal, o
defensor permite ao atacante penetrar em região que o exponha a um contra-ataque de destruição por uma reserva forte
e móvel.
As seguintes circunstâncias indicam a adoção de uma defesa móvel:
- não é necessário manter uma área específica;
- o defensor possui mobilidade igual ou maior que o inimigo;
- a frente a defender excede as possibilidade de se estabelecer uma defesa de área;
- a profundidade da ADA é adequada para admitir uma penetração inimiga e uma manobra contra ele;
- o terreno permite boa movimentação do defensor;
- o tempo para o estabelecimento da defensiva é limitado;
- há forças mecanizadas suficientes para possibilitar rápida concentração do poder de combate;
- o defensor possui superioridade aérea; e
- o inimigo tem capacidade de empregar armamento de destruição em massa.

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c) Ação retardadora (AçRtrd)


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É o movimento retrógrado em que uma força sob pressão ganha tempo e cede espaço, infligindo o máximo de retardo

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e de danos ao inimigo, sem ser engajar decisivamente no combate. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

Existem quatro tipos de ação retardadora:


- retardamento em uma única posição;
- retardamento em posições sucessivas;
- retardamento em posições alternadas; e
- combinação dos anteriores.
d) Retraimento (Ret)
É o movimento retrógrado por meio do qual uma força engajada, ou parte dela, rompe o contato com o inimigo.
Existem dois tipos de retraimento:
- sob pressão do inimigo, em que este tenta impedir o desengajamento, atacando ; e
- sem pressão do inimigo, em que este não tenta ou não pode impedir o desengajamento, havendo, entretanto,
uma ameaça potencial.
e) Retirada (Rda)
É um movimento retrógrado planejado e realizado por uma força que não está em contato com o inimigo, visando
poupar uma força desgastada, permitir o seu emprego em outro local ou evitar um combate decisivo.
5.5.5 - Variações da defesa de área
a) Defesa circular
Na defesa circular, uma tropa se posiciona de modo a fazer face, simultaneamente, a ataques partindo de qualquer
direção. É estabelecida, normalmente, quando uma tropa:
- receber uma tarefa que lhe obrigue a defender independentemente, não dispondo do apoio de elementos
adjacentes;
- ficar isolada das forças amigas em virtude da ação do inimigo; e
- receber um setor de defesa que impeça o estabelecimento de uma defensiva normal.
b) Defesa em ponto forte
O ponto forte difere da defesa circular e da defesa de uma frente pelo valor tático do terreno em que se localiza e
pelo tempo, esforço e meios empregados em sua organização, só podendo ser neutralizado por uma tropa atacante
preponderantemente de infantaria, que possua substancial superioridade em poder de combate e após longo tempo de
combate. Deve ser ocupado por elementos de combate de valor mínimo igual a subunidade (excepcionalmente pelotão).
c) Defesa em contra-encosta
Na defesa em contra-encosta, os elementos de primeiro escalão são posicionados de modo a ficarem cobertos e
abrigados pela crista topográfica do terreno imediatamente à frente. Embora esta não seja ocupada pelo grosso, seu
controle pelo fogo é essencial para o sucesso da defesa. Caso o inimigo aí se estabeleça, o defensor deverá contra-atacar
para desalojá-lo.
Poderá ser adotada, com vantagem, nas seguintes situações:
- quando houver dificuldade em manter a encosta em virtude da densidade e/ou precisão dos fogos inimigos;
- quando o terreno não proporcionar boas cobertas e abrigos;
- quando o defensor perder o controle da encosta;
- quando o terreno na contra-encosta oferecer melhores campos de tiro do que os encontrados na encosta;
- quando for necessário evitar uma saliência ou reentrância desfavorável para o dispositivo defensivo como
um todo;

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- quando o defensor desejar variar o tipo de defesa de área, de modo a confundir o atacante, ou para iludi- lo
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quanto à localização exata de suas posições; e

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- quando a posse do terreno além da crista militar não for essencial para a observação terrestre do defensor. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

d) Defesa na linha de um curso de água


A utilização de um curso de água como obstáculo representa vantagem especial para o defensor, compensando,
muitas vezes, uma inferioridade numérica. Seu valor aumenta com a largura, profundidade e velocidade da corrente.
O aproveitamento deste acidente é de particular importância no assalto anfíbio, dada a necessidade habitual de
manter uma cabeça-de-praia (CP) sob pressão do inimigo e com tropas já desgastadas.
O LAADA poderá ser localizado ao longo da margem de posse do defensor ou bem a retaguarda desta.
Normalmente, situa-se o LAADA ao longo da margem quando:
- os observatórios forem iguais ou melhores do que os do inimigo;
- houver campos de tiro em relação aos possíveis locais de travessia; e
- houver boas cobertas e abrigos.
e) Defesa elástica
A defesa elástica é uma técnica que admite a penetração do inimigo em região selecionada para emboscá- lo e atacá-
lo pelo fogo ao longo de todo seu dispositivo. A posição é ocupada por tropas desdobradas em profundidade, para permitir
o ataque em toda a extensão da formação inimiga. Esta técnica especial, onde se mesclam aspectos da defesa de área e
da defesa móvel, assemelha-se a uma grande emboscada. Para a sua adoção, contudo, o terreno em profundidade deve
oferecer excelentes condições para barrar o inimigo.
É essencial, para o sucesso desta técnica, separar a infantaria dos blindados inimigos. Necessita grande poder de fogo,
inclusive AC. Tira o máximo proveito do terreno e da surpresa. Explora o combate em toda a profundidade da ADA.
Consiste numa seqüência de defesas, deslocamentos e novas defesas.
5.6 - OUTRAS OPERAÇÕES
5.6.1 - Operação de junção
Uma operação de junção compreende as ações de duas forças terrestres amigas que buscam estabelecer o contato
físico entre si, em um ambiente hostil.
É realizada, normalmente, entre uma força estacionária e uma força móvel, denominada força de junção. A operação
compreende duas etapas. Na primeira, a força de junção estará desenvolvendo uma ação ofensiva, enquanto a força
estacionária se estabelecerá em uma postura defensiva para assegurar a posse de uma área onde terá lugar a junção
propriamente dita, o que consubstanciará a segunda etapa.
Esta operação poderá ocorrer, também, entre duas forças em movimento convergente. Neste caso, uma delas será
designada força de junção e a outra agirá como a estacionária.
a) Propósitos
Uma operação de junção pode ter um ou mais dos seguintes propósitos:
- emassar forças de modo a concentrar poder de combate para emprego posterior em outras operações;
- conduzir elementos de combate e/ou de apoio em benefício de tropas que estejam operando em local afastado
das demais forças amigas;
- substituir em posição uma tropa isolada ou ultrapassá-la para prosseguir ou iniciar um ataque;
- aliviar a pressão inimiga e auxiliar uma tropa que esteja lutando para romper um cerco;
- permitir que duas forças independentes conduzam um movimento convergente; e
- estabelecer a ligação com forças de infiltração ou com elementos de guerrilha amigos.
Considerando-se as dificuldades de tal operação, antes de decidir realizá-la, devem ser avaliados os riscos decorrentes
e as possibilidades de alcançar os efeitos desejados por outros meios.

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5.6.2 - Operações de substituição


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A substituição de forças em combate é inerente à conduta do mesmo. Quando as operações táticas se estendem por

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períodos prolongados, será necessária a substituição periódica das unidades empregadas. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

a) Propósitos
- considerar necessidades ditadas pelo planejamento, como, por exemplo, prosseguir no ataque em outra direção:
- preservar o poder de combate de uma força para posterior emprego desta em outras ações ofensivas, substituindo-a
por outra descansada; e
- preparar a força substituída para uma operação que exija equipamento e/ou adestramento de caráter particular.

b) Tipos de substituição
- substituição em posição;
- ultrapassagem, e
- acolhimento.
I) Substituição em posição
É a operação em que uma tropa assume o dispositivo de uma outra (ou parte dela) em combate.
É executada quando o elemento a ser substituído encontra-se na defensiva, podendo caber à tropa que substitui
continuar nesta situação ou prosseguir no ataque.
II) Ultrapassagem
É a operação em que uma tropa ataca através do dispositivo de uma outra que está em posição na linha de frente.
Pode ter lugar quer na ofensiva, quer na defensiva, visando manter a iniciativa e a impulsão do ataque, explorar
deficiências do inimigo, iniciar um ataque ou um contra-ataque.
III) Acolhimento
É uma ação na qual uma tropa realizando um movimento retrógrado passa através das posições ocupadas por uma
outra. Esta operação é utilizada quando se deseja substituir uma força que esteja demasiadamente empenhada ou se
encontre muito desfalcada. Pode também ocorrer como parte de um movimento retrógrado ou para permitir o
retraimento de uma força que deva cumprir uma outra missão. Basicamente pode ser considerado como uma
ultrapassagem para a retaguarda, mas, por acarretar um retraimento através de uma posição defendida, envolve mais
riscos e dificuldades do que uma ultrapassagem, principalmente se realizado sob pressão do inimigo.

c) Seleção do tipo de substituição antes do ataque


I) Substituição em posição
Será empregada quando houver tempo suficiente para sua realização e:
- a tropa a ser substituída é necessária em outra área, antes ou logo após o desembocar do ataque;
- o atacante necessita de conhecimento mais detalhado do terreno e/ou do inimigo; e
- o poder de combate do inimigo é capaz de colocar em risco a concentração de tropas decorrente de uma
ultrapassagem.
II) Ultrapassagem. Será, empregada preferencialmente, quando:
- não houver tempo suficiente para realizar uma substituição em posição;
- for necessário variar o dispositivo para o ataque;
- houver necessidade de apoiar o ataque com os meios de apoio de fogo de ambas as tropas;
- for prevista radical mudança na direção do ataque;
- for necessário manter contínua pressão sobre o inimigo; e
- for possível obter rapidez nas ações.

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5.6.3 - Segurança da área de retaguarda (SEGAR)


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A área de retaguarda é a parte do espaço geográfico de uma força destinada ao desdobramento de sua reserva e da

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maior parte dos elementos de comando, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate. Normalmente só é Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

considerada a partir do escalão batalhão, inclusive.


A SEGAR compreende todas as medidas e /ou ações executadas visando assegurar a normalidade das atividades
desenvolvidas na área de retaguarda, bem como de suas instalações, vias de transporte, etc. A SEGAR abrange a Defesa
da Área de Retaguarda (DEFAR) e o Controle de Danos (CDan).
5.6.4 - Despistamento
O despistamento compreende uma série de ações destinadas a iludir o inimigo quanto às possibilidades, dispositivo
e atividades das tropas amigas, induzindo-o a reações que lhe sejam desvantajosas.
Pode ser obtido pela realização isolada ou a combinação de uma ou mais das seguintes ações : fintas,
demonstrações, ardis e representações.
I) Finta
É um ataque pouco profundo, com propósito limitado, destinado a desviar a atenção do inimigo do ataque principal.
II) Demonstração
É uma exibição de força em uma frente onde não se pretende uma decisão. Não resulta em contato físico com o
inimigo, como ocorre na finta.
III) Ardil
É uma ação pré-planejada ou improvisada, com vistas a prover o inimigo, deliberadamente, com conhecimento falsos
sobre as operações em curso ou em processo de planejamento.
IV) Representação
Destina-se a mostrar ao inimigo meios ou tropas que não existem ou que são de natureza diversa.

CAPÍTULO 7
OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE REDUZIDA

7.1 - GENERALIDADES
A dinâmica do combate moderno faz com que as operações tenham que se desenvolver também em períodos de
visibilidade reduzida, tanto noturna (escuridão), como diurna (chuva forte, fumaça, nevoeiro, etc.); portanto, é
fundamental que o Fuzileiro Naval (FN) conheça as técnicas e algumas táticas do combate sob condições de visibilidade
reduzida, para, caso seja empregado nessa circunstância, executar com precisão as tarefas que receber.
Este capítulo abordará, basicamente, as operações noturnas, particularizando sempre que aplicável, para outras
situações que tenham lugar sob condições de visibilidade reduzida.

7.2 - PROPÓSITOS DAS OPERAÇÕES OFENSIVAS


As operações ofensivas sob condições de visibilidade reduzida podem ser realizadas para:
1. - obter surpresa e explorar as condições psicológicas favoráveis decorrentes;
2. - manter pressão, prosseguindo um ataque e/ou aproveitando o êxito;
3. - conquistar área necessária para realização de ações posteriores;
4. - compensar poder de combate inferior, especialmente em meios aéreos e blindados;
5. - reduzir baixas, aproveitando a cobertura proporcionada pela visibilidade reduzida;
6. - romper uma forte posição defensiva; e
7. - atrair a atenção do inimigo para determinada área.

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7.3 - VANTAGENS E DESVANTAGENS


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7.3.1 - Vantagens

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O ataque durante períodos de visibilidade reduzida apresenta as seguintes vantagens para o atacante: Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- aumenta a probabilidade de obter surpresa;


- oculta a progressão das tropas;
- diminui as possibilidades de busca de alvos pelo inimigo e, conseqüentemente, a eficácia de seus fogos;
- dificulta o apoio mútuo por parte do defensor; e
- dificulta o emprego das reservas pelo inimigo.
7.3.2 - Desvantagens
Embora contando com vantagens, o atacante deve considerar, também, a existência de desvantagens, tais como:
- necessidade de planejamento detalhado;
- necessidade de tropas bem adestradas;
- dificuldade no exercício do comando e controle, orientação e condução de fogos;
- dificuldade na distinção entre tropas amigas e inimigas; e
- diminuição da eficácia dos fogos da tropa atacante.

7.4 - TIPOS DE ATAQUE NOTURNO


Os ataques noturnos são classificados em: iluminados, não iluminados, apoiados e não apoiados.
7.4.1 - Ataques iluminados
São aqueles iluminados artificialmente. Dentre os meios que fornecem iluminação artificial, incluem-se os
projetores, as granadas e foguetes iluminativos e os artefatos lançados de aeronaves.
Como vantagens deste tipo de ataque noturno, destacam-se:
 - as de possibilitar a conquista de objetivos profundos, bem como o
 - apoio eficaz de blindados;
 - permitir maior velocidade ao escalão de ataque, na realização das tarefas de engenharia e na ultrapassagem de
obstáculos;
 - maior facilidade de coordenação e controle; e
 - o aumento da eficácia dos fogos.
Normalmente, a iluminação é utilizada em ataques contra posições fortemente defendidas, uma vez que são
pequenas as probabilidades de obtenção da surpresa.
Como desvantagens, cita-se que diminui a probabilidade de obtenção de surpresa, exige artefatos especiais, expõe
o atacante aos fogos do inimigo e facilita a movimentação das suas reservas.
Outros fatores devem ser também considerados quando da realização deste tipo de ataque noturno, como por
exemplo: a utilização de artefatos especiais providos de pára-quedas, ao serem lançados sobre a retaguarda inimiga, com
a finalidade de delinear seu dispositivo, podem ser conduzidos pelo vento para o lado do atacante, proporcionando
vantagem para o inimigo; e o uso de iluminação artificial em uma determinada área pode prejudicar operações não
iluminadas em áreas adjacentes.
7.4.2 - Ataques não iluminados
Nos dias atuais, o ataque noturno não iluminado passou a ser realizado com o auxílio dos equipamentos de visão
noturna, que minimizam as restrições de visibilidade a noite. Tais meios, além de contribuírem para o sigilo e segurança
do ataque, apresentam as vantagens mostradas para o ataque iluminado e eliminam as respectivas desvantagens, exceto
a de exigir equipamentos especiais.
Deve-se considerar, entretanto, que a posse de equipamento de visão noturna também pelo defensor repercute
enormemente a seu favor, dada a sua maior familiaridade com o terreno.

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Finalmente, a iluminação artificial pode causar danos a determinados equipamentos de visão noturna, bem como,
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ao ser interrompida, ainda à noite, demandar certo tempo para adaptação da visão dos atacantes ao ambiente. O tempo

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de adaptação depende da intensidade da luz artificial utilizada. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

7.4.3 - Ataques apoiados


São aqueles onde as armas de apoio são utilizadas na preparação do ataque.
O apoio de fogo é planejado e controlado como nos ataque diurnos, considerando as dificuldades de ajustagem dos tiros
em face das condições meteorológicas e dos equipamentos disponíveis.
O emprego da preparação terá em vista o grau de sigilo previsto; sendo assim, não serão desencadeados estes
fogos em ataques não iluminados até que o inimigo perceba a ação. Os fogos a pedido serão iniciados após a perda da
surpresa, seja para bater a posição defensiva, seja para isolar a área e impedir a chegada de reforços e/ou o retraimento
do inimigo.
Em ataques dirigidos contra posições fortemente defendidas, quando as probabilidades de obtenção de surpresa
são reduzidas, fogos de apoio serão desencadeados desde a preparação do ataque.
7.4.4 - Ataques não apoiados
São aqueles onde não ocorrem os fogos de preparação.
7.5 - CARACTERÍSTICAS DO ATAQUE NOTURNO
O ataque noturno tem características que o tornam especial e obrigam a um adestramento específico, a fim de
habilitar o FN na sua execução, condicionando o emprego das armas, homens e munição. São elas:
- diminuição da eficácia dos fogos com pontaria direta;
- aumento da importância do combate aproximado e dos tiros amarrados;
- dificuldades de deslocamento e de conservação da direção, ação de comando, controle e ligação;
- a surpresa e a ação de choque são sempre grandes para o defensor e podem provocar pânico em suas defesas;
- o objetivo deverá ser facilmente identificável e pequeno para poder ser conquistado em um único assalto; e
- devido às dificuldades para a reorganização, normalmente não se atribui mais de um objetivo em um ataque.

CAPITULO 8
PATRULHAS

8.1 - GENERALIDADES
Uma patrulha é um destacamento de forças terrestres despachado na direção do inimigo por uma unidade maior,
com a finalidade de obter dados sobre o inimigo e/ou terreno, prover segurança, causar destruição ou inquietação,
resgatar ou capturar de pessoal e/ou equipamento.
Dependendo do seu tipo, da missão a ser cumprida e da distância em que irá atuar da unidade que a enviou, a
patrulha pode ter um efetivo de no mínimo quatro elementos.
As ações das patrulhas dependem da engenhosidade de quem as emprega, do grau de instrução, do nível de
adestramento e da agressividade de seus componentes.

8.1.1 - Definição
Patrulha é uma organização por tarefas constituída por militares de uma ou mais frações, com a finalidade de
cumprir tarefas de reconhecimento, de combate ou uma combinação de ambas.

8.1.2 – Classificação das patrulhas

a) Quanto ao tipo de missão


I) Patrulha de combate

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Visa prover segurança a tropas amigas, inquietar o inimigo, ocupar ou destruir instalações inimigas, e capturar
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pessoal e equipamentos. Visa, ainda, subsidiariamente, obter conhecimentos.

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II) Patrulha de reconhecimento


Visa obter dados sobre o terreno e o inimigo ou confirmar a veracidade daqueles previamente recebidos. Devendo
ser executada com um efetivo reduzido, tem como características principais a reportagem imediata dos dados obtidos e
a manutenção do sigilo durante toda a operação.

PATRULHA
DE
RECONHECIMENTO

EscCmdo EscRecon EscSeg

Fig 8.2 - Exemplo de patrulha de reconhecimento

b) Quanto ao tempo de duração


I) Curto alcance
Atuam por um período de tempo reduzido (até 72h), na área de ação da Unidade que as lançou, podendo receber
desta Unidade o necessário apoio de fogo.
II) Longo alcance
Atuam por um período de tempo superior a 72 horas, na área de ação ou de Interesse da Unidade que as lançou,
recebendo desta apenas apoio de fogo aéreo.

8.6-PATRULHAS DE RECONHECIMENTO
8.6.1 - Generalidades
As patrulhas de reconhecimento são um dos meios mais confiáveis para se obter informações precisas e oportunas
sobre o terreno e o inimigo em auxílio à tomada de decisão. As patrulhas de reconhecimento só engajam o inimigo quando
necessário ao cumprimento de sua missão ou por auto-proteção. Geralmente evitam o combate e cumprem sua missão
com a máxima discrição. Uma patrulha de reconhecimento é capaz de conduzir uma busca de conhecimentos em uma
área ocupada por forças inimigas, normalmente além da visão dos postos de observação (PO).
8.6.2 - Tarefas típicas de reconhecimento
Normalmente, as tarefas das patrulhas de reconhecimento relacionam-se com a obtenção de conhecimentos sobre:
a) Forças inimigas:
- localização de forças inimigas, suas instalações e equipamentos;
- identificação da unidade inimiga e dos seus equipamentos;

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- valor das forças inimigas;


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- dispositivo das forças inimigas;

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- movimentação de pessoal e equipamentos inimigos; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- identificação de novos armamento ou armas especiais;


- presença de mecanizados/blindados; e
- atividade inimiga incomum.
b) Reconhecimento de obstáculos
c) Reconhecimento de áreas contaminadas por armas QBN
d) Reconhecimento de campos de minas inimigos
e) Reconhecimento do terreno (pontes, rios, estradas)
8.6.3 - Tipos de reconhecimento
O reconhecimento pode ser de ponto e de área:
a) Reconhecimento de ponto
Quando a busca ocorre sobre um local específico ou uma pequena área. A patrulha pode obter esses conhecimentos
pelo reconhecimento ou pela vigilância do local.
b) Reconhecimento de área
Quando a busca de conhecimentos ocorre em uma grande área ou em determinados locais de uma área extensa. A
patrulha obtém esses conhecimentos pelo reconhecimento propriamente dito da área, mantendo a vigilância sobre esta
ou pelo reconhecimento de uma série de locais dentro dessa área.
8.6.4 - Organização
A segurança de uma patrulha de reconhecimento deve ser organizada para cobrir as prováveis VA para o objetivo,
de forma a proteger as equipes que estão conduzindo o reconhecimento e, também, para assegurar o PRO. A variedade
de organizações das patrulhas de reconhecimento ressalta a flexibilidade que o comandante da patrulha possui para
atender às necessidades da missão.
8.6.5 - Equipamentos
Os integrantes da patrulha são armados e equipados conforme o necessário para cumprir a missão. A arma
automática proporciona um grau adequado de sustentação do poder de fogo no caso de contato com o inimigo. Sempre
que possível, a patrulha deve transportar ao menos dois binóculos, dois alicates de aramado, duas cartas, duas bússolas
e dois relógios. Devem ser utilizados equipamentos de visão noturna, bem como material para anotação e confecção de
croquis, caderno de mensagens e papel para calco.
8.7 - PATRULHAS DE COMBATE
8.7.1 - Generalidades
As patrulhas de combate normalmente precisam engajar efetivamente o inimigo. Entretanto, não importando
qual a sua missão específica, toda a patrulha deve, como tarefa secundária, buscar informações sobre o inimigo e o
terreno.
As patrulhas de combate normalmente atuam da seguinte forma:
- infligindo danos ao inimigo;
- estabelecendo e/ou mantendo contato com as forças amigas e inimigas;
- negando ao inimigo o acesso a acidentes capitais; e
- sondando posições inimigas para determinar a natureza e a extensão da presença inimiga.
8.7.2 - Tipos de patrulha de combate e suas tarefas típicas
a) Patrulha de incursão
Destruir instalações e capturar ou resgatar pessoal.
b) Patrulha de contato
Estabelecer e/ou manter contato com forças amigas.

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c) Patrulha de economia de força


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Conduzir ações do tipo ocupar e manter temporariamente acidentes capitais para permitir que um máximo de forças

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possa ser empregado em outro local. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

d) Patrulha de emboscada
Efetuar emboscadas contra patrulhas inimigas, bem como contra colunas e comboios de abastecimento (ver o a Anexo
H).
e) Patrulha de Segurança
Detectar infiltrações do inimigo e proteger contra ataques de surpresa e emboscadas.
8.7.3 - Organização por tarefas
Como no caso das patrulhas de reconhecimento, a organização por tarefas de uma patrulha de combate depende
da missão. Se alguma habilidade especial é necessária à execução de uma tarefa específica, um especialista (atirador de
elite, engenheiro) poderá ser integrado à patrulha.
8.7.4 - Equipamentos
As patrulhas de combate são armadas e equipadas, conforme necessário, de acordo com a missão. As patrulhas de
combate transportam, ainda, elevada quantidade de armas automáticas e munição e não devem estar sobrecarregadas
com equipamentos que dificultem o deslocamento ou o cumprimento da missão.
8.7.5 - Patrulha de contato
a) Generalidades
Patrulhas de contato estabelecem e/ou mantêm contato com forças amigas ou inimigas em pontos de contato
designados, ou quando a exata localização da força não é conhecida.
b) Organização por tarefas e equipamento
Patrulhas de contato operam entre forças amigas adjacentes, fazendo contato em pontos designados. São
normalmente de pequeno efetivo e relativamente leves em termos de armamento. Uma patrulha enviada para
estabelecer contato com uma força inimiga é organizada, armada e equipada para sobrepujar a resistência de forças leves
de cobertura, a fim de obter o contato com a força principal do inimigo. Não é organizada e equipada para engajar as
forças principais do inimigo
em combate.
c) Ações no objetivo
O comandante da patrulha seleciona uma série de acidentes do terreno aonde ele pretende estabelecer o contato.
Uma vez alcançado um desses acidentes, é iniciado um conjunto de ações a fim de estabelecer e manter contato com o
inimigo. Seus planos e ações são guiados pelas suas tarefas de estabelecer ou manter contato, e não de engajar em
combate decisivo. O contato com o inimigo é mantido por meio da vigilância, pela manutenção da pressão sobre suas
unidades, desgastando-o moralmente e privando-o, quando possível, da tomada da iniciativa.
8.7.6 - Patrulha de segurança
a) Generalidades
São utilizadas próximas a posições defensivas, nos flancos das tropas em deslocamento ou na retaguarda das linhas
amigas. A principal tarefa das patrulhas de segurança é detectar infiltrações inimigas e destruí-las, de forma a proteger as
tropas amigas contra ataques de surpresa e emboscadas.
Todos os combatentes, não só os das unidades de infantaria, devem saber como conduzir uma patrulha de segurança.
Em uma situação normal de ofensiva, as tropas de infantaria lançam patrulhas de segurança para cobrir suas forças
durante os deslocamentos e altos. Quando na defensiva, são utilizadas para prevenir infiltrações inimigas, detectar e
eliminar os elementos que tentam se infiltrar e prevenir contra ataques de surpresa.
b) Técnicas de patrulhamento
I) Em áreas de retaguarda, deve ser estabelecido um padrão irregular de patrulhamento a ser alterado diariamente.
II) Fora das linhas amigas é prudente estabelecer um itinerário definido, que deve ser de conhecimento das tropas
adjacentes.
III) Para facilitar o controle, o comandante que envia a patrulha pode estabelecer sucessivos pontos de controle no
itinerário. O comandante da patrulha deve, então, ao alcançar cada um, participar a situação ao escalão superior.
IV) A patrulha deve possuir um planejamento bem definido sobre o que fazer caso seja estabelecido contato com o
inimigo, como romper o contato, como defender-se e como solicitar apoio de fogo. É imperativo que toda a patrulha saiba
como proceder, para onde ir, caso seja dispersada, e como ser extraída.

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2.2.6 - MANUAL DE
OPERAÇÕES DE PAZ
DOS GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
CGCFN - 1-8
(1ª revisão – 09 de junho de 2009)

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MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DOS


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GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

1ª Revisão – 09 de junho de 2009 - RJ


2.2.6 - MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
a) As Operações de Paz, sua Estrutura e Tipificação (Cap. 2):
- Denominação e Estruturas de uma Operação de Paz (item 2.2);
- Instrumentos Utilizados pela ONU – Instrumentos principais (item 2.3);
- Manutenção da Paz (item 2.4);
- Imposição da Paz (item 2.5); e
- Diferenças Básicas entre Manutenção e Imposição da Paz (item 2.6).
b) Peculiaridades de Procedimentos Operativos nas Operações de Paz (Cap. 4):
- Generalidades (item 4.1);
- Posições e postos de Observação (item 4.2); e
- Ponto Forte (PF) (item 4.5).
c) O Batalhão de Proteção e outros GptOpFuzNav nas Operações de Paz (Cap. 8):
- Generalidades (item 8.1);
- O Batalhão de Proteção (item 8.2); e
- Organização e Mobilização do Batalhão de Proteção (item 8.3).

CAPÍTULO 2
AS OPERAÇÕES DE PAZ, SUA ESTRUTURA E TIPIFICAÇÃO

2.2 - DENOMINAÇÃO E ESTRUTURA DE UMA OPERAÇÃO DE PAZ

2.2.1 - Denominação
A organização, como um todo, será denominada “Missão” (Mission), cujo nome fará menção à ONU, podendo
explicitar o tipo ou forma de instrumento a ser empregado para o gerenciamento da crise e o nome do país ou região
onde se realizará. O nome da missão poderá estar em uma das seguintes línguas, dentre as dez mais faladas no mundo -
árabe, espanhol, francês, inglês, mandarim ou russo. As missões abaixo constituem exemplos:
- UNAVEM – United Nations Angola Verification Mission;
- UNAMIR – United Nations Assistance Mission for Rwanda;
- UNPROFOR – United Nations Protection Force; e
- MINUSTAH – Mission des Nations Unies pour la Stabilization en Haiti.

2.2.2 - Composição
As OpPaz no período da Guerra-Fria – ditas de primeira geração - eram de estrutura predominantemente militar.
Seu componente civil era essencialmente voltado para o apoio administrativo às ações militares. Com o término daquele
período, constatouse que o emprego de forças militares não era suficiente para solucionar as inúmeras crises que
passaram a eclodir, exigindo a atuação da ONU também nos campos político, econômico, jurídico e social. Desta forma,
as OpPaz passaram a ser, predominantemente, de natureza política, exigindo uma estrutura multifuncional.
Atualmente, dependendo da situação na área em crise, uma OpPaz será estruturada por todos ou parte dos seguintes
componentes:
- Componente de Assuntos Políticos (Political Affairs Component);
- Componente Militar (Military Component);
- Componente Aéreo (Air Component);
- Componente Marítimo (Maritime Component);
- Grupo de Observadores Militares (Military Observers Group);

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- Componente de Polícia Civil (Civilian Police Component);


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- Componente de Assuntos Humanitários (Humanitarian Affairs Component);

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- Componente de Direitos Humanos (Human Rights Component); Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- Componente Eleitoral (Electoral Component); e


- Componente Administrativo Civil (Civilian Administrative Component).
Conforme citado, a estrutura variará de acordo com a situação de cada crise, podendo determinado componente
existir em uma operação ou ser absorvido por outro correlato ou simplesmente inexistir em outra. Além dos componentes
acima elencados é comum que existam também órgãos de assessoria ligados diretamente ao comando da missão.
Essa estrutura interage, no exercício de seu mandato, com os diversos segmentos do país anfitrião, com os escalões
superiores da ONU e com outros parceiros existentes na Área de Operações (Area of Operations – AOp) – Organizações
Não-Governamentais e agências da ONU, dentre outros.
a) O Componente Militar
O Componente Militar é integrado por forças militares de países contribuintes, denominados contingentes. Esse
componente organizar-se-á em setores ou áreas de responsabilidade e terá a seu encargo o desenvolvimento de
compromissos relativos à interposição, separação e retirada de forças em conflito, à verificação de acordos, ao apoio à
desmobilização das forças, à destruição de armas, o desarmamento, a desmobilização de força irregulares – guerrilheiros,
milícias e bandos – e sua reintegração à sociedade, à criação de novas forças armadas e à ajuda humanitária. Em
determinadas OpPaz, tem-se observado a presença dos Componentes Aéreo e Marítimo que, apesar de sua natureza
militar, não integram o Componente Militar, deixando para este um caráter estritamente de força terrestre. A título de
ilustração, esses componentes são empregados em operações e ações típicas dos poderes aéreo e naval, respectivamente.
Contudo, a decisão para o emprego de cada um deles é objeto de cuidadosa avaliação, pois envolve uma série de fatores,
entre os quais, o controle do poder de destruição, a interdição de espaços aéreos e áreas marítimas e a liberdade para
execução de inspeções e apresamento. Poderá contribuir para Manutenção de Ambiente Seguro, Garantia dos Direitos
Humanos e Conquista de Objetivos Políticos.
b) O Grupo de Observadores Militares
O Grupo de Observadores Militares é constituído por oficiais de países contribuintes que cumprem suas tarefas
desarmados, distribuídos em Equipes de Militares Observadores (Military Observers Teams). Suas atividades básicas
compreendem:
- monitorar e verificar a trégua, o acordo de cessar-fogo ou de paz;
- investigar as denúncias de violações nos aspectos anteriormente citados;
- patrulhar, dentro de suas possibilidades, a área da missão;
- elaborar e emitir relatórios sobre os aspectos de sua responsabilidade.
- conduzir inspeções periódicas das partes em conflito;
- monitorar o retorno de refugiados para o interior da área da missão; e
- prover auxílio nas operações de desminagem e de ajuda humanitária.
O Componente Militar é composto por um contingente armado (Peacekeeping Force) ou observadores militares. No
caso de coexistirem contingente armado e observadores, estes atuarão em estreita coordenação e apoio e o Chefe dos
Observadores estará sob controle operacional do Comandante da Força (Force Commander).
c) Contingente Nacional
É a parcela do Poder Militar de um país que participa de uma OpPaz. Um país, em sua opção, poderá prestar sua
contribuição militar com:
- pessoal de emprego individual para funções de comando, estado-maior, observadores militares e outros;
- unidades de combate, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate; e
- especialistas para atividades como, por exemplo, treinamento, supervisão e remoção de minas e apoio na área de
saúde.

2.2.3 - Principais funções de chefia


A ONU estabelece três níveis de direção: a Direção Política Central, que corresponde ao Conselho de Segurança; a
Direção Executiva e Controle, a cargo do Secretário-Geral (sendo o DPKO o instrumento operacional do Secretário-Geral
para a gestão cotidiana das operações de paz, atuando como principal meio de comunicação entre a sede da ONU e as
operações no campo); e a Direção de Campo, que recai no Chefe da Missão. Embora todos os componentes de uma OpPaz

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exerçam suas atividades em estreita coordenação de chefia, serão mencionadas a seguir as autoridades mais diretamente
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ligadas aos aspectos militares de uma OpPaz.

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a) Representante Especial do Secretário-Geral Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

O Representante Especial do Secretário-Geral (Special Representative of the Secretary-General – SRSG) é o Chefe da


Missão (Head of Mission – HOM). A ele são subordinados todos os comandantes, diretores ou chefes dos componentes
que integrarem determinada Missão. É um civil designado pelo Secretário-Geral para representá-lo na área da missão e
conduzir a operação, coordenando as atividades dos componentes segundo as orientações da ONU.
b) Comandante da Força
O Comandante da Força (Force Commander – FC) é o comandante do Componente Militar (Força de Paz). É um oficial-
general de um país contribuinte designado pelo Secretário-Geral para essa função. É o responsável por transformar ou
ajustar as diretrizes políticas recebidas do SRSG em ordens militares contidas em seu plano de operações. A ele estarão
subordinadas as forças militares disponibilizadas pelos países contribuintes dentro de um dos três níveis de autoridade, a
saber:
- Comando Operacional (Operational Command);
- Controle Operacional (Operational Control); e
- Controle Tático (Tactical Control).
Esses níveis de autoridade serão abordados no inciso 2.2.4.
c) Comandante de Contingente Nacional
É a função exercida normalmente pelo oficial mais antigo dos elementos nacionais desdobrados em uma área da
missão, aí englobados todos os meios mencionados na alínea c do inciso 2.2.2. Não se trata exatamente de uma função
de comando, mas de um canal de comunicação entre as autoridades multinacionais da operação – FC, Chefe dos
Observadores Militares, comandantes de outros contingentes e outros – e os componentes do respectivo contingente
nacional. Uma de suas atividades mais importantes é a supervisão e o trato, no que lhe for determinado, das questões
disciplinares de seu contingente, e outras atribuições tais como:
- cumprir as determinações do FC (Ordem Fragmentária – Task Order);
- alterar o dispositivo das suas peças de manobra dentro de sua área de responsabilidade;
- estabelecer ligação com outros contingentes;
- supervisionar o adestramento na preparação e durante a missão; e
- manter seu país informado da situação existente.
Salvo quanto às suas atividades como comandante de unidade ou grande unidade, o Comandante de Contingente não
faz parte da cadeia de comando operacional.
d) Chefe dos Observadores Militares
O Chefe dos Observadores Militares (Chief Military Observers - CMO) é o oficial responsável perante o SRSG por
planejar e supervisionar as atividades do Grupo de Observadores Militares para a execução das tarefas para ele
estabelecidas no mandato da OpPaz. É ainda o responsável por emitir relatórios acerca da situação observada pelos
integrantes do Grupo. Para tal, o Grupo será subdividido em Equipes de Observadores Militares distribuídas
geograficamente pela área da missão.
e) Chefe Logístico da missão
O Chefe Logístico da Missão (Chief of Mission Support – CMS) é o dirigente do Componente Administrativo Civil, órgão
de uma ForPaz ao qual compete a supervisão e o controle das atividades relacionadas à administração, às finanças, à
segurança pública, às relações públicas, às comunicações e à logística. É o responsável pelas operações financeiras e
orçamentárias autorizadas, pela contratação de empresas e serviços na área da missão e pela administração dos
funcionários internacionais da operação, dos Observadores Militares e do pessoal local contratado. Em geral, sua
responsabilidade engloba todas as funções administrativas e serviços gerais técnicos que as atividades da operação
requeiram. Para os contingentes nacionais, o CMS é a autoridade a quem devem ser dirigidas as necessidades
administrativas e logísticas previamente acordadas como sendo da responsabilidade da ONU.

2.2.4 - Relações de Comando


a) Comando Operacional
É o mais elevado grau de autoridade operacional outorgado a um Comandante de Força fora de sua cadeia de comando
nacional, pelo qual pode determinar aos seus subordinados o cumprimento de missões, desdobrar unidades, rearticular

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forças em diferentes dispositivos e reter ou delegar o controle operacional e tático quando necessário. Permite expedir
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ordens detalhadas para o emprego das forças participantes sem solicitar o consentimento prévio aos países contribuintes.

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Não inclui a responsabilidade pela administração e a logística. Isso inclui nãointerferência na distribuição de suprimentos, Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

nos aspectos disciplinares, nas questões de promoção ou na estrutura organizacional dos contingentes participantes.
b) Controle Operacional
É o grau de autoridade pelo qual o FC poderá determinar o cumprimento de missões específicas constituídas por tarefas
limitadas por propósitos especiais, tempo ou localização. Neste tipo de controle, o FC não poderá alterar as missões
básicas das forças participantes ou desdobrá-las fora das áreas de responsabilidade previamente acordadas com os países
contribuintes sem o seu consentimento. Ao controle operacional cabem as mesmas restrições do comando operacional
quanto aos aspectos logísticos e administrativos.
c) Controle Tático
Sendo o mais restrito dos graus de controle operacional, nele o FC limitar-se-á a orientar a execução das tarefas de
caráter eminentemente tático de seus elementos subordinados, em suas áreas de responsabilidade.

2.3 - INSTRUMENTOS UTILIZADOS PELA ONU


As características peculiares dos conflitos atuais vêm impondo a adoção de uma ampla gama de instrumentos para
promover a paz e a segurança internacional que, colocados à disposição da comunidade internacional, permitam evitar o
surgimento desses conflitos, solucioná-los de modo duradouro e/ou atenuar suas conseqüências.

2.3.1 - Instrumentos principais


A ONU considera o emprego de alguns instrumentos distintos, porém interrelacionados, que são:
- Diplomacia Preventiva (Preventive Diplomacy);
- Promoção da Paz (Peacemaking);
- Manutenção da Paz (Peacekeeping);
- Imposição da Paz (Peace-enforcement); e
- Consolidação da Paz (Post-conflict Peace-building).
a) Diplomacia preventiva
Compreende o conjunto de medidas destinadas a evitar o surgimento ou acirramento de controvérsias entre duas
ou mais partes.
b) Promoção da paz
A Promoção da Paz, por sua vez, é o processo destinado à obtenção de acordos que extingam a confrontação e
possibilitem a solução das motivações que originaram o conflito. Normalmente, esta é desencadeada por intermédio da
diplomacia, de mediações, negociações e de outras formas de acordos políticos.
c) Manutenção da paz
Constitui-se no emprego de pessoal militar, policial e civil para auxiliar na implementação de acordos de cessação de
hostilidades celebrados entre as partes em litígio. É fundamentada nos princípios básicos do consentimento das partes
em litígio, da imparcialidade e do uso mínimo da força.
d) Imposição da paz
Tem caráter coercitivo e engloba as medidas desencadeadas por intermédio do emprego de forças militares que se
destinam a restaurar a paz ou estabelecer condições específicas em uma área de conflito ou tensão, onde as partes
estejam envolvidas em confrontação bélica e, pelo menos, uma delas não esteja de acordo com a intervenção. O emprego
da força está prescrito no Capítulo VII da Carta das Nações e será dirigido contra as partes que insistam na violação da
paz.
e) Consolidação da paz
Consiste em ações posteriores a um conflito interno ou entre Estados. Destina-se a consolidar a paz e evitar o
surgimento de novas controvérsias utilizando-se, como instrumentos, projetos de desenvolvimento político, social e

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econômico, bem como o estímulo de medidas de confiança e interação entre as partes até então em conflito. Essas ações,
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voltadas basicamente para o desenvolvimento econômico e social do país anfitrião, são empreendidas,

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preferencialmente, por outros órgãos das Nações Unidas, mas, dependendo das dificuldades no terreno, podem requerer Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

a atuação militar.

2.3.2 - Outros instrumentos


Dentre outros instrumentos relacionados ao processo de paz, destacam-se por sua relação ao propósito desta
publicação:
- Emprego Preventivo;
- Implementação de Acordos Amplos; e
- Proteção de Operações Humanitárias.
a) Emprego preventivo
No Emprego Preventivo, a parte militar da operação é desencadeada com a aplicação de medidas preventivas para
evitar confrontações, tais como o estabelecimento de zonas e faixas desmilitarizadas e a interposição de forças.
Essas medidas são complementadas pelo patrulhamento para fiscalização e pela observação, com a situação
formalizada em relatórios divulgados às partes envolvidas e ao CS. Cabe ressaltar a diferença entre a diplomacia
preventiva propriamente dita (item 2.3.1) e o emprego preventivo de tropas. A diplomacia preventiva seria uma ação
consentida, sem uso da força, enquanto o desdobramento preventivo de tropas seria uma ação consentida, com uso da
força.
b) Implementação de Acordos Amplos
No que diz respeito à Implementação de Acordos Amplos, a ONU pode auxiliar as partes em conflito não apenas
quanto ao cessar-fogo, mas também quanto a outros acertos de caráter militar e a uma grande variedade de assuntos
civis. É importante ressaltar que existem ações de caráter predominantemente civil e outras de caráter essencialmente
militar. Contudo, sendo uma OpPaz, em qualquer de seus estágios, uma operação predominantemente de natureza
política, as ações de caráter civil não podem prescindir da presença e do apoio militar, bem como as ações de caráter
militar não podem prescindir da presença, do apoio e da supervisão dos componentes civis da estrutura de uma missão
de paz.
Os aspectos essencialmente militares são os seguintes:
- supervisão do cessar-fogo;
- desarmamento, desmobilização de forças irregulares – guerrilheiros, milícias e bandos - e sua reintegração à
sociedade, atividade esta conhecida na comunidade da ONU como Desarmamento, Desmobilização e Reintegração
(Disarmament, Demobilization and Reintegration - DDR);
- destruição de armamento e munições recolhidos;
- elaboração e implementação de planos para a localização, demarcação, interdição e limpeza de áreas minadas; e
- proteção ao retorno de refugiados e pessoas deslocadas aos seus locais de origem.
c) Proteção de operações humanitárias
O ambiente peculiar de um conflito bélico submete as agências humanitárias ao desempenho de suas atividades em
condições caóticas, onde a necessidade e o desespero já corroeram a estrutura social, ética, moral e legal, colocando-as
freqüentemente em situações de extremo risco. Essas situações, não raro, são agravadas pelo fato do atendimento às
populações contrapor-se aos objetivos de uma das partes. Assim, torna-se necessário que as ações de assistência
humanitária sejam conduzidas sob a proteção de força militares, o que pode acontecer por meio da segurança aos
comboios daquelas agências, às suas sedes, aos seus depósitos e às suas ações de distribuição da assistência.
Um outro tipo de instrumento denominado Intervenção Humanitária (Humanitarian Intervention) vem ganhando
espaço em cenários onde existam flagrantes violações dos direitos humanos, tais como o genocídio, o extermínio ou a

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segregação racial e religiosa entre outras, praticadas por partes em conflito ou por membros de regimes absolutistas. Em
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que pese a sua finalidade, este tipo de instrumento requer especial atenção no que concerne à sua aplicação, visto que

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poderá desencadear reação violenta de uma ou mais partes; englobar, em um cenário difuso, força militar com assistência Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

humanitária; e, devido à sua sensibilidade política, pelo risco de evoluir para uma Operação de Imposição da Paz (Peace-
enforcement Operations).
Os instrumentos anteriormente descritos (exceto a Intervenção Humanitária), também denominados conceitos
básicos, são abordados nas publicações MD34-M-02 – Manual de Operações de Paz e EMA-402 – Operações de
Manutenção da Paz. Contudo, a presente publicação ampliará apenas o que concerne à Manutenção da Paz e à Imposição
da Paz, por ser a aplicação mais provável do Poder Naval Brasileiro dentro desses dois conceitos.
A implementação destes instrumentos é viabilizada por meio de diferentes tipos de ForPaz, em conformidade com
as orientações específicas em cada missão, contidas no mandato e nas estruturas, em oposição às conhecidas operações
de guerra, nas quais os intervenientes são parte do conflito.

2.4 - MANUTENÇÃO DA PAZ


Dentre os instrumentos disponíveis para responder de modo efetivo aos diferentes conflitos, a Manutenção da Paz
tem sido o mais empregado, em vista de suas características de versatilidade e capacidade de transformação em outro
instrumento, exceto evoluir para a Imposição da Paz.
Visando à efetiva materialização da Manutenção da Paz, as Operações de Manutenção da Paz (Peacekeeping
Operations – PKO) são planejadas para monitorar uma trégua negociada e promover condições que apóiem os esforços
diplomáticos para o estabelecimento de uma paz duradoura. Em essência, são realizadas com o consentimento prévio
das partes oponentes para evitar a escalada de um conflito.
Neste contexto, são empregadas as Missões de Manutenção da Paz cuja estrutura inclui, geralmente, pessoal civil e
militar, dirigidos por um organismo internacional legitimado para isso, para supervisionar a retirada de forças de
ocupação, controlar o cessar-fogo e zonas desmilitarizadas e estabelecer uma zona de contenção, dentre outras tarefas.
O pessoal militar empregado integrará o contingente militar.
Essas atividades, de caráter não-bélico, caracterizam-se pelo desenvolvimento imparcial de suas tarefas, limitando o
uso da força aos casos de autodefesa.
Quando, em circunstâncias especiais, a tarefa de manter ou restaurar a paz exceder às atribuições de ForPaz nesse
tipo de missão, o Conselho de Segurança da ONU considerará a possibilidade de alterar e redefinir essas atribuições, de
ordenar uma retirada ou de empregar nova ForPaz.

2.5 - IMPOSIÇÃO DA PAZ


Imposição da Paz (Peace-enforcement) é a aplicação de força militar ou a ameaça de seu emprego, normalmente,
consoante com autorização internacional, para compelir que sejam aceitas resoluções ou sanções acordadas, porém
conduzidas sem o consentimento e o apoio de todas as partes. Normalmente, ocorrerá quando todos os outros esforços
falharem. É respaldada pelo Capítulo VII da Carta das Nações Unidas e prevê o uso de força armada para manter ou
restaurar a paz e a segurança internacionais em situações nas quais o Conselho de Segurança da ONU tenha identificado
a existência de uma ameaça à paz, sua ruptura ou mesmo um ato de agressão claramente definido. As tarefas de uma
ForPaz, em Imposição da Paz, consistirão, normalmente, em ações de combate. As forças participantes deverão estar
preparadas para a possibilidade de engajamento com todos os partidos em conflito e, provavelmente, serão organizadas,
equipadas e empregadas de modo similar ao usado nas operações militares bélicas, salvaguardadas, naturalmente, as
peculiaridades decorrentes dos efeitos desejados a serem alcançados, como por exemplo:
- apoiar governos de transição garantindo a manutenção de ambiente estável e seguro para realização de eleições;
- cessação de hostilidades;

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- restabelecimento de governos ou territórios;


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- controle sobre portos, aeroportos, instalações e outros pontos de importância operativa ou logística;

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- neutralização, concentração e desarmamento de combatentes hostis ou elementos adversos; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- segurança ao deslocamento ou estabelecimento de elementos das organizações de ajuda humanitária;


- apoiar o restabelecimento da lei, da ordem e da segurança pública;
- proteger civis sob ameaça iminente de violência física, dentro de suas capacidades; e
- proteger pessoal, instalações, equipamentos da ONU e garantir sua liberdade de movimento.

2.6 - DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE MANUTENÇÃO E IMPOSIÇÃO DA PAZ


Embora ambas sejam classificadas como OpPaz, as PKO e Operações de Imposição da Paz ostentam significativas
diferenças entre si. Seus empregos têm lugar sob circunstâncias bem distintas e envolvem variáveis como consentimento,
força e imparcialidade.
Ainda que teoricamente possível, não é comum o emprego de uma ForPaz decorrente de uma PKO mal-sucedida em
uma Operação de Imposição da Paz, já que o seu poder de combate normalmente será insuficiente para tal. De qualquer
forma, por serem radicalmente distintas, uma mudança dessa envergadura exigiria uma profunda revisão da análise dos
fatores da decisão e, conseqüentemente, a reestruturação da ForPaz. Por outro lado, um contingente que tenha
conduzido operações prévias sob um mandato para a Imposição da Paz não deve, em princípio, ser empregado em
Manutenção da Paz na mesma área de operação, uma vez que o pleno consentimento não vinha sendo observado e, por
isso, a imparcialidade já terá sido comprometida. Esses fatores podem resultar em ressentimentos e suspeitas por parte
dos ex-beligerantes e/ou da população civil em relação a ForPaz.
A dificuldade de empregar uma Força de Manutenção da Paz em uma Operação de Imposição da Paz não deve ser
confundida com a impossibilidade do exercício da autodefesa por parte dessa Força, um direito inalienável de qualquer
força militar, seja qual for o tipo de operação ou atividade que esteja realizando.

2.6.1 - Consentimento
Nas PKO, as partes consentem, claramente, a presença e atuação de uma ForPaz.
Nas Operações de Imposição da Paz, o consentimento não é absoluto e a força pode ser empregada para compelir
ou impor a paz. Basta que o organismo internacional que legitima a operação - normalmente a ONU - possa impô-la a
todas ou a algumas das partes.

2.6.2 - Emprego da força


Nas PKO, a força pode ser usada somente como autodefesa ou para executar ações de caráter defensivo, conforme
previsto no mandato.
Nas Operações de Imposição da Paz, a força é usada para compelir ou impor a paz. Ainda assim, o nível da força a ser
usado deve ser sempre o mínimo requerido para garantir o cumprimento do mandato. Mesmo nos casos mais graves de
uso da força contra alguma das partes, deverá buscar-se a restauração da paz ameaçada e não a derrota total do agressor.

2.6.3 - Imparcialidade
Nas PKO, a imparcialidade deve ser objeto de permanente atenção, especialmente quando se realizam ações que
possam criar a impressão de favorecimento a alguma das partes. Com a perda da imparcialidade, é pouco provável que
se obtenha a confiança e a cooperação desejadas.
Já nas Operações de Imposição da Paz, dificilmente haverá uma absoluta imparcialidade, porque ao menos uma das
partes será compelida a cumprir uma resolução que contraria os seus interesses, os mesmos que levaram essa parte a
romper um status quo anterior ao conflito que se pretende cessar ou interromper. É possível, inclusive, que estejam

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envolvidas motivações históricas de difícil conciliação, como por exemplo, territórios perdidos em guerras passadas ou
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por força de atos de potências hegemônicas ou organismos intergovernamentais.

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O quadro abaixo apresenta uma graduação aceitável dessas variáveis, de acordo com o tipo de OpPaz executada. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

CAPÍTULO 4
PECULIARIDADES E PROCEDIMENTOS OPERATIVOS NAS OPERAÇÕES DE PAZ

4.1 - GENERALIDADES
Muitas das técnicas e procedimentos nos quais as tropas se adestram para as operações militares de guerra são
adequados ao emprego nas OpPaz. Contudo, as limitações impostas pelo mandato e documentos decorrentes de cada
missão exigirão o seu aperfeiçoamento e o desenvolvimento de novas técnicas e procedimentos, de modo a atender ao
cumprimento das tarefas e a proporcionar a segurança dos integrantes de uma ForPaz.
Tais técnicas e procedimentos serão úteis tanto nas Operações de Manutenção da Paz quanto nas Operações de Imposição
da Paz, particularmente após a fase de combates mais intensos e durante a gradual distensão que a ela se seguirá.

4.2 - POSIÇÕES E POSTOS DE OBSERVAÇÃO


4.2.1 - Definições
a) Posição
Uma Posição (Pos) é um título genérico atribuído a qualquer local taticamente situado e ocupado permanentemente
por pessoal militar de uma OpPaz, a partir do qual seja possível realizar tarefas decorrentes do mandato da missão. São
exemplos de posições os Postos de Controle (PCt ou check-point), os Pontos Fortes (strong point), e os aquartelamentos.
Uma Pos é normalmente ocupada por tropas armadas.
b) Posto de Observação (PO)
Um PO é um local permanentemente ocupado por pessoal militar da OpPaz, de onde é possível realizar as tarefas de
observação e relato. Ao posicionar um PO, diferentemente do que ocorre em uma operação militar de guerra, geralmente
abre-se mão dos aspectos táticos em nome da capacidade de observação. Um PO pode ser guarnecido tanto por
elementos da tropa quanto por UNMO. Entretanto, não é prática usual a presença simultânea de tropas e UNMO em um
mesmo PO, pois cada um desses componentes é regido por aspectos distintos de um mandato.
c) Pos e PO temporários
Cumprem as mesmas finalidades das respectivas instalações permanentes, porém são utilizados por um curto período
de tempo, normalmente para a realização de uma tarefa específica de observação, controle ou bloqueio (block position).
Não dispõem das mesmas condições de habitabilidade das instalações de caráter mais duradouro. Contudo, algumas
facilidades remanescentes poderão ser encontradas em caso de uso temporário de Pos ou PO já abandonados. Nesta
última situação, especial atenção deverá ser dada à segurança, já que elementos das facções em conflito poderão ter
lançado armadilhas nessas instalações. Quando for possível a recuperação parcial ou total de instalações, os postos
temporários poderão ser, normalmente, empregados como instalações permanentes.
4.2.2 - Identificação e proteção
Todas as Posições devem ser perfeitamente identificadas e delimitadas. Devem, também, prover proteção para os
seus ocupantes, equipamentos, equipagens e meios de transporte.
Devem possuir proteção de sacos de areia, pedras, gabião (muro de sustentação feito de pedras arrumadas dentro duma
tela) e outros recursos materiais existentes na área.
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Em seu exterior, devem ser lançados obstáculos e o acesso ao interior deve ser construído em forma de zig-zag.
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Seus ocupantes deverão estar abrigados ou protegidos das armas de uso mais freqüente na área da missão.

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A instalação deve ser, preferencialmente, pintada de branco e possuir as letras “UN”, distintivas da ONU, pintadas Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

em preto ou azul. Tal marcação também deve ser identificada de aeronaves em sobrevôo. O número da instalação também
deve estar visível. A bandeira da ONU deve ser mantida permanentemente hasteada em um mastro ou local visível. A
instalação e a bandeira da ONU devem estar iluminadas à noite.
Na medida do possível, essas instalações devem dispor de comunicações por fio e rádio com o Posto de Comando
(PC) mais próximo. A figura C-1 do Anexo C apresenta o diagrama de uma Posição com diversos recursos de proteção
implementados.

4.5 - PONTO FORTE (PF)


Um PF (Strong Point) é uma instalação normalmente situada em uma área “vermelha” e com uma limitada
capacidade de aquartelamento, que permite à tropa demonstrar ação de presença e exercer o controle sobre determinada
área. A partir de um PF, a tropa poderá lançar patrulhas a pé ou motorizadas de modo a aumentar a ação de presença na
região. Deverão ser estabelecidas, dentro da disponibilidade de pessoal e material, as medidas de segurança periféricas e
internas observadas para os aquartelamentos.

CAPÍTULO 8
O BATALHÃO DE PROTEÇÃO E OUTROS GptOpFuzNav NAS OPERAÇÕES DE PAZ
8.1 - GENERALIDADES
As publicações MD34-M-02 e EMA-402 descrevem, em linhas gerais, os aspectos básicos do UNSAS e a participação
brasileira acordada por nossos representantes.
A adesão do Brasil ao citado sistema impôs a necessidade de manter em condição de pronto emprego uma parte do
poder militar, tanto em termos de pessoal quanto de material. No âmbito da Marinha do Brasil, julgou-se adequado que
fosse posto à disposição da ONU um GptOpFuzNav denominado Batalhão de Proteção (BtlPtç) – ou, ainda, BRAMARB - e
uma Unidade Médica Nível 2, cada qual com sua organização descrita detalhadamente em documentos produzidos pelo
ComFFE e pela Diretoria de Saúde da Marinha (DSM), respectivamente.
As disposições sobre a organização e emprego do BtlPtç, nos termos acordados no UNSAS, é da alçada do Comando
de Operações Navais (ComOpNav), cabendo ao CGCFN prover, no que lhe couber, o apoio necessário à sua ativação e
preparação.
Cabe ressaltar que o UNSAS não impõe ao país a obrigatoriedade de participar em todas as OpPaz desencadeadas.
Para cada operação, haverá um convite à participação, o qual será aceito ou não pelo país contribuinte, conforme ditarem
os seus interesses naquele determinado conflito ou crise. Tampouco há a obrigatoriedade de que, uma vez aceita a
participação, esta venha a dar-se com exatamente a força posta à disposição no UNSAS. Igualmente, os interesses
nacionais e as possibilidades econômicas e militares do país no momento da proposta de participação poderão determinar
alterações na constituição da força a ser efetivamente empregada.
8.2 - O BATALHÃO DE PROTEÇÃO
O BtlPtç é um GptOpFuzNav de características especiais, posto que aplica o conceito de componentes de forma a
adequar-se às especificidades de sua missão. É nucleado em torno de um Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais
(BtlInfFuzNav). Sua denominação advém de uma tradução adaptada da nomenclatura Protected Infantry Battalion,
adotada pela ONU para as unidades de infantaria empregadas em OpPaz sob sua égide. A organização e os meios do BtlPtç
são produto da adaptação da constituição recomendada pela ONU para as unidades de infantaria às especificidades das
unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), a quem cabe a tarefa de organizar, mobilizar e aprestar esse
GptOpFuzNav.

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Ao BtlPtç caberão as mesmas tarefas visualizadas pela ONU para unidades dessa natureza, quais sejam:
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- conduzir atividades de busca, patrulhamento, observação, supervisão;

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- monitoração e relato de situações; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- conduzir operações tipo polícia;


- evacuar áreas;
- desdobrar preventivamente a força;
- estabelecer e manter áreas de segurança;
- participar na desmobilização, desarmamento e reintegração (DDR) de facções litigantes;
- cooperar para o atendimento de necessidades críticas da população;
- controlar determinadas áreas terrestres, marítimas ou ribeirinhas;
- exercer a vigilância e o controle de determinado espaço aéreo;
- cumprir sanções ou embargos;
- contribuir para a assistência humanitária;
- prestar assistência a refugiados e deslocados;
- estabelecer um local neutro para negociações de paz;
- dirigir negociações locais entre as facções envolvidas;
- efetuar operações de desminagem;
- executar operações de evacuação;
- respaldar a ação diplomática pela presença;
- interpor-se entre forças oponentes;
- executar operações de transporte de carga, pessoal ou material;
- atuar no espectro eletromagnético;
- prover apoio de fogo, caso sejam imprescindíveis para o exercício do direito de autodefesa das forças da ONU em
terra;
- alojar temporariamente tropas da ONU;
- prover segurança a instalações e autoridades;
- realizar escolta de comboios e de autoridades;
- realizar a destruição de material bélico capturado ou apreendido;
- realizar trabalhos de engenharia de construção; e
- outras missões previstas no Mandato das Nações Unidas.

8.3 - ORGANIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DO BATALHÃO DE PROTEÇÃO


Os seguintes aspectos diferenciarão a mobilização do BtlPtç: as providências administrativas para o preparo do
pessoal e a obtenção de recursos materiais não orgânicos das unidades.

8.3.1 - Providências administrativas para o preparo do pessoal


A composição de um contingente para emprego em uma OpPaz exige uma série de providências administrativas.
Tanto o pessoal selecionado para a missão quanto o necessário para o recompletamento e o reforço da unidade-núcleo
deverão, na medida do possível, observar os fatores relacionados no item 6.2.2.3 do MD34-M-02.
Outrossim, destacam-se outras medidas, dentre elas:
- avaliação sócio-psicológica do militar e da esposa (se for o caso)
- as inspeções de saúde;
- a elaboração de um banco de dados das arcadas dentárias dos militares;

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- as medidas profiláticas sanitárias, dentre as quais a vacinação de todo o pessoal contra as endemias existentes na
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área da missão;

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- a realização de ações de apoio familiar; Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- orientações à família do militar quanto às normas de conduta junto ao público externo;


- definição e divulgação do canal de correspondência família-militar-família;
- o estabelecimento de seguros de vida (caso haja interesse do militar);
- a confecção de passaporte de serviço e a emissão dos vistos julgados necessários para a missão; e
- a abertura de contas e demais procedimentos atinentes à remuneração no exterior.

8.3.2 - Preparo do material


Conforme já mencionado, a quase totalidade do material orgânico deverá estar disponível quando da ativação de um
GptOpFuzNav para emprego em uma OpPaz.
Entretanto, somente esse material não é suficiente para o emprego do contingente, sendo necessária a obtenção de
uma grande quantidade de outros itens como, por exemplo, suprimentos Classe I, III, V e IV. O capítulo 10 apresenta
maiores detalhes desse preparo.

8.3.3 - Autonomia logística e pronta resposta


Contingentes postos à disposição da ONU deverão dispor, ao ser empregados, de considerável autonomia logística,
posto que aquele organismo internacional estabelece como premissa que a inserção de uma nova unidade ou força em
uma operação em curso não se dá, sob o ponto de vista logístico, de forma imediata. Assim, é solicitado aos países que
contribuem com tropa para uma determinada OpPaz, que preparem seus contingentes de modo a manterem-se
desdobrados na área da missão sem contar, inicialmente, com a infra-estrutura logística estabelecida ou a estabelecer-se.
Os entendimentos oficiais definem a autonomia em número de dias para determinados itens de suprimentos.
Outro requisito de grande importância para a constituição do BtlPtç é a capacidade de pronta resposta, pois, em
muitos casos, a demora no envio dos contingentes pode representar a perda de oportunidade no desencadeamento da
operação, resultando no seu fracasso ou inexeqüibilidade.
Estes dois aspectos combinados aumentam, em muito, o esforço de ativação e mobilização de meios para o BtlPtç. O
instrumento de adesão do Brasil ao UNSAS prevê um tempo de resposta de trinta dias após a formalização de sua
participação, com uma autonomia logística inicial de sessenta dias. Não obstante, documentação mais recente da ONU
tem recomendado a previsão de uma autonomia logística inicial de noventa dias, em vista da dificuldade de organização
do apoio logístico em áreas submetidas a longos conflitos, que tenham degradado a infra-estrutura local.
No capítulo 10, esses aspectos são mais precisamente detalhados.

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2.2.7 - MANUAL DE
OPERAÇÕES DE PAZ
DE CARÁTER NAVAL
CGCFN - 1-8.1
(1ª Edição – 09 de dezembro de 2010)

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MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DE CARÁTER NAVAL


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1ª Edição - Rio de Janeiro - 2010 Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

2.3.7 - MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DE CARÁTER NAVAL


a) As Operações de Paz de Caráter Naval (Cap. 2).

CAPÍTULO 2
AS OPERAÇÕES DE PAZ DE CARÁTER NAVAL
2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A Operação de Paz de Caráter Naval é uma operação militar na qual o Poder Naval é nrmalmente empregado em
Operações e Ações de Guerra Naval ou em Operações Militares em Tempo de Paz, aqui enquadradas as atribuições
subsidiárias cabíveis, sob a égide de organizações internacionais. Poderão predominar, nesse contexto, operações e ações
em ambiente marítimo, lacustre ou fluvial, incluindo-se as operações de projeção de poder sobre terra, diferentemente
das Operações de Paz de caráter estritamente terrestre.
A participação de uma Força Naval, composta por meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, inserida no contexto
de uma Força Multinacional operando sob a égide de organismos internacionais, é uma das formas de emprego do poder
naval fora das fronteiras nacionais, em tempo de paz.
Observa-se a tendência do aumento de importância deste tipo de operação em função da grande concentração
populacional em regiões costeiras, da dependência do uso de rotas de navegação, estreitos e passagens por parte do
comércio mundial e do aumento da incidência de problemas ligados às novas ameaças à ordem mundial, tais como crises
de governabilidade, pirataria, grupos insurgentes armados, terrorismo internacional, tráfico internacional de
entorpecentes, armas e munições e imigração ilegal em regiões costeiras e no alto-mar. As organizações internacionais,
em conseqüência, poderão requisitar cada vez mais a contribuição de forças navais aos países que possuem Marinhas
equipadas e adestradas.
Neste contexto, a Marinha do Brasil pode participar dessas operações com meios navais, aeronavais e de fuzileiros
navais ou provendo Oficiais para exercer funções de Comandante de Forças-Tarefa Marítimas (FTM), Peritos em Missão
(observadores militares, conselheiros técnicos militares e oficiais de ligação) ou Oficiais de Estado-Maior.

2.2 - A FORÇA NAVAL


A constituição de uma Força Naval para atuação em Operações de Paz de CaráterNaval, pode estar vinculada ou não
a um componente militar terrestre.
Nos casos em que estiver vinculada a um componente terrestre, poderá ser constituída uma Força Naval subordinada
ao Force Commander (FC), normalmente denominada Força-Tarefa Marítima (Maritime Task Force - MTF). Tal força
poderá dispor de meios de um ou mais países e seu valor e características variarão de acordo com a situação e as tarefas
a ela atribuídas. Como exemplo, pode-se citar a Força Multinacional no Líbano (United Nations Interim Force in Lebanon
- UNIFIL), composta por meios navais da Alemanha, da Itália, da Grécia e da Turquia.
Quando for requerida uma força de menor envergadura, dispondo apenas de embarcações de pequeno porte, será
constituída uma Célula Marítima, a qual poderá dispor, também, de meios de um ou mais países. Um exemplo de
composição de Célula Marítima, com meios de apenas um país (somente embarcações do Uruguai), é o caso da
MINUSTAH (United Nations Stabilization Mission in Haiti).
No cumprimento de mandatos ou sanções tipicamente marítimos, impostos por organismos internacionais como a
ONU, a OEA, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), dentre outros, a Força Naval não estará vinculada a
um componente terrestre, sendo, normalmente, multinacional, composta por meios navais, aeronavais, de fuzileiros

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navais ou terrestres, caracterizando uma das formas de emprego do Poder Naval, fora das fronteiras nacionais, em tempo
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de paz.

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Em se tratando de uma Força Naval Multinacional, os meios navais devem atender a um padrão mínimo de tecnologia Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

compatível às necessidades de operação integrada, o que constitui uma grande diferença para as Forças Terrestres
Multinacionais, pois nestas as unidades terrestres necessitam de menor compatibilidade tecnológica para operar de
maneira integrada. Desta forma, a quantidade de Estados que podem contribuir com meios navais se reduz bastante
devido às necessidades de sustentabilidade e interoperabilidade tecnológica.
O emprego de uma Força Naval constituída por um único país minimiza a necessidade de interoperabilidade, porém
a sustentabilidade operacional permanece como um requisito imprescindível.

2.3 - SITUAÇÕES QUE INDICAM O EMPREGO DA FORÇA NAVAL


Em uma Operação de Paz de Caráter Naval as características de mobilidade, permanência, flexibilidade e
versatilidade da Força Naval, associadas às ações de guerra naval relativas ao controle da área marítima, à negação do
uso do mar e à projeção de poder sobre terra são amplamente exploradas, pois no curso desta Operação a Força Naval,
em conformidade com o estabelecido em resoluções e mandatos, terá que implementar e fiscalizar o cumprimento de
leis e regulamentos no mar, águas interiores ou área ribeirinha, realizando ações constabulares¹, uma ou mais operações
de guerra naval e outras operações em proveito da OpPaz de Caráter Naval e constituição de base de apoio.

¹Os ingleses definem como “constabulary actions” (termo ainda sem tradução) aquelas ações do Estado que se
prendem ao exercício da soberania sobre um dado território, fazendo valer o monopólio da força, impondo
obediência a suas leis e aos termos de acordos internacionais, atuando, ainda, como força de preservação da vida e
do patrimônio em situações emergenciais. Elas constituem uma zona cinzenta entre a defesa nacional e o provimento
de ordem pública; na prática, tanto as forças armadas quanto as polícias, assim as guardas costeiras, as guardas de
fronteiras e as polícias federais desempenham, de formas diferentes, papéis na defesa nacional, nas ações
constabulares e no provimento da ordem pública. Possuem especificidade própria em termos de emprego da
violência, dentro dos limites da proporcionalidade e de sua subordinação a regimes jurídicos. EGN-304B (p. 1-2).

2.3.1 - Ações constabulares, tais como:


- combate à pirataria;
- combate ao tráfico de armas e munições;
- repressão ao tráfico de escravos, de entorpecentes e às transmissões não autorizadas;
- controle e fiscalização da poluição;
- repressão ao contrabando;
- repressão à pesca ilegal; e
- repressão à imigração ilegal.

2.3.2 - Outras operações em proveito da OpPaz de Caráter Naval, tais como:


- Operações de Evacuação de Não-Combatentes (OpENC);
- Operação de Salvamento;
- Operações Humanitárias;
- Ações Cívico-Sociais (ACISO);
- Operação de Retomada e Resgate;

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- Prevenção e Combate ao Terrorismo;


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- Patrulha Naval;

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- Operação de Socorro (SAR); Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

- segurança de instalações navais; e


- cooperação na formação de marinhas amigas.

2.3.3 - Uma ou mais operações de guerra naval em proveito da OpPaz de Caráter Naval, para:
- patrulhar e/ou monitorar linhas de cessar fogo ou zonas desmilitarizadas;
- limpar áreas marítimas minadas;
- interpor-se entre Forças Navais oponentes;
- impor sanções ou embargos;
- coordenar e controlar espaços aéreos e/ou marítimos; e
- prover apoio de fogo naval ou aéreo às Forças Terrestres em terra.

2.3.4 - Base de apoio, para:


- alojar temporariamente tropas;
- prover plataforma neutra para negociações de paz;
- prover plataforma para comando e controle e instalações logísticas no mar; e
- realizar transporte e desembarque administrativos.

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2.2.8 - MANUAL DE
OPERAÇÕES
DE EVACUAÇÃO DE
NÃO-COMBATENTES
DE FUZILEIROS
NAVAIS
CGCFN- 2-3
(1ª edição – 12 de maio de 2020)

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MANUAL DE OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO DE NÃO-


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COMBATENTES DE FUZILEIROS NAVAIS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

1 Edição – 12 de maio de 2020 - RJ


2.3.8 - MANUAL DE OP. ENC DOS GPTOPFUZNAV
a) Considerações iniciais (Cap. 1).

CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 - GENERALIDADES
A expansão dos interesses brasileiros no exterior tem levado a uma crescente presença de empresas, representações
e toda sorte de organizações em outras nações, aumentando, assim, o número de nossos nacionais em território
estrangeiro. Em alguns países, onde vivem e trabalham brasileiros, o clima de insegurança ocasionado por instabilidades
políticas ou sociais poderá vir a degradar-se ao ponto de constituir ameaça aos nossos nacionais.
A situação no país estrangeiro poderá agravar-se de modo tal que o risco à integridade física aos nossos compatriotas
se torne inaceitável, configurando-se a necessidade da retirada dos mesmos do país em questão. Este tipo de ação,
normalmente, será desenvolvido em decorrência da avaliação e por recomendação do chefe da missão diplomática no
país considerado, podendo ser realizada, parcial ou totalmente, por meios usuais de transporte.
Entretanto, poderão ocorrer situações onde as atividades normais da sociedade local estejam de tal modo
comprometidas que inviabilizem a saída dos cidadãos brasileiros por meios normais de transporte. Nestes casos, poderá
ser necessário o emprego de força militar para garantir a segurança necessária à saída de nossos compatriotas residentes,
bem como de outras pessoas cuja retirada seja de interesse do governo brasileiro.
Vale ressaltar que a salvaguarda das pessoas, dos bens e dos recursos brasileiros ou sob jurisdição brasileira é matéria
constitucional e é um objetivo explicitamente estabelecido na Política de Defesa Nacional.
Assim sendo, poderá a Marinha do Brasil (MB) ser chamada a realizar operações militares para prover a necessária
segurança à evacuação de nossos nacionais, bem como os de outras nacionalidades que sejam de interesse do governo
brasileiro. Ainda que qualquer uma de nossas Forças Singulares seja capaz de executar este tipo de operação, a MB possui
uma especial aptidão para esta tarefa, particularmente quando realizada em outro continente, em função das
características intrínsecas ao Poder Naval.
Tais características permitem que uma Força Naval, que conte com um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav) embarcado, possa deslocar-se para uma área marítima em águas internacionais, ficando em condições de
contribuir para a evacuação do pessoal em risco, em coordenação com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Na MB, este tipo de operação recebe a denominação de Evacuação de Não- Combatentes (ENC), definido no CGCFN-
0-1, artigo 10.4 como uma operação conduzida com o propósito de evacuar não-combatentes de países onde exista uma
ameaça à sua segurança ou onde exista uma situação de calamidade. Já a expressão nãocombatentes engloba tanto o
pessoal civil de nacionalidade brasileira, como os militares brasileiros impossibilitados de prover adequadamente sua
autodefesa. Como exemplo de não-combatentes, citamos os integrantes das nossas representações diplomáticas, os
participantes de operações de paz, ou os cidadãos de nacionalidade comprovadamente brasileira que,
momentaneamente, encontram-se no país em questão. Pessoas de outras nacionalidades também deverão, desde que
seja do interesse do governo brasileiro, ser consideradas.
Por ser uma ação realizada em solo estrangeiro, será necessária estreita coordenação entre a MB (por intermédio do
Ministério da Defesa) e o MRE, de modo a acordar todos os assuntos relacionados com a operação a ser realizada.

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Esta operação exigirá um planejamento minucioso de todas as ações a serem desenvolvidas, para que as repercussões
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delas advindas sejam favoráveis aos interesses nacionais na região.

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Em território estrangeiro, o chefe de nossa representação diplomática no respectivo país, por ser o representante Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório.


Em face da dificuldade do efetivo controle dos nossos nacionais nos países estrangeiros, pela representação
diplomática no país em crise, provavelmente não haverá um plano de evacuação estabelecido. Além disso, durante o
planejamento da ENC, deverá ser considerada a possibilidade da distância entre a sede da missão diplomática e os locais
de reunião dos não-combatentes dificultar a coordenação da operação. A possível degradação dos meios e vias de
comunicação, também, terá grande influência no planejamento e condução da operação.
A ENC é uma operação militar realizada em um cenário fortemente influenciado por aspectos políticos, econômicos e
sociais, relacionados aos interesses brasileiros na região, o que impõe ao comando do GptOpFuzNav particular atenção
no levantamento e análise dos citados aspectos, de modo a evitar que os resultados possam comprometer tais interesses.
No que se refere ao emprego dos GptOpFuzNav quanto aos níveis de condução dos conflitos (político, estratégico-
militar, operacional e tático), a ENC difere das atuações clássicas de um GptOpFuzNav que, normalmente, atua no nível
tático. A ENC, por não possuir, obrigatoriamente, uma estrutura militar específica ativada, permite que o Comando do
GptOpFuzNav, que dela toma parte, atue nos níveis operacional e tático.
O Anexo A - Glossário apresenta a conceituação referente ao tema ENC.

1.2 - ENQUADRAMENTO E ESPECIFICIDADES DAS OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO DE NÃO-COMBATENTES


As ENC executadas por GptOpFuzNav, assumem características similares às das Operações Anfíbias (OpAnf) clássicas,
ainda que, por outra parte, suas especificidades não permitam o seu pleno enquadramento como tal.
Não obstante, uma Força-Tarefa designada para realizar uma ENC estará, em última análise, projetando poder sobre
terra, poder esse materializado pelos meios de fuzileiros navais desembarcados em um país estrangeiro.
Há que se considerar ainda, a hostilidade real ou potencial em relação a esta Força, mesmo se houver a anuência para
a realização da ENC por parte do governo legalmente estabelecido, uma vez que uma operação desta natureza somente
ocorrerá se houver, necessariamente, uma clara ameaça aos nossos compatriotas e, por conseguinte, à Força desdobrada
em prol da sua salvaguarda.
Deste modo, as peculiaridades das ENC não invalidam a utilização de conceitos perfeitamente consolidados na MB e
em particular no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), com as devidas adaptações, quando necessárias. Definições tais como
Força- Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), Força de Desembarque (ForDbq), Área do Objetivo Anfíbio (AOA) e outras relativas ao
Planejamento, Embarque, Travessia e Assalto, especificamente quanto ao Movimento-Navio-para-Terra (MNT), são
válidas também para a ENC. Igualmente aplicáveis são as relações de comando entre os Comandantes da ForTarAnf e da
ForDbq.
Em princípio, um GptOpFuzNav, ao realizar uma ENC, valer-se-á dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais de
que dispõe a MB. Não obstante, é plenamente admissível a utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira e de navios
ou aeronaves de Forças Armadas de países amigos, bem como meios civis de transporte, conforme a situação assim o
recomendar ou impuser.

1.3 - DIFERENÇAS ENTRE ENC E INCURSÃO ANFÍBIA


A ENC é uma operação militar conduzida em tempo de paz. As ameaças aos cidadãos nacionais são, normalmente, de
âmbito interno do país hospedeiro. Assim sendo, essas operações adquirem características distintas das observadas na
Incursão Anfíbia (IncAnf), que é uma operação de guerra naval cuja execução pressupõe, normalmente, um ato de força
entre as nações envolvidas.

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As ENC revestem-se de forte caráter político decorrente das suscetibilidades das relações internacionais, sendo,
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portanto, conduzidas, em todos os níveis, pelo MRE em estreita coordenação com o MD. Este tipo de operação difere de

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outras operações militares na medida em que o chefe de nossa representação diplomática acreditada no país, por ser o Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

representante direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório, caso ele esteja presente durante a
evacuação.
As IncAnf, por sua vez, são conduzidas por meio da Estrutura Militar de Guerra. Quando envolver a evacuação de não-
combatentes residentes em outro país, essas operações não devem prescindir do apoio prestado pelo MRE, nos assuntos
afetos a esses nacionais.
As técnicas de processamento de evacuados, descritas nessa publicação, apesar de objetivarem a execução das ENC,
poderão ser adaptadas para o emprego em IncAnf.

1.4 - TIPOS DE AMBIENTE OPERACIONAL


Os dois tipos de ambiente operacional nos quais os GptOpFuzNav podem ter que atuar ao executar uma ENC são o
permissivo e o hostil.
Esses tipos de ambiente são conseqüência da situação política vigente, dos conflitos internos +ou externos, ou de
desastres naturais que venham a ocorrer no país hospedeiro. Assim sendo, o Comandante do GptOpFuzNav
(CmtGptOpFuzNav) deve manter, tanto durante o planejamento, quanto durante a execução, um acompanhamento
permanente da evolução da situação política e do ambiente operacional, que pode rapidamente evoluir de permissivo
para hostil.

1.4.1 - Permissivo
Neste ambiente, a princípio, não se observa nenhum tipo de resistência, ações hostis ou ameaças físicas à Força que
executa a ENC. O Governo local não deverá se opor à partida dos não-combatentes de seu território, podendo inclusive,
prestar algum tipo de apoio à evacuação.
Nesses casos, portanto, o GptOpFuzNav deverá possuir um efetivo reduzido de forças de segurança, enquanto deverá
estar reforçado de tropas e meios logísticos, uma vez que haverá preponderância das atividades de Apoio de Serviços ao
Combate (ApSvCmb), tais como transporte, apoio de saúde e medidas administrativas, além de intensa participação dos
canais diplomáticos.
Apesar da situação favorável, o CmtGptOpFuzNav deve considerar a possibilidade de manter uma pequena força de
reação capaz de prover segurança à Força como um todo e aos evacuados, no caso de ocorrências inopinadas que possam
representar algum tipo de ameaça.

1.4.2 - Hostil
Neste ambiente, o governo do país hospedeiro perdeu o controle da situação e a evacuação se dará sob condições que
poderão abranger distúrbios populacionais, atos terroristas, combates entre forças organizadas ou oposição de qualquer
natureza à ENC. Neste caso, o GptOpFuzNav deve ser reforçado de tropas de combate e serão enfatizadas as tarefas de
caráter tático, tais como: estabelecimento de perímetro defensivo, escolta de comboios, busca de evacuados e resgate
de pessoal militar envolvido com a operação.

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2.2.9 - MANUAL DE
CONTROLE DE
DISTÚRBIOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
CGCFN-309
(1ª edição – 17 de junho de 2020)

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MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS


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DE FUZILEIROS NAVAIS Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

CGCFN-309
1ª Edição – 17 de junho de 2020
2.2.9 - MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
a) Controle de Distúrbios (Cap. 1):
- Generalidades (item 1.1).

CAPÍTULO 1
DISTÚRBIOS
1.1 - GENERALIDADES
Distúrbios são manifestações decorrentes da inquietação ou tensão de parcela da população, que tomam a forma
de atos de violência. São empreendidos por Agentes de Perturbação da Ordem Pública (APOP) e podem originar-se de
diversas causas de cunho social, político e econômico, cujo estudo não é objeto desta publicação. Adicionalmente,
condições resultantes de calamidades públicas podem contribuir para a geração de distúrbios, seja pela tentativa da
população de escapar de catástrofes, seja pelo aproveitamento da situação reinante por indivíduos ou grupos
inescrupulosos.
Quando não controlados pelas autoridades competentes, os referidos distúrbios poderão ocasionar:
- a redução ou perda da confiança do povo nas autoridades constituídas;
- a intimidação ou desgaste do poder legal;
- a perturbação da ordem e do funcionamento das Instituições e dos Órgãos Públicos e Privados; e
- a agitação, a intimidação ou o pânico de toda a população.

1.2 - CONCEITOS BÁSICOS


1.2.1 - Agentes de Perturbação da Ordem Pública
São pessoas ou grupos de pessoas cuja atuação momentaneamente comprometa a preservação da ordem pública
ou ameace a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
1.2.2 - Ato ameaçador
É a ação agressiva e deliberada com o intuito de provocar efeitos lesivos ou danosos contra, respectivamente,
pessoas ou patrimônio.
1.2.3 Legítima defesa
É o uso moderado dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
1.2.4 - Autodefesa
Legítima defesa com o emprego dos próprios meios em resposta a um ataque direto.
1.2.5 - Reação mínima
É a menor intensidade de violência, suficiente e necessária, para repelir ou prevenir o ato ameaçador, se possível,
sem danos ou lesões.
1.2.6 - Proporcionalidade
Correspondência proporcional entre a ação dos APOP e a reação da tropa empregada, de modo a não haver excesso
por parte do integrante desta, durante toda a operação.

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1.2.7 - Força mínima


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É o menor grau de força necessário para desestimular o APOP a prosseguir nos seus atos, causando-lhe o mínimo

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de danos possível, seja sobre sua pessoa (dano físico ou psíquico), seja sobre o seu patrimônio. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

1.2.8 - Manifestação
É a demonstração, realizada por pessoas reunidas, com sentimento hostil ou simpático a determinada autoridade ou
a alguma condição ou fato de natureza social, política ou econômica.
1.2.9 - Aglomeração
Grande número de pessoas temporariamente reunidas. Geralmente, os integrantes de uma aglomeração pensam
e agem como elementos isolados e não organizados.
1.2.10 - Multidão
Grande número de pessoas reunidas e psicologicamente unificadas por interesses comuns. Em geral, a formação de
multidão caracteriza-se pelo aparecimento do emprego do pronome "nós" entre os participantes, que utilizam frases de
efeito, tais como: "nós estamos aqui para protestar..." ou "nós viemos prestar nossa solidariedade...".
1.2.11 - Tumulto
Desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um desígnio comum de realizar certo
empreendimento, por meio de ação planejada, contra alguém que a elas possa se opor.
1.2.12 - Perturbação da ordem
Abrange todos os tipos de ação, inclusive decorrentes de calamidade pública que, por sua natureza, origem,
amplitude e potencial, possam vir a comprometer o exercício dos poderes constituídos, o cumprimento das leis e a
manutenção da ordem pública, ameaçando a população, propriedades públicas e privadas.
1.2.13 - Turba
Multidão cujos componentes, sob o estímulo de intensa excitação ou agitação, perderam o senso da razão e o
respeito à lei e seguem líderes em atos de perturbação da ordem pública.
a) Transformação de uma Aglomeração em Turba
Quando a totalidade ou a maioria dos elementos de uma aglomeração estabelece um objetivo comum e manifesta
a intenção de realizá-lo sem medir consequências, origina-se uma Turba.
A motivação para tal transformação poderá estar na figura de um líder que aproveite um fato violento, ou mesmo
um acontecimento fortuito, ou que empolgue por suas palavras os componentes da Aglomeração.
b) Tipos de Turba
I) Turba agressiva
É aquela que estabelece um estado de perturbação da ordem e realiza atos de violência, como acontece em distúrbios
resultantes de conflitos sociais ou políticos, nos linchamentos ou levantes de detentos em penitenciárias.
II) Turba pânica
É aquela que procura fugir de algum local, na tentativa de garantir a sua segurança. Seus elementos poderão perder
o senso da razão, o que poderá induzi-los a provocar danos em pessoas e bens móveis e imóveis. O pânico
poderá originar-se de boatos, incêndios, explosões, calamidades etc.
III) Turba predatória
É a impulsionada pelo desejo de apoderar-se de bens materiais, como em distúrbios para obtenção de alimentos.
c) Atos dos participantes de uma Turba
Os componentes de uma Turba são influenciados, em maior ou menor grau, por seu espírito inventivo, pela
capacidade de seus líderes e pela existência ou não de armas, suprimentos, equipamentos e outros materiais.
Os seguintes fatores ditarão o grau de violência de que será capaz uma Turba:
- espécie de indivíduos que a compõem;
- número de pessoas envolvidas;

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- localização;
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- a causa da perturbação; e

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- as armas disponíveis. Organizada por: AILSON –QOA-FN – Apostila Completa – 2020 - SUA APROVAÇÃO É NOSSA MISSÃO!

A Turba poderá dirigir impropérios aos elementos encarregados de manter a ordem, como, por exemplo,
observações obscenas e insultos, com a finalidade de ridicularizá-los ou irritá-los, o que caracteriza o desacato. Tais atitudes,
embora não exijam o emprego imediato da força, são ilícitas e devem ser coibidas.
Poderão ocorrer também ações de vandalismo contra propriedades particulares e públicas, arremesso de objetos de toda
sorte contra a Tropa, lançamento, deliberado de veículo em direção ou de encontro a pessoal ou instalações, distribuição
de panfletos contendo frases ofensivas às autoridades ou de estímulo à continuação das ações.
d) Os líderes da Turba
Os líderes agem diferentemente dos demais, pois dão início às atividades do movimento, incitam com “slogans” e
coordenam as ações. Poderão colocar à frente dos manifestantes crianças, mulheres e idosos, com a finalidade de
desencorajar as ações da Tropa.
e) Emprego de fogo e engenhos diversos
As Turbas poderão empregar o fogo, nas seguintes formas:
- incendiar edifícios para bloquear o avanço da Tropa ou criar confusão;
- empregar coquetel “molotov”;
- espalhar qualquer substância inflamável sobre determinada área e lançar fogo, quando a Tropa nela penetrar;
- derramar qualquer substância inflamável na direção da Tropa aproveitando declive do terreno e, posteriormente,
lançar fogo; e
- lançar qualquer substância inflamável do alto de edifícios sobre a tropa e, posteriormente, inflamá-la. Existem
diversos engenhos que poderão ser utilizados contra a Tropa, como, por exemplo:
- botijões de gás e garrafas de oxigênio que poderão ser detonados, como meio de demolição;
- cargas explosivas colocadas em edifícios que poderão ser acionadas à passagem da Tropa, com o propósito de
causar baixas e obstruir vias de acesso;
- cargas explosivas enterradas que poderão ser acionadas à passagem da Tropa para causar baixas;
- explosivos acionados por controle remoto, ou espoletas de retardo, transportados por animais e viaturas que
poderão ser conduzidos em direção à Tropa para causar baixas; e
- cargas de demolição que poderão ser utilizadas para romper barragens ou dutos a fim de inundar uma área.
f) Utilização de armas de fogo
Os líderes da Turba poderão, ainda, encorajá-la a realizar ações mais violentas e ousadas pelo emprego de armas
de fogo contra a Tropa.

Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes; porque o


Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares. (Josué 1:9)”

Sustenta o fogo que a vitória é nossa!


Estamos juntos!
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