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1.

Explique o funcionamento do Modulador Duplamente Balanceado (os diodos são usados


como interruptores), a partir do seu esquema eléctrico. Descreva igualmente quais as suas
vantagens sobre outros tipos de modulador.

Resposta:

Funcionamento
A operação de Modulador Ring duplamente balanceado pode ser descrita da seguinte maneira:
1º assumimos que ei(t)=0 (sinal modulador);
Nos meios ciclos positivos de cos Wc.t, os diodos D1 e D2 conduzirão e o ponto “a” é
ligado/conectado a entrada através da metade do transformador de saída secundário. Se o
transformador de referência secundário estiver cuidadosamente centrado e se as impedancias de D1 e
D2 forem idênticas, nenhuma corrente fluirá através do transformador de saída e nenhuma tensão se
desenvolverá à saída.
Durante o próximo meio ciclo, os diodos D3 e D4 conduzirão e o ponto “b” estará conectado à
entrada através da metade oposta do transformador de saida secundário. De novo, nenhuma corrente
fluirá e nenhuma saída resultará, portanto, vemos que de facto a portadora é suprimida, isto é, o
modulador é balanceado.
Agora, apliquemos um sinal de entrada de polaridade positiva cujo o pico de amplitude é muito
menor que o da referência eR. Nos meios ciclos positivos de cos Wc.t, o ponto “a” está
essencialmente ao potencial de terra e nenhuma corrente fluirá para cima através da metade do
transformador de saída secundário induzindo uma tensão de saída positiva.
Nos meios ciclos negativos de cosWc.t, o ponto “b” está essencialmente ao potencial de terra e uma
corrente fluirá para baixo atravez da metade oposta do transformador de saída secundário induzindo
uma tensão de saída negativa. As tensões de saída positivas e negativas de pico serão idênticas para
uma dada amplitude de sinal de entrada fixa se o transformador de saída estiver igualmente centrado
com precisão, portanto, desenvolvemos um sinal que altera a sua polaridade (+ e -) a uma velocidade
determinada pela frequência da portadora (referência) e cuja a amplitude é proporcional a amplitude
do sinal de entrada.
Pode ser visto que a fase da saída muda de 180° para sinais de entrada de polaridade nagativa. O
sinal de saída é um exemplo da modulação DSB-SC. A descrição acima assume o sinal de referência
suficientemente grande para controlar a comutação dos diodos.
[ei (t)]máx < ½ [eR (t)]máx.
Vantagem: Este modulador é muito usado devido ao facto de que ele não requere componentes
ideais, desde que as suas características sejam idênticas, sendo a saída frequentemente usável sem
filtragem adicional.

2. Demonstre matematicamente e apresente um esquema eléctrico dum modulador usando as


não linearidades de diodos.

A Modulação de amplitude pode também surgir em sistemas não lineares.


Uma não linearidade comum em dispositivos eléctricos é a não linearidade entre tensão e corrente.
Um diodo semi-condutor é um bom exemplo dum dispositivo deste tipo. Válvulas e transistores sob
condições de grande sinal, também exibem estas características. Um possível arranjo para o uso de
dispositivos não lineares para obter modulação DSB-SC é mostrado na fig

Aproximando a não linearidade através de série de potências, temos:


i(t) = a1.e(t) + a2.e2(t) + a3.e3(t) +...
em relação a fig achamos:
e1(t) = cosWc.t + f(t);
e2(t) = cosWc.t - f(t).
Retendo os dois primeiros termos da série de potências para cada não linearidade e assumindo que as
não linearidades são idênticas, temos:
i1(t) = a1[cos Wc.t + f(t)] + a2[cos Wc.t + f(t)]2;
i2(t) = a1[cos Wc.t - f(t)] + a2[cos Wc.t - f(t)]2
Para uma carga resistiva, a tensão líquida (resultante) é:
[i1(t) – i2(t)].R Ou [i1(t) – i2(t)].R = 4a2.R[f(t).cos Wc.t + (a1/2a2).f(t)].
O 2° termo do lado direito da equação, pode ser removido através do uso do Filtro Passa Banda
centrado em ±Wc obtendo-se desta forma a saída desejada.
Diodos semi-condutores podem ser usados para dispositivos não lineares neste tipo de modulação,
COMENTÁRIO: O desempenho deste tipo de modulador tal como nos moduladores RING, é
dependente em quão próximas são as características dos diodos. Todos os moduladores mostrados
anteriormente são conhecidos como Moduladores Balanceados.
3. Explique como é que é feita a modulação SSB. Quais as dificuldades desse processo? Faça
um diagrama de blocos a descrever um processo de gerar SSB.

A maneira mais directa de conceptualmente gerar um sinal SSB seria 1º gerar um sinal DSB e depois
suprimir uma das bandas laterais através da filtragem, mostrado na fig.

DIFICULDADES: Na prática, estas operações não são tão fáceis como possam parecer e a 1ª fonte de
dificuldades é implementar as especificações do filtro. O filtro de banda lateral requerido deve ter
uma característica de corte muito abrupta (o mais recta possível) em Wc para rejeitar todos os
componentes de freq num dos lados de W0 e aceitar todos os componentes de freq no outro lado de
Wc. Devido a que é impossível obter uma característica do filtro ideal, estabelecem-se certos
compromissos:
1º, notemos que se o sinal modulador f(t) não conter componentes de baixa freq significativos, não
haverão componentes de freq significativos na vizinhança de Wc depois da modulação. Portanto,
uma resposta que não se estenda até a freq zero permitirá o uso dum filtro com menor inclinação da
característica;
2º, é normalmente mais fácil construir um filtro de banda lateral a uma freq ditada pelos
componentes do filtro e não pela freq transmitida. A heterodinação pode ser empregue para fazer a
translação do espectro como desejado antes da filtragem da banda lateral. Mesmo com estas medidas
a construção de filtros de banda lateral não é fácil.
4. Explique como funciona a modulação SSB por deslocamento de fase. Faça o seu diagrama de
blocos correspondente. Aplicação e Dificuldades.

De uma forma sinusoidal sob as densidades espectrais, deslocando-as posteriormente e tomando a


parte real do resultado encontram-se posteriormente a banda lateral superior: (1) ΦSSB+(t) = cos
Wm.t . cos Wc.t – sen Wm.t .sen Wc.t
Obtendo a banda lateral inferior de uma maneira similar fazendo f(t) = e –jWm.t resultando em: (2)
ΦSSB-(t) = cos Wm.t . cos Wc.t + sen Wm.t .sen Wc.t, estes resultados são válidos para o caso geral
e podemos escrever:
ΦSSB-+(t) = f(t).cos Wc.t ± f^(t) .sen Wc.t
Onde f^(t) é o sinal obtido por deslocamento de fase de f(t) de 90º em cada freq.
Os sinais descritos pelas equações (1) e (2) podem ser produzidos por moduladores balanceados
desde que tanto o sinal modulador como a portadora sejam deslocados na fase de 90º para formar os
seguintes termos nestas equações. Fig. 5.31
APLICAÇÃO E DIFICULDADES:
É usado na geração de SSB de baixa freq e na geração digital de sinais SSB.
Um grande problema na construção de sistemas SSB de deslocamento de fase é a realização prática
da rede de deslocamento de fase de 90º para f(t) porque todos os componentes de freq devem ser
deslocados de exactamente 90º, portanto, tais sistemas têm uma muito restritas larguras de banda.

5. Qual é a expressão que nos dá a Potência Total em função da potência da portadora e das
bandas laterais em AM. Dê igualmente a expressão destas 2 potências (portadora e das bandas
laterais) em função de A e f(t).

Nas formas de onda do sinal AM, o termo da portadora não contém qualquer informação acerca do
sinal modulador f(t), portanto a potência gasta nesta portadora é inútil no que diz respeito a estrita
referência da informação. Isto é o preço que se deve estar disposto a pagar para tornar receptores
baratos disponíveis.
Para uma carga de 1Ω, a potência total média é dada pelo valor médio quadrado da equação
ΦAM(t) = A.cos Wc.t + f(t).cos Wc.t.
______ _________ ___________ ___________
Φ2AM(t) = A2.cos2 Wc.t + f2(t).cos2 Wc.t + 2A.f(t).cos2 Wc.t
Em que a barra indica o valor médio no tempo.
Nós devemos assumir que f(t) varia lentamente em relação a cos Wc.t. Se assumirmos que o valor
médio de f(t) = 0 (que é o caso habitual), então o último termo na última equação é zero, de maneira
que:
______ _______ ___________ ____
Φ2AM(t) = A2.cos2 Wc.t + f2(t).cos2 Wc.t = ½A2 + ½ f2(t)

Portanto, a potência total Pt pode ser escrita como a soma de uma potência de portadora Pc e uma
potência de bandas laterais Ps,
Pt = ½ A2 + ½ f2(t) = Pc + Ps
A fracção da potência total contida nas bandas laterais μ é dada por: μ = Ps/Pt = f2(t)/[A2 + f2(t)].
DISCUSSÃO DO RENDIMENTO
Voltando ao caso em que f(t) é uma sinusóide única,
ΦAM(t) = A(1 + m.cos Wm.t).cos Wc.t = A.cos Wc.t + mA.cos Wm.t .cos Wc.t
Nós temos então:
______
Φ2AM(t) = ½A2 + (½)(½).m2A2
μ = m2/(2 + m2).
Devido a que m deve ser menor ou igual a 1, nós da última equação que a eficiência (ou rendimento)
de transmissão de um sistema AM (DSB-LC) é no máximo de 33%. Sob a melhor condição, ié,
m=1, 67% da potência total é gasta na portadora e representa potência perdida (inútil) no que diz
respeito a transferencia de informação. Para índices de modulação mais baixos, o rendimento é
menor que 33%. Exemplo: o índice de modulação de 0,5 dá-nos um rendimento de 11,5%, em
contraste, a eficiencia μ de transmissão dum sistema DSB-SC é de 100% (se a portadora piloto é
transmitida, o rendimento é ligeiramente inferior que 100%).

6. Discuta o rendimento em função do índice de modulação em DSB-LC (AM) a partir da


fórmula que os relaciona.

Sendo que f(t) é uma sinusóide única,


ΦAM(t) = A(1 + m.cos Wm.t).cos Wc.t = A.cos Wc.t + mA.cos Wm.t .cos Wc.t
Nós temos então:
______
Φ2AM(t) = ½A2 + (½)(½).m2A2
μ = m2/(2 + m2).
Devido a que m deve ser menor ou igual a 1, nós da última equação que a eficiência (ou rendimento)
de transmissão de um sistema AM (DSB-LC) é no máximo de 33%. Sob a melhor condição, ié,
m=1, 67% da potência total é gasta na portadora e representa potência perdida (inútil) no que diz
respeito a transferencia de informação. Para índices de modulação mais baixos, o rendimento é
menor que 33%. Exemplo: o índice de modulação de 0,5 dá-nos um rendimento de 11,5%, em
contraste, a eficiencia μ de transmissão dum sistema DSB-SC é de 100% (se a portadora piloto é
transmitida, o rendimento é ligeiramente inferior que 100%).
7. Descreva o funcionamento do Detector de Envolutória a partir do seu esquema eléctrico.

A forma de onda do sinal de entrada carrega o condensador C até ao valor máximo da forma de onda
durante os meios ciclos positivos do sinal de entrada. A medida que o sinal de entrada cai abaixo do
seu máximo, o diodo fica inversamente polarizado e isto é seguido por uma descarga lenta do
condensador através da resistencia até ao próximo meio ciclo positivo. Quando o sinal de entrada
torna-se maior que a tensão do condensador e o diodo torna a conduzir, o condensador carrega-se até
ao novo valor de pico e etc.
Para uma boa operação, a constante de tempo de descarga RC deve ser ajustada de maneira que a
velocidade negativa máxima da envolutória nunca exceda a velocidade exponencial de descarga. Se
esta constante de tempo é muito grande, o detector de envolutória pode perder alguns meios ciclos
positivos da portadora e deste modo, não reproduzirá fielmente a envolutória. Se a constante de
tempo é muito pequena, o detector de envolutória gera uma forma de onda com muitos picos,
perdendo alguma da sua eficiência. O sinal detectado resultante é normalmente passado por um filtro
passa baixo para eliminar o conteúdo harmónico não desejado. Um condensador de acoplamento
pode ser usado para remover o nível de CC introduzido pela portadora. Como resultado da presença
deste nível de CC, os métodos DSB-SC não são apropriados se a resposta em freq para f(t) até W = 0
for desejada.
Aplicação (comentário)
O detector de envolutória é simples, eficiente e de construção económica (barato). É praticamente
usado de uma forma universal para o efeito de detectar sinais DSB-LC. A facilidade e a simplicidade
do uso do detector de envolutória sugere que estas técnicas talvez possam ser aplicadas para detecção
de sinais DSB-SC, devido a que não existe o termo da portadora em tais sinais dado que, suficiente
portadora deve ser adicionada no receptor para tornar possível a detecção de envolutória, isto é
algumas vezes feito para simplificar a construção do receptor, este tipo de receptor é chamado de
“Receptor de portadora injectada”. Um grande problema, evidentemente, é manter a portadora
injectada na freq correcta. Estes sistemas também têm problemas de sincronização.
8. Representação passa-banda do ruído.
a) Faça o diagrama de fasores do ruído aleatório de banda estreita.

Resposta: figura 5.39.

em que: nc(t) – é a porção do ruído que representa o componente em fase; ns(t) – é o componente em
quadratura da representação de fasor. Ambos nc(t) e ns(t) são aleatórios e portanto a soma dos
fasores tem uma amplitude aleatória an e uma fase θn.

b) Como é distribuida a potência média do ruído pelos termos seno e cosseno? Ou, Como é que
é distribuido o ruído passa-banda aleatório pelos termos seno e cosseno? Para ilustrar escreva
a fórmula do valor médio quadrático do ruído passa-banda aleatório ( n(t) ).

Resposta: É a natureza aleatória do ruído que tende a distribuir os componentes do ruído tanto sob os
termos cosseno como o seno. Isto está em contraste directo com um sinal determinístico no qual nós
podemos controlar a fase para dar apenas os termos cosseno ou seno.
O valor médio quadrático do ruído aleatório passa banda usando a equação n(t) = nc(t).cos W0.t -
ns(t).sen W0.t é:
n2(t) = ½ nc2(t) + ½ ns2(t).
Com base nas equações n2(t) = nc2(t) = ns2(t) e n2(t) = ½ nc2(t) + ½ ns2(t), chegamos a conclusão de
que a potência média do ruído é dividida igualmente entre os termos cosseno e seno.

5. MODULAÇÃO DE AMPLITUDE

De uma forma geral, modulação é o processo pelo qual uma propriedade ou um parametro dum sinal
é feito variar em proporção a um segundo sinal.
A dependência precisa é determinada pelo tipo de modulação empregue. Na modulação de amplitude
a amplitude dum sinal sinusoidal cujas frequencia e fase são fixas, é feita variar em proporção a um
dado sinal. Isto altera esse dado sinal através da translação dos seus componentes de frequencia para
frequencias mais altas.
Modulação de Amplitude: Portadora Suprimida (DSB-SC)
A equação dum sinal sinusoidal genérico pode ser escrita como
Φ(t)=a(t).cosΘ(t),
É conveniente escrever Θ=Wc(t)+φ(t) de maneira que Φ(t)=a(t).cos (Wc.t+φ(t)).
Na modulação de amplitude o termo de fase φ(t) é zero ou constante e é a modulação de fase de
Φ(t); a envolutoria a(t) é feita proporcional a um dado sinal f(t) fazendo com que a constante de
proporcionalidade igual a unidade temos
Φ(t) =f(t).cos Wc.t
O termo cos Wc.t é chamado de sinal da portadora
Wc é chamado de Frequencia da portadora, f(t) – sinal modulante (modulador), o sinal resultante
Φ(t) é chamado sinal modulado.
Aplicando a propriedade de modulação da Transformada de Fourier a Φ(t) =f(t).cos Wc.t, nós
achamos que a densidade espectral de Φ(t) é:
Φ(w) = 1/2F(W+Wc) + 1/2F(W-Wc).
A modulação amplitude faz a translação do espectro de frequência dum sinal para ±Wc radianos/s,
mas deixa a forma espectral inalterada como mostrado na fig

Este tipo de Modulação de Amplitude é chamado de “Portadora Suprimida” porque a densidade


espectral Φ(t) não tem nenhuma portadora identificada nela apesar do espectro estar centrado na
frequência ±Wc
Neste tipo de modulação a largura de banda de f(t) é duplicada = o sinal modulado tem o dobro da
largura de banda do sinal modulante.
O facto de termos duas bandas laterais e nenhuma portadora separada presente em Φ(t) sugere-nos a
seguinte designação para este tipo de modulação: Banda Lateral Dupla – Portadora Suprimida ou
DSB-SC.
A modulação DSB-SC providencia meios convenientes para observar o espectro completo dum dado
sinal f(t)

RECUPERAÇÃO DE SINAL f(t) DSB-SC

Requer outra translação de frequencia para deslocar o espectro para a sua posição original. O
processo de retranslação do espectro a sua posição original de freq é chamado de Desmodulação ou
Detecção.
Devido a propriedade de modulação da TF ser comprovadamente muito útil na translação do espectro
para a modulação, recorremos a ela para a desmodulação.
Seja Φ(t)=f(t).cosWc(t) sinal transmitido
Φ(t).cosWc.t = f(t).cos²Wc.t = 1/2f(t) + 1/2f(t).cos 2Wc.t
Tomando a TF de ambos os lados da última equação e usando a propriedade de modulação, temos
que:
F{Φ(t).cosWc.t} = F{1/2f(t) + 1/2f(t).cos 2Wc.t} =
= 1/2F(W)+1/4F(W+2Wc) + 1/4F(W-2Wc)
É mostrado o resultado na fig

Um filtro passa baixo é requerido para separar os termos de frequencia dupla dos componentes
originais do espectro.
É necessário que Wc seja maior que W (largura de banda do sinal f(t)) para uma adequada
recuperação do sinal.
Seria util considerar no caso especial dum sinal modulado sinusoidal de frequencia unica para melhor
comprender o conceito varias formas de ondas na fig.

É evidente que na fig. é dificil de conhecer f(t) a partir do sinal modulado Φ(t) a menos que haja
algum conhecimento previo das relacões de fases envolvidas. Uma observação de amplitude apenas
não é suficiente. Para sermos mais precisos a fase relativa do sinal Φ(t) transporta a polaridade de f(t)
como evidenciar pelos inversos de fase de (80 graus quando f(t) passa para zero. Pode-se concluir
disto que tanto a fase como a frequencia correctas do sinal devem ser conhecidos pra adequadamente
desmodular o sinal. Para confirmar esta conclusão introduzamos um pequeno erro de frequencia ΔW
e um erro de fase Θ0 no sinal de portadora gerado localmente no receptor
O receptor forma então o produto
Φ(t).cos[(Wc+Δw)t+Θ0)] = f(t).cosWc.t .cos[(Wc+ΔW)t+Θ0]
= 1/2f(t).cos [ (Δw)t+Θ0 ] + 1/2f(t).cos[(2Wc + Δw)t+Θ0]
O 2° lado do termo do lado direito da equação está centrado em ± (2Wc+Δw) e é eliminado pelo
filtro passa baixo. A saida deste filtro da nos o restante termo, e0(t) = 1/2f(t).cos[(Δw)t+Θ0].
O sinal de saida não é ½ f(t) como antes ao menos que Δw e Θ0 sejam iguais a zero ou seja, não haja
nenhum erro de frequencia nem de fase.
Vamos considerar dois casos especiais de erro de frequencia e de fase:
1º façamos Δw = 0 de maneira que exista apenas um erro de fase, e0(t) =1/2f(t).cosΘ0.
O erro de fase na portadora local provoca um factor de ganho variável no sinal de saída que é
proporcional ao cosseno do erro de fase. Para erros de fase fixos e pequenos isto é tolerável. Para
erros de fase próximos de ±90 o sinal recebido é totalmente eliminado. Em alguns casos o erro de
fase varia aleatoriamente resultando num desempenho inaceitável.
2º façamos Θ0 = 0 ficando com apenas com erro de frequência e0(t) = 1/2f(t).cos(Δw)t
Em vez de recuperarmos o sinal original f(t), nós obtemos o sinal f(t) multiplicado por uma sinusoide
de baixa frequência. Isto também resulta numa inaceitável e indesejável distorção.

Os efeitos tanto dos erros de Frequência como dos erros de Fase aleatórios, fazem com que esta
desmodulação de sinal não seja satisfatória, é necessário portanto, haver sincronização tanto de freq
como de fase entre o transmissor e o receptor quando é usada a modulação DSB-SC.
A sincronização dos sinais da portadora não apresentam grande problema quando o transmissor e o
receptor estão muito próximos. Existem métodos para ultrapassar esta limitação quando o receptor
está localizado remotamente.
A recuperação do sinal original f(t) a partir do sinal modulado Φ(t) usando um oscilador
sincronizado é chamado de ”Detecção Síncrona” ou “Detecção Coerente”.

5.1.1 GERAÇÃO DE SINAIS DSB-SC

Como resultado da propridade de modulação da TF nós verificamos que o espectro de qualquer sinal
pode sofrer uma translação de ±Wc rad/s na freq através da sua multiplicação com uma forma de
onda que seja sinusoidal. De facto, nós vamos agora demonstrar que o espectro dum sinal pode sofrer
uma translação de ±Wc através da multiplicação do sinal com “qualquer” forma de onda periódica
cuja freq fundanental seja Wc rad/s.
Qualquer sinal periodico Pt (t) com potencia media finita pode ser representado pelas séries de
Fourirer PT (t)=ΣPn.eJnw0.t Escolhendo W0=Wc e multiplicando a equação PT (t)=ΣPn.eJnw0.t por f(t)
temos:
f(t).PT (t) = Σf(t).Pn.eJnw0.t
Aplicando a propriedade de translação de freq da TF a esta equação temos
F{f(t).Pt(t)} = ΣPn. F(W-nWc). (somatório de n=-infinito a +infinito)
Desta equação, vê-se que o espectro de f(t).Pt(t) contém F(w) e F(w) trasladado em ±Wc, ±2Wc, ...,
±nWc,...
As amplitudes destas sucessivas réplicas espectrais de F(w) são escaladas pelas constantes P 0,
P1,...Pn.... isto é ilustrado na fig. usando uma onda quadrada periódica.
Usando um filtro passa banda depois da multiplicação permite que os componentes de freq centrados
em ±Wc passem e atenue os outros de componentes de freq. O processo de translação de frequencia é
também chamado de “Convolução de Frequencia”, “Mistura de Frequencia” ou
“Heterodinação”.
Sistemas que executam esta operação são chamados Conversores de Frequência ou Misturadores
de Frequência com o propósito de fazer a translação dum espectro, estes sistemas devem produzir
novas frequencias que não estão presentes no sinal de entrada.
Verificamos que para fazer modulação, devemos usar sistemas que sejam variáveis no tempo ou não
lineares (ou ambos).

MODULADOR CHOPPER

Funcionamento
A operação do modulador Chopper, pode ser descrita/explicada da seguinte maneira:

O comutador alterna entre os estados de aberto e fechado comandado por uma fonte à frequencia de
Wc rad/s. Assumimos que o tempo de transição entre contactos é desprezável. Para uma metade do
período o comutador permite que o sinal f(t) que varia duma forma relativamente lenta, seja aplicado
à saída do filtro, durante o próximo meio período à entrada do filtro é ligada a terra (curto-
circuitada). Portanto, a forma da onda do sinal à entrada do filtro foi literalmente retalhada a uma
freq de Wc rad/s.
Esta operação de retalhar (chopping) é essencialmente uma mutiplicação do sinal f(t) por uma onda
quadrática periódica PT(t) cujos dois níveis são 0 e 1 como discutido antes, esta forma de onda
contém o espectro de f(t) transladado em freqs de múltiplos de Wc. O desejado sinal Φ(t) modulado
em amplitude pode ser obtido passando esse sinal retalhado através dum filtro passa banda centrado
em ±Wc. Note-se que o teorema de amostragem deve ser satisfeito para permitir uma filtrgem
adequada da forma de onda.
APLICAÇÃO: O modulador Chopper é largamente usado na modulação DSB-SC. A baixas
frequencias, o Chopper pode ser um comutador comandado magneticamente, fig 5.6(a). FETs,
fotodiodos e feixes de luz mecanicamente interrompidos são também usados.
Fim.
COMENTÁRIO: A altas frequências, os diodos são normalmente usados como comutadores. Um
circuito típico usando 4 diodos é conhecido como Modulador RING, é mostrado na fig 5.6(b).
Vê-se claramente que estes diodos alternativamente comutam a entrada do filtro entre o sinal de
entrada e a terra a uma frequência Wc rad/s

DESMODULAÇÃO (DETECÇÃO) DE SINAIS DSB-SC

Para recuperar o sinal original f(t) a partir do sinal modulado Φ(t), devemos fazer a translação do
espectro de novo. Nós vimos que isto pode ser atingido através da multiplicação de Φ(t) por cos Wc.t
(i.é, detecção síncrona). Portanto, os mesmos circuitos que são usados para modulação podem ser
usados para desmodulação com apenas pequenas diferenças.
A 1ª diferença surge porque a saída desejada do modulador está centrada à volta da freq da
portadora. Um filtro passa banda centrado a ±Wc é usado para regeitar todos os outros componentes
de freq.
No desmodulador, contudo, o espectro desejado de saída está centrado à volta de W = 0 e portanto,
um filtro passa baixo é suportado à saída.
A 2ª diferença surge do facto de que no desmodulador deve estar sincronizado com o oscilador do
modulador para conseguir uma desmodulação adequada, isto é normalmente conseguido ou por uma
conexão directa se o modulador e o desmodulador estiverem próximos ou pelo envio de uma
sinusoide deslocada na freq, mas relacionada com a freq do oscilador do modulador. A sinusoide
deste último método é chamada de “Portadora Piloto”.

O AMPLIFICADOR CHOPPER
É difícil construir amplificadores com CC (ou DC) ou com uma muito baixa freq de resposta.
Com componentes de tamanho razoável, o princípio da modulação DSB-SC pode ser usado com
vantagem para deslocar o espectro do sinal de entrada para freqs maiores onde ele pode ser
facilmente amplificado. Se uma saída de baixa freq é desejada, um desmodulador síncrono pode ser
usado porque o sinal do oscilador da modulação está disponível. O modulador Chopper é geralmente
usado para esta aplicação. Um típico modulador Chopper .

Funcionamento:

O comutador alterna os estados fechados e abertos comandado por uma fonte a frequência de Wc
(rad/s). Nós vamos assumir que que o tempo de transmissão entre o contacto é disponível. Durante a
metade do período, o computador permite que o sinal f(t) que varia de forma entrada do filtro.
Durante o seguinte meio período a entrada do filtro „e ligado aterra (cc) portanto o sinal de. Esta
operação de retalho é essencialmente uma multiplicação do sinal f(t) com uma onda quando período
pt(t) cujo 2 níveis são zero (0) e um (1).
5.2.2. GERAÇÃO DE SINAIS DSB-LC
Conceptualmente, a maneira mais fácil de gerar sinais DSB-LC é primeiro gerar um sinal DSB-SC e
depois somar alguma portadora.

Contudo, acontece que os sinais DSB-LC são em geral mais fáceis de gerar directamente de maneira
que o sistema mostrado na fig. tem mais um valor analítico que prático. Tal como nos sinais DSB-
SC, a geração de sinais DSB-LC pode ser dividida nos moduladores do tipo Chopper (comutador) e
em moduladores usando as características não lineares de dispositivos.

O Modulador Chopper (Rectificador)

Uma maneira directa de usar o modulador Chopper para gerar AM é adicionar um nível de CC a f(t)
antes de fazer o Chopping. Se este nível de CC “A” é suficientemente largo de modo que a condição
[A + f(t)] > 0 seja válida, então é fácil ver que o sinal de saída será um sinal DSB-LC. Outra
possibilidade que realmente significa a mesma coisa é somar alguma portadora a f(t) antes do
Chopping, mostrado na fig.

A acção do Chopper pode ser vista como uma multiplicação do sinal de entrada com uma forma de
onda periódica Pτ(t) cuja freq fundamental é Wc rad/s.
A densidade espectral do sinal resultante depois do Chopping pode ser achada usando a propriedade
de modulação da TF ou tomando a convolução de freq da densidade espectral de Pτ(t).
5.4. MODULAÇÃO DE BANDA LATERAL ÚNICA (SSB)
5.4.1. GERAÇÃO DE SINAIS SSB

A maneira mais directa de conceptualmente gerar um sinal SSB seria 1º gerar um sinal DSB e depois
suprimir uma das bandas laterais através da filtragem, mostrado na fig.

DIFICULDADES: Na prática, estas operações não são tão fáceis como possam parecer e a 1ª fonte de
dificuldades é implementar as especificações do filtro. O filtro de banda lateral requerido deve ter
uma característica de corte muito abrupta (o mais recta possível) em Wc para rejeitar todos os
componentes de freq num dos lados de W0 e aceitar todos os componentes de freq no outro lado de
Wc. Devido a que é impossível obter uma característica do filtro ideal, estabelecem-se certos
compromissos:
1º, notemos que se o sinal modulador f(t) não conter componentes de baixa freq significativos, não
haverão componentes de freq significativos na vizinhança de Wc depois da modulação. Portanto,
uma resposta que não se estenda até a freq zero permitirá o uso dum filtro com menor inclinação da
característica;
2º, é normalmente mais fácil construir um filtro de banda lateral a uma freq ditada pelos
componentes do filtro e não pela freq transmitida. A heterodinação pode ser empregue para fazer a
translação do espectro como desejado antes da filtragem da banda lateral. Mesmo com estas medidas
a construção de filtros de banda lateral não é fácil.
(...)
5.4.3. DESMODULAÇÃO DE SINAIS SSB
Para desmodulação de densidade espectral SSB deve ser transladada de volta para W = 0. Esta
operação pode ser conseguida usando a detecção síncrona. Multiplicando o sinal SSB por cos Wc.t
fazemos a translação de metade da densidade espectral para cima na freq de Wc rad/s e metade para
baixo na mesma quantidade como mostrado na fig.
A porção deslocada para uma freq 2Wc pode ser rejeitada por um FPBx. Concluímos que o detector
síncrono desmodula adequadamente sinais SSB-SC.
O caso acima estudado, assume evidentemente condições ideais, vamos agora reconsiderar e ver o
caso em que erros de freq e fase estão presentes no processo de desmodulação.
O sinal SSB de entrada pode ser expresso da seguinte maneira: ΦSSB-+(t) = f(t).cos Wc.t ± f^(t) .sen
Wc.t
Façamos com que o sinal da portadora gerado localmente seja Φ(t) = cos [(Wc + ΔW)t + θ]
Onde ΔW – erro de freq
θ – erro de fase.
Multiplicando temos:
ΦSSB-+(t). Φa(t) = [f(t).cos Wc.t ± f^(t) .sen Wc.t] .cos [(Wc + ΔW)t + θ] =
= ½ f(t) .{cos [(ΔW)t + θ] + cos [(2Wc + ΔW)t + θ]} ± ½ f^(t) .{sen [(ΔW)t + θ] - sen [(2Wc +
ΔW)t + θ]}
Os termos de freq do dobro da portadora podem ser eliminados usando um filtro passa baixo.
Designando a saída do FPBx por e0(t) nós temos:
e0(t) = ½ f(t) .cos [(ΔW)t + θ] ± ½ f^(t) .sen [(ΔW)t + θ]
Fazendo a verificação, se o erro de freq ΔW e o erro de fase θ forem ambos zero, a saída é e0 = ½
f(t). Portanto, um detector síncrono composto por um oscilador local, um multiplicador e um FPBx
desmodulará correctamente sinais SSB-SC se estiver correctamente sincronizado.

5.5. MODULAÇÃO DE BANDA LATERAL VESTIGIAL (VSB)

A geração de sinais SSB pode ser bastante difícil quando a largura de banda do sinal modulador é
larga ou quando nós não podemos desprezar os componentes de baixa frequência.
Para concervar o espaço espectral, um compromisso pode ser feito entre SSB e DSB naquilo que é
conhecido como modulação de “Banda Lateral Vestigial” VSB.
Na modulação VSB apenas uma porção de uma banda lateral é transmitida de tal maneira que o
processo de desmodulação reproduz o sinal original.
A supressão parcial duma banda lateral reduz a largura de banda requerida em relação a que seria
necessária para DSB mas não atinge o rendimento espectral do SSB.
Se uma grande portadora é também transmitida, o sinal desejado pode ser recuperado usando um
detector de envolutória. Se nenhuma portadora é enviada, o sinal pode ser recuperado usando a
detecção síncrona ou o método de portadora injectada.
A operação de filtragem pode ser representada por um filtro Hv(w) que deixa passar alguma da banda
lateral inferior (ou superior) e a maior parte da banda lateral superior (ou inferior
A densidade espectral do sinal de Banda Lateral Vestigial resultante é:
ΦVSB (w) = [ ½ F(W-Wc) + ½ F(W+Wc)]. Hv(w)
Nós queremos determinar as características deste filtro de tal maneira que um detector síncrono dar-
nos-á f(t) sem distorção.
A saída do detector síncrono é: e0(t) = [ΦVSB(t) .cos Wc.t]PBx
ou F(w) = ¼ F(w).Hv(W + Wc) + ¼ F(w).Hv(W - Wc)
Para uma produção fiel de f(t) nós então temos que fazer com que: [Hv(W - Wc) + Hv(W + Wc)]PBx
= constante, módulo de W < Wm. As translações de freq indicadas na última expressão são
ilustradas na fig.

Note-se que pelo menos uma base de magnitude a equação [Hv(W - Wc) + Hv(W + Wc)]PBx =
constante, é satisfeita se módulo de Hv(w) é antisimétrico à volta da freq da portadora Wc.
Motivados por esta observação, nós fazemos com que a constante de tal equação seja 2Hv(Wc). Sob
estas condições, teremos:
[Hv(W-Wc) – Hv(Wc)] = - [Hv(W+Wc) – Hv(Wc)], mostrando a anti-simetria à volta da freq da
portadora.

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