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Introdução........................................................................................................................................2
Conclusão......................................................................................................................................10
Bibliografia....................................................................................................................................11
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Introdução
Este presente trabalho singe se na abordagem do tema “Luta Armada de Libertação de
Moçambique”. Neste contexto, em 1498 o território moçambicano foi ocupado pela dominação
colonial portuguesa, ou seja Moçambique passou a ser território Português. Foi uma ocupação
violenta, com muitos combates, dentre os quais a batalha de Magul, Coolela, na província de
Gaza. Também são conhecidos focos de resistência ao longo do território nacional, como os
casos de Makombe, Malapende, Mataka, entre outros. Até 1920 o regime colonial já tinha
montado o seu aparelho administrativo no território nacional.
No entanto, o presente trabalho tem como objectivo geral: Narrar a história da Luta
Armada de Libertação de Moçambique. Para a operacionalização do objectivo geral formulo
se os seguintes objectivos específicos:
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1.1 Luta de Libertação de Moçambique
Naquela data, realizou-se uma reunião entre a população do actual distrito de Moeda e a
administração colonial, que terminou com a morte a tiros de um número indeterminado de
moçambicanos. De acordo com algumas fontes, a reunião teria sido pedida pela MANU, uma
organização que pretendia a independência daquela região de Moçambique, e acordada com a
Administração, não sendo muito clara a razão dos disparos.
Face a esta situação houve uma consciência de formação de movimentos coesos com o propósito
de erradicar o colonialismo português do território nacional. Entretanto, numa primeira fase os
grupos que foram criados não tinham uma abrangência nacional, embora tivessem o objectivo de
libertar o país da dominação colonial portuguesa. São exemplos destes movimentos os casos da:
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Mozambican African National Union (MANU) fundada em 1961 e constituída por
migrantes moçambicanos que trabalhavam no Tanganyika e no Quénia e queriam libertar
Cabo Delgado. Este movimento era liderado por Mateus Mola e Lowrence Joe Milinga;
União Nacional de Moçambique Independente (UNAMI) formado por Moçambicanos
oriundos de Tete que se encontravam em Malawi, liderado por Baltazar Chagonga.
Com a experiencia adquirida das lutas de resistência houve a necessidade de unir estes
movimentos nacionalistas num só. É neste contexto que se forma a Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO) a 25 de Junho de 1962 em Dar-Es-Salaam (Tanzânia), como resultado
da fusão destes três movimentos.
Na sua formação, a FRELIMO elegeu o Dr. Eduardo Chivambo Mondlane como presidente
e Uria Simango como vice-presidente.
É esta frente que concebeu a estratégia e táctica correctas da Luta de Libertação Nacional contra
o colonialismo português. Assim a FRELIMO, realizou de 23 a 28 de Setembro de 1962 o seu 1º
Congresso. O congresso concluiu que a unidade nacional de todos os moçambicanos era
fundamental tendo em conta que os combates de resistência colonial entre as várias razões da sua
derrota foi a falta de unidade entre as frentes de resistência.
Por isso, a unidade era a questão basilar para concretizar o desiderato do povo moçambicano-
independência nacional.
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1.1.3 Início e Desenvolvimento da Luta Armada
Depois do seu primeiro congresso, a FRELIMO iniciou o processo de mobilização do povo
para o início da guerra de libertação nacional. Foi neste contexto que a FRELIMO enviou o seu
primeiro contingente de 250 homens para serem treinados na Argélia enquanto outros treinavam
na Tanzânia nos centros de Kongwa e mais tarde cria-se o centro de Nachingwea.
Neste II Congresso Mondlane foi reeleito como presidente e Uria Simango como
vicepresidente, mas foi ainda criado um conselho executivo, que incluía a presidência e os chefes
dos departamentos. O mais importante foi que o congresso reafirmou a política definida de lutar
pela “independência total e completa” de Moçambique e não apenas de parte dele.
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Marcelino dos Santos foram os eleitos pelo Comité Central para constituírem o Comité da
Presidência.
Como uma das últimas tentativas de aniquilar o movimento de luta armada de libertação
nacional, o regime colonial português lançou a Operação Nó-Górdio, entre 1970 e 1971, liderada
por Kaúlza de Arriaga. Com o avanço da guerra, a FRELIMO decidiu abrir a nova frente de
Manica e Sofala, a 25 de Julho de 1972, sendo que no ano seguinte abriu a Frente da Zambézia.
Este golpe, normalmente conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido por
um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais
intermédios da hierarquia militar, na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra
Colonial e que foram apoiados por oficiais milicianos, estudantes recrutados, muitos deles
universitários. Este movimento nasceu por volta de 1973, baseado inicialmente em
reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por se
estender ao regime político em vigor. Sem apoios militares, e com a adesão em massa da
população ao golpe de estado, a resistência do regime foi praticamente inexistente, registando-se
apenas quatro mortos em Lisboa pelas balas da DGS.
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De 5 a 6 de Junho reuniram-se em Lusaka as delegações do governo português e da
FRELIMO com vista a estabelecer negociações conducentes à paz em Moçambique. A
delegação da FRELIMO era liderada pelo Presidente Samora Machel e a portuguesa pelo
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares. As conversações entre as duas partes foram
suspensas porque as delegações reconheceram que o estabelecimento do cessarfogo estava
condicionado a um acordo prévio global relativo a princípios fundamentais, que obrigavam a
consultas.
De 16-17 de Agosto de 1974 teve lugar o segundo encontro secreto entre o ministro dos
Negócios Estrangeiros Português e a direcção da FRELIMO em Dar-Es-Salaam onde esta
possuía os seus escritórios. Neste encontro o governo de Lisboa renunciou o estabelecimento de
uma junta de sete oficiais para administrar Moçambique temporariamente. A 3 de Setembro
chegou em Lusaka uma delegação de 22 representantes da FRELIMO chefiados por Samora
Machel para o início das negociações.
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A operação, que envolveu milhares de soldados, concentrou o seu foco no planalto de
makondes e revelou-se num completo fracasso.
Entre 1972 e 1974, a FRELIMO adaptou uma estratégia de ate que contra as maiores fontes
de receita do regime, nomeadamente as linhas férreas Beira-Tete e Beira Machipanda. Ainda em
1973, a FRELIMO já se encontra nas proximidades da cidade da Beira e tinha como alvos o
aeroporto e os depósitos de combustíveis do porto da Beira. As vitórias da FRELIMO em 1973 e
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1974, a pressão internacional e das forças progressistas em Portugal contribuíram para a queda
do regime em 1974.
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Conclusão
A Luta Armada de Libertação Nacional teve inicio (Setembro de 1964) e término (Junho de
1975), teve três (3) fases principais: Primeira fase (1962-1964); Segunda fase (1964 à 1968);
Terceira fase (1968 à 1974).
Segundo fase (1964 à 1968) caracterizada pela Abertura das Frentes de Cabo Delgado, Niassa,
Tete e Zambézia (ataques à Chai e outros locais) isto em 1964, 1966 – Criação de aldeamentos
pelas forças portuguesas, como estratégia para isolar as populações dos guerrilheiros
(nacionalistas), nos quais cerca de 250.000 pessoas foram concentradas; Em Setembro de 1965 –
abertura do Centro de Preparação Político-Militar de Nachingwea e inicia a formação de
instrutores militares. Ainda nesta fase, em Novembro de 1966 ouve o desmembramento do DSD
em dois Departamentos: Departamento de Defesa (DD), chefiado por Samora Machel, e
Departamento de Segurança (DS), por Joaquim Chissano.
1970 – Operação nó Górdio envolvendo cerca de 70.000 homens, aviação e Artilharia militar
(liquidar a FRELIMO em 2 semanas).
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Bibliografia
BIGGS Tyler. Explosão Emergente de Recursos Naturais em Moçambique: Expectativas,
Vulnerabilidade e Políticas para uma Gestão de Sucesso. Setembro de 2012.
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