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Universidade Eduardo Mondlane

FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS

Curso de licenciatura em História

Cadeira de MERC

1ͦ Ano 1o Semestre

TEMA: A hipótese de origem de dois centros do M’fecane.

Discentes:

Nilton Ussete

Docente: Machele

Maputo, 05 de Julho de 2021


Índice
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos......................................................................................................................... 3

1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 3

1.1.2. Específicos ................................................................................................................ 3

1.2. Metodologia de pesquisa .................................................................................................. 4

1.2.1. Metodologia .................................................................................................................. 4

1.3. Tipo de pesquisa ........................................................................................................... 4

2. M’FECANE ............................................................................................................................. 5

2.1. Definição .......................................................................................................................... 5

2.2. Causas do Mfecane........................................................................................................... 5

3. A HIPÓTESE DE ORIGEM DE DOIS CENTROS DO M’FECANE ................................... 6

3.1. Nota sobre M’fecane ........................................................................................................ 6

4. O M’fecane Tipo ..................................................................................................................... 6

4.1. Do Mfecane tipo à formação do Império de Gaza ........................................................... 7

5. Processo da formação do império de Gaza .............................................................................. 7

5.1. Formação do império de Gaza ......................................................................................... 7

6. M’fecane - Centro de origem................................................................................................ 10

6.1. Movimentos baseados em dois ou três centros .............................................................. 11

6.2. Teorias sobre o processo dos movimentos ..................................................................... 11

7. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 12

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 13


1. INTRODUÇÃO
Durante o século XIX, o continente africano testemunhou uma série de convulsões cataclísmicas
que levaram a movimentos massivos de população e a readequação do mapa do continente.

Esses movimetnos, em grande medida, determinaram as formações de estados nas regiões


presentes, e isto, confirma que, o passado vive no presenete, o passado não está morto. Um
desses movimentos populacionais que teve consequências incomparaveis na história da sub-
região da África Austral foi o M’fecane.

O M’fecane, foi descrito de várias formas como o período de guerras intertribais, calamidades e
caos ou disturbios. Países como o actual Lesotho, Tanzania. Zimbabwe etc, surgiram como uma
ramificação do M’fecane.

Além disso, várias grandes guerras emergiram e novas táticas militares foram adotadas para
processar o avanço ou melhoria na tecnologia militar. Embora, muitas vidas foram perdidas e
territórios devastados, o episódio ainda teve influêncais positivas nas pessoas, especialmente
quando se considera a ousadia e persistência com o povo da África do Sul lutou contra o
Apartheid.

Este trabalho, portanto, visa discorrer sobre a Hipótese de dois centros de origem do M’fecane.

1.1.Objectivos
O seguinte trabalho foi elaborado considerando os seguintes objectivos:

1.1.1. Geral
 Compreender a hipótese de dois centros de origem do M’fecane.

1.1.2. Específicos
 Explicar as ideias por trás da origem do M’fecane;
 Aclarar sobre o M’fecane e suas consequências;
 Apresentar as diferentes propostas sobre o M’fecane.
1.2. Metodologia de pesquisa
Tomando em consideração que a metodologia ilustra o caminho ou os passos pelos quais a
pesquisa se orienta para o alcance dos objectivos definidos, neste caso específico, iremos abordar
aspectos relativos aos procedimentos da pesquisa e seus instrumentos.

No dizer de Quivy e Campenhoudt, “Importa, acima de tudo, que o investigador seja capaz de
conhecer e de pôr em prática um dispositivo para a elucidação do real, isto é, no seu sentido
mais lato, um método de trabalho. Este nunca se apresentará como uma simples soma de
técnicas que se trataria de aplicar tal e qual se apresentam, mas sim como um percurso global
do espírito que exige ser reinventado para cada trabalho”.

A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a


confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação desse trabalho é eles: científico
investigatório e Dedutivo.

1.2.1. Metodologia

A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a


confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação desse trabalho são eles: científico
investigatório e Dedutivo.

1.3.Tipo de pesquisa
O presente trabalho baseou-se na pesquisa bibliográfica, que permitiu buscar informação dos
documentos públicos e reconhecidos na internet, também informações advindas de manuais
contendo a informação a respeito do tema.
2. M’FECANE

2.1. Definição
M'fecane foi a designação dada ao período de grande convulsão social que se viveu em
grande parte da África Austral, entre 1815 e cerca de 1835. E o termo significa esmagamento,
fragmentação, descrevendo o caos que se viveu nesse período. O século XIX foi, no sul de
Moçambique, marcado pelas migrações, incursões e invasões Nguni, provenientes da África do
Sul.

De facto, o início deste século foi caracterizado por uma grande invasão em diversas direções,
sobretudo em direção a Moçambique, de comunidades políticas, provenientes do Sul da região
de Natal: Os Natal: Os Nguni.

2.2. Causas do Mfecane


Quantas as causas do M,fenae, tem havido hipotetizações ( Van Hoepen, Huffman, Evers,
Liesgang) que a partir de 800 A.D o recurso teria começado a escassear pela primeira vez em
algumas áreas da África do Sul e outras zonas da área Bantu, que não eram infestadas por
malaria, levando a competicao por terras e territorios. Em algumas zonas, apareceram técnicas de
protecção da terra arável contra a erosão.

De um modo geral, as razões que explicam este fenómeno foram, entre outras, as seguintes:

 Crescimento da actividade comercial com a Baía de Maputo (os Nguni, exportavam


marfim e importavam lingotes de latão, braceletes e têxteis);
 O desenvolvimento das ligações comerciais entre a baía e o natal levava a constantes
clivagens interlinhagens provocando conflitos pelo controlo das rotas comerciais do
litoral para o interior;
 A crise ecológica ocorrida na região nos finais do século XVIII e princípios do século
XIX (facto que provocou anos sucessivos de seca e fome);
 Crise agropecuária, o que levou a conflitos entre as linhagens pelo controlo de terras
ferteis para a agricultura e pastoricia.
3. A HIPÓTESE DE ORIGEM DE DOIS CENTROS DO M’FECANE

3.1. Nota sobre M’fecane


Na tentativa, de não nos cingirmos em uma única hipótese da origem de M’fecane, podemos
definir o M’fecane como um período de guerras iniciado por competição sobre terras de cultivo,
gado e pastagem, resultando na fuga dos vencidos geralmente com parte dos seus chefes e a
maior parte da população, e de formação de novos estados.

Migrações maciças e quase repentinas dos agricultores com pastorícia observaram-se em pelo
menos quatro continentes, tendo muitas vezes certas zonas ecológicas, geralmente zonas
planalticas como origem.

Na África austral, são as áreas dos planaltos de Natal e Phumalanga, na África central, a actual
zona Luba ao sul do Congo, no nordeste de África, o sul de Sudão e centro da Etiópia ca. 1000 a
1.100, a zona a volta do Chade e a zona Mande ca. Século XI-XV que se destacam como origens.

Daí que a área do actual Moçambique foi afectada, entre os séculos XIII e o século XIX por
migrações da zona sul, e desde o século X-XII do centro (Congo, zona Luba).

Em Moçambique, a zona dos Bororo destaca-se como centro “ secundários “ dos Lomwe na zona
Makhuwa, há ainda dos Loponi no século XVI-XVIII e na primeira metade do século XIX, que
havia de resultar no processo das migrações Yao, que ficaram sob o fogo cruzado dos Laponie
Ngoni.

4. O M’fecane Tipo
O M’fecane tipo, conhecido em Moçambique, é o quarto, e aquele que iniciou em Moçambique
em Junho/Julho de 1821 com a chegada a baia de Maputo de um primeiro grupo de refugiados
ndwandwe, provavelmente comandado por Zwangendaba, seguido pouco depois por outro
chefiado por Sochangane, que se mais separado no sul, devendo ter existido mais quatro grupos
no interior, encabeçados por Zwide, Ngwana Maseko, Nqaba Msane e Mzilikazi. O M’fecane
tipo ficou conhecido por ter gerado o de Gaza.
4.1. Do Mfecane tipo à formação do Império de Gaza

Antes do século XIX, as bacias dos rios Limpopo e Incomáti nunca tinham sido incluídas em
unidades políticas externas de tipo territorial, e até princípios do mesmo século havia muitos
reinos com agregados populacionais entre três a vinte mil habitantes. O nível da vida dos chefes,
superava ao da população devido a tributos que dela recebiam.

5. Processo da formação do império de Gaza


A situação anteriormente descrita, alterou-se como consequência de um período de lutas
violentas e de transformações políticas conhecidas por M’fecane, na região de Zululândia, e
seguido por um extenso movimento de migrações, encetado pelo grupo Nguni.
Por volta de 1770, existiam na Zululandia vinte reinos que disputavam entre si o controlo das
rotas comerciais com a baía de Lourenco Marques, bem como o dominio de terras ferteis e
pastagens.
Entre 1810 e 1821, estes reinos ficaram reduzidos a dois:
Nduandue – chefiado por Zuide;
Mtetua – chefiado por Dinguisuaio;
Os outros ou tinham desaparecido por incorporações, ou fugas dos seus habitantes ou tinham-se
tornado vassalos quer de Nduendue quer de Mtetua.
Entre 1816 e 1821, eclodiu um conflito entre os dois reinos, resultando na captura e morte de
Dinguisuaio, o rei dos Mtetua. Dinguisuaio foi sucedido por Tchakada linhagem zulu, que na
altura era o grande chefe militar.
A partir de 1818, Tchaka, conhecido como Tchaka Zulu, iniciou campanhas de conquista e
submissão, não só do reino de Nduandue como outras linhagens da região da Zululândia. Esta
campanha de terror e devastação, obrigou a fuga de vários núcleos de resistência, como os
Ngunis, que mais tarde formaram outros reinos, como o Estado de Gaza.

5.1.Formação do império de Gaza


No seu auge o império de Gaza integrava a baía de Maputo e o rio Zambeze, actuais províncias
de Maputo, Inhambane, Gaza, Manica e Sofala.

Um dos núcleos em fuga que vai seguir em direccão a Mocambique que será liderado por
Sochangana e fixa-se primeiro em Lourenco Marques entre 1822-1827. Depois, rumou mais
para o norte. Sochangana tinha-se afirmado, entre 1821-1823, como líder de um grupo, junto
com mais três ou quatro que conseguiram fundar novos estados, depois da derrota do Estado
Nduandwe de Zuide. Foi este grupo que formou o Estado de Gaza e em 1850 já dominava a
região entre o Zambeze e o rio Incomáti. O rei Sochangana governou cerca de 38 anos.

O Estado de Gaza, foi provalvemente fundado em 1821 na zona de Tembe, ao sul da actual
cidade de Maputo.

Entre 1835 e 1838, a capital do sochangana estava situada na margem esquerda do rio Incomáti e
mais tarde passou para a margem direita do Limpopo, na zona de Chiduachine,no limite entre os
distritos de Chokwe e Chibuto.

Entre 1835 e 1838 a capital passou para a zona de Mossurize, que foi conquistada a um outro
estado Nguni chefiado por Ngaba Mbane. Depois de 1838, o centro de Gaza passou de novo para
o vale do limpopo, na zona de chaimire moderno, onde sochangana ficou até ao poder do seu
sucessor Maueue (1858-1861).

A sucessão dos reis

Após a morte de Sochangane (1821 – 1858) em Bilene, que foi o fundador e primeiro imperador
do Estado de Gaza, sucedeu-se um período de guerras entre seus filhos: Maueue exilado e morto
na Suazilândia, que o sucedeu, e Muzila que depois de derrotar o irmão tomou o poder
transferindo a capital do império para Mossurize na província de Manica.
Foi em Mossurize, em que o neto do Sochangane de nome Ngungunhane ou Leão de Gaza (1884
a 1895), ascendeu ao poder, transferindo em 1889 a capital para Manjacaze. A mudança da
capital deveu-se pelas seguintes razões:
 Evitar possíveis pressões e ataques dos ingleses e portugueses que cobiçavam o ouro e o
marfim em Manica;
 O vale do rio Limpopo e as regiões circunvizinhas possuíam todos os recursos que
começavam a escassear em Mossurize.
A organização político-administrativa
A conquista e administração de um território to vasto como este foram possibilitados por uma
politica de assimilação praticada pelos Nguni, através da qual alguns elementos das populaças
conquistadas foram integrados em regimentos Ngunie, mais tarde, serviam como funcionários no
exército e na administração territorial. No topo da hierarquia estava o rei ou monarca que era
designado por Inkosi, com funções políticas, militares, jurídicas, económicos e religiosos., este
era auxiliado por um corpo de funcionários.

O império ou Estado de Gaza era subdividido em reinos, a frente dos quais estava o Hosana, e o
reino, por sua vez, subdividia-se em provínciaschefiadas por uma induna. Abaixo deste estava o
chefe da povoação, o Munumusana.

Cargos administrativos

Relação entre os cargos administrativos e o território


Cargo Circunscrição
Inkosi Estado ou império
Hosana Reinos
Induna Províncias
Munumusana Chefe da população

A administração do território, era feita através do sistema de assimilação de casas, designação


dada as areas tributárias, que representava o modelo de diviso do Estado de Gaza.

O poder militar de Gaza

A organização militar dos angunes era, evidentemente herdada da que fora elaborada por
Tchaka. Baseava-se no regimento. Vinte e cinco a trinta regimentos teriam sido criados por
Sochangana ou Manicusse, Muzila e Gungunhana. Os regimentos dividiam-se em batalhões
(Tongas) da mesma idade, sendo o recrutamento aparentemente regional. Os efectivos máximos
de um regimento deviam ser de 1300 a 1600 homens. É duvidoso que fossem atingidos com
frequência, os mais idosos viviam com as suas famílias em povoações, em redor das capitais do
rei e das províncias. Os governadores, isto é, os membros do clã real, eram em princípio, mas
não de modo exclusivo, chefes (Indunas) dos regimentos.

O último general de Gungunhana seria um não Angune. Politicamente o papel deste exercito
consistia em:
 Conquistar os vizinhos (em particular os regulados do Sul, tsongas e, principalmente,
chopes, que eram o inimigo hereditário, mas também um osso duro de roer);
 Alimentar o Estado, o monarca e os angunes por meio de devastações, captura de
escravos e cobrança do tributo no interior do império.

As principais batalhas que decorreram no Estado de Gaza

Entre outras, as principais batalhas de resistência no Império de Gaza contra os invasores


portugueses, deram-se todas no ano de 1895, a mencionar: a Batalha de Marracuene que se deu a
2 de fevereiro, batalha de Magule a 8 de setembro e a batalha de Coolela que se travou no dia 7
de novembro. Em todas as batalhas, o Exército de Ngungunhane não conseguiu vencer o seu
inimigo devido às seguintes razões:

 Superioridade militar dos invasores (metralhadoras e canhões);


 Falta de unidade entre os moçambicanos;
 Traição de alguns chefes, que contribuíram para a prisão de Ngungunhane.

6. M’fecane - Centro de origem


M’fecane, implica de um lado a fuga forçada e depois a conquista e colonização, de africanos por
africanos (John Iliffe, 1995), levou em muitos casos a formação de estados estratificados.
Quando a preocupação dos refugiados e atacantes era menos de crescer, mas a procura de terras
para a agricultura, o resultado pode ter sido a substituição de uma população por outras, e
formação de pequenas chefaturas, como em Inhambane em 1950-1780, levando mesmo a
deslocação interna de grupos. Por exemplo, Quissico pequeno ao norte de Morrumbene parece
ter sido o resultado da fixação dos Nyakutowu ao se fixarem em Nyamavila e outros em
Vilanculos. Nesse caso, as populações em luta estavam mais perto da estrutura de sociedades
segmentarias.

Este período, de 1690-1780, parcialmente documentada por fontes contemporâneas escritas e


tradições orais, envolvia movimentos de populações da zona ao oeste da actual Suazilândia,
seguidas de conquistas no sul de Moçambique e zona vizinha. Este período de migração no
século XVII e XVIII no sul de Moçambique está relacionado com o desaparecimento de um
estado Makomati e a expansão da olaria da tradicao Simunye (Liesagang, 2007).
6.1. Movimentos baseados em dois ou três centros
Movimentos baseados em dois ou três centros ao norte do Zambeze a partir de ca. De 1000 ou
1.100 AD, começando com a tradição Luangwa, que está documentada em olaria.

Pensa-se, que esta migração, pode ter influenciado o mito de fundação dos Maraves, que se
derivam de Uluba, do país de dos Luba, nos planaltos sul da bacia do Congo. Estas migrações
podem ter dado lugar a dinastias na actualzona chewa e makhuwa. Pode ter sido uma zona de
instabilidade com algumas migrações com datas mal conhecidas. Pensa-se, que este movimento
não criou outro corredor Luangwa – Lumbo ou munda-mulambo nyakoko, mas também deixou
alguns fragmentos mais ao sul ( Huffman 2007) .

6.2. Teorias sobre o processo dos movimentos


Alpers, explicou a inter relação entre Lundu e os Zimbas pelo interesse em controlar o comércio
de marfim. Para Newitt, em artigos e na história de Moçambique (1997) Havai mesmo uma
migração renovada de Katanga e zona Luba ( talvez simetricamente com os Jaga e a fundacao do
império Lunda no mesmo periodo) e M. Shoffeleers sugeriu que tudo partiu de centros locais no
vale do rio Xire.

Os Lolo e Loponi no norte de Moçambique no século XVIII tiveram provavelmente outros sub-
centros. (Pikirayi 1993:182) considera a própria intervenção dos portugueses com os seus
chikundas como um centro de movimentações de populações no século XVII, com direito a
tradição de olaria própria ( Mahonje tradition)
7. CONCLUSÃO
Em suma, há muito controvérsia em torno do M’fecane. Por exemplo, em 1988, o professor da
universidade de Rhodes Cobbing apresentou uma nova e polémica hipótese sobre a ascensão do
estado Zulu, que postulava que o M’fecane era um produto próprio construído.

No entanto, a historiadora Elizabeth Elredge contestou a tese de Cobbimg sobre o fundamento de


que o comercio europeu de escravos não era dominante o suficiente na época do M’fecane e que
não teve nenhuma influência.

O M’fecane criou problemas socioeconómicos entre os Bantu. Além de deslocar pessoas, levou a
uma grande perda de homens, gado e terras agrícolas (Okafor it all 1989. Eles posteriormente
afirmaram que a guerra total de Shaka política pela qual crianças e adultos de comunidades
conquistadas foram mortos e suas propriedades queimadas criaram muitos problemas agrícolas
na África Austral. Diante disso, podemos observar que certamente suas campanhas militares criaram
ampla destruição e angustia local.

Uma consequência muito significativa do M’fecane foi que ele esculpiu grande Reino na África
do Sul e até mesmo em partes da África Ocidental e além. De acordo com Okafor et all (1989),
ao longo do período de problemas, comunidades e indivíduos se sentiam inseguros e então
aglomeraram em trono de líderes que pensaram que lhes protegeriam.

Através desta rendição voluntária e apego a guerra, várias comunidades e líderes poderosos
conseguiram construir grandes reinos de várias chefias e comunidades.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONDLANE, Eduardo. Lutar por mocambique. Lisboa, sa da costa editora, 1977.

RIBEIRO, Armando. Antropologia, aspectos culturais do povo changana e problematica


missionaria. Maputo, Paulinas, 1998.

RICHNER, Jurg Emil. The historical development of the concept m’fecane and the writing of
early southern African history from 1820s to 1920.

RITA-FERREIRA, Antonio. Presença luso-asiatica e mutacoes culturais no sul de Mocambique (


até c. 1900). Lisboa, Instituto de investigacao cientifica tropical/junta de investigacoes cientificas
do ultramar, 1992.

SERRA, Cartlos et all. Racismo, etnicidade e poder. Maputo, Livraria Universitaria, 200.

Smith, Linda. Decolonizing methodologies. Research and indigenous peoples. New York, zed
books, 1999.

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