Você está na página 1de 2

Nilton Ussete, 1º ano, licenciatura em História.

Análise crítica do documentário – África uma história rejeitada.

O documentário África – uma história rejeitada, aduz a riqueza e a diversidade das muitas
histórias africanas, remindo o legado histórico e cultural das civilizações africanas, bem como as
marcas das intervenções árabes e europeias nesse continente.

O vídeo reflecte também os mitos que envolvem a construção das muralhas da Grande
Zimbabwe que acabou por dar origem na época ao país do Zimbabwe e a construção das cidades
islâmicas encontradas na costa africana que eram povoadas pela civilização Swahili.

Acreditava-se que o povo africano ali existente não tinha construído tais gigantescas construções
da época, sendo creditado aos homens brancos europeus a lavra das obras, chegou-se até mesmo
a acreditar que a construção do local teria sido obra da Rainha de Sabá, contemporânea do
bíblico Rei Salomão.

No entanto, hoje o complexo de muralhas da Grande Zimbabwe já é considerado como as ruínas


do que teria sido a morada de uma legítima monarquia pertencente a um grande Estado africano
que existiu por volta de do asno 1200. Em 1986 o local foi registrado como patrimônio da
humanidade pela UNESCO.

A película relata também sobre a comercialização do ouro e marfim extraídos do interior da


África, que eram negociados com mercadores da Índia, Arábia e do extremo oriente, o que
vieram a resultar nas construções de grandes cidades e portos comerciais na África Oriental.

Essa amálgama de povos na África acabou por acarretar na cultura e religião dos povos Swahilis.
Pesquisadores europeus encontraram na década de 20 na África Oriental diversas ruínas de
cidades com palácios e mesquitas ricamente decorados, cuja construção foram imediatamente
atribuídas aos árabes. Hoje, já existem teorias que atribuem aos africanos a construção dessas
cidades.

Portanto, diante de tudo que é explicitado no documentário, é possível compreendermos, fatos


e uma realidade desconhecida por muitos, pois os livros que estudamos a tempos atrás e até hoje
em alguns, só nos apresentava uma África de miséria, de fome, de conflitos internos. A África
não é somente pobre, ela possui partes ricas, porém pouco mostrada, fazendo com que os olhos
do senso comum se voltem para a ideia de ser um continente miserável. Trata-se portanto, de um
documentário importante pois contribui para acabarmos com estereótipos que possuímos sobre o
continente africano.

Em súmula, o documentário aborda fragmentos da história africana envoltos em mistérios, cujas


teorias explicativas foram por vezes rejeitados pelo mundo ocidental. A primeira parte do
documentário relata os mitos que envolvem a construção das muralhas do grande Zimbabwe que
deu origem ao país Zimbabué.

A segunda parte do documentário aborda os mitos que envolvem a construção das cidades
islâmicas encontradas na costa africana povoada pela civilização swahili.

Você também pode gostar