Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Nampula
2020
1
Universidade Rovuma
Nampula
2020
2
ÍNDICE
DECLARAÇÃO ........................................................................................................................ 5
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................ 7
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. 8
RESUMO ................................................................................................................................. 14
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 15
DELIMITAÇÃO DO TEMA................................................................................................... 16
JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 16
PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................................... 16
HIPÓTESE............................................................................................................................... 17
OBJECTIVOS.......................................................................................................................... 18
1 Classificação da pesquisa...................................................................................................... 19
Clima ................................................................................................................................ 41
Relevo ............................................................................................................................... 41
Solo ................................................................................................................................... 41
Hidrogeologia ................................................................................................................... 42
Vegetação ......................................................................................................................... 43
Fauna ................................................................................................................................ 43
Infraestruturas ................................................................................................................... 44
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 58
SUGESTÕES ........................................................................................................................... 59
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 61
APÊNDICE .............................................................................................................................. 64
4
ANEXOS ................................................................................................................................. 65
5
DECLARAÇÃO
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do
meu Supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Os meus agradecimentos vão: Á Deus, razão pela qual eu existo. Á Jesus, razão pela qual eu
sou salvo.
Ao meu esposo Jackson Francisco Uaniheque, pelo apoio incondicional, a todos os docentes
da Faculdade de Geociências, do curso de Geografia, (MsC Alice, MsC Gessy, MsC
Majacunene, MsC Alexandre Albino, MsC Tomas Machili, MsC Bonga, MsC Rangelo, MsC
Brito, MsC Artur, PhD Vanito, PhD Bata, PhD Mafavisse, PhD Reginaldo e PhD
Maxombe), agradecimentos especiais vão ao meu supervisor MsC Moniz Caetano pelo apoio
moral e material e pelas orientações para que este trabalho se tornasse uma realidade.
Agradecimentos especiais vão também aos meus colegas de turma (curso de Geografia), e de
serviço, no Conselho Autárquico de Nampula.
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
ÍNDICE DE MAPA
Mapa 1: Mapa do distrito de Mossuril ..................................................................................... 39
10
ÍNDICE DE QUADRO
Quadro 1: Divisão administrativa........................................................................................... 40
11
ÍNDICE DE GRÁFICO
Gráfico 1: Representação da amostra por sexo ....................................................................... 48
Gráfico 2: Representação da amostra por idade...................................................................... 49
Grafico 3: Noção do Conceito de turismo .............................................................................. 50
Gráfico 4: Importância de Turismo para a população ............................................................ 50
Gráfico 5: Melhoria de vida da população pelo turismo ........................................................ 51
Gráfico 6: Geração de emprego .............................................................................................. 55
Gráfico 8: Oportunidade de venda de produtos da comunidade............................................. 56
12
ÍNDICE DE ABREVIATURA
PEDTM- Plano Estratégico do Desenvolvimento do Turismo em Moçambique
RESUMO
A presente monografia discorre sobre: Contribuição socioeconómica do Turismo para a População de Mossuril
- Posto Administrativo de Chocas-Mar. Turismo é uma actividade económica que se relaciona com os demais
sectores no que concerne a sua prática, daí que a pesquisa dispõe-se a analisar a formas como turismo contribui
para o desenvolvimento socioeconómico da comunidade local, principalmente para a população de Chocas-
Mar. A pesquisa sobre análise da contribuição sócio económica do turismo para a população local, quanto aos
objectivos a serem alcançados é uma pesquisa descritiva. A pesquisa quanto à abordagem é pesquisa de
abordagem qualitativa. A amostra participativa foi de 50 inquiridos 7 funcionários do governo do distrito, 43
residentes de Chocas-Mar. Portanto, os resultados da pesquisa revelam que alguns inqueridos trazem opiniões
interessantes em relação a Contribuição socioeconómica do Turismo para a População de Mossuril- Posto
Administrativo de Chocas-Mar, porém, tem-se verificado actividades de grande interesse onde parte dos
mesmos em relação a sensibilização dos munícipes e os operadores turísticos. Mossuril apresenta grandes
potencialidades como Chocas – Mar, Carrusca Mar e Sol, o palácio dos Governadores construido em 1975 para
acomodar os governadores e suas familias, o poço proclamado reliquia histórica a 9 de Maio de 1964 onde os
marinheiros da armada de Vasco de Gama iam buscar água para os descobridores do mundo e a rampa de
escravos trazidos de vários pontos do país em 1857, entre outros recursos que fazem de Mossuril-Chocas-Mar
um dos destinos importantes dentro do nosso país.Depois da colecta e interpertacao dos dados verificou-se que
a actividade turitica contribui directamente para as comunidades locais. As comunidades têm vendido os seus
artesanatos e os pescadores têm vindo a olhar a actividade turística bem porque os turistas tem vindo sempre a
comprar os mariscos. Há tendências de se melhorar um pouco no que diz respeito a gestão dos lucros do turismo
local de Chocas-Mar para criar mais postos de trabalhos e tristificar os edifícios que fazem parte da história
moçambicana que estão clamando pelos maus cuidados, para que haja mais entradas de turistas. Quanto maior
for a entrada de turistas maior serão os lucros.
Palavras-chave: Contributo, Comunidade Local, Actividade Turística, Desenvolvimento,
Socioeconómico, Chocas Mar
14
INTRODUÇÃO
O contributo Socioeconómico da actividade Turística são debates que os países
Desenvolvidos e assim como os países Subdesenvolvidos (Moçambique) tem-se envolvidos
para poder perceber as estratégias que devem ser usadas para poder trazer um crescimento do
turismo local (Mossuril-Chocas-Mar).
Moçambique é um país rico em recursos históricos, que estes bem usados podem
contribuir na economia local e mal usados trazem problemas principalmente para a
comunidades local. Nampula é uma província do norte de Moçambique, deste no tempo
colonial o Mossuril foi um ponto de referência de embarcamento de produtos tais, como o
ouro, o marfim, e os escravos. Por causa das trocas comercias que eram feitas no distrito da
Ilha de Moçambique e no distrito de Mossuril, o distrito em pesquisa (Mossuril) houve
grande desenvolvimento de feitorias que permitiam os portugueses a fazerem as suas trocas
comercias.
Querendo lembrar um pouco da história da Expansão e Penetração Mercantil Europeia, ainda
foi neste distrito onde os escravos eram levados de navio para Índia, América e Asia. Com
grande interesse da autora na valorização dos patrimónios e das novas infrastruturas que o
distrito oferece tornou importante fazer uma pesquisa sobre: O Contributo Socioeconómico
da actividade Turística no distrito de Mossuril: Caso de Chocas-Mar.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
Os levantamentos dos dados nesta pesquisa irão decorrer no distrito de Mossuril na
localidade de Chocas-Mar num período compreendido de 2015 - 2019. A razão da
delimitação é porque desde em 2015 - 2018, verifica-se uma mudança das actividades
turísticas neste distrito de Mossuril principalmente, na localidade de Chocas-Mar.
JUSTIFICATIVA
O distrito de Mossuril é um dos distritos da província de Nampula que tem grande
potencial turístico, por causa dos monumentos históricos que lá se encontram, como a
primeira Igreja Católica de Moçambique, a chamada a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
construída em (1579), que esta localizado no bairro da Cabeceira Grande, o poço de Vasco
Dagama, a primeira Mesquita construído pelos árabes a mais de 600 anos atrás, o palácio dos
governadores ou Palácio do Verão, construído em (1765) as belas praias de Chocas, essas
todas ofertas históricas que o distrito de Mossuril oferece,tornau tao importante estuda-lá.
Tem-se verificado em Moçambique, que a maior parte das instâncias turísticas
existentes no nosso país, possuem ofertas turísticas, que podem contribuir o desenvolvimento
local, da comunidade principalmente no distrito de Mossuril na localidade de Chocas-Mar.
Em todas instâncias turísticas, quando a população local não for enquadrada no planeamento
da actividade, pode haver um descontentamento das comunidades perante aos operadores
turísticos e os turistas.
Este desconforto das comunidades locas, no caso do distrito de Mossuril na localidade
de Chocas-Mar pode haver impactos negativos (marginalidade, fiscalismo ao céu aberto na
praia, violência, destruição do mangal, para a construção de barcos para pesca, preço)
contribuem para o fracasso do desenvolvimento turístico.
PROBLEMATIZAÇÃO
Moçambique é um país que um potencial turístico baseado nos ricos e ainda por
explorar recursos naturais, uma cultura diversificada com um povo hospitaleiro. A
combinação do turismo de praia tropical ao longo da imensa costa, com a vida cosmopolítica
das nossas cidades, a incomparável e rica diversidade de flora e fauna assim como o
magnífico mosaico cultural, oferecem uma plataforma sustentável para um destino turístico
incontestável.
Como um sector de investimento prospectivo, o turismo tem estado a registar avanços
significativos, tendo nos últimos anos (período 1998-2004) respondido com 16% de
aplicações de investimentos totais de Moçambique. Com um investimento total de 1,3 bilhão
USD, o turismo passa a ser o 3º maior sector em investimentos no País. Os principais países
16
HIPÓTESE
Em forma de hipótese a autora da monografia traz duas hipóteses:
OBJECTIVOS
Geral
Específicos
1 Classificação da pesquisa
1.1 Quanto a Natureza da Pesquisa
Quanto aos objectivos, a pesquisa é exploratória. Aquele que na óptica de SILVA &
MENEZES (2001:21), visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a
torná-lo explícito ou a construir hipóteses.
E quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é um estudo de caso, uma vez que
envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos de maneira que se permita o
seu amplo e detalhado conhecimento.
1.4 Universo da pesquisa
De acordo com GIL (2008:91), universo é o conjunto definido de elementos que
possuem determinadas características.
Como amostra desta pesquisa foram inqueridos 48 sujeitos, dos quais (10) operadores
turísticos, responderam o questionário; (23) questionários foram para as comunidade locas,
(5) turistas foram feitos a entrevista; (10) questionários foram submetidos aos funcionários da
Direcção distrital de Cultura e Turismo de Mossuril. Estes são os sujeitos da pesquisa que a
autora da Monografia achou melhor para poder perceber o nível de satisfação das
comunidades locais, quanto ao: Contributo Socioeconómico da actividade Turística no
distrito de Mossuril: Caso de Chocas-Mar, ouvir as intervenções do governo do distrito,
perceber o nível de satisfação dos turistas quanto as ofertas turísticas que o distrito oferece.
melhor compreensão sistémica entre a evolução do turismo e sua relação com o espaço onde
o mesmo se insere.
Dentre as categorias, a que mais se destaca para esta investigação é a estrutura,
considerando-a como a matriz social de uma determinada época. Assim, a estrutura e seus
processos facilitariam o entendimento da evolução do turismo, necessitando, para isso,
analisar os diversos modelos evolutivos do turismo presentes nos estudos de Acerenza
(1995); Cunha (1997); Lickorish e Jenkins (2000); Molina (2003); OMT/Gee e Fayos-Solá
(2003).
Acerenza (1995) apresenta de forma cronológica seis etapas de desenvolvimento do
turismo. O referido autor não as intitula, apenas indica referências temporais em relação as
mesmas. A primeira etapa seria os Antecedentes remotos, que segundo Acerenza (1995) se
caracterizaria pelas viagens realizadas na Antiguidade e na Idade Média.
A segunda etapa teria início a partir do século XVI, cujo advento dar-se-ia com a
expansão marítima e a evolução tecnológica dos meios de transporte, tendo como grande
destaque o já citado Grand Tour.
A terceira etapa teria início a partir de meados do século XIX, caracterizado pelo
surgimento das viagens organizadas, cujo suposto pioneirismo de Thomas Cook se destaca. A
quarta etapa teria início depois da Primeira Guerra Mundial, com a expansão das rodovias e
do transporte aéreo. A quinta etapa teria início depois da Segunda Guerra Mundial, com um
avanço ainda maior do transporte aéreo que passou a ser o principal meio de transporte do
turismo internacional, caracterizando-se também pelo advento do Turismo de Massa e a
ampliação significativa do fluxo turístico internacional.
A sexta etapa é indicada por Acerenza (1995) como as últimas décadas, no qual o
referido autor afirma como diferenciais o planejamento das destinações turísticas, a
diversificação e segmentação do turismo e a busca pelos chamados efeitos multiplicadores do
turismo, almejados pelas destinações turísticas.
Cunha (1997) também afirma que o turismo teve início apenas no século XIX. No
entanto, segundo este autor, as características da evolução registadas ao longo do tempo
possibilitaria a identificação de apenas três etapas do turismo: A Idade Clássica, que teria seu
início junto aos primórdios das civilizações, estendendo-se até a primeira metade do século
XVIII. A segunda etapa seria a Idade Moderna, cujo início teria ocorrido em meados do
século XVIII, tendo esta etapa terminado ao final do século XIX. E a terceira etapa seria a
Idade Contemporânea, que se estenderia ao longo do século XX e se encontraria vigente até
os dias de hoje.
23
Europa, África e na Ásia, graças a uma rudimentar estrutura de transportes que surgia, como
estradas de terra e canais de navegação, além do desenvolvimento de alguns veículos de
transporte. Destacar-se-ia nesta etapa, os gregos com importantes contribuições, além dos
antigos romanos.
A etapa seguinte seria a Idade Média, cujo período se estenderia do século V ao
século XIV, apresentando características diversificadas, atreladas ao declínio do Império
Romano, propiciando dificuldades nas viagens, pelo alto grau de periculosidade e
dificuldade. As viagens de cunho religioso eram crescentes, principalmente a Jerusalém e
Roma. Estas eram estimuladas pelos cristãos e embora tivessem fundamento religioso, eram
também vistas como viagens recreativas e sociais.
Diante dessas ideias dos autores pode se concretizar que o Turismo pode contribuir
para o desenvolvimento duma determinada comunidade local, quando as mesmas actividades
turísticas forem bem valiosas para a comunidade local.
2.3. Turista
Ignarra (2003:25) É aquele que viaja com objectivo de recreação, que pode ser individual ou
colectivo.
Para a OMT, turista é o individuo que realiza viagem turísticas com pernoite , sendo que
aquele que não pernoita é chamado de excursionista, movido por vários fins.
O posicionamento do pesquisador, convergem com a definição citada pela OMT, uma vez
que turista é um viajante por um período igual ou superior a 24 horas para um local diferente
da sua residência, movido por várias razões.
região (em esfera macro ou micro), cada país, cidade, vilarejo ou comunidade possui
características próprias que devem ser consideradas no âmbito do planeamento turístico,
seria ousado afirmar que o turismo sempre é gerador de desenvolvimento local. É pensar em
modificar a situação actual de uma localidade tornando-a aperfeiçoada, melhorada,
aprimorada. Para tanto é preciso compreender o ponto de partida, ou seja, a situação actual da
localidade e traçar os objectivos de desenvolvimento, determinando quais melhorias devem
ser feitas, o que deve ser aprimorado e que estado de desenvolvimento se pretende alcançar
(SCÓTOLO E NETTO 2015;44).
Nessa perspectiva, entende-se que para que haja desenvolvimento local é preciso que haja um
movimento endógeno que descubra e cultive as características potenciais da localidade, como
os factores socioculturais – costumes, tradições, etnia, religião, rituais, celebrações, laços
afectivos e familiares, história e memória, grau de confiança e cooperação entre os atores,
vocação trabalhista e produtiva da população – e factores geográficos – clima, solo, relevo,
hidrografia, fauna e flora, entre outros –, pois são tais características que irão contribuir para
que a economia local se potencialize. Entende-se, ainda, que é imprescindível que os recursos
naturais e culturais locais sejam preservados a fim de tornar o desenvolvimento local
sustentável e, assim, oferecer qualidade de vida à população local.
É de fundamental importância a atenção ao nativo. Não se deve ignorar o ser humano que
vive na região hospedeira e que participa directamente da recepção e do atendimento ao
visitante. A valorização da mão-de-obra local abre espaço para um investimento em
qualidade, com a conscientização acerca do papel representado, por cada um, nesse processo
competitivo. Entendendo o que é o turismo e o que ele representa em termos de renda,
imediata e a médio prazo, para a sua sobrevivência, a população local e, em especial, o
trabalhador sentir-se-á mais integrado ao planeamento e à execução dos programas.
Alternativa que pode fazer desaparecer, com o tempo, características essenciais de uma
comunidade, na medida em que os anfitriões, para atender à demanda turística, seguem,
pouco a pouco, adequando o seu quotidiano às necessidades dos grupos visitantes, a ponto de
perder seus referenciais. E assim, procurando satisfazer o cliente, vai deixando de lado as
suas próprias necessidades ou desejos simbólicos. Enquanto produtor e consumidor do
espaço, o turismo pode ‘mercantilizar’ as culturas locais, tornando-as objecto de consumo,
causando dessa forma danos irreversíveis à identidade da comunidade anfitriã. Daí a
importância de se criar uma harmonia entre as atitudes dos turistas e o comportamento da
população local.
O turismo tem apresentado, nos últimos anos, índices de crescimento extremamente velozes e
significativos nas mais diversas regiões do mundo, proporcionando desenvolvimento
27
Para que se consiga compreender esses impactos é preciso analisar a diferença entre
desenvolvimento (crescimento) económico e desenvolvimento. Segundo Souza (2000, p. 18),
o desenvolvimento económico é, “basicamente, o binómio formado pelo crescimento
económico (mensurável por meio do crescimento do PNB ou do PIB) e pela modernização
tecnológica.
Todas essas e outras potencialidades que o distrito tem são pouco explorados no nível do
turismo, devido a vários factores que concorrem ao fraco aproveitamento dessas
potencialidades desde as próprias vias de acesso, falta infra-estruturas básicas e serviços de
28
apoio ao turismo, falta de recursos humanos capacitados, políticas directas do turismo entre
outros. Este Distrito do Índico oferece ambientes urbanos, costeiros e rurais que com seus
recursos hídricos, naturais e faunísticos configuram a beleza paisagística, alegrando os
olhares de quem a contempla.
Dada a vários problemas proporcionados na maioria deles pela falta de fundos para
investimentos em quase todas as áreas do sector do turismo em Moçambique como infra-
estruturas, vias de acesso, capacitações entre outros, colocam Moçambique numa situação
constrangedora, dentre esses constrangimentos, destacamos 3 principais constrangimentos:
comerciais e a transacção com moedas; porém, se levar-se em consideração que o ser humano
desde tempos ainda muito mais remotos empreendia viagens definitivas ou temporárias, há de
se supor, portanto, que a existência do turismo pode ser muitíssimo mais antiga (BARRETO,
1999).
Ainda acerca dos romanos, pode-se dizer que, os mesmos foram os primeiros a viajar
por prazer, a análise de azulejos, placas, vasos e mapas, revelaram que o povo romano ia à
praia e a centros de rejuvenescimento e tratamento do corpo, buscando sempre divertimento e
relaxamento (SOUTO MAIOR, 1990).
Barreto (2001) ressalta que, do século VII ao IX, os deslocamentos sofreram uma
grande expansão, sendo comuns viagens para a comemoração de festas anuais, especialmente
de povos bárbaros como os ostrogodos, visigodos, vândalos e burgúndios. No entanto, com o
fim do Império Romano, as viagens decresceram, e o surgimento da sociedade feudal trouxe
consigo um sedentarismo decorrente da auto-suficiência dos feudos. Nesse período as viagens
tornaram-se aventuras muito arriscadas, sujeita a assaltos e violências (IGNARRA, 2003).
Acabam-se as viagens como forma de lazer, e na Idade Média, as viagens passam a ter
um cunho cada vez mais religioso. O ecúmeno conhecido pelos seres humanos limita-se
apenas ao velho mundo o norte da África, o Oriente Médio e a Europa. Os dogmas religiosos
sobressaem as iniciativas científicas e explicações racionais. A esse respeito, Badaró (2003)
lembra que, com a expansão do Cristianismo, multiplicam-se as peregrinações religiosas a
Jerusalém, e nessa época os peregrinos eram conhecidos então como “palmeiros” e, a partir
do século VI, com o aumento do fluxo de viajantes a Roma, esses mesmos peregrinos
passaram a ser conhecidos pelo nome de “romeiros”.
Outro importante marco nessa evolução das peregrinações religiosas ao longo da
Idade Média deu-se no século IX, quando foi descoberta a tumba de Santiago de Compostela,
a partir de então, iniciaram-se as primeiras excursões pagas registadas pela história, excursões
estas que contavam com líderes de equipas que conheciam os principais pontos do caminho,
organizavam o grupo e estipulavam as regras de horário, alimentação e orações de suas
equipes (BARRETO, 2001).
Três séculos mais tarde (no século XII), um monge chamado Aymeric Picaud,
organizou um roteiro completo de viagem indicando o caminho a partir da França até a tumba
de Santiago de Compostela, sendo esse documento, conhecido como o primeiro guia turístico
impresso da história (BARRETO, 2001).
“A viagem sempre foi uma acção que se origina de um contexto dentro do qual está
inserida a sociedade em um determinado momento histórico. Representa um dos
30
Na era dos grandes impérios, as viagens com fins de negócios, assim como com fins
de prazer, tinham grande importância.
De acordo com Montejano (2001, p.87), foram as “grandes expedições marítimas”
realizadas desde o final do século XIV até o século XVI, que ampliaram o horizonte
da época (descobrimento da América, descobrimentos de novas zonas da África e
Ásia) e despertaram a curiosidade por conhecer povos e lugares, dando origem a uma
nova era na história das viagens.
Como refere Neto (2013), baseando-se em dados da OMT (2012), o Mundo obteve
um crescimento de 266 milhões de turistas na década 2000-2010, cerca de 40% em relação à
última década e 116% nos últimos 20 anos. A Europa cresceu no período 2000-2010 cerca de
90 milhões de turistas, ou seja, 23% em relação aos últimos 10 anos. Como todos os países
31
Existem, nas narrativas que buscam resgatar a História do Turismo, alguns factores
aceitos como padrão e marcos histórico no desenvolvimento do fenómeno. Destacam-se aqui
três deles: O Grand Tour, as peregrinações durante a Idade Média e a figura de Thomas
Cook.
As peregrinações na Era Medieval estavam distantes do conceito de viagem por lazer,
já que “o peregrino não escolhia o itinerário nem a durabilidade de seu périplo. Ele estava
totalmente exposto às dificuldades e às intempéries do caminho a ser percorrido” (BARBOSA,
2002, p. 24).
O período da Idade Média é mencionado pelos autores aqui trabalhados como um
período de retracção dos deslocamentos, ainda que não total, já que havia peregrinos que
34
viajavam em grupo. A respeito do carácter grupal que esses deslocamentos assumem, Boyer
(2003, p. 70) diz que as peregrinações e cruzadas:
[...] foram migrações colectivas originais, pois não eram provocadas nem pelo medo
(da fome ou de invasores), nem pelo lucro; elas só esperavam uma recompensa no
além, desde que consiga atingir o objectivo que é um lugar sagrado [...] para o
peregrino que chegou ao lugar sagrado, o passado se torna presente: ele revive a
Crucificação, a Hégira, tal milagre do santo. A dificuldade da caminhada tem, por si
só, um valor redentor.
2.9. Renascimento
A etapa evolutiva do turismo, definida como Renascimento (OMT, 2003), apresentava
como principais características a busca pelo conhecimento como um dos principais
motivadores das viagens. Em geral eram realizadas por jovens da sociedade ou por pessoas
desejosas por obter novos conhecimentos e experiências. No entanto, as características
fundamentais desta etapa não foram constatadas no Rio de Janeiro, no período englobado
pela etapa evolutiva do Renascimento.
Durante os séculos XVI, XVII e XVIII o fluxo de pessoas que chegava ao Rio de
Janeiro proveniente do continente europeu, decorrentes dos processos institucionalizados ou
não pela metrópole portuguesa visando a ocupar, explorar e defender sua colónia, era em sua
maioria de imigrantes. Estes, em parte, vinham em carácter definitivo, fixando residência,
exercendo alguma actividade e constituindo família. Mas um grande número se deslocava
para o Brasil e para o Rio de Janeiro, pensando em acumular o máximo de riqueza possível e
retornar para Europa.
Durante os três séculos do período colonial os deslocamentos internos em direcção
ao Rio de Janeiro eram poucos e expostos ao risco. O modelo de ocupação
implantado no processo de colonização não propiciou ligações e acessos entre as
várias áreas ocupadas e os pontos estratégicos de colonização, como o Rio de
Janeiro, tornado os deslocamentos perigosos e desconfortáveis e praticamente sem
infra-estrutura de apoio ao viajante. (MACHADO, 2013, P.8).
A terceira etapa seria a do Renascimento e teria vigorado do século XIV ao século
XVIII, tendo nesta etapa o conhecimento como o grande motivador das viagens. Teve como
grande expressão o Grand Tour, caracterizado, conforme já destacamos, por viagens pela
Europa, realizada por jovens da sociedade, desejosos por obter novos conhecimentos e
experiências, sendo visto como o coroamento da realização educacional e cultural das classes
privilegiadas, visitando ruínas e sítios históricos, bem como para estudar arte, arquitectura,
geografia, história e economia.
A quarta etapa seria a Revolução Industrial, estendendo-se entre os séculos XVIII e
XIX, período de profundas mudanças económicas e sociais. A ascensão de uma nova classe
de trabalhadores urbanos apresentava maior tempo livre, recursos e o desejo por viagens
recreativas, e teria propiciado o declínio do grand tour e o crescimento das viagens de lazer.
35
Estas foram facilitadas pelas férias anuais, pela tecnologia vinculada aos transportes e aos
problemas urbanos, que teriam estimulado as pessoas, sobretudo os moradores da cidade a
viajarem.
A quinta etapa teria sido a do Turismo Moderno, cujo início teria ocorrido no século
XX, estendendo-se aos dias atuais. A grande evolução tecnológica atrelada a uma
combinação de desejo, mobilidade, acessibilidade, renda e crédito teria possibilitado uma
nova etapa para o turismo que, segundo Gee e Fayos-Solá (2003, p. 23), teria-se desenvolvido
e consolidado ao longo do século XX, caracterizada pelos grandes fluxos turísticos
internacionais e domésticos, propiciado, entre outras coisas, pela ampliação da tecnologia de
transportes, das telecomunicações e da construção civil, motivando o aumento das viagens, o
advento do turismo de massa e a segmentação da actividade turística.
2.10. Impactos positivos
Turismo de Praia
Turismo Cultural
Turismo religioso
Turismo desportivo
38
Mussa Orrila, que na língua Emacua significa “desapareceu no poço”, esta versão surgiu na
sequencia do cidadão português ter perguntado aos demais residentes locais que estava a tirar
agua no poço tendo-lhe respondido “MussaOrrila” que significa Mussa desapareceu.
Historicamente foi neste poço que os marinheiros de Vasco da Gama, iam buscar água para
os descobridores do mundo.
A superfície do distrito é de 3.393 km2 e a sua população está estimada em 131 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 38,7
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 147 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1.1,
isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. Com uma
população jovem (43%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 94% (por
cada 100 pessoas do sexo feminino existem 94 do masculino) e uma taxa de urbanização do
distrito é de 18%, concentrada na Vila de Mossuril.
Quadro 1: Divisão administrativa
Distrito Posto Administrativo Localidades
Chocas Mar
Sede Namitatar
Sede
Lunga Nacucha
Mossuril Chicoma-Sede
Ampita
Matibane Lunga-Sede
Vida Nova
volta aos valores entre 800 e 1000 mm, embora a evapotranspiração potencial seja superior
aos 1500 mm e a temperatura em regra superior a 24ºC. As planícies costeiras na região são
dissecadas por alguns rios que sobem da costa para o interior, gradualmente passando para
um relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona sub-planáltica
de transição para a zona litoral. Esta zona corresponde à área costeira da província.
Clima
A região compreendida pela faixa costeira apresenta um clima do tipo sub-húmido
seco, onde a precipitação média anual varia entre 800 e 1000 mm (Mossuril) e, a temperatura
média durante o período de crescimento das culturas excede os 25ºC (24 a 26ºC). A
evapotranspiração potencial é da ordem dos 1400 a 1600 mm.
O norte de Nampula (Memba) apresenta valores médios anuais de precipitação mais
baixos, entre os 600 e 800 mm. A baixa pluviosidade associada à temperatura elevada resulta
numa deficiência de água crítica para a produção agrícola através da ocorrência de secas
frequentes e subperíodos secos durante o período de crescimento. Mais para sul e em
direcção á região costeira do norte da Zambézia, incluindo os distritos costeiros de Angoche e
Moma na província de Nampula, a precipitação média anual volta aos valores entre 800 e
1000 mm, embora a evapotranspiração potencial seja superior aos 1500 mm e a temperatura
em regra superior a 24ºC.
Relevo
As planícies costeiras na região são dissecadas por alguns rios que sobem da costa
para o interior, gradualmente passando para um relevo mais dissecado com encostas mais
declivosas intermédias, da zona subplanáltica de transição para a zona litoral. Esta zona
corresponde à área costeira da província.
Solo
No interior do Distrito de Mossuril predominam solos argilosos vermelhos (cerca de
40% da área total do distrito) resultantes de 3 associação de solos (VG+CG; VG+KA+CA; e
VG+KM+CA), seguindo-se os solos de mananga com cobertura arenosa (20% em associação
M+A), solos pouco profundos sobre rocha não calcária (15%, solos WP) e os solos líticos
(10%, em associação I+KM). As restantes tipologias de solos, solos arenosos (AA), solos
basálticos (BP), solos de sedimentos marinhos estuarinos (FE), solos de aluviões (FS), solos
de dunas costeiras (DC), solos derivados de grés vermelhos (G) e solos de coluviões
(C+KAg) ocorrem em cerca de 15% da área do distrito.
Na zona costeira, a Norte do distrito, os solos são constituídos por dunas costeiras
(DC), solos pouco profundos sobre rocha não calcária (WP) e solos de mananga com
41
cobertura arenosa (M), solos esse, em geral, com fertilidade baixa. Ocorrem ainda solos
argilosos vermelhos derivados de rochas calcárias (WV) com boa fertilidade. Por outro lado,
a Sul do distrito, para além de solos de dunas costeiras e de solos de mananga, ocorrem na
zona litoral, solos de sedimentos marinhos estuarinos (FE) e solos arenosos amarelados (AA).
Estes solos apresentam fertilidade baixa.
Os solos aluvionares (FS) ocorrem ao longo dos principais rios, em particular, ao
longo do Rio Monapo e de linhas de drenagem. Esses solos têm alta fertilidade. Na zona
interior do distrito predominam solos argilosos vermelhos (VG), cuja fertilidade, em geral, é
boa. Ocorrem ainda, solos líticos (I) com baixa fertilidade e solos basálticos pretos (BP) com
fertilidade moderada.
3.4 Aspectos Hidrológicos
3.4.1 Recursos hídricos superficiais
Os principais rios de primeira ordem (que desaguam no Oceano), que atravessam o
Distrito de Mossuril são os que se seguem: Macutucha, Mapane, Mepui, Monapo, Moquito,
Motomonho, Mualala, Mucoco, Muecula, Muticuite e Naconha.
Por outro lado, os principais rios de segunda ordem (ou seja, que desaguam num rio
de primeira ordem) que atravessam o distrito são o Metacuse e o Muimite. Com excepção do
Rio Monapo, os restantes rios que atravessam o distrito apresentam regime sazonal, ou seja,
têm água corrente apenas durante a estação das chuvas. De acordo com as autoridades
distritais tem-se verificado alguma intrusão salina em alguns rios, que no entanto não foram
especificados.
Hidrogeologia
Em termos de hidrogeologia, as formações aquíferas do Distrito de Mossuril são, em
geral, pouco produtivas, descontínuas e de extensão limitada, embora as águas sejam de boa
qualidade. Na zona litoral os aquíferos são, maioritariamente, de produtividade limitada
(aquíferos do tipo C1, ver) constituídos a partir de depósitos de materiais finos (areias e
argilas, de origem marinha ou eólica), intercalados por materiais mais consolidados (grés e
margas) de produtividade ainda mais limitada (Tipo C2).
Ocorrem ainda, na zona litoral, aquíferos do Domínio A (Tipo A3). Estes aquíferos
são, em geral, mais produtivos que os do Domínio C apresentando um caudal médio
compreendido entre 3 e 10 m3/h. O problema principal diz respeito à salinidade dos aquíferos
ou ao alto risco de intrusão de água do mar que pode ocorrer em resultado de sobre
42
exploração dos furos. De acordo com as autoridades distritais, esta situação já é notável na
Vila de Mossuril. Uma eventual subida das águas do mar pode igualmente afectar a qualidade
destas reservas de água.
Na zona interior do distrito (mais montanhosa e com formações rochosas mais
antigas), para além dos aquíferos do Tipo C1 e C2, ocorrem ainda, pontualmente, aquíferos
do Tipo C3. Este tipo de aquífero possui disponibilidade de água subterrânea muito limitada,
de ocorrência esporádica, podendo mesmo não dispor de reservas de água.
Em geral, o aparecimento de água subterrânea nessas zonas encontra-se relacionado
com a ocorrência de nascentes. As zonas de falhas e cones de vertentes podem constituir uma
excepção e, corresponder a zonas mais produtivas.
Vegetação
No que respeita às características da vegetação, quase por todo o Distrito, desde o
Muambe ao limite com Quixaxe, no vizinho Distrito de Mongicual, a vegetação é constituída
de mata, onde se podem desenvolver, ainda, outros arbustos e ervas. A floresta está situada
1
nas Localidades de Vida-Nova, Ampita, Cruce e Namitatar, nos Postos Administr ativos de
Lunga, Matibane e Sede, onde podem ser encontradas variadas espécies de plantas e de
animais. Existem, ainda, árvores de médio e de grandes portes, das quais se destacam o
Jambire, Chanfuta, Umbila, Pau-Ferro, Messige e outras variedades com valor comercial.
Fauna
Existe fauna residual composta por animais de pequeno porte em quase todo o
Distrito, tais como, gazelas, cudos, impalas, porcos, coelhos, macacos, entre outros.
Meio ambiente
A situação ambiental é preocupante, em face da evolução progressiva de erosão do
solo, concretamente na Chocas Mar, do abate indiscriminado do mangal, das queimadas
descontroladas, da destruição de corais, entre outros atentados contra a natureza.
Recursos Minerais
Os principais recursos minerais do Distrito são as pedras calcárias e marinhas,
geralmente usadas para o fabrico de cal. As primeiras encontram-se, com maior incidência,
na zona de Namitatar a Sanhote. Existe uma predominância de jazigos de água mineral em
Saua-Saua na Sede do Distrito e na Serra de Matibane no Posto Administrativo de Matibane.
1
Fonte: Perfil do distrito de Mossuril, 2014
43
2
Fonte: Perfil do distrito de Mussoril, 2014, p. 48.
46
época colonial, a dança e música tradicional, gastronomia local e locais históricos devem ser
preservadas e desenvolvidas, implicando a necessidade de priorização das actividades de
pesquisa e de revitalização da cultura tradicional.
Mossuril é um dos distritos mais antigo de Moçambique, a sua história é marcada pela
presença árabe, e durante o tempo colonial, pela actuação das Companhias Magestaticas, que
implementavam o trabalho forçado e o mussoco ou imposto de palhota (Pereira, sem data).
Mussuril é um distrito 0da província de Nampula que é representado pelos Swaihilis da costa
(Namarrais), aliados ao Sultanato de Angoche e outros Xeicados da costa, liderava o
comércio de escravos em troca de armas, pólvora e outros produtos, mesmo após abolição da
escravatura pelos portugueses (Martins,2011).
Isto sugere que o traje tradicional passe a ser um elemento importante a usar no
produto, principalmente para o segmento do mercado externo do turismo cultural. Mas
também, estes recursos apresentam um potencial para o grupo de interesse especial e turismo
doméstico/educação.
3.9. Estratégia do Turismo do Distrito de Mossuril
Para uma estratégia realista é necessária uma percepção clara do potencial turístico
que o Distrito de Mossuril possui, assim como o ambiente em que a Indústria do Turismo se
encontra inserida. Assim, o quadro abaixo apresenta uma descrição sumária do diagnóstico
3
SWOT que permite abordar os vários desafios que o sector deverá enfrentar nos próximos
anos.
3
O termo diagnostico SWOT tem haver com analise fofa
47
28%
Masculino
Feminino
72%
No gráfico acima representado, observa – se que maior número de pessoas entrevistadas são
homens com 74% e 26% da população representada por mulheres.
48
18%
18 - 39 anos
40 -60 anos
82%
6%
Tem noção
Não tem noção
94%
6%
Tem noção
Não tem noção
94%
36%
Sim
64% Não
O governo também tem vindo a contribuir no que diz respeito as unidades sanitárias que os
mesmos têm vindo a contribuir.
Das respostas dadas pelos inqueridos, 40 pessoas afirmaram que o turismo tem gerado
emprego e as actividades de artesanal e a pesca tem sido as actividades que são mais bem-
vinda pela comunidade local, e apenas 10 pessoas que afirmaram que o turismo não gera
emprego. Fazendo a representação gráfica dos números colhidos temos.
Ilustração 2: Reabilitação da primeira Igreja da Africa Austral-Chocas Mar, pelos pedreiros
local.
10%
Actividade turistica contibue para
a economia local
Das 50 pessoas questionadas 40 responderam que sim e 10 responderam que não, segue – se
a representação gráfica dos resultados por percentagem.
20%
sim
não
80%
CONCLUSÃO
A actividade turística em Chocas Mar, desempenha um papel interessante no
desenvolvimento económico da comunidade local, o intercâmbio entre a população local e os
turistas é uma evidência que mostra claramente o desenvolvimento cultural entre os dois
grupos. Portanto, nota-se que há muitas manifestações culturais são revivificadas com a
presença dos turistas e pelo desejo de eles quererem conhecer essas heranças históricas.
O contributo da actividade turística no distrito de Mossuril em Chocas mar merece destaque,
porque caracteriza uma fase de crescimento em termos de rendas geradas pelo turismo com
enorme impacto sobre áreas rurais, especialmente aqueles detentores de considerável acervo
cultural.
Portanto, o turismo divulga o Património Cultural, e faz com que o mesmo seja conhecido
garantindo de certo modo o desenvolvimento socioeconómico da comunidade. Isto conduz à
necessidade de buscar alternativas de gestão do território que compatibilizem o crescimento
económico, considerando ser a actividade turística, hoje, um dos maiores impulsionadores
desse crescimento com a preservação dos valores culturais.
Portanto, alguns residentes deixam grandes contribuições em relação a importância desta
actividade para a comunidade local, valorizando o mesmo como fonte de informação
mostram responsabilidade de mantê-las para as novas gerações, como a forma de manter viva
a identidade cultural e de servir como cartão-de-visita para os turistas.
O contributo da actividade turística por parte da população residente por lá inquirida dos que
responderam maior parte deles referem que actividade turística é uma das fontes de resolução
dos problemas da população não só, este processo serve como um meio de intercâmbio
cultural.
58
SUGESTÕES
Depois do estudo levantado recomenda-se soltar certas sugestões sobre o tema aprofundado
“Contribuição socioeconómica do Turismo para População do distrito de Mossuril- Posto
Administrativo de Chocas mar, respectivamente:
Expandir a possibilidade de melhoria das condições de vida da população local, por meio
de serviços básicos até então inexistentes;
Pro pôr soluções como: aumento de edifícios que permitam aos turistas pernoitar com
maior segurança;
Perante esta hipótese não constitui verdadeira, porque segundo os dados obtidos por
intermédio do método de observação directa verificou-se que as comunidades locais tem-se
beneficiado das actividades turísticas. No que diz respeito a comercialização do peixe e dos
artesanatos que as proarias comunidades têm feito para vender aos turistas.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, J.V. Turismo: Fundamentos e Dimensões. 6. ed. São Paulo: Ática, 1999.
Fontes orais
GIL, António Carlos. Como elaborar um projecto de pesquisa. 4. Ed, são Paulo, Atlas. 2002.
São Paulo: Chronos, 2002. Tradução de: An introduction to tourism & antropology. SENAC. 2003
SILVA, Tomaz Tadeu , Quem precisa de identidade? In: (org.). Identidade e diferença: a
perspectiva dos estudos culturais. 2 ed. Petrópolis - RJ: Vozes, 2000. Thompson Pioneira, 2002
SOUZA, Marise Campos de; BASTOS, Rossano Lopes; GALLO, Haroldo. Património: 9ª
edição, Actualizando o Debate., 2006.
Traduzido por: Heloísa Pezza Cintrão e Ana Regina Lessa. 4ed. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2003.
63
APÊNDICE
64
ANEXOS