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A EXPLORAÇÃO DO TURISMO ANIMAL NO BRASIL E NO MUNDO

Estima-se que até 550 mil animais silvestres sejam mantidos em cativeiro para serem
explorados pela indústria de turismo. Esse comércio, que movimenta bilhões de dólares todos os anos,
retira animais de seus ambientes naturais e impulsiona a criação em cativeiro para fins meramente
comerciais
O turismo ético e o desenvolvimento sustentável têm como objetivo não causar impactos
negativos ao meio ambiente, e logicamente aos animais, que fazem parte integrante do meio ambiente.
Estamos caminhando para a construção de uma sociedade sustentável e isso não é
somente, em planejamentos urbanos e sustentabilidade ecológica, significa respeitarmos seres que fazem
parte da natureza, ou seja, não apenas os seres humanos, mas também, os animais. Ainda hoje animais
são usados e explorados pelo turismo e depende de nós que isso tenha um fim! A escolha nos cabe: se
vamos aceitar ou não esse mercado cruel com os animais (não é mais admissível que camelos, elefantes,
burros e cavalos sejam utilizados para transporte e atividades com sobrepeso de humanos ou malas).
Focas, golfinhos e baleias orca são animais selvagens e não deveriam ser explorados
para fonte de renda de parques. Esses animais são retirados de seus habitats e de suas mães, ainda
filhotes, para fazerem ‘shows’ nesses locais.
De acordo com dados da organização Proteção Animal Mundial, as atrações turísticas
que oferecem interações com animais silvestres são responsáveis por quase 40% de todo o turismo
globalmente. Esses animais são mantidos em cativeiros, usados como acessórios para fotos, montados ou
explorados em shows.

Exemplo de uso de animais para apresentações e turismo

 Em Santorini, na Grécia, por exemplo, burros são obrigados a carregar malas de turistas pelas ruas
íngremes;
 Na Tailândia, turistas andam em elefantes;
 Em Nova York, cavalos puxam charretes enquanto os visitantes desfrutam do cenário da cidade;
 Na Indonésia, é comum apresentações de macacos aos turistas. Acorrentados pelo pescoço e
fantasiados, eles são treinados e explorados para pedirem dinheiro aos turistas;
 No Brasil, existem os passeios de Dromedários (Natal/RN), passeios com Pôneis nas praias (Rio de
Janeiro/RJ), nadar com Botos (Pará e Amazônia), tirar selfies, montado, em Jacarés (Pantanal)..

Dicas para um turismo ético com animais

 Os animais silvestres devem estar livres na natureza sempre, e nunca presos em cativeiro, gaiolas
ou acorrentados;
 Não tire selfies com animais silvestres;
 Animais silvestres não são usados em shows;
 Não toque ou abrace os animais silvestres, e mantenha sempre uma distância mínima e segura;
 Não ofereça alimentos aos animais silvestres, principalmente com a intenção de atraí-los;
 Atividades prévias de educação ambiental devem ser oferecidas para preparar o turista para a
experiência, garantindo visitas calmas e silenciosas;
 O passeio não pode causar impactos negativos aos ambientes naturais;
 Reclame com o operador de turismo e denuncie às autoridades públicas a respeito de questões de
bem-estar de animais silvestres em atrações turísticas.

Não podemos mais achar que os animais são meros “bens ambientais” a nosso dispor.
Os Direitos Animais vêm de um direito natural decorrente da própria existência e capacidade da consciência
e sentimentos. Os animais têm Direitos morais básicos: à vida, à liberdade, integridade física e psíquica.

MIGUEL COSTA NUNES


CIÊNCIAS – 6° ANO - MANHÃ
Referências

Conexão Planeta (https://conexaoplaneta.com.br)


Proteção Animal Mundial (https://www.worldanimalprotection.org.br)
Alianima (https://alianima.org)
Viajar Verde (https://viajarverde.com.br)
Brasileiras pelo Mundo (https://www.brasileiraspelomundo.com)
Sea Shepherd (https://seashepherd.org.br)
Experiência Barbara (https://experienciabarbara.com.br)
Carpe Mundi (https://www.carpemundi.com.br)

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