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AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. iv
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... v
LISTA DE TABELAS............................................................................................................... vi
RESUMO...................................................................................................................................vii
1.1.Tema ..................................................................................................................................... 4
1.3. Problematização................................................................................................................... 4
1.3.1.Limites ............................................................................................................................... 5
2. Conceitos básicos.................................................................................................................... 8
2.2. Importância do Mapa nas Aulas de Ciências Sociais no Ensino Primário ........................ 12
3.3.3.Método Bibliográfico....................................................................................................... 16
3.5.1.Observação directa........................................................................................................... 16
3.5.2.Entrevista ......................................................................................................................... 16
3.5.3.questionário...................................................................................................................... 17
3.5.4.Formulário ....................................................................................................................... 17
3.5.5.Maquina fotográfica......................................................................................................... 17
3.6.População e Amostra .......................................................................................................... 17
4.2. Entrevista dirigida aos alunos da Escola Primaria Completa de Chirungusse .................. 19
4.3.1.Descrição dos dados recolhidos com diferentes pessoas envolvidas no trabalho ........... 21
4.5.1 Discrição dos dados do inquérito dirigido aos membros da escola ................................. 22
Apêndices .................................................................................................................................. ix
DECLARAÇÃO DE HONRA
Louzada Rúben Mbanze declaro por minha honra que esta monografia científica é resultado
da minha investigação pessoal e da orientação do meu supervisor, e o seu conteúdo é original
e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e nas
referências bibliográficas.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
___________________________________
iii
AGRADECIMENTOS
Endereço os meus agradecimentos Universidade Católica de Moçambique pela oportunidade
que me deu em frequentar. Os agradecimentos vão para o meu supervisor dr Victor Luciano,
pela paciência em fazer Cassimiro Lucas Mussope e Zadmiro de Louzada C.L Mussope pelo
apoio incondicional tornar a realidade deste trabalho, os mesmos são extensivos para
Constantino dos Santos Alfredo, meus filhos na companhia de Loimiro de Louzada os
agradecimentos vão para os docentes do Curso de Geografia que tanto fizeram para eu chegar
neste lugar e igualmente aos meus colegas do curso de todos os tempos que foi um verdadeiro
vector e fonte de inspiração na cavalgada estudantil que em todas as quedas sempre estiveram
presente para me apoiar a se levantar, foram uma verdadeira bengala.
iv
DEDICATÓRIA
A presente Monografia, dedico em especial minha mãe Helena Sabonete, pela força e apoio
que sempre me proporcionava, nos seus ensinamentos, seus conselhos ao longo do meu
percurso profissional e académico.
v
LISTA DE TABELAS
Tabela no 1: Distribuição dos participantes na pesquisa………………………………………19
vi
RESUMO
Este trabalho tem como tema: Importância do mapa nas aulas de Ciências Socias - Escola
Primária de Chirungusse (2019-2021) O tema traz uma discussão sobre a importância do
mapa geográficos, tendo como referência a fase escolar correspondente. Essa temática foi
escolhida a partir da afinidade com este conteúdo, que por sua vez desde meus primeiros
passos escolares possuía um olhar diferenciado para com as representações cartográficas.
Dentre os objetivos, pode-se citar Identificar os factores que influenciam na fraca utilização
de mapas nas aulas de Ciências Sociais; Descrever a importância do uso de mapas nas aulas
de Ciências Sociais e Propor estratégias para implicação do não uso de mapa nas aulas de
Ciências Sociais na Escola Primaria Completa de Chirungusse. É importante o uso do mapa
no cotidiano das aulas de geografia, para auxiliar análises e desenvolver habilidades de
observação, manuseio, reprodução, interpretação, correção e construção de mapas. Os alunos
podem ter a oportunidade de construir seus mapas, suas representações de realidades
estudadas, aplicando operações mentais já desenvolvidas. O percurso metodológico foi
embasado em referências bibliográficas e realização de uma pesquisa de campo. Como
resultados alcançados, podemos destacar que os alunos consideram importante a utilização de
mapas no ensino da Geografia e reconhece que o professor tem um papel fundamental nesse
processo de ensino-aprendizagem. De modo geral, os capítulos apresentam uma ampla
discussão sobre a importância da utilização do ensino da Cartografia em um contexto escolar,
mostrando produtos relacionados a sua origem até os dias atuais, por meio de uma exposição
dos fundamentos teóricos de diversos autores e da visão de quem está dia após dia na prática
educacional, ou seja, os alunos e professores.
Palavras-chaves: Cartografia; Mapas; importância; Ensino-aprendizagem.
vii
ABSTRACT
This work has as its theme: Importance of the map in Social Sciences classes - Chirungusse
Primary School (2019-2021) The theme brings a discussion about the importance of the
geographic map, having as reference the corresponding. school phase This theme was chosen
from affinity with this content, which in turn, since my first school steps, had a different look
towards cartographic representations. Among the objectives, it can be mentioned Identifying
the factors that influence the poor use of maps in Social Sciences classes; To describe the
importance of using maps in Social Sciences classes and to propose strategies to implicate the
non-use of maps in Social Sciences classes at Escola Primaria Complete de Chirungusse. It is
important to use the map in the daily life of geography classes, to help analyzes and develop
skills in observation, handling, reproduction, interpretation, correction and construction of
maps. Students may have the opportunity to build their maps, their representations of studied
realities, applying previously developed mental operations. The methodological path was
based on bibliographical references and a field research. As results achieved, we can highlight
that students consider the use of maps important in teaching Geography and recognize that the
teacher has a fundamental role in this teaching- learning process. In general, the chapters
present a wide discussion about the importance of using Cartography teaching in a school
context, showing products related to its origin until the present day, through an exposition of
the theoretical foundations of several authors and the vision of who is day after day in
educational practice, that is, students and teachers.
Keywords: Cartography; Maps; importance; Teaching- learning.
viii
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma monografia intitulado Importância do mapa nas aulas de
Ciências Socias - Escola Primária de Chirungusse (2019-2021) Este trabalho tem como
objectivo geral: Avaliar a importância do estudo de mapa nas aulas de Ciências Sociais. A
autor traçou alguns objectivos específicos sendo como: Identificar os factores que influenciam
na fraca utilização de mapas nas aulas de Ciências Sociais; Descrever a importância do uso de
mapas nas aulas de Ciências Sociais e Propor estratégias para implicação do não uso de mapa
nas aulas de Ciências Sociais na Escola Primaria Completa de Chirungusse.
Esta pesquisa é importante porque vai ajudar, aos vários leitores, aos profissionais de
educação, de qualquer disciplina curricular e níveis de ensino público e privado, aos técnicos
de supervisão académica, pedagógicas, gestores das escolas, directores de classes, delegados
de disciplinas, coordenadores das áreas de disciplinas e todos aqueles que pretendem a
formação pisco-pedagógica em vários níveis, de forma que esses possam conhecer ou
operacionalizar os materiais adequados que se deve usar no ensino aprendizagem de
Geografia com vista a melhorar as suas práticas e consequentemente terem bons resultados.
Um dos problemas que tem - se verificado na actualidade em particular nas escolas na área de
ciências sociais em particular na escola primária de Chirungusse, tem sido a incapacidade de
localizar o mapa de Moçambique no continente africano e a província do Niassa no mapa de
Moçambique constitui um problema sobretudo quando o aluno está terminando o último ano
do terceiro ciclo do ensino básico analisado sob ponto de vista aos objectivos e competências
que o aluno deve adquirir no fim dos três ciclos do ensino primário.
O trabalho tem seis capítulos, a saber: Capitulo I˸ Introdução, Capitulo II˸ Marco teórico, ou
seja, a revisão da literatura, na qual neste capitulo são feitas referências de literaturas que
abordam sobre o tema em epígrafe como forma de dar suporte teórico ao estudo e Capitulo III
metodologia de Pesquisa, capitulo IV analise e interpretação dos dados, capitulo V discussão
dos resultados e por fim capitulo VI conclusão e recomendações.
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1.1.Tema
A Importância do Mapa nas aulas de Ciências Sócias caso Escola Primaria Completa de
Chirungusse (2019-2021).
1.3. Problematização
Para os professores desta escola de Chirungusse, o uso dos mapas geográficos nas aulas de
Ciencias Sociais parece não ser um meio necessário no processo de ensino de alguns
conteúdos previstos. O fenómeno em causa, tem reflectido negativamente na aprendizagem
dos alunos daquela escola, pois muitos dos alunos enfrentam dificuldades no domínio da
localização geográfica de alguns pontos do país.
Diante disto tem - se notado por parte dos alunos uma incapacidade de localizar o mapa de
Moçambique no continente africano e a província do Niassa no mapa de Moçambique
constitui um problema sobretudo quando o aluno está terminando o último ano do terceiro
ciclo do ensino básico analisado sob ponto de vista dos objectivos e competências que o aluno
deve adquirir no fim dos três ciclos do ensino primário.
Não posso deixar de lago que diferentes disciplinas que compõem a estrutura curricular,
insere a disciplina de Geografia nas ciências sociais, nesta ordem de ideia é sabido que, o
ensino de Geografia visa desenvolver capacidades para “conhecer e localizar os aspectos
físico-geográficos e económicos do país, do continente e do mundo. Na Escola Primária
Completa de Chirungusse, os alunos não tem adquirido algumas competências em particular
quando se trata, de localização geográfica como alguns fenómenos decorrentes na sua
província, país e mundo.
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1.3. Delimitação do Tema
A pesquisa será desenvolvida Escola Primária de Chirungusse no período compreendido entre
(2019-2021), que se localiza no Distrito de Cuamba.
1.3.1.Limites
O Distrito de Cuamba faz limite ao Norte com o rio Ntipuehi que atravessa a linha férrea
seguindo a linha convencional ate ao rio Johomo. Ao Sul limita–se com os rios Namutimbua
e Mandimba; em direccao ao posto Administrativo de Etatara. A Leste com o rio Muamda e
a quarta passagem de nível ao rio Namparacoma na estrada Nacional no 13 para Nampula e a
Oeste com o rio Nincare, na estrada Nacional no 13 para Mandimba.
1.5. Objectivos
Os objectivos de pesquisa são osresultados que precisam ser alcançados para a construção
de toda uma demonstração.Aliás, toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber
o que se vai procurar e o que se pretende alcançar (Lakatos e Marconi, 2003, p.156).
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1.5.1. Objectivo Geral
Avaliar a importância do udo de mapa nas aulas de Ciências Sociais.
Propor estratégias para implicação do não uso de mapa nas aulas de Ciências Sociais
na Escola Primaria Completa de Chirungusse.
1.Quais são os factores que influenciam na fraca utilização de mapas nas aulas de Ciências
Sociais?
2. Será que os professores de Ciências Sociais tem noção da importância do uso de mapas nas
aulas de Ciências Sociais?
3. Será que existe algumas estratégias para implementação do não uso de mapa nas aulas de
Ciências Sociais na Escola Primaria Completa de Chirungusse.
1.2. Justificativa
Como professora trabalhamos na Escola Primária Completa de Chirungusse no período de
2015 à 2020, portanto, num período de 5 anos. Mas de 2017 e princípios de 2020 trabalhamos
com a 6 classe e 7 classe, portanto, no terceiro ciclo do ensino básico.
Durante este período que trabalhei nas classes do terceiro ciclo do ensino básico notei, com
muita facilidade, que os alunos não eram capazes de localizar, ao lhes apresentar o mapa de
Moçambique, a província de Niassa, uns pelo facto de nunca terem tido a oportunidade de ver
o mapa, outros pelo facto de, tendo visto alguma vez, não ter entendido a sua importância
social, outros ainda, não conseguiam localizar o Mapa de Moçambique num contexto do
continente africano.
Diante desta observação achei interessante o facto de alunos da 7a classe, por exemplo,
estarem a terminar o ciclo sem noção de trabalhar com mapas, isto é, sem ser capaz de
6
localizar Moçambique no continente africano, província de Niassa no mapa de Moçambique e
outras áreas geográfica. Esta situação levou-nos ao interesse de investigar a temática do uso
de mapas geográficos nas aulas de Ciências Sociais. Esta investigação vai ajudar na perceção
da relevância dos mapas para a orientação geográfica nos alunos ainda que não tenha
necessariamente acesso aos lugares em realidade.
Com esta pesquisa podemos contribuir na construção da ideia de orientação geográfica dado
um certo ponto. A pesquisa irá promover uma sociedade capaz de perceber não só os locais e
os fenómenos decorrentes, como também cada membro dela poderá ter ideia, tendo o mapa
como ponto de partida, de perceber e orientar-se fazendo a reprodução de imagens de mapas
enquanto associa fenómenos aos lugares onde ocorrem.
Os alunos da Escola Primária Completa de Chirungusse não tenham contacto com os mapas
porque já observamos que não tendo contacto com os mapas não podem nem ler nem
interpretar a linguagem gráfica e, por conseguinte, não são capazes de orientar-se e nem
localizar fenómenos geograficamente.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO
2. Conceitos básicos
2.1. Mapa
‟ Um mapa é uma representação visual de uma região. São, geralmente, representações
bidimensionais de um espaçotridimensional, os mapas são uma expressão da necessidade
humana de conhecer e representar o seu espaço"(Oliveira, 2010).
Em suma, a definição acima referenciada vem fazer entender que, os mapas escolares
permitem aos alunos representar o espaço, interpretando e utilizando habilidades espaciais
para compreenderem a dinâmica social. Os mapas são usados para ilustrar ou mostrar onde os
fenómenos geográficos ocorrem.
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2.2. Processo de Ensino Aprendizagem
“Aprendizagem é um processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades,
atitudes, e valores a partir do seu contacto com a realidade, o meio ambiente, as outras
pessoas”, (Vygostsky, 1984, p 101).
Existe uma grande variedade de materiais didácticos disponíveis para os docentes e que
podem facilitar seu trabalho. Mas, é importante que o professor utilize uma ferramenta
apropriada aos conteúdos e aos diferentes níveis de aprendizado.
O mapa, globo terrestre, atlas e vídeo-aulas, hoje, são principais ferramentas para a construção
de competências e, portanto, o apoio mais utilizado pelo professor em sala de aula. O uso de
um material didáctico que dê suporte ao professor para embaçar o conteúdo a ser ensinado é
fundamental para despertar no aluno o interesse de buscar mais conhecimento.
Para a leitura dos mapas faz-se necessário o domínio das relações espaciais topológicas,
projetivas e eucledianas. A leitura da organização espacial deve ser in iciada pelos espaços
conhecidos das crianças, em que analisando os espaços em que está inserida mais d iretamente,
pode compreender melhor a organização de outros espaços, diferentes e mais co mplexos. Fica
evidente a impo rtância do t rabalho co m as relações espaciais no processo de formação da
criança, onde inicialmente deve ser realizada a explo ração do es paço vivido, que facilitará na
compreensão de espaços desconhecidos pela criança.
9
Filizola (2009), ressalta que pode ocorrer de o professor ensinar a confeccionar mapas como
actividades complementares sem ensinar a sua interpretação, Dessa forma, o mapa deixará de
ter sentido se os alunos não souberem o significado da sua linguagem.
Os mapas são instrumentos de comunicação, servem para representar graficamente uma dada
área do espaço terrestre. Por isso, os mapas podem ser divididos em vários tipos:
São mapas que representam a superfície física da terra, como as formas de relevo, a
hipsometria (as altitudes da terra divididas em cores), a hidrografia, o clima, entre outros.
Representam as divisas e fronteiras entre países e/ou entre unidades federativas estabelecidas
e consolidadas politicamente.
São mapas utilizados para representar algum acontecimento em algum período histórico,
como as áreas colonizadas em Moçambique no século XIX.
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2.5.6. Mapas estilizados
São mapas em que não há a representação fiel das proporções das diferentes áreas do espaço
geográfico, alterando suas formas conforme as informações. Os mapas são elaborados para
nos mostrar determinados aspectos do nosso planeta e de determinadas regiões.
Ler mapas significa dominar a linguagem cartográfica. Esse é um processo que envolve
algumas etapas, estas que envolvem uma metodologia básica. A leitura começa pela
observação do título. Qual o espaço representado, seus limites e dema is informações. A
última e não menos importante etapa, é em relação à escala indicada, esta observação serve
para futuros cálculos das distâncias ou dos fenómenos representados no mapa.
2.7 O mapa na sala de aula
A importância dos mapas na sala de aula justifica-se pelo papel que a cartografia tem no
mundo de hoje, localizar endereços para o próprio deslocamento por cidades e bairros
desconhecidos, conferir trajectos dos meios de transporte, planejar uma viagem ou se situar
em locais públicos.
De acordo com Novo(1992, p.47) Conhecer e utilizar diferentes tipos de mapas e o Atlas, sem
dúvida alguma ampliam as possibilidades dos alunos de extrair e analisar informações
relacionadas a diferentes áreas de conhecimento, além de contribuir para que eles consolidem
uma noção de espaço flexível e abrangente.
O livro didático de Geografia apresenta figuras cartográficas com o objetivo de incluir esse
“tema” aos conteúdos de geografia, afim de possibilitar uma melhor compreensão em relação
ao conteúdo abordado pelo professor.
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Os mapas para a maioria das pessoas sempre estiveram associados ao ensino de Geografia,
porém o exercício desta prática didático pedagógica não se faz presente em algumas
instituições.
Nesta pesquisa tomamos “ciências sociais” segundo esta perspectiva. Entendemos que a
compreensão do processo histórico exige, é claro, noções de espaço e tempo e, neste contexto,
encontra-se a condição para localização dos fenómenos físicos e geográficos cuja
representação alude à cartografia, aos mapas, recurso de elevada relevância para o ensino de
Geografia e História.
O mapa deve ser tomado como u m poderoso instrumento para aleitura e a interpretação da
realidade, bem co mo para a formação de conceitos espaciais e geográficos. Essas
finalidades podem seratingidas ao longo do trabalho pedagógico-geográfico sempre quenós
professores nos voltamos para algu mas das especific idades da Geografia, qual seja, a lida
com localizações, processos espaciais, estruturas espaciais e distribuições espaciais (p.37).
Mas entendemos que para que o aluno possa explorar como deve ser, é preciso que o
professor o ensine o alfabeto cartográfico, ou seja, a interpretar os signos e todo o conjunto da
linguagem cartográfica. Ainda nesta perspectiva,
Aliás, no que concerne à linguagem cartográfica, torna-se necessário que tanto os professores
como alunos saibam a sua importância. Na perspectiva de Sousa (2009) a linguagem
cartográfica permite entender as diferentes territorialidades organizadas e definidas pelas
sociedades humanas, espacializando os fenômenos naturais ou culturais ocorridos,
estabelecendo a relação da Cartografia com a Geografia. A linguagem cartográfica
permite a apreensão e compreensão da distribuição espacial dos fenômenos,
contemplando as especificidades do objeto de estudo da Geografia.
Portanto, à luz dos autores que temos vindo a citar, o mapa é, essencialmente, um catalisador
para que o aluno aprenda a conhecer o seu espaço geográfico, o seu distrito, província e
inclusive o seu país para além do seu e outros continentes. Tida esta competência, o mapa
torna-se uma base para localizar os fenómenos por onde ocorrem. Aliás, o aluno ganha a
honra de orientar-se dado um determinado ponto geográfico. É o mapa que torna o aluno um
sujeito que conhecendo os limites do seu país procura defendê-lo patrioticamente.
13
CAPITULO III: METODOLOGIAS
Neste capítulo serão descritos os procedimentos metodológicos a serem usados no âmbito da
sua pesquisa. Destacam-se os pontos que vão efectuar o alicerce deste ponto: tipos de
pesquisa, métodos de pesquisa, técnicas e instrumentos de colecta de dados, universo e
amostra, cronograma de actividade e orçamento.
3.1.tipos de pesquisa
3.1.1.Quanto a abordagem do problema
Em relação ao tipo de pesquisa quanto a abordagem do problema, a pesquisa, cingiu-se na
pesquisa qualitativa quanto ao tipo. Que na visão de Lakatos & Marconi (2010, p.269), “na
metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos,
descrevendo a complexidade do comportamento humano”. A pesquisa qualitativa enquadra-se
neste trabalho porque o processo de análise e interpretação de dados será feita
qualitativamente sem recorrer a dados estatísticos.
Segundo Gil (1996, p.45), este tipo de pesquisa “tem como objectivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vista a torná- lo mais explícito. Na maioria dos casos,
essas pesquisas envolvem: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que
tiveram experiencias práticas com o problema pesquisado”. A pesquisadora procurou
familiarizar-se com o problema, para tal foram priorizadas as consultas bibliográficas e
posteriores entrevistas.
Em relação aos métodos de pesquisa, foram abordados neste ponto os métodos de abordagem
quanto ao problema e métodos de procedimentos.
14
ciências ditas naturais”. Este método enquadra-se pelo facto da pesquisa ter iniciado com a
elaboração de hipóteses que depois foram testados com dados colhidos no campo para sua
confirmação.
3.2.2.Método Indutivo
De acordo com GIL (1999); Lakatos e Marconi (1993) cit. Silva & Menezes (2001, p.26), o
método dedutivo:
Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não levando
em conta princíp ios preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização
deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações
particulares levam à elaboração de generalizações.
3.3.metodos de procedimentos
Para o presente trabalho recorreu nos métodos de procedimentos os seguintes: cartográfico,
monográfico, bibliográfico e analítico.
3.3.2.Método monográfico
Segundo Lakatos & Marconi (2010, p.92) “o método monográfico consiste no estudo de
determinados indivíduos, profissões, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade
de obter generalizações partindo do princípio de que qualquer caso que estude em
profundidade pode ser considerado de muitos outros ou até de todos casos semelhantes”. Este
método foi usado tendo em conta que a pesquisa delimita uma determinada área de estudo,
representada por uma instituição de ensino onde os seus resultados mereceram um estudo
aprofundado por forma a ter maior controlo na mitigação e estancamento do problema.
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3.3.3.Método Bibliográfico
De acordo com Severino, (2000) “Revisão bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada
pública em relação ao tema de estudos, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas,
livros, pesquisa, monografias, teses, material cartográfico, até meios de comunicação".
Este metodo consistiu na consulta de fontes bibliográficas da literatura que sustentou o tema
em estudo.
3.3.4.Método Analítico
Depois da recolha dos dados, houve a necessidade de relacionar as hipóteses com as
veracidades no terreno, sendo que, muito antes deviam ser analisados e sintetizados os
resultados.
Portanto, a principal fonte de recolha de dados foi o trabalho de campo, porque “na
investigação qualitativa a fonte directa de dados é o ambiente natural, constituindo o
investigador o instrumento principal” (Bogdan & Biklen, 1994, p. 47) para auscultar as
diferentes opiniões sobre o caso em estudo.
3.5.1.Observação directa
A observação directa caracteriza-se pela busca de dados directamente da fonte de origem.
Com esta técnica permitiu obter informações de primeira mão sobre o fenómeno, observando
directamente as actividades dos agentes curriculares no terreno.
A técnica da observação é aplicada segundo Silva & Menezes (2001, p.33), “quando se
utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados aspectos da realidade”.
3.5.2.Entrevista
Segundo Lakatos & Marconi (1992, p.107), “ entrevista é uma conversação efectuada face a
face, de maneira metódica, proporcionando ao entrevistador a verbalização da informação
necessária”. As entrevistas permitiram por sua vez, a obtenção de informações fornecidas pelo
grupo alvo do estudo.
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3.5.3.questionário
O questionário, "consiste em traduzir os objetivos da pesquisa em perguntas claras e
objetivas, que devem ser respondidas por escrito sem a presença do entrevistador". Lakatos e
Marconi (1992, p.107). O questionário foi usado para recolha de dados ao grupo alvo por
meio de perguntas escritas que foram respondidas num ambiente confidencial.
3.5.4.Formulário
De acordo com Silva (2001, p.34) “formulário é uma colecção de questões e anotadas por
um entrevistador numa situação face a face com a outra pessoa (o informante).”
Este instrumento de colecta de dados, enquadra-se nesta monografia pelo facto de que ela
poderá ser materializada através de colocação das questões ao munícipe numa condição frente
a frente para colher informações relacionadas ao tema.
3.5.5.Maquina fotográfica
Maquina fotográfica é um dispositivo usado para capturar imagens (geralmente fotografias)
única ou em sequencia, com ou sem som, como com câmara de vídeo”
Este instrumento consistiu na obtenção de informações a partir de imagens que permitiram
posteriormente fazer uma análise detalhada das informações colhidas no terreno
3.6.População e Amostra
Segundo Gil (2007, p.99), “população é um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características. Comummente fala-se da população como referência ao total de
habitantes de determinado lugar”. Nesta monogrfia foi considerada como população todos
alunos e professores e pais encarregados da educação da escola Primária Completa de
Chirungusse .
3.6.1. Participante
As metodologias qualitativas são caracterizadas pela sua falta de representatividade, é a
generalização selvagem que efectua. De facto não tem muito sentido falar de amostragem,
pois não se procura uma representatividade estatística, mas sim uma representa tividade
socialʺ (Guerra, 2006,p.39).
Para o presente trabalho tem como participantes da pesquisa um total de 30 elementos, num
universo de 726 existentes na Escola Primária Completa de Chirungusse
17
Segundo Zaniescki (citado em Guerra, 2006, p.40) ‟diz existirem dois conceitos básicos nas
metodologias qualitativas: os conceitos de diversidade e de saturação para mediação dos
participantes.ˮ
A diversidade relaciona-se com a garantia de que a utilização das entrevistas se faz tendo em
conta a heterogeneidade dos sujeitos ou fenómenos que estamos a estudar.
Para este estudo de carácter social, baseando nos conceitos básicos das metodologias
qualitativas, adversidade dos sujeitos retirada a obtenção das matérias necessárias ao estudo.
Contudo, a tabela acima supracitada ilustra a distribuição dos participantes na pesquisa usada
durante a realização da pesquisa no qual participaram no processo de recolha de dados 2
directores da escola, 3 funcionários de apoio da secretaria, 5 professores,15 alunos e 5 pais e
encarregados de educação totalizando 30 entrevistados de sexos opostos.
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CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Quanto aos mapas se verifica que a maioria dos temas que os professores tratam não tem
mapas relativos aos conteúdos, neste caso, os professores tratam os temas de forma abstrata
sem verificação dos elementos a tratar.
19
4.2.1. Descrição dos dados da entrevista com os alunos
Na pergunta 1, os 40 entrevistados 32 equivalente a 82% afirmavam que na escola tem mapas
e 11 equivale a 18% diziam que na escola nunca viram mapas.
Indo para a pergunta 6, dos 40 entrevistados 35 equivalente a 95% diziam que o professor
nunca mandou desenhar mapas e 5 equivalente a 5% afirmavam que o professor tem mandado
desenhar mapas de acordo com o tema.
Para o levantamento dos dados o autor tinha como objectivo perceber o contributo do uso de
mapa temático no processo de ensino aprendizagem, onde o autor colocou a seguinte
pergunta: Qual é o contributo do uso de mapa temático no processo de ensino aprendizagem?
20
Tabela no 3: Opiniões sobre o contributo do uso de mapa te mático no processo de ensino
aprendizagem.
Ord Resposta Frequência Percentagem
01 Facilita a comprenssão 32 86%
02 É um meio que auxilia o processo de ensino 30 77%
aprendizagem
03 Serve como meio de ligação visual 52 62%
04 Torna o ensino mais prático 37 93%
05 Ajuda a compreensão no aluno 23 42%
Fonte: Autora (2023).
Sim % Não %
01 Conhece o mapa temático? 2 14 6 86%
02 Na escola tem mapas temáticos? 0 0% 8 100%
03 Nas suas aulas tem usado os mapas 0 0% 8 100%
temáticos?
04 Acha que há necessidade de usar 8 100% 0 0%
mapa nas aulas?
Fonte: Autora (2023)
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4.4.1. Descrição dos dados do inquérito com os professores
Na pergunta 1, dos 8 inqueridos 6 professores, correspondendo a 86% afirmavam que não
conhecem mapas temáticos e 2 equivalente a 14% diziam que conhecem mapas temáticos.
Para a pergunta 2, dos 8 inqueridos equivalente a 100% diziam que a escola não tem mapas
temáticos.
Indo para a pergunta 3, dos 8 inqueridos equivalente a 100% diziam que tem usado mapas
mas não temáticos.
Para a pergunta 2, dos dois (2) inqueridos equivalente a 100% afirmavam que os professores
têm usado mapas nas suas aulas.
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Indo para a questão 3, dos dois (2) inqueridos equivalentes a 100% diziam que sim há
necessidade dos professores usarem mapa nas aulas.
Na pergunta 4, dos dois (2) inqueridos correspondente a 100% afirmaram que os professores
têm dado trabalhos relacionados ao desenho de mapas.
Na questão 5, dos dois (2) inqueridos correspondentes a 100% afirmavam que há estratégias
que estão sendo tomadas para ultrapassar o problema de uso de mapas temáticos.
23
CAPITULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo faremos o confronto com a revisão da literatura que se sustentou no quadro
teórico do estudo, onde vai-se validar as hipóteses. Para tal, estabeleceu-se a correlação
hipotética – dedutiva ou ainda inferências analíticas indutivas entre as asserções teóricos e as
evidências empíricas. Para tal far-se-á deste capitulo os seguintes elementos: discussão dos
resultados da observação; discussão dos resultados da entrevista com os alunos; discussão dos
resultados do inquérito com os professores de Geografia e discussão dos resultados do
inquérito com os membros de direcção da escola.
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CAPITULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDACÕES
6.1. Conclusão
Chegado ao fim do trabalho, torna-se pertinente tecer algumas conclusões com relação aos
dados recolhidos por meio de entrevistas e questionário com base nas análises feitas.
A partir da pesquisa realizada percebemos que é nítida a dificuldade que os alunos têm em
interpretar mapas, inclusive pesquisas apontam que a escola Primaria Completa de
Chirungusse sobretudo da rede pública, não oferecem condições para que os educandos
associem informações ao quotidiano, pois em sua maio ria os professores ainda trabalham os
conteúdos isoladamente.
Vale salientar que a importância da formação continuada nesta área, a qual possibilitaria um
melhor desempenha tanto da parte dos professores como também dos alunos.
Cabe ao professor fazer uso de diferentes metodologias para que essa realidade mude, e
mostrar que como as outras ciências, a Geografia tem um papel essencial de formar um
indivíduo capaz de analisar o meio geográfico e interferir neste, de forma crítica.
A não utilização de mapas nas aulas meramente expositivas nem sempre é eficiente na
compreensão, por parte dos estudantes, os quais podem entender a importância do fenómeno
ensinado, mas não compreender correctamente os mecanismos envolvidos nos fenómenos.
26
6.2. Recomendações
Para os alunos
Desse modo, o uso de mapas deve representar um ponto de apoio da aula favorecendo
a ampliação dos conteúdos abordados, e um suporte de função ampla para
professores.
Para a direcção da escola
27
4. Referência Bibliográfica
Abdul e Nanjolo (2002) Método cartográfico Porto, Porto Editora.
Alieve, D.&Veiga, R. (2009).Para a Leitura e Interpretação da Linguagem Cartográfica,in:
UNOPAR Cient., Ciênc. Human. Educ., Londrina, v. 12, n.5, p.380-398.
Andrade, Thereane.(2006) mapa e sua importância. 3ed., Rio Grande do Sul, Brasil.
Bogdan, Robert & Biklen Sari (1994). Investigação qualitativa em educação: uma
Gil, A. (2002). Como Elaborar Projecto de Pesquisa, 4ed. Atlas, São Paulo.
28
Guerra, C. I (2006) Pesquisa qualitativa e análise de conteúdos – sentido e formas de uso,
princípio historial. INDE. (2020).Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo.
Novo, Adrean (1992) Tipos de mapa e sua utilidade. Porto, Porto Editora.
Oliveira, L.(1978). Estudo metodológico e cognitivo do mapa.Tese (doutorado) –
IGEOG – USP. São Paulo.
29
Apêndices
ix
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação a Distância
Centro de Recursos de Cuamba
Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia
Apêndice 1: Entrevista dirigida aos alunos da Escola Primaria Completa de
Chirungusse
A presente entrevista é dirigida a alunos da Escola Primaria Completa de Chirungusse Tendo como
objectivo Geral: Avaliar a importância do udo de mapa nas aulas de Ciências Sociais. Os dados fornecidos
serão confidenciais e são exclusivamente para o desenvolvimento de um trabalho científico para a
conclusão do curso que versa sobre o tema: A Importância do Mapa nas aulas de Ciências
Socias: Caso – Escola Primária Completa de Chirungusse (2019-2021).
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Universidade Católica de Moçambique
A presente entrevista é dirigida a alunos da Escola Primaria Completa de Chirungusse Tendo como
objectivo Geral: Avaliar a importância do udo de mapa nas aulas de Ciências Sociais. Os dados fornecidos
serão confidenciais e são exclusivamente para o desenvolvimento de um trabalho científico para a
conclusão do curso que versa sobre o tema: A Importância do Mapa nas aulas de Ciências
Socias: Caso – Escola Primária Completa de Chirungusse (2019-2021).
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Universidade Católica de Moçambique
A presente entrevista é dirigida a alunos da Escola Primaria Completa de Chirungusse Tendo como
objectivo Geral: Avaliar a importância do udo de mapa nas aulas de Ciências Sociais. Os dados fornecidos
serão confidenciais e são exclusivamente para o desenvolvimento de um trabalho científico para a
conclusão do curso que versa sobre o tema: A Importância do Mapa nas aulas de Ciências
Socias: Caso – Escola Primária Completa de Chirungusse (2019-2021).
5.Há estratégias que estão sendo tomadas para ultrapassar o problema de uso de mapas
temáticos?
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Apêndice 4: Imagem da escola primária completa de Chirungusse
xiii
Apêndice 5:Imagem da sala de aula
xiv
Anexo
xv
Anexo 1: Mapa no 1: Mapa do Distrito de Cuamba.
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