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IMPERIALISMO E I GUERRA MUNDIAL

2ª Revolução Industrial e Imperialismo

 O Imperialismo, política de expansão, de poder e dominação de um Estado sobre


outros, foi a consequência do grande desenvolvimento industrial que a Europa e o
mundo viveram na segunda metade do século XIX por causa da 2ª Revolução Indus-
trial.

No século XIX, houve incentivos em alguns países para pesquisas e novos métodos aprimorados de
produção industrial com o objetivo de aumentar a lucratividade, iniciando a 2ª Revolução Industrial,
que seu grande símbolo foi na área automobilística e elétrica, sendo assim as principais fontes de
energia passou a ser o petróleo e a energia elétrica.

Anteriormente, as únicas grandes potências industriais eram a Inglaterra e a França, pois eram os
únicos países industriais, ficando conhecidas como potências clássicas. Mas agora, outros países re-
solveram investir na industrialização, formando as novas potências industriais: Alemanha, Itália, Ja-
pão e EUA.
Nesse período, o capital financeiro ganhou mais destaque, pois houve mais financiamento de bancos
e do governo sobre a industrialização, surgindo as bolsas de valores e as grandes empresas, que en-
tão, querem monopolizar os mercados nacionais surgindo formas que visam eliminar a concorrência
, como o aumento das taxas alfandegárias para evitar que seu povo comercialize com outros países,
o truste (fusão de várias empresas com objetivos de controlar todo o processo produtivo), o cartel
(acordo entre empresas com o objetivo de dividir o mercado e combater a concorrência) e o holding (
uma empresa participa como principal acionista e controladora de diversos setores) . Mas em deter-
minado momento, essas grandes empresas nacionais começam a superar o que o mercado consumi-
dor nacional é capaz de absorver, pois, por causa do grande monopólio dessas empresas, que acaba
reduzindo as opções de quem vai adquirir o produto, ocorrendo a crise de superprodução.

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Imperialismo

Com a crise de superprodução na Europa, o capital começa a sobrar, e , como o dinheiro de inves-
tidores não pode ficar parado, fez com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem
novas áreas de investimento de capital e procurassem maiores quantidades de matéria prima e mão
de obra disponíveis a baixo custo. E assim se iniciou o Neocolonialismo - Imperialismo.

O Neocolonialismo aconteceu de 2 formas na África. Com os protetorados, que era a proteção militar
das potências europeias sobre as regiões africanas em troca de facilidades econômicas, ou com as
colônias, que era o controle político da potência sobre a região africana com invasão e dominação ter-
ritorial.
A justificativa das potências europeias era o fardo do homem branco em relação as outras raças,
baseada na teoria de Darwin em que falava da evolução dos animais, então eles diziam que o povo
sobre domínio não evoluíram e que eles poderiam os ajudar a evoluir, pois o homem branco era a re-
ferência de superioridade.
O imperialismo francês baseava-se no conceito de assimilação cultural, assim, os nativos que
abandonassem seus costumes tradicionais e adotassem a cultura e os valores praticados na França
poderiam ser considerados cidadãos franceses, nesse modo a França exerceu sua influência com
muito mais facilidade, pois todos queriam ser parecidos com um europeu. Progressivamente, os fran-
ceses avançaram em direção à China (sua verdadeira ambição colonial), porém, a presença britânica
frustrou seus planos, então, eles foram na região de Indochina, onde os colonizadores substituíram os
reis legítimos por governantes indicados pelo governo francês.
Já a Inglaterra, com o mesmo objetivo que a França de obter novos territórios de influência, por
causa da sua compra do canal de Suez, que ligava o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, e então dessa
maneira a Inglaterra assegurou o controle via marítima para a Península Arábica e a Índia. Buscando
alargar o perímetro de segurança do canal, os britânicos anexaram a região do Vale do Rio Nilo par-
tindo em direção ao Sudão impedindo o avanço francês na região por meio de confronto armado co-
nhecido como Incidente de Fachoda que foi resolvido com um acordo favorecendo a Inglaterra. Para
explorar o continente africano, a Inglaterra instigava conflitos entre grupos africanos rivais facili-
tando a Inglaterra a controlar. Assim, a Grã Bretanha exerceu o seu imperialismo com sua soberania
naval e bélica.

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No final do século XIX, os EUA que já tinha uma forte industrialização, por conta da política de esti-
mulo à imigração para o país garantiam a oferta da mão de obra barata e o crescimento do mercado
interno, e também tinha a disponibilidade de matéria prima no Oeste que ajudou para o crescimento
industrial. Além da forte industrialização, os EUA ampliavam sua frota naval, aumentando seu poder
militar. Assim na última década do século XIX, os EUA já era reconhecido como uma grande potência
mundial. Então, como os países europeus já estava praticamente com todo o domínio da África e Ásia,
os EUA queria garantir seu expansionismo pelos países latino americanos dizendo que a América é
para Americanos. Em 1903, os EUA apoiou a separação do norte da Colômbia formando um novo país, o
Panamá, na qual tinha um canal que ligava o Oceano Pacífico com o Atlântico, e assim os EUA assumiu
o controle do mesmo facilitando o seu imperialismo no continente que ocorreu na forma de zonas de
influência, que era a presença de dominação ideológica e cultural sobre essa região. Para impedir que
as potências europeias fizessem intervenções no continente americano, o presidente americano The-
odore Roosevelt, com a política do Big Stick, definia o direito norte americano, por causa da sua supe-
rioridade bélica, tinha o direito de intervir na América de acordo com seus interesses políticos e econô-
micos, dessa maneira os EUA assumiriam a liderança dentro do continente.

O Japão, até 1868, era um país feudal e agrícola devido ao tipo de governo chamado de Xogunato.
Com o enfraquecimento desse tipo de governo, foi restaurado o poder imperial, iniciando a era Meiji
(1868-1912), que ficou marcado pela abertura econômica do Japão para o Ocidente e pelo Zaibatsus,
que era um grupo econômico diversificado e controlado por holdings familiares que dominaram a

economia japonesa. Então assim, o Japão se fortaleceu economicamente e militarmente, esse mo-
mento foi fundamental para transformar o Japão em uma grande potência mundial, levando ele ao
imperialismo japonês que tinha o objetivo de aumentar o território e suas áreas de influência.

A industrialização tardia da Alemanha, pode ser considerada por causa do seu sistema político
descentralizado e sobretudo à existência (e persistência) da relação feudal em suas regiões de mai-
ores riquezas potenciais. A Alemanha, por estar dividida politicamente foi um grande entrave ao pro-
cesso de industrialização, a classe dominante, dos senhores de terras, o que impossibilitava maiores
avanços industriais. Coube ao Estado Prussiano o papel de impulsionar a indústria para que pudesse
suprir interesses do mesmo como suprir necessidade do exército, e diminuir a dependência de pro-
dutos estrangeiros, sobretudo ingleses e franceses. Tais ações eram burocraticamente controladas

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e dependiam em larga escala da eficiência administrativa dos oficiais do Estado. Essa nova centrali-
zação é razão pelo qual o desenvolvimento industrial alemão se deu basicamente através de grandes
conglomerados, monopólios ou oligopólios. Embora a Prússia fosse o maior dos Estados alemães, este
não representava necessariamente os interesses de todos. Mas com o decorrer do tempo, já na me-
tade do século XIX, objetivo de impulsionar o comércio e indústria nacional, aos poucos vai se concre-
tizando. A criação do Banco da Prússia em 1846, a expansão ferroviária vertiginosa, transformações
na política como a Confederação da Germânia do Norte, o processo susbtitutivo de importações e al-
tas taxas protecionistas, foram os elementos responsáveis para a revolução industrial que se suce-
deu à unificação alemã em 1871. Houve um avanço rápido da indústria alemã por conta dos fatores
que a diferenciavam das demais industrias européias entre eles o alto grau de instrução da classe
trabalhadora. Tal nível de educação foram fundamentais para o desenvolvimento de tecnologias efi-
cientes e o alto nível de inovação apresentado por todos os setores. Porém, é importante notar que,
embora a industrialização alemã seja considerada de grande êxito, ainda uma grande parte da Ale-
manha ainda apresentava características pré-industriais. Tal fato pode ser visto através da grande
atividade agrícola e da sobrevivência de artesões que perduram até os dias atuais. A Alemanha, que
agora é uma grande potência, busca aumentar seu território fazendo então que inicie o imperialismo
alemão.

Constituído em 1861, o Reino da Itália procurava se firmar dentro do ambiente geopolítico do fim do
século XIX, tendo internamente a pressão popular pela aquisição de colônias, crença que para todo
cidadão europeu da época simbolizava a força de sua nação. Assim, a diplomacia do reino iria em
busca de conquistar territórios e constituição de um império colonial tal como outros países haviam
feito. Sua fraqueza diplomática e militar significava que a construção do império deveria ter a con-
cordância das outras grandes potências, em especial França, Alemanha e Grã-Bretanha.

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Acontecimentos durante o Imperialismo

 Guerra dos Bôeres: Na África do Sul, era colonizada pelos holandeses após vencer os povos
nativos que viviam na região. Mas, durante o século XIX, com a descoberta do ouro e diaman-
tes, os Ingleses começam a ficar interessado nessa região entrando em guerra direta com os
Bôeres, descendentes de holandeses nascidos na África do Sul. Os ingleses acabam ganhando
a guerra, tornando a África do Sul sua nova colônia.

 Conferência de Berlim: Com o motivo de evitar um grande conflito entre os países europeus,
representantes de 15 potências organizaram a Conferência de Berlim (1884/1885), em que fo-
ram definidas regras de ocupação do território africano. Essa conferência marcou o início da
corrida colonial por esse continente e acirrou as disputas entre as nações industrializadas,
virando depois um dos grandes motivos para acontecer a I Guerra Mundial.

Belle Époque

Com o fim da guerra Franco-Prussiana, surge na Europa uma política de estabilidade, apesar da
insatisfação francesa em perder os territórios de Alsácia-Lorena para a Alemanha em 1871, o que
acabou gerando também uma tensão militar entre aquelas potências.
A despeito da corrida armamentista que se desenrolava, o clima de progresso da Segunda Revo-
lução Industrial provocou um forte êxodo rural aumentando os centros urbanos e favoreceu o de-
senvolvimento de uma cultura urbana cosmopolita e de divertimento, fomentada pelos avanços nos
meios de comunicação e transporte.
O ponto marcante desta época foi o estilo de vida boêmio e otimista, e a capital francesa tornou-
se o centro da vida cultural do Ocidente, irradiando modas, ideias e costumes. As elites europeias e
americanas procuravam seguir padrões da capital francesa incorporando suas tendências.
De toda forma, pudemos vislumbrar em todo Ocidente, as revoluções provocadas com a melhoria
nos transportes públicos de massa (trens e navios a vapor) ou individuais (Ford T e a bicicleta), pelas
tecnologias de telecomunicações (telefone e telégrafo sem fio), ou pela substituição da iluminação a
gás pela elétrica, pelo movimento artístico do Impressionismo além de grandes lugares de diverti-
mento como o Moulin Rouge, a Torre Eiffel e o Casino de Paris.
Paralelamente, a Belle Époque se desenvolvia nos Estados Unidos após a recuperação da crise
econômica de 1873; no Reino Unido pós era vitoriana; na Alemanha do Kaiser Wilhelm I & II; e na Rússia
de Alexandre III e Nicolas II. Também vimos nesse período à organização dos sindicatos trabalhistas
e partidos políticos, bem como a ascensão do Socialismo.
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Paz Armada

Durante o mesmo período da Belle Époque, houve um forte desenvolvimento da indústria bélica
das grandes potências e a crescente tensão nas relações internacionais devido aos conflitos impe-
rialistas, o fim da guerra Franco-Prussiana, na qual a França perde o domínio da Alsásia Lorena, e as
novas unificações de países como o Reino Italiano e os impérios Alemão e Austro-Húngaro por meio
dos movimentos nacionalistas que levou ao estopim da 1ª Guerra Mundial, que foi o pan-eslavismo
(que tinha como objetivo a união de todos os povos de origem eslava mas a Sérvia passou a defender
a criação da Grande Servia enquanto a Bósnia se anexou com o Império Austro-Húngaro, alimentando
nos sérvios o sentimento de revanchismo) e o pangermanismo (que se expandiu pela Europa central
propondo a união dos países de origem germânica em um único Estado unificando a Alemanha)

Esta corrida armamentista entre as potências europeias foi uma das causas mais notáveis da
Primeira Guerra Mundial. As contínuas tensões entre os Estados por causa dos conflitos nacionalis-
tas e imperialistas fizeram com que cada Estado destinasse um grande volume de investimento do
capital estatal no setor armamentista e na promoção do exército. A indústria bélica aumentou con-
sideravelmente os seus recursos, produzindo novas tecnologias para a guerra. Além disso, quase to-
das as nações europeias adotaram o serviço militar obrigatório, incentivando assim o senti-
mento nacionalista. Esses gastos militares excessivos resultariam eventualmente em um processo
de falência nacionais. Tudo isso resultou em um complexo sistema de alianças em que as nações es-
tavam em conflito, sem estar em guerra.

Início da 1ª Guerra Mundial

Em 1908, o Império Austro-húngaro anexa seu território ao da Bósnia devido ao movimento pan-
eslavismo, liderado pelo Império Austro-Húngaro tinha o objetivo de unificar todo os países de origem
eslava, mas a Sérvia com objetivos diferentes não quis se unir pois tinha a ideia da criação da Grande
Servia que tinha conseguido território do Império Otomano, então o anexo da Bósnia contrariou os
interesses sérvios e ao mesmo tempo russos, que apoiava fortemente a Sérvia.
Em 1914, a fim de mostrar uma boa relação entre os novos súditos, o herdeiro do trono Austríaco,
Francisco Ferdinando, fez uma visita à região junto com sua esposa, quando ambos foram assassina-
dos por um jovem bósnio. Então a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia após alegar envolvimento
do governo sérvio no crime, apresentando uma série de exigências que foram rejeitadas pela Sérvia.
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No dia seguinte, a Rússia, por ser aliada da Sérvia, pôs suas tropas em estado de prontidão, e a Ale-
manha, por ser aliada do Império Austro-húngaro e o mesmo declara guerra à Rússia.
Grã-Bretanha e França, surpreendidas pela rapidez dos acontecimentos, não se moveram. Mas a
Alemanha, cujo o objetivo de campanha estavam prontos desde 1911, declarou guerra à França com
um dos principais objetivos de aumentar território, assim a França entra na guerra contra a Alema-
nha. Como a Alemanha se localiza entre a França e a Rússia, sabia que uma guerra em duas frentes
era um tiro no pé, então criaram o Plano Schlieffen sabendo que a Rússia por ser muito grande de-
morariam para ficarem prontos para a guerra, então a Alemanha iria com tudo para cima da França
e derrota-los rapidamente e depois focar n Rússia para ganhar a guerra. Mas, a Alemanha tendo a
noção que a França iria proteger fortemente a sua fronteira, passa pela Bélgica, que era uma país
neutro, e com essa invasão da Bélgica, o Reino Unido declara guerra à Alemanha.
Os alemães pensavam que seria fácil passar pela Bélgica, mas eles resistiram bravamente atra-
sando os alemães.
Sem saber do plano dos alemães, a França começa uma ofensiva na fronteira alemã, iniciando a
batalha da fronteira na qual ambos os lados sofreram pesadas baixas, mas os franceses saíram per-
dendo tendo que recuar, e depois que a Alemanha atravessa a Bélgica avançam até o Rio Merne na
França próximo de Paris, mas eles foram parados pelos franceses e britânicos que já estavam ali, e
isso fez com que os alemães recuassem. Depois disso, a França e Inglaterra tentaram fortalecer a
defesa no Norte contra a Alemanha que conseguiram chegar até o mar, e então eles começaram a
cavar trincheiras para defender os territórios que tinham conquistado e os inimigos fizeram o
mesmo, iniciando a guerra das trincheiras.
A Itália, que em 1882, assinou um acordo militar com a Alemanha e o Império Austro-húngaro, for-
mando a tríplice aliança, declara neutralidade, pois apesar de ter feito o acordo diz que o tratado é
somente de defesa e como os país da tríplice iniciaram a guerra, eles não tinham a obrigação de en-
trar também. Assim, a guerra estava a Alemanha e o Império Austro-húngaro contra a Tríplice En-
tente, Inglaterra, Rússia e França.

O decorrer da Grande Guerra

A guerra também acontecia nos mares, a Inglaterra assim que entrou na guerra iniciou um blo-
queio naval dos alemães com o objetivo de destruir a economia alemã e impedir a entrada de recur-
sos externos. Mas como a Inglaterra tinha a melhor marinha, a Alemanha não teve como competir
contra. No entanto, uma vantagem dos alemães eram os seus submarinos, e com eles os alemães
conseguiram destruir vários navios britânicos.
Na frente Oriental, os russos se mobilizaram mais rápido que os alemães imaginaram e começa-
ram a invadir a Prussia Oriental, porém quando os reforços alemães chegaram, os russos acabaram
recuando.

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A Austria-hungria tenta um avanço no território russo, mas depois de serem derrotados são obri-
gados a recuarem perdendo bastante território. E então eles também tentam invadir a Sérvia, mas os
sérvios foram capazes de segurar o avanço.
O Império Otomano que ainda estava com dúvida de entrar na guerra ou não, secretamente deixou
2 navios alemães que estavam fingindo dos britânicos a entrar no Mar Negro fazendo a tripulação
chegar até a Rússia e bombardear os portos, assim a Rússia declara guerra ao Império Otomano que
com o decorrer da guerra acaba e se divide.
Já o Império Austro-húngaro agora finalmente consegue avançar e capturar a capital da Sérvia,
mas logo depois os sérvios conseguem recuperara cidade.
Os russos nesse momento conseguem avançar bastante nos territórios da Austria-hungria, e os
alemães começaram uma invasão ma Polônia russa onde inicialmente avança mas depois perde
tendo que recuar.
Na frente Ocidental, as coisas não mudaram muito, apenas algumas pequenas batalhas. Mas em
1915 tenta quebra a linha defensiva alemã, em que os franceses começam a usar gás lacrimogêneo
para tirar os alemães das trincheiras, então os alemães revidaram usando gás cloro, que inicial-
mente parece muito eficiente, porém os alemães acabaram sofrendo com o próprio gás por causa dos
ventos, fazendo com que a batalha ficasse sem conclusão.
Então, algum tempo depois, a tríplice entente começam a usar o gás de cloro que foi logo contido,
pois a maioria dos soldados passam a usar máscaras que impede inalar o gás. Com isso, 2 outros ga-
ses começam a ser usados, entre eles o famoso gás mostarda inventado pelos alemães.
Em 1915, o Reino Italiano resolveu entrar na guerra se juntando com a tríplice entente, pois eles
foram prometidos alguns territórios da Austria-hungria.
Na frente Oriental, a Alemanha consegue avanço na Rússia capturando a cidade de Varsóvia.
Enquanto isso, os alemães intensificam os ataques de submarinos declarando um bloqueio do
Reino Unido em 1917, assim, todo navio que tentasse entrar nessa região seria afundado, e um dos
navios afundados foi um navio americano onde muitas pessoas acabaram morrendo. A operação
alemã de bloqueio naval estava indo bem, e novamente alguns navios americanos são afundados fa-
zendo com que os EUA pedisse para que a Alemanha parasse com isso, e como a Alemanha no mo-
mento não queria mais nenhum país na guerra, eles aceitam.

Final da Grande Guerra

A Rússia que enfrentava graves problemas internos por causa da oposição política da burguesia
e da nobreza liberal, do crescimento dos partidos socialistas contra o regime absolutista do Czar e
das manifestações de operários e camponeses que estavam insatisfeitos principalmente por conta
das altas tributações gerando fome, greves e levantes constantes nas cidades e nos campos. E
mesmo com esses problemas a Rússia participa da 1ª Guerra Mundial junto com a tríplice entente e
domina territórios alemães impedindo a locomoção do exército, fazendo então com que a Alemanha
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mande esforços para os revolucionários russos que eram contra o governo, e em março de 1917, es-
tourou a Revolução Russa. O czar Nicolau II foi derrubado e um governo provisório liberal assumiu o
poder. Oficialmente, a Rússia continuou na guerra contra a Alemanha; mas seus soldados, esgotados
e desmoralizados, praticamente pararam de combater. Essa circunstância poderia permitir aos ale-
mães deslocarem tropas para a frente ocidental, derrotando definitivamente ingleses e franceses.
No decorrer da guerra, os Estados Unidos haviam-se tornado os grandes fornecedores da tríplice
entente, aos quais vendiam desde alimentos até armas e munições. Grã-Bretanha, França e outros
países tinham acumulado débitos enormes junto aos empresários norte-americanos, os quais não
poderiam suportar o fantástico prejuízo advindo de uma possível derrota anglo-francesa, por causa
da saída da Rússia. Por essa razão, em 6 de abril de 1917, tomando como pretexto o afundamento de
cinco navios norte-americanos por submarinos alemães, o presidente Wilson, declarou guerra à Ale-
manha e ao Império Austro-húngaro.
Em 1918, com a chegada das tropas americanas, e a saída definitiva da Rússia da guerra, os ale-
mães iniciam uma última ofensiva na frente ocidental, mas mais uma vez não conseguem tomar Pa-
ris.
O Império Austro-Húngaro desintegra-se, fazendo com que a Áustria e Hungria assinam armistícios
(acordos de cessar-fogo) separados. Assim, a Primeira Guerra Mundial encerrou-se como resultado
do esfacelamento das forças da Tríplice Aliança. Bulgária, Áustria-Hungria e Império Otomano ren-
deram-se, sobrando apenas a Alemanha. O Império Alemão, arrasado pela guerra, também se rendeu
após uma revolução estourar no país e levar ao fim da monarquia alemã.

Tratado de Versalhes

Como consequência do armísticio e da derrota alemã, foi assinado em junho de 1919 o Tratado de
Versalhes, que foi um acordo feito pelos países envolvidos na 1ª Guerra Mundial, com exceção da Ale-
manha e do Império Austro Húngaro
que no casa tinha se fragmentado durante a grande guerra. Foi celebrado em Paris após a rendição
da Alemanha, e o tratado pôs fim a guerra iniciadas em 1914 entre potências europeias, devolvendo
ao continente a paz e determinando as consequências do conflito e os rumos das relações no conti-
nente e fora dele. E para a construção do tratado, cada país participante queria coisas diferentes as-
sim o presidente dos EUA Wilson apresentou seu programa dos 14 pontos e afirmava que se o tratado
das grandes nações fosse a base para a paz, para que aquele fosse o último conflito.
Os primeiros cinco pontos, de importância geral, defendiam o fim dos acordos secretos, a liber-
dade de navegação nos mares, o livre comércio, a redução dos armamentos e o direito dos povos co-
lonizados à autodeterminação. Os pontos 6, 7, 8 e 11 falavam em evacuação das tropas alemães da
Rússia, da Bélgica, dos Balcãs e da França, incluindo a região contestada da Alsácia-Lorena. O 9º
ponto defendia o reajuste das fronteiras italianas dentro dos limites nacionais. Os pontos 10, 12 e 13
reconheciam a autonomia e independência da Áustria-Hungria, da Turquia e da Polônia. O 14º ponto,
refletindo o idealismo do presidente norte-americano, anunciava a criação de uma Liga das Nações
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com o objetivo de dar garantias mútuas de independência política e integridade territorial aos Esta-
dos. Apesar do idealismo de Wilson, os termos acordados pelos vitoriosos no tratado de Versalhes, em
1919, foram duros com a Alemanha.
Um dos principais pontos definidos pelo Tratado foi a criação da Liga das Nações, órgão internaci-
onal que atuaria como regulador da situação política do mundo, buscando resolver atritos e disputas
da forma mais efetiva, zelando pela manutenção da paz e da prevenção ao uso da força. Esse órgão
foi essencial para a manutenção da paz por cerca 20 anos na Europa, ao mesmo tempo que foi res-
ponsabilizado por diversos conflitos e disputas surgidos nos anos seguintes e por omissão diante da
posterior escalada dos nazistas ao poder na Alemanha da década de 30.
O Tratado determinava que a Alemanha arcasse com todos os prejuízos causados pela guerra, ele
responsabilizava à Alemanha toda pelo conflito e por suas consequências, principalmente perdas
econômicas. Os alemães então acabaram por ter de arcar com pesadas indenizações, que foram im-
postas sobretudo por ingleses e franceses, que visavam pagar os prejuízos às indústrias e agricul-
tura que proviam o desenvolvimento econômico desses países. Essa exigência fragilizou considera-
velmente a economia alemã, já baqueada pela própria guerra. Além disso, a Alemanha também per-
deu partes de seu território para os países vizinhos, uma vez que esses territórios acabaram por se-
rem considerados pagamentos de indenizações de Guerra. Territórios disputados e tomados da
França desde a unificação alemã foram devolvidos aos franceses, como a Alsácia Lorena, território
muito desejado por parte dos dois países. Ainda no oeste e norte, houve concessão de alguns territó-
rios alemães à Bélgica e à Dinamarca. A leste, pedaços do território alemão foram cedidos pelas po-
tências vencedores à Lituânia e à Polônia. Também houve, nesse contexto, a aceitação da indepen-
dência da Áustria. Assim sendo, o antigo Império Alemão foi esfacelado, o Estado diminuiu considera-
velmente, o que colaborou para a formação da chamada República de Weimar, um novo Estado re-
presentante do povo alemão.
As Forças Armadas também sofreram profunda redução em todo o seu poderio, aparato e contin-
gente, pois era temor generalizado que a Alemanha se rearmasse e buscasse revanchismo contra os
vencedores da guerra.
As indenizações e retaliações ao território alemão causaram severa crise econômica e alimentaram
um sentimento de indignação entre os alemães por conta do entendido exagero nas cláusulas do Tra-
tado. Esses exageros foram a justificativa levantada, anos depois, por Hitler para a situação do povo
alemão e para a 2ª Guerra Mundial, visto como necessário para reerguer a Alemanha.

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