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FACETEN – Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil

CURSO: LICENTURA EM HISTÓRIA


DISCIPLINA: HISTÓRIA DA AMÉRICA II
PROFESSOR:
ACADÊMICAS:

MUCAJAÍ – RR
2021
RESUMO:
Processo de Desenvolvimento Político e Econômico da América

A expansão para outros territórios já era uma prática comum para muitos
Impérios antigos. Porém, o termo imperialismo foi cunhado para abarcar
especialmente as políticas de expansão e de conquistas de novos mercados
adotadas pelas potências industriais durante a segunda metade do século XIX, e
envolvia aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais das nações de mais
poder entre os países da Europa.
Deste modo, a fase conhecida como Imperialismo, é entendida como o
processo histórico entre os anos 1880 até 1914, no qual as maiores potências da
época, especialmente as europeias, passavam por um momento de intenso
comércio.
No contexto latino-americano, o imperialismo foi um elemento relevante para
condicionar o desenvolvimento dos países da América Latina. Com exceção do
Caribe e de alguns territórios na América do Sul a América Latina não sofreu tanto
com a ocupação territorial imperialista por parte das grandes potências europeias.
No entanto, o fato de os países latino-americanos ter conquistado a sua
independência era um fator que fazia com que as potências imperialistas utilizassem
outras estratégias de dominação.
Assim, mesmo após os processos de independência das antigas colônias e a
formação dos novos países autônomos, as soberanias nacionais nunca deixaram de
sofrer toda sorte de assédios e interferências das potências europeias. O que
certamente, este não foi um processo linear, incitando, por tanto, importantes
mudanças.
Dentro desse processo, a Inglaterra teve grande destaque, pois procurou
atuar em diversos setores da economia dos países latinos, emprestando dinheiro,
exercendo controle de bancos e levando diversos países a um grande
endividamento externo. Com os investimentos as empresas estrangeiras passavam
a controlar boa parte da infraestrutura do país, como ferrovias, serviços de bondes,
água, esgoto, gás eletricidade, telefonia, entre outros.
Quanto ao Imperialismo norte-americano, este pode ser percebido a partir de
um histórico de ações e doutrinas da sua política externa que tem como intenção,
controlar eventos em todo o mundo, de maneira que favoreça seus próprios
interesses econômicos, políticos e estratégicos. Assim, suas ações baseavam-se no
domínio de setores estratégicos da economia de diversos países, ou seja, setores
que moviam a economia desses países. Assim, controlavam o cobre chileno, o
estanho da Bolívia, o petróleo do México e da Venezuela, o açúcar em Cuba, entre
outros.
Em 1823, surge a Doutrina Monroe, anunciada pelo presidente James
Monroe. Esta é geralmente resumida na frase “América para os americanos”,
expressando a ideia de que todos os territórios do continente possuem direito à
independência. Na prática, a Doutrina Monroe serve para “expulsar” gradualmente
Grã-Bretanha e França, potências ainda com alguma influência nas Américas,
colocando em seu lugar os Estados Unidos, que acabam por “apadrinhar”
econômica e politicamente todos os países da área.
Um exemplo do imperialismo norte-americano fica evidente na sua relação
com Cuba. Os norte-americanos, que tinham investimentos na produção de açúcar e
tabaco em Cuba, que era uma possessão espanhola, entraram em atrito com a
Espanha e ajudaram indiretamente Cuba a se livrar dos espanhóis através da
Guerra Hispano-Americana, em 1898.
Na guerra hispano-americana (1898) Cuba era a principal colônia da Espanha
no Caribe, mas sua economia açucareira era, em parte, dominada por americanos.
A guerra de Independência Cubana (1895-1898), vinha causando violência e
desordens que ameaçavam os negócios americanos na ilha. Em abril de 1898 os
EUA reconheceram a independência de Cuba e afirmaram que não tinham interesse
em anexar a ilha, entrando em seguida, em guerra contra a Espanha. Os Estados
Unidos venceram a guerra e anexaram as Filipinas, Guam e Porto Rico. A Guerra foi
amplamente favorável aos Estados Unidos, que acabaram tomando Porto Rico e as
Filipinas dos espanhóis, estendendo suas garras posteriormente ao Havaí e as ilhas
de Guam.
No caso dos cubanos, contudo, se haviam, por um lado, se livrado dos
espanhóis, por outro, os norte-americanos não cumpriram os acordos feitos com os
cubanos durante o processo de independência e ocuparam Cuba de 1898 até 1902,
onde foram obrigados a assinar a Emenda Platt (1901), que dava aos Estados
Unidos o direito de intervir na ilha através de ação militar, além da criação de uma
base militar na região, a famosa base de Guantánamo. A Emenda Platt foi abolida
em 1934. A independência oficial de Cuba ocorreu em 1902, mas a ilha, na prática,
virou uma "semicolônia" dos EUA, que ampliaram o domínio sobre a economia
cubana.
A partir deste momento os americanos passaram a associar a dominação
econômica à intervenção militar. Tal política ficou conhecida como a política do Big
Stick (ou porrete, em português), levada a cabo pelo presidente Theodore
Roosevelt, onde os EUA passam a agir através de guerras, ou fomento de
revoluções ou ainda mediante influência econômica para expandir o poder e a
presença norte-americana pelo mundo.
Atualmente, em momento de crise econômica global e de contenção de
gastos, os EUA procuram exercer sua influência de modo mais discreto, sem
despertar grande reprovação da opinião pública em geral.

REFERÊNCIAS

HISTÓRIA2066. O Imperialismo na América Latina. 2016. Disponível em:


<https://historia2066.wordpress.com/2016/05/16/o-imperialismo-na-america-latina-e-
na-p/> Acesso em: 13 mar. 2021.

SANTIAGO, Emerson. Imperialismo Norte-americano. 2021. Disponível em:


<https://www.infoescola.com/politica/imperialismo-norte-americano/> Acesso em: 15
mar. 2021.

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