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História
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A conjuntura construída em Cuba ao longo do século XX
fez da ilha um local marcado pela desigualdade e miséria de
boa parte da população. Em contrapartida, em regiões turís-
ticas, sobretudo os estadunidenses, desfrutavam de cassinos
e prostituição. Na conjuntura da Guerra Fria, um golpe de Es-
tado foi dado em 1952, colocando Fulgencio Batista no poder
de Cuba. Alinhado aos interesses dos grandes latifundiários e
de multinacionais sediadas nos Estados Unidos, Batista cons-
truiu um governo marcado pela corrupção e pela exploração
amparadas nos interesses comerciais estrangeiros.
Em reação ao golpe de Estado, um grupo de estudan-
tes de direito organizou, em 1953, um ataque ao quartel de
Moncada. Fracassado, o grupo foi preso. Entre os estudan-
tes estava Fidel Castro, que foi posteriormente exilado no
México. Durante o exílio, ele conheceu Ernesto “Che” Gueva-
ra, que era um médico argentino que havia feito uma longa
viagem pela América Latina conhecendo as realidades de
setores marginalizados, os quais tinham grande semelhan-
ça com a experiência cubana conhecida por Castro. A afi-
nidade entre os dois não aconteceu, exclusivamente, por se
sensibilizarem com a situação de miséria da América Latina,
mas também por se posicionarem de maneira crítica em ▶ Fidel Castro foi uma das principais figuras
relação ao imperialismo dos Estados Unidos e por encon- vinculadas ao socialismo no século XX. Ele
morreu em 2016, alimentando o sentimento
trarem , nos ideais marxistas e na experiência soviética , pos- de perda entre seus adoradores e sofrendo
síveis alternativas. diversas críticas de seus opositores.
Liderando um grupo de combatentes, Castro e Guevara se dirigiram para Cuba em 1956 e até 1959
estiveram lutando naquilo que ficou conhecido como as guerrilhas em Sierra Maestra. Tratava-se de uma
forma de atuação que visava à formação de um exército paramilitar com as forças camponesas. Eram
formações militares organizadas no ambiente agrícola que se serviam de densas florestas para esconder
os locais de treinamento e os centros de inteligência que estruturavam as ações. Foi entre a população
que mais sofria com o governo de Fulgencio Batista que os revolucionários encontraram pessoas para
organizar um ataque na capital do país, Havana.
Em 1959, o grupo liderado por Castro e Guevara conseguiu tomar a capital e submeter o governo a
sua autoridade. Para as elites locais da época, o fato foi caracterizado como um golpe de Estado, para
as tropas guerrilheiras, uma revolução. Fulgencio Batista fugiu com receio de ser morto pelos revolucio-
nários. O que chama atenção na revolução cubana é o fato de se tratar de um movimento socialista que
conseguiu tomar uma área de influência dos Estados Unidos. Após apoiar militarmente algumas tentativas
frustradas de destituir o governo socialista, tal como a invasão da Baia dos Porcos, os estadunidenses de-
cidiram parar de comercializar com Cuba, demarcando o início do embargo econômico. Isso significava
que nenhum país alinhado ao capitalismo poderia realizar livremente acordos econômicos com o governo
estabelecido pelos revolucionários.
Após a revolução de 1959, foi, mais precisamente, em 1961 que a característica socialista do governo
se tornou explícita para o mundo. Entre as iniciativas tomadas por Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara
estavam a organização da reforma agrária, a estatização de empresas estrangeiras e o fechamento dos
cassinos. O alinhamento com os ideais defendidos pela União Soviética intensificou o clima de bipolari-
zação da Guerra Fria. No ano seguinte, em 1962, o serviço de inteligência estadunidense fotografou, por
meio de seu trabalho de espionagem, uma série de mísseis que estavam supostamente prontos para laçar
um ataque sobre os Estados Unidos.
O episódio ficou conhecido como a crise dos mísseis e mobilizou o governo de Washington a criticar
veementemente a tecnologia nuclear soviética colocada em Cuba. Alguns especialistas afirmam que, nes-
se momento de tensão, uma “Terceira Guerra Mundial” de proporções nucleares ficou eminente. Entretan-
to, após algumas negociações, os mísseis foram retirados e a situação da paz armada voltou a caracterizar
as relações entre as duas superpotências.
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História
Conexões e tramas
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Como estudamos no terceiro bimestre do 9o ano, no Brasil, em 1964, um golpe militar
articulado com apoio estadunidense tomou o poder do então presidente eleito João
Goulart. Vale lembrar que o argumento utilizado para legitimar o golpe foi a suposta
“ameaça comunista” sobre o Brasil.
▶ Após contribuir para a revolução em Cuba, Ernesto “Che” Guevara tentou liderar
revoluções socialistas em outros locais do mundo. Para evitar suas atuações na
América Latina, a CIA esteve por trás do seu assassino na Bolívia em 1967.
Viajando na cultura
O documentário Buena Vista Social Club, de Wim Wenders (Senator Film: Alemanha, 1999), conta a história da formação de
um grupo musical cubano que passou a se apresentar em diversos palcos espalhados pelo mundo. É interessante observar
diversos aspectos da cultura cubana que o documentário revela, entre os quais se destaca os ritmos musicais típicos da ilha.
O estilo harmônico e melódico faz referência, em larga medida, às matrizes culturais africanas que chegaram à região em
razão do tráfico de cativos.
Viagem no tempo
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1 O texto a seguir foi escrito por José Martín, cubano entusiasta da independência, em 1890. Leia-o com
atenção e, depois, faça o que se pede.
[Os Estados Unidos] acreditam na necessidade, no direito bárbaro, como único direito: “isto será nosso,
porque dele necessitamos”. Acreditam na superioridade incontrastável da “raça anglo-saxônica contra a
raça latina”. Acreditam na baixeza da raça negra, que escravizaram ontem e humilham hoje, e da indígena,
que exterminam. Acreditam que os povos hispano-americanos são formados, principalmente, de índios
e de negros [...] podem os Estados Unidos convidar a Hispanoamérica a uma união sincera e útil para
Hispanoamérica? Convém à Hispanoamérica a união política e econômica com os Estados Unidos?
Apud. AYERBE, Luis Fernando. A Revolu•‹o Cubana. São Paulo: Editora Unesp, 2004. p. 25.
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Viagem no tempo
a) Identifique a visão que, segundo o autor, os Estados Unidos tinham da Hispanoamérica.
c) Tendo em vista seus conhecimentos sobre o tema, produza um pequeno texto respondendo à úl-
tima pergunta colocada por José Martín: “Convém à Hispanoamérica a união política e econômica
com os Estados Unidos”?
2 Podemos dizer que o comportamento dos Estados Unidos em relação à América Latina após a Re-
volução Cubana de 1959 confirma o pensamento de José Martín. Nesse sentido, explique: como o
governo estadunidense atuou na política latino-america a partir desse acontecimento?
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História
Compreendendo o conceito
O sionismo é o movimento nacionalista judaico inaugurado por Theodor Herzl, em 1897. Trata-se de uma perspectiva
defensora da criação de um Estado para os judeus, cuja justificativa se assentava no antissemitismo experimentado por esse
setor social em diversos países europeus. Ao longo do século XX, o movimento ganhou força, sobretudo, em um contexto no
qual se expandiram as ideias totalitárias. Vale lembrar que a população judaica foi perseguida pelo nazismo e direcionada a
campos de concentração entre os anos 1930 e 1940.
É importante destacar que, desde as primeiras décadas do século XX, já havia grande migração de
judeus para a região da Palestina. O local havia sido historicamente o berço da população judaica e da
cultura monoteísta hebraica. O argumento sionista, de maneira geral, caminhava na direção de reivindicar
a terra que havia sido habitada por seus antepassados. Em meio a esse processo migratório, a convivência
com as populações palestinas locais ainda não tinha produzido grandes beligerâncias. Os palestinos eram
árabes islâmicos que moravam na região e compunham a formação social local.
Após a Primeira Guerra Mundial, parte do Oriente Médio havia sido apropriada por potências colonia-
listas. França e Inglaterra assumiram a liderança local em razão do interesse cada vez maior por petróleo.
A abundância dessa fonte de energia na região não pode ser desconsiderada nas análises geopolíticas.
Entretanto, após a Segunda Guerra Mundial, tais países estavam sem condições de mediar as relações lo-
cais – momento no qual o desejo por um Estado nacional judeu passou a pautar de maneira contundente
as discussões internacionais. Os massacres produzidos pelos nazistas contra a população semita mobili-
zaram a opinião pública a concordar com essa demanda.
Nesse contexto, a Organização das Nações Unidas (ONU) assume a liderança e propõem uma parti-
lha do território entre palestinos e judeus.
A intenção da ONU era criar dois estados, A partilha da Palestina proposta pela ONU
um para cada grupo. Entretanto, a maior LÍBANO
parte da terra ficou para a composição
do Estado judaico, o qual abrigaria uma SÍRIA
parcela menor da população local. Já Haifa
uma porção menor de território foi des-
R io Jordão
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Após a proclamação do Estado de Israel, ocorreu um evento que ficou conhecido como Guerra de
Independência, em 1948. Nele, a nação recém-criada lutou contra uma reunião de países islâmicos, entre
os quais estavam Egito, Síria, Líbano, Iraque e Jordânia, uma vez que esses países não aceitaram a forma-
ção do Estado judeu nas condições em que ela foi realizada. Apesar de Israel estar isolado e em aparente
desvantagem, o país contou com o apoio dos Estados Unidos, o que foi fundamental para a sua vitória.
O interesse estadunidense estava vinculado a ter um forte aliado na região que possuía significativas re-
servas de petróleo.
Como consequência desse conflito, os israelenses anexaram porções dos territórios que haviam
sido determinados, originalmente, para ocupação dos palestinos. Em 1950, Israel também criou a Lei
do Retorno, garantindo a cidadania israelense aos judeus que imigrassem para o país. A quantidade de
judeus que passou a imigrar começou a aumentar, e essas pessoas foram alocadas em lugares que haviam
sido tomados do território palestino. Além disso, vários palestinos que viviam nessas terras foram expulsos
para dar lugar aos judeus imigrantes.
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História
▶ Manifestação palestina questionando a morte de crianças nos conflitos árabe-israelenses. Destaca-se a bandeira da Palestina,
adotada pela OLP em 1988 como símbolo do movimento.
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Para ampliar contextos
A questão palestina foi duramente exposta nos meios de comunica-
HUSSEIN HUSSEIN/PPO/FILES/AFP
ção internacionais e denunciada aos órgãos vinculados à ONU por meio
dos esforços de várias lideranças. Entre elas destacou-se a atuação de
Yasser Arafat. Presidente da OLP de 1969 a 2004, Arafat foi uma liderança
palestina reconhecida em todo o mundo, sobretudo por apontar que os
interesses econômicos e geopolíticos oriundos da Guerra Fria no Oriente
Médio eram os principais responsáveis pela condição à qual as populações
islâmicas estão sendo expostas. Em diversos momentos em que se tentou
organizar acordos de paz, Arafat era chamado para as discussões com as
lideranças israelenses e de outras grandes potências internacionais.
▶ Yasser Arafat foi condecorado com o Prêmio Nobel da Paz em 1994 em razão dos
seus esforços para colocar fim ao conflito árabe-israelense.
Para pensar!
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Refugiado é uma pessoa que pede abrigo político em um determinado país em razão de ter experi-
mentado, no seu local de origem, perseguições políticas, religiosas ou condições insustentáveis de vida.
Foi o caso dos palestinos, que passaram a ser duramente perseguidos em Israel. As autoridades judaicas
não toleravam a presença da população islâmica, que foi excluída de participação política e representação
nas instituições de governo. Sobre os refugiados palestinos, leia o texto a seguir.
No Brasil, pouco se conhece sobre a real complexidade do problema existente há décadas entre Israel e
Palestina. Mas a “catástrofe”, denominada assim pelos palestinos, pode ser resumidamente compreendida se
pensarmos a partir de 14 de maio de 1948, quando Israel foi fundado, e 750 mil deles tiveram que fugir de suas
casas para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses.
O ano de 1948 era apenas o começo de um conflito que dura até hoje e parece longe de um acordo de paz.
Mas a pergunta é: “Como e onde vivem esses refugiados atualmente?” Cerca de 5 000 estão no campo de refu-
giados de Aida. Centenas deles sentiram na pele toda essa mudança de vida, e o restante foi a herança deixada
por eles de uma vida toda de sofrimento e luta pela liberdade.
O campo de Aida foi criado em 1950 na Cisjordânia, mais precisamente em Belém. A cidade é considerada
sagrada, porque, segundo a Bíblia, foi o local do nascimento de Jesus Cristo. Uma região em que supostamente
deveria reinar a paz é palco de um conflito que parece eterno, uma panela de pressão, sempre prestes a explodir.
Um acordo entre Israel e Palestina é complicado, já que os conflitos vão além de divergência religiosa, dinheiro,
disputa por territórios e questões políticas. Mexe com o ego, vontade de exercer a liberdade de ir e vir e com o fu-
turo de milhares de famílias, misturado com mágoa do que já passou e indignação por parte de quem perdeu casa,
integrantes da família e até a própria identidade, já que o território palestino não é oficialmente considerado um
país – embora seja considerado membro observador da ONU, mesmo status conferido ao Vaticano.
O acampamento foi estabelecido pela UNRWA, entidade da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável
especificamente pelos refugiados palestinos, que o arrendou do governo da Jordânia – que à época controlava a região.
REFUGIADOS do próprio país, palestinos vivem há décadas em campos na Cisjordânia. MigraMundo, 29 jan. 2019.
Disponível em: <https://migramundo.com/refugiados-do-proprio-pais-palestinos-vivem-ha-decadas-
em-campos-na-cisjordania/>. Acesso em: 21 maio 2021.
A notícia evidencia, entre outras coisas, a continuidade das tensões iniciadas na conjuntura da Guerra
Fria. Tendo em vista seus conhecimentos e as informações trazidas na reportagem, debata com os
colegas a respeito das seguintes questões.
1. Qual atitude os países deveriam assumir diante do problema dos refugiados?
2. O que você faria se possuísse poder para intervir nos problemas expostos?
3. Qual é a importância da ONU para a questão dos refugiados palestinos?
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História
Reprodução/Biblioteca do Congresso,
Washington, EUA.
havia uma forte aproximação entre Israel e os Estados
Unidos. Nesse sentido, armar um país que se posicio-
nava de maneira contundente em um local significa-
tivo do ponto de vista da exploração do petróleo era
fundamental para evitar a associação dos soviéticos
com os países árabes.
Aproximadamente três anos após a Guerra dos
Seis Dias, Gamal Abdel Nasser morre no Egito. A su-
cessão do poder naquele país aconteceu com a chega-
da de Anwar Sadat. Diferentemente de Nasser, Sadat
possuía uma postura isolacionista e, em larga medida,
contrária à união dos povos árabes na luta contra Is-
▶ Anwar Sadat construiu uma relação de aproximação com
rael. Esse posicionamento, entretanto, não impediu os Estados Unidos. Na foto, ele (à esquerda) se encontra
que o clima de beligerância diminuísse na região. com o presidente estadunidense Jimmy Carter (à direita).
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Entre as consequências da Guerra do Yom Kippur, como ficou conhecida, destaca-se o fato de Israel
ter sofrido contundentes baixas, tal como os países islâmicos. No entanto, apesar da aparente fragilidade,
parecia claro aos povos islâmicos do Oriente Médio que o poderio militar israelense era desproporcional e
que um combate direto dificilmente acarretaria uma derrota israelense.
Nesse sentido, emergiu outra arma de combate, não militar, mas econômica. A Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP), composta principalmente de países árabes, criou um boicote aos Esta-
dos Unidos e a alguns países europeus, quadruplicando o preço do barril no mercado internacional. O valor
passou, em 1974, de 3 para 12 dólares por barril. Os efeitos dessa ação repercutiram como uma bomba na
economia desses países. O objetivo era pressionar a comunidade internacional para que Israel renunciasse aos
territórios apropriados desde a Guerra dos Seis Dias. Nesse sentido, o petróleo havia se tornado uma “arma
política”. A iniciativa da OPEP foi responsável por uma crise econômica global – a chamada crise do petróleo.
Conexões e tramas
Na conjuntura dos anos 1970, a economia mundial já havia se globalizado, de modo que diversas conexões e dependências
em plano transnacional já estavam estabelecidas. No terceiro bimestre no 9º ano, estudamos que os efeitos da crise do
Petróleo no Brasil repercutiram no fim do “milagre econômico” do governo Médici, durante a Ditadura Civil-Militar. Os altos
índices de crescimento foram impactados, criando -se um cenário de inflação e desemprego.
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países ocidentais, a questão que pairava no ar era como reconstruir
o capitalismo em meio a esse cenário. A opção escolhida por países
como Inglaterra e Estados Unidos foi desenvolver algumas medidas
que, de maneira geral, podem ser enquadradas como neoliberais.
Entre as medidas adotadas estavam a garantia de estabilidade
monetária, a redução dos gastos estatais com serviços públicos (ciclo
de privatizações) e a restauração de taxas “naturais” de desemprego.
A ideia era que certa parcela de desempregados era importante para
uma autorregulação dos salários, permitindo a ampliação nos inves-
timentos. De maneira geral, a prioridade estava centrada na volta do
crescimento econômico.
Entre as lideranças que apoiavam essas mudanças estava Margareth
Thatcher, na Inglaterra. Seu governo durou de 1979 a 1990 e foi mar-
cado por inúmeros cortes sociais, os quais alimentavam a insatisfa-
ção da classe trabalhadora. A maneira como Thatcher lidou com as
greves e manifestações sociais foi muito dura, repercutindo ideais ▶ Em meio à crise do petróleo, a General
Motors experimentou o lançamento dos
antissindicais por meio da repressão policial. Não raro, confrontos
primeiros carros elétricos. Tratava-se de
entre as forças de segurança pública e os trabalhadores causaram uma fonte de energia alternativa para a
mortes. Tal postura fez com que Thatcher ficasse conhecida como a mobilidade urbana.
“dama de ferro”.
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História
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face dos problemas de desemprego e desigualdade experimen-
tados como consequência da crise do petróleo. Argumentan-
do a favor dos ideais defendidos pelos setores do operariado
inglês, a própria estética era direcionada para criticar e causar
impacto entre a população conservadora inglesa. Entre as mani-
festações do movimento estavam diversas bandas de rock k que
ecoavam em suas letras palavras de protesto.
▶ Integrante do movimento punk, em Londres.
Para construir
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1 O texto a seguir foi escrito pelo historiador Eric Hobsbawm. Leia-o com atenção e, depois, faça o que
se pede.
Em meados da década de 1970, o mundo entrou no que se chamou de Segunda Guerra Fria. Coincidiu
com uma grande mudança na economia mundial, o período de crise a longo prazo que caracterizaria as
duas décadas a partir de 1973 e que atingiu o clímax no início da década de 1980. Contudo, de início a
mudança no clima econômico não foi muito notada pelos participantes do jogo das superpotências, a não
ser por um súbito salto nos preços da energia provocado pelo bem-sucedido golpe do cartel de produtores
de petróleo, a OPEP, um dos vários acontecimentos que pareceram sugerir um enfraquecimento no domínio
internacional dos EUA.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 241.
b) Explique por quais motivos os anos 1970 marcaram um aparente “enfraquecimento no domínio
internacional dos EUA”.
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Para construir
3 Explique qual foi a alternativa encontrada pelo capitalismo para resolver os problemas gerados pela
crise do petróleo.
2 O texto a seguir fala sobre o governo de John F. Kennedy, presidente estadunidense que governou
o país na conjuntura da emergência do socialismo em Cuba. Leia-o com atenção para fazer o que
se pede.
O eixo inicial da mudança de rumos proposto por Kennedy será a promoção de reformas econômicas
e sociais, o que não significa o abandono das políticas preventivas e repressivas das administrações
precedentes. Na prática, nos dois campos haverá inovações e aperfeiçoamento dos instrumentos de política
externa, que serão combinados de forma a atender às exigências colocadas pela conjuntura desses anos.
A postura do governo Kennedy será pragmática: para implementar a política de reformas estruturais, criará
a Aliança para o Progresso (Alpro) e, para prevenir novas experiências inspiradas na Revolução Cubana, a
política de treinamento e aparelhamento das forças repressivas latino-americanas será reforçada.
AYERBE, Luis Fernando. A Revolução Cubana. São Paulo: Editora Unesp, 2004. p. 47.
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História
Construa um parágrafo analisando a crítica presente na imagem à luz dos seus conhecimentos sobre
a bipolaridade da Guerra Fria e as tensões entre Israel e os países árabes.
5 Leia com atenção o trecho que fala sobre a crise do petróleo nos anos 1970.
O poder de influir decisivamente na formação dos preços de petróleo passou, então, para a OPEP, criada
em 1960 e tendo a Arábia Saudita como seu membro mais influente. Esse poder ficou bastante evidenciado
após a Guerra Árabe-Israelense (Yom Kippur), entre Egito e Síria de um lado e Israel do outro em outubro
de 1973. Como os EUA e muitos países ocidentais apoiaram Israel, os países árabes e o Irã impuseram
aos mesmos um embargo no fornecimento de petróleo que resultou num decréscimo líquido da produção
mundial de 4 milhões de barris diários até março de 1974. A consequência imediata foi que o petróleo teve
seu preço quadriplicado no final desse ano.
PEDROSA, Oswaldo; CORRÊA, Antônio. A crise do petróleo e os desafios do pré-sal. Boletim de Conjuntura, v. 2, p. 4-14, 2016. p. 8.
Com base no texto, construa um parágrafo relacionando a atuação da OPEP às transformações eco-
nômicas globais na década de 1970.
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