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Revolução

Cubana
Letícia e Sthéfany
Líderes
Fidel Castro
Raúl Castro
Ernesto Che Guevara
Camilo Cienfuegos
Contexto Histórico
Cuba tornou-se independente em 1898, a partir do apoio dos EUA contra a
Espanha, e desde então tornou-se uma espécie de quintal dos EUA, onde
inúmeros negócios norte-americanos se desenvolviam com lucros
altíssimos às custas da exploração da economia cubana. O processo de
oposição contra o poder em Cuba se iniciou a partir do golpe político
realizado por Fulgêncio Batista, em 10 de março de 1952, que resultou na
derrubada do então presidente Carlos Prío Socarrás. A partir do golpe,
Fulgêncio Batista instituiu uma forte ditadura militar com forte repressão
da imprensa e de qualquer movimento político de oposição e com ela se
iniciou a luta de Fidel Castro e seus partidários. Podemos afirmar,
portanto, que o movimento liderado por Fidel Castro é, ao mesmo tempo,
uma luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista e também uma luta
nacionalista contra as intervenções norte-americanas nos assuntos
cubanos, tanto em questões políticas quanto em questões econômicas.

Fulgêncio Batista no golpe de Estado de 10 de março.


Início da Luta e Derrota
A luta contra Fulgêncio Batista começou a partir de 1953, quando
foi organizado o ataque ao Quartel de Moncada, na cidade de
Santiago, no dia 26 de julho. O objetivo do ataque era realizar a
tomada das armas, porém o ataque foi um fracasso e Fidel
Castro e seu irmão foram presos. Fidel Castro foi condenado a 15
anos de prisão, contudo, dois anos depois, em 1955, foi perdoado
por Fulgêncio Batista em razão da pressão pública que havia
sobre Batista. Fidel e seu irmão se exilaram no México e de lá
organizaram novamente o movimento a fim de retornar à Cuba
para derrubar Fulgêncio Batista.
No México, Fidel Castro organizou um grupo de 81 homens e
entre eles estavam Raúl Castro, Ernesto Che Guevara e Camilo
Cienfuegos, que retornaram à ilha de Cuba em 1956 e em
dezembro do mesmo ano sofreram um ataque do exército
cubano e foram derrotados. Após a derrota, os sobreviventes
fugiram e se esconderam na região de Sierra Maestra.

Fidel Castro na prisão em julho de 1953 após o Assalto ao quartel Moncada.


Derrota do governo Cubano
Os rebeldes voltaram a Cuba e, de 1956 a 1959, entraram em confronto
contra o exército do governo. Depois de se esconderem em Sierra Maestra,
no dia 1 de janeiro de 1959, conseguiram derrotar o governo cubano, quando
Batista fugiu da ilha. Fidel Castro e seu grupo chegaram a Havana, capital
cubana, em 8 de janeiro daquele ano. A derrota é explicada pelo historiador
Eric Hobsbawm da seguinte maneira:

Fidel venceu porque o regime de Batista era frágil, não tinha apoio real, a
não ser o motivado pela conveniência e o interesse próprio, e era liderado
por um homem tornado indolente por longa corrupção. Desmoronou assim
que a oposição de todas as classes políticas, da burguesia democrática aos
comunistas, se uniram contra ele, e os próprios agentes, soldados, policiais
e torturadores do ditador concluíram que o tempo dele se esgotara.

O apoio e a participação ao processo vivido por Cuba.


Novo Governo
O novo governo estabeleceu Manuel Urrutia na presidência
de maneira provisória e Fidel Castro como primeiro-
ministro. A partir de 1959, começaram a ser implantadas
diversas reformas no país. As primeiras medidas do novo
governo que foram acabar com a dependência econômica
dos Estados Unidos por meio da reforma agrária e da
estatização de empresas estrangeiras. O novo governo
cubano tentou diversificar a economia do país para reduzir
a dependência do açúcar e também promover certa
industrialização porém ambas fracassaram.

Osvaldo Dorticós (centro) substituiu Urrutia como presidente em fevereiro de 1959


A invasão da Baia dos Porcos
Com essas ações, os Estados Unidos opuseram-se abertamente contra o
governo cubano e passaram a organizar medidas para sabotar Cuba. Uma
das ações mais conhecidas organizadas pelos americanos foi o ataque
conduzido em 1961: a Invasão da Baía dos Porcos. Nessa ocasião,
dissidentes cubanos financiados pela CIA tentaram invadir o país.
A oposição dos Estados Unidos às medidas tomadas por Cuba é
compreendida melhor dentro do contexto da Guerra Fria, conflito político
e ideológico que dividiu o mundo em dois blocos: um de orientação
capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e outro de orientação socialista,
liderado pela União Soviética.
As medidas tomadas por Cuba desagradavam aos Estados Unidos e, por
isso, os revolucionários cubanos começaram a ser acusados de serem
comunistas, apesar das negativas de Fidel Castro de ser ideologicamente
alinhado ao comunismo. As ações dos Estados Unidos contra Cuba
pavimentaram o caminho que levou a ilha caribenha a associar-se com a
União Soviética, a grande inimiga dos americanos.

Soldados de Castro na Praia Giron


Consequência
A medida adotada pelos EUA foi apoiar os golpes militares
contra governos simpáticos ao comunismo e que poderiam
se inspirar na Revolução Cubana para se distanciar dos
Estados Unidos e se aproximar da União Soviética.
Uma consequência da Revolução de 1959 foi a presença
soviética em um país próximo aos Estados Unidos. Dessa
forma, Moscou poderia ameaçar Washington apesar da
distância entre as duas capitais. Em 1962, a Crise dos
Mísseis em Cuba, por pouco, não colocou americanos e
soviéticos em uma guerra de fato, que envolveria armas
nucleares.
Portanto, a Revolução Cubana aprofundou a rivalidade
entre as superpotências e trouxe para a América Latina o
conflito ideológico da Guerra Fria e a disputa por zonas de
influência entre Estados Unidos e União Soviética.
REFERÊNCIAS
mundoeducacao.uol.com.br
brasilescola.uol.com.br
www.historiadomundo.com.br

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