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1918), um
dos fundadores da Clínica do Restelo, ou seja, o actual Hospital de S. Francisco Xavier, em
Lisboa. Américo Cardoso Botelho, engenheiro de formação, chegou a Angola no dia 9 de
Novembro de 1975, para assumir funções na administração da Diamang, a contra-ciclo da
presença portuguesa no território (a independência do país verificou-se dois dias depois da
sua chegada). Durante 15 meses, pôde exercer o cargo de que estava investido, deslocando-
se com frequência ao Congo, Camarões, Botswana, Malawi e outros países africanos. Em
Fevereiro de 1977 foi preso, e preso ficou, sem culpa formada, até Agosto de
1980. Holocausto em Angola é o relato desses 30 meses de cativeiro, que o subtítulo
regista com exemplar secura: Memórias de entre o cárcere e o cemitério. Em 611 páginas
de grande formato, o autor dá testemunho do horror. Leram Purga em Angola (2007)
de Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus? Pois o livro de Américo Cardoso Botelho — que
tem um capítulo de 68 páginas exclusivamente dedicado ao 27 de Maio de 1977, isto é, ao
impropriamente chamado Golpe Nitista, tema aliás recorrente ao longo da obra —
consegue a proeza de trazer à colação um coeficiente de horror ainda maior. A vertigem
totalitária do MPLA, as prisões em massa decretadas por Neto, o verdadeiro Estado dentro
do Estado que a DISA de facto foi em determinado período, a tortura de prisioneiros, os
julgamentos populares, os fuzilamentos frente às valas comuns, o papel dos cubanos na
repressão, e por aí fora. Enquanto o livro de Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus,
porventura mais ideológico, tem enfoque na matança do 27 de Maio de 1977, o de Américo
Cardoso Botelho, predominantemente factual, começa antes e acaba muito depois,
fazendo grande angular sobre as circunstâncias que permitiram a barbárie. Dois
subcapítulos, ‘Testemunhas privilegiadas’ e ‘Fragmentos de Vidas’, recuperam histórias
individuais de vários portugueses apanhados pelo terror: entre muitos outros, Telles Grillo,
o major Costa Martins, Manuel Ennes Ferreira, Vasco Pereira, Maria do Céu Veloso, que
presumo seja Maria da Luz Veloso, pois os incidentes biográficos coincidem. ‘Memórias da
Coragem’ faz o mesmo do lado angolano. Ao longo do volume, as indispensáveis notas de
rodapé permitem estabelecer nexos e seguir o percurso (até aos dias de hoje) de quase
todos os protagonistas — fautores e vítimas — do Holocausto angolano. Para quem, como
Américo Cardoso Botelho, não é historiador, e tem a humildade de ficar
pelas memórias, Holocausto em Angola presta um inestimável serviço à memória
colectiva de portugueses e angolanos. A organização do índice permite um bom cotejo de
personagens e acontecimentos. Um apêndice reúne fac símiles de inúmera
correspondência oficial e oficiosa (cartas de Neto, Chipenda, Wandalika, Pio Deiana,
Marie-Gertrude Motema, Zeca Pinho, Rosa Coutinho, etc.), bem como outro tipo de
documentação. Um portfolio fotográfico completa o volume, que é prefaciado por Simão
Cacete. Longe de recensear a obra, limito-me a uma chamada de atenção. Uma coisa é
certa: a História vai-se fazendo. Blog – Da Literatura Endereço electrónico
HOLOCAUSTO em ANGOLA
A grande "invasão"
Fala este livro de um drama. Do meu - talvez o mais pequeno de todos. Do de todos
esses que conheceram o inferno prisional angolano nos anos que se seguiram à
independência, no contexto de uma guerra que encarcerou o povo angolano em
fronteiras de violência sem medida. A máquina de guerra sustentou o poder do MPLA,
perpetuou uma luta fratricida e enredou na repressão o quotidiano de muitos, angolanos
e estrangeiros, fazendo da jovem nação campo de refugiados, deslocados e orfãos. Falo
de holocausto, não por desconsiderar aquele que a história contemporânea da Europa
viveu - o holocausto por antonomásia -, mas porque a desumanidade tamanha desse não
pode ocultar outros holocaustos que o curso dos anos somou à história de muitos povos.
Dessa nação angolana falo eu aqui, nação a fazer-se cujas dores não eram de parto mas
de luto por tantos filhos supliciados e exterminados com a ajuda de exércitos
estrangeiros.
Cubanos em Angola
Era uma unidade hoteleira de última geração e a sua ocupação pelos militares cubanos
deitava por terra o futuro do empreendimento. Depois da ocupação permaneceram as
paredes e pouco mais - instalações sanitárias, louças, mobiliário, aparelhos diversos,
torneiras, tudo estava destruído ou desaparecido. Foi mais tarde reconstruído por uma
empresa brasileira (SISAL) e explorado pela cadeia Meridien. Só nessa altura os
angolanos puderam entrar naquele empreendimento hoteleiro. Após longas negociações,
José Cristovão conseguiu reaver o hotel, mas à boleia teve de aceitar como sócio o
Estado partidocrático angolano, com a cota de 20%, sem qualquer indemnização pelos
prejuízos anteriores.
Na obra referida, Juan Benemelis sublinha que, desde o seu planeamento, toda a
campanha angolana estará nas mãos de militares cubanos de carreira, sobretudo
daqueles que estudaram na URSS:
Se a operação Carlota se torna um verdadeiro teatro de operações e da experiência dos
comandos militares cubanos no que respeita à sua capacidade operacional, sob o ponto
de vista interno serve de trampolim a Raul Castro [...]. Para o seu plano de maior
envergadura em Angola, Castro conta com o seu ministro das Forças Armadas, Raul
Castro, o major general Senen Casas Regueiro, chefe do EM, o general Julio Casas
Regueiro, vice-primeiro-ministro das Forças Armadas e chefe da logística, os generais
Raul Diaz Arguelles, Arnaldo Ochoa, Raul Menendez Tomassevich, Leopoldo Cintras
Frias, Abelardo Ibarra (Furry), Jose Ramon Fernandez (el gallego), Armando Fleites
Ramirez, Lopes Cuba, etc (8).
Benemelis, conhecedor da situação angolana, refere que a unidade 3051, do exército
cubano, desembarcou em Luanda, a 19 de Setembro, transportada pelo navio almirante
Sierra Maestra (9). Mesmo sem estarem ainda recompostos da viagem marítima, os
militares foram colocados de imediato atrás dos tanques T-34 e T-35 que deviam
reforçar as defesas da capital. A infantaria, com a mesma urgência, começou a cavar
trincheiras em redor da cidade. Tratava-se de preparar uma acção que visava a FNLA e
os seus apoiantes. Foi assim que Quifandongo conheceu a morte de tantos angolanos sob
o fogo de um exército estrangeiro. Aí, uma multidão de simpatizantes da FNLA pereceu
sob a violência de projécteis incendiários. Os tanques disparavam projécteis de
fragmentação despedaçando os corpos. Parte daquela multidão procurou a fuga,
correndo no sentido inverso aos disparos. Mas os mísseis de 122 mm perseguiam as suas
vítimas até uma distância de 20 quilómetros, com o auxílio de aviões de reconhecimento
- não raro, os MiG 21 desciam em voo picado participando no morticínio.
É claro que Cuba levou, também, consigo as cicatrizes da guerra. Segundo dados que
circularam nos media, estima-se que morreram cerca de 2.289 militares cubanos e que
muitos milhares ficaram feridos durante essa intervenção que levou para Angola 377.033
soldados e 56.622 oficiais, para apoiar o poder de Luanda (cf. Público, 25-02.02).
O período em que estive na prisão coincidiu com um dos mais violentos na história da
independência da nação angolana. Recentemente, o historiador Carlos Pacheco referia-
se com justeza a esse tempo de brutalidades:
Durante três anos mantiveram-se milhares de jovens nas piores condições possíveis, em
estado de maus-tratos. A penitenciária de São Paulo (Em Luanda), por exemplo,
abarrotava de presos políticos incursos em vários processos: 27 de Maio, Revolta Activa
(à Revolta activa pertencia a fina-flor dissidente do MPLA), OCA (Organização
Comunista de Angola), CAC'S (Comités Amílcar Cabral), e assim por diante (12).
O problema maior era a saída da prisão. Como sempre, estes regimes de violência
arbitrária são também alfobres de corrupção. Assim, segundo expedientes que só
conheci depois de sair de Angola, aqueles que me davam apoio faziam-me chegar à
prisão malas da TAP com comida, roupa, sapatos e medicamentos - com as malas vinham
muitos outros produtos pedidos, que eu nem chegava a ver, para satisfazer as
autoridades que favoreciam a sua entrada. Como entravam, também saíam. Dentro
desses sacos vinha ainda uma folha de cartão que lhes dava forma. Esse cartão foi o meu
veículo de transporte e comunicação. Ele era constituído por inúmeras folhas prensadas
que eu separava cuidadosamente. Depois voltava a juntá-las, mas agora com os meus
manuscritos codificados, no interior delas. A operação seguinte consistia em voltar a dar
à folha de cartão o seu aspecto original. Tudo era recomposto com o auxílio de um
pouco de cola e do peso do meu próprio corpo (até as capas de uma Bíblia foram, a
certa altura, um veículo insuspeito). Quanto aos sapatos, o procedimento era similar.
Descoladas as forras, enchimentos e solas, aí eram escondidos muitos apontamentos
cifrados. Seguiam um destino em tudo semelhante às malas. Os sapatos conheceram, no
entanto, uma ajuda suplementar, a dos zairenses. Estes eram a mão-de-obra usada na
prisão para a distribuição da comida e outros afazeres. Ofereci-lhes muitas vezes roupa
e sapatos. Muitos deles levavam-nos calçados para o Zaire, com material escondido, na
altura da sua libertação (quando fui posto em liberdade, viajei de Lisboa a Kinshasa para
recuperar toda essa informação). Assim, durante cerca de três anos e meio, emigraram
da prisão uns quatro mil apontamentos, narrativas do quotidiano, desabafos, pequenas
histórias de vidas, denúncias, um mar de observações e conversas que preencheu os dias
do meu degredo.
Quando conheci de novo a liberdade, a minha primeira missão foi descodificar todos
aqueles apontamentos, pois havia o risco de eu perder a memória de muitos dos
pormenores que eram essenciais para a interpretação daqueles fragmentos. Foram oito
meses de trabalho diário, realizado em Lisboa e Paris. O resultado foi uma vasta
documentação de recolha oral que fechei no cofre de um banco. Demorei vários anos
para ganhar a coragem e a disponibilidade necessárias para transformar em livro a
memória dessa experiência. O trabalho era gigantesco. Acabei por escolher dentro
dessas notas um determinado percurso. O que aqui se apresenta corresponde, assim, a
menos de metade dessas anotações.
A memória dessas noites em que a violência abria as portas de ferro das celas
sobrelotadas de gente e daquele cheiro dos dejectos humanos acumulados. O
chamamento dos nomes, os berros e pontapés, os passos de todos esses a caminho da
pior tortura - com vista à extorsão de informações ou à assinatura de autos forjados - ou
votados ao suplício mortal. As vozes de todos esses - uns mais contidos, outros mais
impertinentes -, de vinte e sente nacionalidades, de tez e línguas diversas, alguns deles
empurrados para a loucura. O choro dos que iam para a morte e o alívio dos que
descobriam que o nome chamado não era o seu.
Entre essas vozes, jovens estudantes na militante procura da pátria almejada, militância
não alinhada, carregando o pecado da discordância e, por isso, enclausurada entre os
muros do inferno prisional angolano. Outros, presos por tão pouco: a cobiça de uma
casa, um carro, um frigorífico. Os portugueses, porque alguém se queria apropriar dos
seus bens (alguns trouxeram, em troca, balas no corpo), sem um mínimo de respeito
pelos procedimentos diplomáticos (o mesmo desrespeito pela comunidade internacional
se descobriu em alguns fóruns internacionais como a OUA e a ONU, onde foram algumas
vezes solicitadas explicações aos poderes do MPLA.
Quando iniciei a redacção deste livro tinha bem presente a convicção de que esta ampla
relação de factos e testemunhos pudesse adensar a urgência de perguntar por
responsabilidades face ao direito internacional. A imprescritibilidade dos crimes contra a
humanidade, de acordo com a respectiva convenção da ONU, estava no meu horizonte,
como estava a jurisprudência de Nuremberga (14). Não é minha missão, nem
competência, traçar os quadros de classificação dos inúmeros crimes de que este livro
dá testemunho. A outros deverá competir responder à premência dessa obrigação. Mas
não tenho dúvidas de que um tribunal internacional encontrará, entre estes factos,
matéria de investigação e acusação: execuções sumárias, torturas, prisões prolongadas
sem acusação formal, campos de concentração, condições prisionais inumanas, abusos
sexuais, o desaparecimento sem rasto de opositores ao regime de Luanda, negação dos
devidos direitos aos cidadãos estrangeiros, uso abusivo de barreiras de controlo policial,
destruição e pilhagem, bombardeamentos indiscriminados, entre outras matérias. É hoje
insuportável pensar que muitos dos responsáveis por crimes tão graves possam viver
descansados, uns protegidos pela imunidade, outros ainda com as rédeas do poder nas
mãos. É tempo de a justiça responder a tanta impunidade.
À entrada (fachada) das Nações Unidas (Nova Iorque).
O historiador Carlos Pacheco conta-se entre os poucos que persistem em não deixar
morrer a memória desse genocídio:
Ele participou nos interrogatórios. Ele esteve diante de mim, esteve totalmente
envolvido com aquele interrogatório que foi um verdadeiro processo de achincalha. Eles
tentaram achincalhar-me moralmente, ameaçaram-me. Eu não ouvi da parte de
Pepetela uma ameaça. Ele nunca proferiu uma ameaça, ou não ouvi. Outras pessoas,
como Ndunduma, o proferiram. O Ndunduma, já contei isto num artigo há uns anos,
num dado momento, levantou-se abruptamente, foi ao exterior da sala, e quando
regressou fazia-se acompanhar do comandante Rui Matos e de outros militares. E antes
do comandante Rui Matos ter falado, o Ndunduma disse que se eu não prestasse as
declarações que aquelas pessoas pretendiam, os militares tratariam de mim. Aquilo foi
uma sessão de humilhação, acusaram-me de muitas coisas, de ser da CIA, do KGB... Foi
uma sessão que o próprio Pepetela terá que esclarecer, uma vez que estava presente. A
postura moral dele perante os acontecimentos do 27 de Maio tem que ser muito bem
explicada por ele. Eu faço a seguinte pergunta: o Pepetela não sabia que a maioria das
pessoas, senão a totalidade, estavam naquela situação de presos ilegais, porque tinham
sido sequestrados, privados ilegalmente da sua liberdade? Tenho dúvidas que uma só
pessoa que fosse, tivesse sido presa por mandato judicial (17).
Parece claro que, para além das dimensões da violência que deu corpo à reacção ao
golpe nitista de 27 de Maio de 1977, o peso da névoa fere profundamente a memória de
muitos angolanos. Mesmo se predispostos para o perdão, não são menos exigentes
quanto à justiça. Veja-se este depoimento de Luís dos Passos, líder do Partido
Renovador Democrático:
Como um dos sobreviventes do 27 de Maio, tenho dito que podemos perdoar, mas nunca
nos esqueceremos deste acontecimento. Se assim fosse, estaríamos a esquecer a nossa
própria história e a darmos um apagão no nosso passado [...]. O que tem estado a
acontecer é que algumas reivindicações feitas por nós, através de contactos que temos
encetado com o MPLA [resultaram num] comunicado em que a Direcção do maioritário
refere a tomada de algumas medidas jurídico-legais de salvaguarda dos orfãos e viúvas.
Há pessoas que perderam os seus entes queridos e juridicamente a situação não está
resolvida, porque não têm certidões de óbito e outros deixaram bens sem estarem
declarados. Enfim, deve apurar-se quem são os orfãos e as viúvas (18).
Não quero repetir o inferno cujas portas este livro abre. Quero apenas deixar patentes
as razões da sua escrita, que poderia maldosamente ser lida como um acerto de contas.
Contas terão de prestar os actores que perpetuaram e porventura ainda hoje prolongam
um regime de violação permanente dos direitos mais elementares. A mim cabe-me dar
cumprimento ao dever de ser fiel à minha memória e à memória dos que confiaram em
mim durante a minha passagem pelas prisões angolanas. A desumanidade desses tempos
do meu cativeiro, de facto, prolongou-se, infelizmente, para muitos angolanos, no
tempo. Os ecos na Imprensa, aquém da dimensão dos problemas, continuaram a fazer-se
ouvir:
(3) Segundo Benemelis "o terrorismo sempre figurou na agenda de Castro, ainda que se
tentem dificultar as evidências. Muitas das organizações que operavam nos anos sessenta
obtiveram treino, bases e inclusive instrução cubana. O PLO, as Brigadas Vermelhas, os
Tupamaros, os Montoneros, o comando Boudiaf e outras mais pequenas devem parte da
sua existência à generosidade de Fidel Castro", Juan Benemelis, Castro, subversão e
terrorismo em África, Europress, 1986, 191; cf. 262s.
(4) Ibid., 234-236.
(8) Ibid., 259.
(10) "O medo e a revolta são sentimentos dominantes entre os jornalistas angolanos que
trabalham em Portugal, depois de o semanário O Independente ter noticiado a presença
em Lisboa de um «matador» - supostamente a soldo das autoridades de Luanda -, que
terá como alvos profissionais da comunicação social de Angola a residir em solo
português". Tal e Qual, 26.11.04.
(12) Ibid, 115.
(14) Cf. Jean-Marc Varaut, Le procès de Nuremberg, Ferrin, 1992. Sob a protecção do
anonimato que a Internet facilita, aumenta o coro dos que exigem, em relação a Angola,
justiça internacional: "À boa maneira do MPLA só falta culparem o colono por este
genocídio. Faço uma pergunta: porque é que um grupo de cidadãos angolanos não leva
os responsáveis por este genocídio ao Tribunal Internacional de Haia? Alguns dos
responsáveis ainda estão vivos, só que agora nenhum assume a culpa". "Como jovem
angolano, gostava que, de uma vez por todas, se acabasse com o nevoeiro do que foi o
27 de Maio. Não esquecendo-o, mas através do esclarecimento dos envolvidos, porque só
assim a História de Angola terá a página voltada".
(19) Expresso, 24.06.00.
Continua
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Prólogo
"Não esqueçamos (...) que a palavra «liceu» pertence à tradição aristotélica, porque está
associada ao culto de Apolo, príncipe das nove musas e à vitória da humanidade sobre a
animalidade. Não é a técnica nem a ciência o que humaniza o homem, e se (...) o liceu não deve
ser mais do que um colégio das artes, temos de concluir (...) pela afirmação de que o liceu
nada será se não cultivar a mais alta e difícil das artes, que é a de filosofar".
Álvaro Ribeiro
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