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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.............................................................................................................................2
1. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................3
1.2. ANGOLA PRÉ COLONIAL..............................................................................................3
1.3. ANGOLA COLONIAL......................................................................................................4
1.4. A CONQUISTA DA INDEPENDÊNCIA...........................................................................5
1.5. A GUERRA CIVIL............................................................................................................5
1.6. CULTURA ANGOLANA..................................................................................................6
1.7. O NASCIMENTO DA NAÇÃO ANGOLANA..................................................................7
CONCLUSÃO...............................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................10
INTRODUÇÃO

A antropologia de Angola é definida do ponto de vista arqueológico desde o Paleolítico,


através de fontes escritas e orais, desde meados do primeiro milénio e na situação de
uma colónia portuguesa, estatuto que teve até 11 de Novembro de 1975, quando acedeu
à independência na sequência de uma guerra de libertação e de um golpe militar.

A nação é uma comunidade, segundo Benedict Anderson, porque todos os seus membros
partilham de um sentimento de companheirismo profundo e horizontal. É imaginada, pois
nenhum de seus membros jamais terá contato com todos os demais membros da nação,
apesar de todos eles serem capazes de se identificar com seus semelhantes. É imaginada
como limitada, porque seus limites são claramente definidos e separados das demais
nações através de fronteiras. Por fim, a nação é imaginada como soberana, pois este
conceito foi criado em um momento em que a legitimidade dos reinos dinásticos era
contestada pelas revoluções burguesas e pelo Iluminismo, especialmente pelas ideias de
soberania e liberdade.

A partir desta definição, Benedict Anderson apresenta empírica e teoricamente como as


nações são imaginadas, dando ênfase principal ao papel do capitalismo de imprensa e à
vernacularização das línguas para a construção das nações modernas.
Baseado na ideia de que a nação é uma comunidade imaginada, pretende-se, neste trabalho,
compreender quais foram os aspectos selecionados pelos “pais fundadores” da nação
angolana para compor a identidade nacional angolana. Contudo, vista a enorme
multiplicidade de matrizes culturais em Angola, é necessário considerar que a imaginação
de uma nação não dá conta de todas as identidades presentes no interior do território
nacional.

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1. DESENVOLVIMENTO

1.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE ANGOLA


Angola, oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental de África, cujo
território principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo,
a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico.

Inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do
Congo, a norte.

Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da


colónia britânica de Santa Helena.

1.2. ANGOLA PRÉ COLONIAL

Os habitantes originais de Angola foram caçadores-colectores coissã, dispersos e pouco


numerosos, Foram encontrados instrumentos de pedra e outros, dos homens do Paleolítico
Na Lunda, no Zaire e no Cuangar, gravuras rupestres nas no Deserto do Namibe que foram
denominadas gravuras do Chitundo-Hulu, atribuídas aos antepassados dos povos san.

Nos primeiros quinhentos anos da era actual, as populações bantu da África Central, que já
dominavam a siderurgia do ferro, iniciaram uma série de migrações para leste e para sul, a
que se chamou a expansão bantu. Parte destas populações fixaram-se a Norte e ao Sul da
parte inferior do Rio Congo (ou Zaire), portanto também no Noroeste do território de
Angola. Com o tempo, estas populações constituíram o povo Kongo, de língua Kikongo.

Outras populações fixaram-se inicialmente na região dos Grandes Lagos Africanos e,


no século XVII, deslocaram-se para oeste, atravessando o Alto Zambeze até ao Cunene:
eram os grupos hoje designados como nganguela, mas também os Ovambo e os Xindonga.
No ano de 1568, entrava um novo grupo pelo norte, os jagas, que combateram os Bakongo
que os empurraram para sul, para a região de Kassanje. No século XVI ou mesmo antes,
os nhanecas (vanyaneka) entraram pelo sul de Angola, atravessaram o Cunene e instalaram-
se no planalto da Huíla.

No mesmo século XVI, um outro povo abandonava a sua terra na região dos Grandes
Lagos, no centro de África, e veio também para as terras angolanas. Eram os hereros (ou
ovahelelo), um povo de pastores. Os hereros entraram pelo extremo leste de Angola,
atravessaram o planalto do Bié e depois foram-se instalar entre o Deserto do Namibe e
a Serra da Chela, no sudoeste angolano.

Já no século XVIII, entraram os ovambo (ou ambós), grandes técnicos na arte de trabalhar
o ferro, deixaram a sua região de origem no baixo Cubango e vieram estabelecer-se entre o

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alto Cubango e o Cunene. No mesmo século, os côkwe abandonaram o Catanga e
atravessaram o rio Cassai. Instalaram-se inicialmente na Lunda, no nordeste de Angola,
migrando depois para sul.

Finalmente, já no século XIX apareceu o último povo que veio instalar-se em Angola: os
cuangares (ou ovakwangali). Estes vieram do Orange, na África do Sul, em 1840, chefiados
por Sebituane, e foram-se instalar primeiro no Alto Zambeze. Então chamavam-
se macocolos. Do Alto Zambeze alguns passaram para o Cuangar no extremo sudoeste
angolano, onde estão hoje, entre os rios Cubango e Cuando.

As guerras entre estes povos eram frequentes. Os migrantes mais tardios eram obrigados a
combater os que estavam estabelecidos para lhes conquistar terras. Para se defenderem, os
povos construíam muralhas em volta das sanzalas. Por isso, há em Angola muitas ruínas de
antigas muralhas de pedra. Essas muralhas são mais abundantes no planalto do Bié e no
planalto da Huíla, onde se encontram, também, túmulos de pedra e galerias de exploração
de minério, testemunhos de civilizações mais avançadas do que geralmente se supõe.

1.3. ANGOLA COLONIAL

Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegam


ao Zaire em 1482. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelos portugueses desta
região de África, incluindo Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma aliança com
o Reino do Congo, que dominava toda a região. A sul deste reino existiam dois outros, o
do Reino do Dongo e o de Reino da Matamba, os quais não tardam a fundir-se, para dar
origem ao Reino de Angola (c. 1559).

Explorando as rivalidades e conflitos entre estes reinos, na segunda metade do século


XVI os portugueses instalam-se na região de Angola. O primeiro governador de
Angola, Paulo Dias de Novais, procura delimitar este vasto território e explorar os seus
recursos naturais, em particular minas de prata que ouvira falar. A penetração para o
interior é muito limitada. Em 1576 fundam São Paulo da Assunção de Luanda, a actual
cidade de Luanda. Angola transforma-se rapidamente no principal mercado abastecedor de
escravos para as plantações da cana-de-açúcar do Brasil.

A colonização efectiva do interior só se inicia no século XIX, após a independência do


Brasil (1822) e o fim do tráfico de escravos (1836-42), mas não da escravatura. Esta
ocupação do interior tinha o carácter de uma resposta às pretensões de outras potências
europeias, como a Inglaterra, a Alemanha e a França, que reclamavam na altura o seu
quinhão em África. Diversos tratados são firmados estabelecendo os territórios que a cada
uma cabem, de acordo com o seu poder e habilidade negocial.

Alcançada a desejada "ocupação efectiva", Portugal — melhor dito: o regime ditatorial,


entretanto instaurado naquele país por António de Oliveira Salazar — concentrou-se em

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Angola na consolidação do Estado colonial. Esta meta foi atingida com alguma eficácia.
Num lapso de tempo relativamente curto foi edificada uma máquina administrativa dotada
de uma capacidade não sem falhas, mas sem dúvida significativa de controle e de gestão.
Esta garantiu o funcionamento de uma economia assente em dois pilares: o de uma
imigração portuguesa que, em poucas décadas, fez subir a população europeia para mais de
100 000, com uma forte componente empresarial, e o de uma população africana sem
direito à cidadania, na sua maioria — ou seja, com a excepção dos povos (agro-)pastores do
Sul — remetida para uma pequena agricultura orientada para os produtos exigidos pelo
colonizador (café, milho, sisal), pagando impostos e taxas de vária ordem, e muitas vezes
obrigada, por circunstâncias económicas e/ou pressão administrativa, a aceitar trabalhos
assalariados geralmente mal pagos.

1.4. A CONQUISTA DA INDEPENDÊNCIA

Nos anos 1950 começou a articular-se uma resistência multifacetada contra a dominação
colonial, impulsionada pela descolonização que se havia iniciado no continente africano,
depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.[28] Esta resistência, que visava a
transformação da colónia de Angola em país independente, desembocou a partir de 1961
num combate armado contra Portugal que teve três principais protagonistas:
 Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), cuja principal base social
eram os ambundos e a população mestiça, bem como partes da inteligência branca, e
que tinha laços com partidos comunistas em Portugal e países pertencentes ao
então Pacto de Varsóvia;
 Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com fortes raízes sociais entre
os congos e vínculos com o governo dos Estados Unidos e ao regime de Mobutu Sese
Seko no Zaire, entre outros;
 União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), socialmente
enraizada entre os ovimbundos e beneficiária de algum apoio por parte da China.

Na sequência do derrube da ditadura em Portugal (25 de Abril de 1974), abriram-se


perspectivas imediatas para a independência de Angola. O novo governo revolucionário
português abriu negociações com os três principais movimentos de libertação, o período de
transição e o processo de implantação de um regime democrático em Angola (Acordos de
Alvor, Janeiro de 1975).

1.5. A GUERRA CIVIL

A independência de Angola não foi o início da paz, mas o início de uma nova guerra aberta.
Muito antes do Dia da Independência, a 11 de Novembro de 1975, já os três grupos
nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo
controle do país, e em particular da capital, Luanda. Cada um deles era na altura apoiado
por potências estrangeiras, dando ao conflito uma dimensão internacional.

A União Soviética e principalmente Cuba apoiavam o MPLA, que controlava a cidade de


Luanda e algumas outras regiões da costa, nomeadamente o Lobito e Benguela. Os cubanos

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não tardaram a desembarcar em Angola (5 de Outubro de 1975). A África do Sul apoiava a
UNITA e invadiu Angola (9 de Agosto de 1975). O Zaire, que apoiava a FNLA, invadiu
também este país, em Julho de 1975. A FNLA contava também com o apoio
da China, mercenários portugueses e ingleses mas também com o apoio da África do Sul.

Os EUA, que apoiaram inicialmente apenas a FNLA, não tardaram a ajudar também a
UNITA. Neste caso, o apoio manteve-se até 1993. A sua estratégia foi durante muito tempo
dividir Angola.

Em 31 de maio de 1991, com a mediação de Portugal, EUA, União Soviética e da ONU,


celebraram-se os acordos de Bicesse (Estoril), terminando com a guerra civil desde 1975, e
marcando as eleições para o ano seguinte.
As eleições de Setembro de 1992, deram a vitória ao MPLA (cerca de 50% dos votos). A
UNITA (cerca de 40% dos votos) não reconheceu os resultados eleitorais. Quase de
imediato sucedeu-se um banho de sangue, reiniciando-se o conflito armado, primeiro em
Luanda, mas alastrando-se rapidamente ao restante território.

A UNITA restabeleceu primeiramente a sua capital no Planalto Central com sede no


Huambo (antiga Nova Lisboa), no leste e norte diamantífero.

Em 1993, o Conselho de Segurança das Nações Unidas embargou as transferências de


armas e petróleo para a UNITA. Tanto o governo como a UNITA acordaram em parar as
novas aquisições de armas, mas tudo não passou de palavras.

Entretanto o Ocidente passara a apoiar o governo do MPLA, o que marcou o declínio


militar e político da UNITA, com este movimento a ter cada vez mais dificuldades em
financiar as suas compras militares, perante o avanço no terreno das FAA, e dado o
embargo internacional e diplomático a que se viu votada.

Em Dezembro de 1998, Angola retornou ao estado de guerra aberta, que só parou em 2002,
com a morte de Jonas Savimbi (líder da Unita).

Com a morte do líder histórico da UNITA, este movimento iniciou negociações com o
Governo de Angola com vista à deposição das armas, deixando de ser um movimento
armado, e assumindo-se como mera força política.

1.6. CULTURA ANGOLANA

A cultura angolana é tributária das etnias que se constituíram no país há séculos -


principalmente os ovimbundos, ambundos, congos, chócues e ovambos. Por outro lado,
Portugal esteve presente na região de Luanda e mais tarde também em Benguela a partir do
séculos XVI, ocupando o território correspondente à Angola de hoje durante o século XIX e
mantendo o controle da região até 1975. Esta presença redundou em fortes influências
culturais, a começar pela introdução da língua portuguesa e do cristianismo.

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A riqueza cultural de Angola manifesta-se em diferentes áreas. No artesanato, destaca-se a
variedade de materiais utilizados. Através de estatuetas em madeira, instrumentos musicais,
máscaras para danças rituais, objectos de uso comum, ricamente ornamentados, pinturas a
óleo e areia, é comprovada a qualidade artística angolana, patente em museus, galerias de
arte e feiras. Associado às festas tradicionais promovidas por etnias locais está também um
grande valor cultural.

A presença constante da dança no quotidiano é produto de um contexto cultural apelativo


para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto
da criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta ligação é
fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais (os jovens
são os que mais se envolvem), onde a dança se revela determinante enquanto factor de
integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário.

Neste particular, destaca-se algumas festas típicas em Angola:


a) Festas do Mar - estas festas tradicionais designadas por “Festas do Mar”, têm lugar
na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter cultural,
recreativo e desportivo. Realizam-se na época de verão e é habitual terem exposições
de produtos relacionados com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e agro-
pecuária;
b) Carnaval - o desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda. Vários
corsos carnavalescos e corsos alegóricos desfilam numa das principais avenidas de
Luanda e de Benguela;
c) Festa da Nossa Senhora da Muxima - o santuário da Muxima está localizado no
Município da Kissama, Província de Luanda e durante todo o ano recebe milhares de
fiéis. É uma festa muito popular que se realiza todos os anos e que inevitavelmente
atrai inúmeros turistas, pelas suas características religiosas.

Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer
misturas com outras culturas e a música anuncia a riqueza artística de Angola, com os
ritmos do kizomba, semba, rebita, cabetula, kilapanga e os novos estilos, como o zouk e
kuduro, a animar as noites africanas.

As danças tradicionais assumem, paralelamente, a sua relevância, a par da gastronomia rica


e variada. A literatura angolana tem origem no século XIX, com uma função marcadamente
“intervencionista e panfletária de uma imprensa feita pelos nativos da terra”, sendo que a
mesma reflecte também a riqueza cultural do país. É a cultura que molda a imagem de
Angola no mundo. Uma política cultural externa para a representação da diversidade
cultural de Angola é, portanto, uma grande preocupação do Governo angolano.

1.7. O NASCIMENTO DA NAÇÃO ANGOLANA

Durante as décadas de 1950 e 1960, o campo do nacionalismo angolano foi marcado por
uma extrema fragmentação através do surgimento de diversos movimentos de libertação
nacional, sendo os principais deles o Movimento Popular de Libertação de Angola

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(MPLA), a União das Populações de Angola (UPA), que posteriormente se tornaria
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), e a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA). No tortuoso percurso até a conquista da
independência, estes três movimentos de libertação se empenharam em uma intensa
disputa pelo protagonismo político angolano, o que resultaria em diversas crises e
confrontos, bem como tentativas de aproximação entre as partes, algo que jamais foi
concretizado de forma sistemática, incontestável e por um longo tempo. Sendo assim,
neste capítulo, busca-se principalmente entender o surgimento do nacionalismo político
organizado em Angola, destacando algumas questões identitárias e políticas que guiaram
os embates entre os movimentos de libertação.

A identidade da Nação angolana teve lugar nos movimentos de libertação nacional


angolanos, nesta fase os agrupamentos políticos angolanos se organizaram em duas
frentes distintas, divididas basicamente segundo critérios etnolinguísticos e ideológicos.

A primeira corrente nacionalista se originou em meio ao grupo etnolinguístico bacongo,


em geral, seus militantes pertenciam ao grupo dos novos assimilados, tinham um grau
econômico mais modesto e um nível de instrução mais baixo. Esta primeira corrente
nacionalista era composta majoritariamente por negros.

Já a segunda vertente do nacionalismo angolano formou-se no seio da camada


urbana de assimilados, alguns com formação educacional mais avançada, neste segmento,
havia a presença de brancos, mestiços e negros, esta corrente se enviesou por um trajeto
ideológico mais progressista, próximo às ideias marxistas que se difundiam pela África
em um momento de intensa polarização ideológica decorrente da Guerra Fria.

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CONCLUSÃO

Uma nação realiza-se sistematicamente em quatro pontos que são:


 Cultural: conhecer a cultura um do outro como ponto do diálogo, partilhar um
mesmo bem e do reconhecimento no outro, a condição fundamental de querer
viver em conjunto;
 Social: O bem-estar social é um dos símbolos de pertença a um lugar comum.
 Político: a república dinamiza-se com diálogo permanente, concorrência com
periodicidade, em busca do bem-estar global, com toda sua simbologia de
pertença colectiva, a democracia é uma concorrência das forças representativas ou
diálogo dos símbolos na construção do bem colectivo.
 Econômico: a saúde económica nacional consiste na produção e partilha das
riquezas dos constituintes: a desigualdade ontológica entre as pessoas não
desaparece; a igualdade dos constituintes desiguais perante o bemestar individual,
é princípio do bem colectivo.

Ao estudarmos sobre a fundação da Nação Angolana tendo em conta a formação dos três
principais movimentos de libertação nacional angolanos, saltam aos olhos três aspectos
comuns a todos eles:
 Menção ao socialismo como referência ideológica, ao menos em suas propostas
iniciais;
 Discurso de combate ao tribalismo e de união nacional;
 Utilização do argumento étnico para deslegitimar os movimentos oponentes.

Angola ainda não alcançou plenamente o Estado-nação através destes quatro pontos de
forma sistemática. Trata-se de um país “recém-criado”, à procura da normalização de sua
existência, enquanto Estado responsável, com as suas tarefas juntos dos seus cidadãos.
Agostinho Neto proclamou o Estado angolano, e José Eduardo dos Santos consolidou a
ideia de nação angolana.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 DANIELA S. Dias, 2012, o que vem a ser Nação no contexto atual? Brasília a. 49
n. 196 out./dez. 2012
 ABRANCHES, Henrique. Identidade e património cultural. Porto (Portugal):
Edições Asa/ União dos Escritores Angolanos, 1989.
 ALVES, Amanda Palomo. Angolano Segue em Frente: um panorama do
cenário musical urbano de Angola entre as décadas de 1940 e 1970. Tese
de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História
Social da Universidade Federal Fluminense. 2015.
 ANDRADE, Mário Pinto de. Origens do Nacionalismo Africano. Lisboa:
Publicações Dom Quixote,1997.
 ANDRÉ, Antônio Miguel. A formação do Homem Novo – uma visão dos
técnicos governamentais atuando hoje em Angola. Tese de Doutorado
apresentada na Faculdade de Educação da UNICAMP, 2004.
 COELHO Virgilho, 2015, A classificação etnográfica dos povos de Angola
(1.ª parte)
 https://journals.openedition.org/mulemba/473
 https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/livro-de-antropologia-angolana-
apresentado-em-mocambique/

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