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INTRODUÇÃO.............................................................................................................................2
1. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................3
1.2. ANGOLA PRÉ COLONIAL..............................................................................................3
1.3. ANGOLA COLONIAL......................................................................................................4
1.4. A CONQUISTA DA INDEPENDÊNCIA...........................................................................5
1.5. A GUERRA CIVIL............................................................................................................5
1.6. CULTURA ANGOLANA..................................................................................................6
1.7. O NASCIMENTO DA NAÇÃO ANGOLANA..................................................................7
CONCLUSÃO...............................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................10
INTRODUÇÃO
A nação é uma comunidade, segundo Benedict Anderson, porque todos os seus membros
partilham de um sentimento de companheirismo profundo e horizontal. É imaginada, pois
nenhum de seus membros jamais terá contato com todos os demais membros da nação,
apesar de todos eles serem capazes de se identificar com seus semelhantes. É imaginada
como limitada, porque seus limites são claramente definidos e separados das demais
nações através de fronteiras. Por fim, a nação é imaginada como soberana, pois este
conceito foi criado em um momento em que a legitimidade dos reinos dinásticos era
contestada pelas revoluções burguesas e pelo Iluminismo, especialmente pelas ideias de
soberania e liberdade.
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1. DESENVOLVIMENTO
Inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do
Congo, a norte.
Nos primeiros quinhentos anos da era actual, as populações bantu da África Central, que já
dominavam a siderurgia do ferro, iniciaram uma série de migrações para leste e para sul, a
que se chamou a expansão bantu. Parte destas populações fixaram-se a Norte e ao Sul da
parte inferior do Rio Congo (ou Zaire), portanto também no Noroeste do território de
Angola. Com o tempo, estas populações constituíram o povo Kongo, de língua Kikongo.
No mesmo século XVI, um outro povo abandonava a sua terra na região dos Grandes
Lagos, no centro de África, e veio também para as terras angolanas. Eram os hereros (ou
ovahelelo), um povo de pastores. Os hereros entraram pelo extremo leste de Angola,
atravessaram o planalto do Bié e depois foram-se instalar entre o Deserto do Namibe e
a Serra da Chela, no sudoeste angolano.
Já no século XVIII, entraram os ovambo (ou ambós), grandes técnicos na arte de trabalhar
o ferro, deixaram a sua região de origem no baixo Cubango e vieram estabelecer-se entre o
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alto Cubango e o Cunene. No mesmo século, os côkwe abandonaram o Catanga e
atravessaram o rio Cassai. Instalaram-se inicialmente na Lunda, no nordeste de Angola,
migrando depois para sul.
Finalmente, já no século XIX apareceu o último povo que veio instalar-se em Angola: os
cuangares (ou ovakwangali). Estes vieram do Orange, na África do Sul, em 1840, chefiados
por Sebituane, e foram-se instalar primeiro no Alto Zambeze. Então chamavam-
se macocolos. Do Alto Zambeze alguns passaram para o Cuangar no extremo sudoeste
angolano, onde estão hoje, entre os rios Cubango e Cuando.
As guerras entre estes povos eram frequentes. Os migrantes mais tardios eram obrigados a
combater os que estavam estabelecidos para lhes conquistar terras. Para se defenderem, os
povos construíam muralhas em volta das sanzalas. Por isso, há em Angola muitas ruínas de
antigas muralhas de pedra. Essas muralhas são mais abundantes no planalto do Bié e no
planalto da Huíla, onde se encontram, também, túmulos de pedra e galerias de exploração
de minério, testemunhos de civilizações mais avançadas do que geralmente se supõe.
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Angola na consolidação do Estado colonial. Esta meta foi atingida com alguma eficácia.
Num lapso de tempo relativamente curto foi edificada uma máquina administrativa dotada
de uma capacidade não sem falhas, mas sem dúvida significativa de controle e de gestão.
Esta garantiu o funcionamento de uma economia assente em dois pilares: o de uma
imigração portuguesa que, em poucas décadas, fez subir a população europeia para mais de
100 000, com uma forte componente empresarial, e o de uma população africana sem
direito à cidadania, na sua maioria — ou seja, com a excepção dos povos (agro-)pastores do
Sul — remetida para uma pequena agricultura orientada para os produtos exigidos pelo
colonizador (café, milho, sisal), pagando impostos e taxas de vária ordem, e muitas vezes
obrigada, por circunstâncias económicas e/ou pressão administrativa, a aceitar trabalhos
assalariados geralmente mal pagos.
Nos anos 1950 começou a articular-se uma resistência multifacetada contra a dominação
colonial, impulsionada pela descolonização que se havia iniciado no continente africano,
depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.[28] Esta resistência, que visava a
transformação da colónia de Angola em país independente, desembocou a partir de 1961
num combate armado contra Portugal que teve três principais protagonistas:
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), cuja principal base social
eram os ambundos e a população mestiça, bem como partes da inteligência branca, e
que tinha laços com partidos comunistas em Portugal e países pertencentes ao
então Pacto de Varsóvia;
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com fortes raízes sociais entre
os congos e vínculos com o governo dos Estados Unidos e ao regime de Mobutu Sese
Seko no Zaire, entre outros;
União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), socialmente
enraizada entre os ovimbundos e beneficiária de algum apoio por parte da China.
A independência de Angola não foi o início da paz, mas o início de uma nova guerra aberta.
Muito antes do Dia da Independência, a 11 de Novembro de 1975, já os três grupos
nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo
controle do país, e em particular da capital, Luanda. Cada um deles era na altura apoiado
por potências estrangeiras, dando ao conflito uma dimensão internacional.
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não tardaram a desembarcar em Angola (5 de Outubro de 1975). A África do Sul apoiava a
UNITA e invadiu Angola (9 de Agosto de 1975). O Zaire, que apoiava a FNLA, invadiu
também este país, em Julho de 1975. A FNLA contava também com o apoio
da China, mercenários portugueses e ingleses mas também com o apoio da África do Sul.
Os EUA, que apoiaram inicialmente apenas a FNLA, não tardaram a ajudar também a
UNITA. Neste caso, o apoio manteve-se até 1993. A sua estratégia foi durante muito tempo
dividir Angola.
Em Dezembro de 1998, Angola retornou ao estado de guerra aberta, que só parou em 2002,
com a morte de Jonas Savimbi (líder da Unita).
Com a morte do líder histórico da UNITA, este movimento iniciou negociações com o
Governo de Angola com vista à deposição das armas, deixando de ser um movimento
armado, e assumindo-se como mera força política.
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A riqueza cultural de Angola manifesta-se em diferentes áreas. No artesanato, destaca-se a
variedade de materiais utilizados. Através de estatuetas em madeira, instrumentos musicais,
máscaras para danças rituais, objectos de uso comum, ricamente ornamentados, pinturas a
óleo e areia, é comprovada a qualidade artística angolana, patente em museus, galerias de
arte e feiras. Associado às festas tradicionais promovidas por etnias locais está também um
grande valor cultural.
Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer
misturas com outras culturas e a música anuncia a riqueza artística de Angola, com os
ritmos do kizomba, semba, rebita, cabetula, kilapanga e os novos estilos, como o zouk e
kuduro, a animar as noites africanas.
Durante as décadas de 1950 e 1960, o campo do nacionalismo angolano foi marcado por
uma extrema fragmentação através do surgimento de diversos movimentos de libertação
nacional, sendo os principais deles o Movimento Popular de Libertação de Angola
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(MPLA), a União das Populações de Angola (UPA), que posteriormente se tornaria
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), e a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA). No tortuoso percurso até a conquista da
independência, estes três movimentos de libertação se empenharam em uma intensa
disputa pelo protagonismo político angolano, o que resultaria em diversas crises e
confrontos, bem como tentativas de aproximação entre as partes, algo que jamais foi
concretizado de forma sistemática, incontestável e por um longo tempo. Sendo assim,
neste capítulo, busca-se principalmente entender o surgimento do nacionalismo político
organizado em Angola, destacando algumas questões identitárias e políticas que guiaram
os embates entre os movimentos de libertação.
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CONCLUSÃO
Ao estudarmos sobre a fundação da Nação Angolana tendo em conta a formação dos três
principais movimentos de libertação nacional angolanos, saltam aos olhos três aspectos
comuns a todos eles:
Menção ao socialismo como referência ideológica, ao menos em suas propostas
iniciais;
Discurso de combate ao tribalismo e de união nacional;
Utilização do argumento étnico para deslegitimar os movimentos oponentes.
Angola ainda não alcançou plenamente o Estado-nação através destes quatro pontos de
forma sistemática. Trata-se de um país “recém-criado”, à procura da normalização de sua
existência, enquanto Estado responsável, com as suas tarefas juntos dos seus cidadãos.
Agostinho Neto proclamou o Estado angolano, e José Eduardo dos Santos consolidou a
ideia de nação angolana.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANIELA S. Dias, 2012, o que vem a ser Nação no contexto atual? Brasília a. 49
n. 196 out./dez. 2012
ABRANCHES, Henrique. Identidade e património cultural. Porto (Portugal):
Edições Asa/ União dos Escritores Angolanos, 1989.
ALVES, Amanda Palomo. Angolano Segue em Frente: um panorama do
cenário musical urbano de Angola entre as décadas de 1940 e 1970. Tese
de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História
Social da Universidade Federal Fluminense. 2015.
ANDRADE, Mário Pinto de. Origens do Nacionalismo Africano. Lisboa:
Publicações Dom Quixote,1997.
ANDRÉ, Antônio Miguel. A formação do Homem Novo – uma visão dos
técnicos governamentais atuando hoje em Angola. Tese de Doutorado
apresentada na Faculdade de Educação da UNICAMP, 2004.
COELHO Virgilho, 2015, A classificação etnográfica dos povos de Angola
(1.ª parte)
https://journals.openedition.org/mulemba/473
https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/livro-de-antropologia-angolana-
apresentado-em-mocambique/
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