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Índice

Introdução............................................................................................................................2
A Cultura Bakongo..............................................................................................................3
 História............................................................................................................................3
 Brève biografia do povo Bakongo...................................................................................4
 A Estrutura Económica Bakongo....................................................................................5
 A COSMOLOGIA E O PODER RELIGIOSO BAKONGO...........................................7
 Pratos típicos...................................................................................................................9
 Vestuários......................................................................................................................10
Conclusão...........................................................................................................................11
Bibliografia.........................................................................................................................12

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Introdução
Os bakongos são o terceiro maior grupo étnico que forma a República da
Angola. Origina-se, no geral, do norte. Presente também na República do Congo e na
República Democrática do Congo. De uma concepção de território que não obedecia
aos limites coloniais, que fora submetida à região. Chamado de etnia de fronteira, por
sua localização geográfica de origem, e seu histórico de migrações. Exila-se no antigo
Zaire, a actual República Democrática do Congo, fugindo do conflito anticolonial
iniciado em 1961, retornando a Angola, para Luanda, a partir de sua independência, em
1975. Em Luanda, não serão reconhecidos como angolanos, sendo associados aos
Zairenses, chamados pejorativamente de estrangeiros. Sua identificação como
estrangeiro, os coloca em condição de segregação, e até mesmo, de hostilidade por parte
dos luandenses.

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A Cultura Bakongo
Congos ou bacongos (em quicongo: Bakongo) é um grupo étnico banto que
vive numa larga faixa ao longo da costa atlântica de África, desde o Sul do Gabão até às
províncias angolanas do Zaire e do Uíge, passando pela República do Congo,
pelo enclave de Cabinda e pela República Democrática do Congo. Em Angola são o
terceiro maior grupo étnico.

História
Os congos, cuja língua é o quicongo, ocupavam o vale do rio Congo em meados
do século XIII e formaram o Reino do Congo, que, até à chegada dos portugueses, no
fim do século XV, era forte e unificado. Sua capital, Mabanza Congo, ficava na atual
província angolana do Zaire.
Durante a guerra de independência de Angola, muitos congos fugiram para o
então Zaire, levando a uma considerável diminuição da presença dessa etnia em solo
angolano.
No entanto, após a independência angolana, muitos refugiados (ou seus filhos e
netos) retornaram a Angola.
Nos valores demográficos de 1960, os congos representavam 13,5%
da população angolana. Importa salientar que os regressados do Zaire (hoje República
Democrática do Congo) muitas vezes não voltaram a fixar-se no seu habitat original,
mas foram viver nas grandes cidades — sobretudo em Luanda, mas também mais a sul,
inclusive no Lubango.
Do ponto de vista político, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA)
representou, de certo modo, os congos angolanos, durante a luta pela independência e a
primeira parte da guerra civil de Angola.
Depois das eleições parlamentares de 1992, 2008 e 2012, a FNLA passou a
desempenhar este papel de forma apenas residual. Ao mesmo tempo, por iniciativa de
grupos congos, foram criados vários pequenos partidos políticos sem expressão
significativa.

Busto de mulher congo de 1910

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Brève biografia do povo Bakongo

O povo Bakongo é um grupo étnico Bantu que vive numa larga faixa ao longo
da costa atlântica de África, desde o Sul do Gabão até às províncias angolanas do Zaire,
Uíge e Cabinda, passando pela República do Congo, República Democrática do Congo.

Em Angola é o terceiro maior grupo étnico

Os Bakongo, cuja língua é o kikongo, ocupavam o vale do rio Congo em meados


do século XIII, e formaram o reino do Kongo, que, até à chegada dos portugueses, no
fim do século XV, era um reino forte e unificado, cuja capital era M’Banza Congo,
ficava na actual província angolana do Zaire. Durante a guerra colonial, muitos
Bacongos fugiram para o então Zaire, levando a uma considerável diminuição da
presença dessa etnia em solo angolano.

No entanto, após a independência de Angola, muitos refugiados (ou seus filhos e


netos) retornaram a Angola. Mesmo assim, não se chegou mais a atingir os valores
demográficos de 1960, quando os Bakongos representavam 13,5% da população
angolana, contra os actuais 8,5% (estimativa).

Importa salientar que os regressados do Zaire (hoje República Democrática do


Congo muitas vezes não voltaram a fixar-se no seu habitat original, mas foram viver nas
grandes cidades – sobre tudo em Luanda, mas também mais a Sul, inclusive no
Lubango.

Culturalmente, o povo Bakongo desenvolveram-se em áreas distintas tais como:


escultura, gravura, feitura de máscaras, tecelagem, pintura e arquitectura.

Foram habilíssimos manuseadores do ferro, de onde surgiu uma sociedade


secreta ligada a este ofício. Fabricavam utensílios domésticos, de trabalho agrícola,
objectos de culto e obras de arte.

A tradição oral deste povo é riquíssima, com espaço para os provérbios, contos,
epopeias e pequenas histórias.

Um dos grandes destaques destes povos recai para a importância dada à família e
ao casamento, realizado através do ritual do Alambamento, que emancipava a mulher
como fonte da vida, família, civilização e do poder.

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A Estrutura Económica Bakongo

Da classe econômica se destacam os Makota. Para os Bakongo os Makota eram


os detentores do poder econômico e comercial. Por esta razão e outras, o reino do
Kongo tinha a sua própria moeda o Nzimbu, pequenas conchas de moluscos que eram
apanhadas na Ilha de Luanda. Assemelhavam-se aos cauris utilizados como moeda nos
reinos costeiros de África Ocidental.

O Ntótila-a-Kongo era o detentor do monopólio da produção e da circulação da


moeda em todo o reino, um caso idêntico aos reinos africanos. Responsabilizava-se da
comercialização dos produtos locais, cobre marfim, sal, borracha, os tecidos de ráfia,
muito apreciados pelas suas populações, também conhecidos como lubongo, e trocá-los
em outras paragens bem distantes das suas comunidades.

Havia outro tecido muito comercializado nelele-a-mpoku. Por isso, os Bakongo


são conhecidos como exímios comerciantes, feirantes e difusores dos produtos europeus
para o interior e vice-versa, das outras comunidades africanas seus vizinhos.

Para os Bakongo o seu calendário de atividades semanais se resume em quatro


dias: nsona, mpângala, nkenge e nkonzo. Nestes quatros dias, eles circulavam vendendo
seus produtos onde quer que fosse.

Aos Makota, estes tinham muitos carregadores que se encarregavam de


transportarem os produtos adquiridos no litoral para o interior e vice-versa.
Normalmente, muitos destes carregadores eram escravos domésticos e não prisioneiros
de guerra. Era a situação mais comum entre os Bakongo.

Durante muitos anos exerceram o comércio a longa distância que designavam


por kibákámbatì, que significa o rasgar das calças. Isto é devido aos efeitos das vias por
onde circulavam. Eram carreiros por onde ainda não existiam estradas.

Durante a presença portuguesa no reino e mais tarde com os holandeses foram os


intermediários na troca de produtos por estes comercializados na Bacia do Rio Kongo.

Pela qualidade dos seus produtos e, sobretudo, dos seus tecidos de seda trazidos
de Java na Indonésia, a mulher do Kongo foi a primeira a exalar a sua beleza, daí os
tecidos passarem a ser chamados Panos do Kongo até aos nossos dias, porquanto, nesta
altura no reino não existiam fábricas para o efeito.

Todavia, existiam no reino muitos mestres artesãos, ferreiros, oleiros,


carpinteiros, marceneiros e outros, cujas obras de arte em madeira, marfim, pedra,
cerâmica e artesanato ficaram muito referenciados nas obras dos cronistas europeus, de
africanso e africanistas (OBENGA, 1974; G.BALANDIER, 1965; B.DAVIDSON,
1978; C, SERRANO, 2008; K. MUNANGA, 2009; J. KI-ZERBO, 2009).

Até hoje, a atividade comercial em feiras e em grandes espaços modernos fazem


parte da vida dos Bakongo, onde queira que se encontrem dentro e fora do país de
origem ou mesmo fora do continente.

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Regra geral, o bakongo é indissociável da sua atividade comercial. É o seu
modus operandi natural. As organizações sociais bantu, baseadas na consanguinidade
real ou mística exigem um meio de transmissão, de herança e de preferência que as
liguem a uma das genealogias biológicas, que toda pessoa recebe ou transmite: a paterna
e a materna. Desse modo, o sistema de descendência ou de parentesco é unilinear ou
unilateral. Existem, pois, dois sistemas: o patrilinear e o matrilinear (ALTUNA, 2006,
p.106).

O grupo Bakongo, devido à sua situação geográfica privilegiada, sobretudo, a da


capital Mbanza-Kongo, como eixo central das influências dos grupos da costa atlântica
e do interior do continente, encontra-se na encruzilhada de diversas correntes
migratórias, culturais e comerciais, como os Yombe, Nsundi, Manyanga, Nlaza, Nsuku
entre outras. Falantes da língua kikongo, os bakongo de Angola localizam-se no
noroeste do país, mais precisamente, nas províncias do Zaire, Uíge e Cabinda. Nos
finais do século XV, os portugueses entraram em contato com as terras do Manicongo, é
o reino do Kongo, dos cronistas e missionários dos séculos seguintes.

No século XVI, o reino do Kongo já era conhecido em Roma e por toda Europa.
O tráfico de escravos leva-o ao Brasil e a América Central. É precisamente este tráfico
de escravos que irá manter o Kongo dentro das atenções do mundo. Sem este tipo de
comércio, o reino do Kongo teria sido completamente esquecido tal como foi
abandonado mais tarde. O relativo isolamento a que foi votado o florescente reino é a
causa principal da escassez de dados históricos relativos aos últimos séculos, Afonso
(1997, p. 67).

Pelo ano de 1450, o reino mais vigoroso na área ocidental, perto da costa
atlântica, era o do Congo, e os Congolenses conservaram a sua história com algum
cuidado. As tradições deste povo esboçam um quadro de migrações, de aldeamentos
novos, de ajustamento a condições locais na essência (DAVIDSON, 1974, p.79).

Com efeito, O papel dos Bakongo na história da África Central foi


determinante, sobretudo, pela potente originalidade duma cultura que soube impor-se a
tantos grupos marginais e assimilar os mais diversos contributos sem perder o essencial
do seu poder. Este caráter de unidade de grupos heterogêneos, vindos da costa e do
Continente, abertos a toda uma rede de contatos e interpenetrações diversas, é em
resumo, o de organização política em grandes chefaturas de direito sagrado, o de uma
estrutura social e do equilíbrio entre matrilinear e patrilinear o que nem sempre acontece
na sociedade Kongo, registrando-se frequentemente a sucessão pela linhagem
matrilinear, e o de um sistema de representações baseado nos cultos paralelos dos
gênios étnicos e dos antepassados. (GONÇALVES, 1983, p. 6-7).

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A COSMOLOGIA E O PODER RELIGIOSO BAKONGO

Para os Bantu em geral e para os Bakongo em particular, E Muntu Kalendi


vanga Konso Kwa Salu ko, Kondwa Kwa Nzambi o que significa que a pessoa humana
não deve realizar qualquer tipo de trabalho/actividade sem a presença de Nzambi-Deus.

Para eles Nzambi é o onipresente e onisciente. Por isso, a arqueologia a efetuar


não deve esquecer-se desta grande realidade que afinal foi o primeiro ponto de partida
de todas as controvérsias que irão opor os diferentes missionários, pesquisadores e
estudiosos do Antigo Reino do Kongo.

No Século XVI após os primeiros contactos entre os africanos e os europeus,


neste caso, os portugueses, o quadro da vida religiosa do Kongo altera-se, aproveitando
estes últimos, o clima de boas relações e amizade recíprocas que existia entre o rei do
Kongo e o de Portugal. Era o início de uma política-ideológica engendrada dos cânones
da civilização europeia.

Em 1490 segue para o Kongo uma verdadeira expedição, de carácter


inteiramente pacífica, cujo fim primordial era estabelecer fortes relações de amizade
com o rei do Kongo e iniciar a evangelização da terra e da sua gente.

Dessa embaixada faziam parte fidalgos, missionários e artífices, não faltando


também mulheres para ensinarem as da terra a amassar o pão satisfazia-se o desejo do
rei, que, por intermédio dos primeiros portugueses que o visitaram, havia solicitado o
envio de missionários e também de mestres de carpintaria, e pedraria para fazerem
Igrejas; e outras Casas de Oração, assim como as havia neste reino-o de Portugal.
(MARTINS, 1958, p ). Estava assim dado, o primeiro passo para a cristianização do
Kongo, ao modelo europeu.

Com a presença missionária europeia, a vida espiritual e material do reino do


Kongo entra numa fase de desconstrução total. A conversão de D. Afonso I significou a
destruição da vida espiritual do Kongo e a integração de novos valores europeus. As
escolas iniciáticas e os seus guias foram perseguidos e isolados.

O Nganga, que para os Bakongo era o sacerdote, médico, psicólogo, sociólogo,


ferreiro, etc., passou a ser o elemento número um a ser afastado, porque se acreditava
que seu poder tradicional punha em perigo os novos valores e interesses do Kongo, da
política portuguesa de então e dos seus interesses religiosos e económicos.

Como consequência, o termo Nganga que, grosso modo, pode ser lido como
sacerdote africano, foi adaptado e integrado no rito católico como, Nganga Nzambi,
dada a sua influência social. Era o início da integração de elementos africanos no ritual
religioso católico europeu.
Com a cristianização do africano no Kongo manteve-se e incorporou-se a
designação de Nzambi-a-Mpungu Deus todo Poderoso; Deus – Forte para designar o
Ser Criador Nzambi Nvangi, o criador de todas as coisas. Será que a introdução da nova
religião a Cristã resolveu o problema da aceitação da mesma pelos congueses? Os fatos

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históricos registrados neste período demonstram bem que não foi fácil efetuar-se esta
fusão de duas religiões, a africana e a européia.
Para J. Thornton: A fusão de religiões requer algo mais que a simples mistura
de formas ideais de uma religião com outra. Exige a reavaliação dos conceitos básicos e
das fontes de conhecimento dessas religiões encontrarem a base comum.A religião
praticada nos séculos XVI e XVII não era simplesmente um conceito intelectual
elaborado pelas pessoas e sujeito a ponderações ou debates.

Ao contrário as ideias e as imagens eram recebidas ou reveladas por seres de


outro mundo de alguma maneira, e o único papel dos humanos era interpretar essas
revelações e agir de acordo com elas. Assim, a filosofia religiosa não foi à formadora da
religião as revelações sim. A filosofia religiosa apenas as interpretava. (J. THORNTON,
2004, P, 313). A asserção de J. Thornton aproxima-nos aos fatos reais que atingiram a
vida espiritual conguesa.

A reinterpretação das revelações existentes permitiu alterar o quadro da relação


religiosa entre as entidades do reino fundamentalmente, o Nganga e os sacerdotes
europeus. É assim que se pode compreender este processo dentro das dinâmicas
culturais emergentes. Estamos certos de que as revelações existiram em todas as
sociedades e em todos os tempos, e para o reino do Kongo não era exceção.

Os fatos e os relatos dos diferentes missionários de fraca formação acadêmica e


mesmo bíblica, crítica que seria feita mais tarde, pelos missionários de outra formação
teológica e espiritual, que consideravam estas revelações africanas como diabólicas e
satânicas.

Dialogando novamente com o pensamento de J.Thornton, sobre as formas dos


africanos interpretarem a sua cosmovisão sobre a vida e o mundo, escreveu: Os
africanos possuíam uma variedade de tipos de revelações pelas quais podiam conhecer
os desejos do outro mundo ou pedir que usassem seus poderes neste mundo para ajudá-
los. A informação contida nessas revelações podia então ser reunida em uma
cosmologia e filosofia abrangentes, e as instituições, os prêmios e as punições recebidas
eram compilados em um código de comportamento e uma religião.

Tanto o cristianismo quanto as religiões africanas foram construídos da mesma


maneira, através de interpretações filosóficas de revelações. As africanas, entretanto, ao
contrário das cristãs, não construíam essas interpretações religiosas de modo a criar uma
ortodoxia. (J. THORNTON, 2004, p ).

O mesmo autor continuando na sua abordagem alude: A realidade religiosa da


idade média era igual em todas as sociedades de então, umas mais e outras menos,
consoantes os níveis de desenvolvimento. Se para os africanos as revelações eram
descontínuas e para os europeus a revelação era contínua, resumida na bíblia, que
fornecem a base inviolável para a fé e a estrutura de grande alcance para a religião e a
cosmologia. Mas nem a igreja nem os leigos deixaram de acreditar na realidade da
revelação contínua.

Os trabalhos de doutores e pastores da igreja eram vistos como inspirados pelo


Espírito Santo, sendo assim uma revelação contínua. Assim sendo os europeus do sec.
XVI acreditavam que vários presságios, adivinhações e aparições de seres do outro

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mundo aconteciam constantemente e consultavam com regularidade astrólogos,
geomânticos ou outros adivinhos e curandeiros. (J. THORNTON, 2004, P. 328).

Entretanto, (J. Redinha, 2009, p ), sobre a problemática da religiosidade africana


no período colonial em Angola, é do seguinte alvitre: No terreno propriamente religioso,
esta complexidade aumenta. Os progressos do cristianismo,embora notáveis, atingindo
muito além do corpo visível da Igreja,pela forte domestificação sobre as práticas das
magias más,dos ordálios e das designadas feitiçarias, não apagou, por enquanto, um
âmago animista profundo.

O problema não está em que o africano sofra falta de crença, mas antes da sua
abundância, e tanto que, mesmo no culto católico se observa excederem, muitas vezes,
nas suas devoções, a própria doutrina da Igreja. O que realmente acontece, é a tensão
animista alimentar um circuito de energia alargado numa particular visão do mundo
transcendente, motivado de variada ordem.

Daí a capacidade da religião étnica em associar e amalgamar a si os diversos


credos, originando os cultos sincréticos, de que as igrejas negras, profético-
messiânicas,foram um divulgado e não pacícfico exemplo para o que influi, é certo, uma
exagese de textos muitas vezes desfigurada.

Pratos típicos

Os pratos típicos são muambas, nthsombe (espécie de larvas apanhadas em árvores,


cozidas e tostadas) e catatos, acompanhados de funge ou verduras. A bebida típica é o
Malavo (ou marufo), retirada da árvore chamada bordão.

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Vestuários

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Conclusão

Para os Bakongo, a questão do Nsi, Ntoto, espaço (território, terra), é


indissociável do muntuhomem. Por isso têm, a máxima que diz: Kálá yá ntótó, Kálá ye
Wantu, Kálá ye Nzimbu ye bosi toma. Significa dizer, que tenha território, que tenha
população e que tenha dinheiro, só assim te sentes realizado. O apego dos Bakongo a
sua terra, a sua família e ao dinheiro tem origem neste princípio. É um princípio basilar
que fez crescer e fortificar o antigo Reino do Kongo. A sua localização geoestratégica,
os seus recursos econômicos, naturais e minerais contribuíram para a engrenagem do
Kongo. Como bem o afirmou Henri Braunschweig (2001): 10 Indivíduo maldoso
dotado de força destruidora, que provoca doenças, destruições e toda a casta de
desgraças.

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Bibliografia

Elikia M'Bokolo (2003). África Negra: História e civilizações. I, Até ao século


XVIII. Lisboa: Vulgata

África Negra: História e civilizações. II, Do século XIX aos nossos dias. Lisboa:
Colibri. 2007

Karl Laman, The Kongo Uppsala: Alqvist & Wilsells, 1953–1968

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