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Ovambo (em ovambo, owambo, por vezes chamada ambó na literatura do período colonial português)

designa um povo de origem banta, falante da língua ovambo (oshiwambo), que ocupa um vasto
território no norte da Namíbia e no sudeste de Angola, particularmente na província do Cunene.Mulher
ovambo

População total

cerca de 1 milhão

Regiões com população significativa

Namíbia

Angola

Línguas

Ovambo e cuanhama

Religiões

Luteranismo

Etnia

Banta

São agricultores e criadores de gado bovino, com predomínio da actividade agropecuária e em especial
da bovinicultura. O termo ovambo foi introduzido pelos hereros para designar as populações que viviam
nas regiões onde abundavam as avestruzes (designadas ampho, omboh ou avambo), termo que se
significa avestruz ou pessoas que convivem com avestruzes.

Este grupo de povos comporta nove subgrupos na Namíbia: ondongas (ndonga), cuanhamas (kwanyama
ou uukwanyama), cuambis (ukuambi), ongandijeras (ongaqndjera), cualuudis (ukualuthi), ombalantos
(ombalantu), oncoloncatis (kolonkadhi), ombadijas (mbadja) e eundas.

Na Namíbia são a maior etnia do país com quase 50% da população total, com cerca de 1 milhão de
pessoas.
No sul de Angola, os subgrupos são os cuanhamas, os cuamatos (kwamatu), os ondombondolas, os
evales e os cafimas.[1]

Os ovambos são um grupo etnolinguístico das savanas semi-áridas do norte da Namíbia e do sul de
Angola.

Estes povos migraram para sul a partir das regiões das cabeceiras do rio Zambeze, fixando-se nas regiões
comparativamente férteis e planas do norte da Namíbia e do sul de África.

O idioma próprio dos ovambos — e uma das "línguas nacionais" na Namíbia — é o ovambo, uma língua
banta. Os diferentes subgrupos falam versões próprias desta língua; entre estas versões, o cuanhama é
o mais importante, devido ao peso numérico preponderante deste subgrupo.

Devido à influência externa, a maioria dos ovambos veste-se ao estilo ocidental, escutam música
moderna e a maioria considera-se como pertencente à comunidade religiosa luterana. Apesar disso,
conservam algumas crenças e tradições ancestrais: são supersticiosos e acreditam na existência de um
espírito supremo, Calunga; se alguém não retira as sandálias ao entrar na residência do chefe, um
membro da família de este último morrerá; se a fogueira do chefe se deixa extinguir, este e a tribo se
extinguirão também. O sistema social é matriarcal e a prática da poliginia é comum.

InícioIntroduçãoPerfil dos integrantes do GrupoContactos

Trabalho de Identidade e Culturas

Tema: Perfil etno-histórico dos povos Ngangela

Índice
Origens e ocupação do território nacional…………………. Pag. 3

Relações com outros Povos………………………………….pag. 6

Principais actividades de subsistência……………………..pag. 7

Aspectos culturais e tradições………………………………pag 8

Alguns aspectos da vida social………………………………pag.9

Estado actual…………………………………………………pag 11
“Se é um facto que a colonização destruiu o sistema político tradicional, é menos certo que tenha
destruído os fundamentos culturais que serviram de suporte as estruturas politicas”

Severino Ngoenha

Origens e ocupação do território nacional

Este trabalho é um apêndice do modulo : Perfil etno-histórico do povo angolano. Uma reflexão sobre o
mosaico etno cultural existente em Angola de norte a sul, do mar ao leste. A noção de que é Percebendo
os aspectos particulares que podemos compreender os aspectos gerais levou-nos a centralizar a atenção
nos povos do leste também conhecidos como Ngangela. Um dos 12 grupos etnolinguísticos existentes
em Angola.

Pretendemos com este trabalho começar uma caminhada rumo ao conhecimento da diversidade
cultural existente em Angola a fim de descobrir como usar esta diversidade que é um património
nacional para consolidar a nação angolana que para além de desejo de muitos é também uma expressão
aceite nas afirmações de domínio comum mas cientificamente como tal ainda não existe neste país rico
em culturas, e povos.

A Nação, diz Georges Burdeau, é a colectividade limite, isto é, desde a horda indiferenciada, passando
pelo clã, pela tribo, pela cidade, chega-se à colectividade limite (aquilo que o professor Pimenta chama a
“comunidade das comunidades”.1 e pode ser construída a partir da diferença desde que haja vontade
de partilhar o presente e uma vontade de assim permanecer no futuro. E a esta condição está
subjacente a aceitação de cada um dos povos e culturas como património de um país e é esta
diversidade cultural e riqueza que pretendemos demonstrar com esta pesquisa sobre os povos do leste.
Esta etnia apresenta-se repartida em dois domínios territoriais, um deles na fronteira, leste desde a
bacia do Zambeze a curso quando do Cuando e outros situados no interior do Kubango por terem sido
divididos pelo cunho da imigração Kioca para o sul. Admitem alguns actores que os NGangela
representam uma das mais antigas etnias de Angola.

Descendente dos caçadores Savânicos e Fazendo parte dos povos Bantu que chegou a Angola no
período das migrações deste grupo étnico ao território que hoje é parte integrante de Angola. Através
do espaço que hoje delimita a fronteira de Angola com a Zâmbia, tal como os seus vizinhos do norte e
nordeste , os Cokwé. Os Ngangela apontam o chaba ocidental como seu ponto de partida. As versões
dominantes indicam que a sua origem deve ser procurada no leste, apesar de nos mapas
etnolinguísticos da Zámbia, com a qual tem uma longa fronteira, não se encontrar o termo Ngangela
mas encontra-se os reinos luchaze, Mbwela, Mbunda e kamachi. Todos eles tribos pertencentes ao
grupo Ngangela.

O grupo etnolinguístico Ngangela, também denominados Gangela, é constituído por 20 tribos a


saber: Luimbe, Lovale, Lutchazi, Bunda, Gangela ou Ganguila , Ambuela ou Mbwela , Ambuila-
Mambumbo, Econjeiro, Ngonoielo ou Ngonjelo, Mbande, Cangale, Iahuma, Gengista, Nicoia (Nkoya) ,
Canachi/ Kamaxi, Ndungo, Nhengo/Nyengo, Nhemba ou NYemba, e Avico, Lwéna, luio.

Povos que ocupam maioritariamente a região leste de Angola (Moxico) e sudeste (Kuando Kubango) e
alguns núcleos na Huila e Bié. Estas tribos são identificadas como sendo do mesmo grupo devido a
semelhanças verificadas na linhagem e a semelhanças na língua ou seja, os factores língua e genética
acabam por ser os traços semelhantes a partir dos quais se pode identificar ou considerar os elementos
destas tribos como sendo parte do mesmo grupo etnolinguístico.

Sabe-se por intermédio de estudos levados a cabo pela Unesco que em 1988 os elementos deste grupo
etnolinguístico representavam cerca de 6 por cento da população angolana. Outro estudo efectuado
recentemente e divulgado na página electrónica do ACNUR (departamento das nações unidas para os
refugiados), fazendo referencia a um relatório do gabinete do reino unido para emigração em inglês
United Kingdom's Immigration and Nationality Directorate (IND) datado de Abril de 2002, refere que os
Ngangela representam 6 por cento da população angolana. Dados totalmente desencontrados porque
não é possível que após tantos anos e tantas transformações decorrentes no território angolano levando
em consideração factores como a guerra e a centralização das principais estruturas do país na capital
terem levado uma boa parte da população do território nacional a emigrar para a capital e outras áreas
procurando refúgio e melhores condições de vida. Daí não darmos muita credibilidade a este estudo.
Porque com todos estes fenómenos seria normal se o numero reduzisse ou aumentasse mas manter a
mesma percentagem não é possível. De qualquer modo é importante levar os estudos em consideração
e principalmente o primeiro datado de 1988 este parece estar mais próximo da verdade.

Relações com outros Povos

Para alguns autores o facto dos Ngangela ocuparem a extensão do território nacional que vai do curso
do rio Zambeze ao rio Kuvango deveu-se as incursões dos seus vizinhos, do norte para o sul onde se
encontravam as tribo Ngangela o que forçou os a penetrar para mais a leste. Os Lunda Tchokwé são
descendentes do império Lunda de Lueji a Nkondi visto que estes tinham um exercito fortíssimo tendo
inclusive conquistado várias regiões o que os leva a partilhar o território do Luéna, o nome Nganguela ,
também (pronunciado Ganguela) é um termo, pejorativo, que foi lhes atribuído pelos Ovimbundu,
seus vizinhos do oeste mas apenas dois grupos que se situavam a oeste dos Ovimbundo aceitaram o
nome Ngangela, outros chamam a si próprios Lwéna (ou luvale), Mbunda e Luchazi todos situados na
região mas ao leste.

Os grupos considerados independentes pelos estudiosos portugueses foram separados pela penetração
para o sul dos Tchokwé nos finais do século XIX princípios do século XX. E as relações destes povos são
tão acentuadas que apesar de pertencer a grupos etnolinguísticos diferentes existem semelhanças nas
línguas faladas pelas tribos do grupo etnolinguistico Ngangela e os Ruud da Namibia os povos Chokwé
do sul da Lunda, os tchokwé Quiocos. Estas semelhanças demonstram que existia mais proximidade
entre os Lwena e os Chokwé que habitaram a região do Moxico do que entre os chokwé e os ruud ,
povos Chokwé que se encontram para lá da fronteira da Namíbia.

Isto deveu-se ao facto de antes do surgimento do império Lunda durante algum tempo do período pré
colonial os povos do oeste estiveram sob domínio dos Ovimbundo e que todos eles pagavam tributo ao
rei dos Ovimbundo. Mas depois do herdeiro ao reino da Lunda Tchinguri o rei dos Imbangalas e seu
irmão Muata Tchiniama terem sido deserdados do reino Lunda a favor da sua Irmã Luéji a Nkondi que
veio a ser rainha dos Lunda. Os dois irmãos deserdados abandonaram o reino da Lunda e formaram
outros reinos seguidos por pessoas fieis a eles Tchinguri formou o reino dos Imbangalas notáveis
guerreiros que conquistaram parte daquele território do leste passando a ser ele o controlador daquela
região, tendo ocupado parte do Luéna e Tchiniama ocupou um pouco da secção para além do território
hoje pertencente a Namíbia. Esta história explica as semelhanças nas línguas faladas por povos de
grupos distintos mas que eram vizinhos.
Principais actividades de subsistência

Uma visão nos aspectos económicos verificados nestes povos constata-se que apesar dos Ngangela
serem oriundos dos antigos caçadores savânicos. Hoje tem como principal actividade de subsistência a
agricultura em estação chuvosa, principalmente na sua área oriental. Onde os trabalhos de Limpeza,
desbravamento do solo, lançamento de sementes são efectuados essencialmente pelas mulheres. A
única tarefa agrícola praticada pelos homens é o derrube das árvores. Outras tarefas masculinas são a
pesca lacustre e fluvial, a extracção de cera e de mel. Na pesca são empregues muitos instrumentos, tais
como masunsa, teha, txintokololo e algumas raízes maceradas, uma espécie de veneno para embriagar
os peixes a fim de facilitar a sua captura. A pesca é a principal actividade dos Ngangela que habitam a
divisão este nas cercanias do Rio Zambeze enquanto a agricultura é a principal actividade dos que se
situam mais a oeste no centro do curso do rio Zambeze ao rio Kuvango. Os Ngangela ocidentais, por
influência do sudoeste dedicam-se a criação de bois.

Aspectos culturais e tradições

Os Ngangela são notáveis fundidores de ferro, o que demonstra serem uma civilização com
grande capacidade de criação e inovação de técnicas de produção. Os Ngangela têm técnicas de
fundição de ferro impressionantes, consideradas bastante avançadas por muitos estudiosos, as técnicas
de fundição de ferro dos Ngangela só perdem para as siderúrgicas industriais modernas. A sua técnica
de produção de ferro reside no uso de foles de quatro saídas com os quais se fundem o ferro, cujo
“ventre” do forno é semelhante ao tronco da mulher para além de serem exímios fundidores são
também grandes artesões pois praticam uma cerâmica negra, polida, envernizada e com moderação
artística bastante apreciada. Esta cerâmica reflecte-se na criação de máscaras usadas durante os ritos da
iniciação ou seja os rituais que marcam a passagem de um jovem da adolescência a fase adulta. A etnia
Luena hoje ingressada nos Nganguela executa uma seramica artística, negra e polida de elevada classe.
Os Luenas foram escultores notórios. Os Ngangela eram portadores de uma cultura do tipo rodesiano a
que veio depois sobrepor-se uma camada de cultura Lunda Quioca.

Tradições

Tal como em todas as sociedades também encontramos nos Ngangela um sistema de educação e
onde os ritos de iniciação ou de passagem masculina e feminina representam o maior meio de
integração social dos jovens na vida adulta.

Os ritos de passagem masculina que são consagrados com uma curiosa série de mascaras do tipo
rodeado, antropomórfica ou zoomórfica, feitas à base de fibras vegetais, madeira e resina. Essa
instituição de socialização Ngangela transforma um jovem em adulto útil a sociedade capaz de sustentar
a família e de respeitar as regras da sociedade, porque é neste momento que ele toma conhecimento
dos segredos clãnicos e dos adultos pronto a enfrentar todos os desafios da vida.

Já nos ritos de passagem feminina, as raparigas são igualmente isoladas da comunidade quando
apresentam o primeiro fluxo menstrual e submetidas a rigorosas doutrinas por uma mestra idónea que
lhes ensina os segredos da vida sexual que lhe permitam cativar um homem, bem como outras
habilidades que elas precisam para ser boas esposas, donas de casa, mães e noras aceitáveis. Passado
esse mês em que a rapariga aprende estas lições tingem na com barro brancoe assim tem de pssar uma
semanaou mais até que consultados os mahambas pelo múcua-chimpa( um adivinhocom capacidade de
detectar certas doenças, os Ngangela acreditam este ritual afasta a infertilidade), consintam que a
raparida se lave. Porém, sendo eles um povo de crenças feiticista, esta cerimónia corresponde a um
ritual onde eles depositam total crença. Feito isto a rapariga está pronta para casar.

O casamento e o nascimento do primeiro filho constituem o momento de elevada auto estima por
parte do casal e um reconhecimento e consideração pela comunidade. As mulheres Ngangela
desenvolvem-se muito rapidamente, estando desde muito novas, aptas para a função reprodutora.
Circuncisão

A circuncisão, tem, entre os Ngangela, o nome de Vamba ou Micunda. Micunda, quer dizer mistério,
para eles cuja tradição é terminantemente oral.

Os aspectos sócias tomam predomínio nos ritos de passagem masculinos e possui um variado repertório
e manifestações folclóricas.

Quando os velhos de um quimbo, vêm que há bastantes rapazes na idade própria falam com os velhos
de outros quimbos vizinhos que tenham rapazes da mesma idade e marcam um dia para a cerimónia.
Depois disso, combinam com os miúdos uma caçada, e, no dia marcado levam-nos para a mata.
Chegados ao sítio, previamente escolhidos, são surpreendidos pelos operadores, horrivelmente
pintados e cobertos de jubas de leão, que saltam sobre os primeiros rapazes. Agarrados estes, obriga-
nos a sentar-se completamente nús, morro de Salalé para ali transportados e colocados, cada um deles,
ao lado de uma árvore. Depois de os terem sentado, amarram-nos a árvore respectiva e os txilombola,
cada um com a sua faca saltam sobre os rapazes e fazem-lhes as mutilações da praxe. Feita a operação,
levam os miúdos parra a vamba, recinto fechado para uma paliçada, e ali, passam quatro meses,
sofrendo as maiores privações e trabalhos, para aprenderem, dizem que a vida é para se fortalecerem e
masculinizarem-se.

Durante a circuncisão Não se pode vestir nem comer certas comidas e são obrigados a cantar certas
canções próprias do vambo, dolentes, canções, estas que têm por tema os hábitos de vários animais
selvagens. Todos os rapazes têm de passar pelos ritos de iniciação que começa pela circuncisão e três
fases cada uma delas durando um ano. No primeiro ano, cerimonia e cura da circuncisão, são
denominados Tundanda, no segundo ano passam a ter outra designação e apenas no terceiro são
considerados homens. No ano em que são considerados tundanda , os candanda (plural de tundanda)
não podem comer em pratos, só o fazem em folhas de arvores, não podem pegar no fogo nem comer
carne de galinha ou comida com sal, não bebem capata , não riem a frente dos chilombolola (padrinhos
da circuncisão) e andam completamente nús.

Depois de uns dias , os candanda fazem uma dança com aqueles que se encontram no segundo ano da
circuncisão pegam um deles em dois pauzitos, começam a batê-los e cantam a canção de mungadisi.

Alguns aspectos da vida social

Havia o costume antigo que quando um homem casava com uma mulher de quimbo estranho ter que
pagar cinco boys, pólvora e espinggasrda e, o que era indispensável um escravo(mupica , costume já
caioido em desuso)

O rapaz casa, em geral de pois de ter sido recenseado e de haver pago um dos impostos , só raras vezes
se casando antes desta data.

O marido separa-s3e d a mulher por esta ser intriguista, preguiçosa, desleixada, e muito principalmente
por ser estéril.
Se já houver filhas o homem não pode pedir a devolução do alembamento , se os não houve, assiste lhe
o direito de o pedir e, os pais da rapariga tem o dever de lho restituir.

A mulher ao casar, não traz enxoval nenhum para a cubata, comprando o futuro marido tudo.

Os Ngangela podem arranjar esposo ou esposa fora ou na mesma libata.

Religião

Os Ngangela para além das religiões universais cristãs(católica e evangélica) tomam predomínio as
crenças nos espíritos dos seus antepassados, denominados vakulu, ndumba ia muntu e kazumbyei.
Segundo a tradição, os adivinhos e curandeiros estão intimamente ligados a essas divindades. A religião
gangela é feiticista (anormal) há contudo, a considerar a existência de outras crenças como sejam o
crençado mahamba que corresponde as nossas almas penadas e os espíritos malignos. Os Ngangela
creêm em um deus (calunga) que segundo a crença deste povo existem dois deuses um nos céus
queprovocaa chuva, trovoada e outrosa fenomenosatmosfericos; outro no fundo da terra, que faz
cresceras plantas. Pensam que Deus é um ser sem pés nem mãos só com cabeça enorme e olhos
brancos e grandes.
Feiticeiros e feitiçarias

Os feiticeiros, costumam ir as terras distantes aprender a sua arte. É quase sempre o ódio a outros
indígenas que os leva a dedicar-se as feitiçarias. Vão como as terras afastadas, onde não sejam
conhecidos onde haja feiticeiros de fama. Estas, levam os milongos todos as escondidas, para um buraco
feito no meio da mata em sítios onde não possam ser vistos. Conduzem para ali o aprendiz e a sós,
explicam-lhes o efeito de todos os medicamentos e a forma de os aplicar. Isto depois de terem
empregado o aprendiz em seu proveito próprio como ajudante das suas feitiçarias. Só os velhos dão
bons feiticeiros. Os novos deixam-se influenciar por vis paixões e só são prejudiciais aos seus
semelhantes.

O Ngangela consulta o feiticeiro em muitas fases da sua vida. Consulta-o quando o filho nasce, quando
alguém da família adoece, quando vai a uma caçada, quando morre alguém, quando há intrigas etc.

Estado actual

Com o processo da guerra e da colonização muitas aldeias acabaram abandonadas e no


documentário de Maria João ganga soube-se que há aldeias no kuando kubango que desapareceram
completamente depois de terem sido infectadas com a sida. Pois durante os rituais usam-se lâminas não
esterilizadas e muitas pessoas são infectadas, a ANASO- rede coordenadora das redes que lutam contra
o vih no país divulgou em seu relatório que muitas destas tribos tem os seus membros infectados por
que lá os níveis de infecção são demasiado elevados.

Por outro lado a guerra também dizimou muitas vidas e obrigou a imigração mas o mais agravante é o
factor de unidade que se perde como a preservação da língua bem como os poderes das autoridades
tradicionais um exemplo da perda de poder das autoridades é o facto do litigio que ouve a dois anos
entre o rei bingo bingo do kuando Kubango que indignado com as jovens a usar sais e desfrisar cabelos
proibiu o uso de calças jeans mas a sua autoridade não se fez sentir e as raparigas continuaram a usar as
calças e muitas das autoridades tradicionais nos últimos anos tem clamado por mais meios para fazer
valer a sua autoridade e apoio do estado e diz se que na próxima constituição a ser elaborada prevê-se
mais poder para as autoridades tradicionais que vão ter a sua influência reconhecida nas autarquias
locais, quanto as línguas estão cada vez mais faladas por menos pessoas e os valores acabam por ser
subvertidos ou substituídos por valores europeus ainda a muito por se fazer para preservação das
línguas e dos valores culturais pois é possível preservar os traços culturais mesmo sendo abertos a
modernidade.

Glossário

Algumas designações

Vaculo – espíritos vulgares

Dumba –ia-muntu- leão do homem espírito que corresponde ao nosso diabo.


Cuzumbiri – espíritos dos antepassados feitos ou invocados pelos feiticeiros.

Os feiticeiros dividem-se em. Feiticeiro de cazumbiri

b) camundongo- quwe se transformam em cães segundo a crença gangela

c) feiticeiro noscturnos

d) feiticeiros Vulgares

Alguns caracteres étnico sociais

Parentescos dos Ngangela

Mona- filho

Nana ou Nhoco – Mãe

Tata ou Issa – Pai

Nanantu- Irmã da Mãe

Ipanjangue- Filho do irmão da Mãe

Mona- filho do filho do Irmão da Mãe ( tem a mesma designação do filho sendo considerado como tal)
Mona- filha do filho do irmão da mãe

Muteculo – Neto do filho do Irmão da Mãe tem a mesma designação de neto sendo considerado como
tal

Tinavala- Irmã do Pai

Bibliografia

Pepetela,1985, Luéji o renascimento de um Império, Lisboa,


Fernandes, João e Ntondo, Zavoni, 2002, Angola Povos e línguas, Luanda, Nzila

Milheiros, Mário, 1949,Os Ngangela: breve estudo dos povos e da sua região in Mensário administrativo:
Publicação de assuntos de interesse Colonial nº 26-27,pp49-71

Redinha, José, instituto de investigação cientifica de Angola

Ribas, Óscar Missosso

Kwononoka, Américo,2009, Usos e costumes dos Bantu de Angola in Jornal o país, edição 44, pp37

Kizerbo, Joseph,1972, História da África Negra vol. I,Publicações,paris, haitier /publicações Europa
América

Mbokolo, Helíkia,

Unhcr,2002,estudos de Angola,relatório publicado no sitewww.unhcr.org.com

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