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19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...

: Os grupos étnicos de Angola

mais
channeldark3@gmail.c

ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...


Este blog visa apenas dar visibilidade a textos de autores considerados de interesse para a compreensão da História Colonial de Angola. Por abarcar os mais diversas ab
um blog dedicado aos de espirito aberto, que gostam de avaliar assuntos, levantar questões e tirar por si próprios suas conclusões. É natural que alguns assuntos venham
desagrado, e até reacções da parte daqueles cujas perspectivas estejam firmemente cristalizadas.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Os grupos étnicos de Angola

Por Gabriel Vinte e Cinco

A identidade de um povo ou de uma nação manifesta-se pela língua que


fala pelos seus nomes, pelos seus usos e costumes. A língua é o suporte
da cultura de um povo; é um dos troços seguros da personalidade e da Este blog foi um dos 25 escolhidos para o P
identidade cultural.
História. Uma escolha que fica a dever-se, em
mão, aos autores dos textos que vêm sendo
publicados. Bem haja!
O espaço geográfico que vai de Cabinda ao Cunene e do mar ao Leste é
constituído por vários grupos etno-linguisticos que re-presentam a sua
identidade cultural que precisa de ser conservada e preservada.

Entretanto, lamentavelmente alguns grupos, talvez, por aculturação


tentam negligenciar as suas línguas e os seus nomes. Agindo assim,
esses grupos negam a sua identidade, o que deve constituir uma preocupação de todos os angolanos de
todos os falantes de cada província.

O país habitado por angolanos que são maioritariamente de origem bantu e portanto as suas línguas
também são de origem bantu.

De acordo com a consulta por nós feita de documentos como: Atlas Missionário Português da junta de
investigação do Ultramar e Centro de Estudos Históricos, Lisboa-1964, por António da Silva Rego e
Eduardo dos Santos; Arqueologia Angolana, Edição Ministério da Educação, 1978, por Carlos Ervedosa;
Angola, Natureza, População e Economia - Edições Progresso, Moscovo, de L.L.Fituni; A Igreja em
Angola, Editorial Além-Mar, Edição Mardo 1990- de Lawrence W.Henderson; Teologia e Cultura Africana
no Contexto Sócio-Politico de Angola, por Reverendo José Kipungo e de José Redinha, o país é
composto palas seguintes línguas e variantes:

Bacongo: Esse grupo abrange as províncias de Cabinda, Zaire e Uíje com as seguintes variantes (ou
Parabéns por este grande Blog.

dialectos): Cabinda, Cacongo, Chicongo, Conje, Laca, Congo, Guenze, Lombe, Paca, Pombo, sorongo,
Escolhi como blog da semana no História Vi
Sossos, Suco, Sundi, Uoio, Vili e Zombo, totalizando 17.
desejar retire o selo no endereço
http://historianovest.blogspot.com/2010/02/b
Ambundo: Bambeiro, Bangala, Bondo, Cari, Dembo, Holo, Hungo, Luanda, Luango, Minungo, Ngola ou semana.htmlhttp://historianovest.blogspot.c
Jinga, Ntemo, Puna, Songo, Kissama, Lubolo, Haco, Sende e Kibala, num total de 20.
blogs-da-semana.html

Ovimbundo: Baillundo, Bieno(Vie), Caconda, Chicuma, Dombe, Ganda, Hanha, Lumbo, Quissange,
Sambo, Huambo ou Wambo, Phinha ou Mussumbe, Mussele e Omomboim, Perfazendo 14.

O objectivo deste blog, é colaborar na difusã


Cokwe: Cafuia, Congo ou Dinga, Lunda, Luena, Lunda-Chinde, Lunda-Dumba, Mataba, Quete e o textos, livros, revistas, videos, etc., dando-o
próprio Cokwe, 9.

conhecer a um maior número de pessoas, p


mais vasta análise e uma melhor compreens
processo histórico da Angola colonial.

Ganguela : Ambuela, Ambuela-Bumba, Bumda, Cangala, Cuamaxia, Engonjeiro, Ganguela, Gengista Sendo um blog aberto às mais diferentes ab
ou Luio, Iahuma, Lovale, Luimbe, Lutchase, Mbande, Ncoias, Ndundo, Ngonielo, Nhemba, Nhengo e inevitável que alguns assuntos venham a pr
Viço, 19.
desagrado, e talvez mesmo reacções advers
parte daqueles cujas perspectivas estejam f
cristalizada. Todo e qualquer material aqui p
Nhaneca-Humbe: Cuancua, Dongena, Gambo, Handa da Mupa, Handa do Quipungo, Hinga, Humbe,
encontra-se devidamente identificado quant
Mumuila, Quilengue-Humbe, Quilengue-Muso e Quipungo,11.
e será de imediato retirado, caso o seu autor
solicitá-lo.

Ambó: Cafima, Cuamato, Cuanhama, Dombondola e Vale, 5.

O conhecimento da História é uma peça fund


Herero: Chavicua, Cuanhoca, Chimba, Cuvale, Dimba e Gundelengo, 6.

em todo o tipo de cultura. Um povo sem Hist


povo sem memória. Quanto mais ampla for a
Cuangar: Cusso e Cuangar, 2.
maneira como os homens se comportaram e
diferentes momentos da História da humanid
Grupos não bantu
será a nossa capacidade para entender e lid
problemas da actualidade. A quem pode ben
desconhecimento?

Hotentote-Bochimane (Khoisan): Bochimane, Cassequele, (Camussequele), Cazama, Hotentote e


Quede, 5.

Cátua: Cuando, Cuepe e Cuissi, 3.


A NOVA HISTORIA DE PORTUGAL

Perfazendo um total de 102 variantes ou dialectos no país.

Inúmeros livros sobre ANGOLA à venda on-line


década de 1920).

Posto isso, gostaria particularizar o Kwanza-Sul que a princípio conta com apenas 9 variantes, mas com
o último levantamento feito pelo Instituto Nacional de Línguas aquando do seu encontro que teve lugar
na cidade do Sumbe, de 10 a 12 de Março de 2008, o quadro sofreu algumas alterações que abaixo
Enquanto houver um pensamento crítico que nã
porém referencia.

contente com a aparência dos fenómenos histó

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19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola
A província do Kwanza-Sul é constituída por dois grupos etno-logicos que são: Ambundo e preocupe em desvelar a essência contraditória
Ovimbundo.
social, aberta estará a possibilidade da emancip
transformação do mundo.
a) Ambundo: Kissama, Lubolo, Haco, Sende e Kibala.

b) Ovimbundo: Phinda ou Mussumbe, Omomboim, Mussele e Balundo.

Entretanto o encontro de Março introduziu as seguintes alterações:


[PDF] Ver AQUI:
-Descobriu mais uma variante falada por um pequeno grupo de pessoas que se encontra no centro da Grammatica do Umbundu ou ling
cidade de Porto-Amboim com o nome de Ndongo, outrossim os representantes dos municípios do Benguella
Amboim, Porto-Amboim e Sumbe, defenderam-se como sendo os pertencentes ao grupo Ambundo e scans.library.utoronto.ca/pdf/5/.../grammaticado
uoft.pdf
não Ovimbundo assim como os participantes corrigiram os termos: Omomboim, para Mbuim e Mussele
File Format: PDF/Adobe Acrobat
para Hele.

Por isso, o grupo Ambundo foi acrescido de mais três (3) variantes tendo ficado assim:

http://www.rtp.pt/noticias/cultura/ponte-aerea-da
Ambundo no K.Sul- Kissama, Lubolo, Haco, Sende, Kibala Mbuim, Phinda ou Mussende e Ndongo(8) e
centenas-de-milhares-de-retornados-de-africa_
Ovimbundo com apenas duas variantes no Kwanza Sul, que são: Hele e Balundo.

LIVROS SOBRE O ULTRAMAR

Finalmente, o professor Doutor Watumene Kukanda director geral do instituto nacional de línguas dizia (Uma grande lista de livros sobre o ultramar, já
a dado momento, e eu cito: “ A variante com maior número de falante, é a variante da região”, fim da CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS

citação.

Posto isso, não encontramos em nenhum documento a suposta língua Ngoya. O termo Ngoya é
altamente pejorativo: (Bárbaro, Sujo, Ignorante e Guloso).

A variante com maior número de falantes chama-se Kibala. Ela abrange os municípios de Waku-Kungo, SAMORA .mp3

Ebo (Hebo), e atinge uma parte da Kilenda e a parte sul do Libolo. Factos e contra factos não há
SAMORA .mp3
7863K Play Download
argumentos.

in
Geopolítica: A guerra do Petróleo em África.
Vida Cultural/JA consequências para Angola?

Publicada por
MariaNJardim
à(s)
16:48

Etiquetas:
povos de Angola
Contador desde 07.04.2011

2 comentários:
Soberano Kanyanga
disse...
Ainda bem que o Rev. Vinte e Cinco traz a lume mais um subsídio.

Tenho me atirado vezes sem conta contra os que nos "impingem" a língua Ngoya.

www.olhoensaios.blogspot.com
30 de dezembro de 2008 às 06:26

José Sousa e Silva


disse...

Mais um excelente post do Rev. Vinte e Cinco.


localizador ip
Aproveito para perguntar se o dialecto "sorongo" que refere é o que falam os "Mussorongos".

Caso afirmativo, não será correcto chamar-lhe (também) "kissolongo" ?


16 de maio de 2009 às 16:50 Um show proporcionado pela Natureza contra o
clicar:

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Este blog foi um dos 25 escolhidos para o P


História. Uma escolha que fica a dever-se, em
mão, aos autores dos textos que vêm sendo
publicados. Bem hajam!

O Fim do Império!

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"O homem nao vive somente de pão; a Histó


tinha mesmo pão; ela não se alimentava se n
esqueletos agitados, por uma dança macabr
autômatos. Era necessário descobrir na Hist
outra parte. Essa outra coisa, essa outra par
mentalidades".[3] (Jacques Le Goff)

"A História procura especificamente ver as


transformações pelas quais passaram as so
humanas. As transformações são a essência
História; quem olhar para trás, na História de
própria vida, compreenderá isso facilmente.
mudamos constantemente; isso é válido par
indivíduo e também é válido para a sociedad
permanece igual e é através do tempo que s
as mudanças".[4]

"A História como registro consiste em três e


habilmente misturados que parecem ser ape
primeiro é o conjunto dos factos. O segundo
organização dos factos para que formem um
coerente. E a terceira é a interpretação dos f
padrão". (Henry Steele Commager) [carece de

"Sem a História nós estaríamos em um etern


recomeço, não teríamos como avaliar os err
passado, para não errarmos novamente no f
(Rafael Hammerschmidt)

Blogs, sites, videos, etc, que falam de Angol

SITES E BLOGS COM INTERESSE:

Guerra colonial

VIDEOS HISTÓRICOS:

Luanda

Malange
Memória de cinco séculos da presença de P
MundoMissão Antropológica de Angola

Missão Antropológica de Angola

Missão Antropológica de Angola

Missão Antropológica de Angola

Missão Antroplógica de Angola

Missão Antroplógica de Angola

Cuadi

Muquedes

Bosquímanos

Bosquímanos – Vida quotidiana

Bosquímanos de Angola - Danças e Músicas


Entre os Bosquímanos de Angola

Bosquímanos - Cazamas

Bosquímanos - Cazamas

Bosquímanos – Aspectos Antropológicos

Entre os Bosquímanos de Angola

Actividades da Missão Antropobiológica de


BOSQUÍMANOS DE ANGOLA (filme)

Guerra do Ultramar

Riqueza étnico-cultural de Angola (videos)

....

F. G. Amorim

BOLETIM GERAL DAS COLÓNIAS

....

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"O GRANDE POEMA"

"Este é o poema que eu escrevi

Para as crianças da minha terra !...

Para as crianças negras,

e brancas,

e mestiças,

sem distinção de cor...

comungando o Amor

que as unirá...

Este é o poema que eu escrevi a sonhar...


de olhos perdidos no mar,

que me separa delas...

O poema que eu escrevi a sorrir...

a gritar confianças desmedidas

nas ânsias partidas...

quebradas...

como velas de naufrágio !...

O poema que eu escrevi a soluçar,

sobre os livros

onde não encontrei

para os sonhos resposta um dia !..."

----- (de : ALDA LARA -- extraído do blogue "


da Jinha " -- 1949 --

IMMANUEL KANT: "A Paz Perpétua"

ARISTÓTELES: "A Política".

JOHN LOCKE: "Ensaio Sobre O Governo Civil"

JEAN-JACQUES ROUSSEAU: "O Contrato Soc

ONU: "Declaração Sobre o Direito ao Desenvol

MARTIN LUTHER KING: "Eu Tenho Um Sonho

SHRI RAVINDRA VARMA: "Responsabilidade U


Direitos Humanos e Paz"

DALAI LAMA: "Os Direitos do Homem no Limia


XXI"

A ignorância é geralmente a irmã da maldade.

(Sófocles)

A ignorância do bem é a causa do mal.

(Demócrito)

Conscientizar-se da própria ignorância é um grand


para aprender.

(Benjamin Disraeli)

O homem que compreende a sua ignorância deu


passo para o conhecimento.

(Max Heindel)

NÂO ao racismo! SIM à educação dos povos


Negros discriminan seus filhos albinos...

Corrente multididciplinar em prol dos african


e contra a discriminação de que sao vitimas

Ajudem-me

Não tenho culpa de ter nascido assim...

Colabore! Divulgue!
Por favor, veja , clicando aqui:

Africanos_albinos2.pps

3561K View Download

Video

Comércio ilegal de órgãos causa onda de as


na Tanzânia

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19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola

«As ditaduras promovem a opressão, as dita


promovem o servilismo, as ditaduras promo
crueldade: o mais abominável é o facto de p
a idiotice.» – Jorge Luís Borges, escritor arge
(1899-1986).

...

«...Em África só houve quatro países onde se re


colonizações europeias: Argélia,Angola, Moçam
Zimbabué (ex-Rodésia do Sul). Nestes países p
afirmar que houve colonialismo e colonização. N
restantes países africanos apenas houve colon
verifica-se quando os metropolitanos não se fix
desempenham cargos de funcionalismo, sempr
de um regresso. Há colonização quando os me
se fixam com carácter permanente, onde lhes n
filhos e onde procuram o “ultimo refúgio na velh
Edificam uma casa com jardim à frente e horta
quintal. Há que distinguir entre colonialismo e c
em Angola é fácil distingui-los.

Angola teria beneficiado imenso se em vez de


descolonização tivesse havido um descolonialis
Este,sim, acabava com o colonialismo, principa
do atraso cultural, económico e, principalmente
...»

Luiz Chinguar

Run this Flash

Angola Riqueza Étnico Cul…


Cul…

..........

«...O objectivo desta resenha é, nomeadamente


à luz dos acontecimentos referidos a validade d
concepções ainda hoje muito partilhadas - pelo
que diz respeito à colonização portuguesa em Á
a relação metrópole-colónias africanas, nomead
conceito de "burguesia colonial" como um todo
indiferenciado que pressupõe uma dicotonia rad
colonos-africanos, quase maniqueísta; o conce
"dominação colonial capitalista" que, sem ser fa
os seus aspectos, ignora todavia uma realidade
complexa que tem pouco a ver com o "capitalis
(entendido este aqui como o "capitalismo libera
evocado por Adam Smith, e mesmo numa acep
moderna do termo) enquanto tal.

Continua...

......

«...O sótão da história colonial portuguesa tem


armários: o do colonialismo e o da descolonizaç
Armários grandes com trinta esqueletos. No pri
colonialismo, jazem quinze esqueletos, todos co
por C que é a primeira letra de colónia: cidadan
centralismo, cultura, comunicações, conhecime
da colónia, centrifugação do capital, crédito, con
castigos corporais, censura, colonatos, cartas d
carências de energia, e compadrios (concessõe
comissões, condicionamentos e cunhas).

Erros cabeludos que persistiram até ao início do


Extra”(1961), e alguns até ao “arriar do glorioso
quinas”. Erros que deixaram os quinze esquelet
atestam as causas de todas as tragédias que v
seguir e que, infelizmente, perdurarão durante u
(ou más, se persistir o egoísmo actual dos dirig
dezenas de anos.

O “Tempo Extra” refere-se aos 13 anos finais do


colonialismo (1961 a 1974) em que o governo m
finalmente acabou com um cipoal obsoleto de le
proibições e tentou desenvolver a colónia. Muito
não foi o suficiente, as partes social e política fa
estrondosamente.

...»

Luiz Chinguar

.................................

"...No futuro, o neo-colonialismo obedecerá a es


Estados, subordinados a programas das multin
colonização portuguesa foi feita ao sabor do es
aventureiro de um povo que se sentia mal-trata
própria terra. O Estado só apareceu para estrag

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In "Os colonos"

de Antonio Trabulo

Uma reliquia em nome da PAZ

We are the World - Micha_.wmv

5614K Download

Portugueses presos e Desaparecidos em An


335K View Download

"O homem não vive somente de pão; a História


mesmo pão; ela não se alimentava se não de e
agitados, por uma dança macabra de autômato
necessário descobrir na História uma outra part
outra coisa, essa outra parte, eram as mentalid
(Jacques Le Goff)

"A História procura especificamente ver as trans


pelas quais passaram as sociedades humanas.
transformações são a essência da História; que
trás, na História de sua própria vida, compreend
facilmente. Nós mudamos constantemente; isso
para o indivíduo e também é válido para a socie
permanece igual e é através do tempo que se p
mudanças".(BORGES, Vavy Pacheco Broges)

"Sem a História nós estaríamos em um eterno r


não teríamos como avaliar os erros do passado
errarmos novamente no futuro". (Rafael Hamme

* * *

SITE: GUERRA COLONIAL

A importância da HISTÓRIA

Sem pretensões de fazer História, o nosso obje


simplesmente abrir possíveis caminhos de pesq
juntando o disperso, seleccionando tanto quant
tudo quanto possa vir a ser dotado de interesse
contribuir para uma verdadeira História de Ango
que a História é uma peça fundamental em todo
cultura. Que um povo sem História, é um povo
memória, e um povo sem memória é incapaz de
erros do passado para evitar erros no futuro, e
manipulado. E assim sendo, quanto mais ampla
visão de como os homens se comportaram em
momentos da História da Humanidade, maior s
capacidade para lidar com os problemas da act
A História de Angola para ser compreendida ter
abordada desde a sua proto e pré-História, pela
seu passado pré-colonial e colonial até aos mas
1961, mas também pela sua evolução política e
até à independência, e não poderá jamais ser d
História de Portugal, da História do Brasil colon
História dos Impérios Ultramarinos, da corrida e
partilha de África, e a nova ordem mundial said
Grande Guerra Mundial (1939-1945), com a ext
«Guerra Fria» aos territórios africanos.

Longe vai o o tempo de uma História abordada


no interesse do colonizador, excessivamente eu
facciosa. Uma História de feitos ilustres de heró
portugueses, que ignorava a escravatura, o tráf
escravos, a resistência africana e as campanha
de ocupação , etc., -

Mas que o emergir de um tipo novo de historiad


rejeição de mitos antigos, não contribuam para
de novos mitos, tendência que só pode ser com
uma nova geração liberta de preconceitos, capa
reconstituir tão cientificamente, objectiva e hone
quanto possível o processo histórico.

A História tem que ser isenta, sensata, verdade


compreensão da História da Colonização de An
continua ainda muito fragmentária. Seria neces
toda a análise e síntese histórica fosse efectuad

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19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola
conta o quadro do contexto mental, cultural, soc
económico das diversas épocas em causa. Ora
possível responder a tal desafio alargando as b
empíricas de conhecimentos através de estudo
Esse o maior desafio que enfrenta o investigado

Seria necessário evitar todas as interpretações


produzidas por autores empenhados em reflect
vista ideológicos. Nem o mito dos 500 anos de
portuguesa de África, nem o aproveitamento de
para se afirmar uma realidade histórica de 500
exploração colonial e de resistência africana.

Seria necessário que se tivesse em linha de co


caso de Angola não houve colonização senão a
do povoamento branco por força da Conferênci
que o que ficou para trás foi colonialismo, e o q
seguir foi colonialismo e colonização. 500 anos
colonialismo. Pouco mais de 50 de colonização
conta que esta, verdadeiramente, só teve lugar
finais do século XIX e apenas em algumas zona
território.

O caso específico do estudo do tráfico de escra


transaltlântico e posterior abolição, exigiria uma
da fase da política mercantilista europeia, de m
cativos e de mão de outra escrava, e o choque
emergência da crescente e poderosa sociedade
surgida por efeitos sociais e económicos, prove
máquina a vapôr no processo produtivo, que re
mercados livres e trabalho assalariado.

Seriam necessários estudos que abordassem o


envolvimento dos mercadores portugueses e eu
sobas e régulos africanos, sobre as contradiçõe
sociais das elites assimiladas, sobre as relaçõe
classe.

Seria necessário por ex., que um protesto anti-r


caísse facilmente no racismo, um pecado cujos
numerosos estão presentes em referências exte
povo português das características da criminalid
colonialista, entre outras.

Seria necessário que não se silenciasse o pape


tanto «colonos» como filhos de «colonos», ango
brancos, no seio do fenómeno nacionalista ang
seja, os protestos autonomista nas primeiras dé
século XX e mais tarde a formação de uma corr
nacionalista própria, com os seus movimentos e
organizações partidárias, com os seus presos e
políticos, vítimas da violência e do autoritarismo
colonialismo português.

Seria necessário que se tivesse em mente que


tempo havia aqueles que defendiam uma indep
sob o governo de maioria negra considerando o
princípio de “uma cabeça, um voto”, aqueles qu
propunham uma independência conduzida por
branca mas integrando politicamente as elites m
negras europeizadas, os chamados «assimilado
que propunha também a abolição das estrutura
exploração colonial, tendo como modelo o Bras
corrente conservadora nunca vingou entre os b
Angola, aquela que apontava para uma indepen
selectiva sob o domínio, ou pelo menos a hege
minoria branca e a manutenção das estruturas
exploração económica que recaíam sobre a pop
negra, a exemplo do que se passava ao lado na
Sul.

Seria necessário que fosse atribuida a quota pa


responsabilidades a Salazar sobre o Ultramar, n
bem como aos responsáveis pela descolonizaç
sempre em conta que o mal já vinha de longe. A
"bode expiatório de todos os males" deve ser ir
Isto acontece se não formos capazes de interpr
História tendo em conta a realidade de cada ép
se ajuizarmos os tempos de ontem pelas conce
hoje, jamais poderemos ser justos nos nossos
corremos o risco de estar a ser injustos e a atira
achas tentando reacender uma fogueira que há
apagou.

MNJ

45 FOTOGRAFÍ
45 FOTOGRAFÍAS
HISTÓRICAS.pp
HISTÓRICAS.pps
6918K View Dow

FILME ACTUAL DE ANGOLA

FILME ACTUAL ANGOLA

1LIVRO SOBRE POVO HIMBA

2.idem SOBRE POVO HERERO

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REVISTAS/LIVROS:NAMIBE DESERT

FILME DE ANGOLA HOJE

No final de cada pagina nao esqueca : clicar


CONTINUAR...

O BLOG DA SEMANA

HISTÓRIA VIVA : PARABÉNS

A autora do blog agradece

ARTE AFRICANA: FOTOS

Capa

Livro: O tráfico da escravatura e o bill

de Lord Palmerston por Bernardo de Sá Nogue


Figueiredo Sá da Bandeira (marquês de)

“Não basta que seja pura e justa a nossa cau


necessário que a pureza e a justiça existam
nós.”

Agostinho Neto, poeta e líder da Independên


Angola.

..........

DO SONHO À REALIDADE. A ANGOLA DE H

http://guinevereuniversidade.blogspot.com/

http://jpintodeandrade.blogspot.com

Corrente multididciplinar em prol dos african


e contra a discriminação de que sao vitimas

Corrente multidisciplinar em prol dos africanos a

.............

“Há nacionalistas (…) que pensam que o objectivo d


deveria ser a de instalar um poder negro em vez de
branco, nomear ou eleger africanos para os diferent
políticos, administrativos, económicos e outros que
ocupados por brancos (…).

Para estes nacionalistas (…) o objectivo final da luta


realidade o de «africanizar» a exploração”.

SAMORA MACHEL

...............

tudosobreangola.blogspot.com/2008/12/os-grupos-tnicos-de-angola.html 8/53
19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola

Angola não foi só um sonho de muitos portu


partiram em busca de novas oportunidade
Metrópole pobre e sem futuro, que Sala
acontecer.

Muitos dos portugueses encontraram uma


árdua, realizaram os seus sonhos e
encantados com o povo acolhedor, sentindo o a
desconcertante, saboreando e cultivando os di
africana. Alguns, enamoraram-se pelas joven
sempre pisaram aquele chão encarnado quente
Outros, abandonaram os seus filhos africanos.

Este romance é dedicado aos filhos aband


alguns portugueses, que deixaram para trás
generosamente nascido de um amor eterno
doce.

O Filho da Preta relata a luta de um filho mula


e rejeitado pelo pai.

É um romance que recorda o cheiro de uma


esquecida. Desde a sanzala africana onde na
os primeiros anos de infância, aos anos tu
Guerra da Independência, acompanha-se a vid
um médico reconhecido, numa luta de solidão
sobrevivência até encontrar a família que o julg

...............

E porque a Historia de Portugal e essencial par


compreender a Historia de Angola,convido os
frequentadores deste blog a lerem os seguintes

1. Reflexões para o Centenário da 1ª República

Dança Mucubal

Mulher Muhuila _Lubango

Bosquimano

Mondombe casada e mondombe solteira- Mo


Angola

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Soba do Lubango - Angola

Embaixador do rei do Congo - Angola

Tipos de Cabinda- Angola

Costumes de Benguela- Quitandeiras- Ango

Familia burguesa no jardim de Benguela- An

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D. Jacobina, seu filho e sua velha mãe- Beng


Angola

Um grupo de damas de casa- Benguela-Ang

Favoriras do Soba - Cuanhama- Angola

Dombe- Mulher casada- Mossãmedes- Ango

Mondombes -Mossãmedes-Angola

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19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola

Mondombas casadas - Mossãmedes -Angola

Mondomba casada - Mossãmedes- Angola

Mondombas casadas - Mossãmedes- Angola

Mondombas solteiras Mossãmedes-Angola

Mulher do Lubango- Huila-Angola

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Mulheres casadas do Humbe - Angola

Adolescentes muila da Huila

Adolescentes muila do Quipungo

Raparigas Humbe - Planalto de Mossãmedes

Rapariga Humbe - Angola

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Rainha do Humbe - Angola

Casal Dombe - Angola

Mulheres casadas Dombe - Angola

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Tipo de mulher Mondombe - Benguela ANGO

Mulher Cuanhama - sul de Angola

Costume de Benguela

Quitandeira LUANDA

Criado CABINDA

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Criança Himba - Sul de Angola Namibe/Nam

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Angola em 1974 estava estruturada como naç


uma estranha anomalia: era uma nação exo-ce
o seu cérebro estava afastado do corpo: todas
importantes eram tomadas em Lisboa. Isto o
independência exógena, ao contrário do Br
"independentizou" endogenamente. Ninguém
viviam permanentemente em Angola, interferiu
da independência, tudo foi decidido fora do país
indivíduos (os metropolitanos, como é óbvio) qu
a Angola por comissões de serviço, com ajuda
claro. Ou,até, que nunca tinham estado
Conheciam-na só através de um atlas esco
geográfico.

Quando todos os factores impeditivos, no sécu


doenças, agricultura, pecuária, transportes e
atenuaram, quando tudo se moldou para o na
uma nação, os governos da Metrópole profiram
sempre, o domínio total, mesmo quando já
que tinham sido ultrapassados pela própria His
descolonização quiseram ser os últimos a
largaram o ceptro do poder quando a desmo
total. Eram os primeiros e únicos a manda
primeiros a debandar.

Em 1947 o jornal de Nova Lisboa “A Voz do Pla


publicou uma crónica que provocou um pequen
nas hostes colonialistas, valendo-lhe um ano de
Foi o célebre artigo “Angola a gata borralheira”.
mais de 60 anos transcrevemos a parte inicial,
homenagem ao autor F.A. cujas iniciais, até ago
conseguimos decifrar: «Entretanto Angola já ex
o Brasil foi descoberto, mas o seu progresso, se
em paralelo, não tem comparação possível. Na
deste lamento perpassa a vibração dum simbol
amargo: Brasil e Angola, símbolo do que Portug
fazer e símbolo do que Portugal não pode fazer

Luiz Chinguar

.....

HISTÓRIA DE ANGOLA : FO
POSSÍVEIS

1. Muito Ainda Está por Estu


Escrever

Apesar do grande esforço de um bom número d


investigadores de história, o conhecimento da H
Angola é ainda hoje muito incompleto. Com efe

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19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola
dizer que a história completa de Angola está
escrever, pois existem muitas lacunas muito ex
seu corpo de conhecimento. Há períodos com
grupos étnicos inteiros sobre os quais pouc
se sabe da sua história. Como exemplos citam
a história de alguns povos bantos que vieram o
Angola, e ainda menos o que se sabe sobre a h
Banta de Angola.

No caso específico desta Viagem Pela História


menciono o exemplo das migrações dos povos
seu impacto nas populações que até aí ocupav
território de Angola, que desconhecemos quase
completamente. De facto, com a excepção do c
de conhecimento arqueológico muito escasso d
sobre o Antigo Reino do Congo e de alguns pov
planalto e da savana, e da pesquisa sobre o trá
escravos e sobre as Campanhas Militares de O
pouco mais se sabe, pois não existe ainda um c
conhecimento histórico organizado estabelecido
outros povos de Angola.

Para o Português dos Séculos XVI ou XVII inter


história dos Antigo Reino do Congo e do Reino
(Angola), o estudo da história (ou melhor, da pr
destes povos e os seus percursores na região r
um desafio considerável, já que o modelo de cr
base na Bíblia Judeo-Cristã que explicava a his
povos da Europa e do Próximo-Oriente do seu t
podia acomodar e muito menos explicar, e a au
fontes escritas revelavam-se como uma parede
intransponível para o estudo efectivo da sua his
cedo ele reconheceu a utilidade e limitações da
e a dificuldade (quase impossibilidade) em estu
que habitaram a região antes da chegada dos p
língua Banta.

Em termos de cobertura historiográfica para tod


de Angola, os Antigos Reinos do Congo e de N
decerto os que receberam mais atenção dos his
De facto, as fontes de história para estes reinos
início do contacto com os Portugueses até ao fi
Século XVII são relativamente abundantes, com
com outras regiões e povos de África a sul do S
a abolição da escravatura e do tráfico houve um
ressurgimento de estudos e fontes para as regi
Luanda, Ambaca, Congo, Cabinda, Benguela, L
Moçâmedes, e após a Conferência de Berlim as
melhores na cobertura das Campanhas Militare
Ocupação, embora essas fontes realcem a pers
portuguesa e não cubram a angolana.

Contudo, quase não existem fontes primárias p


dos povos Ovimbundo, Nganguela, Nhaneca-H
Ambó, Herero, Xindonga e os povos pré-Bantos
Cuepes e Cuíssis) desde a sua chegada ao que
território de Angola até a um passado muito rec
(meados do Século XX).

Na verdade, para a maioria dos povos de Ang


sabemos exactamente quem eram, como e q
chegaram, como se formaram, e quanto mud
o tempo do seu relacionamento inicial com outr
que já lá viviam.

Para colmatar algumas destas lacunas é import


estudemos a extensa documentação existente
históricos em Angola, em Portugal e no Brasil.

2. Trabalhos de Estudiosos Estrangeiros

É também necessário traduzir e divulgar em lín


portuguesa algumas obras de importância extra
para o estudo da História de Angola publicadas
estrangeiro, como os trabalhos de E. G. Ravens
Chatelain, Monsenhor Cuvelier e Louis Jadin, E
Prestage, C.R. Boxer, J.D.Fage, R.A. Oliver, Ja
Desmond Clark, Georges Balandier, James Duf
Ennis, Basil Davidson, David Birmingham, Gera
John Thornton, Phyllis Martin, Joseph Miller, La
Henderson, Gladwin Childs, Philip Curtin, Euge

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Genovese, Herbert Klein, Patrick Manning, Pau
Gervase Clarence-Smith, René Pelissier, David
Wilheim Heimer, Beatrix Heintz, Linda Heywood
Blackburn, A.J. Russell Wood, Marc Ferro, Susa
Broadhead, Anne Hilton, John Reader, Marq de
José Curto, e outros estudiosos tornando-as as
disponíveis ao estudioso lusófono da História d

3. Trabalhos de Historiadores Brasileiros

É ainda essencial a divulgação das obras de es


brasileiros como Gilberto Freire, Celso Furtado,
Júnior, Josué de Castro, Florestan Fernandes, D
Ribeiro, Sérgio Buarque da Holanda, Luís Pere
Fernando Cardoso, Maria Beatriz Nizza da Silva
Queiroz Mattoso, Décio Freitas, Jaime Rodrigue
Felipe Alencastro, e Eduardo Bueno, que apesa
incidirem sobre o estudo da história do Brasil, a
caminhos para uma compreensão mais comple
História de Angola.

4. História da África Central

Angola está inserida a África Central, pelo que


importante ao estudioso da sua História saber r
acontecimentos e tendências em Angola com o
na África Central e vice-versa, relacionar aconte
desenvolvimentos na África Central e como est
influenciaram a História de Angola.

Assim, penso que é útil referir a obra de alguns


que se salientam neste campo especial da Hist
primeiro lugar cabe-me citar o nome de Jan Van
desde a década de cinquenta do século passad
talvez a obra mais abundante e fecunda sobre a
Central. Eu penso que a leitura da sua obra é im
não só ao estudo da África Central, como tamb
estudo da História de Angola. Torna-se assim o
leitura da sua obra "Kingdoms of the Savanna"
quiser aprofundar conhecimentos sobre a pré-h
antigos estados do Congo, Luba, Lunda, Cazem
Se quisermos aprofundar o conhecimento sobre
do Antigo Imério Kuba, a leste do Rio Cuango e
Angola, sugiro a leitura da sua obra "The Childr
Woot". A sua obra "Paths in the Rainforest" é po
considerada o melhor estudo de pré-história do
antigos que habitavam o território hoje designad
África Equatorial, que compreende os territórios
Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Congo (B
Burkina Fasso (República Centro Africana), Zai
Cabinda. De capital importância para o estudo d
história do Antigo Reino do Congo e dos povos
Quanza é a obra (já clássica) de Vansina "How
Are Borne - Governance in West Central Africa
1600", em que Vansina combina evidência arqu
com linguística histórica para explicar a evoluçã
pequenos núcleos de população espalhados pe
em sociedades que partilhando a mesma raíz li
deram origem aos estados organizados que os
lá encontraram no Séc. XVI. Assim, em termos
História de Angola, a sua obra "How Societies A
essencial, pois nesta obra Jan Vansina oferece
estudo sobre a pré-história dos povos que viver
região a que hoje chamamos Angola.

A obra de Jan Vansina não é só importante no e


povos da África Central, pois a sua obra é tamb
muitos considerada como a que abriu caminho
etno-história, às relações entre a linguagem e a
aceitação da história oral como um instrumento
método do estudo da história.

Duas obras de grande relevo para uma melhor


compreensão da História de Angola, especialm
paleo-história e proto-história, são as obras de
Clark "The Pre-History of Africa" e "The Pre-His
Southern Africa".

Outras obras importantes que se torna necessá


incluem a "General History of Africa" publicada

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UNESCO, a "History of Central Africa" editada p
Birmingham e Phillys Martin, a obra "A History o
autoria de J.D. Fage, a "A History of South and
Africa" de Derek Wilson, e a obra de A.J. Wills "
introduction to the History of Central Africa - Zam
and Zimbabwe", e a obra de Robert Collins e Ja
"A History of Sub-Saharan Africa".

No campo do tráfico de escravos e o papel que


região ao que chamamos hoje Angola, bem com
do tráfico nesses povos, é essencial a leitura da
Joseph Miller "Way of Death", e de toda a obra
Davidson, um pioneiro do estudo da influência d
escravos do Atlântico nas sociedades africanas
´culos XVI e XIX.

5. Estudos Sobre a História do Atlântico Sul

Mais numa perspectiva mais global da história e


do Atlântico Sul e do sistema económico mundi
essencial o estudo dos trabalhos de João Lúcio
Azevedo, Fernand Braudel, Vitorino Magalhães
Armando de Castro no domínio da história econ
obras extensas de Jaime Cortesão e de Damião
domínio da expansão portuguesa, a obra de Lu
Albuquerque nos domínios dos Descobrimentos
Portugueses e da cartografia antiga. É ainda im
estudar a obra de Frantz Fanon para melhor
enquadramento do colonialismo como sistema
político e o seu impacto na psicologia dos povo
colonizados.

6. Cronistas e Historiadores Portugueses

Mais próximo de Angola, sugiro uma "re-leitura"


históricos de Gomes Eannes de Azurara, Rui de
Garcia de Resende, João de Barros, Fernão Lo
Castanheda, Damião de Gois, Duarte Lopez e F
Pigafetta, Domingos de Abreu e Brito, António d
Cadornega, Alexandre Elias da Silva Corrêa, Jo
Lopes de Lima, Oliveira Martins, Luciano Corde
Mattos e Silva à luz de um estudo mais crítico e
dos seus testemunhos.

7. Trabalhos Importantes Sobre a História de

Outros estudiosos da História de Angola mais r


são leitura obrigatória para uma melhor compre
incluem Alfredo Trony, Visconde Paiva Manso, A
Almeida Teixeira, Monsenhor Alves da Cunha, A
Albuquerque Felner, Padre Ruela Pombo, Fran
Castelbranco, Gastão Sousa Dias, Alberto Ferr
Lemos, Henrique Galvão, Ralph Delgado, Marc
Caetano, António Brásio, Fernando Batalha, An
Silva Rego, José Gonçalo Santa-Rita, Hélio Fel
Marques, Manuel da Silva Cunha, Eduardo dos
Martins dos Santos, Júlio de Castro Lopo, Carlo
Garcia, Carlos Couto, José de Almeida Santos,
Costa Lobo, Norberto Gonzaga, Mário António
Oliveira, Manuel Nunes Gabriel, Cerviño Padrão
Correia, e Maria Emília Madeira dos Santos, alg
quais requerendo um esforço de tradução mais
para balançar a perspectiva um tanto euro-cênt
colonial das suas obras.

8. Estudos de Etno-História

Na área da etno-história é essencial o estudo d


Henrique de Carvalho, Padre Carlos Estermann
Ribas, José Redinha, João Vicente Martins, Má
Mesquitela Lima, Manuel Alfredo de Morais Ma
Jill Dias, Abílio Lima de Carvalho, Manuel Guer
Pereira Neto, Padre José Martins Vaz, Padre Jo
Martins, Ilídio do Amaral (mais no domínio da g
humana do que etnografia ou história), Herman
Ramiro Ladeiro Monteiro mais na área de socio

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9. Estudos Sobre Angola e Tráfico de Escrav

Com mais foco no tráfico de escravos, é essenc


das obras de Alfredo Diogo Júnior, António Car
Adriano Parreira, que primeiro estudaram o pap
no tráfico de escravos do Atlântico, pois elas re
sem-fim de matéria-prima para uma melhor com
dos povos de Angola e da sua história.

Cabe-me aqui declarar agora a minha relativa ig


quanto aos esforços de estudar e publicar histó
certo vigor se publicaram já depois da independ
Longe da acção, tem sido difícil para mim enco
bibliografia tão recente. Contudo, cumpre-me ci
trabalho fecundo de Henrique Abranches que d
necessita de alcançar um público muito mais va
grande obra de difusão do romance histórico an
levada a cabo pela excelente pena de Pepetela

Finalmente, tomo aqui a oportunidade de guiar


as minhas notas sobre a bibliografia da História
que apresento no fim deste trabalho. Elas não s
completas, pois incluem apenas algumas notas
sobre textos que conheço, organizadas de acor
temas e épocas; apenas um achego simples a t
importante veículo do estudo da História de Ang
..........

Um exemplo de uma fonte primária no estudo d


Angola é a Relatione del Reame di Congo et
Circuonvicine Contrade Tratta dalli Scritti &
Ragionamenti di Odoardo Lopez Portoghese
Pigafetta com disiegni vari di Geografia, di p
d'abiti, d'animali, & altro - Relação do Reino d
das Terras Circunvizinhas - Tirada dos escritos
de Duarte Lopez, Português - Por Filippo Pigafe
Desenhos vários de Geografia, de Plantas, de t
animais, etc., publicado em Roma em 1591 e tr
português por Rosa Capeans, publicado pela A
do Ultramar, em Lisboa em 1951. Nesta importa
história de Angola encontramos uma descrição
primeira mão do Antigo Reino do Congo duran
logo a seguir à chegada dos Portugueses e da
consequente expansão para o Antigo Reino de

.....

Por outro lado, fontes secundárias são aquela


estudam as fontes primárias de um tópico em h
depois do tempo do tópico a que o estudo se r
Fontes secundárias são em geral estudos pos
cobrem a descrição, análise e explicação de
primárias. A obra do Professor Joseph Miller "W
Death - Merchant Capitalism and the Angola
Trade 1730 - 1830", publicada em 1988 pela Un
Wisconsin Press é um exemplo de uma fonte se
pois é um estudo extenso e profundo de fontes
sobre a prática do tráfico de escravos da região
durante o século que vai de 1730 a 1830, escrit
quartel do Séc. XX.

Em termos de documentação escrita, no estudo


de Angola só temos acesso a documentos esc
depois da chegada dos Portugueses à foz do
1481. Estas fontes escritas se bem que escass
valiosas, pois dão-nos uma descrição em prime
como ocorreu o processo de contacto entre dua
contudo, devemos sempre notar que os escritos
Portugueses e dos missionários reflectem nece
as perspectivas portuguesa e cristã ao longo do
não necessáriamente a objectividade dos factos

A bibliografia colonial portuguesa sobre Ang


certa forma extensa, comparada com a bibliogr
outras regiões africanas a sul do Sahara. Contu
precisa de ser "traduzida" antes que se possa u
propriedade na formulação da História de Ango
difícil discernir nas diferentes "Histórias de Ango
publicadas ao longo dos tempos, as diferentes
interpretações que os seus autores lhes deram

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De particular importância para o estudo da Hist
Angola é ainda o estudo das descrições e mem
autobiografias, relatos de viagens, diários e
correspondência privada existentes. Contudo
podemos usar estas fontes depois de as despir
opiniões pessoais e juízos de valor que as acom
enquadradas no espaço e no tempo. É de facto
interessante ler, por exemplo, as opiniões e com
Padre João António Cavazzi de Montecúccolo,
Descrição Histórica dos Três Reinos do Con
Matamba e Angola, onde a evidência da sua fo
europeia e cristã do seu tempo está sempre tão

In introestudohistangola

S. João num baixo relevo de pedra Angola

Imagem Zambi da Lunda

Santa face de madeira Maiombe

Bastão do soba cristão dos primeiros tempo


colonização portuguesa

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«Ah, se eu tivesses menos vinte anos! Que fari


pôr os brancos contra os brancos em África, e o
contra os pretos, e brancos e pretos uns contra
nós haveríamos de sair incólumes no meio de t
proferida por Salazar em 1966 de acordo com o
exarado no livro de Franco Nogueira “Salazar O
combate 1964-1970” 4ªedição ( 2000) da Comp
Editora do Minho S.A.

http://psitasideo.blogspot.com/2009/02/os-esqu
armarios.html

"Partiram de mãos vazias. Enraizaram-se e am


Mudaram África e foram mudados por ela".

«... grupo de gente boa e menos boa e até má,


todas as suas contradições, iniciou a construçã
cidade de que toda a gente que nela viveu ou v
orgulha.»

(...)No futuro, o neo-colonialismo obedecerá a e


Estados, subordinados a programas das multin
colonização portuguesa foi feita ao sabor do es
aventureiro de um povo que se sentia mal-trata
própria terra. O Estado só apareceu para estrag

In Os colonos» de Antonio Trabulo

PovosNhanecaHumbe/Muilas

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VIDEO: Portugueses em Angola

VIDEO: Portugueses em Angola

VIDEO: Angola do nosso tempo 1

VIDEO: Angola do nosso tempo 2

VIDEO: Angola do nosso tempo 3

VIDEO: Angola do nosso tempo 4

VIDEO: Angola do nosso tempo 5

QUE O NOVO ANO TRAGA UMA MAIS JUSTA


DISTRIBUIÇÃO DAS RIQUEZAS DE ANGOLA
POVO

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Povos Muilas

Contador: desde19.12.2008

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Muhuila

Mucuisses Iona

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Soba de Malange (Neves e Sousa)

Pastor Mucubal (Neves e Sousa)

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Criança Himba (Cunene)

Crianças circuncizadas (Angola)

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CausaMerita

UM POUCO DE HISTORIOGRAFIA

ULTRAMARLEMBRAR

Sentinela Alerta

Diversão Saudável

Retalhos de memórias

Combatentes do ultramar

Vivências na guerra colonial

memórias do tempo

MINHA RICA POBRE Arquivo do


ANGOLA

Outubro (1)
Cerca de um milhão de
barris de petróleo Maio (1)
exportados por dia,
multinacionais Abril (1)
petrolíferas que vão a
render 20 mil milhões de Agosto (1)
dólares em cinco anos,
diamantes em Dezembro (1
abundância pareceriam
suficiente para dar bem Outubro (1)
estar aos angolanos. No
entanto, a quase Junho (1)
totalidade do crude
desaparece Julho (1)
imediatamente para as
refinarias do Texas e Junho (1)
Luisiana, seguindo a
antiga rota dos Fevereiro (1)
escravos.

Dezembro (1
A corrupção e a guerra
somaram sequelas. Hoje, Novembro (4
83% da população vive
abaixo do nível da Outubro (6)
pobreza. Os jornalistas
Serge Michel e Serge Setembro (15
Engerlin, do Le Temps,
que fizeram uma grande Agosto (3)
investigação durante
cinco meses sobre a rota Julho (6)
do ouro negro, desde o
Texas ao Iraque, Maio (15)
estiveram em Angola e
dão uma visão desse Abril (40)
belo país que, acredito,
apesar de tudo isso, há- Março (39)
de encontrar o seu
caminho. Fevereiro (20
DAQUI

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Janeiro (37)

Dezembro (3

Novembro (1

Outubro (15)

Setembro (10

Agosto (23)

Julho (27)

Maio (2)

Abril (17)

Março (21)

Fevereiro (22

Janeiro (15)

Dezembro (3

Novembro (1

Outubro (24)

Setembro (22

Agosto (17)

Julho (7)

Junho (6)

Maio (22)

Abril (9)

Março (31)

Fevereiro (9)

Janeiro (15)

Dezembro (5

Novembro (4

Agosto (12)

Julho (2)

Junho (1)

Maio (9)

Abril (1)

Março (13)

Fevereiro (11

Janeiro (29)

Dezembro (2

Novembro (2

Outubro (2)

Maio (3)

Abril (3)

Março (5)

BIBLIOGRAFIA PARA COMPREENDER A HIS


ANGOLA

1.GUERRA DO ULTRAMAR

1.as autênticas causas da guerra ultramarina

3. Guerra Ultramar

4. A batalha de Luanda

5. Cubanos em Angola

6. Revolta da Baixa do Cassange

7. Beleza de Angola

8. Angola by air

9. Angola cantada e desencantada

10. Angola gentes e costumes

tudosobreangola.blogspot.com/2008/12/os-grupos-tnicos-de-angola.html 50/53
19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola
11. Anos da guerra 1961/1975 de João de Melo

.....................

CUADI

1950 - Há mais de 470 anos Diogo Cão e os co


Chegaram ao lotoral desértico ao sudoeste de A
de um pequeno cabo de rocha escura a que de
de Cabo Negro ...

Nas chamadas terras do fim do mundo situadas


longínquas regiões do Cuango, entre meadas d
de florestas raras, habita um povo que habitualm
vida nómada como os Cassequeles ...

Trabalhos de recolha de elementos antropológic


Bosquímanos pela missão de investigadores em

Obras de importância extraordinária para o e


História de Angola publicadas no estrangeir

Trabalhos de E. G. Ravenstein, Heli Chatelain,


Cuvelier e Louis Jadin, Edgar Prestage, C.R. Bo
J.D.Fage, R.A. Oliver, Jan Vansina, Desmond C
Georges Balandier, James Duffy, Merlin Ennis,
Davidson, David Birmingham, Gerald Bender, J
Thornton, Phyllis Martin, Joseph Miller, Lawrenc
Henderson, Gladwin Childs, Philip Curtin, Euge
Genovese, Herbert Klein, Patrick Manning, Pau
Gervase Clarence-Smith, René Pelissier, David
Wilheim Heimer, Beatrix Heintz, Linda Heywood
Blackburn, A.J. Russell Wood, Marc Ferro, Susa
Broadhead, Anne Hilton, John Reader, Marq de
José Curto, e outros

Trabalhos de Historiadores Brasileiros

Gilberto Freire, Celso Furtado, Caio Prado Júni


Castro, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Sé
da Holanda, Luís Pereira, Henrique Fernando C
Maria Beatriz Nizza da Silva, Kátia de Queiroz M
Décio Freitas, Jaime Rodrigues, Luis Felipe Ale
Eduardo Bueno, que apesar de incidirem sobre
história do Brasil, abriram novos caminhos para
compreensão mais completa da História de Ang

História da África Central

Angola está inserida a África Central e neste co


aconselha-se a obra de Jan Vansina "Kingdoms
Savanna" para quem quiser aprofundar conhec
sobre a pré-história dos antigos estados do Con
Lunda, Cazembe, e Lozi.

Se quisermos aprofundar o conhecimento sobre


do Antigo Imério Kuba, a leste do Rio Cuango e
Angola, sugiro a leitura da sua obra "The Childr
Woot". A sua obra "Paths in the Rainforest" é po
considerada o melhor estudo de pré-história do
antigos que habitavam o território hoje designad
África Equatorial, que compreende os territórios
Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Congo (B
Burkina Fasso (República Centro Africana), Zai
Cabinda.

Contudo, em termos do estudo da História de A


obra "How Societies Are Born" é essencial, pois
Jan Vanzina oferece o melhor estudo sobre a p
dos povos que viveram na região a que hoje ch
Angola.

A obra de Jan Vanzina não é só importante no e


povos da África Central, pois a obra Jan Vanzin
por muitos considerada como a que abriu camin
estudo da etno-história, às relações entre a ling
história, e à aceitação da história oral como um
efectivo no método do estudo da história.

Duas obras de grande relevo para uma melhor


compreensão da História de Angola, especialm
paleo-história e proto-história, são as obras de
Clark "The Pre-History of Africa" e "The Pre-His
Southern Africa".

Outras obras importantes que se torna necessá


incluem a "General History of Africa" publicada
UNESCO, a "History of Central Africa" editada p
Birmingham e Phillys Martin, a obra "A History o
autoria de J.D. Fage, a "A History of South and
Africa" de Derek Wilson, e a obra de A.J. Wills "
introduction to the History of Central Africa - Zam
and Zimbabwe", e a obra de Robert Collins e Ja
"A History of Sub-Saharan Africa".

No campo do tráfico de escravos e o papel que


região ao que chamamos hoje Angola, bem com
tudosobreangola.blogspot.com/2008/12/os-grupos-tnicos-de-angola.html 51/53
19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola
do tráfico nesses povos, é essencial a leitura da
Joseph Miller "Way of Death", e de toda a obra
Davidson, um pioneiro do estudo da influência d
escravos do Atlântico nas sociedades africanas
´culos XVI e XIX.

Estudos Sobre a História do Atlântico Sul

Mais numa perspectiva mais global da história e


do Atlântico Sul e do sistema económico mundi
essencial o estudo dos trabalhos de João Lúcio
Azevedo, Fernand Braudel, Vitorino Magalhães
Armando de Castro no domínio da história econ
obras extensas de Jaime Cortesão e de Damião
domínio da expansão portuguesa, a obra de Lu
Albuquerque nos domínios dos Descobrimentos
Portugueses e da cartografia antiga. É ainda im
estudar a obra de Frantz Fanon para melhor
enquadramento do colonialismo como sistema
político e o seu impacto na psicologia dos povo
colonizados.

Cronistas e Historiadores Portugueses

Mais próximo de Angola, sugiro uma "re-leitura"


históricos de Gomes Eannes de Azurara, Rui de
Garcia de Resende, João de Barros, Fernão Lo
Castanheda, Damião de Gois, Duarte Lopez e F
Pigafetta, Domingos de Abreu e Brito, António d
Cadornega, Alexandre Elias da Silva Corrêa, Jo
Lopes de Lima, Oliveira Martins, Luciano Corde
Mattos e Silva à luz de um estudo mais crítico e
dos seus testemunhos.

Trabalhos Importantes Sobre a História de A

Outros estudiosos da História de Angola mais r


são leitura obrigatória para uma melhor compre
incluem Alfredo Trony, Visconde Paiva Manso, A
Almeida Teixeira, Monsenhor Alves da Cunha, A
Albuquerque Felner, Padre Ruela Pombo, Fran
Castelbranco, Gastão Sousa Dias, Alberto Ferr
Lemos, Henrique Galvão, Ralph Delgado, Marc
Caetano, António Brásio, Fernando Batalha, An
Silva Rego, José Gonçalo Santa-Rita, Hélio Fel
Marques, Manuel da Silva Cunha, Eduardo dos
Martins dos Santos, Júlio de Castro Lopo, Carlo
Garcia, Carlos Couto, José de Almeida Santos,
Costa Lobo, Norberto Gonzaga, Mário António
Oliveira, Manuel Nunes Gabriel, Cerviño Padrão
Correia, e Maria Emília Madeira dos Santos, alg
quais requerendo um esforço de tradução mais
para balançar a perspectiva um tanto euro-cênt
colonial das suas obras.

Estudos de Etno-História

Na área da etno-história é essencial o estudo d


Henrique de Carvalho, Padre Carlos Estermann
Ribas, José Redinha, João Vicente Martins, Má
Mesquitela Lima, Manuel Alfredo de Morais Ma
Jill Dias, Abílio Lima de Carvalho, Manuel Guer
Pereira Neto, Padre José Martins Vaz, Padre Jo
Martins, Ilídio do Amaral (mais no domínio da g
humana do que etnografia ou história), Herman
Ramiro Ladeiro Monteiro mais na área de socio

Estudos Sobre Angola e Tráfico de Escravos

Com mais foco no tráfico de escravos, é essenc


das obras de Alfredo Diogo Júnior, António Car
Adriano Parreira, que primeiro estudaram o pap
no tráfico de escravos do Atlântico, pois elas re
sem-fim de matéria-prima para uma melhor com
dos povos de Angola e da sua história.

..cumpre-me citar o trabalho fecundo de Henriq


Abranches que decerto necessita de alcançar u
muito mais vasto, e da grande obra de difusão d
histórico angolano levada a cabo pela excelente
Pepetela.

(retirado do blog http://introestudohstorangola.b

......

BIBLIOGRAFIA

«Reis Negros no Brasil escravista» por Marina


Souza

DOCUMENTOS ÚTEIS

tudosobreangola.blogspot.com/2008/12/os-grupos-tnicos-de-angola.html 52/53
19/10/21, 21:34 ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...: Os grupos étnicos de Angola
Declaração Universal dos Direitos do Homem
Compêndio da Doutrina Social da Igreja
JOÃO PAULO II EM ANGOLA (1992): "Que tenha definitivamente terminado para ti, querida Angola, o tempo do teu desamparo"
JOÃO PAULO II EM ANGOLA(1992): "Angola, Que tu possas realizar o teu destino de País livre e fraterno"
JOÃO PAULO II EM ANGOLA (1992): Mensagem aos Jovens de Angola.
PAPA JOÃO PAULO II: "No Respeito dos Direitos Humanos o Segredo da Verdadeira Paz". Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1999.
PAPA JOÃO PAULO II: "Para Servir a Paz, Respeita a Liberdade". Mensagem para o Dia Mundial da Paz 1981.
PAPA JOÃO PAULO II: "Se Queres a Paz, Respeita a Consciência de cada Homem". Mensagem para o Dia Mundia da Paz de 1991.
PAPA LEAO XIII. Encíclica "RERUM NOVARUM" (1891). Sobre a Condição dos Operários.
PAPA JOÃO XXIII: Carta Encíclica "MATER ET MAGISTRA" (1961). Sobre a evolução da questão social à luz da doutrina cristã.
PAPA JOÃO PAULO II. Carta Encíclica "CENTESIMUS ANNUS" (1991). No Centenário da Publicação da 1ª encíclica sobre a questão social.
PAPA PAULO VI: Encíclica"POPULORUM PROGRESSIO" (1967). Sobre o Desenvolvimento dos Povos.
PAPA JOÃO PAULO II. Encíclica "SOLLICITUDO REI SOCIALIS"(1987). Pelo 20º Aniversário da Populorum progressio. "A colaboração para o desenvolvimento do homem todo e de
é, efectivamente, um dever de todos para com todos".
PAPA PIO XII: "O Natal e a Humanidade Sofredora". Radiomensagem do Natal de 1942.
PAPA JOÃO XXIII: Carta Encíclica "PACEM IN TERRIS" (1963). sobre a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade .
PAPA PIO XI. Encíclica "DIVINI REDEMPTORIS"(1937). Sobre os Erros e delitos do Comunismo.
PAPA PAULO VI. Carta Apostólica "OCTOGESIMA ADVENIENS" (1971). A Actividade Politica dos Cristãos e as Questões Sociais.
MUHAMMAD YUNUS, Nobel da Paz 2006: "A pobreza é Uma Ameaça à Paz".
PAPA PIO XII. RADIOMENSAGEM DO DIA 1 DE JUNHO DE 1941: "A riqueza econômica de um povo não consiste propriamente na abundância dos bens, medida segundo um côm
material do seu valor, mas sim no fato de que essa abundância represente, ofereça real e eficazmente a base material que baste ao devido desenvolvimento pessoal dos seus memb
MIA COUTO: "Pobres dos Nossos Ricos"
MIA COUTO: "A Fronteira da Cultura"
GEORGE ORWELL: "A Revolução dos Bichos (O Triunfo dos Porcos)
ONU: "Declaração Sobre o Direito ao Desenvolvimento"
SHRI RAVINDRA VARMA: "Responsabilidade Universal, Direitos Humanos e Paz"
DALAI LAMA: "Os Direitos do Homem no Limiar do Século XXI"

O homem grande e os homens pequenos!


Homem muito, muito grande. Hoje excepcionalmente não irei falar de Angola, do Chicoronho ou da Huíla! Mas, de um homem muito, muito grande! Um homem que combateu o que
qualquer ser humano minimamente informado e equilibrado – RACISMO.

Raça, um termo ainda hoje tão utilizado, mas que academicamente não tem qualquer significado, porque é um termo em si, vazio. Um termo criado politicamente. Não há raça huma
ouvir muitas vezes essa designação, inclusive de professores universitários.

Há a Espécie Humana, pertencente ao Reino Animal. Com a evolução da espécie humana e com a sua diáspora pelo mundo fora houve a necessidade da sua pele se adaptar à Lati
encontrava. Assim resultaram as peles mais escuras com diferentes tonalidades, ou seja, do negro ao encarnado entre os trópicos de Cancer e de Capricórnio, como adaptação aos
perigosos raios UV; Mas, à medida que o ser humano se foi instalando nas latitudes mais elevadas, a sua pele teve outras necessidades e por isso são peles mais claras. Simples de

Não há raças, mas sim etnias. Mas, mesmo em relação às etnias há confusões de interpretação.

Todos aqueles que vivem no mesmo espaço geográfico e partilham em grosso modo os mesmos hábitos ao nível da cultura, língua, musica, costumes, gastronomia, danças entre ou
estamos perante o mesmo grupo étnico.

Claro que ainda hoje, muitos não conseguem desligar o conceito de etnia da cor das pessoas, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Portanto, isto significa que podemos academicamente ter um negro, castanho, vermelho, amarelo ou branco pertencentes todos à mesma etnia, desde que estes convivam no mesm
geográfico e partilhem os mesmos pressupostos acima mencionados.

Voltando ao homem grande que orgulhosamente eu sou contemporâneo, foi preso exactamente por defender que não havia raças humanas e muito menos que havia raças superiore
inferiores.

Foi preso por combater um sistema hediondo profundamente rácico. Quando foi preso era um jovem adulto e permaneceu encarcerado durante décadas, quando saiu, já era idoso. V
preso durante décadas. Ele tinha perdido toda a sua vida de juventude e de auge físico e intelectual numa prisão. Lembro que nenhum de nós vive duas vezes, ou seja, ele não teve
oportunidade de voltar a ser jovem.

Por conseguinte, quando foi anunciado a sua eventual libertação, os homens pequenos pensaram:

«ele sairá revoltado e quererá a vingança de quem lhe tirou as melhores décadas de vida»

Mas, quando um homem é grande, as suas acções e atitudes também o são, assim, depois de ele ser libertado, fez um discurso num estádio completamente lotado e para espanto d
pequenos, ele apelou ao dialogo em vez da divergência, ele apelou à compreensão em vez do ódio, ele apelou à tolerância me vez do seu contrario, ele apelou à reconciliação em ve

O homem grande foi libertado no dia 11 de Fevereiro de 1990 e chama-se Nelson Mandela.

Tema Espetacular, Lda.. Imagens de temas por compassandcamera. Com tecnologia do Blogger.

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