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Bibliografia
BITTENCOURT, M (2001) A história contemporânea de Angola: seus achados e suas armadilhas. Luanda
CMCDP.
Categoria
Crónicas
Etiquetas
Etnias
angola
Angola.
Antes da chegada dos europeus, ao longo de séculos o território de Angola foi ocupado por
diferentes povos independentes e com características diversas, habitando territórios próximos, de
modo que não se pode falar em Angola como uma unidade histórica.
De acordo com Helder Ponte, em Introdução ao Estudo da História de Angola (2006), “Angola não
começou como ‘Angola’, mas sim como ‘Congo’, mais propriamente, o território do Antigo Reino do
Congo, geralmente definido pelos rios Zaire a Norte, Cuango a Leste, e Dande a Sul, e pela costa
atlântica a Oeste [...]. Só com a carta de doação da capitania de Angola a Paulo Dias de Novais em
1571 e a sua chegada à região em 1575 [...] e com a fundação da povoação de S. Paulo de Loanda,
é que Angola começou a existir como possessão negreira portuguesa, e como entidade política,
econômica e militar no quadro geopolítico do Atlântico Sul e da África Central e Austral desse
tempo”.
Benguela.
A ocupação portuguesa do Reino de Benguela deu-se a partir de 1578. A região foi convertida
rapidamente em mercado fornecedor de cobre e, principalmente de mão-de-obra para o tráfico de
escravos. Em São Felipe de Benguela havia vassalos, aliados nativos e, inclusive, as residências e
um administrador e um ouvidor português, tamanha a importância do comércio que se realizava
ali, especialmente o do entreposto escravista.
A carta donatária de Paulo Dias de Novais, datada de 1571, esclarece Pontes, “continha o esboço
do território original do Reino de Angola, que incluía então a região entre a Barra do Dande (a
norte de Luanda) e a Barra do Quanza, na actual região da Quissama (a sul de Luanda)”.
E o Reino de Benguela, afirma o autor, foi assim denominado pelos portugueses, referindo-se à
região costeira ao sul dos reinos da Quissama e do Libolo, passando pela baía do Quicombo, até à
foz do Rio Caporolo, a sul da atual cidade de Benguela.
A expansão em direção a Benguela era uma alternativa para os comerciantes portugueses que
buscavam expandir a área de domínio, a captura e o tráfico, ampliando assim as fontes
fornecedoras do Congo e de Angola e garantindo o abastecimento dos mercados coloniais do
Brasil.
Banto é uma classificação linguística, referente aos povos cuja língua originou-se da cultura Nok –
de Camarões à Nigéria –, abrangendo diferentes grupos humanos que ao longo de séculos (VI-XIX)
migraram e se espalharam pela África Central e Austral, incluindo, portanto, a região de Angola.
Além dessa referência cultural, há o acréscimo do contato com os povos pigmeus e os khoisan,
habitantes da região.
O povoamento banto da região deu-se por meio da organização de povoações independentes, sem
centralização política até o século XIV quando se formaram as bases do que seria mais tarde o
antigo Reino do Congo.
Os ambundos, vindos pela margem do Rio Cuango expandiram-se pelas bacias dos Rios Lucala e
Cuanza, estabelecendo sobados independentes que formariam o Reino de Angola. Grande parte
do território foi dominada pelos povos de raiz linguística Banto, marcando culturalmente a
composição atual da população angolana.
Foram chamados bantos os indivíduos originários de diferentes grupos humanos, dos quais fazem
parte os angola-congoleses e os moçambiques, localizados em Angola, no Congo, no Zaire e em
Moçambique, e que no Brasil, submetidos à exploração escravista, foram distribuídos nos
mercados escravos de Pernambuco, Alagoas, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Sudaneses e guineanos-sudaneses são povos originários da Nigéria, Daomé e Costa do Ouro, dos
quais faziam parte os iorubás ou nagôs, jêjes, fanti-ashanti. Os islamizados fulas ou filanis,
mandingas, haussas e tapas foram destinados principalmente aos mercados da Bahia.
Os malês, responsáveis pelo Levante de 1835 na Bahia, eram negros de diferentes origens, como
haussas e fulanis, convertidos ao islamismo. A denominação “male” ainda não teve sua
procedência desvendada, podendo ser associada aos indivíduos do Mali, reino islamizado, ou à
palavra iorubá imale, que designava os muçulmanos.
O fato é que há, ainda, dificuldades para a identificação das origens étnicas, geográficas e culturais
da variedade dos africanos e afrodescendentes do Brasil.
Kabengele Munanga, em Origens africanas do Brasil Contemporâneo (2009), faz referência a três
áreas geográfico-culturais nas quais se situam os grupos cuja contribuição pode ser constatada no
Brasil:
A dificuldade em identificar mais claramente as etnias, dentre outros aspectos, reside no fato de
que “embora cada porto concentrasse preferencialmente as presas das vizinhanças, a necessidade
de manter portos de embarque afastados, para driblar a vigilância quando o tráfico começou a
ficar ilegal, primeiro em certos segmentos da costa africana, mais tarde em todo o litoral, fez com
que partidas de escravos alcançassem os portos depois de percorrer a pé, pelo interior, longos
trajetos. Isso complicava a identificação do escravo, pois sua origem através do porto de embarque
podia não mais corresponder a sua origem verdadeira”, como afirmou Reginaldo Brandi.
Essa ausência de referências mais específicas passou, com o tempo, a constituir parte da formação
identitária daqueles sujeitos e de seus descendentes, de modo que os referenciais de identidade
pautados na origem étnica foram aqui reelaborados, tanto pelas denominações atribuídas por
terceiros, quanto pelas relações estabelecidas a partir do trajeto atlântico e do novo contexto
vivido no Novo Mundo escravista.
Concluindo.
Se o objetivo inicial estava ligado aos metais preciosos e outros produtos valorizados nos mercados
internacionais – e abundantes na costa africana –, a expansão do comércio mercantilista, a
colonização e a busca de acúmulo de riquezas motivaram os investimentos no tráfico escravista, de
modo que os traficantes passaram os séculos seguintes explorando essa fonte de riqueza que
julgavam ser inesgotável.
Considerando apenas os dados disponíveis registrados entre os séculos XVI e XVII, cerca de
1.350.000 pessoas foram traficadas para produzir riqueza nos trabalhos ligados à produção da
cana-de-açúcar; no século XVIII, foram mais 600.000, trazidos para a exploração mineradora; no
século XIX, cerca de 250.000 para a cafeicultura e 1.100.000 para as produções de fumo, algodão e
outras obrigações.
Ou seja, aproximadamente 3,5 milhões de pessoas foram traficadas para o Brasil, sendo maior
ainda o número de escravos quando somados seus filhos, considerados igualmente propriedades
dos seus senhores, e o comércio ilegal não registrado.
Eram homens e mulheres da Costa da Mina (Ajudá) e Angola (Congo, Luanda e Benguela), bantos
do centro e do sul, sudaneses do centro e noroeste da África, bem como seus descendentes. Eram
seres humanos e, com seu trabalho, foram responsáveis pela produção, pelas construções, pelos
serviços domésticos e outros tantos que não se pode contabilizar.
ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes. Formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Cia.
das Letras, 2000.
BRANDI, Reginaldo. De africano a afro-brasileiro: etnia, identidade, religião. Revista USP, São Paulo,
nº 46, pp. 52-65, jun./ago. 2000. Disponível em: http://www.usp.br/revistausp/46/04-
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BOXER, Charles. O Império Colonial Português (1415-1825). Lisboa: Edições 70, 1981.
MATTOS, Regiane Augusto de. De cassange, mina, benguela a gentio da Guiné:grupos étnicos e
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MOURA, Clovis. Dicionário da Escravidão Negra no Brasil. São Paulo: EDUSP, 2004.
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e
etnia. In: Inclusão social: um debate necessário? Disponível
em: https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59
SALVADOR, José Gonçalves. Os magnatas do tráfico negreiro: séculos XVI e XVII. São Paulo,
Pioneira/ EDUSP, 1981.
SCHLEUMER, Fabiana. Entre mortos, enfermos e “feiticeiros”. Um estudo sobre a presença africana
no contexto da diáspora. São Paulo – século XVIII. Disponível em:
Governo e política
Ver artigo principal: Política de Angola
Administração
Problemas
Entretanto, a guerra civil de 27 anos causou grandes danos às instituições políticas e sociais do país.
As Nações Unidas estimam em 1,8 milhão o número de pessoas internamente deslocadas, enquanto
que o número mais aceite entre as pessoas afectadas pela guerra atinge os 4 milhões. As condições de
vida quotidiana em todo o país e especialmente em Luanda (que tem uma população de cerca de 4
milhões, embora algumas estimativas não oficiais apontem para um número muito superior) espelham o
colapso das infraestruturas administrativas bem como de muitas instituições sociais. A grave situação
económica do país inviabiliza um apoio governamental efectivo a muitas instituições sociais. Há
hospitais sem medicamentos ou equipamentos básicos, há escolas que não têm livros e é frequente que
os funcionários públicos não tenham à disposição aquilo de que necessitam para o seu trabalho. Além
disso, o país foi classificado como "não-livre" pela Freedom House em seu relatório Freedom in the
World de 2013, onde a organização também observa que as eleições parlamentares de agosto 2012,
em que o Movimento Popular de Libertação de Angola ganhou mais de 70% dos votos, teve graves
falhas, como listas de eleitores desatualizadas e imprecisas. [65] Além disso, o país também é classificado
como um "regime autoritário" e como uma das nações menos democráticas do mundo, ao ficar na 133ª
posição entre os 167 países analisados pelo Índice de Democracia de 2011, calculado pela Economist
Intelligence Unit.[66] Angola também ficou em uma posição ruim no Índice Ibrahim de Governança
Africana de 2013, quando foi classificada na 39ª posição entre os 52 países da África Subsaariana, com
uma avaliação particularmente ruim em áreas como "Participação e Direitos Humanos", "Oportunidade
Económica Sustentável" e "Desenvolvimento Humano". O Índice Ibrahim utiliza uma série de variáveis
diferentes para compilar sua classificação, que reflete o estado dos governos na África. [67] Angola
também é considerada um dos mais corruptos do mundo pela Transparência Internacional.[9][12]
Aparentemente inspirada pelas revoltas populares em diferentes países árabes, correram em
Fevereiro/Março de 2011 iniciativas para organizar pela Internet, em Luanda, demonstrações de protesto
contra o regime.[68] [nota 17]. Uma nova manifestação, visando em particular a pessoa do Presidente, teve
lugar em inícios de Setembro de 2011.[69]
Sistema eleitoral
Em 5 e 6 de Setembro de 2008 foram realizadas eleições legislativas, as primeiras eleições desde 1992.
As eleições decorreram sem sobressaltos e foram consideradas válidas pela comunidade internacional,
não sem antes diversas ONG e observadores internacionais terem denunciado algumas irregularidades.
O MPLA obteve mais de 80% dos votos, a UNITA cerca de 10%, sendo os restantes votos distribuídos
por uma série de pequenos partidos, dos quais apenas um (PRS, regional da Lunda) conseguiu eleger
um deputado. O MPLA pode portanto neste momento governar com uma esmagadora maioria {{Nota de
rodapé|Uma descrição da situação daí resultante encontra-se em «BTI 2010 - Angola Country Report».
BTI. Consultado em 25 de agosto de 2011..
De acordo com a nova Constituição, aprovada em Janeiro de 2010,[70] passam a não se realizar eleições
presidenciais, sendo o Presidente e o Vice-presidente os cabeças-de-lista do partido que tiver a maioria
nas eleições legislativas.[71][72] A nova constituição tem sido criticada por não consolidar a democracia e
usar os símbolos do MPLA como símbolos nacionais[73][74] [nota 18].
O regime angolano realizou as primeiras Eleições Gerais a 31 de agosto de 2012, um modelo
constitucional novo, que surge na sequência da junção das eleições legislativas com as presidenciais,
[76]
respeitando pela primeira vez o prazo constitucional de 4 anos entre eleições. Para além dos 5
partidos com assento na Assembleia Nacional - MPLA, UNITA, PRS (Partido da Renovação Social),
FNLA, ND (Nova Democracia) - existiam mais 67 partidos em princípio habilitados para concorrer.
[77]
José Eduardo dos Santos anunciou em dado momento a sua intenção de não ser novamente
candidato, mas acabou por encabeçar a lista do seu partido. Como o MPLA ganhou novamente as
eleições, com cerca de 71% (175 deputados), ele foi automaticamente eleito Presidente, em
conformidade com as regras constitucionais em vigor. A UNITA aumentou a sua cota para cerca de 18%
(32 deputados), e a Convergência Ampla para a Salvação de Angola (CASA), recentemente fundada
por Abel Epalanga Chivukuvuku, obteve 6% (8 deputados). Para além destes três partidos, conseguiram
ainda entrar no parlamento, com votações ligeiramente inferiores a 2%, o Partido da Renovação Social
(PRS, 3 deputados) e a FNLA (2 deputados).[78] São muito significativas as disparidades entre regiões,
especialmente quanto aos resultados dos partidos da oposição: nas províncias de Cabinda e de Luanda,
a oposição obteve p.ex. cerca de 40% dos votos, e a parte da UNITA foi de cerca de 30% no Huambo e
em Luanda, e de 36% no Bié.[79] A taxa de abstenção foi a mais alta verificada desde o início das
eleições multipartidárias: 37.2%, contra 12.5% em 2008.
25Segundo Lord Acton [i. e., John Emerich Edward Dalberg Acton,
Baron Acton], foi o Estado que deu origem à Nação, e não a Nação que
antecedeu o Estado, reservando assim uma intervenção determinante
para a variável do poder político e da relação duradoura entre a
dependência da população de uma sede do poder, e o seu envolvimento
longo num projecto estratégico de governo (BEMBE 2013).
GRUPO
musical do grupo “N’gola Ritmos”, formado em 1947 pelo músico Liceu Vieira Dias,
dos seus antepassados e estabelecer uma relação entre o campo e a cidade, como
podemos notar na canção abaixo “Mon’ Ami”. A letra relata o sofrimento de uma
falar kimbundu; quem o falasse era considerado atrasado, gentio” (AMORIM, s/d ).
musicais, então vistos como sinais de uma cultura não civilizada. Todavia,
Índice
1 Pronomes pessoais
2 Pronomes Demonstrativos
3 Pronomes Relativos
4 Pronomes Indefinidos
Acusativo mē nōs
Ablativo mē nōbīs
Nominativo tū vōs
Acusativo tē vōs
Ablativo tē vōbīs
Singula
Numero Plural
r
Id est. (i.e.)
Isto é.
Id est mihi, id non est tibi!
Isto é meu, não teu!
Cuius regio, eius religio.
Non est ei similis.
Não existe ninguém similar a ele.
"Olim habeas eorum pecuniam, numquam eam reddis" (Primeira regra de aquisição
Ferengi)
Uma vez que tenha seu dinheiro, nunca o devolva.
Caso \ # M. ou F.
Nominativo nēmō
Genitivo nūllīus
Dativo nēminī
Acusativo nēminem
Menu de navegação
Ferramentas pessoais
Não autenticado
Discussão
Contribuições
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