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O Chócue ou quioco[1] (Côkwe, pronunciado tchócuè) é um idioma africano e uma das

principais línguas nacionais de Angola, tendo o Instituto de Línguas Nacionais de Angola


fixado normas ortográficas para a sua melhor divulgação e utilização.[2]

Localização e disseminação
O chócue é falado por mais de 456 000 habitantes angolanos, localizados no Nordeste,
Sul e Norte da Lunda, no leste do Bié, a oeste do Moxico, na região central do Cuando
Cubango, no Cunene e em Malanje. Em Luanda, a capital, é mais falado
no Município de Viana. Também é falado na República Democrática do Congo e
na Zâmbia.[2]

Nomes alternativos
O chócue tem vários nomes alternativos, sendo também conhecido, além de pela forma
vernácula Côkwe, por Chokwe, Ciokwe, Djok, Kioko, Quioco, Tchokwê, Shioko, Tchocué,
Tshokwe e Tschiokloe.[2]

Dialectos
São conhecidos três dialectos do chócue: o minungo, o ulanda e o ukhongo.[2]

Expressões
 musono unapema - (hoje estás bom)
 mbungue - (coração)
 tweya - (vem)
 mutu - (pessoa)
 chimene-chipema - (bom dia)
 chindele - (branco)
 katapi - (amendoim)
 chingahi? - (quanto custa?)
 samanhonga - (pensador)
 ishimo - (provérbios)
 muanapwo - (mulher jovem)
 mbolo - (pão)
 ua - (toma)
 landa kanawa- (compra bem)
 Silêncio - (zungo)
 Jesus - (Yesu)
 Igreja- (Tambele)

CACULO,
D. E.
(2018)
Resumo: O presente trabalho, portanto, consiste em discutir a identidade
cultural do povo Tchokwe e suas transformações, entre os anos
de 1883-1893, período este que vai houver os conflitos interno
nos Lundas para formação de novos grupos étnicos. Com os
conflitos alguns integrantes pertencentes aos Lunda começam a
abandonar o território por causa da nomeação de Ilunga como
líder que detém o poder do lukano, esta ocupação influência no
processo de imigração do povo para outros pontos da região.
Com base no estudo deste povo compreenderemos uma diferença
na identidade cultural de ambos de uma forma ou de outra.
CACULO, Danilson Ernesto. A identidade cultural do povo
Tchokwe e suas transformações (1883-1893). 2018. 53 f. Projeto
de Pesquisa (Graduação) - Curso de Bacharelado em
Descrição:
Humanidades. Instituto de Humanidades (IH), Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
Redenção-CE, 2018.
URI: repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3105

Rei Imagem

Tchiwanhino Mahamba Malemba, que em língua Tchokwe significa Encontro


Espiritual e Ancestral, está sendo organizada pelo Rei Mwatchissengue Wa
Tembo, soberano do povo Tchokwe com a finalidade de promover os aportes
culturais do povo leste de Angola, será realizada na sede do Reino para
celebrar a visita de Tata Nkisi Katuvanjesi (Walmir Damasceno) dias 20, 21 e
22 de abril deste ano, em Saurimo, capital da Lunda Sul, República de
Angola. Segundo a Majestade Tchokwe, em conferencia por vídeo chamada
com Katuvanjesi na manhã desta sexta-feira (21 de janeiro), o evento contará
com a participação de diversas e variadas autoridades do poder tradicional e
espiritual entre Sobas, Séculos, Imbandas entre outros.
O Rei Lunda Tchokwe, Mwene Mwatchissengue Wa-Tembo, afirmou que
“nosso Filho Katuvanjesi conhecerá hábitos, costumes e a cultura da região
leste deste País da África central que está a ser bem preservada e
valorizada”, e na sua visita a esta terra sagrada terá oportunidade de ver que
“os mais velhos são os principais veículos de transmissão de hábitos,
costumes, tradição e de história”. Tata Katuvanjesi assistirá várias
cerimonias espirituais e ancestrais, as danças txianda, muango, ibanga,
cafundeji, muchete, entre outras que simbolizam culturas dos Tchokwe, e
passará pelo processo de iniciação nos ritos do Ngombo.
A visita, proporcionada pela Associação Mãos Livres – Angola, com apoio do
advogado e deputado da Assembleía Nacional de Angola, David Mendes,
dentro do acordo de cooperação com o ILABANTU, visa produção de
Documentário sobre as culturas tradicionais e espirituais de grupos étnicos,
será coordenado pelo estudante de história e antropologia, Kimdumbo da
Cunha e pelo empresário e ativista das lutas sociais e direitos humanos,
Nelson Mucazo Euclides.

Há muitos séculos atrás tinham sido um povo só. Lundas e tchokwes saíram
do mesmo núcleo, a grande diferença é que os Lunda ficam no seu território
desde sempre, os tchocwe transformam-se num grupo de extrema mobilidade
que a partir do século XVI percorre todo o país. São essencialmente
caçadores e comerciantes saindo, por isso, em busca de marfim borracha,
etc. Essa extrema mobilidade não lhes permite desenvolver estruturas
políticas tão pesadas como era a hierarquia da Mussumba, por isso fazem
aquilo que se chama a diáspora Tchokue, inflectem para o sul, dividem os
Nganguela ao meio. Angola tem Tchokwe em todo o território. No final do
século XIX os Tchokwe regressam ao seu território de origem, tomam,
militarmente, o poder dos Lunda e absorveram as suas instituições. As duas
realidades Tchokwe no século XIX misturam-se outra vez. A invasão Tchokue
é coincidente com a conferência de Berlim, e o traçar das fronteiras em
África leva a que do lado de Angola fiquem misturados Lundas e Tchokwes,
mas a Mussumba do Matchiamvua que era a sede do poder Lunda fica do lado
do Zaíre por imperativos da conferência de Berlim.
Os lundas Tchokwe tem como território natural o Moxico, tendo se estendido
paras as regiões das Lundas Norte e sul, na parte nordeste de Angola.
tem como dança predominante o Tchianda, Calukuta, Tchombe, Txisselá. Tem
como símbolo a estátua Samayonga, vulgo Mwana pwó, que em portguês significa
"menina".

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