Você está na página 1de 154

CULTURA

MEDICINAL DO
POVO LUNDA
TCHOKWE

INTRO
DUÇÃ
O

Os
Lunda
Tchok
we
são
uns
dos maiores grupos étnicos bantu de Angola.
Os demais grupos importantes são os Bakongo e
Kimbundu.

Os Lunda Tchokwe juntamente com os Kimbundu são


as únicas etnias que vivem inteiramente dentro de
Angola.

Essa origem comum é percebida pelo uso da desinência


«mtu», comum ao conjunto de povos da Africa
subsariana, que significa pessoa no singular (muntu) e
bantu no plural.

Os Lunda Tchokwe estabeleceram-se a sul do rio


Cuanza, no planalto central, dispersando-se pelos
destritos mais populosos de Angola: Huambo, Benguela
e Bié.
A partir deste centro populacional, os umbundu foram-
se espalhando por todos os outros destritos.

Este grupo, que era o mais homogeneo de todos, era


também mais abrangente de todos os grupos
linguisticos.

O grupo umbundu caracteriza-se devido à sua


homogeneidade e ao fato de viverem em grandes
aldeias.

A imbo (plural ovaimbo) era composta de dez a


cinquenta agrupamentos, com uma população que
oscilando entre 100 à 1000 pessoas.

Em geral, a aldeia recebia o nome do seu fundador, de


quem o membro mais velho da aldeia muito
rovavelmente descendia.
Apenas o ancião da aldeia, o sekulu, podia falar da
“minha aldeia” (limbo liangue); para o resto das
pessoas, ela era a “ nossa ladeia” (limbo lietu).

Em território umbundu apenas as pessoas ligadas


pelos laços de sangue construiam as suas casas na
mesma aldeia.

Em finais do seculo XIX, os Umbundu estavam


organizados politicamente em doze reinos, dos quais o
do Bailundo, o do Huambo, Bié, Chiyaka, Galangue e
Andulo eram os mais poderosos.

Ao sul do Kwanza os Lunda Tchokwe representam o


grupo predominante.

Os Benguela, Bié e Huambo vem em segundo e os


Kwanza Sul, Malange, Moxico, Kuando Kubango,
Namibe, Huíla em terceiro.
Uma das caracteristicas dos Lunda Tchokwe é sua
capacidade de sair do seu espaço social e cultural
original, receber influências exteriores, sem
comprometer o seu património histórico e cultural.

Assimilar sem ser assimlado, sobretudo a língua.

Os umbundu também são aqueles que mais


diversificam os seus meios de subsistencia.

São os unicos que se dedicam simultaneamente a


produção de cereais, verduras e pastoreio.

Do gado aproveitam tudo: a carne, o leite, o estrume.

Do ponto de vista tecnologico, tiram proveito da força


animal, bois, burros e cavalos para lavoura e
transporte de carga.
Enquanto que os seus vizinhos a sul; os ovambo,
Hereros e Nhanega-Humbes, os mais conservadores do
ponto de vista cultural, têm uma certa aversão a
agricultura e não produzem verduras.

Nas comunidades junto ao rio Cunene, no Xangongo, os


Ombanjas aprendem com os umbundu a cultivar
verduras, e o mesmo acontece em algumas
comunidades das províncias do leste , Moxico e
Kwando kubango.

As populações do angolanas do norte, Cabinda, Zaire,


Uíge, Lunda Norte, e Centro Norte , Luanda, Bengo,
Kwanza Norte, Malange, dedicam-se exclusivamente a
agricultura de subsistência.

1. A Lunda Tchokwe é um Estado criado por DEUS e


organizado politicamente pelos nossos bisavôs no
século XI, reconhecido pelas 14 Nações Europeias
presentes na Conferência de Bérlim em 1884 –
1885 e não só, e pelo Reino de Ndongo
(Kimbundo), através das subscrições dos 6
Tratados de Protectorado celebrados entre o
Governo de Portugal e os Soberanos e Potentados
Lundas e Tratados de fronteiras convencionais
desde 1885 – 1895, ano de mapeamento dos
limites definitivos do Estado da Lunda Tchokwe.

2. O Reino de Ndongo (Kimbundu), representado


nos autos pelo Soberano AMBANGO, Grande Soba
de Malanje e o seu irmão Don Augusto Jayme, que
testemunhou ao representante do Governo de
Portugal o Major do Exercito e Chefe da Comitiva
Cientifica Portuguesa a Mussumba do Imperador
Muatianvua, Henrique Augusto Dias de Carvalho
que, Angola terminava em Malanje!

E, para que no futuro não houvesse dúvidas, e


como os Soberanos Lundas não sabiam ler nem
escrever, o sr Henrique de Carvalho, informou a
todos que, ditassem os seus nomes e, cada um
colocasse a frente do seu nome, uma cruz ou, o
sinal de mais (+).- VERBA VOLANT SCRIPTA
MANENT.
3. As palavras voam as escritas mantém-se. É por
isso que, o 1.º Tratado de Protectorado
Internacional da Lunda Tchokwe, está escrito em
Kimbundu a língua natural do Reino de Ndongo –
a palavra “KIVAJANA”, traduzida para a língua
portuguesa significa Tratado.

4. A Lunda Tchokwe Tornou-se Protectorado


Internacional, pelo facto, dos Tratados oficiais
terem sido, celebrados por 3 Nações e
testemunhados pelas 14 Nações Europeias. Os 5
Tratados de Protectorados, estão em língua
Kimbundu, o 1.º e os outros 4 em língua
Portuguesa entre 1885 a 1894.

5. O Tratado de fronteiras na “LUNDA”, celebrado


a 25 de Maio de 1891 em Lisboa entre o Governo
de Portugal e o Governo da Bélgica, ratificado no
dia 24 de Março de 1894 em Bruxelas sob
mediação do Governo Francês com a observação
Internacional do Governo da Alemanha, o Governo
do Reino Unido e do Vaticano, a troca de
assinaturas teve lugar em Paris no dia 1 de Agosto
1894, esta escrito em Português e Francês.- 1.ª
PACTA SCRIPTA SUNT SERVANDA.
6. A LUNDA TCHOKWE é uma propriedade
colectiva, bem titulada, bem reconhecida
internacionalmente e registada pelo seu Protector
Legal com a letra “G” com o seu Governo
estabelecido pelo artigo 44º da Lei 8904 de 19 de
Fevereiro de 1955. Os tratados de protectorado e
o acordo de alvore, são títulos de reconhecimento
formal ou de “Jure”, dos 2 Estados, sob autoria
moral e material do mesmo estado Português.

7. O Protectorado, um direito fundamental de


propriedade Real ou coisa material ou, um imóvel
ou Estado criado por “DEUS” e, organizado
politicamente pelos donos, através de normas do
direito consuetutinário ou costumeiro,
reconhecido formalmente por outros Estados
através de tratados de protecção externa,
aplicáveis á regras ou normas do direito
internacional dos tratados - Convenções de Viena
de 1969 e de 1978.

Poderes Extraordinários
Medicina tradicional e magia
Bruxaria e feitiçaria
onde se apresentam dados a respeito de
medicina tradicional e magia e a respeito de
bruxaria e feitiçaria entre O POVO LUNDA
TCHOKWE
Medicina Tradicional e Magia1
Qualquer um de nós que tente classificar a extensão
das relações entre medicina, doença e organização
social na África, percebe imediatamente, que nenhum
aspecto da vida social ou biológica pode ser aí,
legitimamente excluído. Em artigo inédito, Dopamu
(1989) define medicina tradicional como a arte e a
ciência de preservar ou restaurar a saúde, através de
recursos e forças naturais. Entre POVO LUNDA
TCHOKWE, medicina e magia recebem a mesma
denominação em virtude da semelhança de suas
práticas: oogun. A intenção é que determina se os
procedimentos adotados visam a cura ou a resolução
de problemas de outra ordem. Magia e medicina,
estreitamente relacionadas, pressupõem a ação de
forças sobrenaturais no universo e a possibilidade
humana de exercer controle sobre tais forças.
Enquanto artes do uso de recursos e forças naturais
para preservar ou restaurar a saúde, ambas possuem
em comum o seguinte: são conhecidas pelo mesmo
nome - oogun, egbogi, isegun; estão sob o domínio da
mesma divindade - Osanyin, também chamado Osonyin;
apoiam-se na crença de que divindades e espíritos
auxiliam a cura e que certas substâncias da natureza
possuem qualidades inerentes, de significado oculto;
fazem uso dos ofo, ou seja, de encantamentos.

1
Os dados sobre adivinhação, magia, bruxaria e feitiçaria entre POVO LUNDA TCHOKWE
advêm, em grande parte, das obras de Abimbola, Awolalu e Dopamu
Recursos mágicos e medicinais entrelaçam-se de tal
modo que em certos rituais é difícil estabelecer os
limites entre eles. Por exemplo, uma pessoa com fortes
dores de cabeça poderá ser orientada a ingerir, em
meio a rituais, a medicação também preparada de
modo ritualístico.
As moléstias são consideradas resultantes da
concatenação de múltiplos fatores de distintas ordens:
fatores naturais ou físicos, produzindo as doenças
comuns; fatores sobrenaturais, incluindo a ação de
bruxas e feiticeiros, produzindo toda sorte de
desequilíbrios e fatores místicos, incluindo a ação de
espíritos e de ancestrais (Dopamu, 1989). Em busca da
cura usa-se praticamente de tudo: areia, pedras,
metais, plantas, animais, crânios, ossos em geral,
lagartos, lagartixas, camaleões... Uma vez realizado o
diagnóstico, através de consulta ao mago/médico ou ao
babalawo, definem-se as causas do transtorno e sobre
elas se intervirá: alguns tratamentos atuam
simultaneamente a nível biológico e espiritual. O ritual
nem sempre acompanha a administração do
medicamento mas pode constituir um meio necessário
à remoção de causas de ordem espiritual, para que o
remédio possa agir a nível biológico.
O mago-médico
Magos e/ou médicos são indistintamente chamados
de onisegun, elegbogi, olosoyin e oloogun, embora com
distintas conotações de valor, conforme assinala
Dopamu (1989a). O médico é um healer, um curador:
conhece formas terapêuticas e as usa para sanar
condições patológicas de saúde. O mago, por sua vez,
possui poder sobrenatural para realizar feitos tais
como preservar um amor, evitar um acidente e assim
por diante.
Os onisegun adquirem seus conhecimentos no
âmbito familiar, podendo ampliá-los no contato com
seres espirituais. Osanyin, o orixá da essência do
mundo vegetal, conhecedor das possibilidades
terapêuticas de todas as plantas, tem entre seus mais
importantes seguidores Aroni, ser dotado de uma única
perna (como as plantas) e cabeça de cachorro. Grande
conhecedor das propriedades medicinais do mundo
vegetal, Aroni seqüestra seres humanos talentosos e os
leva para viver consigo na floresta escura,
transmitindo-lhes conhecimentos antes de devolvê-los
às suas casas. (Salami, 1990).
Antes da medicina ortodoxa ocidental chegar à
Nigéria ninguém duvidava da eficácia da medicina
tradicional. Ultimamente sua prática vem sendo
questionada por médicos ocidentais. Simultaneamente,
a Organização Mundial de Saúde vem demonstrando
interesse em incorporar práticas tradicionais no
Sistema de Primeiros Cuidados de Saúde e isso vem
servindo de incentivo para a avaliação dos
medicamentos com recursos da Química e da
Farmacologia (Omo-Dare, 1987).

Ofo, o encantamento iorubá - poder oculto dos


nomes
Cada ser, objeto ou elemento tem um poder natural
ao qual se pode apelar, desde que conhecido seu nome
místico, de fundamento ou primordial. Freqüentemente
encontrados em fórmulas de encantamento, os nomes
de fundamento permitem ao praticante, segundo se crê,
agir sobre os seres invocados, controlando-os. Dopamu
(1988) registrou na Nigéria uma série de fórmulas
encantatórias e teceu considerações sobre essa prática
mágica. Referindo-se aos ofo, diz:
Ofo é o termo genérico empregado pelO POVO
LUNDA TCHOKWEpara designar encantamento. Pode
ser definido como a palavra falada que se acredita
possuidora de força mágica ou capaz de produzir efeitos
mágicos quando recitada ou cantada sobre objetos
mágicos ou na ausência destes. Os encantamentos,
utilizados em todas as esferas da atividade humana, em
particular na prática médica, são considerados
pelPOVO LUNDA TCHOKWE, como o principal poder
por eles adquirido durante seu desenvolvimento
espiritual.
Embora muitos encantamentos dispensem o uso de
objetos, em sua maioria são recitados sobre objetos
mágicos ou medicinais - iyerosun, água, objetos
indicados pelo próprio texto do encantamento, etc -
para potencializar sua força. Podem ser recitados após
mastigação de sete ou nove obì4 ou sete ou nove
sementes de pimenta da Costa, porque ataare a maa pa
oro si oniyon lenu - a pimenta da Costa torna a boca
potente como um veneno.
Para que o encantamento seja eficaz deve ser
recitado exatamente como da primeira vez, ou seja,
exatamente do modo como foi pronunciado no
momento de sua criação. Os encantamentos
registrados por Dopamu em diversas regiões da
Nigéria são recitados em diferentes dialetos,
apresentando, muitas vezes, uma mesma palavra com
significados distintos e distintas palavras com o mesmo
significado. A tradução nem sempre é possível porque
muitas das palavras usadas pertencem a textos
herméticos, nos quais palavras menos inteligíveis
possuem maior poder.
Por exemplo, no tratamento de um homem mordido
por serpente será usado um encantamento para
remoção do veneno, ameaçando-se o ser da serpente2
de privação total de sua capacidade de envenenar, caso
não remova o veneno injetado.
Há muitos tipos de ofo: os pronunciados para
potencializar a ação mágico-medicinal; os recitados
após mastigação de pimentas da Costa ou de obì, com
finalidades específicas; os associados a libações em
homenagem a poderes espirituais; os utilizados em
práticas do mal, tão potentes que determinam a
necessidade de uso de outros ofo capazes de
neutralizar os efeitos deletérios produzidos no próprio
praticante; os ayajo, com alusões míticas, geralmente
recitados sobre o iyerosun. Estes últimos, literalmente,
o dia em que as coisas aconteceram, narram histórias e
mitos de origem, correspondentes a acontecimentos do
presente e pretende-se, ao recitá-los, reatualizar forças
primordiais presentes no ato da criação.
O ofo pode ser pronunciado em voz alta, sussurrado
ou resmungado ininteligivelmente. Compreensível ou
não, dotado de sentido ou não, lógico ou absurdo,
arcaico, incongruente, dotado de sílabas soltas... nada
disso importa desde que a pronúncia seja correta, o
uso repetido e a sequência exata, pois a menor variação
poderá torná-lo ineficaz.
O conhecimento dos nomes da Morte e da Doença
possibilita a longevidade:
.......(nome),
mo oruko yin.
Ki e ma ba mi!
..........(nome),
2
Alma coletiva das serpentes
sei seu nome.
Não me perturbe!
Uma divindade pode ter muitos nomes secretos
referentes a distintas qualidades de força e, conforme
o que se queira pedir ou ordenar, deve-se usar o nome
adequado à finalidade pretendida. As chamadas
qualidades de um orixá, por exemplo, podem ser
melhor compreendidas à luz deste conhecimento.
Nesse sentido, ao invocarmos Oxum Opara ou Oxum
Iponda ou Oxum Iloba e assim por diante, estamos
invocando um único orixá. A diferença entre as formas
de invocar constitui o ‘apelo’ a determinada qualidade
energética do mesmo ser. Sabemos que entre O POVO
LUNDA TCHOKWEna África as qualidades dos orixás
referem-se a distintas características de seu ser
reveladas nos distintos locais míticos por onde ele
passou.
Agentes de feitiço e bruxaria chamados por seus
nomes podem tornar-se inofensivos. Assim sendo,
desde que o praticante conheça seus nomes, estará
protegido contra ataques:
.............(nome)
Ki apa re mo ka mi,
ki omo re ma ron mi.
..............(nome)
Para que você não possa me dominar
com sua força,
você não pode me afetar com sua força.
As partes do corpo humano também possuem
nomes de fundamento que, uma vez conhecidos,
submetem-se ao controle do encantador. O ofo que
facilita o parto, chamado ofo igbebi, inclui o chamado
de partes do corpo. Vejamos um exemplo:
Adudu-fori-soju
oruko ti aa pe oko
Ita-a-fenu-pelebe
Oruko ti aa pe obo
Oboro oruko ti aa pe omo
Edidi oruko ti aa pe ibi
A kii mu oboro
Ki a fi edidi sile
Tibifomo ko na sile nisisiyi
Adudu-fori-soju
é como chamamos o pênis (nome de
fundamento)
Ita-a-fenu-pelebe
é como chamamos a vagina (nome de
fundamento)
Oboro
é como chamamos o bebê (nome de
fundamento)
Edidi
é como chamamos a placenta (nome de
fundamento)
Nós nunca pegamos oboro
deixando prá trás edidi.
Tanto a placenta como o bebê,
desçam imediatamente!

Posição da Ciência frente à lógica da Magia


Retomemos algumas reflexões de pensadores
modernos sistematizadas por Montero (1986), para
saber como a ciência se pronuncia a respeito do aqui
apresentado, dado que a prática de magia parece
estranha à lógica do homem moderno.
Por quê as pessoas crêem? foi a pergunta que
pesquisadores das ciências humanas e sociais fizeram
sem obter muitos esclarecimentos. Durkheim e Mauss
propuseram que a questão fosse reformulada e que, em
vez de perguntarmos por quê as pessoas crêem?
perguntássemos qual o sentido da crença? Isto para
que, ao tentarmos compreender o sistema de
pensamento no qual as crenças e as práticas delas
decorrentes se inserem, possamos conhecer, sem
preconceitos, o que a magia tem a dizer sobre o mundo.
A magia constitui um sistema simbólico ao qual as
pessoas se reportam esperando obter determinados
resultados. As pessoas não persistiriam em práticas
ineficazes, isto é, não continuariam a praticar magia
caso seus esforços não fossem recompensados.
Mesmo quando praticada por um indivíduo isolado,
a magia é coletiva, visto fundamentar-se crenças
coletivamente compartilhadas. A sociedade age através
do mago, uma vez que ele não inventa mitos e ritos e
sim os reproduz segundo a tradição e o consenso
grupal. A magia não se caracteriza, pois, por uma
situação em que o mais esperto abusa da credulidade
dos ignorantes. Ao praticar magia, o indivíduo serve-se
de conhecimentos tradicionais de seu grupo e assim,
seja ele um homem isolado ou carismático, seu sucesso
nas artes mágicas depende de sua sujeição às crenças e
valores da sociedade a que pertence.
Lévi-Strauss (1974), ao estudar esse tema, recusou-
se a reduzir a magia a uma forma rudimentar de
ciência: magia e ciência não constituem tipos de
pensamento que se opõem, nem é a primeira, um
esboço da segunda. São, isto sim, sistemas de
pensamento independentes e articulados, semelhantes
quanto ao tipo de operações mentais que exigem e
diferentes quanto ao tipo de fenômenos a que se
aplicam.
Para Frazer, a magia é um sistema de pensamento
que pressupõe a ação regular da natureza, segundo leis
de simpatia que, uma vez conhecidas, permitem a
intervenção humana. Frazer postulou dois tipos de
relações simpáticas: as relações de contigüidade e as de
similaridade. As relações de contigüidade são de tal
ordem que as coisas, uma vez colocadas em contato
continuam unidas, isto é, podem agir umas sobre as
outras, mesmo depois de separadas. As relações de
similaridade têm por regra fundamental o semelhante
produz o semelhante, isto é, o efeito e sua causa se
parecem. Daí decorrem a magia de contágio, graças à
qual o mago busca agir sobre uma pessoa agindo sobre
algo que lhe pertenceu e a magia imitativa, graças à
qual o mago procura conseguir certos efeitos através
de simulacros desses efeitos. Mauss acrescentou às de
Frazer, uma terceira possibilidade, baseada não na
simpatia e sim na antipatia: o contrário age sobre seu
contrário, isto é, excluído o semelhante, pode ser
suscitado um contrário.
Como operam as leis formuladas por Frazer e Mauss
no campo da magia? A lei da contigüidade3,
possibilitadora da prática de magia por contágio,
afirma que cada parte equivale ao todo a que pertence.
A distância entre o todo e suas partes não anula a
continuidade do todo, que pode ser reconstituído ou
suscitado através de qualquer um de seus elementos.
Todo e qualquer objeto ou ser, desde que tenha estado
em contato, de uma maneira ou de outra, com uma
pessoa, passa a integrar sua totalidade. Assim, uma
pessoa ou coisa estabelece um número praticamente
infinito de ligações simpáticas. Através desses canais
de energia pode-se transmitir influxos mágicos a curtas
e longas distâncias, na cadeia de ligações.
A lei da similaridade serve à magia imitativa: dois
elementos semelhantes são considerados capazes de
influir um sobre o outro. A similaridade icônica4
obedece a dois princípios fundamentais: o semelhante
evoca o semelhante e o semelhante age sobre o
semelhante. A semelhança aqui considerada vai além
da aparência, além da imagem. É bem mais abrangente
que isso, dado que a principal função de determinado
objeto é tornar presente a pessoa desejada. O que
importa, pois, não é tanto o objeto escolhido e sim sua
possibilidade de representar determinada pessoa.

3
Remeto o leitor particularmente interessado por estas questões, ao trabalho de Montero,
1986

4
A popularmente divulgada prática de espetar o boneco para que a vítima sinta a alfinetada,
constitui um tipo de magia icônica
A lei da contrariedade tem por fundamento o contraste:
a exclusão do semelhante que faz surgir o seu
contrário. É o que ocorre no processo de cura
homeopática, por exemplo, quando o semelhante cura o
semelhante, através de sua exclusão e do estímulo para
que surja seu contrário.

Bruxaria e feitiçaria
Do ponto de vista do código moral iorubá, a magia
pode ser boa ou má, lícita ou ilícita. Bruxaria e feitiçaria
são, via de regra, expressões de magia ilícita porque
visam a destruição de um indivíduo ou de um grupo. A
feitiçaria é praticada quase exclusivamente por
homens e a bruxaria quase exclusivamente por
mulheres. Enquanto o feiticeiro faz uso de recursos
materiais para suas práticas, a bruxa os dispensa:
deixando o próprio corpo adormecido durante a noite,
atua diretamente com sua alma sobre as almas de
outras pessoas. As bruxas vampirizam a energia vital
das vítimas e ocupam por vezes, corpos de animais
para se locomoverem. Se o animal que está conduzindo
a alma de uma bruxa for morto, a bruxa morrerá, sem
poder voltar a seu corpo. Encontramos descrições
análogas a esta em A Erva do Diabo de Carlos
Castaneda, referindo-se aos índios yaquis, de Sonora,
no México. Bruxaria é arte aprendida ou recebida da
mãe. Algumas mulheres já nascem bruxas, outras
adquirem tais poderes, podendo mesmo comprá-los ou
serem presenteadas por uma bruxa que sinta simpatia
pela aspirante. Seus poderes nem sempre são do
conhecimento dos familiares, tornando-se conhecidos
apenas no momento de sua morte. Um homem pode
casar-se com uma bruxa inadvertidamente, o que
poderá constituir grande perigo para ele. Uma pequena
consequência que pode advir desse convívio íntimo é a
de uma cegueira, caso tenha a infelicidade de
presenciar o deslocamento da alma da esposa no exato
momento em que está iniciando a viagem astral.
Os feiticeiros, por sua vez, servem-se de vários
procedimentos e técnicas para destruir as vítimas. Uma
das técnicas possíveis recorre ao poder de Exu, usado
em forma de sigidi, um boneco feito de argila à qual se
misturou elementos dotados de qualidades mágicas. O
sigidi fica guardado num canto da casa ou no santuário
de Exu e quando o feiticeiro quer encarregá-lo de
algum serviço, dota-o de poderes sobrenaturais e canta
ou recita um encantamento com o nome da vítima,
visando causar-lhe danos. Uma miniatura de porrete é
colocada na mão desse boneco de argila para que ele
possa atuar durante o sono da vítima.
Feiticeiros, bruxas e pessoas inclinadas ao mal
incluem-se nos chamados Aye, o mundo. Outros agentes
de destruição mencionados no Corpus de Ifá são os
ajogun. Entre eles incluem-se: Morte, Desordem, Perda
e Enfermidade. Os aye podem servir-se dos ajogun,
com o apoio de Exu, para destruírem a vida e a
propriedade humanas ou para causarem infelicidades.
Lembramos que O POVO LUNDA
TCHOKWEreconhecem a existência de bruxas boas que
se utilizam de seus poderes extraordinários para
praticar o bem e zelar por seus familiares.
Capítulo 11

Poderes Extraordinários
Adivinhação
onde se contextualiza o sistema divinatório
de Ifá entre outros recursos universais de
adivinhação
A respeito de adivinhação5
Conforme mencionado anteriormente, na sociedade
iorubá importante papel é reservado ao oráculo. As
pessoas recorrem a ele em todos os momentos críticos
da vida. O sistema oracular de Ifá é muito elaborado e
compartilha certas regras com sistemas divinatórios do
mundo todo, conforme veremos a seguir.
Ao abordar essa temática podemos partir da
formulação de algumas perguntas de ordem geral: Por
quê os homens recorrem à adivinhação? Apenas os
supersticiosos recorrem aos adivinhos? Que tipo de
questões são geralmente formuladas? Em outras
palavras, as pessoas recorrem aos recursos
divinatórios em busca de resposta a que inquietações?
Pennick (1992) apresenta um trabalho riquíssimo e
minucioso a respeito dos jogos divinatórios, ao qual
recorro para criar o quadro geral em que se insere Ifá,
enquanto sistema oracular.
Partindo da intuição de que a vida não se restringe à
dimensão material e de que a transcendência de limites
do espaço e do tempo é possível, homens de todas as
partes do mundo desenvolveram, ao longo dos séculos,
inúmeros métodos de conhecimento. Enquanto a
ciência promovia conhecimento através da observação
do mundo físico e nele realizando experiências, a arte
da adivinhação promovia conhecimento baseada no
pressuposto de que é possível transcender a dimensão
física e explorar o que está para além do espaço e do
tempo. A adivinhação é, nesse sentido, um método não-
científico de aquisição de conhecimentos. A ciência
5
As informações de caráter geral sobre adivinhação advêm principalmente da obra de
Pennick, 1992
busca fundamentalmente, relações de causalidade
entre os fenômenos (a que causas podemos atribuir
que efeitos?), enquanto a adivinhação sustenta-se
baseada no princípio da casualidade (acaso
significativo), ao qual se associa o conceito de
sincronicidade. Convém relembrar aqui: Sincronicidade
é um conceito que formula um ponto de vista
diametralmente oposto ao da causalidade: ... a
coincidência de acontecimentos, no espaço e no tempo,
significa algo mais que mero acaso, (significa)
precisamente, uma peculiar interdependência de eventos
objetivos entre si, bem como dos estados subjetivos
(psíquicos) (das pessoas envolvidas) ...Tudo compõe o
momento observado ... tudo que acontece num
determinado momento tem inevitavelmente a qualidade
peculiar àquele momento...6
Nós humanos estamos, como tudo o mais no
universo, sujeitos a um processo de contínua
metamorfose. Há alguma coisa que seja constante, em
meio às incessantes transformações? Há sim: a
mudança. A mudança é, pois, a única certeza. Ocorre de
modo progressivo, seqüencial e ininterrupto, muita
vezes imperceptível, obedecendo a certos padrões
passíveis de serem reconhecidos pela consciência
humana. O processo divinatório busca reconhecer
esses padrões, considerando-os manifestações do Ser
Cósmico, como a fala da Inteligência Cósmica, que
conhece tudo a respeito da natureza das situações e de
sua evolução. A adivinhação é possível porque os
principais elementos de determinada situação, em
dado momento, podem ganhar visibilidade aos capazes
de enxergá-los: quem tiver ouvidos de ouvir, ouça.
6
Jung, prefaciando o I Ching
Como os métodos divinatórios também estão
organizados em padrões, por pertencerem também ao
Universo material, o princípio de sincronicidade
determina que a organização geral dos eventos e a
posição ocupada pela pessoa nesse conjunto, possam
ser conhecidas por meio da adivinhação. Assim, as
rachaduras no barro ressecado, o sussurro do vento nas
copas das árvores, os pássaros voando em formação, o
desenho de grãos de feijão lançados ao solo e as
pequeninas ondas espontâneas na superfície de um poço
sagrado, representam apenas alguns dos padrões sobre
os quais as pessoas de percepção acurada podem
focalizar sua atenção (Pennick, 1992:10). Uma
alteração do estado de consciência é desejável para que
tais organizações paralelas da realidade possam ser
percebidas.
Seria insuportável a consciência total e contínua das
múltiplas influências às quais estamos continuamente
sujeitos - forças físicas, campos gravitacionais,
magnéticos e elétricos, de toda ordem. Felizmente não
temos essa consciência plenamente atuante. Pelo
contrário: percebemos muitíssimo pouco do que está aí
para ser percebido. A adivinhação tem se revelado
excelente auxiliar enquanto instrumento de obtenção
de informações úteis para lidar com a enorme gama,
aparentemente caótica, de influências de toda ordem
às quais estamos sujeitos. Informações são
indispensáveis no processo de adaptação às situações.
Nesse sentido, a arte divinatória reúne conhecimentos
capazes de possibilitar ao ser humano uma inserção
mais consciente e responsável no Universo. Atente o
leitor, que isto é bem diferente do ato de recorrer à
adivinhação em busca de respostas para questões
menores do cotidiano, por incapacidade pessoal de
lidar com a ansiedade gerada pela incerteza do futuro e
pela inconsciência do compromisso que cada qual tem
para com o todo. Será que vou casar com Fulaninho?
Será que meu chefe vai me promover? Será que vou
conseguir viajar prá praia no próximo fim de semana?
São questões menores que não atendem ao propósito
fundamental de obter informações úteis à
harmonização dos seres humanos entre si e com o
cosmos.
Para realizar qualquer adivinhação é necessário
estar mental e emocionalmente tranqüilo. Muitos
autores ocultistas advertem contra os riscos de
adivinhar sob condições desfavoráveis, quer se trate de
condições climáticas, tais como ventanias, tempestades
e dias chuvosos, quer se trate de estados mentais e
emocionais alterados por desconforto de qualquer
ordem. Recomendam que nunca se adivinhe por
brincadeira ou motivos frívolos, pois os resultados,
imprevisíveis, podem não agradar o imprudente.
Durante a consulta ao oráculo, o consulente deve
pensar seriamente na pergunta que quer formular e, se
possível, escrevê-la.
O ato divinatório, realizado por determinada pessoa
em momento e lugar específicos, define-se como
evento inteiramente único e transitório. A arte
divinatória tem por pressuposto básico o fato de que o
momento em que se realiza a adivinhação é único e
reúne dados significativos sobre o espaço, o tempo e as
circunstâncias. Adivinhar é (des)cobrir, (des)velar as
condições do Universo em dado momento. Auspícios e
augúrios são irmãos da adivinhação, servindo, também,
ao propósito de enfrentar dificuldades individuais e
coletivas e, em conjunto, revelam-se preciosos
auxiliares no empenho humano de, em meio às
circunstâncias existenciais, mudar as que podem e
devem ser mudadas, aceitar as que não podem ou não
devem ser mudadas e desenvolver discernimento para
reconhecer a diferença entre umas e outras.
São muitos os recursos divinatórios possíveis -
ordens alfabéticas, padrões geométricos ou numéricos,
uso de bastões, varas, conchas, cascas de tartarugas,
folhas de chá... - seja qual for o método empregado,
encontramos sempre, a crença implícita ou explícita,
em poderes transcendentais e numa ordem oculta
segundo a qual nada acontece por acaso. Essas forças
transcendentais, dotadas de vontade consciente,
expressam-se através de fenômenos da natureza -
raios, tempestades, terremotos, fenômenos celestes,
vôo de pássaros - bem como através dos sonhos e
outros produtos da consciência humana.
Considerando que tais forças podem tornar-se
perigosas, os homens procuram relacionar-se
adequadamente com elas a fim de que o augúrio possa
manifestar-se e as preces e encantamentos possam
produzir seus efeitos. Relacionar-se bem com essas
forças significa obedecer tabus e realizar rituais em
locais e momentos oportunos. Por quê? Porque,
segundo a crença tradicional, todo lugar tem seu genius
loci, o espírito daquele lugar específico, que pode
auxiliar os homens, se tratado com respeito. As
instruções do genius loci são dadas de modo
espontâneo através dos augúrios e presságios
(observação de fenômenos naturais) ou podem ser
solicitadas, através de jogos divinatórios. Aquele que
tem ouvidos de ouvir, descobre idiomas nas árvores,
livros nos regatos que correm, sermões nas pedras e o
bem em tudo7.
Não desmereçamos nem subestimemos o poder
humano nesse conjunto de forças. Não imaginemos o
homem inteiramente a mercê de forças
transcendentais. O conhecimento que venha a adquirir
e a ampliação de consciência que conquiste lhe
permitirá por-se a favor da correnteza, caminhar na
mesma direção em que caminha o universo.

Áugures, arúspices e oráculos


Entre os adivinhos incluem-se áugures, arúspices e
oráculos. Os áugures são pessoas capazes de
interpretar sinais no céu. Em Roma, antes do período
imperial, o rei, considerado divino (Rex Sacrorum),
realizava os rituais religiosos acompanhado por 16
áugures. Quando necessário, os áugures adivinhavam
observando o céu. Essa observação realizava-se num
lugar especial - o templum - que não era um templo e
sim uma colina ao ar livre, escolhida em virtude de
suas qualidades, favoráveis a esse propósito.
O processo de adivinhação transcorria assim: o rei
sentava-se num determinado ponto e invocava a
divindade regente do fenômeno natural que seria
observado. Em seguida, tinha início a observação do
céu. Como? Ao redor da colina, todo o espaço que podia
ser enxergado era dividido em 16 áreas iguais, cada
uma das quais passava a ser observada com o uso do
lituus, um bastão cerimonial que, por sua vez, dividia a
linha do horizonte correspondente a cada uma das 16
áreas, também em 16 partes (uma fração

7
Duque de Shakespeare em As you like it. Citado por Pennick, 1992:25
correspondente a 1/256 avos do total da abóbada
celeste). Os sinais celestes vistos pelo magistrado eram
descritos ao áugure que permanecia sentado, com os
olhos vendados. A interpretação considerava o tipo de
fenômeno observado e o exato lugar do céu em que
ocorria.
A arte dos áugures incluía a interpretação de muitos
fenômenos naturais, sendo um dos mais importantes, o
vôo dos pássaros. Observava-se o número de pássaros,
os sons por eles emitidos, sua formação e velocidade
de vôo, e sua localização no céu.
Os arúspices, por sua vez, atuavam num campo de
interpretação e adivinhação muito mais restrito que o
dos áugures: interpretavam os relâmpagos e,
principalmente, o fígado de animais sacrificados
(hepatoscopia), arte aprendida pelos romanos em seus
contatos com os assírios, babilônios e hititas. O fígado,
sede da alma, era tirado do animal recém sacrificado e
inspecionado de acordo com suas divisões. Na
Babilônia, os padrões das veias e artérias, dutos e lobos
do fígado do animal sacrificado eram interpretados
segundo um diagrama geomântico ou astrológico.
E oráculos? O que são? A palavra oráculo significa
lugar de invocação ou lugar da palavra sagrada.
Oráculos são revelações proféticas geralmente
associadas a lugares e/ou momentos específicos. São
denominados oráculos, também, as divindades que
respondem às consultas e seus sacerdotes.
Tradicionalmente, as manifestações oraculares
ocorriam em lugares privilegiados, sempre
acompanhadas de cerimônias dedicadas ao genius loci
dali, ocorrendo uma interação entre o poder do lugar,
do momento, do ritual e das pessoas envolvidas.
Pesquisas científicas viriam reconhecer, mais tarde,
que tais locais possuíam propriedades peculiares,
constituindo verdadeiros centros energéticos.

A respeito da geomancia microscópica ou


divinatória
A palavra geomancia significa adivinhação pela
terra. Refere-se a duas artes distintas, porém
vinculadas entre si: (1) a arte de adivinhar graças à
observação da superfície da terra ou da disposição de
objetos, em relação aos pontos cardeais; (2) a arte de
adivinhar através do uso de 16 configurações
matematicamente interrelacionadas de pontos,
sementes, pedras ou quaisquer outros elementos. O
uso mais antigo da palavra geomancia, por autores
latinos, aplicava-se à observação de padrões formados
espontaneamente sobre a terra, tais como as
rachaduras do solo, por exemplo. Neste caso, o
adivinho apenas observava os padrões, sem participar
ativamente de sua produção. Entretanto, outras formas
de adivinhação geomântica, lembramos, contam com a
participação ativa do adivinho.
Pensa-se que originalmente a geomancia
microscópica ou divinatória fosse realizada jogando-se
um punhado de terra no chão e interpretando, em
seguida, os desenhos formados. Durante muitos
séculos, serviu-se o adivinho do ato de jogar grãos,
feijões, pedras, conchas e outros objetos sobre a poeira,
criando desenhos. Tal recurso tem sido usado na
África, Europa e Ásia, sendo sua origem atribuída aos
árabes (século X), embora sua base matemática possa
ser originária da Grécia ou do Egito antigos. A bastante
difundida leitura do chá ou do pó de café no fundo da
xícara são outros exemplos de adivinhação geomântica.
A geomancia divinatória possibilita ao consulente
uma compreensão mais clara das condições presentes
e futuras. Baseia-se na formação de certos desenhos,
com nomes e significados, que podem ser
interpretados isoladamente ou em combinação com
outros. Tais desenhos ou figuras geomânticas,
compõem-se de quatro linhas, cada qual com um ou
dois pontos. Combinando-se as possibilidades de
arranjo desses desenhos, temos um total de 16 figuras
geomânticas, universalmente utilizadas. Isto ficará
mais claro adiante, quando apresentarmos em
pormenores, a técnica de adivinhação do jogo de Ifá.
O método completo da adivinhação geomântica
inclui uma sequência de procedimentos que produzem
determinado número de figuras. Conforme
mencionamos, os objetos usados variam. Sejam quais
forem os objetos escolhidos, sempre são consagrados a
alguma divindade, de acordo com a crença do
praticante. São instrumentos de adivinhação
geomântica, por exemplo, uma caixa quadrada, com
fina camada de terra seca ou areia de rio (sem sal), na
qual são feitos alguns rabiscos ao acaso; dados;
dominós, alguns numerados até duplo oito (16
elementos); sementes; conchas; cartas; correntes de
adivinhação (entre elas a de Ifá).
As 16 figuras geomânticas têm correspondência
com signos astrológicos, com partes do corpo humano,
com determinadas figuras que podem ser usadas como
selos de proteção e, ainda, com a divisão do horizonte
em 16 partes, tal como é feita na navegação européia e
na prática do augúrio.
Uma vez apresentado esse panorama geral, vamos
nos ater ao sistema divinatório de Ifá, a divindade da
sabedoria dPOVO LUNDA TCHOKWE. Sistemas
parecidos com esse são encontrados entre os igbo,
nupe, gwari e jukun da Nigéria, bem como entre O
POVO LUNDA TCHOKWEdo Togo e Daomé e, ainda, na
diáspora africana em Cuba e no Brasil (Abimbola,
1976). Conforme vimos anteriormente, a palavra Ifá
designa, simultaneamente, o orixá da sabedoria
(Orumilá) e um sistema divinatório.

ERVAS USADAS PELO POVO LUNDA TCHOKWE

Apesar do asé de todas as folhas pertencer a


Osanyin, todos os orisás possuem suas próprias folhas,
algumas para usos iniciáticos, outras para banhos,
outras para pós, algumas tão quentes ou tão frias, que
seu uso não é recomendável, algumas somente para
feitiços, etc. Cada tipo de folha pode pertencer a mais
de um orixá.

CLASSIFICAÇÃO:

1) São divididas por elementos, a saber:


EWÉ AFÉEFÉ – folhas de ar
EWÉ INÓN – folhas de fogo
EWÉ OMIN – folhas de água
EWÉ ILÉ ou IGBÓ – folhas de terra
Essa divisão remonta à classificação dos orisás por
elementos, apesar de sabermos que os orisás podem
ter, e efetivamente possuem, folhas pertencentes a
todos os elementos. A chave é o equilíbrio. Só para
lembrar, a divisão dos orisás por elementos é:

ORISÁS DE FOGO: Esú, Ogun, Sango, Oyá.


ORISÁS DE TERRA: Ogun (o ferro),
Osòósi,Omolú/Obaluiyaê, Nanã.
(lama = terra + água),
Oxumarê e Logun.
ORISÁS DE ÁGUA: Yemoaá, Osun, Nanã,
Osumaré, Logun, Obá, Yewá,
Osalá (nas chuvas finas).
ORISÁS DE AR: Oyá, Osalá (nas nuvens e no
céu), Osumaré (no arco
íris).

Devemos ter em mente que esta classificação é


genérica, pois não leva em consideração que, em seus
caminhos específicos, os orisás se relacionam com
outros orisás e, conseqüentemente, com outros
elementos. Por exemplo, Oyá Onira (Vodun Djo) = fogo
+ ar + água = água fervente ou vapor d’água, etc. Por
isso, é aconselhável o uso equilibrado dos quatro
elementos num amasi/agbo/omieró, principalmente
no que diz respeito aos rituais iniciáticos.

Outra classificação diz respeito à polaridade das


folhas, determinada normalmente por seu formato,
onde temos:

EWÉ APA ÒTÚN X EWÉ APA


ÒSÍ
Folhas da direita Folhas da
esquerda
Masculinas Femininas
Formas alongadas/fálicas Formas
arredondadas/uterinas
Geralmente, de fogo ou ar Geralmente
de água ou terra

Também se considera as condições de: excitação


(gùn) ou calma (èrò) geradas pelas folhas, que é de
extrema importância.
GÙN X ÈRÒ
Folhas de fogo ou terra, que Folhas de ar ou
água, que
Facilitam a possessão e exci- abrandam o
transe e acal-
tam o orisá e a pessoa. mam o orisá e a
pessoa.

Volta-se a frisar, o equilíbrio é fundamental.

Em banhos (amacis – banhos frescos, ou agbos –


banhos de fundamento do asé) é necessário analisar as
condições da pessoa e de seu orisá. Se o banho é para
pessoa /orisá muito calmo, usam-se algumas folhas
GÙN, para equilibrar a energia. Se for ao contrário, usa-
se algumas folhas ÈRÒ.

Geralmente, usam-se 7 folhas para banhos de Esú


e 16 para os banhos de orisás, mantendo-se sempre a
harmonia e o equilíbrio dentre os elementos já
descritos.

OBS: Todo banho (seja amaci ou abô) com fins


rituais deve ser de erva fresca, colhida na parte da
manhã com os devidos cuidados e rituais, quinado e
devidamente rezado e imantado com uma vela acesa
durante a sua preparação.

DIVISÃO DAS FOLHAS POR ORIXÁS

ESÙ
Picão, cambará, erva do diabo ou figueira do inferno,
aroeira vermelha, dormideira, pimentas (quaisquer),
arruda, olho de gato, carrapicho, tiririca, alfavacão,
perpétua, sapê, cansanção, trombeta roxa, urtiga,
maconha, branda-fogo ou folha de fogo, vassourinha ou
mastruz, mamona vermelha, corredeira, coroa de
cristo, cana de açúcar, arrebenta cavalo, bico de
papagaio, azevinho, carurú ou bredo com espinho,
tento de Exú, comigo ninguém pode, assafétida, erva de
bicho, espinheiro, erva grossa, losna, hortelã pimenta,
mandacaru, cacto, palmatória de Exú, pau d’alho,
fortuna, patchouli, babosa, assa peixe, avinagueira,
barba de diabo, fedegoso, garra de diabo ou garra de
Exú ou unha de Pomba Gira, jamelão, jurubeba, sempre
viva, tinhorão roxo.

OGUN
Romã, milho, aroeira branca, akoko, alumã, visgo,
sumaúma, cipó chumbo (Ogunjá), lírio do brejo, pinhão
branco ou roxo, tiririca, sapê, capixaba, espada de São
Jorge, lança de São Jorge, abre-caminho, guiné, guiné
pipiu, cajazeiro, dendezeiro ou màriwò, babosa, oficial
de sala, folhas de inhame cará, dandá da costa (capim e
raiz), mangueira (principalmente espada), vence
demanda ou vence tudo, peregum verde, agrião do
brejo ou erva botão ou pimenta d’água), carurú sem
espinho, araçá, costela de adão, eucalipto, goiabeira,
espinheira santa, São Gonçalinho, alfavaquinha,
beldroega, camboatá, canela de macaco, capim limão,
cordão de frade ou São Francisco, erva tostão, erva de
bicho, língua de vaca, losna, mutamba, pé de pinto, mal
me quer, coqueiro, carrapeteira.

OSÒÓSI
Folhas de milho, folhas de coqueiro, murici, akoko, São
Gonçalinho, visgo, pinhão branco e roxo, carrapicho,
chifre de veado, dandá da costa, sapê, taioba, rama de
leite, lágrima de Nossa Senhora, guiné, guiné pipiu,
acácia ou chuva de ouro, folhas de guaximba ou língua
de galinha, jasmim manga, carqueja, jurubeba, capim
limão, cordão de frade ou São Francisco, caiçara, guapo,
colônia, alecrim do mato ou do campo, araçá, cajueiro,
cipó caboclo, erva curraleira, espinheira santa,
juremeira, nicurizeiro, erva passarinho, chapéu de
couro, assa peixe, alfavaca, carurú sem espinho, cana
fita, capeba, groselha, ingá, língua de vaca, peregum
verde, pitanga.

OSANYIN
OBS: Apesar de todo axé das folhas, e por conseqüência,
todas as folhas, pertencerem a Ossain, as folhas de
fundamento do orixá e de uso mais comum para ele são:
Baunilha de nicuri ou nicurizeiro, tira teima, umbaúba
branca, aroeira, akoko, cipó milomi ou jarrinha,
balainho de velho, aridan (folhas e favas), pimenta da
costa, cipó chumbo, bejerecum (folhas e favas), dandá
da costa, andará (folhas e favas), sapê, hibisco
vermelho ou branco dobrado, trombeteira, quebra-
pedra, erva pombinho, mamona, rama de leite, lágrima
de Nossa Senhora, erva vintém, pitangueira, jurubeba,
ingá, obi, guapo, orobô, patioba, peregum (verde ou
rajado), barba de São Pedro ou sene, carrapicho, erva
pita, araçá, jureminha, cacau, café, carobinha, chapéu
de napoleão (folhas), erva andorinha, losna, olho de boi
(folhas), louro, alecrim, alfavaquinha, amendoeira,
beldroega, canela de macaco, erva tostão, folhas de
ficus, folhas de fumo, mal me que, língua de galinha ou
guaximba.

OMOLÚ/OBALUAYIE
Pata de vaca branca, erva passarinho, sete sangrias,
rabujo, sabugueiro, cipó chumbo, jenipapo, alfavaca,
canela de velho, melão de São Caetano, quebra pedra,
erva moura, gervão, mostarda, cipó cabeludo,
tanchagem, juá de capote, fedegoso, maria preta, olhos
de santa luzia ou marianinha, coreana, coroa de cristo,
babosa, barba de velho, jequitirana, cordão de frade ou
de São Francisco, vassourinha, barba de boi, erva pita,
erva de Sta. Maria, carobinha, cinco chagas, copaíba,
coqueiro de purga ou de catarro, erva andorinha, erva
de bicho, erva grossa, pau d’alho, kitoko, velame,
viuvinha, cana do brejo, alumã, beldroega vermelha,
crisântemo, confrei.

OSUMARÉ
Erva passarinho, língua de galinha ou guaximba,
dormideira ou sensitiva, amendoim, folha da riqueza
(fortuna ou dólar ou dinheiro em penca), jibóia, folhas
de batata doce, maria preta, bananeira, vitória régia ou
oxibatá, tomateiro, trancinha de Oxumarê, melão de
São Caetano, coqueiro de Vênus, mutamba, parietária,
rama de leite, cipó milomi ou jarrinha, arrozinho,
melancia, ojuorô, samambaia de poço ou pente de
cobra, folhas trepadeiras, de um modo geral.

IROKO
Gameleira branca ou Iroko, abiu, barba de velho,
cajueiro, colônia, jaqueira, mãe boa, cipó milomi, noz
moscada, folhas de fruta pão, graviola, bananeira,
mangueira, castanha do Pará, erva pita, árvores
centenárias de grande porte.

SANGO
Fortuna, cambará, romã, umbaúba branca ou vermelha,
tamarindo, jaqueira, erva de São João, alfavaca, xanan
(aipim ou carurú sem espinho – para Barú), erva
tostão, pimenta de macaco, carurú sem espinho ou Oyó,
branda fogo ou folha de fogo, azedinha ou avinagueira,
campainha, jaborandi, crista de galo, gerânio cheiroso,
capim fino, flamboyant, carrapeteira, cinco chagas,
capim limão, alibé de Xangô (folhas e favas), orobô,
castanha do Pará, vence demanda, oxibatá vermelho,
urucum, cascaveleira ou xique-xique, cajueiro,
camboatá, cruzeirinho, manjerona, negra-mina,
salsaparrilha, iroko ou gameleira branca, kitoko, lírio
vermelho, lírio branco, elevante, aroeira, beijo
vermelho, capeba, erva prata, jarrinha ou cipó milomi,
malva, para-raio, panacéia, mangericão roxo, pena de
Xangô.
OYÁ
Pata de vaca rosa, fedegoso, aroeira, dormideira,
pinhão branco e roxo, bambú (folhas), maravilha,
trombeta rosa, erva tostão, erva prata, espada de Sta.
Bárbara, lança de Sta. Bárbara, branda fogo ou folha de
fogo, campainha, mutamba, gerânio cheiroso, taquari,
fruta pão, para-raio, flamboyant, quiabo, amora,
maracujá, cinco chagas, oxibatá rosa ou vermelho,
crista de galo, erva santa, jaborandi, peregum rajado,
língua de vaca, umbaúba vermelha, carurú sem
espinho, canela de macaco, capeba, erva passarinho,
cipó milomi ou jarrinha, malva rosa, negra mina,
parietária, rama de leite, taioba branca.

OSUN
Erva capitão ou abebê d’Oxum, picão, melão d’água,
cipó milomi ou jarrinha, lavanda, vassourinha de
relógio, pimentinha d’água ou oripepê, bem me quer,
mangericão branco, melão, aguapé, elevante, hibisco,
beti cheiroso ou aperta ruão, beti branco, sândalo,
carurú sem espinho, cana de jardim, brilhantina, trevo
de quatro folhas, mal me quer ou calêndula, erva
cidreira, pata de galinha, capim fino, jambeiro rosa,
erva vintém, erva doce, pitangueira, mãe boa, macassá
ou catinga de mulata, girassol (pétalas), erva de Sta.
Luzia, oxibatá amarelo ou branco, oriri, vassourinha
d’Oxum, canela, alface, assa peixe, cabelo de Vênus, flor
de ouro ou botão de orunmilá, cajueiro, cravo, dinheiro
em penca, dólar, jasmim, tapete d’Oxum, poejo, colônia,
lótus, melissa, flor de laranjeira, alfazema, lírio,
agoniada, amor do campo, capeba, malva branca,
parietária, rama de leite.
LOGUN
Combinação das folhas de Osòósi e Osum (verificar os
caminhos para haver o equilíbrio) + Coqueiro de
Vênus, chifre de veado, comigo ninguém pode verde,
peregum rajado.

YEWÁ
Maravilha, batata de purga, cana de jardim ou
bananeira de jardim, oxibatá lilás, tomateiro,
dormideira.

OBÁ
Vitória régia, oxibatá vermelho, tangerina, rosa
vermelha.

IBEJI
Sapoti, flamboyant, quiabo, cana de açúcar, maracujá,
bananeira, abacaxi, araruta, poejo, uva.
YEMOJÁ
Melão d’água, coqueiro, lírio do brejo, melancia,
mangericão branco, elevante, maricotinha, beti branco,
beti cheiroso, erva da jurema, erva prata, carurú sem
espinho, capeba, pariparoba, taioba branca, mostarda,
lágrima de Nossa Senhora, salsa de praia, azedinha do
brejo ou erva saracura, mãe boa, macassá, emília,
pandano (Iamacimalé), oxibatá branco, vassourinha,
árvore da felicidade (Iamacimalé), colônia, agrião
d’água, camboatá (Iamacimalé), rosa branca, uva,
verbena, umbaúba branca, algas, panacéia, alfazema,
macela, aguapé, condessa, dandá do brejo, malva
branca, papo de peru, rama de leite, araçá da praia.

NANÃ
Pata de vaca branca ou rosa ou lilás, erva passarinho,
espelina falsa, língua de galinha ou guaximba, taioba,
aguapé, melão de São Caetano, baronesa ou jacinto
d’água, mostarda, cipó cabeludo, maria preta, balaio de
velho, marianinha, xaxim, azedinha do brejo, mãe boa,
batatinha, guacuri, oxibatá lilás, arnica do campo,
manacá, quaresmeira, viuvinha, umbaúba branca e
roxa, vassourinha, alfavaca roxa, avenca, broto de
feijão, cana do brejo, capeba, cipreste, cipó milomi ou
jarrinha, macaé, rama de leite.

OSALÁ
Fortuna, coqueiro, tamarindo, dama da noite, trombeta
branca, oripepê, manjericão branco, erva de bicho ou
folha de igbi, guando, boldo ou tapete d’Oxalá, beti
branco, beti cheiroso ou aperta ruão, erva prata,
mamona branca, brilhantina, parietária, mutamba,
lágrima de Nossa Senhora, beldroega, trevo de quatro
folhas, algodão, alecrim, fruta pão, mamoeiro,
cabaceira, graviola, dendezeiro, salvia, língua de
galinha ou guaximba, erva vintém, azedinha do brejo,
gameleira branca, folha de inhame cará, macaé, cinco
chagas, ingá, macassá, saião, emília, bananeira, guapo,
língua de vaca, oxibatá branco, oriri, chapéu de couro,
carurú sem espinho, cana do brejo, amendoeira,
bálsamo, espinheira santa, benjoim, erva doce, colônia,
lírio branco, jasmim ou junquilho, mirra, noz moscada,
pixurin, uva verde, maria sem vergonha branca,
oliveira, elevante, beldroega, louro, malva branca,
paineira.

PRINCIPAIS ERVAS E SUAS CARACTERÍSTICAS (entre


parênteses, nome africano):
Pata de Vaca (ABÀFÈ)
Orisás: Omolú/Obaluaiye (branca), Nanã (branca, rosa
e lilás) e Oyá (rosa)
Elementos: terra/feminina/gùn
Uso Litúrgico: Agbôs e banhos para os filhos de Omolú,
Nanã e Oyá.
Terapêutica: a branca é usada no combate ao diabetes,
afecções renais e elefantíase.

Folha de Fortuna (ÀBÁMODÁ)


Orisás: Esù, Osala, Sango e orisás fun fun.
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, agbôs, banhos
purificatórios, sacralização de objetos rituais e lavagem
dos búzios.
Terapêutica: refrigerante, diurética e sedativa.
Combate cefaléias, nevralgias, dor de dente,
coqueluche e afecções das vias respiratórias. Eficiente
contra as doenças de pele, feridas purulentas,
furúnculos, úlceras e dermatoses.
Nicurizeiro ou Baunilha de Nicuri (ÀBÀRÁ ÒKÉ)
Orisás: Osanyin
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, banhos
purificatórios e sacralização de objetos rituais.
Terapêutica: abalos do sistema nervoso, histeria,
hipocondria, melancolia, convulsões, coqueluches,
tosses rebeldes.

Erva Capitão (ABÈBÈ ÒSUN)


Orisás: Osun
Elementos: água, feminino/èrò
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, agbo e banhos de
prosperidade.
Terapêutica: com as raízes – afecções do baço, fígado,
intestinos, diarréias, reumatismo e sífilis. Com toda a
planta, em uso externo – elimina sardas e manchas de
pele (emplastros). Das folhas c/leite, faz-se um
calmante leve e tônico cerebral.
Picão (ABÉRÉ)
Orisás: Esú (em pó ou para feitiços) e Osun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Assentamentos e trabalhos ligados a
Esù, atins de Osun para feitiço.
Terapêutica: chá – hepatite, febres, males do fígado,
rins e bexiga.

Cambará (ÁBITÓLÁ)
Orisás: Esú e Sango
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: como chás para os iniciados
Terapêutica: infusão – doenças respiratórias, tosses,
bronquites, rouquidão e resfriados.
Erva Passarinho (ÀFÒMÓN)
Orisás: Osòósi, Omolú/Obaluaiye, Nanã, Osumaré
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação e banhos
purificatórios.
Terapêutica: chás – gripes, resfriados, pneumonias e
bronquites.

Romã (ÀGBÀ)
Orisás: Sango e Ogun
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios
Terapêutica: Chá da casca – gargarejos p/garganta.
Xarope do fruto – amidalites, afecções urinárias,
gastrites, cólicas intestinais, hemorróidas.
Milho (ÀGBÀDÓ)
Orisás: Ogun e Osòósi
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: culinária litúrgica, defumação da casa e
assentamentos de Esu.
Terapêutica: o cabelo – problemas renais.

Umbaúba (ÀGBAÓ)
Orisás: Branca – Yemoja, Osanyin e Nanã; Roxa –
Sango, Oyá e Nanã
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico: rituais e banhos de purificação,
oferendas de frutos a Osanyin
Terapêutica: frutos: asma e bronquites – chá das
folhas: hipertensão, doenças respiratórias, cardíacas,
renais e diabetes.
Fedegoso (ÀGBÒLÀ)
Orisás: Esú, Oyá e Omolú
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios e sacudimentos.
Indispensável nos rituais dos ancestrais.
Terapêutica: desconhecida

Coqueiro (ÀGBON)
Orisás: Ogun (folhas), Osòósi (folhas e frutos), Yemoja
(frutos) e Osalá (palmeira)
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: na culinária dos orisas (fruto) e
ornamentação (folhas).
Terapêutica: água de coco – contra desidratação,
problemas intestinais, náuseas, vômitos e enjôos de
gravidez.
Tamarindo (ÀJÀGBAÓ)
Orisás: Sangô e O´salá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios e sacudimentos.
Terapêutica: higiene bucal (folhas maceradas) - dor de
dentes (chá) – digestivo e laxante (polpa do fruto) – as
folhas debaixo do travesseiro proporcionam sono
tranqüilo aos agitados e insones.

Aroeira (ÀJÓBI)
Orisás: Ogun, Osòósi, Sango e Osanyin
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: em sacrifícios animais, ebós e
sacudimentos.
Terapêutica: anti-reumático, bronquites, feridas,
tumores, inflamações, corrimentos, diarréias e
gastrites.

Acocô (AKÓKO)
Orisás: Osanyin, Ogun, Osòósi
Elementos: terra/masculino/ èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, agbos, banhos para
todos os iniciados, culto aos ancestrais.
Terapêutica: desconhecida

Cipó Milomi ou Jarrinha (AKONIJÈ)


(É uma das folhas do orô da “voz” do orixá)
Orisás: Osanyin, Osun, Nanã, Yemoja
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Nas iniciações como chá ou pó.
Terapêutica: antídotos p/veneno de cobra, abortivo

São Gonçalinho (ALÉKÈSÌ)


Orisás: Ogun e Osòósi
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: ebós, sacudimentos, debaixo das esteias
dos neófitos nas iniciações, banhos purificatórios,
sacralização de objetos.
Terapêutica: chá – calmante, depurativo,
antiinflamatório e analgésico. Macerado – uso externo:
picadas de cobra e de insetos.

Dama da Noite (ÀLÚKERÉSÉ)


Orisás: Osalá
Elementos: ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Iniciação dos filhos de Osala, banhos de
prosperidade.
Terapêutica: em banhos – reumatismo e inflamações
cutâneas.

Boldo Paulista ou Alumã (ÀLÚMÓN)


Orisás: Ogun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, agbos, banhos de
purificação e sacudimentos.
Terapêutica: sumo: enjôos provocados por má
digestão ou problemas hepáticos.

Língua de Galinha ou Guaximba (ÀLÙPÀYÍDÀ)


Orisás: Osumaré e Nanã
Elementos: terra/masculino/gùn
Usos Litúrgicos: Em rituais de iniciação, banhos
purificatóeios ou sacudimentos.
Terapêutica: desconhecida

Sete Sangrias (ÀMÙ)


Orisás: Omolú e Nanã
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios.
Terapêutica: arteriosclerose, hipertensão, palpitações
cardíacas, inflamações da mucosa intestinal, doenças
venéreas e afecções de pele.
Balainho de Velho (AMÚNIMÚYÈ)
(É uma das folhas que “tiram a consciência” do iaô
e facilitam o transe)
Orisás: Osanyin
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação e agbo do iyawo.
Terapêutica: desconhecida

Dormideira ou Sensitiva (ÁPÉJÈ)


(É uma das folhas que “tiram a consciência” do iaô
e facilitam o transe)
Orisás: Esú, Oyá, Osumaré (Frekwen) e Yewá
Elementos: fogo/masculino/èrò
Uso Litúrgico: nos banhos e agbos dos iyawos, debaido
de suas esteiras, em chás, com outras associações.
Terapêutica: chá: fígado, flatulência, dores de cabeça
de origem digestiva e purgativo – gargarejo: alivia
dores de dente.

Aridan (ÀRÌDAN)
Orisás: Osanyin
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Agbo, assentamentos, pós.
Terapêutica: desconhecida

Erva de São João (ÀRÚNSÁNSÁN)


Orisás: Sango
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Banhos de ourificação, sacudimentos
anti feitiço.
Terapêutica: cólicas intestinais provocadas por
aerofagia, diarréias, reumatismo, artrose,
antidepressivo, antiinflamatório, analgésico e
cicatrizante.
Alfazema ou Lavanda (ÀRÙSÒ)
Orisás: Osun e Yemonja
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: como defumadores e como presentes
(perfumes) para as Iyabás.
Terapêutica: febres infantis.

Vassourinha de Relógio ou Vassourinha


(ÀSARÁGOGO)
Orisás: Osun
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Sacudimentos e sacralização dos
objetos riruais
Terapêutica: desconhecida
Malva Branca (ÀSIKÙTÀ ou EFIN)
Orisás: Osalá, Yemoja, Osun e Osòósi
Elementos: ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: agbos, banhos purificatórios, iniciações.
Terapêutica: emoliente, contra picadas de vespas.

Pimenta da Costa (ATAARE)


Orisás: Esú e Osanyin
Elementos: Fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: mastigado no bori, em assentamentos
de alguns orisás, ebós e pós.
Terapêutica: desconhecida.
Sabugueiro (ÀTÒRÌNÀ)
Orisás: Omolú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, oferendas e banhos
purificatórios.
Terapêutica: chá: afecções bronco-pulmonares,
excitante, sudorífero, febrífugo, combate gripes,
resfriados, anginas, inflamações de pele, furúnculos,
queimaduras e erisipelas.

Cipó Chumbo (AWÓ PUPÁ)


Orisás: Ossanyin, Omolú, Ogun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: no agbo, nas iniciações.
Terapêutica: afecções pulmonares, gripes e resfriados
fortes, anginas, faringites e amidalites. Reduzido a pó é
aplicado em úlceras e feridas como cicatrizante (uso
externo).
Oripepê ou Pimenta d’água (AWÙRÉPÉPÉ)
(É uma das folhas do orô da “voz” do orixá)
Orisás: Esú (flores), Osun e Osalá (folhas)
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos de prosperidade, lavagem
dos olhos e dos búzios, iniciações.
Terapêutica: folhas: escorbuto, anemia e dispepsia –
extrato das flores: dores de dente – xarope das folhas:
expectorante infantil

Taioba (BÀLÁ)
Orisás: Osun e Nanã
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Na culinária ritual.
Terapêutica: cicatrizante de feridas e úlceras, usado
externamente.
Lírio Branco ou Lírio do Brejo (BALABÁ)
Orisás: Yemoja, Osun, Ogun e Osalá
Elementos: água/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Rituais de Iniciação, banhos
purificatórios.
Terapêutica: raízes: anti-reumático e purgativo.

Bem Me Quer (BÁNJÓKÓ)


Orisás: Osun
Elemento: Água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, banhos
purificatórios e sacralização de objetos.
Terapêutica: desconhecida
Pimenta de Macaco ou Canela de Macaco ou
Bejerecum (BEJEREKUN)
Orisás: Osanyin
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: agbos, asentamentos de orisas, plantar
asé, iniciações, atins.
Terapêutica: estimulante, combate flatulência,
antiinflamatório.

Pinhão Branco (BÒTUJÉ FUNFUN)


Orsás: Ogun, Osòósi, Oyá e Sango
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos de sorte e prosperidade e
sacudimentos
Terapêutica: suco viscoso dos galhos: hemostático e
coagulante, cura feridas.
Pinhão Roxo (BÒTUJÉ PUPÁ)
Orisás: Oyá e Sango
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: o mesmo do pinhão branco.
Terapêutica: a mesma do pinhão branco.

Jenipapo (BUJÈ)
Orisás: Omolú
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Nas iniciações do orisa, retirada de mão,
agbo.
Terapêutica: fruto: digestivo, diurético e afrodisíaco –
casca do tronco: anemia, crescimento exagerado do
fígado e do baço.
Carrapicho (DÁGUNRÓ)
Orisás: Esú, Ogun, Osòósi, Osanyin, Osun
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: sacralização de objetos rituais,
trabalhos de amarração
Terapêutica: as raízes servem para tosse, bronquite
moléstias do fígado e diarréia.

Dandá da Costa ou Tiririca (DANDÀ)


Orisás: Ogun, Osòósi, Osanyin, Osumaré e Nanã
Elementos: água/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Defumações, pós, amuletos, sacralização
de objetos rituais, assentamentos.
Terapêutica: desconhecida
Alfavaca (EFÍNFÍN)
Orisás: Esú (a roxa), Sango, Omolú e Osala
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: como chás para os iyawos em processo
de iniciação.
Terapêutica: diurético, anti-séptico, calmante, azias,
tosses, gripes e resfriados leves, temperos de comida.

Manjericão Branco (EFÍNRÍN ou EFÍNRÍN KÊKERÊ)


Orisás: Osun, Yemoja e Osalá
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Banhos de boa sorte e prosperidade,
agbos, iniciações.
Terapêutica: gases, cólicas intestinais, diarréias,
afecções das vias urinárias e/ou respiratórias,
gengivites, amidalites, faringites, estomatites, aftas e
tempero de comida.
Manjericão Roxo (EFÍNRIN PUPÁ)
Orisás: Sangô/Ayrá, Oyá e Osogyian
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: o mesmo do manjericão branco.
Terapêutica: a mesma do manjericão branco.

Aguapé (EJÀ OMODÉ)


Orisás: Osun, Yemoja e Nanã
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos purificatórios, sacralização
de objetos rituais, banhos de sorte.
Terapêutica: desconhecida
Melão de São Caetano (EJÌNRÌN)
Orisás: Osumaré, Omolú, Yewá e Nanã
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: o ketu não costuma usar, mas em jeje e
angola é usada debaixo das esteiras, para envolver ibás
para transporte e nos ritos para os ancestrais.
Terapêutica: preventivo de gripes e febres (pequenas
quantidades de chá fraco), leucorréia, cólicas de
vermes ou menstruais (chá). Pomada supurativa das
sementes. A planta toda é purgativa, ajuda contra
hemorróidas e diabetes e é altamente abortiva.

Perpétua (ÈKÈLEGBARA)
Orisás: Esú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: assentamentos de Esu
Terapêutica: males respiratórios, febre, tosses e
taquicardias.
Maravilha (ÈKÈLÈYÍ)
Orisás: Ifá, Oyá e Yewá
Elementos: ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: defesa contra feitiços e banhos
purificatórios.
Terapêutica: sardas, dores de ouvido, cólicas
abdominais, diarréias, disenteria, leucorréia e sífilis.

Elevante ou Levante ou Alevante (ERÉ TUNTÚN)


Orisás: Osum, Yemoja e Osalá
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios, defumadores,
lavagem dos búzios, agbo, amacis, iniciações.
Terapêutica: desconhecida
Baronesa (ERESÍ MOMIN PALA)
Orisás: Nanã
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios, agbo, amacis,
iniciações, sacralizações de objetos rituais.
Terapêutica: desconhecida

Erva de Bicho ou Folha de Igbi (ERÓ IGBIN)


Orisás: Omolú e Oxalá
Elementos: água/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios, agbo, amacis,
iniciações, sacralizações de objetos rituais.
Terapêutica: inchações e picadas de insetos.
Hibisco Vermelho (ÈSÁ PUPA)
Orisás: Osanyin, Ogun e Osun
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios, descarregos
(folhas) e como presente em sacrifícios e oferendas à
Osun (flores), sobre os assentamentos.
Terapêutica: as flores, em infusão, auxiliam no
combate à oftalmias.

Cansanção (ÈSÌSÌ)
Orisás: Esú
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: atins, assentamentos de Esu (em forma
de pó, sempre).
Terapêutica: a infusão das flores aplicadas
externamente alivia dores de queimaduras e
contusões. Usada como chá, combate catarro,
menstruação irregular, hemorragias e leucorréias.
Folha de Fumo (ETÁBA ou ASÀ)
Orisás: Osalá (principalmente Osogyian) e Osanyin
Elementos: Ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, agbo (folhas em
natura) - fumo de rolo como oferendas a Osanyin e Esu.
Terapêutica: parasiticida, odontoalgias e combate às
pragas da lavoura (fumo de rolo).

Erva Tostão (ÉTINPÓNLÁ)


Orisás: Sangô e Oyá
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Agbos, contra feitiços, nos rituais para
ancestrais, pós.
Terapêutica: raízes c/vinho: diurético e regularizador
renal e hepático.
Maricotinha ou Alfavaca de cobra (ETÍTÁRÉ)
Orixás: Yemoja
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios
Terapêutica: inflamações oculares, dores de ouvido,
afecções de bexiga, uretra ou rins, febres, expectorante
suave, diurético e antidiabético.

Guando (ÈWÁ IGBÓ)


Orisás: Osalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: envolver o Igbi no sacrificio, banhos
purificatórios.
Terapêutica: afecções urinárias, intoxicações,
faringites, estomatites, gengivites, dor de dente,
afecções hepáticas e pulmonares.
Folha da Riqueza ou Erva Periquito (EWÉ AJÉ)
Orisás: Osumaré eYemoja
Elementos: água/masculino/gùn
Uso Litúrgico: no agbo, banhos purificatórios,
sacralização de objetos rituais, atins de prosperidade.
Terapêutica: diurético.

Boldo ou Tapete d’Oxalá (EWÉ BABÁ)


Orisás: Osalá
Elementos: ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios, agbo.
Terapêutica: fígado, rins e estomago.
Quebra Pedra (EWÉ BÍYEMI)
Orisás: Omolú
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios
Terapêutica: cálculos renais.

Erva Pombinha ou Andorinha (EWÉ BOJUTÒNA)


Orisás: Osanyin e Osumaré
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: agbos, banhos purificatórios.
Terapêutica: vaso dilatador, hepatite B, diurético,
eliminador de glicose e ácido úrico, cálculos renais e
icterícia.
Língua de Galinha (EWÈ BONOKÒ)
Orisás: Osumaré
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: agbos, banhos purificatórios, rituais de
iniciação, sacralização dos cawris.
Terapêutica: desconhecida.

Beti Branco (EWÉ BOYÍ FUNFUN)


Orixás: Yemonja, Osalá, Osun e todos os orixás fun fun.
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Agbo, banhos purificatórios, rituais de
iniciação.
Terapêutica: diurético e cicatrizante.
Jibóia (EWÉ DAN)
Orisás: Osumaré
Elementos: ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, debaixo de esteiras
(casas de jeje).
Terapêutica: desconhecida

Erva Prata (EWÉ DÍGÍ)


Orisás: Oyá, Yemoja e Osalá
Elementos: ar/masculino/gùn
Uso Litúrgico: agbo, banhos purificatórios,
sacudimentos.
Terapêutica: desconhecida
Erva Moura ou Maria Preta (EWÉ ÈGÙNMÒ)
Orisás: Omolú
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Banhos e sacudimentos.
Terapêutica: emoliente, calmante, para lavagem de
chagas e erupções cutâneas, reumatismo e caspa.

Língua de Vaca (EWÉ GBÚRE)


Orisás: Sango, Osun e Yemoja
Elementos: Água/masculino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos de purificação.
Terapêutica: como alimento para combater escorbuto
e para cortes e feridas (uso tópico).
Xanã (EWÉ GBÚRE ÒSUN ou SANA)
Orisás: Sango, Osun
Elementos: Água/masculino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos de purificação e para
preparar uma comida para Baru, juntamente com a
folha de Oyó.
Terapêutica: como complemento alimentar.

Espada de São Jorge (EWÉ IDÀ ÒRÌSÀ)


Orisás: Ogun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: sacralização de objetos rituais,
sacudimentos e proteção.
Terapêutica: desconhecida.
Espada de Santa Bárbara (EWÉ IDÀ OYÁ ou OBÉ
SEMI OYÁ)
Orisás: Oyá
Elementos: Água/masculino/gùn
Uso Litúrgico: sacralização de objetos rituais,
sacudimentos e proteção.
Terapêutica: males das vias respiratórias.

Branda Fogo ou Folha de Fogo (EWÉ INÓN ou INÁN)


Orisás: Esú, Sango e Oyá
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Colhida antes do sol nascer, pertence a
Oyá e Sango e é usada para banhos de descarga e
sacudimento. Colhidas sob o sol do meio dia, pertecem
a Esú e se prestam a feitiços.
Terapêutica: palpitações cardíacas, afecções urinárias
e genitais, sífilis, erupções cutâneas, feridas, coceiras,
moléstias de pele.
Capeba ou Pariparoba (EWÉ IYÁ)
Orisás: Yemojá
Elementos: Água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: sacralização de objetos rituais,
iniciações, banhos purificatórios.
Terapêutica: estimulante, diurético (folhas), febres,
gastrites e debilidades orgânicas (raízes) furúnculos e
abcessos (sementes torradas e misturadas a óleo de
linhaça). Toda planta age contra prisão de ventre,
ulcerações sifilíticas, hemorróidas e reumatismo.

Folha de Batata Doce (EWÉ KÚKÚNDÙNKÚ ou EWÉ


ORÍ)
Orisás: Yemojá, Ogun e Osumaré
Elementos: Água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: sacralização de objetos rituais,
iniciações, banhos purificatórios.
Terapêutica: emolientes, age contra tumores e
inflamações da boca e da garganta.

Mamona Branca (EWÉ LÁRÀ FUN FUN)


Orisás: Osalá
Elementos: Ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: como recipientes para as comidas
rituais.
Terapêutica: inchações, prisão de ventre (óleo das
sementes).

Mamona Roxa (EWÉ LÁRÀ PUPÁ)


Orisás: Osanyin e Egun
Elementos: Fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: para forrar o chão da casa de egun nos
asésés, talos usados nos asesés.
Terapêutica: inchações, prisão de ventre (óleo das
sementes).
Abre Caminho (EWÉ LOROGÚN)
Orisás: Ogun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos, sacudimentos, defumadores,
para enfeitar os ibás de Ogun ou mandar os orisás
guerrearem pelos filhos e pela casa.
Terapêutica: desconhecida

Parietária (EWÉ MONÁN)


Orisás: Oyá e Osalá
Elementos: ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios, sacudimentos de
boa sorte.
Terapêutica: irritações e inflamações urinárias,
cicatrizante e doenças de pele.
Bico de Papagaio ou Crista de galo (EWÉ OGBE
ÀKÙKO)
Orisás: Sango
Elementos: fogo/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Agbos, rituais iniciáticos, banhos
purificatórios.
Terapêutica: em gargarejos contra aftas, ulcerações na
garganta e faringe.

Rama de Leite (EWÉ OGBÓ)


Orisás: Osòósi e Osanyin
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Agbos, rituais iniciáticos, banhos
purificatórios.
Terapêutica: otites.
Tanchagem ou Tansagem (EWÉ ÒPÁ)
Orisás: Omolú, Osumaré e Nanã
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios, agbo.
Terapêutica: adstringente, contra febres, otites e
incontinência urinária, dor de dentes, depurativo
sanguíneo, inflamações uterinas.

Algodão (EWÉ ÒWÚ)


Orisás: Osalá e Ifá
Elementos: ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, cobrir os
assentamentos e oferendas de Osalá (fruto)
Terapêutica: desordens menstruais/pós-parto,
inflamações/dores uterinas, estimulo ao leite materno.
Alecrim (EWÉRÉ)
Orisás: Osòósi e Osalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios e defumações.
Terapêutica: má digestão, gases, reumatismo,
encefalia e tempero de comida.

Corredeira (FALÁKALÁ)
Orixás: Esú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: atins e assentamentos de Esú.
Terapêutica: inflamações oculares.
Fruta Pão (GBÈRÈFÚTÚ)
Orixás: Iroko, Oyá e Osalá
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: afastar egun e “tirar mão”
Terapêutica: folhas: diarréias – raiz: vermífugo –
fruto: tumores e furúnculos.

Salsa de Praia (GBÒRÒ AYABÀ)


Orisás: Yemoja
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, ori.
Terapêutica: reumatismo, nevralgias, catarro crônico
e blenorragia.
Cajazeiro (IGÍ ÌYEYÉ ou OKINKÁN)
Orisás: Ogun
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, assentamentos de
Ogun, sacralizações de objetos, banhos purificatórios.
Terapêutica: cistites, uretrites, ulcerações vaginais,
palpitações, dores de estômago, diarréia, hemorróidas.

Para Raio (IGÍ MÉSÀN)


Orisás: Oyá e Sango
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: limpeza de ambientes, iniciação.
Terapêutica: folhas: abortivo, laxante, estimulante
intestinal – frutos: hemorróidas, vermes – lenho:
feridas, erisipelas e doenças de pele.
Dendezeiro (MÀRÌWÓ ou IGI ÒPÈ)
Orisás: Ogum e Oxalá
Elementos: ar/masculino/gùn
Uso Litúrgico: como proteção nas entradas das casas,
como roupa para orisás (sejam as folhas (Ogun) ou a
palha (Omolú, Osanyin)), como alimento (azeite de
dende), como paramentas de orisas (das nervuras são
feitos o sasara de Omolu e o ibiri de Nanã).
Terapêutica: azeite: externamente, contra angina,
erisipela e filariose. Internamente, contra dores de
cabeça e cólicas abdominais (quantidades mínimas).

Salvia (IKIRIWÍ)
Orisás: Osalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos e defumadores.
Terapêutica: chá: gripes e resfriados, febres, afecções
leves do estomago, vômitos, escorbuto, corrimentos
purulentos da uretra, cólicas menstruais, debilidades
sexuais, antiabortivo, antidiabético e regulador da
pressão.

Erva Vintém ou Dinheiro em Penca (ILERÍN ou


OKÓWÓ)
Orisás: Ossanyin, Osun e Osalá
Uso Litúrgico: agbo, banhos de purificação.
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: desconhecida.

Azedinha do Brejo ou Erva Saracura


Orisás: Yemoja, Nanã E Osalá
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, banhos de
purificação, sacralização de objetos rituais.
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: contra catarro da bexiga, diarréias,
disenterias, escorbuto e sapinho infantil.
Dedal de Dama (IMI IYÍN)
Orixás: Omolú
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos de limpeza e ornamentação de
terreiros.
Terapêutica: aerofagia, afecções pulmonares, vermes,
insetívoro (pulgas, percevejos, etc.).

Carrapeteira (ÌPÈSÁN)
Orixás: Sango
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos de limpeza, rituais de iniciação,
proteção e prosperidade, sacudimentos, atins.
Terapêutica: febre, tosses, gota, afecções sifilíticas,
conjuntivite, é abortiva em altas doses.
Gameleira Branca ou Irôco (ÌRÓKÒ)
Orisás: Iroko, Esú, Osalá e Orisas fun fun
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: Rituais de iniciação, agbos, morada (e o
próprio) Orisá Iroko.
Terapêutica: sumo dos galhos: expulsa lombrigas, é
depurativo, contra sífilis e reumatismo.

Barba de Velho (IRÙNGBÒN)


Orisás: Omolú
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: defumadores, sacudimentos e
sacralização de objetos rituais.
Terapêutica: abscessos, hemorróidas, reumatismo.
Amoreira (ISAN)
Orisás: Oyá e Baba Egun
Elementos: ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: nos rituais de Baba Egun.
Terapêutica: folhas: gargarejo contra aftas e
inflamações das amídalas, contra diabetes; flores:
infecções renais; fruto: reumatismo, artrite, gota e
febres.

Inhame Cará (ISU)


Orisás: Ogun e Osalá
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico: como comida de Ogun e Osalá, as folhas
em banhos.
Terapêutica: coqueluche, asma catarral e bronquites.
Pitanga (ÍTÀ)
Orisás: Osun
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: no chão do barracão, sacudimentos,
banhos de prosperidade.
Terapêutica: adstringente, anti-reumático, diarréias e
febres infantis, gripes e resfriados, tosses.

Mãe Boa (ÌYÁBEYÍN)


Orixás: Oxum, Yemoja e Nanã
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, banhos
purificatórios.
Terapêutica: reposição de proteínas, glicose e frutose.
Aperta Ruão (ÌYÈYÈ)
Orisás: Osun e Osalá
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: sacudimentos, banhos e trabalhos
propiciatórios para gestação.
Terapêutica: gravidez difícil, problemas uterinos,
feridas crônicas, blenorragias crônicas, cistites,
diarréias, diurético.

Macaé ou Alfazema de Caboclo ou Alfazema Brava


(LÀTÓRIJÉ ou JOBÓ)
Orisás: Osalá
Elementos: ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, banhos
purificatórios.
Terapêutica: estimulante, sudorípara.
Arrebenta Cavalo (KANAN-KANAN ou EWÉ BÒBÓ)
Orisás: Esú
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: trabalhos e sacralização dos objetos
rituais de Esu.
Terapêutica: afecções urinárias, renais ou hepáticas,
febres, dores na coluna, abscessos, furúnculos,
inflamações e manchas na pele.

Carqueja (KÀNÉRÌ)
Orisás: Osòósi
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos.
Terapêutica: males do estomago.
Jurubeba (KISIKISI ou IGBÁ IGÚN ou IGBÁ ÀJÀ)
Orisás: Osòósi e Osanyin
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: agbo, banhos.
Terapêutica: garrafadas fortificantes, icterícias,
moléstias do fígado, rins e baço.

Ingazeiro (KOLOMI ou ÌYÁ KOLOMI)


Orisás: Osanyin, Sango e Osalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos, defumadores para
prosperidade.
Terapêutica: para curar feridas e debelar diarréias.
Catinga de Mulata ou Macassá (MAKASÀ)
Orisás: Osun, Yemoja e Osalá
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos, sacralização de objetos
rituais, oro de iyawo.
Terapêutica: banhos contra febre infantil.

Cordão de Frade ou Cordão de São Francisco


(MOBORÒ)
Orisás: Osòósi e Omolú
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: agbo, banhos purificatórios (folhas);
atins (flores).
Terapêutica: dores nevrálgicas, reumatismo,
problemas de estomago, asma, problemas urinários,
hemorragias uterinas, relaxante da musculatura lisa.
Em excesso é abortivo.

Obi (OBÌ)
Orisás: Osanyin
Elementos: Ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: o fruto como alimento sagrado e para
uso divinatório.
Terapêutica: tônico cardíaco, reconstituinte e
estimulante do sistema nervoso.

Caiçara ou Fumo-bravo (ODÉ ÀKÒSÙN)


Orisás: Osòósi
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, banhos
purificatórios, sacudimentos.
Terapêutica: calmante e diurético.
Girassol (ÒDÒDÒ IYÉIYÉ)
Orisás: Osun
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: atrair boas influências, banhos de
properidade.
Terapêutica: contusões, arranhões, feridas,
enxaquecas, cefaléias.

Saião ou Folha da Costa (ÒDÚNDÚN)


Orisás: Osalá e orisás funfun
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, agbo, banhos
diversos, em sacrifícios rituais, lavagem dos cawris e
dos olhos, sacralização de objetos rituais.
Terapêutica: doenças pulmonares, alivia dores e
inchaços, cicatrizante, úlceras e distúrbios estomacais.
Guapo ou Guaco (ÒJÈ DÚDÚ)
Orisás: Osòóssi, Ossanyin e Osalá
Elementos: ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos de proteção e de saúde.
Terapêutica: calmante, cicatrizante, gripes e
resfriados, doenças pulmonares, reumatismo,
nevralgias. Deve ser evitado pelos cardíacos.

Erva de Santa Luzia (OJÚORÓ)


Orisás: Osun
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: lavagem dos olhos e dos cawris, rituais
de iniciação, agbo, banhos purificatórios..
Terapêutica: amadurecer abscessos, asma, doenças de
pele, inflamações oculares.
Samambaia de Poço ou Pente de Cobra (ÒMUN)
Orisás: Osumaré
Elementos: água/masculino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, agbo, banhos.
Terapêutica: desconhecida

Costa Branca ou Língua de Vaca Miúda (ÒPÁSÓRÓ


ou JIMI)
Orisás: Osalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, banhos.
Terapêutica: excitante e desobstruinte de catarros
pulmonares, tosses e moléstias da pele.
.

Orobô (ORÓGBÓ)
Orisás: Osanyin e Sango
Elementos: fogo/masculino/èrò
Uso Litúrgico: similar ao do obi.
Terapêutica: contra bronquites.

Vence Demanda ou Vence Tudo (OSÈ OBÁ)


Orisás: Ogun e Sango
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos de descarrego.
Terapêutica: desconhecida
Oxibatá (ÒSÍBÀTÀ)
Orisás: Osalá e Yemoja (branca), Osun (amarelo), Oyá,
Obá e Yewá (rosa), Nanã (lilás)
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: iniciações, retirada da mão após a
morte, obrigações de 7 anos.
Terapêutica: afrodisíaco, abortivo, disenterias,
diarréias, moléstias da pele.

Caruru da Bahia (ÓYÓ)


Orisás: Sango
Elementos: fogo/masculino/èrò
Uso Litúrgico: em banhos contra demandas, e no
preparo da comida de Baru, juntamente com o Xanã..
Terapêutica: desconhecida.
Pau d’Água ou Pau d’Alho ou Peregum ou Coqueiro
de Vênus (PÈRÈGÚN)
Orisás: Verde: Ogun e Osanyin; Rajado: Osumaré,
Osanyin e Logun.
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, sacralização de
objetos rituais, agbo, banhos.
Terapêutica: maceradas, em banhos ou compressas
para reumatismo.

Oriri (RIN-RIN)
Orixás: Osun e Osalá
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: iniciações, obrigações de tempo de
santo, agbo, banhos, sacralização e lavagem dos cawris
e dos olhos.
Terapêutica: irritações e inflamações oculares e suave
tônico cardíaco.

Vassourinha d’Osun (SEMIN-SEMIN)


Orixás: Osun e Yemoja
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: Banhos purificatórios, sacudimentos.
Terapêutica: gripes, bronquites, catarro pulmonar,
hemorróida, otites, diurético.

Chapéu de Couro (SÉSÉRÉ)


Orisás: Osòósi e Osalá
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios.
Terapêutica: diurético, inflamações renais e na
garganta, ulcerações de pele.
Arnica do campo (TAMANDÉ)
Orisás: Nanã
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: sacralização dos objetos riruais de Nanã
Terapêutica: doenças de estomago, tombos e quedas
(alivia os hematomas).

Canela (TÉEMI)
Orisás: Osun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios e atrativos e uso
culinário.
Terapêutica: digestivo, antisséptico, combate gripes,
diarréias, hemorragias pós parto, alivia dores de dente
e é abortiva nos primeiros meses de gravidez.
Erva de Botão ou Oficial de Sala ou Agrião do Brejo
(TENÚBE)
Orisás: Ogun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, agbos, banhos
purificatórios.
Terapêutica: desconhecida.

Carurú ou Bredo s/Espinho (TÈTÈ)


Orisás: todos, principalmente Osalá
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação (indispensável),
agbos, banhos purificatórios, sacralização de objetos
rituais.
Terapêutica: escorbuto, cortes, feridas, males do
fígado, afecções urinárias, cistite, retenção de urina. As
flores ajudam a curar tosses rebeldes.
Cana do Brejo (TÈTÈRÈGÙN)
Orisás: Osalá
Elementos: ar/masculino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, agbos, banhos
purificatórios.
Terapêutica: doenças renais.

Colônia (TÓTÓ)
Orisás: Osun, Osalá, Osòósi e Yemoja
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos purificatórios, rituais de
iniciação.
Terapêutica: infusão das flores: acalma medos e
histerias – folhas: sedativo, enxaquecas (emplastro),
dores de cabeça (no álcool) – chá: hipertensão,
palpitações cardíacas, sedativo leve.
Amendoeira
Orisás: Osalá
Elementos: ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: banhos de purificação, sacudimentos,
transporte de ibás, defumadores.
Terapêutica: macerada em álcool: bursites, tendinites,
dores reumáticas e musculares e sacudimentos e
purificação de pessoas com problemas mentais.

Assa Peixe
Orisás: Osòósi e Osun
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, banhos
purificatórios e sacralização dos objetos rituais.
Terapêutica: bronquites, pneumonias, gripes, tosses
rebeldes, afecções respiratórias.
Cafeeiro
Orisás: Osanyin
Elementos: ar/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios, iniciações e
sacralização dos objetos rituais.
Terapêutica: estimulante das funções cerebrais.

Camboatá
Orisás: Oyá, Sango, Yemoja
Elementos: ar/feminino/gùn
Uso Litúrgico: rituais de iniciação, sacralização de
objetos rituais, banhos purificatórios.
Terapêutica: casca em chá: asma e tosses convulsivas.
Canela de Velho
Orisás: Omolú
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos purificatórios, rituais de
iniciação, sacralização de objetos rituais.
Terapêutica: perturbações digestivas e menstruais.

Carobinha
Orisás: Osanyin e Omolú
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios.
Terapêutica: afecções de pele, vias urinárias e doenças
venéreas
Costela de Adão
Orisás: Ogun (Ogunjá)
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico: agbo, banhos purificatórios.
Terapêutica: desconhecida

Erva Curraleira ou Cânfora


Orisás: Osòósi
Elementos: água/masculino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação e banhos
purificatórios em casos de perturbações mentais.
Terapêutica: depurativo, doenças venéreas,
ulcerações e erupções de pele, dermatoses.
Espinheira Santa
Orisás: Osòósi e Osalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos purificatórios e sacudimentos
de saúde.
Terapêutica: estômago e intestino.

Jaborandi
Orixás: Oyá e Xangô
Elementos: fogo/feminino/gùn
Uso Litúrgico: sacudimentos
Terapêutica: queda de cabelo
Manacá
Orisás: Nanã
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico:
Terapêutica: anti-reumático, abortivo, anti-sifilítico,
depurativo, purgativo e diurético.

Manjerona
Orisás: Sango
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos purificatórios e defumadores
Terapêutica: estimulante do apetite, digestivo, cólicas,
flatulência e afrodisíaco.
Negra-Mina ou Nega Mina
Orisás: Sangô
Elementos: fogo/masculino/èrò
Uso Litúrgico: banhos de purificação, sacudimentos,
rituais iniciáticos, no agbo.
Terapêutica: estimulante, reumatismo, cólicas,
nevralgias, tosses.

Quaresmeira
Orisás: Nanã
Elementos: terra/masculino/gùn
Uso Litúrgico: somente para enfeitar os
assentamentos de Nanã, em sacrifícios.
Terapêutica: desconhecida.
Patchouli
Orisás: Esú e Osun
Elementos: água/feminino/gùn
Uso Litúrgico: banhos, pós.
Terapêutica: desconhecida.

Mangueira (ÒRÓ ÒYÌNBÓ)


Orisás: Ogun e Iroko
Elementos: terra/masculino/èrò
Uso Litúrgico: sacudimentos, no chão do salão, em
sacrificios rituais, principalmente de Ogun, banhos.
Terapêutica: folhas: bronquite asmática, estomatite,
gengivite e contusões – chá do lenho: leucorréia e
diarréia.
Barba de Boi ou Malva Rasteira (TÓ)
Orixás: Omolú
Elementos: terra/feminino/èrò
Uso Litúrgico: rituais de iniciação e banhos
purificatórios.
Terapêutica: desconhecida

Jaqueira (APÁÒKÁ)
Orisás: Sango, Iroko, Esú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: banhos para os Omo Sango e
assentamentos de Esu.
Terapêutica: estimulante, antidiarréico, antitussígeno
e expectorante.
Flamboyant (IGI ÒGUN BÈRÈKÈ)
Orisás: Sango, Oyá e Ibeji
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: como enfeite sobre os ibás de Oyá e
Ibeji, após os sacrifícios.
Terapêutica: lenho das vagens em chá: hipertensão,
palpitações cardíacas e sedativo suave.

Chifre de Veado
Orisás: Osòósi e Logun
Elementos: terra/feminino/gùn
Uso Litúrgico: sacralização de objetos rituais.
Terapêutica: desconhecida
Cana ou Bananeira de Jardim (EWE ÌDÒ)
Orisás: Osun e Yewá
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: ornamentação da casa, banho para Omo
Osun em casos de atrasos menstruais.
Terapêutica: expectorante, diurético, vomitivo e
abortivo.

Sapoti (NEKIGBÉ)
Orisás: Ibeji
Elementos: fogo/masculino/gùn
Uso Litúrgico: atins e oferendas às Iyabás e Ibeji.
Terapêutica: frutos: contra desnutrição – sementes
trituradas: afecções renais – casca do tronco em
decocto: diarréias, verminoses e febre.
Poejo
Orixás: Osun e Ibeji
Elementos: água/feminino/èrò
Uso Litúrgico: Sacudimentos e banhos em crianças ou
mulheres com problemas no aparelho reprodutor.
Terapêutica: gripes, catarro infantil, excitante, gases,
cólicas intestinais infantis, falta de menstruação e
dores histéricas.

Noz Moscada
Orisás: Osalá
Elementos: Ar/feminino/èrò
Uso Litúrgico: atins, defumadores, asésé, como favas
nos ibás.
Terapêutica: estimulante gástrico, afrodisíaco e
tempero de comidas.
Pixurim
Orisás: Osalá
Elementos: ar/masculino/gùn
Uso Litúrgico: atins de prosperidade e defumações.
Terapêutica: dispepsias, problemas gástricos, cólicas,
diarréias e picadas de insetos.

A lua negra da transmutação

A fase lunar denominada lua negra acontece


mensalmente, nos três dias que antecedem a lua nova.
Durante este período, o fino disco da lua minguante
diminui até desaparecer na escuridão da noite. Tendo
em vista que a luz da lua, é na verdade, a luz solar
refletida pelo disco lunar, poderíamos dizer que a lua
negra 'mostra' a verdadeira face oculta da lua.
Durante essa fase de escuridão mensal, os povos
antigos reverenciavam as deusas escuras, dedicando
este tempo a rituais divinatórios, de cura e
transmutação. Com o advento das sociedades
patriarcais, os mistérios da lua negra tornaram-se
sinônimo de terror e malefícios. Incapacitados de ver
ou compreender o 'desaparecimento' da lua, surgiram
lendas e superstições sobre os demônios ou forças
malignas que 'comiam' a lua. Dessa maneira, a lua
negra passou a representar o auge dos poderes
destrutivos, vaticinando cataclismos naturais, como
inundações, tempestades, ou secas e humanos, como
guerras, doenças e fome. A lua negra era tida como
aziaga para qualquer empreendimento, por ser
considerada a lua no momento em que os fantasmas e
os espíritos malévolos perambulam sobre a terra e as
bruxas executam seus rituais de magia negra. Atribuia-
se à lua negra a conexão com o mundo subterrâneo por
ser regida por divindades em forma de serpente ou
com serpentes nos cabelos.
Na verdade, a lua negra facilita o acesso aos
mundos e planos sutis e às profundezas de nossa
psique. Por isso, atualmente é considerada uma fase
favorável para trabalhos de transformação e
renovação. Somente mergulhando no nosso lado
escuro, desvendando os mistérios e as sombras de
nosso inconsciente, poderemos achar os meios
secretos para nossa renovação. A lua negra tem o
poder de criar e de destruir, de curar e de regenerar e
de descobrir e fluir com o ritmo das mudanças e dos
ciclos naturais, dependendo da capacidade individual
em reconhecer e integrar sua sombra.
Ao entrar na fase da lua negra, podemos
presenciar a transição entre a destruição do velho e a
criação do novo. É portanto, um período favorável para
rituais de cura, renovação e regeneração. O processo
de transformação destrói os padrões ultrapassados de
condicionamento, comportamento e estruturação,
liberando-nos daquilo que não serve mais, aquilo que é
limitante, impedindo nossa expansão.
Os objetivos dos rituais são variados e de acordo
com as necessidades de cada um. Podemos criar a
remoção de uma maldição, a correção de uma
disfunção, o afastamento dos obstaculos ou das
dificuldades na realização afetiva ou profissional, a
limpeza de resíduos energéticos negativos de pessoas,
objetos, ambientes, a preparação e imantação do
espelho negro, entrando em contato com os ancestrais
ou com as deusas escuras como hécate, medusa, kali,
ereshkigal, hel, sekmet, sheelah na gig, oyá e cailleach.
As palavras-chave para esses rituais são contemplação,
finalização, dissolução, introspecção, tradição,
sabedoria, morte e transmutação.
Os elementos ritualísticos são as velas pretas para
afastar a negatividade, as brancas para os novos inícios
e as vermelhas para a realização, correspondendo às
três cores da deusa e os três estágios da condição
feminina: idosa, jovem e adulta. Por ser a anciã a deusa
regente desta lua, são oferecidos no altar, em vez de
flores, um xale preto, galhos e folhagens secas, penas
pretas, pêlo de cachorro preto ou lobo, teia ou imagem
de uma aranha, além de representações do poder
transmutador da serpente. Os objetos mais
importantes para o ritual da lua negra são o caldeirão -
para queimar e transmutar as energias negativas - e o
espelho negro ou bola de cristal, além de tarot e runas
para orientação e auto-conhecimento.
A meditação ao som de tambor ajuda a mergulhar
no ventre escuro da mãe terra, trazendo mensagens e
sugestões para a cura, a regeneração e a
transformação.

A lua violeta da reflexão


Da mesma maneira que existem duas luas cheias
em um mesmo mês, também podem ocorrer duas luas
novas. A segunda lua negra, correspondendo à fase de
três DIAS QUE ANTECEDE A SEGUNDA LUA NOVA
DENTRO DO MESMO MÊS, É MUITO POUCO
DIVULGADA, SENDO CONHECIDA APENAS POR
MENSAGENS ESPIRITUAIS. DENOMINO ESSE RARO
FENÔMENO DE LUA VIOLETA DEVIDO A SUAS
QUALIDADES PURIFICADORAS, ALCANÇADAS POR
MEIO DE SILÊNCIO E DE MEDITAÇÃO.
A LUA VIOLETA É UM MOMENTO MISTERIOSO E
SAGRADO QUE DEVE SER DEDICADO A
INTROSPECÇÃO, À CONTEMPLAÇÃO SILENCIOSA E ÀS
REFLEXÕES. DEVE SER FEITA UMA REAVALIAÇÃO DE
SUA ESCALA DE VALORES, DE SUA VIDA ATUAL E DE
SEU PROPÓSITO NESTA ENCARNAÇÃO. ALCANÇA-SE,
ASSIM, UMA COMPREENSSÃO MAIOR, UM
CONHECIMENTO QUE BROTA DE SEU PRÓPRIO EU
DIVINO.
Recomento PROCURAR LEVANTAR OS VÉUS
SUTIS QUE ENCOBREM AS MOTIVAÇÕES OCULTAS DA
VIDA ATUAL E O PROPÓSITO MAIOR DA ALMA,
SOMENTE APÓS PEDIR A INTERCESSÃO DE SEU ANJO
GUARDIÃO E FAZER UMA INVOCAÇÃO ÀS DEUSAS DO
DESTINO. COM A AJUDA DE SUA SACERDOTISA
INTERIOR, PODER-SE-Á TRANPOR O PORTAL E
ENTRAR EM CONTATO COM SUA PRÓPRIA ESSÊNCIA
ESPIRITUAL.
A LUA VERMELHA DA MENSTRUAÇÃO

Na ANTIGUIDADE, O CICLO MENSTRUAL DA


MULHER SEGUIA AS FASES DA LUA COM TANTA
PRECISÃO QUE A GESTAÇÃO ERA CONTADA POR
LUAS. COM O PASSAR DOS TEMPOS, A MULHER FOI SE
DISTANCIANDO DESSA SINTONIA E FOI PERDENDO,
ASSIM, O CONTATO COM COM SEU PRÓPRIO RITMO E
SEU CORPO, FATO QUE TEVE COMO CONSEQUÊNCIA
VÁRIOS DESEQUILIBRIOS HORMONAIS, EMOCIONAIS
E PSÍQUICOS.
Para REESTABELECER ESSA SINCRONICIDADE
NATURAL, TÃO NECESSÁRIA E SALUTAR, A MULHER
DEVE SE RECONECTAR À LUA, OBSERVANDO A
RELAÇÃO ENTRE AS FASES LUNARES E SEU CICLO
MENSTRUAL. COMPREENDENDO O CICLO DA LUA E A
RELAÇÃO COM SEU RITMO BIOLÓGICO, A MULHER
CONTEMPORÂNEA PODERÁ 'COOPERAR' COM SEU
CORPO, FLUINDO COM OS CICLOS NATURAIS,
CURANDO SEUS DESEQUILÍBRIOS E FORTALECENDO
SUA PSIQUE.
PARA COMPREENDER MELHOR A ENERGIA DE
SEU CICLO MENSTRUAL, CADA MULHER DEVE CRIAR
UM 'DIARIO DA LUA VERMELHA', ANOTANDO NO
CALENDÁRIO O INÍCIO DE SUA MENSTRUAÇÃO, A
FASE DA LUA, SUAS MUDANÇAS DE HUMOR,
DISPOSIÇÃO, NÍVEL ENERGÉTICO, COMPORTAMENTO
SOCIAL E SEXUAL, PREFERÊNCIAS, SONHOS E OUTRAS
OBSERVAÇÕES QUE QUEIRA.
PARA TIRAR CONCLUSÕES SOBRE O PADRÃO DE
SUA LUA VERMELHA, FAÇA ESSAS ANOTAÇÕES
DURANTE PELO MENOS TRÊS MESES,
PREFERENCIALMENTE POR SEIS. APÓS ESSE TEMPO,
COMPARE AS ANOTAÇÕES MENSAIS E RESUMA-AS,
CRIANDO, ASSIM, UM GUIA PESSOAL DE SEU CICLO
MENSTRUAL, BASEADO NO PADRÃO LUNAR.
OBSERVE A REPETIÇÃO DE EMOÇÕES, SINTONIAS,
PERCEPÇÕES E SONHOS, FATO QUE VAI
LHERPERMITIR ESTAR MAIS CONSCIENTE DE SUAS
REAÇÕES, PODENDO EVITAR, PREVER OU
CONTROLAR SITUAÇÕES DESAGRADÁVEIS OU
DESGASTANTES.
DO PONTO DE VISTA MÁGICO, HÁ DOIS TIPOS DE
CICLOS MENSTRUAIS, DETERMINADOS EM FUNÇÃO
DA FASE LUNAR EM QUE OCORRE A MENSTRUAÇÃO.
Quando A OVULAÇÃO COINCIDE COM A LUA
CHEIA E A MENSTRUAÇÃO COM A LUA NEGRA, A
MULHER PERTENCE AO ' CICLO DA LUA BRANCA' .
COMO O AUGE DA FERTILIDADE OCORRE DURANTE A
LUA CHEIA, ESSE TIPO DE MULHER TEM MELHORES
CONDIÇÕES ENERGÉTICAS PARA EXPRESSAR SUAS
ENERGIAS CRIATIVAS E NUTRIDORAS POR MEIO DA
PROCRIAÇÃO.
QUANDO A OVULAÇÃO COINCIDE COM A LUA
NEGRA E A MENSTRUAÇÃO COM A LUA CHEIA, A
MULHER PERTENCE AO ' CICLO DA LUA VERMELHA ' .
COMO O AUGE DA FERTILIDADE OCORRE DURANTE A
FASE ESCURA DA LUA, HÁ UM DESVIO DAS ENERGIAS
CRIATIVAS, QUE SÃO DIRECIONADAS AO
DESENVOLVIMENTO INTERIOR, EM VEZ DO MUNDO
MATERIAL. DIFERENTE DO TIPO ' LUA BRANCA ' A
MULHER DO CICLO ' LUA VERMELHA ' É 'BRUXA
MAGA OU FEITICEIRA', QUE SABE USAR SUA ENERGIA
SEXUAL PARA FINS MÁGICOS E NÃO SOMENTE
PROCRIATIVOS.
Ambos OS CICLOS SÃO EXPRESSÕES DA ENERGIA
FEMININA, NENHUM DELES SENDO MELHOR OU MAIS
CORRETO QUE O OUTRO. AO LONGODE SUA VIDA A
MULHER VAI OSCILAR ENTRE OS CICLOS BRANCO E
VERMELHO, EM FUNÇÃO DE SEUS OBJETIVOS, DE
SUAS EMOÇÕES E AMBIÇÕES OU DAS
CIRCUNSTÂNCIAS AMBIENTAIS E EXISTÊNCIAIS.
Além DE REGISTRAR SEUS RITMOS NO ' DIÁRIO
DA LUA VERMELHA ', A MULHER MODERNA PODE
REAPRENDER A VIVENCIAR A SACRALIDADE DE SEU
CICLO MENSTRUAL. PARA ISSO, É NECESSÁRIO CRIAR
E DEFENDER UM ESPAÇO E UM TEMPO DEDICADO A
SI MESMA. SEM PODER SEGUIR O EXEMPLO DE SUAS
ANCESTRAIS, QUE SE REFUGIAVAM NAS ' TENDAS
LUNARES ' PARA UM TEMPO DE CONTEMPLAÇÃO E
ORAÇÃO, A MULHER MODERNA DEVE RESPEITAR A
VULNERABILIDADE E SENSIBILIDADE AUMENTADAS
DURANTE SUA LUA. ELA PODE DIMINUIR SEU RITMO,
EVITANDO SOBRECARGAS AO SE AFASTAR DE
PESSOAS E AMBIENTES ' CARREGADOS ' NÃO SE
EXPONDO OU SE DESGASTANDO EMOCIONALMENTE
E PROCURANDO ENCONTRAR MEIOS NATURAIS PARA
DIMINUIR O DESCONFORTO, O CANSAÇO, A TENSÃO
OU A AGITAÇÃO.
Com DETERMINAÇÃO E BOA VONTADE, MESMO
NO CORRE-CORRE COTIDIANO DOS AFAZERES E
OBRIGAÇÕES, É POSSÍVEL ENCONTRAR SEU ' TEMPO
E ESPAÇO SAGRADOS ' PARA CUIDAR DE SUA MENTE,
DE SEU CORPO E DE SEU ESPÍRITO. MEDITAÇÕES, '
BANHOS DE LUZ LUNAR ' , AGUA LUNARIZADA,
CONTATO COM SEU VENTRE, SINTONIA COM A DEUSA
REGENTE DE SUA LUA NATAL OU COM AS DEUSAS
LUNARES, ' VIAGENS XAMÂNICAS ' COM BATIDAS DE
TAMBOR, VISUALIZAÇÕES DOS ANIMAIS DE PODER,
USO DE FLORAIS OU ELIXIRES DE GEMAS
CONTRIBUEM PARA O RESTABELECIMENTO DO
PADRÃO LUNAR ROMPIDO E PERDIDO AO LONGO DOS
MILÊNIOS DE SUPREMACIA MASCULINA E RACIONAL.
O MUNDO ATUA - EM QUE A MAIOR PARTE DAS
MULHERES TRABALHA- AINDA TEM UMA
ORIENTAÇÃO MASCULINA. PARA SE AFASTAR DESSA
INFLUÊNCIA, A MULHER MODERNA DEVE
PERSCRUTAR SEU INTERIOR E ENCONTRAR SUA
VERDADEIRA NATUREZA, REFLETINDO-A EM SUA
INTERAÇÃO COM O MUNDO EXTERNO.

Os ECLIPSES

OS ECLIPSES LUNARES OCORREM DURANTE A


LUA CHEIA, QUANDO A TERRA FICA NO
ALINHAMENTO ENTRE A LUA E O SOL. HÁ
APROXIMADAMENTE, DOIS OU QUATRO ECLIPSES
POR A NO, A MAIORIA SENDO PARCIAL.
O ECLIPSE SOLAR OCORRE APENAS DURANTE A
LUA NOVA, QUANDO O SOL FICA ECLIPSADO PELA
LUA, LEVANDO A SEU ESCURECIMENTO PARCIAL OU
TOTAL, DEPENDENDO DO GRAU DO ECLIPSE.
Os POVOS ANTIGOS OBSERVAVAM COM MUITO
RESPEITO E TEMOR ESSES FENÔMENOS CELESTE
INEXPLICÁVEIS. USAVAM CANTOS, DANÇAS,
OFERENDAS E ORAÇÕES PARA EVITAR O '
DESAPARECIMENTO ' DOS ASTROS.
Atualmente, LEVA-SE EM CONSIDERAÇÃO A
COLOCAÇÃO DO ECLIPSE NO MAPA ASTROLÓGICO DE
UMA PESSOA, POIS A CASA ZODIACAL AFETADA SERÁ
UM FOCO ESPECIAL DE CONCENTRAÇÃO ENERGÉTICA
POR MESES OU ATÉ MESMO POR UM ANO DEPOIS DO
ECLIPSE, DEPENDENDO DOS ASPECTOS. SE O ECLIPSE
SOLAR ACONTECE NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO,
SUAS INFLUÊNCIAS SERÃO AUMENTADAS, EXIGINDO
UM TRABALHO DE FORTALECIMENTO PESSOAL,
PRINCIPALMENTE PARA AUMENTAR SUA AUTO-
ESTIMA E AUTOCONFIANÇA.
Os eclipses lunares anuais caem, geralmente, nos
mesmos signos zodiacais, ocorrendo portanto, nas
mesmas casas do mapa natal. Evidencia-se, assim, a
necessidade de trabalho interior para equilibrar e
integrar os assuntos das áreas afetadas pelos próximos
três a nove meses. Os eclipses regridem nos signos
zodiacais, na velocidade de um signo ou uma casa, por
ano. Portanto, ao longo de doze anos, o sombreamento
da lua pela terra acontecerá em todos os signos e em
todas as casas zodiacais dos mapas individuais.
Em termos de magia, um eclipse marca um ponto
intermediário muito poderoso, uma transição entre o
claro e o escuro, entre o dia e a noite, entre a luz e a
escuridão.
Realizar encantamentos e rituais durante um
eclipse aumenta sua potência e a responsabilidade de
quem os faz. Para direcionar de forma competente as
energias, é necessário um mínimo de conhecimento
astrológico, principalmente dos aspectos formados no
mapa natal individual.
Sugiro criar um ritual pessoal, tentando se '
comunicar ' com os planetas envolvidos e reconhecer
sua atuação em sua vida. Peça aos anjos ou mestres
planetários e ao seu mentor espiritual, idéias e
orientações para seu crescimento. Use as palavras
chave e/ou atributos dos planetas, invoque as
divindades a eles relacionadas e deixe-se guiar por sua
intuição e sabedoria para encontrar uma maneira
simples e prática de expressar as energias do eclipse.
Lembre-se de que o ' reaparecimento ' do astro, após o
eclipse, simboliza o início de um novo ciclo ou uma
nova fase em sua vida, podendo ser celebrada e
afirmada ritualisticamente.
Ervas Hortalias e Frutas Usadas pelo Povo Lunda
Tchokwe

ABACATE - Persea gratissima


O abacate pode substituir a carne, porque contém
gordura e o mesmo valor nutritivo. O abacateiro
serve especialmente aos diabéticos, tanto através da
fruta como das folhas. Às pessoas atacadas por
esse mal é aconselhável um tratamento a base do
abacateiro, durante quinze dias:
Comer em jejum metade de um abacate amassado
Após as refeições tomar um chá de folhas SECAS do
abacateiro, sem açúcar.
Outra indicação das folhas do abacateiro é para a
limpeza do fígado. Se o fígado não vai bem por
estar saturado de gordura e tóxicos, fazer um chá das
folhas SECAS do abacateiro e toma-lo em
goles, de hora em hora, durante todo o dia, repetindo
por 15 dias. O caroço serve como tônico
capilar. Em dores de cabeça aplicar folhas quentes do
abacateiro sobre a cabeça, em compressa.
Usar sempre folhas secas pois as verdes provocam
palpitações cardíacas.
ABACAXI - Ananás sativus
O abacaxi, além de ótimo purificador do sangue, é
diurético e ajuda a digestão. Sua indicação
notável é no tratamento das feridas, inflamações,
infecções. Em infecções agudas, consumido em
fatias, é um ótimo parceiro dos antibióticos. Contra
tosse catarral, usa-se duas colheres de suco de
abacaxi diluídas em uma xícara de água quente e uma
colher de mel. Beber bastante quente antes de
deitar-se.
ABOBORA - Cucúrbita pepo
Rica em potássio, ferro, fósforo e magnésio, é eficaz
como diurético e para combater a prisão de
ventre. Faz-se um suco fresco com pedaços grossos de
abóbora madura, colocando-os em um
guardanapo e torcendo para extrair o suco. Adoçar
com pouco açúcar e tomar uma manhã sim e
uma não, em jejum por um mês.
ACELGA - Beta vulgaris
Hortaliça indicada para oxigenar o sangue e normalizar
a digestão, além de acalmar os nervos e
robustecer o cérebro. É muito útil para ser ingerida por
pessoas nervosas.
AGRIÃO - Nasturtium officinale
O agrião é tão eficaz que não se deve usa-lo
diariamente, a não ser para tratamento dos brônquios,
durante períodos limitados. A quantidade de ferro,
iodo e vitaminas que contém faz passar para a
água em que é deixada de molho uma boa parte de sua
força; por isso, uma receita para a carência
de ferro e para a depuração do sangue é chamada Água
de Agrião:
Em um copo de água na temperatura ambiente
mergulhar folhas de agrião. Cobrir o copo e deixa-lo
no quarto de dormir. De manhã, coar e bebe-la sem
açúcar.
As propriedades terapêuticas do agrião combatem o
raquitismo, o ácido úrico e as doenças do
pulmão, agindo na purificação do fígado e do
estomago.Os fumantes devem fazer uso do agrião,
uma vez por semana, para a desintoxicação do
organismo. O seu suco, adoçado com mel é um
excelente xarope para combater bronquite, tosse,
tuberculose pulmonar e toda sorte de enfermidades
catarrais. Usa-se em saladas para combater a diabetes,
e o consumo diário para os que sofrem de
acido úrico.
AIPO - Apium graveolens
Essa verdura combate a depressão. Por ser rico em
cloreto de sódio, é ideal para casos de insônia e
perturbações nervosas, podendo entrar no preparo de
saladas, ser bebido como suco ou mesmo
mastigando seus talos. Como alimento é recomendado
àqueles que sofrem de artrite, reumatismo e
acido úrico. É também indicado seu uso externo em
frieiras, para tanto, colocar 100gr de aipo em
um litro de água e ferver lentamente por 20 minutos.
Dar um banho muito quente nos pés ou mãos,
uma vez por dia.
ALFACE - Lactuca sativa
Contém várias vitaminas e é uma fonte de ferro e
minerais. Seu poder de limpeza dos intestinos é
fantástico. Fortalece o sistema nervoso e a
musculatura, além de ajudar a digestão. É um grande
calmante para os nervos e combate a insônia mais
recalcitrante.
Um chá para dormir é feito fervendo-se rapidamente
duas folhas de alface fresca em uma medida de
uma xícara de chá de água. Tomar morno na hora de
deitar-se.
É ainda recomendada contra as doenças do coração e
dos rins, seja em forma de chá ou saladas,
estas com pouco azeite, vinagre e sal. Para contusões e
inchaços fazer uma cataplasma fervendo
algumas folhas de alface em pouca água por cinco
minutos. Deixar amornar, untar as folhas com
azeite de oliva, estender sobre uma gaze e aplicar na
região atingida. Este mesmo método pode ser
usado para irritações e rubores da pele.
ALHO - Allium sativum
O alho purifica o sangue, atua sobre as mucosas do
nariz, da garganta e dos pulmões, desinfeta todo
o organismo, funciona como antibiótico para combater
infecções.
Para o enfraquecimento do organismo, principalmente
nos idosos, consumir durante as refeições um
dente de alho bem amassado com uma cenoura, isso
previne contra doenças mais graves.
Atua na circulação, e para esses problemas, consumir
pão de centeio temperado com alho socado,
salsa e gotas de azeite sendo que será este o primeiro
alimento do dia, repetido por uma semana,
descansar 15 dias e fazer novamente, assim
sucessivamente.
O alho cozido, tem uma grande perda de sua eficácia e
cru em grande quantidade irritam os rins.
ALMEIRÃO - Chicorium intybus
Rico em vitamina A e C. Indicado para falta de apetite,
usado cru em saladas ou ligeiramente
refogado.
AMEIXA - Prunus domestica
Poderoso laxante. Indicada contra prisão de ventre,
sendo, neste caso, consumida seca.
É rica em potássio, fósforo, cálcio e minerais. Para
problemas do estômago faz-se um licor
digestivo de ameixa: cozinhar em dois litros e meio de
vinho branco, 20 ameixas frescas sem casca
e sem caroço. Depois de quinze minutos apagar o fogo,
adicionando não mais de 3 gramas de casca
de canela e deixar macerar. Após três dias, filtrar o
liquido, adicionar meio quilo de açúcar e colocar
no fogo, deixando ferver por alguns minutos. Esperar
esfriar totalmente e adicionar meio litro de
álcool a 90 graus e colocar em uma ou duas garrafas.
Tomar um cálice após as refeições.
ASPARGO - Asparagus officinalis
O aspargo deve ser ingerido ao natural, já que quando
cozido pode irritar os rins, tornando contrário
o seu efeito de limpa-los. É indicado nas doenças do
fígado, do baço e estômago. Nos problemas do
coração combate a hipertrofia e acalma as palpitações.
Para o coração se faz uma decocção
fervendo 50gr de raízes de aspargo em um litro de
água, deixando em repouso até esfriar. Tomar
três cálices por dia, entre as refeições principais sem
adoçar. Ainda pode ser usado em regimes de
emagrecimento fervendo em três quartos de litro de
água, 40gr de raízes de aspargo. Bebe-se pela
manhã em jejum e durante todo o dia. Esta mesma
decocção pode ser administrada a pessoas
nervosas e excitáveis.
AVEIA - Avena sativa
Fonte natural de vitaminas, proteínas e sais minerais,
contendo muitas calorias. Usada em flocos ou
farinha, adapta-se aos organismos delicados,
garantindo um bom funcionamento dos intestinos
preguiçosos. É também anti-hemorróidas, sua ingestão
tem a virtude de reduzir o teor de gorduras e
de açúcar do sangue, auxiliando nas arterioscleroses e
no diabetes. Contra acido úrico ferver um
punhado de palha de aveia triturada em um litro de
água, coar e beber durante o dia.
AZEITONA - Olea europaea
Uma curiosidade sobre a oliveira. Conta-se que Atenas,
a deusa grega da sabedoria, fez nascer de
uma lança a oliveira; os frutos dessa árvore, além de
alimentarem o homem, produziriam um óleo
para temperar sua comida, fortalecer seu corpo, curar
as suas feridas e iluminar sua noite.
A azeitona tem grande teor de gordura e sais minerais,
devendo ser consumida com cautela.
BANANA - Musa paradisiaca
Bastante nutritiva e regulariza as funções do intestino.
O suco da banana São Tomé é
particularmente indicado contra a diarréia. Emprega-
se o suco das flores nas afecções do peito. Do
tronco se extrai a seiva que é indicada para a laringite,
as aftas, tônico capilar e soro antiofídico.
BATATA - Solanum tuberosum
Rica em carboidratos e vitaminas. Usada crua, tem
aplicação para combater dores de cabeça
(colocadas em rodelas sobre a testa) e contra irritações
da pele. A batata-baroa é bastante indicada
para quem sofre de doenças renais. Para eritemas ou
queimaduras solares, se faz uma compressa
com batata ralada que é trocada três vezes ao dia. O
suco feito com batata é excelente remédio para
ulceras do estômago e do duodeno, desde que tomado
em pequenas doses, pois o seu uso exagerado
pode provocar sintomas de intoxicação. A água do
cozimento da batata serve para prevenir e
combater a gota.
BROCOLOS - Brassica oleracea
Rico em vitamina C, fósforo, potássio e enxofre. É
melhor consumi-lo em saladas cruas para
aproveitar todo o seu valor nutritivo. É um ótimo
alimento para dietas de emagrecimento, já que
produz uma limpeza geral do organismo e elimina
gorduras.
CAFÉ - Coffea arabica
É contra indicado para pessoas nervosas e insones,
adoçado com mel serve de remédio para a
angina do peito. É um excitante do sistema nervoso,
dos músculos, cérebro, rins e coração. É usado
para lavar ulcerações das pernas. Facilita a digestão.
CAMOMILA - Matricaria chamomilla
Indicado para cólicas de crianças, feito chá. É também
calmante, antiespasmódico e sonífero,
devendo ser feito o chá na hora de tomar.
Indicado para dores reumáticas, neste caso usa-se as
flores secas que são cozidas em banho-maria
no óleo; após duas horas de cozimento, côa-se, e depois
de frio massageia-se com esse óleo as
regiões doloridas. Usa-se o chá também para combater
dores abdominais, cólicas intestinais com
gases, cistite, inflamações bucais, conjuntivites.
CANELA - Cinnamomum zeylanicum
Em doces, não se discute, é um ótimo tempero. Suas
propriedades medicinais são no combate a
anemia, para isso tomar um chá da casca de canela
quatro vezes ao dia. Recomendada também para
catarro nos brônquios. É indicada na atonia gástrica
(fraqueza do estomago), como tintura: colocar
50gr de casca de canela em um quarto de litro de álcool
a 60 graus. Depois de 24 horas filtrar o
liquido e côa-lo em uma garrafa, consumindo-o em
colheres antes das refeições.
CEBOLA - Allium cepa
Deve ser sempre ingerida cruz, já que cozida perde
suas propriedades. Combate vermes intestinais,
infecções e resfriados. O consumo diário de cebola
previne doenças cardíacas como também
impede o desenvolvimento das já existentes.
CENOURA - Daucus carota
Para as vistas, já que é rica em vitamina A. Atua
também como purificadora do fígado e fortifica o
organismo.
Para casos de digestão difícil, usa-se ferver uma pitada
de sementes de cenoura em um cálice de
água e beber após as refeições. (Neste caso as
sementes precisam ser retiradas do pé, visto que as
destinadas a plantio possuem agrotóxicos prejudiciais).
Para rouquidão, cozinhar 100 gr de cenoura,
esmagando e misturando com a água do cozimento,
adoçar com mel e beber bem quente.
CEREJA - Prunus cerasus
Outro purificador do organismo que atua
principalmente nos rins e no fígado. Como ela possui
açucares e minerais, é usada para a confecção de
xaropes para a tosse.
Usada em casos de artrite e gota, para tal, ferve-se 30gr
de pedúnculos secos em um litro de água,
filtrar e adoçar levemente, bebendo um cálice durante
o dia. Como reconstituinte do organismo,
cozinha-se cerejas frescas ou secas (não em conserva)
em tanto vinho quanto necessário para cobrilas.
Bebe-se bem adoçado.
CEVADA - Hordeum vulgare
Diurética, Tonica e digestiva. Usada em pó é um ótimo
substituto para o café, principalmente para
pessoas nervosas e insones. Para as infecções na
garganta ferver 70gr de cevada em um litro de
água, por 20 minutos. Quando morno, filtrar o liquido,
adoçar com uma colherinha de mel,
misturando bem. Fazer gargarejos durante o dia.
Para inflamações do intestino, colite, ferver em um litro
e meio de água por dez minutos três
punhados de cevada lavada. Filtrar o liquido quando
frio, adoçar com mel e beber em xícaras.
CHICORIA - Chicorium intybus
Deve-se usa-la somente em sucos e saladas. Como a
cenoura, é indicada para problemas oculares.
Atua também na circulação. A ingestão de três copos de
suco de chicória durante o dia, evita muitos
males da circulação. Aqui também podemos usar o pão
de centeio. Um ótimo alimento para
normalizar a circulação é uma salada de chicória com
pão de centeio.
Como diurético, pode ser usada em infusão: em uma
xícara de água fervente colocar 5gr de raiz de
chicória. Coar e beber durante o dia.
CHUCHU - Sechium edule
Indicado para combate a hipertensão. Ingerir o chuchu
como parte importante da refeição e tomar o
chá diariamente, regulariza a pressão alta.
COCO - Cocos nucifera
A água de coco, é reguladora do coração. Contém
vitaminas, sais minerais e potássio. Seus efeitos
são notados na pele e a ingestão diária elimina cálculos
renais e normaliza o funcionamento dos
rins. Combate ainda a icterícia, irritações
gastrintestinais, doenças do peito, inflamações dos
olhos,
vômitos na gravidez, e ainda atua na eliminação de
vermes intestinais.
COENTRO - Coriandrum sativum
Indicado como calmante. O chá de coentro deve ser
feito com toda a planta, folhas, talos e raiz,
depois de bem lavados.
Como estimulante do estômago e fígado verter uma
xícara de água fervente em 5gr de frutos de
coentro secos, filtrar, adoçar e tomar após as refeições.
COUVE - Brassica oleracea
Hortaliça que contem enxofre e acredita-se que cura
até as doenças ocultas. Alem do enxofre
contem iodo, arsênico, magnésio, potássio e cálcio e
vitaminas.
Na Roma Antiga, aconselhava-se que para possuir uma
saúde invejável, a simples ingestão de muita
couve era suficiente.
O suco de couve, adoçado com mel, bebido diariamente
durante três meses, antes do almoço, é
eficaz para combater a gota (ácido úrico), a bronquite e
a má circulação. O mesmo suco, sem ser
adoçado, em aplicações tópicas cura ulcerações,
misturado com água morna é recomendado contra
cólicas de crianças. O consumo da couve ainda depura
o sangue, atua contra a hipertensão e é uma
defesa para o organismo contra o câncer.
Em casos de úlceras varicosas fazer uma compressa:
depois de eliminar a nervura mais grossa de
uma folha de couve, lava-la muito bem em água
corrente e coloca-la em uma solução de acido
bórico (encontrado em farmácias) deixando macerar
por três horas. Aplicar a folha, estendida numa
gaze, sobre a ferida limpa e enfaixar. Renovar a noite e
pela manhã.
Ulceras internas no estômago ou duodeno, podem ser
controladas e até curadas com a ingestão do
suco de couve feito com 200gr dos bordos e dos talos
da couve espremidos. O liquido deverá ser
ingerido em jejum, todos os dias, em pequenos goles.
ERVA-DOCE - Foeniculum vulgare
Contem potássio, sódio e ferro. O chá das sementes é
um regulador intestinal e calmante para o
estômago. Desobstrui os brônquios, oxigenando
melhor os pulmões. Acredita-se que mulheres que
amamentam devem tomar chá de erva-doce para os
efeitos calmantes passarem através do leite para
a criança. Para os idosos, esse mesmo chá normaliza a
circulação do sangue e combate a depressão.
Atua ainda, como estimulante da digestão e do
aparelho urinário. No uso geral o chá de erva-doce é
feito em um litro de água fervente com 10gr de
sementes. Coar, adoçar pouco e tomar de quatro a
cinco xícaras por dia.
ESPINAFRE - Spinacia oleracea
Riquíssimo em vitaminas A, B, C e H, contendo ainda
potássio, sódio, cálcio, magnésio e ferro.
É indicado para pessoas com tendência a hemorragias,
diabéticos, nervosos, portadores de vermes
intestinais e doenças da vista, o espinafre deve ser
comido cru, em saladas ou bebido em forma de
suco.
FIGO - Fícus carica
É um laxativo natural, combate a prisão de ventre e
substitui muito bem os purgativos destinados as
crianças.
Tem efeitos benéficos em casos de bronquite, gripe,
resfriado e tosse, para esses casos, cortar em
pedaços 20gr de figos secos, fervendo em 250gr de
leite por uns quinze minutos. Depois de adoçar
com uma colherada de mel, filtrar o leite e bebe-lo bem
quente.
Contra afecções na boca e garganta, ferver em uma
xícara de leite dois figos frescos, cortados em
pedaços e uma colherinha de mel por quinze minutos.
Depois de filtrado e morno, usar o leite para
gargarejos e bochechos.
GENGIBRE - Zingiber officinalis
Uma raiz com altos poderes medicinais. Combate as
náuseas, provocando o aumento de salivação,
pode ser mastigado para prevenir enjôos em viagens
marítimas. Age muito bem na garganta, sendo
seu chá indicado a todas as pessoas que utilizam
bastante a voz como oradores, cantores, etc.
Combate a flatulência, bastando para isso apenas usa-
lo como tempero nas refeições. Tem também
uma aplicação em casos de reumatismo, problemas
pulmonares e circulação sangüínea, usando-se o
chá.
GOIABA - Psidium guajava
Famosa contra diarréias. A fruta em casos amenos e as
folhas em casos mais extremos. Usa-se o chá
das folhas até cessar o distúrbio. Os frutos são
benéficos em casos de doenças das vias respiratórias,
como tosse e bronquite.
HORTELÃ - Mentha piperita
A hortelã-miuda, é empregada como tempero e age
como calmante quando usada em chá. A
hortelãpimenta,
estimula a pele e os terminais nervosos sensíveis ao
frio. Para aquecer ambientes muito
frios, coloca-se uma bacia com água e folhas de hortelã.
Como digestivo, faz-se uma infusão com 100g de água
quente já adoçada, coloca-se 5g de folhas
frescas ou secas de hortelã, filtrar e beber em seguida
bem devagar.
Para excitação nervosa e insônia colocar uma pitada de
folhas frescas de hortelã em uma xícara de
água quente, filtrar e beber o liquido. (Em casos de
insônia, tomar antes de deitar).
INHAME - Colocasia antiquorum
O inhame cru é um poderoso antianêmico e mesmo
cozido conserva muito de seu poder curativo. É
um grande depurador do sangue, deve ser ingerido
pelas pessoas que sofrem processos
inflamatórios de qualquer espécie e todas aquelas que
precisam beneficiar o sangue.
LARANJA - Citrus aurantium
Esta fruta combate a tendência as hemorragias e a
gripe, febre e inflamações nas veias.
Para combater excitação nervosa, verter uma xícara de
água fervente em 2gr de folhas de laranjeira,
filtrar, adoçar com mel e beber.
Contra febre, colocar uma laranja madura, cortada ,
com a casca e em pedaços, em 30gr de água
fervente adoçada com duas colheradas de açúcar.
Depois de totalmente frio, coar o liquido e beber.
LENTILHA - Ervum lens
Rica em proteínas. Além de ser considerado um
alimento que atrai a prosperidade, é indicada para
as mães no período de amamentação. É também
aconselhado seu consumo para pessoas anêmicas.
LIMÃO - Citrus limonum
Fruta medicinal por excelência. Atende as necessidades
de vitamina C como também atua sobre o
acido úrico, doenças da vesícula biliar, da boca, da
garganta, do estômago, da vista, dos nervos, dos
brônquios, do pulmão. Combate ainda a esterilidade, o
alcoolismo, a inapetência e o mau hálito. Os
usos mais freqüentes são como chá da fruta. Uma
limonada pela manhã, diariamente, previne
doenças. O suco misturado com água morna pode ser
ingerido nos dias mais frios para evitar
problemas com a temperatura. O suco misturado a
água quente usa-se para gargarejos benéficos
para afecções na boca e garganta.
Contra o acido úrico e gota, beber em jejum pela manhã
o suco de três limões diluído em meio
cálice de água pelo menos por dez dias. Interromper o
tratamento por sete dias e depois repeti-lo por
mais dez dias e assim por diante. Esse mesmo
tratamento serve também para os casos de
arteriosclerose e hipertensão.
Com o suco de um limão, se confecciona um amálgama
simples contra os resfriados, basta misturar
o suco com uma clara de ovo e bater com um garfo por
dez minutos e tomar uma colher da mistura
de meia em meia hora.
LOSNA - Artemísia absinthium
É aconselhado o chá nos problemas de fígado e
intestinos, assim como nos casos de urina solta. Em
diarréias pode-se ferve-la em vinho e beber o chá ou
usa-lo em compressas sobre o ventre. Esse
mesmo chá é um excelente colírio.
MAÇÃ - Pyrus malus
Digestiva e exerce um controle sobre a flora intestinal.
Recomendada contra febres e inflamações, e
dietas curtas nos casos de diarréias.
Contra febres, má digestão e prisão de ventre, pode-se
confeccionar a AGUA DE MAÇÃS:
Misturar uma maçã grande, descascada, mondada
(livre de partes inúteis, sementes, cabo e muito
bem lavada) e cortada em fatias bem finas, com 10gr
de folhas de erva cidreira (melissa, a de folhas
não a de capim), suco de meio limão e um pedaço de
canela. Acrescentar duas colheres de mel e
meio litro de água fervente, deixando repousar por dez
minutos. Passar o preparado por uma
peneira, bebendo o liquido no final das refeições. No
caso de febres e inflamações intestinais,
consumir a água no decorrer do dia.
Pode-se ainda confeccionar o VINHO DE MAÇÃS, que é
indicado para distúrbios digestivos e
prisão de ventre:
Colocar uma colher de açúcar e um pedaço de casca de
limão em um cálice e meio de vinho, nele
cozinhando uma maçã mondada e descascada. Passar
tudo pela peneira e beber esse vinho logo após
as refeições.
MELANCIA - Cucúrbita citrullus
Diurética e nutritiva. Indicada para doenças nos rins,
purifica o fígado, combate resfriado e
bronquites. Seu consumo é altamente indicado em
casos de obstrução renal pois seu suco promove a
rápida eliminação do ácido úrico. Em estado natural
auxilia no tratamento de artrite, reumatismo,
acidez gástrica, dispepsia, afecções dos rins e da
bexiga.
MORANGO - Fragaria vesca
Mais rico em vitamina C do que a laranja ou limão,
portanto bastante indicado para prevenção de
gripes e resfriados.
Cozido não tem nenhum valor e cru atua na purificação
do organismo e combate reumatismos. O
consumo de morangos facilita a digestão, estimula as
funções hepáticas e o apetite; combatem a
gota e o reumatismo articular. Uma dieta á base de
morangos traz inúmeros benefícios a quem sofre
de hemorróidas, perturbações circulatórias, afecções
renais.
NABO - Brassica napius
O nabo é indicado para combater a gripe e doenças dos
brônquios. O chá de suas folhas e até da raiz
fortalecem os ossos, agindo também como diurético.
PEPINO - Cucumis sativus
O pepino, para não se tornar indigesto, não deve ser
descascado. A casca é que facilita a digestão. A
ingestão diária fortifica as unhas e o cabelo, atuando
como adstringente para a pele. Neutraliza a
acidez estomacal, tonifica o fígado e os rins.
PERA - Pyrus communis
Um fruto leve, pode ser ingerido sem restrições. Sua
atuação é marcante nos rins por ser um
diurético excelente.
Seu consumo é indicado para pessoas portadoras dos
inchaços edematosos característicos dos
doentes do aparelho circulatório e dos rins, elimina
esses inchaços. Cruas ou cozidas,e algumas
vezes combinadas com pão integral e iogurte, são
indicadas nos regimes contra obesidade.
PIMENTÃO - Capsicum annuum
Um alimento que não produz calorias. O consumo é
indicado para fortalecimento da pele, das unhas
e do cabelo. Sua ingestão também é benéfica para a
desinfecção da mucosa bucal e gástrica,
destruindo os germes intestinais sem prejudicar a flora
bacteriana normal.
QUIABO - Hibiscus esculentus
Favorece os órgãos digestivos, intestinais, renais e
urinários. Usado como auxiliar no tratamento da
bronquite e fortalece os ossos pelo seu conteúdo de
cálcio.
RABANETE - Raphanus sativus
Estimula a digestão, purifica o sangue, tonifica os
nervos, atuando principalmente sobre o aparelho
renal.
REPOLHO - Brassica oleracea capitata
Indicado para pessoas enfraquecidas, anêmicas,
portadoras de câncer ou tuberculose. O seu teor de
ferro, reconstitui o sangue e sendo um ótimo
queimador de gorduras é aconselhado para dietas de
emagrecimento.
SABUGUEIRO - Sambucus nigra
O chá, bebido como água é eficaz nos casos de sarampo.
Para o diabetes é indicado um tratamento
de no mínimo três meses, onde se toma diariamente o
chá das folhas.
Como depurativo e contra intoxicações do fígado,
ferver sete gramas de folhas frescas de
sabugueiro trituradas em meio litro de água durante
dez minutos, beber meia xícara do liquido
filtrado e adoçado com mel, pela manhã em jejum.
SALSA - Petroselinun sativum
Combate gases intestinais, estimula o apetite, facilita a
digestão e limpa os brônquios. Um chá de
folhas de salsa é um poderoso diurético, aconselhado
em casos de gota.
A salsa atua também como auxiliar na cura de afecções
hepáticas e hipertensão.
A infusão da salsa é feita deixando por dez minutos
30gr de sementes de salsa (novamente não usar
as destinadas a plantio, e sim as retiradas da planta)
em 200g de água fervente, filtrar o liquido,
bebendo metade em seguida; o restante três horas
depois.
UVA - Vitis vinifera
As folhas da parreira são indicadas para se fazer chás
que refrescam os intestinos, relaxam os
nervos e tonificam o coração.
Este é um pequeno apanhado dos alimentos que
podemos fazer uso diário, que não só nos nutrem,
mas bem combinados nos trazem saúde. A arte de
cozinhar é uma alquimia com a qual podemos
transformar doenças em saúde. Aproveitando ao
máximo os poderes da Natureza que a Deusa criou,
mesmo porque ao cozinhar estamos atuando com os
quatro elementos, água, terra, fogo e ar, e
sabemos que esses poderes transformam qualquer
coisa.
**********INDICAÇÕES
1. ABACATE - amor
2. AÇAFRÃO – Purificação, saúde, felicidade
3. ACÁCIA – proteção, contra pesadelos e proteção do
sono
4. AGRIMÔNIA – dissolução de influências negativas e
proteção
5. AIPO - poderes mentais e psíquicos
6. ALECRIM - limpeza e concentração, calmante,
adivinhação, estudos, cura, proteção, purificação
7. ALFAFA – prosperidade, dinheiro, felicidade
8. ALFAZEMA – calmante, estudos, purificação
9. ALHO – saúde, proteção
10. ALMÍSCAR - afrodisíaco, amor ;Planeta: Vênus
11. AMÊNDOAS – dinheiro, prosperidade, sabedoria
12. AMORA – saúde, dinheiro, proteção
13. ANETO - sorte
14. ANGÉLICA – proteção, purificação, saúde,
clarividência
15. ANIS ESTRELADO – adivinhação, purificação, sorte
16. ARNICA – clarividência
17. ARROZ - fertilidade
18. ARRUDA - proteção, limpeza, cura; purificação
19. ARTEMÍSIA - adivinhação, alteração da consciência,
20. ASSA-FÉTIDA – exorcismo, proteção
21. BABOSA – proteção, sorte e amor
22. BAMBU – realização de desejos
23. BARBATIMÃO – espiritualidade, purificação
24. BARDANA – saúde, proteção
25. BAUNILHA – amor, sedução
26. BETERRABA - amor
27. BENJOIM – negócios, exorcismo; Planeta: Vênus
28. BOCA DE LEÃO - proteção
29. BRIÔNIA – dinheiro
30. CALÊNDULA – proteção, solução de problemas,
31. CAMÉLIA – prosperidade, riqueza
32. CAMOMILA – dinheiro, amor, purificação
33. CANELA - negócios, bens materiais, amor, limpeza,
energizar; sucesso, amor, proteção
34. CÂNFORA - desenvolvimento psíquico;
clarividência, saúde
35. CARDAMOMO – sedução, amor
36. CARDO SANTO - cura
37. CARVALHO – fertilidade
38. CASCARA SAGRADA – problemas com a justiça,
dinheiro e proteção
39. CAVALINHA – fertilidade
40. CEBOLA – proteção, saúde, dinheiro
41. CIPRESTE – longevidade, saúde
42. CRAVO – negócios, forças, energizar, amor, limpeza
43. DAMASCO – feitiços de amor
44. ERVA CIDREIRA – sucesso, amor
45. ERVA DOCE - proteção
46. EUCALIPTO - limpeza, atrair encantos, energizar,
cura, saúde, proteção
47. FIGUEIRA – clarividência, fertilidade
48. FLOR DE MAÇÃ – calmante
49. FREIXO - adivinhação, cura, proteção, prosperidade
50. GENGIBRE – dinheiro e sucesso
51. GERGELIM – dinheiro
52. GINSENG – amor, realização de desejos, beleza,
saúde, proteção e poder
53. GIRASSOL – fertilidade
54. HERA – (planta não eficaz para os homens)
proteção, amor, saúde
55. HORTELÃ - cura
56. JASMIM - melhorar humor, amor; calmante, cura
57. LARANJA – amor, dinheiro
58. LAVANDA – cura, amor
59. LIMÃO - amor
60. LÓTUS - amor
61. LOURO – negócios, adivinhação, proteção, força,
saúde
62. MAÇÃ – amor, atrair encantos, cura, imortalidade
63. MANJERICÃO – amor, purificação espiritual,
proteção
64. MANDRÁGORA - fertilidade
65. MADRESSILVA – dinheiro
66. MARACUJÁ – paz, amizade
67. MIL FOLHAS – exorcismo, amor
68. MIRRA - boa sorte, espiritualidade, meditação,
cura; proteção
69. MORANGO – amor, sorte
70. NARCISO – cura, sorte, fertilidade
71. NOZ MOSCADA – adivinhação, fertilidade
72. OLÍBANO – cura, purificação (resina chave)
73. OLIVEIRA – paz, fertilidade proteção
74. PATCHULI - clarividência; Planeta: Vênus
75. PINHO – atrair encantos, fertilidade
76. ROMÃ - fertilidade
77. ROSA - amor, espiritualidade, adivinhação,
fertilidade
78. SABUGUEIRO - purificação
79. SÁLVIA – cura, feitiços, longevidade, sabedoria,
realização de desejos
80. SÂNDALO - amor, adivinhação, purificação
81. SANGUE DE DRAGÃO - purificação
82. TRIGO – fartura, dinheiro, fertilidade,
83. URTIGA – exorcismo, proteção, saúde
84. UVA – fertilidade, dinheiro, fartura
85. VETIVER - comando; Planeta: Vênus
86. VERBENA – meditação, amor
87. VISGO – Proteção
88. VIOLETA - afrodisíaco, meditação, espiritualidade
CORRESPONDÊNCIA COM SIGNOS E DEUSES
ERVAS DOS SIGNOS
1) Áries: Almiscar, Sândalo, Ópium.
2) Touro: Pinho, Eucalipto, Cravo, Canela.
3) Gêmeos: Rosa, Alecrim, Jasmim.
4) Câncer: Maçã, Alfazema, Violeta.
5) Leão: Patchouli, Almíscar, Sândalo, Ópium.
6) Virgem: Rosa, Alfazema, Benjoim.
7) Libra: Maçã, Rosa, Cedro.
8) Escorpião: Almíscar, Ópium, Eucalipto.
9) Sagitário: Cravo, Canela, Rosa.
10) Capricórnio: Lótus, Alecrim.
11) Aquário: Violeta, Rosas, Flores do Campo.
12) Peixes: Violeta, Alecrim, Alfazema.
ERVAS PARA...
...MEDITAÇÃO: ênula, zimbro, bálsamo-de-tolu,
ciperácea, sálvia esclaréia, giesta, glicínia,
sândalo, cálamo-aromático, magnólia, mirra.
...A SORTE: canela, jasmim, lótus, jacinto, baunilha,
cumaru, gerânio, noz-moscada, bergamota,
cipreste.
...ATRAIR SUCESSO E PROMOÇÕES: azaléia, cravo-de-
defunto, olíbano, hortelã-pimenta, ervacidreira,
hissopo
...O AMOR: ervilha-de-cheiro, lótus, jacinto, baunilha,
bétula, camélia, coentro, lírio-florentino,
rosa, cumarina, laranja-azeda.
...A CLARIVIDÊNCIA E ESTÍMULO DA MENTE: açafrão,
capim-limão, louro, anis-estrelado,
babosa, aipo, cânfora, ênula, zimbro, anis-estrelado,
estoraque, funcho, madressilva, cacto,
cálamoaromático,
gengibre.
...SONHOS PROFÉTICOS: peônia, mimosa, amarílis,
giesta.
...AFASTAR ENERGIAS NEGATIVAS: cânfora, comigo-
ninguém-pode, guiné, arruda, alecrim,
espada-de-são-jorge.
...MELHORAR AS FINANÇAS: camomila, olíbano,
alfazema, erva-cidreira, cedro, hissopo,
cipreste, abóbora.
...AMIZADES: ervilha-de-cheiro, urze, citronela, erva-
cidreira.
...CONTRA MAGIA NEGRA: alecrim, louro, jasmim,
cenoura, violeta, hortelã-pimenta, verbena,
assa-fétida, gerânio, manjericão, patchouli, hissopo,
noz-moscada, bergamota.
BANHOS DE ERVAS PARA...
...FELICIDADE - MISTURE: manjerona ,Cravo, alecrim,
canela, 1/2 xícara de alcóol de cereais.
...PROTEÇÃO CONTRA PERIGOS - MISTURE: espada-de-
são-jorge, guiné, arruda e hortelã.
...PROTEGER SEU AMOR - MISTURE: rosa branca, erva-
cidreira, palma branca.

NOME DA PLANTA E SUA FUNÇÃO ENERGÉTICA


Alecrim - Ajuda a perdoar mágoas
Alfazema - Aumenta a autoconfiança
Anis-estrelado - Ajuda com os sentimentos e na
liberação de emoções
Arnica - Promove a concentração de pensamentos
Artemísia - Estimula a ação e a manifestação das idéias
Arruda - Limpa a aura das sujeiras astrais
Babosa - Ajuda no desligamento mental
Camomila - Ajuda a cultivar a paciência e a confiança
Cânfora - Promove o desprendimento material
Capuchinha - Promove o sentimento de integridade e
equilíbrio
Carqueja - Limpa o corpo das velhas emoções
Confrei - Estimula o sentimento de segurança pessoal
Dente-de-leão - Traz coragem para enfrentar os
obstáculos
Erva-cidreira - Ajuda na tomada de decisões
importantes da vida
Guiné - Limpa o corpo de energias negativas
Mil-folhas - Purifica o corpo de traumas e sentimentos
negativos
Sabugueiro - Ajuda na tomada de rápidas decisões
Sálvia - Dá ânimo para colocar em movimento todas as
energias do corpo
Tanchagem - Estimula a iniciativa
FRAGRÂNCIAS
Absinto - Amor e Magia
Acácia - Harmonia psíquica e tranqüilidade
Alecrim - Proteção e boa sorte
Alfazema - Acalma,Limpa e clarividência
Almíscar - Romance e amor
Âmbar - Atrai riquezas,energizante, coragem e
autoconfiança
Arruda - limpeza psíquica e física
Bálsamo - Inspiração e relaxamento
Benzoin - Atrai energia positiva e proteção física e
psíquica
Camomila - Calmante, boa sorte, bons sonhos
Canela - Negócios, prosperidade e sucesso
Cânfora - Limpeza da aura, purificação e harmonização
Cedro - Relaxamento e purificação
Cravo - Concentração, limpeza astral e amor
Dama da Noite - Romance e amor
Erva Doce - Atração, prosperidade
Eucalipto - Paz
Flor de Laranjeira - Boa sorte e amor
Gerânio - criatividade e vitalidade
Hortelã - Prosperidade e bons sonhos
Jasmim - Tranquiliza/Relaxa/Amor , união e inspiração
Laranja - Paz
Maçã - vitalidade e boa sorte
Madeiras - Harmonia e Paz , força e sucesso
Mel - boa sorte e prosperidade
Menta - Estudos
Mirra - Elevação mental/ Limpeza , proteção e
purificação
Morango - boa sorte
Nós Moscada - Negócios/ Prosperidade
Ópium - Inspiração e criatividade
Orquídea - Afrodisíaco, harmonia, amor, beleza
Patchouli - Afrodisíaco; anti-depressivo, amor,
clarividência, atração
Pêssego - Boa sorte
Raízes - Harmonia
Rosas Brancas - Harmonia, purificação
Rosas Vermelhas - Paixão, comunhão espiritual
Sândalo - Meditação
Verbena - criatividade, inspiração e bons sonhos
Vetiver - estimulante, sucesso
Violeta - paz, humildade

Você também pode gostar