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Teresa Washington1
tradução Kaká Portilho2
Visão global
No sudoeste da Nigéria os Yorùbá usam vários nomes para louvar as Mães Protetoras
Férteis e Criativas, que povoam a terra protegendo e garantindo o desenvolvimento de
seus filhos: Àwon Ìyá Wa (Nossas Mães); Àwon Àyàmi Òsòròngà (A Grande Mãe
Misteriosa); Yewájobí (A Mãe de todos os Òrìsà e de tudo que é vivo)4; Àgbàláàgbà
(Antiga e Sábia); e, essencialmente, Ayé (a Terra). Quaisquer que sejam as nomeações
dadas por seus “filhos”, as mulheres são sempre reconhecidas como “deusas da
sociedade”, a nível espiritual e terrestre; e “as donas de tudo que existe no mundo"5. As
Mães desfrutam da suserania6 por causa de uma força chamada Àjé.
O conceito de Àjé resiste à definição que lhe foi atribuída na língua inglesa, assim como
muitos conceitos africanos. Diedre Badejo, define Àjé como “a personificação do poder
e a expressão da matriz de potencialidade da qual esse poder emana”. O analista cultural
yorùbá Ayo Opefeyitimi afirma que Àjé dota às mulheres com “requintados poderes
celestial e terrestre” que superam “os dos homens”7. Henry e Margaret Drewal definem
1
WASHINGTON. Teresa N. Our mothers, our powers, our texts: manifestations of Àjé in African
literature. Part 1 - Àjé in Yorubaland. Bloomington, USA: Indiana University Press, 2005, p.13-65.
2
Kaká Portilho, pesquisadora, mestre em Relações Étnicorraciais e doutorando do curso de Antropologia
Social, coordenadora do Centro de Altos estudos e Pesquisas Afropindorâmicas – CEPA/Univerkizazi-
UKAY, mantido pelo Instituto Hoju. Tradução para uso didático.
3
FAYOMI, G. O. citado em Lawal, Gèlèdé Spectacle,1996. p. 127–128.
4
LAWAL, Gèlèdé Spectacle, p. 39.
5
DREWAL, Henry John; DREWAL, Margaret Thompson. Gelede. Bloomington: Indiana University Press,
1983. p. 7–8.
6
Título distintivo, usado na idade média para designar um nobre que dou um bem (normalmente terras)
para outro nobre. O que o torna um suserano e ao que recebeu a doação, torna-se vassalo. O sucerano exerce
direito ou poder de ordenação, decisão e atuação e passa a ser obedecido pelo vassalo.
7
OPFEYITIMI, Ayo. “‘Women of the Word’in Yoruba Culture”, artigo não publicado em 1993, 1.
Àjé como mulheres detentoras do "segredo da própria vida"8. Uma força “Always-
already”9 – que sempre existiu e está sempre preparada para ação –, Àjé é retratada nas
mitistórias10 Yorùbá e no Odù Ifá (versos divinatórios do sistema espiritual Ifá - O
Caminho do Conhecimento Yorùbá) como uma força biológica, física e espiritual de
criatividade, aplicação social e política.
Um poder extremamente influente, que tende ao paradoxo e à multiplicidade. Àjé é
holística e neutra e pode ser usada de inúmeras maneiras, dependendo da entidade que
detém o poder e das circunstâncias e motivações que determinam as ações. Além de ser
uma força cósmica originada das Grandes Deidades Mães, Àjé é uma propriedade que
ocorre naturalmente em determinados seres humanos. As mulheres de Àjé têm muitos
atributos e papéis na sociedade. Elas são agraciadas com a visão espiritual, autoridade
divina, poder da palavra e àse, o poder de trazer desejos e ideias a existência.
Como "filhas" de Imolè, a Mãe da Terra, elas controlam a fertilidade agrícola e a vida
vegetal. A cura holística é um aspecto importante de Àjé, e os seus portadores usam seu
incomparável conhecimento e propriedade sobre flora e fauna para gerar alimentos,
elixires de cura e venenos. Àjé também promove a comunicação espiritual através da
adivinhação e do Òrò, o poder da palavra. É importante saber que Àwon Ìyá Wa são
professoras cujos dons, ensinamentos, julgamentos e punições obrigam suas comunidades
a buscar níveis mais elevados de evolução espiritual, redirecionando o destino, caminhos
ou poderes equivocados.
Parte de seu trabalho educacional, social e evolutivo envolve a administração da
justiça. Àjé são temidas por seus "passeios" astrais, que são largamente empreendidos
8
DREWAL and DREWAL, 1983. p. 7.
9
Optei por manter a expressão original "Always-already" por entender que o seu significado filosófico,
numa tradução para a língua portuguesa, poderia se perder. Traduzida literalmente da frase alemã schon
immer que aparece com destaque em várias obras filosóficas do século XX, nomeadamente Heidegger em
Ser e Tempo. A frase não é específica da filosofia alemã, mas se refere a uma ação ou condição contínua,
sem qualquer começo identificável. Heidegger usava a frase rotineiramente para indicar que o Dasein, a
experiência humana da existência, não tem início isolado do mundo em que se existe, mas é produzida nele
e por ele. Com a influência de Heidegger, os filósofos franceses e mais tarde ingleses adotaram a tradução
literal da frase. As origens dessa expressão encontram-se nas obras de Jacques Derrida, um pós-
estruturalista francês, indicando um processo que está em movimento, como a desconstrução, esperando
para ser revelado ou percebido. Na tradição marxista, Louis Althusser observou que "os indivíduos são
sempre já sujeitos" dentro de uma estrutura ideológica, antes mesmo de se perceberem como tal - na
verdade, mesmo antes do nascimento.
10
“Mythistories” é uma construção composta por “mito” e “história”. Frequentemente, ao lidar com a
literatura oral, é difícil e desnecessário distinguir entre um fenômeno histórico e um relato explicativo,
proverbial ou ficcional. Além disso, a ambiguidade posicional dos termos, enfatiza a relatividade de suas
definições, que está diretamente atrelada a ideologia que os define. O que em uma cultura é história, na
outra poderá ser nomeado como mito, e assim sucessivamente.
para punir transgressores das leis cósmicas e terrestres. A seguir estão as possíveis
retaliações por ofensas cometidas contra a Deidade Terra:
Além de mortes inexplicáveis, uma vítima do sexo feminino pode ter seu sangue menstrual
interrompido ou gotejando por anos; seu feto pode ser abortado e aparecer pendurado em cima de
uma árvore de iroko... [Uns] homens podem perder a ereção do pênis; ou podem ficar sem
espermatozoides ativos; pode haver erupções de doenças misteriosas, etc11.
Mulheres física e espiritualmente poderosas, usando suas formas astrais para matar
criminosos, deliberar sobre questões comunitárias e políticas, pode parecer extremamente
angustiante. Mas, é importante notar que Odùduwà, que é considerado (em muitos
círculos), o progenitor dos povos Yorùbá12 é o Òrìsà tutelar e a personificação de Àjé. E
Àjé é um dos componentes originais que ela usou para criar a terra. Não apenas as “filhas”
de Odùduwà, Àwon Ìyá Wa, agem sob seus auspícios, elas também usam seu poder com
discrição e de acordo com as regras estabelecidas, as quais nenhuma violação é permitida.
Além de regras envolvendo o consenso do grupo para as punições astrais, Àjé e seres
humanos, em geral, seguem estas simples, mas, importantes leis terrestres:
1. Não mexa com fitoterapia (não use ervas sem um profundo conhecimento de sua natureza e
uso, e a aprovação cósmica).
2. Não exiba riqueza.
3. Compartilhe tudo.13
O espiritualista yorùbá Samuel M. Opeola afirma que “Àjé equilibra o tecido social”, são
“contra os sistemas de classe” e a “exploração”. Ele acredita que a tolerância de Àjé
contribui para uma sociedade saudável e expansiva. A tolerância a que Opeola se refere
é um aspecto de ìwà-pèlé, caráter soberbamente composto. Em contraste com as
11
IBITOKUN, Benedict M. Dance as Ritual Drama. Ile-Ife: Obafemi Awolowo University Press, 1993.p.
37.
12
A controvérsia a respeito do gênero de Odùduwà foi discutida por vários estudiosos. Por limites deste
estudo, não poderei fazer elaborações mais aprofundadas sobre o assunto, mas, objetivamente, existem duas
escolas de pensamento sobre o gênero de Odùduwà. Como fundadoras da Nação Yoruba, as tradições Ekiti,
Ado, Igbo-ora e Ketu, afirmam que Odùduwà é mulher, enquanto algumas tradições como Ife afirmam que
Odùduwà é homem. No entanto, no que diz respeito às tradições espirituais, a maioria das histórias afirmam
que Odùduwà é mulher, a criadora da terra, o mesmo com Odù que é o oráculo, a Ìyánlá ou a Grande Mãe
que é reverenciada durante o festival Gèlèdé, e a dona de Àjé. Lucas credita indiretamente as afirmações de
que Odùduwà é um homem, ao que chamo de mudança patriarcal, argumentando que essas afirmações “são
originadas tardiamente”. Ver também WASHINTON, Teresa N. Àjé in African Literature.
Ph.D.diss.,Obafemi Awolowo University, Ile Ife, 2000, capítulo 1; IDOWU, E. Bolaji. Olódùmarè. (1962;
reimpressão, New York: Wazobia, 1994), p. 24-25; ADEPEGBA, Cornelius. “The Descent from
Odùduwà”, African Historical Studies 19, no.1(1968): 81; LUCAS, J. Olumide. The Religion of the
Yorubas. Lagos: CMS, 1948. p, 93; e LAWAL. p. 24, 71, 287.
13
OPEOLA, Samuel M. Entrevista com o autor. Obafemi Awolowo University, 1997-1998, e Opeola. The
Ethical Influence of Yoruba Civilization. Napatian Society 1. Setembro, 1993. p.15
"bruxas", que são descritas como temperamentais, cruéis e que se ofendem com rapidez,
Àwon Ìyá Wa são tipicamente frias, pacientes, controladas, e não inclinadas a explosões
emocionais.
Essas sacerdotisas, mulheres idosas, não são consideradas nem antissociais e nem a
personificação do mal. Ao contrário, elas vêm de importantes segmentos da população de
qualquer cidade, e tendem a receber muito afeto e respeito. Por causa de seu poder especial, elas
têm maior acesso às deidades Yorùbá. Elas ocupam uma posição subordinada às divindades
supremas, Olódumarè, e Orúnmìlà, deus do sistema divinatório de Ifá, e igual ou superior à dos
deuses14.
14
DREWAL & DREWAL, 1983. p. 74.
15
DREWAL & DREWAL, 1983. p. 74.
16
LAWAL, Gèlèdé Spectacle, p. 34.
17
OPEOLA, Samuel M. Entrevista com o autor. Obafemi Awolowo University, 1997-1998; e IBITIKUN.
Danse as Ritual Drama. p.36.
Henry e Margaret Drewal acham que,
qualquer mulher idosa – sua longevidade implica conhecimento e poderes secretos –, pode ser
considerada uma Àjé, como todos que detêm títulos importantes em cultos aos deuses e
ancestrais. A sensação é que, para cumprir adequadamente seu papel, ela deve possuir poder18.
O poder da palavra
Òrìsà Odùduwà, ou Odù, que é louvada como Yewájobí, a Mãe de Todos os Òrìsà e Todas
as Coisas Vivas22, é uma importante fonte do poder de longo alcance do Àjé. Modupe
18
DREWAL & DREWAL. Gelede.p.74.
19
DREWAL & DREWAL. Gelede.p.75.
20
Muitos afirmam que a palavra “Àjé” nunca é pronunciada, mas isto não é verdade. Os guardiões da
sabedoria com quem trabalhei, usavam a palavra com frequência, possivelmente devido a propriedade da
força.
21
QUOTED em DREWAL & DREWAL, Gelede. p.7.
22
LAWAL, Gèlèdé Spectacle, p. 39.
Oduyoye argumenta que a influência de Odùduwà é histórica, espiritual, material,
individual e comunitária e se origina com o útero e o poder da palavra:
Quando... os yorùbá dizem que todo o povo yorùbá é omo Odùduwà, “filhos”
de Odùduwà, alguns interpretam isso politicamente, significando que Odùduwà foi o
primeiro Oba [Rei] de Ilé Ifé... e que os outros oba yorùbá eram seus filhos. Mas, há uma
interpretação cosmológica que [descreve] esse "pai" de todo o povo yorùbá como uma deusa; e
como toda vida surge, em última análise, da terra, Odùduwà é considerada uma deusa da
terra. Como uma deusa não pode gerar filhos sem um deus, ela é parceria de Obàtálá! Da
comparação entre o primeiro Oòni de Ifé ser interpretado politicamente como ancestral, assim
como a terra é naturalmente ancestral, nós [chegamos na crença] de que o primeiro Oòni de Ifé é
uma deusa da terra. Odùduwà, como já dissemos, é Odù-ó dá ùwà, “Expressão Oracular Criadora
da Existência”23
.
Odùduwà usou a si mesma, sua “expressão oracular”, para criar a existência;
consequentemente, a Àjé de Odùduwà tem, em algum nível, influenciado e faz parte de
todas as entidades vivas - seres humanos, flora e fauna. Na verdade, Òrò (o poder da
palavra), que se manifesta de várias maneiras, incluindo Ofò Àse (o poder da oração
efetiva), Àyàjo (poder dos encantamentos) e Aásàn (o poder de amaldiçoar e
enlouquecer)24 são inextrincavelmente ligados a Àjé. Em Ìwà-Pèlé: Ifá Quest, Awo
Fatunmbi elucida a conexão entre Àjé e Òrò. Ele faz uma importante distinção entre a
forma de aquisição de poder espiritual, masculina e feminina, validando ainda mais as
minhas afirmações sobre a construção falogocêntrica da “bruxaria africana”:
O poder da própria palavra vem de um espírito elementar conhecido como Àjé. Os antropólogos
geralmente traduzem Àjé como "bruxa", e esta interpretação causou sérios equívocos em relação
a fundamentação histórico-teológica de Ifá. Tanto Àjé como Òrò são encontrados na
árvore Ìrókò. Òrò é a manifestação do poder da palavra e Àjé é a força que dá ao poder da palavra
a intensidade [ação] necessária para realizar mudanças. Essa é a polaridade entre Àjé e Òrò, que
torna possível a efetividade da oração. A capacidade de orar com eficácia é chamada Ofò
Asé. As Escrituras de Ifá sugerem que as mulheres têm Ofò Asè em consequência da
menstruação. Os homens recebem Ofò Asè como consequência de iniciação. Por ser o poder da
palavra um direito de nascença natural das mulheres, este poder tem sido erroneamente associado
à “bruxaria” por aqueles que tentaram dar uma conotação negativa aos nossos mitos25.
O poder que Odù e Àjé exercem é complexo, elementar e profundo. Além disso, não me
refiro apenas ao ato biológico de dar à luz, mas a todo o conceito de criação e os mistérios
que o cercam, como por exemplo, a sustentação e o desenvolvimento da criação. O que
significa que Òrò é propriedade de Àjé Odù. Para garantir a criação e evolução humana
23
ODUYOYE, Modupe. “The Spider, the Chameleon, and the Creation of Earth”, in Traditional Religion
in West Africa, edited by E. E. Adegbola (Acrrea: Asempa, 1983), p. 38. Ver também IDOWU, Olódùmarè.
p. 25.
24
OPEOLA, entrevista pessoal, Obafemi Owolowo University, Nigéria, 1997.
25
FATUMBI. Ìwà-Pèlé. P. 38-39. A ortografia segue a forma original.
contínua, Odù compartilhou seus poderes com os Òrìsà e as Àwon Ìyá Wa26. Usando o
poder oracular das Mães, os seres humanos criam dramas rituais, provérbios, textos
divinatórios, rituais de cura e outras formas de expressão artística e espiritual, incluindo
a literatura contemporânea, música e artes visuais; que honram o princípio fundamental
da Mãe: criar, sustentar, aprovar e estruturar a sociedade. Consequentemente, a oratura27
e literatura sobre Àjé nos ajudam a compreender sua natureza elusiva, além de revisarem
e recodificarem constantemente suas múltiplas formas, e mudanças culturais, artísticas e
políticas, incluindo Odùduwà.
26
Exemplos de mulheres detentoras de Àjé que utilizam Òrò, podem ser encontrados na discussão de
Benedict M. Ibitokun Ìyá Bòkólo of Ketu in Benin Republic e em Awolalu na discussão sobre Ayélála de
Ekiti. Ambas as mulheres duvidaram do uso da expressão divina. Ver IBITOKUN, Dance as Ritual Drama,
39n1; e AWOLALU, Yoruba Bieliefs and Sacrificial Rites (Esses: Logman, 1979). p.41.
27
O termo oratura se refere ao conceito de literatura oral, ou oralidade, sugerindo o vasto campo literário
materializado a partir das memórias guardadas pelos guardiões dos saberes ancestrais entre os povos
africanos e os povos originários que organizam o mundo ecossistemicamente.
28
Ítàn (história) e Oríkì (louvor) são duas formas de oratura separadas e distintas, mas também são ao
mesmo tempo, inseparáveis, pois ao recitar um texto (Ítàn), entoa-se automaticamente os louvores (oríkì).
Eu construo essas palavras na tentativa de descrever a natureza holística da declaração de Igbinola como
uma “canção de louvor histórica”. Cito neste texto, trechos da histórica tradução em inglês do Ítàn-Oríkì
Ìyàmi Òsòròngà. O texto completo em Yoruba está incluído no apêndice.
29
Chefe Igbinola é uma Awo Oodùa (adivinha pelo caminho de Oodùa); uma onísègun (físico tradicional),
e a Iyalaje de Ife (Mãe da Prosperidade de Ife).
através do tempo e do espaço. Yai descreve três dimensões primárias de totalidade
incorporativa, ativas em pa ìtàn: (1) a dimensão cronológica; (2) a dimensão geográfica,
que inclui locais de origem, migração e expansão natural; (3) e “as dimensões discursiva
e reflexiva” do ìtàn30. As elucidações de Yai sobre as complexidades da oratura Yoruba
são profundamente importantes. No entanto, na revelação dos processos, das figuras e
características, "itàn e “oríkì" de Àjé, acrescentam ainda mais complexidade à sua
compreensão, pelo fato de incluir e ao mesmo tempo extrapolar os conceitos de tempo,
espaço e gêneros de textos, em torno dos quais a existência humana, pa ìtàn e a literatura
analisada, nos versos de Àjé aparecem como enigmas conceituais a serem desvendados:
pa ìtàn (decifrar, decodificar), assim como em pa àló (lit., “contar um enigma” ou
“codificar").
30
YAI, Olabiyi Babalola. “In Praise of Metonymy”, Research in African Literatures 24, no. 4 (Winter,
1993.p.31-31.