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. não morreu...
A Makumba não morreu
Terreiro Livre - Laylah El Ishtar - 2021
Capa - Bendito Benedito
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Terreiro Livre
Escola de Saberes Ancestrais
• Essência/Origem
Todo conteúdo é produzido através de pesquisa para ter uma base
epistemológica na valorização e preservação da origem, da
essência. Essa pesquisa mescla-se com longos anos de vivência em
terreiro, esse cruzo forma uma escrevivência.
• Ética/Respeito
Essa escrevivência não nega e respeita a história, mas não fecha os
olhos para o dinamismo da tradição e religiões que acompanha as
transformações sociais no mundo contemporâneo.
• Mecanismo/Modo
Levando em consideração que mesmo em regiões de África, onde
ainda existem as religiões tradicionais, existe diversidade de cultos
e que em diáspora não é diferente, principalmente no Brasil que
tem uma extensão geográfica continental. Respeitamos
o modo como cada casa ou grupo conduz seus rituais, acreditamos
na coexistência intra-religiosa de forma saudável… Sempre
reafirmando o primeiro princípio da escola…
Umbanda livre!
Reginaldo Prandi
A Makumba não morreu
Rio de Janeiro, final do século 19, início do século 20, entre
feiticeiros, negros libertos e imigrantes pobres tentando a
inserção social, articulações e negociações por coexistência e
sobrevivência, a estruturação do samba.
Essa massividade bantu teve uma forte influência em nossa cultura, em nossa
língua, comida e, claro, na religiosidade.
Fato é que a Makumba existiu como movimento religioso, precede o que hoje
nos habituamos a chamar de Umbanda e houve negociações na transição de
uso dessas palavras e mesmo de ritos e organização religiosas. Para Roger
Bastide e outros pesquisadores, a Makumba seria um distanciamento dos
ritos tradicionais do Candomblé e desorganização em relação aos cultos de
origem africanos ocidentais. O Candomblé Nagô era a régua para medir essa
organização, mas o que de fato caracteriza organização?
Aliás, existem signos fortes de origem bantu que inclusive fazem parte da
nomenclatura usada nos rituais, Embanda (sacerdote ou culto do Cabula e
Makumba) virou Umbanda, engira virou gira, camba/cambone, calunga, tata,
cangira, curiá, congá, camutuê são palavras bantu usadas na Cabula, na
Makumba e que até hoje são usadas na Umbanda.
Dra. Alessandra
Com um histórico espiritualista Mota
familiar, desde sempre esteve conectada
aos rituais afro-religiosos.