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Nasceu em Salvador no dia 2 de maio de 1925, foi criada com mais cinco
irmãos, todos filhos de Esmeraldo Antigno e Thomázia de Azevedo Santos. Sua avó
materna, Theodora Cruz Fernandes, era filha de uma mulher africana de origem egbá,
que foi trazida para o Brasil e escravizada. Suas tias já faziam parte do Candomblé e
foram sua principal influência religiosa, nos tempos de mãe Aninha, avó de santo de
Stella, suas tias estavam preocupadas com o comportamento de Stella e sob
recomendação do Oluô pai Cosme de Oxum, que afirmou que ela deveria ser iniciada.
Após levarem Mãe Stella ao terreiro de Gantois, conduziram-se ao Ilê Axé Opó Afonjá,
então mãe aninha entrou a menina sobre os cuidados de Mãe senhora, Maria Bibiana,
que foi a responsável pela iniciação da menina.
E assim como dito por Dona Menininha, Mãe Stella lutou pela afirmação e
defesa da cultura e do povo negro no Brasil, recebeu diversos prêmios, como os títulos
de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia, em 2005, também nesse
mesmo ano foi uma das 54 mulheres brasileiras indicadas para o Nobel da Paz, e da
Universidade do Estado da Bahia, em 2009 e em 2013 foi eleita por unanimidade para
ocupar uma cadeira na Academia de Letras da Bahia. Ao completar setenta anos de
sua iniciação recebeu a comenda Maria Quitéria da prefeitura de Salvador, com a
ordem do cavaleiro do governo da Bahia e com a ordem do Mérito Cultural do
ministério da Cultura.
Desde jovem, Mãe Stella sempre cultivou o apresso pela leitura, praticante de
um filosofar cotidiano trazia em seus artigos reflexões importantes e conselhos
inspiradores, sempre reivindicando o respeito ao Candomblé não deferia críticas a
nenhum credo. Sua batalha, para desfazer o sincretismo e desvincular o Candomblé
do catolicismo, iniciou logo após ter tomado o posto de ialorixá do Opô Afonjá, junto a
outras ialorixás e babalaôs deu início a uma campanha para deixar claro a diferença
entre os santos da igreja católica e os orixás do candomblé.
Indicação:
A obra “A ialorixá e o pajé” traz um conjunto de relatos reais, da própria Mãe Stella,
das conversas e trocas de experiências em um encontro com um pajé.
O livro foi escrito com ilustrações de Enéas guerra, em que Mãe Stella é ainda uma
jovem enfermeira e tem uma conversa com um pajé sobre plantas medicinais e rituais,
retratando as experiências vivenciadas por ela através da cultura afro- brasileira e do
pajé tendo nascido em uma cultura diferente, a indígena.
1
Declaração concedida ao portal de notícias brasileiro, do grupo globo, G1.
Referências:
CLAUDIA. Quem foi Mãe Stella de Oxóssi, que morreu aos 93 anos na Bahia.
Disponível em: claudia.abril.com.br/noticias. Acesso em: 8 jul.2020
FARIA, Juliana. Pequena Biografia. Revista Africa e Africanidades. Ano 2. n.5. mai.
2009. Disponível em: africaeafricanidades.com.br/documentos/homenagem- mae-
stella.pdf. Acesso em: 8 jul. 2020
PORTAL GELEDÉS. Hoje na história, 1925 nascia Mãe Stella de Oxóssi. Disponível
em: geledes.org.br. Acesso em: 8 jul. 2020