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O PANO-DA-COSTA

O PANO DA COSTA

Também conhecido como alaká, pano-de-alaká ou pano-de-cuia, o pano-da-costa é de


origem africana e compõe a indumentária da roupa de baiana.
O pano da costa é parte integrante da indumentária de baiana característica das ruas de
Salvador e do Rio de Janeiro no século XIX. Usado sobre os ombros, o pano da costa
teria, como principal função, de acordo com o pesquisador Raul Lody (2003), distinguir o
posicionamento feminino nas comunidades afro-brasileiras. Geralmente retangular, o pano
da costa é tradicionalmente branco ou bicolor (listrado ou em xadrez madras) podendo ser
bordado ou com aplicações em rendas. O nome pode ter derivado de sua origem (a Costa
do Marfim, na África) ou do fato de ele ser usado preferencialmente jogado sobre os
ombros e costas. As fantasias da ala de baianas das escolas de samba frequentemente
exibem panos da costa. Muitas vezes esses elementos são transfigurados para se
adaptarem aos temas da roupa.

No Candomblé
Presença e distintivo do posicionamento feminino nas comunidades religiosas afro-
brasileiras, o pano-da-costa, não é apenas um complemento da indumentária da mulher; é
a marca do sentido religioso nas ações da mulher como iniciada ou dirigente dos terreiros,
aqui no Brasil, claro. Observemos a profunda conotação sócia religiosa desse simples
pedaço de tecido, que atua em tão diversificadas situações, desempenhando papéis dos
mais significativos e necessários para a sobrevivência dos rituais africanos. O pano-da-
costa é assim chamado por ter sido um tipo de tecido vindo da costa dos escravos, Costa
Mina, Costa do Ouro. O tecido original foi substituído por outros tipos de tecidos, o que não
diminui em nada as funções do pano-da-costa.
O pano-da-costa identifica a mulher feita, iniciada, aqui no Brasil, mesmo que ela não
esteja de roupa de santo completa. Mas na realidade, esse pano, protege as costas das
mulheres, e servem de “CARREGA BEBÊ”. Nada mais que isso. Aqui no Brasil acabou
virando indumentária religiosa. O que não é.

A situação do pano-da-costa é de maior importância, se colocarmos a presença da mulher


como símbolo do poder sócio-religioso e arquétipo dos valores mágicos da fertilidade, isso
motivado pelas formas anatômicas características da mulher. O sentido protetor do pano-
da-costa é outro aspecto que merece atenção.
As Yawos, ao terminar o período de feitura começam a travar seus primeiros contatos com
o mundo exterior protegidas pelo pano-da-costa branco, que representa o prolongamento
do Ala de Oxalá, envolvendo praticamente todo o seu corpo no grande pano-da-costa,
procura manter os valores religiosos de sua feitura quando em contato com os valores
profanos encontrados extramuros dos terreiros.
Nos sirruns/axexes, a mesma proteção do pano-da-costa, ateado como capa envolvente
mágica, aparece guardando as mulheres das presenças de egum.

O PANO-DA-COSTA é de uso exclusivo da mulher


nos cultos africanos, porque uma das principais funções do mesmo é proteger os órgãos
reprodutores das mulheres, das Yamis.
Listrado, liso, estampado ou bordado em richelieu ou renda, é por meio dele que a mulher
demonstra sua posição hierárquica na organização sócio-religiosa dos terreiros.
Em Salvador/BA, mais precisamente no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, a tecelagem
tradicional do pano-da-costa está ligada ao uso e ao simbolismo sócio-religioso do tecido
na composição das roupas rituais do candomblé. Nos rituais de sirrum/axexe as mulheres
usam dois panos-da-costa branco: um protegendo seus ventres e outro sobre os ombros
como uma capa que envolve todo o seu colo e seios.
O PANO-DA-COSTA deve ter no mínimo 60 cm de largura para que possa proteger os
órgãos que necessitam de proteção. As famosas mães de santo não usam o pano-da-
costa na cintura nunca
No Rio de Janeiro e outros estados, onde a chamada “evolução” está destruindo e
recriando situações a bel prazer, convencionou-se que o pano-da-costa deve ser usado de
acordo com a idade de santo, isto é, só usa preso acima dos seios aquelas que ainda são
yawos. Está errado, pano-da-costa é para ser usado dessa forma mesmo independente da
idade de feitura, quando muito, pode-se enrolar até abaixo dos seios.
DE ALGUNS ANOS PARA CÁ OS HOMENS ADERIRAM O PANO-DA-COSTA, MAS
NENHUM DELES ATÉ AGORA EXPLICOU O PORQUÊ DE USÁ-LO E NEM PODEM
EXPLICAR, POIS O MESMO É DE USO EXCLUSIVAMENTE FEMININO.
E PIOR AINDA, O USAM NA CINTURA. PARA PROTEGER O QUE?

Observem que as Orisa mulheres (Yiabas) usam o pano-da-costa, os Orisa homens


(Aboròs) usam o pano-da-costa amarrados no ombro lembrando um ALAKA (esse sim
pertence ao homem) ou amarrado para trás, ou simplesmente ficam com o peito nu
adornados pelas contas e brajas.
Em algumas casas encontramos abians usando pano da costa, esse procedimento está
errado. Os abians ainda não tiveram seus pontos de energias abertos durante uma feitura,
portanto as mesmas não necessitam dessa proteção ainda.
No caso das Egbómis, o pano da Costa deve ser colocado na cintura elegantemente ou
sobre o peito, jamais deve ser enrolado ou torcido, feito uma faixa ou Ojá, na cintura. Uma
iniciada deve saber usar o pano da Costa, pois este é uma peça do vestuário muito
importante. Outro fato relevante é quanto à estampa e cor do tecido. São adequadas as
estampas em listras e quadros que lembram as formas presentes na indumentária
nigeriana. Quando feitos de tecido liso, devem ser de cores claras: branca, bege, rosa ou
azul claro. Nunca devem ser de cores quentes, berrantes, de seda ou estampados vivos, o
que causaria “risos” entre as iniciadas mais antigas. Pano da Costa na cintura ou no peito
é demonstração de trabalho, assim usados no barracão, quando em função religiosa. Caso
contrário, no dia-a-dia do terreiro pode ser “jogado” sobre o ombro direito e se mantém
esticado ao longo do tronco. Não se “dança” sem esta peça da indumentária.
Mesmo fora do trabalho, para visita ou passeio o seu uso é indispensável. Em casas
tradicionais, quando uma iniciada chega sem o pano da Costa é comum a proprietária do
terreiro emprestar um à visitante, que, em sinal de educação ou respeito, coloca-o sobre o
ombro direito ou, se entrar na roda, usa-o de maneira adequada à sua posição dentro da
hierarquia do Candomblé; O pano da Costa é a peça de maior significado histórico dentro
do vestuário africano, em conjunto com o torso. O uso de saia, Camisu ou bata e pano da
Costa são indispensáveis dentro do Axé… A maneira de amarrar, colocar ou “enrolar” o
pano varia de acordo com a situação, o ritual desenvolvido ou a posição hierárquica;

Iyáwô não usa o pano na cintura, mas sim enrolado no peito.

O OJÁ – PANO DO SANTO

É um aparato usado nos rituais, que serve como mais uma


ferramenta de proteção e cumplicidade vibratória junto ao
nosso Orixá, por isso usa-se na cor do Santo.

Para Orixá Masculinos, usa-se amarrado no ombro e para Orixás


Femininos, usa-se nas Iaôs mulheres usa-se amarrada sobre os
seios.

No caso do Iaô masculino com Orixá Feminino, usa-se também


amarrado no ombro.

PANO DE CABEÇA
Usa-se Pano de Cabeça para cobrir o Ori, ( Centro na Cabeça),
por onde a energia do Orixá entra e concentra-se.

É a parte mais importante a ser protegida e resguardada. após


realizar-se as ABRIGAÇÕES e comparecer a uma Gira ou a
qualquer trabalho vibratório. Tem também um Conceito de
Respeito maior ao Orixá.

Cobrir o Ori é um conceito usado em muitas religiões, porém


assumido de forma diferente como no judaísmo o kipá, o véu
das mulheres usado pelas freiras da Igreja Católica e o Ori
raspado pelos Monges Franciscanos, pelos Bispos, Cardeais, e até
o véu da noiva quando se casa, que representa a proteção da
pureza, da virgindade.

Na Camarinha, porém, os Iaôs são liberados do pano de cabeça


justamente pela ligação plena, a entrega e a troca vibratória de
energia entre ele e seu Orixá.

Só se cobre a cabeça quando é feita a Saída de Santo, que


representa o fim do recolhimento e a exposição ao tempo,
pois, mesmo o Iaô sendo liberado do Resguardo, o Igbá de seu
Orixá, continua em vibração pelo Iaô que permanecerá de
contra egun 7 dias dentro de nosso ritual, mesmo sendo
liberado do recolhimento pois necessita prosseguir no ritmo da
vida que se estabelece, hoje em dia.

Só depois haverá a liberação total ao Iaô e do Orixá ao Tempo.

VESTIMENTAS FEMININAS
GÈLÈ

Nós sabemos que o Candomblé é um culto matriarcal, ou seja, as mulheres escravas


mantiveram os costumes religiosos africanos, dada as maiores facilidades que tinham
para esses afazeres em relação aos escravos homens, pois estes labutavam na
lavoura. Esse fato não pode justificar que, nos dias atuais, alguns "enganos" ainda
sejam cometidos e mantidos. Hoje o Homem é mais ilustrado e encontra ricas fontes
onde buscar informações. Se continuam errando é porque são preguiçosos e não
desejam evoluir em seus conhecimentos. Mudar, naquilo que se julga importante
mudar, é sinônimo de Evolução!

O fato de o Candomblé ter sido, no passado, mantido pelas mulheres, não obriga
aos homens usarem trajes femininos.

O que causa larga estranheza irônica para quem chega dos Territórios Africanos e vê

esse tipo de costume brasileiro.

O GÈLÈ / TURBANTE É "ACESSÓRIO DA VESTIMENTA FEMININA" para a cabeça,


que aqui ficou conhecido como torso ou oja. HOMEM "NÃO USA" GÈLÈ !
Homem usa, na cabeça, FÌLÀ, ÀKETÈ /tipos de chapéu , ou ainda ELÉTÍAJÁ, FÌLÀ
ÒFÌ ou ASO ÒKÈ.

Eu acho essa troca desagradável, de homem usar gèlè (torso, ojá), pois causa um
aspecto transformista travestido aos homens.

Amarrando um Gèlé
Amarrar um Gèlé é uma forma de arte que requer prática, paciência e muitas vezes um
braço bem tonificado, mas uma vez amarrado, um Gèlé pode fazer qualquer mulher
aparentar um certa realeza, um ar de supremacia estética. É uma bela coroa de glória e
honra, e hoje eles vêm em cores surpreendentes, padrões e desenhos. Para eventos
glamourosos, como casamentos, aniversários, batismo, inaugurações ou até mesmo
funerais – aparência de uma mulher é muitas vezes considerada incompleta sem um.
Dentro do Candomblé eles quase que tem uma amarração padrão, porém, estou
começando a ver algumas Iyás usando de maneira mais glamourosa, sem deixar a
essência religiosa e respeitosa se perder.

QUEM PODE USAR: A


utilização do Pano de Cabeça é restrita às mulheres (. O pano de cabeça, poderá ser
utilizado por homens, em obrigações internas em que o mesmo está “recebendo asè,
como por exemplo, Bori”);

ABAS: As abas do Pano de Cabeça, estão relacionadas ao Òrìsà da filha de Santo e a


sua idade de santo (se seu Òrìsà for Oboro – masculino, você não poderá usar duas abas,
sendo que essa ficou para as filhas de santo, que possuem Òrìsàs Ayabas – femininos);

ALTURA DO PANO: Deve-se ter discernimento ao usar o Pano de Cabeças. O pano de


Cabeças não é turbante com diversas voltas e de altura desmedida; Seu pano de cabeça
também não pode ser maior do que o da sua Ìyálòrìsà;
A arte de amarrar um Gèlé ou Torço é como qualquer outra arte, o seu sucesso depende
da criatividade e maestria. Um pano de cabeça, como é chamado aqui no Brasil, no
Candomblé e Umbanda, quando devidamente amarrado, pode ser como uma coroa,
porém, ao contrário, se feito de forma errada pode se tornar um desastre total. Imagine no
alto de sua beleza, ele se desfazer no meio do salão? Não seria bom!!!!
Cada Gele é único e não existe uma fórmula verdadeira para alcançar a aparência exata
duas vezes. Se você der uma olhada mais de perto, você verá que não há dois Gèlé(s) –
Àwon Gèlé – (uma vez amarrados) iguais. O povo Yorùbá, absolutamente ama Gèlé
porque não só eles são amarrados em vários estilos, mas eles são um aspecto da cultura
que fazem as mulheres se sentir bonita e são em verdade, não importa a ocasião. O estilo
das cores do Gèlé pode ser um reflexo do seu estado de espírito, o estilo ou
personalidade.
Porque homens não podem usar pano de cabeça?

Em tempos antigos, escravos homens usavam pano de cabeça simples para carregar
peso. Este pano era símbolo de escravidão. Porém, devemos lembrar que aqui falo do
pano de cabeça no que tange a Nigéria, pois em outras culturas, existem panos de
cabeça, mas para proteção contra o Sol, principalmente em zonas desérticas e muito
áridas.

O CAMISU E A BATA

O camisu e a bata, faz parte do vestuário feminino, dentro da religião de


matriz africana "Candomblé".
Ambos tem funções diferentes...
_Camisu usado por mulheres e por orisas femininos.
_Bata usada pelas iyalorisa's em seus próprias asés... e usado pelas
Yarobas "ekedy".
Toda vestimenta traz sua característica, e serve como orientação diante
aos postos da casa.
Ao momento que orisa da iyalorisa chega, a bata é removida de seu
corpo.
(Não devemos deixar a tradição se perder. O texto se refere ao modo que
foi introduzido nas casas matrizes.)

Obs :Se eu chego em um candomblé e vejo todas as mulheres de bata, eu


não irei saber identificar a iyalorisa

- ÌYÁWÓ
MOKAN: Uso indispensável
IKAN: Uso Indispensável
DILOGUN: Uso Indispensável:
“LAÇINHO” e “GRAVATINHA” ACIMA DO PANO DE COSTAS: Uso
Indispensável
ROUPA DE SIRE: Até completar um ano de iniciada, deve-se dançar Sire de
branco;

-ÌYÁWÓ DO SEXO MASCULINO


CALÇA DE RAÇÃO BRANCA (NÃO É TOLERAVEL JEANS, BERMUDA,
ETC.)
CAMISA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL CAMISA DE CRIOULA – USO
EXCLUSIVO PARA MULHERES, Também não se usa camiseta);
ÉKÉTÉ: – NÃO É TOLERAVEL O USO PANO DE CABEÇA – À exceção do
recebimento de Asè, em Oro);

- OGÁ (OGAN):
CALÇA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL JEANS, BERMUDA, ETC.)
CAMISA DE RAÇÃO (NÃO É TOLERAVEL CAMISA DE CRIOULA – USO
EXCLUSIVO PARA MULHERES, também não se usa camiseta);
ÉKÉTÉ, CHAPÉU OU BOINA (NÃO É TOLERAVEL O USO PANO DE
CABEÇA – À exceção do recebimento de Asè, em Oro);

- EKEJI (EKEDE):
SAIA: Ekeji não usa saia com anáguas de baiana;
TOALHINHA: A cada dia é mais raro vermos uma Ekeji com uma toalhinha
para “enxugar” o Òrìsà.

- ADES, COROAS E PARAMENTAS DE ÒRÌSÀS:


DISCERNIMENTO E COERÊNCIA: Deve-se ter coerência ao vestir os
Òrìsàs (Nossos deuses são elementos da natureza, que utilizam
representações da natureza, POR ISSO NÃO DEVEM SER
CARNAVALIZADOS);

MÁSCARAS: É inadmissível a utilização de máscaras na confecção da Roupa


dos Òrìsàs;
ALTURA DOS ADES: Deve se ter discernimento, coroas são coroas e não
paramentos carnavalescos gigantescos;

ÒSÀLÁ: ÒSÀLÁ SÓ USA BRANCO. Esse é um Òrìsà Fúnfún, não admite


prata ou “azul clarinho”

PENAS.: Nossa religião é tribal, a utilização de penas na confecção das


roupas dos Òrìsàs deve ser ponderada e não excessiva;

SÀNGÓ: Não tolera roupas roxa ou preta, usa um saiote feito de tiras e não
uma saia;

- ÀSÈSÈ:
HOMENS: Calça, Camisa de Ração (brancos) e Ékété;
MULHERES: Saia de ração e camisa de crioula (brancas);
PROÍBIDO: Brilho, Bordados, Vazados e Roupas Coloridas;

- BATA:
QUEM PODE USAR: A utilização da bata é restrita as autoridades
femininas da Casa (autoridade máxima, Ìyálásè, Ìyákekère, Ìyámaye, etc. –
Se todas as Ègbón usarem batas, será impossível distinguir as autoridades);
CUMPRIMENTO: Bata é Bata e não vestido! Um ditado tradicional nos
Candomblés da Bahia diz: Quanto Maior a Bata, Maior a Ignorância da
Ègbón;

- PANO DE CABEÇAS:
QUEM PODE USAR: A utilização do Pano de
Cabeça é restrita às mulheres. O pano de
cabeça, poderá ainda ser utilizado por homens,
em obrigações internas em que o mesmo está
“recebendo asè, como por exemplo Bori”);
ABAS: As abas do Pano de Cabeça, estão
relacionadas ao Òrìsà da filha de Santo e a sua
idade de santo (se seu Òrìsà for Oboro –
masculino, você não poderá usar duas abas,
sendo que essa ficou para as filhas de santo, que possuem Òrìsàs Ayabas –
femininos);
ALTURA DO PANO: Deve-se ter discernimento ao usar o Pano de Cabeças.
O pano de Cabeças não é turbante com diversas voltas e de altura
desmedida; Seu pano de cabeça também não pode ser maior do que o da sua
Ìyálòrìsà;

PANO DE COSTAS:
QUEM PODE USAR: A utilização do Pano de Costas é restrita às mulheres.
UTILIZAÇÃO: O pano da costa deve ser colocado na altura dos seios
(somente as autoridades quando estão trajadas de Bata, podem usar o pano
na cintura);
USO TRASVERSAL DO PANO POR HOMENS: Indevido, à exceção das
festividades do Pilão e durante o Pilão de Òsògíyàn;

FIOS DE CONTA.:
AFRICANOS/CORAIS/PEDRAS: de uso exclusivo para autoridades do
Candomblé e as pessoas com obrigação de sete anos (obrigações arriadas);
BOLAS DE PLÁSTICO: Não pertencem ao Candomblé;

SAIAS:
QUEM USA: Uso restrito à mulheres (homem não usa saias, só seu Òrìsà se
for ayaba);
CUMPRIMENTO: A saia deve ser longa, cobrindo o calçolão (o uso de saieta
é cabível somente para Òrìsàs masculinos – em mulheres);

ROUPAS BRILHOSAS: A utilização de roupas com muito brilho está


condicionada ao Òrìsà e à determinados Òrìsàs (existem roupas para dançar
o Sìré e roupas para vestir os Òrìsàs, sendo que alguns também não toleram
o brilho);
BORDADOS: As roupas bordadas como Rechilieu, Asa de Mosca, Roda de
Quiabo e panos mais elaborados, são de uso exclusivo para autoridades e
pessoas com obrigação de sete anos arriada;

BRINCOS E PULSERIAS:
Ìyáwò de Òrìsà Oboro (Santo Masculino), não deve usar brincos e/ou
pulseiras.
Um (a) Ìyáwò aguardar a conclusão de suas obrigações, para a utilização de
determinadas vestes, não a coloca inferior à ninguém, muito pelo contrário,
mostra somente sua resignação por um determinado período, em obediência
às regras do Candomblé pelo seu Òrìsà. O cumprimento desses interditos,
confere ainda mais valor à obrigação de sete anos, em que a então ìyáwò,
poderá utilizar-se de outras indumentárias, estando desta forma, em outra
fase de sua missão religiosa (torando-se uma ègbón). No Candomblé, todos
os passos são galgados, assim como na vida, afinal, a criança não nasce
andando, existe um processo de aprendizagem. Uma mãe preservadora
resguarda sua filha das maquiagens até a idade certa, etc. Assim é o
Candomblé.
Um Ogá não pode se sentir desprezado por não se vestir como um
Babalòrìsà, ele sim, deve se sentir orgulhoso em pode estar preservando a
cultura dos antigos Ogá. Um Oga vestido como Ogá, é facilmente
identificado em meio a multidão. O mesmo se aplica aos Babalòrìsàs, que não
podem almejar as vestes femininas, pois nesse caso, ao invés de mostrar
poder e distinção, evidência sua falta de conhecimento sobre a liturgia de
cada elemento utilizado. Não temos a intenção de ditar regras, mas sim,
expor os costumes das casas de Candomblé, aprendidos ao longo de
gerações, divulgado e esclarecendo muitas pessoas que jamais foram
orientadas sobre como se vestir no Candomblé não cometeram tantos erros.

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