Você está na página 1de 15

Colégio Fermas

Trabalho de História

Tema:As sociedades africanas face à mudança:


O fim da expansão econômica e
territorial do lunda tchokwe

1
Sobre o grupo:

Sala n°: 24
Turma:A
Classe:11°
Curso: Ciências Económicas e Jurídicas
Professor: Francisco Dongala
Grupo n°:03
Membros:
Aline Hugueth
Elizandra da Silva
Fabiana Alexandra
Kayana Luquinda
Nereida António

2
Índice
1______________________________________________________Capa

2_______________________________________________Sobre o grupo

3______________________________________________________Índice

4__________________________________________________Introdução

6_____________________________________________Desenvolvimento

13___________________________________________________Conclusão

14___________________________________________________Bibliografia

15______________________________________________Agradecimentos

3
Introdução
O fim da expansão económica e territorial dos lunda tchokwe
O reino de Nhaneca Humbe

No presente trabalho iremos abordar sobre os lunda tchokwe e suas origens de forma mais
abrangente.

Quando os estados da Europa no final da Idade Média começaram a "descobrir" a África,


encontraram reinos ou estados, quer de feição árabe ou islamizados,quer de tradição
Bantu, principalmente no norte e ocidente do continente.

Os primeiros contatos entre estes povos não foram imediatamente de dominação, mas de
carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias
potências europeias levaram à dominação política desses reinos, que culminou com a
partilha do Continente pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.

Os portugueses começaram a ocupar a Lunda no século XIX quando Henriques de


Carvalho chega à região. Finalmente, em 1920 uma grande batalha deu-se entre os
tchokwe e os portugueses em Calendende. Os portugueses venceram essa batalha e
dominaram os indígenas. Em o termina a independência da lunda e é o fim deste reino,
passando a ser território português, as autoridades passaram a depender de Portugal.

Devido ao desenvolvimento das forças produtivas, as lundas tchokwe faziam comércio com
os povos vizinhos. O reino da lunda tinha contactos com o interior de África e fazia comércio
com o reino Luba.
Além do comércio exterior (Com outros povos) o comércio interno estava se desenvolvendo
por causa da divisão social do trabalho.

Para o interior de Angola, os Lunda faziam comércio com Kassange, Matamba, Ndongo e
os povos do planalto central. Eles vendiam tecidos, escravos, marfim, óleo de palma etc. os
Lunda tiveram várias complicações com o reino de Kassange e a um certo momento com os
portugueses, porque também queriam comercializar com os franceses que dominavam o
Loango.

4
O reino de Nhaneca Humbe

O reino de Mataman formou-se no século XVI (1570). Em 1570, os jagás invadiram


Mataman após a sua expansão no reino do Congo. Os jagás que entraram no território,
dividiram este reino em dois: o reino da Huíla e o reino do Humbe.
O termo nhaneca-humbe é utilizado para designar um conjunto de etnias agropastoris
bantas do sudoeste de Angola que têm em comum a raiz linguística nhaneca.

Localizados na sua maior parte na província da Huíla, e em pequenas porções no Cunene e


no Namibe, estas etnias combinam a criação de gado bovino com uma agricultura
geralmente destinada mais à auto-subsistência do que à comercialização. Cada etnia
(muila, handa, cumbe, etc.) tem a sua identidade social e suas características culturais
próprias. A maior parte dos nhaneca-humbes aderiu ao cristianismo, predominantemente à
Igreja Católica, no decorrer do período colonial. A escolarização fez progressos lentos e
continua abaixo da média nacional. Uma parte significativa passou a viver nas vilas e
cidades, abandonando, completamente ou em parte, o seu modo de vida tradicional.

5
Desenvolvimento
Os lunda Tchokwe
O Reino da Lunda ficou dividido no século XIX, quando ocorreram as guerras intestinais na
Corte da Família Real do Império entre o século XIV, XV ou XVI e por causa dos problemas
da Soberana Lueji. O Reino dividiu-se em três partes, sendo; Reino Lunda Luba, Reino
Lunda Ndembo, Reino Lunda Tchokwe.

Reino de Lunda

O Reino de Lunda (1665-1887), também conhecido como Império Lunda, foi uma
confederação africana pré-colonial de estados que florescente do século XV ao século XIX,
onde são hoje a República Democrática do Congo, o nordeste de Angola e o noroeste da
Zâmbia. O seu estado central ficava no atual Katanga, a famosa Mussumba

No Séc.XVIII, uma parte do povo decidiu migrar para a região do atual Moxico, dando
origem ao povo Tchokwe (Kiôco). Foi o primeiro sinal de fragmentação do Reino Lunda, que
talvez fruto do crescimento económico, ou das facilidades de vida, dadas pela exuberância
do solo, foram-se entregando mais aos prazeres da vida do que aos interesses do Reino.

Povo do Nordeste de Angola (províncias de Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico), do Noroeste
da Zâmbia e do Sudoeste da República Democrática do Congo (Katanga, Kasai, alto
Kwango), estimado em 1 000 000 de indivíduos. O nome Tchokwe apresenta algumas
variantes (Chócue, Chokwe, Tchokwe, Batshioko) e, entre os portugueses, ficaram
conhecidos por Quiocos.

6
De origem Bantu, a etnia Tchokwe, patrilinear, patrilocal e falante do idioma utchokwe,
estava sob a autoridade política, legal e religiosa de um chefe tribal, o mwanangana, que
reinava com o apoio dos seus antepassados aos quais prestava culto. Os Tchokwe viviam
na Serra de Muzamba, a norte de Angola, quando foram invadidos, no final do século XV,
pelos Lunda.

A partir de 1830, conseguiram libertar-se do poderio dos invasores e empreenderam uma


enorme expansão com o apoio de armas e de tráfico, essencialmente, de marfim, escravos
e cerais. A expansão dos Tchokwe atingiu o seu auge social e cultural durante os séculos
XVIII e XIX, chegando a apoderar-se da capital dos Lunda, em 1887.

Posteriormente, enfraquecidos pelas doenças e submetidos ao domínio dos portugueses e


dos belgas, os Tchokwe procuraram salvaguardar a sua autonomia, migrando para leste e
tornando-se semi- nómadas.
Dos principais cultos e cerimônias culturais destacam-se mahamba, ukule e mucanda.

Quanto à mahamba (plural de hamba), esta trata do culto aos espíritos tutelares (espíritos
ancestrais ou da natureza) que estão representados por estatuetas, árvores, pedaços de
termiteiras e máscaras. Para garantir a proteção diária ou apaziguar um espírito, são
realizadas ofertas, sacrifícios e orações. Se algum hamba estiver zangado, pode provocar
doenças ou prejuízos no transgressor, com infertilidade nas mulheres e azar na caça pelos
homens.

Chefe tribal, o mwanangana

Relativamente à ukule, que consiste num ritual de iniciação feminina, realiza-se aquando da
primeira menstruação (ukule) da adolescente. Esta cerimónia é constituída por várias
etapas durante as quais a jovem (kafundeji) aprende uma dança do ventre (apreciada pelos
Tshokwe e que antecipa as relações sexuais), recebe instruções sobre o acasalamento, é
pintada com tatuagens púbicas (mikonda) para fins eróticos e, juntamente, com o seu futuro
noivo, procede a diversos rituais que culminam na consumação do casamento dos dois
jovens.

7
Por seu turno, o Rei do povo Lunda Tchokwe, Mwene Muatchissengue Watembo, apelou a
mais pesquisas e divulgação dos hábitos e costumes da região.
Apelou ao resgate dos rituais da região em risco de extinção.

Economia e sociedade em África - evolução actual

Os modelos culturais africanos vêm sofrendo transformações específicas, iniciadas e


desencadeadas pelos contactos com a sociedade europeia, que em cada fase e em cada
época se intensificam e aprofundam.

Os agentes de contacto e as próprias culturas também sofrem uma constante mutação


dinâmica, de tal modo que o contorno espacial e as formas de contacto se modificam
sucessivamente. A nova sociedade que emerge vai assumindo
Colorações ricas, inesperadas e sempre novas, como opulentospores de sol africanos que,
a cada dia, se renovam.

.No mundo moderno, os factores, directa ou indirectamente


sequentes à penetração da cultura europeia ocidental, que mais influência exerceram e
mais transformações provocaram nas sociedades africanas, foram e estão sendo: a
industrialização, o urbanismo e o assalariamento, factores estes já considerados em
artigo antecedente.

As modificações introduzidas e provocadas por estes fatores são difíceis de analisar, não só
porque são extremamente complexas, mas também porque ainda estão em fase de
produção, com mutações e multivalências constantes e inesperadas.

Aliás, como sempre acontece, na formação das novas sociedades intervêm duas ordens de
elementos: os internos que relevam da estrutura e da organização específicas das
sociedades africanas, e os externos que derivam das novas contribuições e influência
colonizadora da sociedade europeia.

E, na verdade, verificamos que, para lá das palavras sonoras, como destribalização,


colapso da autoridade tradicional, emergência de élites, emancipação da mulher,
nacionalismos, ambivalências sociais, etc, o facto é que a variedade, os contrastes e os
dinamismos dialéticos em África de hoje são maiores que jamais: a par das carreiras aéreas
há ainda as pistas da selva; simultaneamente com as «palavras» e «banjas» há os jornais e
a rádio; os juízes tradicionais ainda coexistem com os sistemas jurídicos de tipo europeu, os
advogados e os novos tipos de crime moderno; os medi cosi não destronaram por completo
os feiticeiros, etc. ...

É, portanto, muito difícil analisar a realidade e conseguir uma síntese adequada desta
«situação variando entre extremos». No entanto, vamos tentar estudar o fenômeno da
formação da atual sociedade africana, a partir de posições analíticas cujos enfoques são
diferentes, numa espécie de fogos cruzados.Assim, não será de estranhar que alguns
aspectos sejam referidos várias vezes como elementos que entram na explicação de um
conjunto de situações.

8
A ECONOMIA de ÁFRICA ACTUAL

Talvez estejamos agora em condições de esboçar uma visão sintética das estruturas
económicas da África de hoje, tendo sempre presentes todas as particularidades que se
apontaram da dialéctica de culturas, das estruturas mentais e sociais, e do dualismo ou
pluralismo da sociedade africana. Entender, analisar e julgar unicamente o aspecto
económico da fenomenologia geral africana parece ser errado e fonte de confusões.

Antes de mais e como já se viu, julga-se não ser controvertível a afirmação de que o
desenvolvimento da África terá sempre como factor estrutural motor a industrialização, e
esta por sua vez acompanhará e será acompanhada pela urbanização de áreas
progressivamente mais extensas. Mas embora pareça ser esta a linha da dinâmica
económica africana, a verdade é que essa evolução tem apresentado até agora
características e idiossincrasias próprias.

Crescimento económico no contexto colonial

Há um aspecto que deve estar presente inevitavelmente na análise das estruturas


económicas africanas; é que a industrialização e o desenvolvimento de outras actividades
se processam, inicialmente pelo menos, no contexto de uma sociedade colonial
e afrontando uma sociedade colonizada, compondo, dessa forma, uma sociedade global
pluralista com diferentes grupos étnicos e rácicos. Ora estes diferentes grupos não eram ou
não são todos os mesmos que preguem o retorno ao «traje dos antepassados» não
deixam de utilizar o avião a jato e dominar os sindicatos.

Recordemos a recente revolução da nova geração conguesa (Brazza)


contra a velha geração de Fulbert Yulu; a recente revolta do Gabão também
é ilustrativa.

Portadores dos mesmos quadros valorativos nem possuidores dos


mesmos meios de ação. Desta maneira, e conforme aponta Gaston LEDUC 60
OS diferentes grupos especializaram-se em setores distintos da actividade económica que
diferem quanto à natureza, ao grau de evolução, ao fim e à dimensão espacial e temporal,
como é de admitir recordando a análise já feita.

Daí que muitos sectores da actividade económica coincidissem, quanto aos seus agentes e
dirigentes principais, com certa coloração rácica: os sectores de economia moderna eram
— ou são — domínio dos
brancos europeus (com participação, em certas zonas e quanto ao sector comercial], de
grupos maiores ou menores de levantinos, indostânicos ou árabes); a economia de
subsistência estava reservada aos negros, bem como em geral a posição de assalariados
sem especialização.

9
Simplesmente, a sociedade global africana apresentava-se e ainda se apresenta como uma
sociedade composta por uma «minoria demográfica», mas que constitui uma «maioria so-
biológica» — os brancos — e por uma «maioria demográfica», mas sociologicamente
funcionando como minoria — os negros.

Por esta razão, que se acumula e interliga com o facto de os sectores ou actividades
económicas controlados pelos brancos serem os sectores mais dinâmicos e motores da
economia global africana, a «economia branca», foi ou é ainda a dominante do conjunto.

Logo, as estruturas económicas que se foram formando, embora evidentemente


condicionadas por várias circunstâncias demo geográficas, obedeceram, no seu
delineamento e constituição, aos sistemas defendidos e aos fins prosseguidos por aquela
«minoria sociológica» economicamente dominante.

Embora tais sistemas e fins não estivessem claramente planeados nem doutrinariamente
formulados, a verdade é que, permanentes ou transitórios, eles marcaram decisivamente as
estruturas económicas africanas nas suas linhas estruturais e de evolução. Porém, cada
território dependia de uma ou de outra «economia branca», cada uma das quais
obedecendo ao seu esquema particular, à sua dinamicidade e aos seus fins próprios, isto é,
segundo interesses nacionais diferentes.

Deste modo, verificou-se nos vários territórios uma multiplicidade de sistemas funcionais de
organização económica, conforme o seu «sistema europeu dominante» e a estrutura
geográfica consentida. A par desta particularização derivada da própria diversidade da
economia europeia, o traçado de fronteiras arbitrariamente produzido em Berlim fragmentou
de facto algumas zonas economicamente complementares e que deveriam estar em ligação
natural.

Sociedades africanas
Os pontos atrás formulados não têm, obviamente, urna validade limitada à
África. Face a muitos dos discursos sobre África, a nível científico e do senso comum,
que se registam no próprio continente e fora dele, sugerem, no entanto, que todos os
têm uma relevância especial para os estudos africanos em ciências sociais.

O primeiro constitui a recusa de uma tendência que, infelizmente, persiste em


relação às sociedades africanas, e isto tanto por parte de africanos como de não afri-
canos. Tendência esta que considera as sociedades africanas como tendo determina-
das características constitutivas e inatas, específicas e imutáveis, e que espera das
ciências sociais que confirmem esta visão, naturalmente com maiores detalhes, e fre-
Frequentemente para fins de engenharia social. Parece importante afastar desde o início
tal perspectiva, remetendo para a vocação das ciências sociais para a interpelação,
sem preconceitos nem «viseiras», das realidades africanas complexas e sujeitas a per-
manentes mutações.

O segundo, valendo-se das experiên..cias entretanto acumuladas a nível interna-

10
cional, no domínio dos estudos africanos em ciências sociais, representa um apelo aos
estudiosos de África, africanos e não africanos, para que não se deixem entravar
pelas tradicionais divisões entre «disciplinas» - especialmente quando do desenvolvimento
das ciências sociais em África se trata. É justamente neste domínio que o imperativo da
interdisciplinaridade (ou transdisciplinaridade) se coloca com particular vigor.

E o terceiro serve para realçar a importância fundamental de os cientistas sociais


africanos e não africanos conjugarem os seus esforços para compreender as realidades
do continente, valendo-se cada um das vantagens do seu olhar específico, e aproveitando o
diálogo com o respectivo outro olhar para superar as suas próprias limitações.

Na Europa, exemplos «relativamente bem sucedidos>> deste segundo ideal tipo


são a Espanha e a Suíça, enquanto «mal sucedidas» foram as experiências da União
Soviética e da Jugoslávia.

Na Ásia, temos nesta categoria os casos <<problemáticos>> da


Birmânia e da Indonésia.

Nas Américas (como na Austrália e a Nova Zelândia), o


extermínio (total ou parcial) da população autóctone, na maior parte dos territórios
mais tarde constituídos em países, a par de uma forte imigração de origem europeia,
africana e asiática, criou uma situação sui generis, mas onde - à semelhança do ideal
tipo aqui invocado - também se coloca a questão da constituição, dentro de frontei-
ras dadas, de uma formação social abrangente e integrada, a partir de tecidos sociais
diversos.

Ora, em virtude do processo de ocupação colonial, toda a África - exceptuando talvez o


Burundi, o Rwanda e a Swazilândia enquadra-se no ideal tipo alternativo. Foi a ocupação
colonial que, poucas gerações atrás, procedeu à demarcação dos territórios, promovendo
através de processos muitas vezes violentos e sempre de intervenção estrutural incisiva,
dinâmicas cuja lógica foi no sentido de engendrar a sucessão de fases acima esboçadas.

E os Estados pós-coloniais africanos inscrevem-se nesta


mesma lógica, com excepções apenas pontuais 1. Mas, na maior parte dos casos, a
integração das formações sociais territoriais está tudo menos conseguida, enquanto já são
manifestos inúmeros processos de desintegração e de recomposição.

Usando a linguagem do escritor Mia Couto 2, e extrapolando do caso moçambicano para a


África ao Sul do Saara, pode dizer-se que os países africanos contemporâneos, ao menos
os de alguma dimensão, abrangem sempre uma pluralidade de mundos que coexistem, se
sobrepõem e interpenetram, que se encontram envolvidos em processos muitas vezes
acelerados de mutação, e cuja configuração complexa está muito longe de corresponder à
ideia de sociedades <<nacionais>> coerentes e sedimentadas, para já não falar em
homogéneas.

11
O desafio daí resultante para os estudos africanos em ciências sociais é o de nortear-se por
esta realidade fundamental, assumindo como ponto de partida que todas as problemáticas
parcelares têm de ser localizadas neste contexto.

Para cada país, importa estabelecer num esforço livre de ideologias e instrumentalizações,
interdisciplinar. e onde se recorre aos olhares de dentro e de fora- como e em que medida
os tecidos sociais existentes no respectivo território foram encaminhados em direcção a
uma formação social abrangente, tanto a nível das práticas quanto ao do pensamento social
(identidades sociais); se e em que medida este processo foi (globalmente, regionalmente,
sectorialmente) bloqueado ou invertido; quais os processos de recomposição que
eventualmente se verificaram; com é que, nestas dinâmicas todas, se conjugaram- ou não
-lógicas endógenas e exógenas.

12
Conclusão
O fim da expansão económica e territorial dos lunda tchokwe

Foi um Reino economicamente muito forte, com agricultura muito bem estruturada, com
milho, massango e massambala, trabalhavam o ferro, o cobre e os tecidos, foram fortes no
comércio de escravos, marfim e tecidos.

No Séc. XVIII, uma parte do povo decidiu migrar para a região do atual Moxico, dando
origem ao povo Tchokwe (Kiôco ). Foi o primeiro sinal de fragmentação do Reino Lunda,
que talvez fruto do crescimento econômico, ou das facilidades de vida, dadas pela
exuberância do solo, foram-se entregando mais aos prazeres da vida do que aos interesses
do Reino.

Há muitos séculos atrás os Lundas e tchokwes tinham sido um povo só. Saíram do mesmo
núcleo, a grande diferença é que os Lunda ficam no seu território desde sempre, os
tchokwe transformam- se num grupo de extrema mobilidade que a partir do século XVI
percorre todo o país.

São essencialmente caçadores e comerciantes saindo, por isso, em busca de marfim,


borracha, etc. Essa extrema mobilidade não lhes permite desenvolver estruturas políticas
tão pesadas como era a hierarquia da Mussumba, por isso fazem aquilo que se chama a
diáspora Tchokue, inflectem para o sul, dividem os Nganguela ao meio.

Angola tem Tchokwe em todo o território. No final do século XIX os Tchokwe regressam ao
seu território de origem, tomam, militarmente, o poder dos Lunda e absorveram as suas
instituições.

Em 1885, ocorre a primeira invasão Tchokwe, que munidos de armas capturaram seis mil
lundas, após Mussumba, a capital do império, ter sido saqueada. Dois anos depois, em
Janeiro de 1887, ocorre uma nova invasão Tchokwe. Mussumba foi incendiada e os lunda
ficaram sob domínio Tchokwe, até ao final do século XIX.

13
Bibliografia
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$tshokwe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nhaneca-Humbe
https://www.taag.com/en-gb/destinations/destination-guide/destination/saurimo/lunda-tchokw
e-masks/
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1224162250N1lNA4jz0Ls22AE5.pdf
https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/8673/6228

14
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente, a Deus pela vida, pela sabedoria, por todas as nossas
conquistas pessoais e profissionais, e por ter colocado em nosso caminho pessoas tão
especiais, que não mediram esforços em nos ajudar durante a realização deste trabalho.

Ao Professor pela orientação, seu grande desprendimento em ajudar- nos e amizade


sincera.

Aos amigos e colegas pelo incentivo e grande ajuda com o fornecimento de material para a
realização deste trabalho

15

Você também pode gostar