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Projeto
Redescobrindo a história do Brasil
(Datas Históricas: Dia dos Povos Indígenas, Dia do Descobrimento do Brasil e Tiradentes)
ABRIL / 2023
1. APRESENTAÇÃO
A ECIM Prof. Aldaci Simões da Costa, na consolidação de suas ações sociais e
educativas, idealizou esse projeto temático em alusão as três datas históricas comemoradas no
mês de Abril : Dia do índio, descobrimento do Brasil e Tiradentes para que seus discentes tenham
a oportunidade de se aprofundar na história do nosso país e refletir sobre nossos ideais de
liberdade e democracia.
-19 de Abril : O Dia dos Povos Indígenas. Essa data comemorativa foi criada, em 1943 por
Getúlio Vargas, durante a ditadura do Estado Novo. Seu surgimento se deu, em boa medida, pela
pressão de Marechal Rondon, importante indigenista brasileiro. Ainda, a data foi criada por
influência do Congresso Indigenista Interamericano que havia sido realizado no México em abril
de 1940.É uma data comemorativa celebrada com o propósito celebrar a diversidade das
histórias e das culturas dos povos indígenas brasileiros; combater preconceitos contra os
indígenas; e estabelecer políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários.
-21 de abril: Dia de Tiradentes. Tiradentes, o dentista e alferes Joaquim José da Silva Xavier,
que trouxe os ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – com objetivo
de que fosse implantada a república no Brasil foi visto como líder do movimento e condenado
pela Coroa Portuguesa ao enforcamento no dia 21 de abril de 1792, tendo seu corpo
esquartejado e exposto em praças públicas como exemplo do que poderia acontecer a quem
questionasse o rei. Seus ideais ficaram e o país se tornou república 97 anos mais tarde .
Lembrando que é considerado o primeiro grande levante contra o autoritarismo, motivado por
algo que dura até hoje – a excessiva cobrança de impostos por parte da Coroa Portuguesa.
-22 de Abril: Descobrimento do Brasil, o dia em que nosso país deu seu primeiro passo para
se tornar uma nação. Em 22 de abril de 1500, enquanto buscava um caminho alternativo para as
Índias, a esquadra liderada pelo navegador Pedro Álvares Cabral, então com 33 anos, encontrou
uma terra até então inexplorada que primeiro foi batizada como Monte Pascoal, depois Ilha de
Vera Cruz, Terra de Santa Cruz e, por fim, pelo nome que perdura até hoje: Brasil, alusão ao
Pau-Brasil, madeira de cor avermelhada usada para tingir roupas e primeiro produto de
exportação do país. Há quem diga que, na verdade, a palavra significaria Ilha Afortunada ou Ilha
do Paraíso.
Como podemos ver, são muito mais do que simples datas. São dias importantes para
refletir sobre nosso país e que não podem ser deixados ao léu.
2. JUSTIFICATIVA
Um povo precisa conhecer e se apropriar da sua história para que assim, possa evoluir e
construir um país melhor e mais justo para todos os cidadãos. Por isso, a implementação do
projeto ganha relevância social, já que nossos estudantes são agentes de transformação social.
3. PÚBLICO ALVO
As ações são destinadas aos estudantes do ensino médio matriculados nessa instituição
de ensino.
4. OBJETIVO GERAL
Oportunizar aos estudantes uma visão mais ampla da História do Brasil, buscando a
reflexão crítica sobre alguns fatos históricos.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Possibilitar ao aluno a manifestação de suas habilidades e competências;
- Sensibilizar o aluno para a prática de atividades históricas como forma de ampliar o
conhecimento;
-Celebrar a diversidade cultural dos povos indígenas do Brasil;
-Conhecer a importância das datas históricas.
6. METODOLOGIA
O projeto propõe a realização de leituras, debates, discussões, apresentações artísticas,
cartazes, murais, exposição fotográfica e outros acerca das temáticas escolhidas, envolvendo os
discentes e docentes.
7. ORGANIZAÇÃO
-Todas as atividades serão desenvolvidas no sábado letivo, dia 15 de abril de 2023, da seguinte
maneira:
1º momento: salas temáticas com atividades a serem realizadas das 7:00h às 9:30h
( os professores ficarão responsáveis pelas salas temáticas e pela realização das atividades )
2º momento ( após o lanche): apresentação das atividades produzidas serão nas próprias
salas temáticas
8. AVALIAÇÃO
Será realizada por meio da participação dos discentes na execução das atividades
propostas destacando a organização e o domínio dos conhecimentos e habilidades. Podendo,
a critério dos professores responsáveis, ser mensurado uma nota de produtividade.
ANEXOS
FOTO: APIB
Culinária: a culinária do norte do Brasil, por exemplo, é rica em maniçoba e tucupi,
elementos utilizados na cultura indígena. Além disso, frutos como o caju e a acerola eram consumidos
pelos indígenas, e os seus respectivos nomes tiveram origem nas línguas tupi. O açaí, o guaraná e a
tapioca, que consumimos amplamente nos dia de hoje, também vêm dos hábitos alimentares
indígenas.
Higiene: essa você provavelmente já sabe, mas não é a toa que o brasileiro é um dos
povos mais limpos do mundo. Nossos ancestrais indígenas possuíam o habito de tomar banho de rio
diariamente, e não por acaso, nós também tomamos banho e escovamos os dentes todos os dias.
Basta uma viagem para a Europa que o choque cultural é gigantesco! Muitas vezes os quartos de
hotéis não possuem chuveiro, e as pessoas disfarçam seus odores fortes com perfumes pesados e
possuem dentes amarelados.
Vocabulário: várias palavras do nosso cotidiano são de origem indígena, como é o caso do
maracujá, guaraná, mandioca, caju, acerola, moringa, tambaqui, pirarucu e oca.
Adequação de conceitos:
Índio x Indígena: “Índio” é um termo generalista, uma espécie de apelido dado pelo colonizador
europeu aos povos nativos da América e de outros continentes, como a Ásia, por exemplo. Portanto, é
reducionista e coloca o “índio” como um todo sem distinção, sem identidade. Já o termo “indígena”
significa “originário” ou “aquele que estava aqui antes dos outros”, contemplando de forma adequada a
diversidade de cada povo e a sua origem nativa.
Tribo x Aldeia: “Tribo” é um termo que diz respeito a um grupo de pessoas em um local “não
civilizado”, sendo, portanto, uma expressão pejorativa e que diminui os indígenas a uma condição
animalesca. Já o termo “aldeia” ou “terra indígena” refere-se ao local onde vivem e se organizam os povos
indígenas. Isso se dá também quando nos referimos ao indivíduo ou grupo de indígenas: devemos usar o
termo “etnia guarani”, e não “tribo guarani”. Isso porque, o termo “etnia” contempla o grupo de
características físicas, culturais e sociais de um povo.
A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o senso comum. Os
historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro agrupamentos linguísticos principais: tupi-
guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias linguísticas compartilhavam o mesmo idioma e culturas
semelhantes.
Características da cultura indígena
Se considerarmos apenas as culturas desenvolvidas por povos indígenas brasileiros, já temos uma
grande gama cultural. É característica comum das várias etnias indígenas brasileiras a valorização e o
contato com a natureza, sendo que o modo de vida tribal, antes da ocupação violenta do homem branco
no território brasileiro, permitia a caça, a coleta e a agricultura familiar como modos de subsistência dos
povos indígenas.
As religiões animistas (aquelas que colocam como seres sobrenaturais e divinos elementos da
natureza, como o Sol, a Lua e as florestas) compunham o imaginário religiosos dos povos indígenas.
Antes da chegada dos portugueses, a maioria das tribos indígenas era guerreira, e essas disputavam os
territórios entre si quando uma tribo migrava de um lugar para outro já habitado.
Outra característica comum das diversas tribos indígenas era a fabricação de utensílios religiosos e
de decoração com base em argila, madeira, bambu e penas de aves, além da confecção de pinturas
corporais utilizadas em processos de caça e de guerra ou em festivais religiosos.
Historiadores apontam que, em 1500, existiam cerca de quatro milhões de indígenas habitando as
terras brasileiras. Hoje, a Funai estima que um milhão de indígenas vive no país, espalhados em 250
etnias, que, em suas aldeias, ocupam cerca de 13% do território . Essa pequena parcela ocupada somente
se mantém devido à demarcação de terras indígenas.
Apesar do genocídio praticado contra os índios desde 1500 (em especial no período das bandeiras,
durante a Ditadura Militar e em conflitos de terras atuais em estados, como Mato Grosso, Amazonas e
Pará) e da desvalorização dos povos indígenas, o nosso país herdou inúmeros elementos da cultura
indígena.
O Brasil é um país extremamente miscigenado e pluricultural. Além da influência de povos
africanos, orientais e europeus, os povos indígenas deixaram elementos importantes para a nossa cultura,
sobretudo em relação aos hábitos alimentares. A culinária nortista, por exemplo, é rica em elementos da
cultura indígena, como a maniçoba e a utilização do tucupi em pratos típicos. Frutos como o caju e a
acerola eram consumidos pelos indígenas, e os seus respectivos nomes tiveram origem nas línguas tupi.
O açaí, o guaraná e a tapioca, que consumimos amplamente nos dia de hoje e são, inclusive, explorados
pela indústria alimentícia, são oriundos dos hábitos alimentares indígenas.
O Dia de Tiradentes é comemorado 21 de abril no Brasil desde 1890, logo após a Proclamação
da República.
Essa data é feriado nacional e faz homenagem a Tiradentes, considerado um herói nacional,
mártir e Patrono da Nação Brasileira.
Tiradentes se tornou patrono cívico da Nação brasileira em 1965, pela Lei Nº 4.897.
Visando enfatizar a importância dessa figura multifacetada no desenvolvimento da história do
Brasil, a data faz referência ao dia de sua morte, quando Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21
de abril de 1792.
Joaquim José da Silva Xavier nasceu no dia 12 de novembro de 1746 em Minas Gerais, na cidade
de Pombal (hoje chamada Tiradentes).
A alcunha “Tiradentes” estava relacionada a prática farmacêutica que na época os autorizava a
fazer operações dentárias.
Tiradentes envolveu-se num dos movimentos revolucionários libertários do século XVIII que
ocorriam na colônia daquela época.
É preciso lembrar que houve outras rebeliões como a Revolta de Vila Rica ou a Conjuração Baiana.
A prisão e a morte de Tiradentes
Em 1788, Tiradentes envolveu-se no movimento revolucionário da Inconfidência Mineira contra a
Coroa portuguesa. Foi preso em 10 de maio de 1789, no Rio de Janeiro, quando tentava captar apoio para
sua causa.
Ficou preso durante três anos e foi o único do grupo dos Inconfidentes a ser condenado à forca. Foi
enforcado e depois esquartejado, na praça da Lampadosa, no Rio de Janeiro, dia 21 de abril de 1792.
Para além do mártir, Tiradentes foi um homem tagarela, namorador, teimoso, corajoso, apaixonado
por livros e defensor do conhecimento. “Tem gente que quer que Tiradentes seja um ‘santo’, mas ele foi
um homem, com paixões, defeitos e qualidades”, diz o professor do departamento de história da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luiz Villalta, que pesquisa o tema há quatro décadas.
Inconfidência Mineira
Tiradentes foi reconhecido como herói nacional e um mártir da Inconfidência Mineira, quando a
República brasileira foi instalada através de um golpe em 15 de novembro de 1889.Um dos primeiros atos
do novo governo foi transformar a data em que ele foi executado, 21 de abril, em uma festa cívica a ser
celebrada nos quartéis.
Evidentemente, o dia da morte de Tiradentes por muito tempo foi compreendido como o dia em que
um rebelde foi morto, como típico exemplo de retaliação absolutista. Entretanto, após a Independência do
Brasil e, principalmente, após a Proclamação da República (época em que o Brasil, já desvinculado de
Portugal, procurava construir sua identidade nacional), a imagem de Tiradentes começou a ser
recuperada e louvada como um dos heróis da nação ou como um dos que primeiramente lutaram (até a
morte) pela liberdade.
Um exemplo dessa imagem foi a instalação, em 1867, do primeiro monumento a Tiradentes na
cidade de Ouro Preto. Outro exemplo, o mais notório, foi a confecção, por parte do pintor Pedro Américo,
do quadro “Tiradentes Esquartejado” em 1893, época em que a República, recém-instituída, procurava os
mártires e os patronos da “nação brasileira”. O Tiradentes de Pedro Américo traduz a imagem idealizada
do martírio, que se aproxima do martírio de Cristo.
Essa visão republicana de Tiradentes permaneceu (e, de certo modo, ainda permanece) no
imaginário popular dos brasileiros. Durante a primeira fase do regime militar no Brasil, o
marechal Castelo Branco, então presidente da República, contribuiu para o reforço dessa imagem de
Tiradentes, sancionando a Lei Nº 4. 897, de 9 de dezembro de 1965, que instituía o dia 21 de abril como
feriado nacional e Tiradentes como, oficialmente, o Patrono da Nação Brasileira.
Com a Independência do Brasil, em 1822, deu-se início a um processo de construção da ideia de “nação” e de
“povo brasileiro”. Esse processo teve seu pontapé inicial no campo das artes (principalmente a literatura
do Romantismo) e no campo da investigação científica (botânica, geografia, história etc.). Com o advento
da República, em 1889, esse processo ganhou uma nova face. Era a vez de se elencar os símbolos e os heróis da
nação. Tiradentes, que foi considerado traidor pela Coroa portuguesa, foi retomado como símbolo de
resistência e de liberdade.
O dia 22 de abril é marcado no Brasil como o dia em que os portugueses chegaram ao nosso
território pela primeira vez. Esse acontecimento é conhecido como “descobrimento do Brasil”, mas os
historiadores preferem outras abordagens ao dia, como “chegada dos portugueses” ou “achamento do
Brasil”.
Esse acontecimento é um marco porque, de uma certa forma, deu início à exploração colonial do
nosso território, ainda que muito lentamente. O descobrimento do Brasil já foi comemorado aqui no dia 3
de maio, devido a uma interpretação errônea, mas a descoberta da carta de Pero Vaz de Caminha
confirmou a real data: 22 de Abril . Até 1930, sua data era considerada feriado nacional, mas deixou de
sê-lo por meio de uma lei.
Contexto
A chegada dos portugueses ao Brasil está inserida no contexto das grandes navegações,
realizadas pioneiramente por portugueses, e depois pelos espanhóis, ao longo dos séculos XV e XVI. Por
grandes navegações, referimo-nos às expedições marítimas realizadas por essas duas nações, ao longo
desses dois séculos, e que resultaram na exploração dos oceanos, sobretudo do Atlântico.
Portugal foi o pioneiro nesse processo, e isso se deve ao fato de que o país tinha
as condições políticas, econômicas e comerciais que possibilitaram o investimento no desenvolvimento
náutico. Politicamente, Portugal era um país estável, uma vez que possuía uma dinastia consolidada e um
território unificado.
Essa estabilidade política permitiu a utilização de recursos econômicos no desenvolvimento
tecnológico, que viabilizou melhorias na área da navegação. Comercialmente falando, a localização de
Lisboa tornava-a um centro importante para rotas de comércio, por seu fácil acesso às correntes
marítimas.
Por fim, o fechamento da rota para o Oriente, após a conquista de Constantinopla pelos
otomanos, em 1453, acabou sendo um impulso decisivo para as navegações marítimas. Era necessário,
então, encontrar novas rotas para garantir o acesso às valiosas mercadorias disponíveis no Oriente.
Essas novas rotas vieram com a exploração oceânica.
Em 1492, os espanhóis chegaram ao continente americano por meio da expedição de Cristóvão
Colombo. Dois anos depois, espanhóis e portugueses, apoiados pela Igreja, chegaram a um acordo
conhecido como Tratado de Tordesilhas, que determinava a divisão das novas terras a oeste entre
portugueses e espanhóis. Os portugueses, no entanto, ainda não haviam alcançado terras tão a oeste
assim, e, portanto, era necessário uma expedição para comprovar a existência delas.
Expedição de Pedro Álvares Cabral
Data do descobrimento
Atualmente, o descobrimento do Brasil não é feriado nacional. Essa condição permanece desde 1930,
quando o recém-estabelecido governo de Getúlio Vargas assinou o Decreto nº 19.488, em 15 de
dezembro. No entanto, a lei brasileira que define quais são os feriados no Brasil, nos dias de hoje, é a Lei
nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002.
CARTA DE PÊRO VAZ DE CAMINHA
O rei de Portugal na época, D. Manoel I, foi informado da descoberta através da carta escrita por
Pero Vaz de Caminha.
Pêro Vaz de Caminha era o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral e sua carta contava à Corte
Portuguesa sobre as belezas da Terra de Vera Cruz, o nome que inicialmente deram ao Brasil.
Na carta, Pêro Vaz de Caminha descreve a terra, os índios, a primeira troca de presentes entre
eles, e a primeira missa celebrada em território brasileiro, em 26 de abril.