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BIBLIOTECA MUNICIPAL

IDAIR BERNARDES SANTOS

PROJETO POVOS INDÍGENAS

BONFINÓPOLIS DE MINAS – MG

ABRIL - 2021
BIBLIOTECA MUNICIPAL

IDAIR BERNARDES SANTOS

PROJETO POVOS INDÍGENAS: A IMPORTÂNCIA DA


HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA NO BRASIL

ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

TURMAS: PRÉ – ESCOLA

&

1º AO 5º ANO

ESCOLA MUNICIPAL JOÃO LUIZ DOS SANTOS

BONFINÓPOLIS DE MINAS – MG

ABRIL - 2021
PROJETO DIA DO ÍNDIO: IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA E
CULTURA INDÍGENA NO BRASIL

HISTÓRICO DOS POVOS INDÍGENAS

O Dia dos povos indígenas é comemorado no Brasil em 19 de abril. A data não


foi escolhida ao acaso. Sua origem está ligada a realização do Congresso
Indigenista Interamericano, ocorrido em 1940 em Patzcuaro, no México. A
finalidade do evento era debater medidas de proteção aos índios do continente
americano. A princípio, estes representantes dos próprios indígenas se
recusaram a participar, sob a alegação de que os líderes políticos dos países
participantes seriam o foco do congresso (MONTEIRO, 1995).

De acordo com Castro (1993) após o boicote inicial, em 19 de abril eles decidiram
participar das discussões. A data, portanto, foi escolhida para celebrar o Dia dos
povos indígenas. Delegações de 55 países se reuniram no México. Das
Américas, apenas Canadá, Haiti e Paraguai não participaram. Com isso, a data
não foi oficializada de imediato no Brasil, principalmente, porque o país não
aderiu às determinações do evento. Foi somente em 1943, por meio de um
decreto de Getúlio Vargas, que a data comemorativa foi oficialmente instituída
no país.

Segundo o Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia


e Estatística (IBGE) em 2010, o país contava com apenas 10% do total da
população indígena, que vivia aqui em 1500, ano da chegada dos portugueses.
No ano de 2010, a estimativa era de que no Brasil haviam 817,9 mil indígenas,
divididos em 305 etnias e 274 línguas distintas. Boa parte dos habitantes foram
dizimados durante o período de colonização. Mas ainda hoje, essa população
sofre com o avanço da agropecuária rumo às suas terras. Culturalmente, durante
muito tempo, os indígenas foram tratados como figuras mitificadas, além de
serem cercados de preconceitos de diversas naturezas (ALMEIDA, 2012).
1ª Marcha das Mulheres Indígenas, aconteceu em 13 de agosto de 2019 – uma
homenagem à Margarida Alves.
Nomeada em referência à líder sindical
paraibana Margarida Alves,
assassinada em 1983 a mando de
latifundiários, a marcha é espaço para o
compartilhamento de dramas comuns e
para a vocalização dos anseios que
pautam a luta das trabalhadoras
(CONTAG, 2019).

Margarida Alves, representa o símbolo da luta das trabalhadoras do campo por


direitos. Ela foi uma grande lutadora e tinha muita coragem para lutar por
direitos. Isso cada vez mais, sobretudo no momento que a gente está
vivenciando, ela nos dá mais força, mais coragem para continuar lutando pelos
direitos da classe trabalhadora, sobretudo os das mulheres.

Vale ressaltar que os indígenas também passam por várias transformações com
a educação relacionadas aos estudos neste contexto da pandemia do novo
coronavírus. Houve relatos que as escolas indígenas se adaptaram ao ensino
remoto, especialmente, aqueles que vivem isolados, pois, são considerados um
grupo mais vulnerável. Portanto, eles necessitam de atenção redobrada em
relação às medidas de prevenção para evitar o contágio. Porém, muitos só
conseguem ter acesso ao material impresso, uma vez que há problemas por
causa da internet e de celular. Somente em alguns lugares das tribos a conexão
funciona, e, se todos os alunos tivessem interesse em assistir às aulas, geraria
aglomeração. Muitas vezes, pai e mãe não conseguem dar suporte aos alunos
por não serem alfabetizados. Eles não são de uma sociedade letrada, as
crianças passam a ser letradas quando vão à escola (COELHO, 2020).

Segundo monitoramento realizado pela Articulação dos povos Indígenas do


Brasil (APIB), em 2020 o novo coronavírus já havia causado a morte de 948
indígenas de 161 tribos. Constata – se também que as escolas tiveram início em
2021, mas seguem em ensino remoto. A perspectiva é que nos próximos meses
passem a ser em regime híbrido e, com o avanço da imunização dos povos
indígenas – considerados parte do grupo prioritário retomem integralmente em
regime presencial. Com tudo isso, os povos indígenas continuam esperançosos
que tudo volte ao normal e continua na luta pela sobrevivência (COELHO, 2020).

JUSTIFICATIVA

O presente projeto justifica – se pela importância do modo de vida dos povos


indígenas, e apesar de discussões sobre temas indígenas serem pertinentes a
todas as épocas do ano, muitas escolas montam seu calendário de atividades
com base nas datas comemorativas. A data ganha ainda mais notoriedade
quando se é lembrado a necessidade de valorizar a cultura desses povos e
despertar nas crianças a importância de respeitá-la.

Além disso, a ministração de conteúdos referentes aos povos indígenas do


Brasil, à cultura indígena brasileira e ao índio na formação da sociedade
nacional, bem como suas contribuições para a área social, econômica e política
ao longo da história do Brasil são legalmente assegurados pela Lei Nº 11.645,
de 10 março de 2008. Portanto, a Escola Municipal João Luiz dos Santos adere
ao calendário municipal, e torna o dia 19 de abril como uma data comemorativa
de grande relevância para os estudantes, oportunizando novas descobertas,
bem como para aprofundar seu conhecimento e enriquecer a valorização dos
indígenas, e também enaltecer a referência da cultura brasileira.

OBJETIVOS

Identificar a influência da cultura indígena em nossa sociedade;

Potencializar a criatividade e imaginação dos estudantes;

Conhecer, valorizar e respeitar os diferentes aspectos culturais de cada povo;

Desenvolver raciocínio e atenção da comunidade escolar;

Estimular a oralidade dos alunos;

Valorizar a pluralidade cultural característica do nosso país;


Conhecer diferentes etnias indígenas brasileiras e refletir sobre como elas são
importantes para a formação da população do Brasil.

DESENVOLVIMENTO

Leitura compartilhada de textos informativos sobre a atual situação dos índios no


Brasil;

Contação de histórias, lendas e contos indígenas;

Desenhos livres;

Escolha de uma tribo e elaboração de pesquisa sobre ela: Guaranis, Ticunas,


Caingangues, Macuxis, Terenas, Guajajaras, Ianomâmis, Xavantes e Pataxós,

Ex: Bingo de palavras indígenas;

Apresentação de vídeos com músicas e danças;

Elaboração de um vocabulário ilustrado sobre as palavras de origem indígena


que usamos no nosso cotidiano.

Sugestão de atividades de estudo remoto: pesquisar sobre a importância das


Lendas Indígenas, e da origem da palavra Tacacá, registra os significados.

CONSIDERAÇÕES

Há de se pontuar que a cultura indígena brasileira é uma das mais encantadoras,


o respeito à natureza, o reconhecimento da sabedoria dos nossos antepassados
e o próprio entendimento de mundo nos mostra a riqueza dos primeiros
moradores do país. Por isso, é importante aproximar as crianças dessas nações,
evitando o preconceito e enriquecendo sua bagagem de conhecimento. Muito
mais do que saber onde moram as tribos e o que usam, a melhor forma de se
aproximar dos indígenas é por meio de suas histórias.
O Dia dos povos indígenas deve ser também
um dia de reflexão sobre seu verdadeiro
valor, de respeito às suas manifestações
culturais e da tão merecida liberdade a que
eles têm direito, como qualquer um de nós.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. C. História dos Índios na América: abordagens


interdisciplinares e comparativas. Entrevista com Serge Gruzinski. Tempo,
Niterói, v. 12, n. 23, 2007. Disponível em
>http://www.gbl.indiana.edu/archives/menu.html <.Acesso em 08 de abri de
2021.

CASTRO, E. V.; CUNHA, M. C. (Orgs.) Amazônia Etnologia e História


Indígena. São Paulo: NHII/USP: FAPESP, 1993.https://amazoniareal.com.br.
Acesso em 07de abr de 2021.

COELHO et al (2020). Assessing the potential impact of COVID-19 in Brazil:


Mobility, Morbidity and the burden on the Health Care System. doi: Disponível
em> https://doi.org/10.1101/2020.03.19.20039131. Acesso em 03 de abr de
2021.

MONTEIRO, J. M. O desafio da História indígena no Brasil. In. GRUPIONI,


Luiz Donizete Benzi; SILVA, Aracy Lopes da Silva. A temática indígena na
escola: novos subsídios para professores de 1 e 2 graus. Brasília: MEC:
MARI:UNESCO,1995.>http://www.gbl.indiana.edu/archives/menu.html. Acesso
em 02 de abr de 2021.

PLATAFORMA POLÍTICA MARCHA DAS MARGARIDAS 2019, por um Brasil


com soberania popular, democracia, justiça e livre de violência. Disponível
em< http://www.contag.org.br/imagens/ctg_file_1236339083_14082019151003.
pdf >. Acesso em 11 de abr de 2021.

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