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Cidadania

Arte

Esse componente curricular contribui para a interação crítica dos alunos com a
complexidade do mundo e favorece o respeito às diferenças e o diálogo
intercultural, os quais são importantes para o exercício da cidadania. A Arte
propicia a troca entre culturas e favorece o reconhecimento de semelhanças e
diferenças entre elas.

A aprendizagem de Arte precisa alcançar a experiência e a vivência artísticas


como prática social, permitindo aos alunos que sejam protagonistas e
criadores na prática da cidadania.

Entre as atividades proposta para esse fim, estão:

 Criação artística que permita a expressão de cada aluno;


 Exposição das criações, a fim de estimular o respeito à singularidade
criativa;
 Saraus;
 Espetáculos;
 Performances;
 Concertos;
 Recitais;
 Intervenções e outras apresentações/eventos artísticos e culturais que
enalteçam as diferenças e o entendimento destas.

9 atitudes para apoiar a cultura e


direitos dos Povos Indígenas
Cobrar investimento responsáveis dos bancos, consumir de forma
sustentável e até o simples ato de buscar referências sobre a história
indígena são ações que estão ao alcance de qualquer pessoa e
podem fazer a diferença

FINANCEIRO

16/04/2021
Atualizado: 
08/08/2022
Fotos Públicas: Tiago Miotto / Cimi

No dia 9 de agosto é comemorado o Dia Internacional dos Povos


Indígenas. Antes de qualquer comemoração, a data - assim do Dia
dos Povos Indígenas, de 19 de abril -, é um momento de reflexão. Por
isso elencamos nove atitudes que um brasileiro não indígena pode
fazer neste dia que podem ajudar a preservar a cultura do povo nativo
do nosso país. 
Cobrar investimentos responsáveis dos bancos, consumir de forma
sustentável e até o simples ato de buscar referências sobre a história
indígena são ações que estão ao alcance de qualquer pessoa e
podem fazer a diferença. Veja como você também pode ajudar: 

1. Dê adeus aos estereótipos


“Índio gosta de mandioca, usa cocar, e anda pelado. Mas hoje tem um
monte de gente que se diz índio e não é mais: tem TV, carrão, usa
roupa de marca.” Aposto que você já ouviu algo assim sempre que a
questão indígena fica em evidência. Esse estereótipo é um dos mais
arraigados na cultura brasileira e coloca os indígenas como coisa (sim,
coisa) do passado e que, portanto, devem “evoluir” e se integrar a um
padrão de civilidade europeu e cristão. Negar-lhes acesso à educação
e às benesses que outros grupos da população têm é uma visão
míope do que é ser indígena. Alguns indígenas optam por ficar em
suas comunidades, alguns querem ir pra universidade, outros querem
entrar na política... Assim como na sociedade não indígena, há uma
diversidade de pontos de vista, sonhos e vivências que deve ser
respeitada. Não tente fazer um povo indígena parecer menos indígena
porque ele não se encaixa em estereótipos ultrapassados.

2. Saiba que os povos indígenas


não estão só na Amazônia
Um dos maiores equívocos das generalizações do dia-a-dia é achar
que só existe indígena vivendo no meio da mata, especialmente na
Floresta Amazônica. O que quem reproduz esse estereótipo não sabe
é que cerca de 36,2% da população indígena está nas cidades. Este
dado do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística),  de 2010, também mostra que apenas três dos 10 estados
com maior número de indígenas se localizam fora da região Norte.
Além disso, a capital de São Paulo é a 4ª cidade com o maior número
de habitantes indígenas. 

3. Conheça os direitos indígenas


A Constituição Federal de 1988 selou muitos dos direitos indígenas,
graças à mobilização dessa população, conhecida principalmente
pelo histórico discurso de Ailton Krenak na Constituinte. A Carta
Magna sela os direitos originários dos povos indígenas às suas terras,
pois esses povos a ocupavam desde muito antes da chegada do
colonizador português. Diferentemente de leis anteriores que
prezavam o fim das culturas indígenas, por meio de uma
“assimilação”, desde 1988 lhes foi garantido direito à diferença, de
expressarem sua cultura como bem entenderem. A partir da
Constituição, diversos outros direitos foram reconhecidos, como à
educação e à saúde,  que devem ser diferenciados para reforçar a
autodeterminação desses povos.

4. Entenda, de uma vez por todas,


que não tem muita terra para pouco
índio
As pessoas que buscam deslegitimar o direito constitucional dos
povos originários às suas terras costumam dizer que as Terras
Indígenas demarcadas são “terra demais para pouca gente”. O
primeiro grande erro desse argumento é entender a terra apenas
como fonte de renda e valor, mentalidade distinta daquela praticada
pelos povos indígenas, que possuem modos diferentes de viver e de
enxergar os seres vivos. Além disso, como bem pontua um estudo da
APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), os Povos Indígenas
compõem 5% da população mundial, mas suas terras detêm 80% de
sua biodiversidade. Ou seja, as Terras Indígenas e o trabalho ativo
dos povos que vivem nelas são a última barreira contra o
desmatamento e a degradação ambiental, fenômenos que afetam
negativamente a vida de todo o planeta.

5. Conheça os povos indígenas do


Brasil
São mais de 300 etnias indígenas, e cada uma tem uma cultura muito
diferente da outra. Por exemplo, os Ashaninka têm vestimentas muito
parecidas com os tecidos tradicionais peruanos, enquanto o alimento
mais importante dos Guarani é o milho, e não a mandioca. O Instituto
Socioambiental criou o portal Povos Indígenas do Brasil, onde é
possível encontrar os nomes e detalhes de mais de 256 etnias
indígenas. Esse é um bom começo para entender mais a diversidade
que há dentro da categoria.

6. Ouça o que eles dizem


Felizmente hoje é possível encontrar diversos indígenas em maior
evidência no debate público nacional, como Ailton Krenak, Davi
Kopenawa, Raoni Metuktire (o cacique Raoni) e Sônia Guajajara.
Entretanto, essa é uma voz ainda muito marginalizada e sub
representada, por isso é preciso que busquemos cada vez mais ouví-
la. Em uma busca rápida você vai achar inúmeros resultados úteis.
Para conhecer a cultura de alguns povos de forma lúdica, o
projeto Vídeo nas Aldeias pode ser um caminho. Acompanhar as
redes sociais da Mídia Índia também é uma ótima forma de ficar
sempre em contato com a pauta.

7. Consuma com consciência


Atualmente, a produção agropecuária irresponsável, a mineração, a
geração de energia e a especulação imobiliária estão entre as maiores
ameaças para os povos indígenas de todo o Brasil. Confira como as
marcas que você costuma comprar tratam os direitos indígenas e em
caso de dúvida, pergunte. O direito à informação é garantido aos
consumidores e por isso você pode sempre questionar seu
supermercado, açougue e loja de materiais de construção de onde
vem o produto que você está consumindo. Se você não ficar satisfeito
com a conduta da marca, busque alternativas.

8. Pressione seu banco


Um elo muito importante da economia que contribui com a violação de
direitos dos povos indígenas é o setor financeiro.  Por exemplo, a já
chamada "nova corrida do ouro" em curso na Amazônia passa
pela (ir)responsabilidade de instituições financeiras. O Guia dos
Bancos Responsáveis mostrou que nenhum dos maiores bancos
brasileiros menciona a consulta livre, prévia e informada dos povos
indígenas em suas políticas de financiamento e investimento. Essa é
uma exigência mínima para que empreendimentos econômicos
respeitem as terras e vivências indígenas. Dessa forma, mesmo sem
querer, seu dinheiro pode acabar fomentando as violações contra a
população indígena. Por isso, é possível enviar um ultimato ao seu
banco, exigindo dele políticas de respeito e inclusão dos povos
indígenas. Não deixe que eles se isentem da responsabilidade,
pressione! 

9. Apoie os povos indígenas


Os povos indígenas foram sistematicamente silenciados,
assassinados e marginalizados ao longo da história brasileira. Seguir
essas dicas que listamos ajuda na mudança desse cenário, para que
essas populações possam continuar reproduzindo suas culturas e
tendo as oportunidades, espaço e voz que merecem. Considere apoiar
o trabalho de organizações que atuam na defesa dos povos indígenas
e na disseminação de informações contra os estereótipos. Muitas
etnias têm suas próprias associações, enquanto diversas outras
agregam várias etnias e não-indígenas comprometidos com a pauta.
O protagonismo da luta por direitos deve ser dos próprios povos
indígenas, mas a suas atitudes e o seu engajamento também são
essenciais para garantir avanços.

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