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PROJETO DE

INTERVENÇÃO
PARA
CONSCIENTIZA
ÇÃO DE
VULNERABILID
ADE INDÍGENA ALUNOS
ALAN CARLOS ARAÚJO DE OLIVEIRA
FERNANDA DA SILVA TERRAS
MARIA JULIA LOPES NIGRO
NATHÁLIA TERRA MALACHIAS
INTRODUÇÃO

•A sociedade brasileira é demarcada por sua história de colonização dos portugueses, dos
quais invadiram terras já ocupadas por povos indígenas, que sofreram não somente com a
perca do próprio território, mas também violação em sua identidade.

•A escravidão indígena foi percussora para o racismo que envolve toda a estrutura da
sociedade atual, demarcada pelas mais diversas formas de exercício deste preconceito.

•Sofrimento frente a catequização.


INTRODUÇÃO

• Em 1918, com as discussões a respeito da população indígena, houve novamente a tentativa de transformar o índio em
um cidadão brasileiro através da imposição da ideologia do grupo dominante.

• A ideia de que o brasileiro não é racista, mas que há racismo, é fundamentada no mito da democracia racial, em que o
Brasil seria o paraíso racial de relações harmoniosas.

• A desigualdade social configura a exclusão das minorias, em que o índio brasileiro sofre de preconceitos velados em
instituições como as universidades, que apesar de ofertarem cotas raciais, ainda não estão preparadas para receber e
acolher o indígena.

•Não possui visibilidade nas políticas públicas.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

•Através de um contato com o CRAS, chegou até a PUCPR a demanda de desenvolver


um projeto com alguns indígenas transeuntes, de origem da aldeia de Apucaraninha
que apresenta como demanda o uso abusivo de álcool e, apesar de uma minoria,
alguns drogas e, as crianças e adolescentes, estão fora da escola.

•Os indígenas supracitados fazem parte do povo Kaingang, que se realocaram para a
região metropolitana de Londrina. Muitos são encontrados nos semáforos
mendigando ou vendendo balaios confeccionados muita das vezes, ali mesmo na rua
onde passam o dia.
METODOLOGIA

• Pesquisa-Ação
• Tem como finalidade reconhecer a realidade fazendo uso de diversas matrizes
teóricas, tendo como principal característica a intervenção, sendo ela educativa e
conscientizadora daqueles que fazem parte da pesquisa (BALDISSERA, 2001).
• Pesquisar dados sobre a marginalidade de moradores de rua e grupos indígenas
que fazem morada nos centros urbanos e nas ruas, o uso de álcool e drogas
presente nesta população e na problemática das crianças indígenas não estarem
sendo escolarizadas, direito garantido pela Constituição Federal de 1988.
• Elabora uma intervenção voltada para as necessidades da população indígena que
está em situação de vulnerabilidade fora de suas aldeias.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

• A proposta de intervenção possui como objetivo trabalhar com os indígenas da aldeia


Apucaraninha e também com a população não indígena. O resultado esperado é a
conscientização de ambas populações sobre os riscos e dificuldades enfrentadas pelos
indígenas hoje, longe de sua aldeia e de quais formas a sociedade pode intervir para promover
a mudança da realidade por eles vivida.
1ª etapa: Sarau artístico junto à aldeia de
Apucaraninha.
• Consiste na elaboração de um Sarau artístico junto aos indígenas da aldeia, onde a proposta é
que eles desenvolvam um pensamento crítico a respeito do uso abusivo de álcool e drogas e da
importância da formação escolar através de sua música, desenhos, pinturas corporais e afins.
• Participação de estudantes de psicologia e psicólogos já formados, seu funcionamento é de
grupoterapia, de forma dinâmica e artística de modo que proporcionasse um ambiente leve e
acolhedor para criar, falar e conscientizar essa população.
2ª etapa: Projeto conjunto ao SUS.

• Elaboração de cartilha que seria distribuída em parceria com a Prefeitura Municipal e ao SUS para
conscientizar a população não indígena da situação de risco e vulnerabilidade que esses indígenas se
encontram.
• Conteúdo ilustrativo e com linguagem de fácil entendimento, contendo informações sobre os
indígenas, a situação que se encontram e propostas de ajuda como: locais ou número de telefone
de programas que buscam ajudar a população indígena.
• Deve conter a informação de locais que acolham essas pessoas, assim como a respeito de
doações que possam contribuir para a inclusão dos indígenas em programas relacionados a
moradia e alimentação.
• A cartilha deve trazer conteúdos conscientizadores acerca da utilização de bebidas e drogas,
incentivando a doação de alimentos ao público descrito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Acesso em 29 Nov. 2020. https://doi.org/10.20435/inter.v19i3.1721.
• BALDISSERA, Adelina. Pesquisa-ação: uma metodologia do “conhecer” e do “agir” coletivo. Sociedade em Debate, v. 7, n. 2, p. 5-25, 2001.
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Ciência & Saúde Coletiva. v. 25, n. 5 [Acessado 20 Novembro 2020] pp. 1809-1818. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-
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• FELLET, João. Índios não podem 'ficar parados no tempo', diz novo chefe da Funai. BBC Brasil, Brasília, 6 abr 2017. Disponível em:
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http://dx.doi.org/10.1590/15174522-017004001.

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