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OS DESAFIOS DO TERAPEUTA NA CLÍNICA ANALÍTICO-

COMPORTAMENTAL: O PAPEL DO TERAPEUTA NA IDENTIFICAÇÃO DA


FUNÇÃO DO COMPORTAMENTO DO CLIENTE

Emanuelle Oliveira Poli; Bianca Coscrato; Rafael Promenzio; Catarina Botelho; Victor Tauil;
Marcos Campanini; Raíssa Souza de la Torre; Matheus Eduardo Rosa; Bruna Mathoso;
Isadora Moraes; Maria Julia Nigro; Luisa Fonseca; Paolla Malta; Ana Paula Cogo; Mariana
Sanches; Matheus Inoue; Izabelli Garbelini; Vitoria Cristina; Anna Flávia Sella; Rebeka
Qualio Oriente Blanco; Daniella Sahori; Lethicia Goes; Letícia Kawazoe; Giovanna Reis;
Beatriz Maestro; Marcos Garcia; João Juliani; Celso Athayde Neto.
emanuelle.poli@pucpr.edu.br bianca.coscrato@pucpr.edu.br rafael.promenzio@pucpr.edu.br
catarina.botelho@pucpr.edu.br victor.ayub@pucpr.edu.br marcos.campanini@pucpr.edu.br
Pontifícia Universidade Católica do Paraná Campus Londrina

Eixo Temático: II - Inovações no Contexto Clínico

Modalidade de Apresentação: Mesa Redonda

RESUMO

A Terapia Analítico Funcional (FAP) é uma abordagem terapêutica da Análise do


Comportamento que possui como base a relação terapeuta-cliente. Nessa perspectiva, a relação
terapêutica fornece um ambiente seguro para que o cliente consiga explorar e modificar padrões
comportamentais disfuncionais e que geram prejuízos ao seu desenvolvimento biopsicossocial.
Deste modo, a confiança e a segurança são aspectos essenciais para o processo terapêutico,
tendo em vista que o objetivo relaciona-se ao fato de viabilizar que o cliente consiga
experimentar novas topografias para interação social, recebendo feedback imediato do terapeuta
– este que modela as habilidades do cliente. O objetivo deste trabalho é apresentar estratégias
de intervenção à luz da Análise do Comportamento e da Terapia Analítico-Comportamental.
Para tal, o foco será sobre o comportamento do terapeuta inserido na relação com o cliente. A
FAP permite identificar diferentes repertórios que podem ser essenciais para compreender
funcionalmente o caso, à medida que o efeito que determinado comportamento do cliente evoca
no terapeuta, pode dificultar ou facilitar o manejo clínico. Dessa forma, considera-se que a
identificação dos sentimentos e comportamentos que o terapeuta apresenta pode ser uma
importante fonte de análise da relação terapêutica, fato que, consequentemente, viabiliza a
identificação dos comportamentos clinicamente relevantes (CRBs). Por conta destas
dificuldades, o manual do Modelo de Avaliação Idiográfica Funcional (FIAT-Q) se propõe a
criar um material que pode ajudar terapeutas a melhorar sua capacidade de conduzir
intervenções psicológicas, como por exemplo: se o cliente consegue expressar ou compreender
de forma clara e assertiva suas necessidades e valores; se o cliente exibe muitos
comportamentos de fuga e esquiva; ou se apresenta dificuldade de identificação de dicas
contextuais ou funções de estímulo discriminativo. Portanto, a aplicação da FAP pode ser
efetiva em casos que o cliente apresenta comportamentos de ansiedade, produtos de relação
entre diversos eventos (externos e internos), que estabelece ambiente para o próprio cliente se
comportar de forma ansiógena. Pois é nesta relação (terapêutica), que o terapeuta pode se voltar
a fornecer um modelo de comportamento reflexivo, por meio da modelagem e por meio de
questionamentos (mandos de informação), permitindo o cliente identificar o quanto este
exercício pode minimizar suas crises, e ocorrer a generalização do comportamento para fora da
sessão. Da mesma forma, a FAP também pode ser aplicada em situações que, o cliente, por
conta de uma história de punições advindas do ambiente familiar, se esquiva de expressar-se ao
terapeuta, mantendo-se relutante para a construção do vínculo terapêutico e para a identificação
de suas próprias emoções.

Palavras-chave: Clínica Analítico-Comportamental; Psicoterapia Analítica Funcional (FAP);


Relação Terapêutica; Análise Funcional; Estudo de Caso.

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