Você está na página 1de 8

RESUMO

PSICOTERAPIA ANALÍTICA FUNCIONAL


Aluno(a): Beatriz leite de A. Araújo
Professor(a): Geffson
Curso: Psicologia 7° A

Foi desenvolvida por Robert J. Kohlenberg e Mavis Tsai em torno da


década de 1980, a FAP é um tipo de terapia comportamental, com uma teoria
aplicada e inserida no campo cognitivo e comportamental, foi significante para
compreender quais mecanismos e relação entre paciente e terapeuta afeta os
processos de mudança, e apropria-se com vantagens de definições claras,
lógicas e precisas do behaviorismo radical. Assim é que o behaviorismo radical
é uma teoria riquíssima e profunda, que busca chegar às raízes do
comportamento humano.
Skinner rejeita a ideia, conhecendo-se algo sobre uma coisa, a expressão
do conhecimento consiste em uma declaração sobre o que aquele objeto do
conhecimento é.
A posição antiontológica de Skinner, é semelhante ao construtivismo e
kantiano. Immanuel Kant, propôs que o conhecimento é a invenção do
organismo ativo em interação com um ambiente. Os construtivistas reconhecem
o papel ativo que eles desempenham na criação, com uma visão de mundo e na
interpretação das suas observações em termos daquela visão. A tradição
construtivista, o behaviorismo radical enfatiza o contexto e o significado. Ponha
este algo em um novo contexto e ele significará outra coisa.
Quando se discute na filosofia, diz que não existe uma única maneira de
ver as coisas.
Mas quando toca as nossas próprias crenças sobre determinados
clientes, tende a apegar-se com tenacidade a seus a priores, onde as ideias são

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
fabricadas pelos observadores e nos convencemos de que, de algum modo,
oferecem um diagrama da realidade. O interesse da análise experimental do
comportamento está centrado no reforçamento, na especificação dos
comportamentos clinicamente relevantes e na generalização. A modelagem
direta e o fortalecimento de repertórios comportamentais mais adaptativos
através do reforçamento são centrais no tratamento analítico-comportamental.
O reforçamento no sentido técnico, genérico, se refere as consequências
ou contingências que aumentam ou diminuem. A definição do reforçamento é
funcional, algo pode ser definido como um reforçador, se depois da
apresentação, houver o efeito de aumentar ou diminuir a força do
comportamento que o antecedeu. Uma característica conhecida do reforçamento
é que quanto mais próximo das suas consequências, um comportamento estiver,
maiores serão os efeitos desse processo.
O reforçamento de comportamento durante a sessão é problemático,
porque a própria tentativa de aplicar o reforçamento de maneira imediata e
contingente pode também, inadvertidamente, tornar ineficaz e até mesmo
contraproducente. Ferster (1967,1972b,c) discutiu extensamente as implicações
clínicas da utilização do reforçamento arbitrário, tal como o empregado em
montagens de laboratório, contrastando-o com o tipo de reforçamento que ocorre
no ambiente natural.
O reforçamento natural é diferente do reforçamento arbitrário por
fortalecer uma ampla classe de respostas, por considerar o nível de habilidade
da pessoa, por beneficiar primariamente a pessoa sendo reforçada ao invés da
pessoa que proporciona o reforço e por ser típico e de ocorrência comum no
ambiente natural. O comportamento clinicamente relevante, possui dois
componentes da especificação de comportamentos relevantes, que são a
observação e a definição comportamental.
A observação é um pré-requisito necessário dos comportamentos
clinicamente relevantes. Para o behaviorismo, se os comportamentos podem ser

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
observados, então eles podem ser especificados e contados. Fundamentada no
pré-requisito da observação, uma abordagem terapêutica analítico-
comportamental para pacientes de consultório enfoca problemas do mundo
externo ao consultório que também ocorrem na sessão.
A aplicação clínica da FAP, ocorrem certos tipos de comportamentos. O
comportamento do cliente são seus problemas, progressos e interpretações. O
comportamento do terapeuta onde são métodos terapêuticos, que incluem
evocar, notar, reforçar e interpretar o comportamento do cliente. Onde no
behaviorismo radical, as ações do terapeuta afetam o cliente a partir de três
funções de estímulo: discriminativa onde às circunstâncias externas nas quais
certos comportamentos foram reforçados, e consequentemente, se tornam mais
prováveis de acontecer.
A maior parte de nosso comportamento está sob controle discriminativo
e é usualmente conhecido como comportamento operante. O segundo,
comportamento eliciador, comportamento respondente, é produzido de modo
reflexo e é costumeiramente denominado involuntário. e reforçadora. E terceiro
a função reforçadora, refere-se às consequências que afetam o comportamento.
O único modo do terapeuta ajudar o cliente é por meio das funções reforçadoras,
discriminativas e eliciadoras das ações do terapeuta, e essas funções de
estímulo no decorrer da sessão exercerão seus maiores efeitos sobre o
comportamento do cliente que ocorrer na própria sessão, ao qual a característica
principal de um problema que poderia ser alvo da FAP é que ele ocorra durante
a sessão.
Alguns comportamentos do cliente que podem ocorrer durante a sessão,
que são relevantes e denominados comportamentos clinicamente relevantes.
CRB1s referem-se aos problemas vigentes do cliente, cuja frequência deveria
ser reduzida ao longo da terapia. Normalmente são esquivas sob controle de
estímulos aversivos.

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
O CRB2, progressos do cliente que ocorrem na sessão, durante os
estágios iniciais do tratamento, estes comportamentos não são observados ou
possuem uma baixa probabilidade de ocorrência nas ocasiões, em que ocorre
uma distância real do problema clínico. Prováveis CRB2, em situações que o
cliente cujo problema é se afastar e vivenciar sentimentos de baixa autoestima,
quando as pessoas não lhe dão atenção ou outras situações sociais. Ele pode
demonstrar um padrão similar de comportamento de afastamento durante uma
consulta ao qual o terapeuta não presta atenção ás suas palavras e interrompe
seu discurso antes que termine de falar.
Interpretações do comportamento segundo o cliente, o CRB3 refere-se à
fala dos clientes sobre seu próprio comportamento e o que parece causá-lo.
Envolve a observação e interpretação do próprio comportamento e dos estímulos
reforçadores, discriminativos e eliciadores associados a ele.
O processo de avaliação da FAP, não é diferente dos roteiros usados
pelos terapeutas na clínica. O cliente é solicitado a relatar suas queixas e outras
condições de sua vida. Entrevistas, auto-relatos, material gravado, questionários
e registros são utilizados para definir o problema, gerar hipóteses sobre variáveis
de controle e monitorar o progresso. Uma vez que o terapeuta já tem alguma
ideia sobre o problema e suas variáveis de controle, inicia-se a avaliação da
eventual ocorrência destes comportamentos na sessão.
A FAP centraliza sua avaliação em uma questão-chave, que o terapeuta
continuamente pergunta ao cliente durante o tratamento. A mesma não possui
procedimentos especiais para avaliar a validade do auto-relato do cliente em
resposta a uma questão de avaliação. A vantagem de avaliar o comportamento
vigente, entretanto, é que o terapeuta pode observar diretamente o
comportamento que o cliente descreverá, ao qual permitirá avaliar a
confiabilidade inter-observadores, que constitui numa oportunidade de estimar a
correlação entre relatos verbais e o comportamento ao qual ele se refere.

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
Prestar atenção aos CRBs, essa é uma das regras número 1 da FAP,
seguir trará resultados na terapia, ao qual conduzirá a uma crescente identidade,
reações emocionais mais fortes entre cliente e terapeuta, bem como quão maior
for a proficiência do terapeuta identificar CRBS, melhores os resultados. Regra
2, evocar CRBs, um relacionamento terapeuta-cliente ideal evoca CRB1 e cria
condições para o desenvolvimento do CRB2. Um terapeuta ativo e caloroso
poderia evocar os problemas do cliente e abrir espaço para progressos.
Há outras formas do ambiente ser estruturado para evocar CRBs.
Embora não visem tal objetivo, técnicas especificas usadas por psicoterapeutas
podem ser válidas por evocarem o CRB, pela associação livre, hipnose, lições
de casa, exercícios de imaginação, relacionados a estar sob restrição
emocionado ou em processo criativo.
Reforçar CRB2s, como regra 3 difícil de por em prática, pois os únicos
reforçadores naturais disponíveis, para o cliente adulto, são as ações e reações
interpessoais entre cliente e terapeuta. De um lado reforçador temporal e
fisicamente contíguo ao comportamento-alvo é o agente primário de mudança
na situação terapêutica. Há abordagens diretas e indiretas, para se prover
reforçamento natural.
Abordagens diretas, é evidente que o terapeuta que planeja dizer “muito
bem” ou demonstra reações exageradas sempre que o cliente solicita
reforçamento corre o risco de ser arbitrário. Algumas formas especificas de
resposta poderiam, ser arbitrárias porque foram criadas fora do contexto da
relação cliente-terapeuta ao qual ocorreria o reforçamento. Como reforçar uma
classe ampla de respostas nos clientes. Que é naturalmente reforçador dispor,
em seu repertório, de uma classe ampla de respostas porque ela tende a ser
generalizável para outras situações. Compatibilizar suas expectativas com os
repertórios atuais dos clientes, estar atento ao nível atual de habilidades do
cliente em quaisquer áreas nas quais o cliente esteja tentando implementar

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
mudanças, sem estabelecer expectativas excessivas ou elevadas. O conceito de
modelagem pode auxiliar na identificação dos conceitos vigentes.
Amplificar seus sentimentos para torná-los mais salientes. Embora a
natureza do reforçador não se modifique fundamentadamente ao longo do
processo, a amplificação pode ser importante do ponto de vista terapêutico. O
cuidado é traduzido no terapeuta sendo muito cuidadoso na explicação de suas
reações ao cliente, como também no descrever eventos privados ou reações
sutis que possam ser discriminadas de imediato. Os comportamentos não são
discriminados pelo cliente, ou possuem um valor reforçador, o terapeuta poderia
descrever alguma reação interna e dizer algo, sem a amplificação, tais reações
básicas importantes exercem pouco ou nenhum efeito reforçador sobre o
comportamento do cliente que as causou.
Esteja ciente de que seu relacionamento com o cliente existe para
benefício deste. Embora Rogers estivesse vinculado a uma abordagem muito
diferente da FAP, as características do terapeuta naturalmente reforçador
lembram, em vários aspectos a postura cuidados e genuína de Rogers.
Conhecido por sua oposição ao “uso do reforçamento” como forma de controle
sobre as outras pessoas, ao qual Rogers certamente não tentaria fazê-lo. A
atenção de Rogers, manifestava como um interesse, preocupação, sofrimento
ou envolvimento, que terminavam, naturalmente, punindo CRB1 e reforçando
CRB2 e CRB3s.
Usar reforçadores atípicos, faça-o somente por tempo limitado, como
forma de transição. O terapeuta pode utilizar reforçadores atípicos em uma fase
de transição do tratamento, até que os reforçadores naturais assumam o
controle, ao qual tal atitude precisa de muita cautela. E é recomendado contar
ao cliente, porque isto está sendo feito, e que depois haverá substituição pelo
reforçamento natural. Evitar a punição, em conformidade com a proposta do
behaviorismo radical, que se opõe a uso da punição, até agora se enfatizou o
reforçamento positivo.

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
Estímulos aversivos somente deveriam ser usados quando
procedimentos que envolvam o reforçamento positivo se mostrarem ineficazes.
A oposição de estímulos aversivos ao uso terapêutico, baseia-se em seus efeitos
colaterais, podem gerar esquiva da terapia, propicia agressividade em geral, e o
comportamento produtivo acaba substituído por fuga ou esquiva. Ferster
apontou que a maior parte do controle aversivo, que ocorre entre pessoas é, na
sua essência, arbitrário.
Seja você mesmo na medida do possível, considerando as restrições
impostas pelo relacionamento terapêutico. Enquanto membro da comunidade
verbal, o terapeuta tem acesso a reforçadores naturais contingentes a um
comportamento específico que ocorre na sessão. Que para ter acesso aos
reforçadores naturais, o terapeuta deve observar reações espontâneas privadas
que ocorrem logo após o comportamento do cliente.
Abordagens indiretas, buscam auxiliar a manipulação, no ambiente
natural, de variáveis diferentes daquilo que se faz logo após a detecção do CRB.
Os terapeutas evitam estar famintos ou exaustos durante o trabalho, alimentam-
se e buscam estar descansados ao início de suas sessões. Os cuidados do
terapeuta com seu bem estar físico podem torna-lo mais atento, paciente,
compreensivo e, portanto naturalmente reforçador. Ampliar a percepção do que
reforçar, melhorar a percepção do que reforçar é o comportamento enunciado
pela Regra 1, dentre os métodos indiretos, é o mais importante. Avalie o seu
impacto, a ideia é rever detalhadamente as interações terapêuticas. Registrar
sessões em áudio ou vídeo, e ou pessoas qualificadas para observarem a
sessão, como nas clínicas-escola, para auxiliar o processo. O feedback favorece
no aperfeiçoamento das reações do terapeuta. Pratique boas ações, que
propiciem benefícios às pessoas em geral e selecione clientes apropriados à
FAP.
Regra 4, pode também levar o terapeuta em busca de maneiras de
fortalecer os efeitos e reações que seriam reforçadoras para o CRB, mas que

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br
não são percebidas pelo cliente. É recomendável evitar o início do tratamento,
se parecer provável que as contingências naturais não favoreçam melhora de
um cliente específico. Isto se aplica na regra 4, leva o terapeuta a concluir que a
maioria das reações frente ao cliente serão punitivas e que essas reações
negativas não se relacionam com o problema do cliente, tal como as pessoas
reagem negativamente frente à minha pessoa.
Regra 5, fornecer interpretações de variáveis que afetam o
comportamento do cliente. Independente de quem o faça, um motivo é apenas
uma unidade de comportamento verbal, uma sequência de palavras. Cada
terapia parece incluir e ensinar ao cliente a atribuição de motivos que, aos olhos
do terapeuta, sejam aceitáveis.

Rua Antonio Filgueira Sampaio, 134, Nossa Senhora das Graças


Salgueiro-PE, CEP: 56000-000,
Fone: (87) 3871 0217
Email: fachusc@fachusc.com.br

Você também pode gostar