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Matrizes do Pensamento

em Psicologia -
Behaviorismo
LUIZ CICOTTE
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PSICOTERAPIA
ANALÍTICO-
FUNCIONAL
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FUNDAMENTAÇÃO
CONCEITOS
ESTRUTURA
ANALISE FUNCIONAL
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FUNDAMENTAÇÃO
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O que é psicoterapia analítico comportamental?

 FAP: é um terapia ideográfica que é experimentada de


forme diferente por cada um que a utiliza como técnica
principal ou para quem a pratica de forma vivencial.
 A FAP foi desenvolvida originalmente, para explicar
porque alguns clientes que recebiam tratamento padrão
da Cognitivo-Comportamental, desenvolviam mudanças
imprevistas em sua vida, que iam além das expectativas
usuais.
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O Que É Psicoterapia Analítico Comportamental?

 Nesses casos, percebeu-se uma relação terapeuta-cliente


que ocorria de forma natural e intensa, com
comprometimento emocional.
 Com isso, Tsai e Kohlenberg utilizaram o Behaviorismo
Radical, para propor uma explicação do processo
terapeutico, com ênfase na história individual e única de
cada um.
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O Que É Psicoterapia Analítico Comportamental?

 Utilizar o Behaviorismo Radical, foi importante para


fornecer uma ‘’nova perspectiva sobre a maneira pela
qual a relação terapeuta-cliente contribui para ganhos
terapêuticos’’.
 Portanto, o processo de analise começa de ‘’de cima para
baixo’’, iniciando-se por observações clínicas das
intervenções terapêuticas e seus efeitos.
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O Que É Psicoterapia Analítico Comportamental?

 Um ponto importante da FAP, é que ela aponta para


mecanismos hipotéticos de mudança que servem de
orientações para aprendizagem.
 Esses conceitos e definições, permite ao terapeuta
implementa um gama de mecanismos terapeuticos
significativos – coragem, amor e consciência – em um
espaço ‘’sagrado’’ – setting terapeutico.
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O Que É Psicoterapia Analítico Comportamental?

 Levar esses conceitos – coragem, amor e consciência –


para as sessões e as relações com o cliente é um
processo difícil, no qual o terapeuta precisa estar ciente
de si mesmo.
 Pois, inserir-se em seus limites, evoca esquiva emocional.
Porém, ter consciência delas e ter coragem para
enfrenta-las é o difícil.
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Realidade X Noção De Realidade
 A FAP é uma abordagem contextual, que objetiva
compreender as pessoas e a função das histórias
experienciadas de forma única – realidade particular
única.
 Ou seja, a percepção que o individuo tem da realidade é
produto do contexto no qual a percepção ocorre.
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Contexto E Comportamento
 ‘’O comportamento é definido de forma restrita, a eventos
aberto, publicamente observáveis, não incluindo
pensamentos ou sentimentos’’.
 Porém, o comportamento – corretamente – é tudo o que a
pessoa faz, desde pensar, sonhar, sentir-se triste; até ir ao
mercado, dançar, exercitar-se, falar.
 Inclui-se também comportamentos orgânicos, como
batimentos do coração, funcionamento dos órgãos,
respiração.
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Contexto E Comportamento
 As pessoas apresentam dificuldade em experienciar um
estado mais amplo de consciência plena ou se tornam
temerosas em ter relações intimas.
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Vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=9W25o-frLoM
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ESTRUTURA
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Definição

▪ A FAP é uma abordagem


psicoterapêutica baseada
na análise do
comportamento clínico
(ACB).
▪ Tem como foco a relação
terapêutica como meio de
potencializar a mudança do
cliente.
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História de Vida do terapeuta

▪ Pode impactar de forma positiva ou negativa o processo


terapeutico.

▪ Essa história tem mais efeito e intensidade com os pressupostos da


FAP – pois, há exposições de forma controlada e terapêutica.

▪ Sendo uma estratégia terapêutica ‘’com um foco único nos


problemas interpessoais do cliente e na relação terapêutica’’. (Tsai,
Callaghan, & Kohlenberg, 2013, p. 366).
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Impacto

▪ Importante: perceber o impacto do AQUI-AGORA da


sessão.
▪ Questionamento:
‘’qual é a maneira eficaz de conseguir entender – como
psicoterapeutas – quais são os efeitos de nossos
comportamentos emitidos em uma relação? E como seria
isso em terapia?’’
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Defesa de Efeitos Positivos
 Esses ‘’efeitos positivos’’ causam um desenvolvimento de
autoconhecimento e repertório de relacionamento
interpessoal.
 Estar em um processo terapeutico – cliente-terapeuta – é
um processo, no qual nós também devemos estar
atentos aos nossos comportamentos e como melhorá-los
– comportamentos funcionais positivos.
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Processo

1.Consciência
2.Coragem
3.Amor
4.Behaviorismo
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Regra 1: Observe os CRB’s (awareness-consciência)

 Em sessão o cliente se comporta de forma semelhante ao


seu ambiente natural – vida como um todo.
 Observar-se comportamentos relevantes, através da
relação terapêutica.
 Estando consciente do impacto que eles tem no
terapeuta e na relação – assim, evocando em sessão
esses comportamentos.
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Regra 2: Evoque Comportamentos (coragem)
 Trabalhar com os comportamentos-problema do cliente,
pode gerar desconforto e medo (terapeuta).
 Coragem (terapeuta) para emitir comportamentos que
evoquem comportamentos de melhora no cliente –
questionamentos, feedback, análises.
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Regra 3: Reforce CRB’s2 (amor)
 A palavra amor se refere a empatia do terapeuta ao
abordar as dificuldades do cliente e assim, reconhecer
seus pequenos progressos – reforçando naturalmente e
diferencialmente cada aprendizagem.
 Buscando reconhecer as dificuldades do cliente e assim
sendo um reforçador natural para a emissão de
comportamentos.
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Regra 4: Avalie o Efeito (consciência)
 Depois de reforçar os comportamentos de melhora, é
necessário avaliar a consciência do cliente em relação à
intervenção e os seus comportamentos. Pode ser feito de
duas formas:
1. Observando comportamentos subsequentes do cliente:
como manter fixo o olhar, iniciar diálogos por si só, fazer
analises sobre suas variáveis.
2. Perguntar diretamente ao cliente para avaliar o impacto:
como foi para você fazer isso? Como foi agir dessa forma?
Quanto você acha que isso pode se manter?
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Regra 5: Interpretar funcionalmente e
implementação de generalização (behaviorismo)
 Demonstrar com evidencias as variáveis que controlam
os comportamentos.
 Analisa-se uma contingencia em conjunto com o cliente,
para que ele se torne consciente do que controla seu
comportamento, aumentando a probabilidade de
emissão de comportamentos alternativos funcionais.
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Vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=B9kg1UdzDvw
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CONCEITOS
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Análise Funcional X Análise Topográfica
 Não é incorreto o exemplo, que foi dado!

 Mas, em FAP ou TC é importante entender o contexto em


que determinado comportamento se aplica.
 O comportamento não tem significado quando separado do
contexto.
 As causas do comportamento, são relacionadas à estímulos
ambientais que influenciam o comportamento em contextos
específicos.
Análise Funcional 28
 Identificar os estímulos que foram sendo adquiridos e mantidos
através da história. Existem três tipos de estímulos para a analise
funcional, são eles:
1. Estímulos reforçadores: seguem o comportamento e o torna
mais provável de ocorrer no futuro – são consequências que
afetam a probabilidade futura.
2. Estímulos discriminativos: precedem o comportamento –
circunstancias sob as quais comportamentos são reforçados.
3. Estímulos eliciadores: também precedem o comportamento,
porém, com um tipo diferente de comportamento – eliciam
comportamentos involuntários ou respondentes.
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Análise Funcional X Análise Topográfica
 Qual a função de um comportamento?

 Identifica-se estímulos reforçadores, discriminativos e eliciadores


dos quais o comportamento é função.

 Porém, na FAP está mais interessado nos comportamentos


reforçados – processo histórico de condicionamento.

 Analisando a diferença entre discriminação e topografias – pois são


similares, comportamentos iguais com variáveis diferentes.
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Reforço Natural X Reforço Arbitrario
 Somente dizer, ‘’muito bem’’ ou oferecer uma recompensa tangível
não são suficiente.
 Os reforços naturais são mais confiáveis, pois ampliam a naturalidade
do reforçamento – colocar um casaco por sentir frio.
 Em vez de privar o cliente de sessões por não manter contato visual,
estimular a visualização constante em seus olhos enquanto fala,
reforça naturalmente – ‘’ESTOU ME SENTINDO MAIS PRÓXIMO DE
VOCÊ’’
 Reforçadores arbitrários, podem ser efetivos; mas não haverá a
generalização do comportamento reforçado fora de sessão.
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Contingências Em Sessão
 Quanto mais próximo, no tempo e espaço uma
consequência ocorre em relação ao comportamento,
maior o seu efeito e generalização.
 Se tornando mais efetivo o tratamento e as pré-
disposições a emitir esses comportamentos fora de
sessão – contingencias presentes na relação terapêutica.
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Modelagem

 Ampla presenta de classes de respostas para o terapeuta


reforçar.
 Isso deve ocorrer de acordo com a variação equivalente
do sujeito e de sua história de variáveis.
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Comportamentos clinicamente relevantes –CRB’s

 São respostas que ocorrem durante sessão, embora o


sujeito emita comportamentos que tem a mesma função
fora de terapia.

 Ou seja, seu repertório comportamental e suas


derivações de classes de respostas.
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Comportamentos clinicamente relevantes –CRB’s
 Os comportamentos clinicamente relevantes são divididos
em três categorias:
 CRB1: comportamentos-problema que gera sofrimento e que
ocorre durante a sessão – deve-se evoca-los durante a sessão
para que possa auxiliar em agir de forma adequada.
 CRB2: responder de forma adequada à situação, e deve ser
reforçado de forma natural aumentando sua probabilidade.
 CRB3: sujeito começa a fazer analise funcional, como se
comporta em determinada situação e quais as variáveis.
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Comportamentos clinicamente relevantes –CRB’s
 Em sessão, é o terapeuta quem deve evocar, responder e
interpretar os comportamentos.
 Porém, para devolução dessas análises para o cliente é
necessário ter um bom vínculo.
 Para que o ambiente de sessão seja um lugar de
aprendizagem e assim ocorrer mudanças funcionais.
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Comportamentos Relevantes Terapeuta - TS
 São os comportamentos relevantes do terapeuta em
relação à terapia de cada sujeito.
 TS1: comportamentos a serem melhorados – que podem
atrapalhar.
 TS2: comportamentos funcionais positivos para cada
caso – percepção de limitação e ultrapassa-las.
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Vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=yPY7uF5Yle8
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Referencias
 Kanter, J. W., Tsai, M., & Kohlenberg, R. J. (2010). The practice of
functionalanalyticpsychotherapy. New York: Springer.
 Kohlenberg, R. J. & Tsai, M. (1991). Psicoterapia Analítica Funcional: Criando
Relações Terapêuticas Intensas e Curativas. Santo André, SP: ESETEc.
 Tsai, M., Kohlenberg, R. J., Kanter, J. W., Kohlenberg, B., Follete, W. C., & Callaghan,
G. M. (2009). A guide to functional analytic psychotherapy: awareness, courage,
love and behaviorism. New York: Springer.
 Tsai, M., Kohlenberg, R. J., Kanter, J. W., Holman, G. I. & Loudon, M. P. (2012).
Functional analytic psychotherapy: distinctive features. Hove and New York:
Routledge.
 Tsai, M., Callaghan, G. M., & M., Kohlenberg, R. J. (2013). The use of awareness,
courage, therapeutic love, and behavioral interpretation in functional analytic
psychotherapy. Psychotherapy, 50, 366-370.

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