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Introdução à Terapia de

Aceitação & Compromisso -


ACT
Prof. Davi Wood
Me. Psicologia Experimental: Análise do
Comportamento PUC-SP
Psicólogo Clínico
“Não fuja da dor”

Hayes

“Saia da sua Mente e entre na sua Vida”

Hayes

Consultório: Edifico Dona Helena, Sala 905. Tel.: (35) 8809-


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Resumo dos Tópicos do Mini-Curso

 Quais os requisitos para uma terapia ser


considerada comportamental?
 Três Gerações das Terapias Comportamentais
 Discriminação Simples
 Discriminação Condicional
 Teoria dos Quadros Relacionais
 ACT - Terapia de Aceitação e Compromisso
 Vivência

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Quais os requisitos para uma terapia ser
considerada comportamental?
 Há 4 níveis de análise que em conjunto formam
um Paradigma (Hayes, 1978)

 Os 4 níveis de análise são:

a) Tecnológico
b) Metodológico
c) Conceitual
d) Filosófico
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Nível Tecnológico
 Técnicas derivadas da pesquisa básica em análise
experimental do comportamento

 Exemplos: Dessensibilização Sistemática, Treino


Assertivo, Economia de Fichas, etc.

 O uso de técnicas comportamentais isoladas,


desvinculadas dos demais níveis não caracteriza
uma terapia como comportamental

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Nível Metodológico
 Delineamentos experimentais de Sujeito Único
(N=1)

 Observação direta do comportamento

 Replicabilidade

 Análise Funcional = Identificação de variáveis


independentes antecedentes e conseqüentes (VI)
ao comportamento e das quais o mesmo tenha
probabilidade de ser função (VD)
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Nível Conceitual
 Conhecer e aplicar os princípios básicos do
comportamento

 Exemplos: Reforçamento, Punição, Controle de


Estímulos, Generalização, etc.

 Analisar todo comportamento, aberto ou encoberto,


como multideterminado pelas Contingências
Filogenéticas, Ontogenéticas e Sócio-Culturais

 Porque qualquer técnica bem sucedida funcionou?


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Nível Filosófico

1- O comportamento dos organismos é ordenado,


passível de ser estudado cientificamente na mesma
forma das ciências naturais. A ciência do
comportamento tem "status" próprio e independente
da fisiologia

2- A relação entre o comportamento dos organismos e


seu meio ambiente deve ser estudada diretamente,
sem a postulação de eventos mentais, conceituais
ou fisiológicos de efeito mediador entre as variáveis
independentes e a variável dependente

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3- Os acontecimentos do mundo privado dentro
da pele são levados em consideração, como
mais comportamento a ser estudado. Não se
nega a possibilidade de auto-observação ou
do auto-conhecimento, ou ainda sua possível
utilidade. Questiona-se sua natureza e sua
acessibilidade

4- O que é sentido ou introspectivamente


observado não é nenhum mundo imaterial da
consciência ou vida mental, mas o próprio
corpo do observador. São produtos colaterais
da história genética e ambiental da pessoa
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5- O que é sentido ou introspectivamente
observado não é a causa do comportamento.
Essas residem fora do organismo e afetam a
sua probabilidade de ocorrência. O ambiente
determina o comportamento pelo menos em
três formas: a) através de sua ação seletiva
durante a evolução da espécie; b) seu efeito
na modelagem e manutenção do repertório
comportamental que converte cada membro
da espécie em uma pessoa; e c) seu papel
como estabelecedor da ocasião na qual o
comportamento ocorre (Skinner, 1974)

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“Para Skinner, os estudos de eventos internos
inclui-se legitimamente dentro do campo de
estudos da Psicologia, de uma ciência do
comportamento. Assim ele é radical em dois
sentidos: por negar radicalmente (i.e., negar
absolutamente) a existência de algo que escapa
ao mundo físico, que não tenha uma existência
identificável no espaço e no tempo (mente,
consciência, cognição); e por radicalmente
aceitar (i.e., aceitar integralmente) todos os
fenômenos comportamentais”

Matos (1993)
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Três Gerações das Terapias
Comportamentais
 1º. Geração
Características: Ênfase nas técnicas para mudança pontual de
comportamentos abertos e atuação dentro de Instituições

 2º. Geração
Características: Ênfase na mudança de cognições, época da
Renovação Cognitiva

 3º. Geração
Características: Ênfase na relação terapêutica e no
Comportamento Verbal e atuação em clínicas particulares
Ex.: FAP, ACT, TCIC, TCD.

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“Muitos princípios comportamentais são
desenvolvidos a partir de organismos
não verbais. Há boas razões para
acreditar que os organismos verbais
são muito diferentes dos não verbais.
Esta é uma razão pela qual muitos
terapeutas comportamentais se
"tornaram cognitivistas". Na minha
opinião este é o problema certo,
mas a solução errada”

Hayes

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Discriminação Simples
S+ / S-

SD SR+

História
Sav / Spav
Comportamental do
Organismo
R SC

SR-
OM
OE / OA

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Definição de Discriminação Condicional

Segundo Cumming & Berryman (1965):

 “Discriminações condicionais envolvem um


estímulo condicional que funciona como um
“seletor” de discriminações, mais do que “seletor”
de respostas individuais e, portanto, seria visto
como “exibindo uma função seletiva ou instrucional
que momentaneamente fortalece uma
discriminação particular”

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O procedimento de Discriminação
Condicional ou Escolha de Acordo com o
Modelo
Diante do
MODELO Display

S-
S+
Música
Escolha Certa Escolha
incorreta correta

Reforçamento Ouvir

Contingência de 4 termos!
Relações de Equivalência - Sidman
(1971)
A
“bolo

B C
BOLO
A – oral

B – figura Relações diretamente treinadas

C – palavra Relações emergentes em Sidman


impressa
Relações adicionais previstas pela TQR

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Implicações das Relações de
Equivalência
 Economia de tempo no ensino de habilidades
complexas, como aquelas envolvidas no
comportamento de ler e escrever

 Desafios à interpretação do fenômeno encontrado:


como explicar a emergência de comportamentos
que não são seguidos de reforçamento?

 Parafraseando Sidman (1984): “De onde vêm as


relações de equivalência”?
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Implicações Clínicas das Relações de
Equivalência – A Teoria dos Quadros
Relacionais de Hayes
 A TQR é uma interpretação Behaviorista Radical da
linguagem e cognição humanas

 Baseia-se na descoberta de Sidman sobre equivalência de


estímulos e no comportamento governado verbalmente

 Controles Contextuais -relações de estímulos derivadas-


responder relacional arbitrariamente aplicável com base em
controles contextuais e não com base nas propriedades não
arbitrárias das relações entre estímulos

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 Responder Relacional é um Operante
Generalizado – Responder a um estímulo
baseando-se na sua relação com outro (s),
após treinos de múltiplos exemplares

 Quadros Relacionais (tipo específico de


responder relacional) possuem três
propriedades definidoras:

 Vínculo mútuo = simetria


 Vínculo combinatório = transitividade
 Transformação de funções dos estímulos
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Quadro Relacional

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Igual a Gay
Causa
Esquecimento
Igual a

Homem
Igual a Vexame Bêbado
‘Amoroso’
Igual a

Chorar Igual a Fraqueza


Diferente Igual a

Mostra

Poesia Evita Sentir


Homem ‘Macho’ Diferente
Causa
Ridicularização
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Modelo de ‘Psicopatologia’ da ACT

 Há dois tipos de patologias:

1- Patologias Orgânicas
2- Patologias Comportamentais

 As patologias comportamentais são princípios


comportamentais normais que devido aos valores
buscados em nossa Cultura tornaram-se adversos

 A ACT não visa eliminar nenhum evento interno,


mas sim levar o cliente a vivencia-los pelo que são
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Quatro Problemas Clínicos
 Contexto de Literalidade (fusão cognitiva) =
identificação com os eventos privados

 Contexto de Literalidade (evitar) = “não vou pensar


e/ou sentir X”

 Contexto de Controle (avaliar) = julgamento

 Contexto de Controle (dar razão) = pensar que os


eventos privados são as causas do problema

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Modelo Geral para lidar com a
Psicopatologia na ACT
 Aceitação = Ver os eventos privados e não
dos eventos privados

 Escolha = Com a aceitação dos eventos


privados e da história de vida novas escolhas
mais conscientes são possíveis

 Ação com Compromisso = Definir e se


comprometer com seus valores pessoais
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http://terapeutacognitivocomportamental.webs.com

Obrigado!
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