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Análise de caso com base

na Teoria Comportamental
Dialética
Beatriz Lopes Dib
Ester Martins
Graziella Soares
Lucas Neme
Mateus Gomes
REVISÃO SOBRE ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO APLICADA
x A definição da ABA se dá a partir de 4 pressupostos filosóficos, sendo estes notórios pressupostos
já conhecidos pelas áreas do conhecimento, os quais são o determinismo, o método científico e
empirismo e a parcimônia (CAMARGO, Síglia Pimentel Höher; RISPOLI, Mandy, 2013)

x Uma intervenção para ser


considerada ABA precisa atuar dentro Os analistas do comportamento devem adequar as
das dimensões que esta ciência possui suas práticas respeitando estas dimensões, sendo elas:
1. Aplicada
x Reforçamento diferencial (DRA, DRI, DRO): 2. Comportamental
considerando que os comportamentos são
3. Analítica
mantidos por suas consequências, é
4. Tecnológica
importante que esse processo ocorra para
que o indivíduo discrimine qual 5. Conceitual
comportamento deve emitir. 6. Efetiva
7. Generalizável

Formulação do caso
Ana, mulher, 31 anos,
solteira. Mora com os pais “Eu sempre penso o pior, porque eu sempre me frustro
e trabalha e uma escola. mesmo [...] eu me sinto inferior” (sic.)
Atendida e uma clínica
escolar para atendimento
de pesoas de baixa renda.
Diagnosticada com
Queixa História
Transtorno Depressivo
Maior.
Sentia-se insegura e inferior Criança tímida e com
nos relacionamentos; vergonha, sofria bullying
Pressionada a sair de casa e Pai autoritário, não a
se casar; deixava sair
Perdeu o o interesse por Aos 14 anos conheceu seu
muitas atividades e preferia único namorado, que foi
ficar “deitada chorando”; infiel
Se envolvei com um de seus
colegas, mas ele não quis a
namorar
Análise técnica
Ambiente pobre de
Punições em
reforçadores
contingências socias

Ambiente de Dificuldade em se impor


ANA
invalidação crônica e falar o que sente

Relacionamentos
Esquiva de
amorosos: estímulos
ambientes sociais
aversivos + extinção
ANÁLISE TÉCNICA
Vulnerabilidade
biológica:
Expressa suas
Reage emoções de
aqui,
intensamente forma muito
identificamos essa
questão após os à estímulos intensa e por
términos de aversivos. muito tempo.
relacionamentos.

Ambiente de
invalidação Histórico de Não expressa
crônica: controle seus
pai autoritário,
aversivo muito sentimentos e
sofreu bullying na
infância, poucos
evidente. pensamentos.
amigos.

A desregulação emocional (estado depressivo de Ana)


é um subproduto da vulnerabilidade biológica e do
ambiente de invalidação crônica.
ANÁLISE TÉCNICA:
DILEMAS DIALÉTICOS
Vulnerabilidade emocional x Autoinvalidação

Sensibilidade aumentada a estímulos eliciadores de emoções, principalmente


as de valência negativa
Autoinvalidação
Pareamento de estímulos
Invalidação de suas próprias ações, julgando-as como incorretas, e buscando
no outro a forma mais “correta” de agir, pensar
Julgar severamente sua própria ação e emoções

“Eu sempre penso o pior, porque eu sempre me frustro mesmo [...] eu me sinto inferior”.
ANÁLISE TÉCNICA:
DILEMAS DIALÉTICOS
Passividade ativa x Competência aparente

A passividade ativa está presente na postura da paciente de ficar em casa chorando


em seu quarto ao invés de entrar em contato com situações potencialmente
aversivas
Exige postura ativa do ambiente
Tivemos dificuldade em encontrar dados diretos que demonstram a competência
aparente, então deduzimos: trabalha e segue empregada, o que ilustraria que ela
utiliza um repertório adequado nessa atividade cotidiana, o qual não é proporcional
aos seus relacionamentos íntimos em que apresenta respostas altamente
desreguladas
ANÁLISE TÉCNICA:
DILEMAS DIALÉTICOS
Crise inexoravel x Luto inibido

A crise inexorável pode ser ilustrada em seu repertório de ficar em casa chorando
ao invés de sair
Gera nela reações emocionais fortes, que se ilustram em seu choro
Acaba gerando novos eventos aversivos para si
Evita experiências potencialmente aversivas (relações interpessoais) não saindo
de casa
Planejamento da
intervenção terapêutica

Relação paterna Relações interpessoais Isolamento


Passividade: se esquiva ao Não confiar nas pessoas: Explorar reforçadores
invés de se comunicar com ele conversar sobre as externos
Explorar como é a relação com relações interpessoais Perguntar lugares que
ele Evidenciar reforçadores gosta de ir
O que ela faz em determinada Com quem ela gosta de
situação estar
Reforçar mandos
VÍDEO

https://drive.google.com/file/d/12LZ4WBxe9F23eCXOW9Jn4fJzpegtYTVK/view?
usp=drivesdk
Referências bibliográficas

CAMARGO, Jéssica; ANDRETTA, Ilana. Terapia Cognitivo-Comportamental para depressão:


um caso clínico. Contextos Clínicos, v. 6, n. 1, p. 25-32, 2013.

CAMARGO, Síglia Pimentel Höher; RISPOLI, Mandy. Análise do comportamento aplicada


como intervenção para o autismo: definição, características e pressupostos filosóficos.
Revista Educação Especial, v. 26, n. 47, p. 639-650, 2013.
Gratidão

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