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10 equívocos no construtivismo

A aula construtivista sempre parte do concreto

Alguns professores podem entender que isso significa que a aprendizagem


deve ser baseada apenas em experiências concretas e imediatas dos alunos

interpretar essa crença como uma justificativa para não apresentar conceitos ou
informações novas aos alunos, o que pode levar a uma falta de progresso na
aprendizagem.

O papel do professor é criar situações de aprendizagem que permitam ao aluno


construir novos conhecimentos e habilidades
Todo conhecimento que o aluno traz de casa deve ser aproveitado

"o que o aluno traz de casa" na educação significa considerar as estruturas


cognitivas do aluno ao ensinar um conteúdo específico, reconhecendo que o
aprendizado depende de suas condições cognitivas no momento. O
construtivismo, por outro lado, ignora essa ideia, argumentando que o
conhecimento precisa de mediação para ser bem direcionado.
Ex Massabni (2009b) “Por que se formam gotículas de água em volta de um copo com
água gelada? Ela deixa que os alunos raciocinem por si, para compreender seu modo
suas concepções. Mas a professora não deixa que as teorias sobre a condensação dos
fossem tomadas como verdades (a menos que essas fossem) e conseguiu que a
maioria dos alunos concordasse com a explicação correta do fenômeno.
Uma regra do Construtivismo é que não se deve dar nada pronto; tudo tem de ser
produto dos alunos
a de que a criança deve ser deixada livre para agir
É certo que a criança deve ter liberdade em sua ação, mas não se deve confundir
liberdade com permissividade. Além disso, é falsa a noção de que um clima de
liberdade conduza automaticamente à autonomia, pois a heteronomia infantil é uma
fase necessária para o alcance da autonomia (Piaget, 1994)
A necessidade da atividade em sala é de suma importância para a retenção.
Não se pode negar que o aluno está sempre ativo em sala de aula, por mais quieto que
possa parecer externamente. A atividade é, então, necessária à aprendizagem, mas
deve revelar-se pedagogicamente válida
Do mesmo modo, não se pode afirmar, simplesmente, que “o aluno só aprende com a
própria atividade” sem que seja esclarecida de que atividade se trata. Oferecer objetos
à criança para a mera manipulação, ou deixá-la apenas com a percepção de uma
demonstração feita pelo professor certamente não são as melhores formas de fazê-la
“aprender com a própria atividade”
O conteúdo não deve ser imposto ao aluno, segundo o Construtivismo

os alunos devem ser incentivados a explorar e descobrir o conhecimento por si


mesmos.

maneira a permitir que o aluno o construa por si mesmo. Isso pode envolver
atividades como experimentação, pesquisa, discussão em grupo e reflexão
crítica. Apoiando uma base cognitivista
De acordo com o Construtivismo, não se deve usar cartilha para
alfabetizar

essa ideia está relacionada à abordagem construtivista de que a aprendizagem


deve ser construída a partir da experiência do aluno e que o professor deve
atuar como um mediador do processo de aprendizagem. Nesse sentido, a ideia
de que não se deve usar cartilha para alfabetizar pode estar relacionada à ideia
de que o processo de alfabetização deve ser construído a partir da experiência
do aluno, em vez de ser baseado em um método padronizado e mecânico.
O Construtivismo condena a tabuada, que só requer decoração
ideia presente no enunciado parece ligada de perto a outra: o Construtivismo
condena a gramática, que também “só requer decoração”

construtivista não condena a tabuada em si, mas sim o ensino mecânico e


descontextualizado da tabuada, que se baseia apenas na memorização de fatos
isolados.

Em vez de simplesmente memorizar a tabuada, o aluno deve ser incentivado a


compreender os conceitos matemáticos subjacentes e a aplicá-los em situações
práticas.
O papel do professor no Construtivismo é o defacilitador da
aprendizagem
Uma caricatura desse enunciado diria, por exemplo, que, para o Construtivismo, o
professor deve deixar os alunos fazerem o que quiserem, sob pena de interferir no
desenvolvimento da autonomia ou, em termos psicanalíticos, de provocar um
“trauma” insuperável, como já comentado.
Evidentemente, ao professor cabe favorecer a tomada de consciência da criança para
questões importantes, estimulá-la e buscar compreendê-la nas fases pelas quais passa.
Mas, segundo pensamos, não são essas atribuições que fazem de uma pessoa um
professor. Muito menos seu papel é meramente de facilitador. O professor tem um
programa a cumprir, dentro de um currículo específico, para uma escola e uma série
específicas. Sua profissão é institucionalmente regulada, submetida a certas normas e
condicionada por certa formação
No Construtivismo, o principal papel do professor é motivar, despertar o interesse do
aluno
normas ditam que o ensino é uma atividade planejada de intervenção deliberada nas
condições de aprendizagem do aluno, caso em que não é válida para a escola qualquer
aprendizagem, mas sim aquela relacionada ao conteúdo ensinado
dizer que o professor deve “despertar” ou “partir do interesse do aluno” não apenas é
demasiado vago como também inviável, e pode mesmo significar uma
descaracterização Da profissão docente quando se afirma que este é “o principal papel
do professor”.
Ser construtivista é dar aulas diferentes

muitos professores confundem "aulas diferentes" com aulas construtivistas. Para


esses professores, "aulas diferentes" significam aulas que são diferentes
daquelas que eles consideram ser o ensino tradicional.

ser construtivista não significa apenas dar aulas diferentes ou sair da rotina, mas
sim criar um ambiente de aprendizagem em que os alunos possam construir
seu próprio conhecimento e assumir um papel ativo em seu próprio processo
de aprendizagem.

A desconstrução do construtivismo na educação

o professor deve considerar tudo o que o aluno fizer, incluindo seus erros e
acertos, suas reflexões e suas produções.

essa abordagem de avaliação pode ser desafiadora para os professores, pois


exige que eles estejam dispostos a considerar uma ampla gama de produções
dos alunos e a avaliar essas produções de maneira justa e consistente. Além
disso, a autora destaca que essa abordagem de avaliação pode ser mais
adequada para algumas disciplinas do que para outras

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