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A teoria de aprendizagem cognitiva baseia-se nos processos cognitivos que determinam o

comportamento observável, pressupondo que seres humanos processam a informação que


recebem, ao invés de meramente responder a um estímulo. Isso significa que o aluno tem um
papel activo no processo de aprendizagem, tentando entender e relacionar a informação
recebida aos conhecimentos que já possui.

A aprendizagem é vista como mudança de conhecimentos e não apenas uma mudança no


comportamento.

Os defensores da concepção interaccionistas de desenvolvimento acreditam que diante a


relação do indivíduo com o meio, este é capaz de recolher, selecicionar, processar e
armazenar informações através de seus próprios processos mentais.

“Cognição Cognição refere refere -se a um conjunto conjunto


conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção
obtenção de conhecimento sobre o mundo .Tais habilidades envolvem
envolvem, pensamento, raciocínio, abstração, linguagem, linguagem,
linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução
resolução de problemas, entre outras funções .”

Aprender é assim, compreender e resulta da capacidade humana de adquirir, transformar e


avaliar informações que obtemos da nossa experiência com o mundo.
Bruner

Bruner e a aprendizagem por descoberta Bruner, um dos psicólogos de desenvolvimento


enfatiza a aprendizagem por descoberta e afirma que “qualquer disciplina pode ser ensinada
efectivamente com alguma honestidade intelectual a qualquer criança em qualquer estágio de
desenvolvimento” (apud, MWAMWENDA, 2004:185). Desde que se respeite o grau de
maturidade intelectual do aluno por isso ele advoga um currículo em forma de aspiral em que
o mesmo conteudo seria abordado em diferentes estagios de forma gradual. E a descoberta
não significa necessariamente descobrir o conhecimento que é desconhecido por toda a gente,
mas a descoberta do conhecimento pelo próprio sujeito aprendente. Em vez, de revelar aos
alunos os grandes conceitos e princípios que eles esperam aprender nas aulas, o educador
deve dar-lhes a oportunidade de descobrirem por eles mesmos, atraves de pesquisas,
experiencias, visitas de estudo na comunidade e mais actividades criativas ao aluno. O papel
do educador é o de facilitar o processo. Na aprendizagem por descoberta o aluno é principal
sujeito e exige-se a sua participação activa e, assim ela é benéfica porque possibilita aos
alunos a retenção de informações por muito tempo e a capacidade de transferi-los. Para
Bruner (apud MWAMWENDA, 2004) a aprendizagem cognitiva compreende os seguintes
princípios:

a) Motivação: a predisposição para aprender, que se reflete na curiosidade e no desejo de


explorar e descobrir;
b) Estrutura: a que são as capacidades de compreensão da criança, aquilo que ela já sabe;

c) Sequência: a organização do conteúdo de forma seqüencial, que influi na distribuição das


disciplinas e no calendário da escola.

d) Reforço: o encorajamento ao aluno através de notas altas, sorrisos e elogios.

Bruner propõe assim que o educador é o que dá a oportunidade do educando construir seus
próprios conceitos (Princípio do Construtuvismo). E educando deve pensar, aprender a
resolver problemas de forma independente. O educador dá o feedback (retorno) aos
educandos sobre o seu desempenho.

Ausubel e a Aprendizagem Significativa

Ausubel acredita que a aprendizagem é fruto do que o educando aprende na relação com o
que já sabe. Aprendizagem por recepção significa que o educador deve disponibilizar toda a
informação, para que ela seja significativa, por se assentar no que os alunos já sabem. Toda
informação é significativa quando ela se relaciona com uma experiência do passado, presente
ou futuro da criança. Ausubel defende três tipos de aprendizagem significativa:
1. Aprendizagem significativa por subordinação

Isso acontece quando o que será ensinado é mais específico, mais particular ou menos
abrangente do que aquilo que o aluno conhece. Por exemplo, o conceito de cobra (específico)
subordina-se a classe mais abrangente (repteis). O novo conceito pode servir de exemplo
directo de um conceito mais amplo, já conhecido pelo aluno – daí seria subordinação
directiva. Ou a nova idéia, além de se subordinar a um conceito mais global ou abrangente,
amplia-o- subordinação correlativa.

2. Aprendizagem por supra-ordenação

Acontece quando as novas idéias, conceitos ou preposições que serão ensinados têm um grau
maior de generalidade, são mais abrangentes do ponto de vista conceituação, do que os
conhecimentos prévios dos alunos. Assim, o aluno desenvolve um raciocínio indutivo para
supra-ordenar esses conceitos, a partir de exemplos particulares, o aluno alcança a classe
geral dos conceitos. A partir do exemplo que rasteja, o aluno pode chegar a classe dos repteis.

3. Aprendizagem por combinação

Acontece nas situações de aprendizagem em que o que está a ser aprendido não é mais
específico nem é mais abrangente do que aquilo que o aluno sabe sobre o assunto. Por isso,
acontecem as duas aprendizagens anteriores.

Condições para a Aprendizagem Significativa Ausubel (apud MWAMWENDA, 2004:189)


propõe as seguintes condições para a ocorrência de uma aprendizagem significa:

a) Avaliação da aptidão: a investigação sobre a vida do educando – idade, capacidades, isso


pode acontecer a partir da avaliação e de testes;

b) Selecção de material: o educador deve concentra-se no que é central sobre um tema,


começar a partir da experiência do educando e ir além do que o manual, utilizando outras
fontes, como jornais, revistas, relatos pessoais, etc.

c) Identificação de princípios organizadores: determinar os conceitos fundamentais da aula.

d) Apresentação de uma perspectiva geral: que seriam os conceitos principais ou gerais a


serem enfatizados ao longo da aula;
e) Utilização dos organizadores avançados: articulação dos conhecimentos novos com os
antigos, que pode ser realizada através da revisão da aula anterior;

f) Destaque dos princípios de conceitos: exercitar a capacidade de questionar, discutir,


explicar e rever para a que aprendizagem não seja mecânica;

g) Foco nas relações: o foco da aula é o que está a matéria que está a ser ensinada, a relação
desse conhecimento com outras matérias e com a vida real.

Actualmente, a aprendizagem significativa é preferida porque possibilita melhor relação entre


o contexto escolar e a vida real e ajuda a melhorar o desempenho dos educandos.

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