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FAP

Psicoterapia analítico funcional


FAP
 É uma psicoterapia de 3 geração

 Mais uma ferramenta para uso do terapeuta analítico-


comportamental

 Foco: Comportamentos que ocorrem durante a sessão


que são semelhantes a queixa do cliente
 Observação direta do comportamento descrito
COMPORTAMENTOS CLINICAMENTE
RELEVANTES

 Comportamentos do cliente que ocorrem durante a sessão e


estão relacionados ao comportamento-queixa, ao progresso
e interpretação do próprio comportamento.
 CRB1: Problemas do cliente que ocorrem na sessão, que
deveria ter a freqüência diminuída.
 Ex.: Cliente se queixa que não consegue fazer tudo que precisa,
sempre atrasa ou falta nos compromissos, nem consegue
organizar sua vida financeira, todos a sua volta reclamam, não
marcam mais compromisso com ela e a consideram
irresponsável. Na terapia chega sempre atrasada, chega em
horário inesperado e quer ser atendida, falta sem avisar.
 CRBB2: Progressos do cliente que ocorrem durante a
sessão
 Comportamento do cliente que tem baixa probabilidade de
ocorrer no início do processo, em oposição ao CRB1 e deve
aumentar de freqüência durante o processo.

 Ex.:Cliente começa a chegar no horário da sessão, liga para


desmarcar quando não pode comparecer.
 CRB3: Interpretações do comportamento segundo o cliente

 Comportamentos do cliente de relatar relações funcionais


sobre seu próprio comportamento (Sd, Sr, Se, OE, etc).

 CRB3 diferente de CRB2


TÉCNICA TERAPÊUTICA

As cinco regras
 A FAP é um recurso técnico que o terapeuta tem em mãos

 Para analistas do comportamento não é um tipo de terapia

 Usado indistintamente  Pouco resultado

 Usado após avaliação funcional  ótimo recurso para


promover o desenvolvimento do cliente
REGRA 1

Prestar atenção aos CRBs


 Fundamental para o andamento da terapia
 Quanto maior a habilidade do terapeuta em identificar
CRBs melhor o desenvolvimento da terapia
 Produz melhora na relação terapêutica

 Evita reações inconsistentes e/ou antiterapêutica


 Manter observação atenta e constante
 Relato e reações do cliente

 Sensação e supostas reações do terapeuta

 Permite reforçar, extinguir, modelar as respostas do cliente


durante o processo terapêutico
REGRA 2

Evocar CRBs
 Evocar CRB1
 Criar condições para CRB2

 Expressão de afetividade
 “O ingrediente essencial de uma terapia significativa e profunda
é o amor” (Kolenberg, p. 31)
 Cuidado com o reforçamento arbitrário
REGRA 3

Reforçar CRBs
 Promover reforçamento através das ações e reações
interpessoais entre terapeuta e cliente
 Cuidado com as expressões (reações) “falsas” ou pouco
convincentes.
 Cuidado com as frases prontas ou padronizadas
 Reforçar uma classe ampla de resposta

 Partir sempre no repertório inicial do cliente para


reconhecer os progressos
 Modelagem

 Descrever eventos privados produzidos pela relação com o


cliente
REGRA 4

Observar os efeitos das ações e reação do terapeuta sobre o


comportamento geral do cliente
 Reforçamento???

 Punição???

 Extinção???
REGRA 5

Interpretação funcional
 Descrever variáveis que afetam o comportamento do
cliente
 Pode proporcionar possibilidade de manipulação dessas
variáveis
 Amplia a “percepção” de tais variáveis

 Descrever relações funcionais que ocorrem


 Dentro da sessão
 Fora da sessão
 Relacionar ambas
IMPORTANTÍSSIMO
 Objetivo final: desenvolvimento e melhora do cliente
 Empatia, atenção, acolhimento, esperança (acreditar na
possibilidade de melhora)
 Lembrar: O que é bom para você pode não ser bom para
o outro
 Discernir entre satisfação dos seus “desejos” e dos “desejos”
do cliente
 O cliente deve evoluir e melhorar para se tornar aquilo que
ele “quer ser” e não o que você quer que ele seja
 Cuidado com valores e crenças pessoais
 Utilizar reforçamento arbitrário para possibilitar o acesso a
reforçadores natural
 Situação de problemas de aprendizagem

 Evitar controle aversivo.


 Terapeuta = audiência não punitiva – (Skinner 1953)
 Auto-cuidado do terapeuta é indiretamente reforçador para
o cliente
 Reações expontâneas diante da melhora do cliente são
reforçadoras
 Abrir mão da “cara de vaso”
 Avaliar suas reações
 Supervisão

 Generalizar
 Estabelecer relações pessoas “construtivas”

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