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TERAPIA ANALÍTICO-

FUNCIONAL (FAP)

Ricardo Wainer
Terapia Analítico-Funcional
• Desenvolvida na década de 1980 para tratar problemas interpessoais.
• Também utilizado como base para a compreensão da Aliança
Terapêutica dentro dos modelos de terapia comportamental.
• Fundamentada no Behaviorismo Radical e também no
Contextualismo Funcional.
• Trabalha com uma perspectiva Transdiagnóstica dos problemas
• Tem como seus principais objetivos:
• Construção de repertórios interpessoais (intimidade, assertividade, empatia,
envolvimento emocional)
FAP Pressupostos
• Na relação real com o terapeuta o paciente tende a se comportar
como faz nas interações sociais fora da terapia, devido às
similaridades entre o setting clínico e o ambiente externo.
• O terapeuta utilizando dos conhecimento de AEC, busca reforçar
comportamentos de melhora.
• O terapeuta busca modificar o comportamento do cliente na medida
que aparece na interação clínica e não no externo prioritariamente.
• Cognição é vista como parte importante da cadeia comportamental,
mas não a CAUSA.
Princípios das Intervenções
• Todas as intervenções, baseiam-se nos princípios do:
• Condicionamento Respondente
• Condicionamento Operante
• Modelação
• As análises funcionais se basearão na Tríplice Contingência, ou seja a
relação entre E antecedentes – Comportamento – Consequências
• Assim, o terapeuta irá buscar identificar em que contextos,
comportamentos disfuncionais estão sendo de alguma maneira
reforçados, bem como identificar a história (geralmente aversiva) que
gerou tais comportamentos.
Funções dos Comportamentos para a FAP
• APROXIMAÇÃO (reforço positivo)
• AFASTAMENTO / ESQUIVA (reforço negativo)
• DISCRIMINAÇÃO (estímulo discriminativo)
• ELICIAMENTO DE EMOÇÕES (comportamentos reflexos)
Focos na Análise Funcional (foco na função)
• Comportamentos Clínicamente Relevantes (CCRs)
• Comportamentos fora da sessão (O outside)
• Comportamentos Clinicamente Relevantes de Mudança (CCR2)
• Comportamentos do Terapeuta que inteferem no tratamento (T1)
• Comportamentos do Terapeuta que ajudam/potencializam o
tratamento (T2)
Componentes da Análise Funcional
• Histórico de reforçamentos
• Problemas do cotidiano
• Problemas sociopolíticos
• Variáveis mantenedoras do processo
• Vantagens e pontos positivos
• Metas para o cotidiano – para a mudança
• Problemas na Sessão
• Metas de melhora na Sessão
• Comportamentos-alvo do terapeuta em sessão
Importante
• A relação terapêutica é o espaço de mudança e portanto deve-se
evitar a sua ruptura a qualquer preço
• Uso de extinção dos comportamentos disfuncionais
• Evitação de qualquer tipo de controle aversivo durante o tratamento
• Cuidado com o padrão histórico do paciente com contextos punitivos,
geradores de esquiva e de emoções negativas.
• O objetivo é sempre a forma de se comportar, mais do que o
comportamento propriamente dito.
5 Regras da FAP para ao tratamento
• 1) Consciência: atentar aos CCRs e aos Ts e traçar paralelos
• 2) Coragem: Evocar CCR2s (não se exagerar em técnicas)
• 3) Amor: reforço natural aos CCR2s (Regra central)
• 4) Avaliação dos efeitos das intervenções
• 5) Analisar funcionalmente o processo terapêutico e promover
generalização (autoconhecimento denota auto-observação e
autodescrição dos próprios comportamentos, dos contextos e das
consequências)
TERAPIA COGNITIVA
BASEADA EM
MINDFULNESS
Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness
• Desenvolvida como um programa de Mindfulness que buscava
atender os requisitos para funcionar como um programa de
manutenção de ganhos terapêuticos na depressão:
• Exercícios regulares para descentramento;
• Para ser utilizado fora de situações de crise para ajudar o pacientes a lidar
melhor com pensamentos, emoções e sensações corporais;
• Poder ser utilizado em grupos para, assim, atender um número maior de
pessoas.
Evidências
• A TCBM apresenta evidências científicas um tanto divergentes quanto
a sua eficácia quando comparada com programas já consolidados.
• Apesar disso, demonstra efeitos positivos para a grande maioria dos
pacientes em que foi aplicada, sendo os principais ganhos:
• Redução do nível de ruminações depressivas;
• Redução de sintomas depressivos;
• Redução do número de recaídas e recorrências;
• Aumento de habilidades de mindfulness e de autocompaixão e;
• Melhora nos indicadores de percepção de qualidade de vida.
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 1
PILOTO AUTOMÁTICO E ATENÇÃO PLENA
Prática da uva passa (mindful eating)
Atenção plena no corpo
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 2
CONSCIENTIZAÇÃO DO CORPO
Atenção plena no corpo (escaneamento corporal)
Apreciação do aqui-e-agora
Reconhecimento de experiências agradáveis
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 3
LIDANDO COM A MENTE DIVAGANTE
Prática de movimentos atentos
MEDITAÇÕES
Prática da atenção na respiração
Espaço de respiração de 3 minutos
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 4
INDO ALÉM DOS RUMORES (tomando perspectiva dos pensamentos)
Meditação dos sons e pensamentos
Identificação de como os pensamentos podem desencadear
estados emocionais aversivos
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 5
DEIXANDO AS COISAS SEREM COMO ELAS SÃO (deixar que os
sentimentos difíceis venham à consciência)
Entendimento que a ACEITAÇÃO é uma postura ativa
Meditação de exploração das dificuldades
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 6
PENSAMENTOS NÃO SÃO FATOS
Busca modificar a maneira como o sujeito se relaciona com os
pensamentos ao invés de questioná-los
Mindfulness training
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 7
BONDADE EM AÇÃO
Relaciona a relação direta entre nossa rotina, atividades,
comportamentos e nosso humor.
Práticas para ajudar o paciente a não entrar em atividades diárias
que levem ao “funil da exaustão”.
Estrutura do Protocolo (encontros)
• ENCONTRO 8
E AGORA?
Retomada geral da ideia central do cuidado com os padrões
automatizados

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