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Visão geral do tratamento

Beck, J. Visão geral do tratamento. In: J. Beck, Terapia cognitivo comportamental:


teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2022.

Prof. Joice Ferreira


Princípios do tratamento
1. Planos de tratamento baseados em uma
conceitualização cognitiva em desenvolvimento contínuo

2. Requer aliança terapêutica sólida

3. Monitoramento contínuo do progresso do cliente

4. Culturalmente adaptada e adapta o tratamento ao


indivíduo
Princípios do tratamento
5. Enfatiza o positivo

6. Enfatiza a colaboração e a participação ativa

7. É aspiracional, baseada em valores e orientada


para os objetivos
8. Inicialmente enfatiza o presente

9. É educativa
Princípios do tratamento
10. É atenta ao tempo do tratamento

11. As sessão são estruturadas

12. Utiliza a descoberta guiada e ensina os clientes a


responder cognições disfuncionais
13. Inclui planos de ação (tarefa de casa da terapia)

14. Utiliza uma variedade de técnicas para mudar o


pensamento e o comportamento
1. Planos de tratamento baseados em uma conceitualização cognitiva em
desenvolvimento contínuo
• Conceitualização = compreensão do caso

• Base nos dados fornecidos pelo cliente

• Foco:
• Cognições-chave
• Estratégias comportamentais
• Fatores de manutenção que caracterizam o transtorno
• Pontos forte, qualidades e recursos
1. Planos de tratamento baseados em uma conceitualização cognitiva em
desenvolvimento contínuo
• Ex. do caso Abe

• Cognições-chave/atuais: “Eu sou um fracasso. Não


faço nada direito.”
• Estratégias comportamentais
• Fatores de manutenção que caracterizam o transtorno:
depressão mantida pelo isolamentos e muito tempo
inativo
• Fatores precipitantes: perda do emprego e fim do
casamento (reforço da crença de incompetência)
• Pontos forte, qualidades e recursos
2. Requer aliança terapêutica sólida
• A TCC se inspira nos princípios da ACP de Carl Rogers
para criar uma boa aliança terapêutica, especialmente a
aceitação incondicional e empatia.

• Investigar reação ao plano de tratamento

• Decisões colaborativas

• Justificar intervenções
2. Requer aliança terapêutica sólida
• Usar autoexposição

• Pedir feedback durante e no final das sessões

• Trabalhar duro em equipe para atingir e reconhecer o


progresso
3. Monitoramento contínuo do progresso do
cliente
• Nos primórdios da TCC, Beck recomendava o uso
de listas semanais de monitoramento dos sintomas
e feedback verbal e escrito ao fim das sessões.

• Pesquisas demonstram que o monitoramento de


rotina melhora os resultados.
4. Culturalmente adaptada e adapta o
tratamento ao indivíduo
• Estar atento ao pertencimento cultural dos clientes, e
sempre que necessário estudar sobre o tema.

• As variações podem ser de idade, orientação religiosa ou


espiritual, étnica, condição socioeconômica,
incapacidades, gênero, identidade e orientação sexual.

• Desenvolver comportamento culturalmente respeitoso


com o cliente.
5. Enfatiza o positivo
• Ajudar o cliente ativamente a trabalharem no cultivo de
estados de humor e pensamentos positivos com
objetivos de inspirar esperança.

• O humor deprimido tende a focar nas experiências


negativas, interpretar experiências neutras como
negativas, além ignorar ou não reconhecer as
experiências positivas.
6. Enfatiza a colaboração e a participação
ativa
• Terapeuta e cliente são ativos

• Decisão em conjunto sobre o que irão trabalhar na


sessão, quais os passos em direção aos objetivos, como
resolver os potenciais obstáculos, avaliar cognições
disfuncionais, resumir pontos importantes e elaborar
plano de ação.
7. É aspiracional, baseada em
valores e orientada para os objetivos
• Identificar:
• Valores,
• Aspirações: o que querem ser; como querem que sua vida
seja; objetivos para o tratamento (quais os resultados que
querem obter na terapia)
8. Inicialmente enfatiza o presente
• O desenvolvimento inicial da TCC buscava melhorar o
humor dos clientes, e por consequência, suas vidas.

• Isso não quer dizer que não possamos mudar o foco para
o passado, especialmente em 3 circunstâncias:
• 1. Cliente expressa forte desejo de trazer o passado;
• 2. Quando o trabalho direcionado a problemas atuais e a
aspirações futuras produz mudança insuficiente;
• 3. Para compreender principais ideias disfuncionais e
estratégias de enfrentamento se originaram e foram mantidas.
8. Inicialmente enfatiza o presente

Ou seja, a “ida” ao passado pode ajudar a


entender algo e a partir daí usar esse novo
entendimento para a vida.
9. É educativa
• Tornar o processo da psicoterapia compreensível.

• Cliente fica mais confortável quando entende como é o


tratamento ,tanto durante a sessão quanto durante o curso do
tratamento.

• Importante explicar sobre o transtorno/diagnóstico (se


houver), processo da TCC, estrutura das sessões, modelo
cognitivo e pedir feedback.

• Psicoeducação
10. É atenta ao tempo do tratamento
• No começo era uma terapia de curta duração, muitos
clientes com depressão e ansiedade faziam entre 6 e 16
sessões.

• Para algumas condições o tratamento precisa ser mais


longo. Mas sempre com o objetivo de ser o mais curto
possível e mantendo a recuperação dos transtornos,
realização de aspirações, valores e objetivos.
10. É atenta ao tempo do tratamento
• Resolver suas questões mais urgentes;

• Promover satisfação e prazer na vida;

• Aprender habilidades para promover resiliência e evitar


recaídas.

• Sessões podem ser semanais e em casos mais graves,


podem ser mais frequentes.
10. É atenta ao tempo do tratamento
Com a melhora...

Quinzenal

Mensal

Sessões de reforço a cada 3 meses durante 1 ano


10. É atenta ao tempo do tratamento
O QUE PODE FAZER O TRATAMENTO SER
MAIS LONGO?
• Vidas caóticas, desafios severos constantes
(pobreza, violência...)
• Transtornos crônicos ou resistentes ao
tratamento
• Transtorno de personalidade; dependência
química; transtornos alimentares; esquizofrenia

1 ou 2 anos de terapia podem ser insuficientes


11. As sessão são estruturadas
Revisão do prontuário, objetivos do tratamento e
planos de ação.

• 1ª parte da sessão: reestabelecer a aliança terapêutica; revisar


plano de ação e coletar dados para definir e priorizar a pauta.

• 2ª parte: discussão dos problemas ou objetivos da pauta

• Parte final: terapeuta e cliente fazem um resumo da sessão.


Certificação de que plano de ação é razoável, solicita e responde
ao feedback do cliente.
12. Utiliza a descoberta guiada e ensina os
clientes a responder cognições disfuncionais
• Ao discutir problema ou objetivos, o terapeuta faz
perguntas para ajudar o cliente a identificar seu
pensamento disfuncional (o que está passando pela sua
mente?), avaliar a validade e utilidade dos seus
pensamentos e formular um plano de ação.

• Avaliação da validade e funcionalidade das crenças

• Questionamento socrático
12. Utiliza a descoberta guiada e ensina os
clientes a responder cognições disfuncionais
12. Utiliza a descoberta guiada e ensina os
clientes a responder cognições disfuncionais
13. Inclui planos de ação (tarefa de casa da
terapia)
• Um dos objetivos do tratamento é ajudar os clientes a se sentirem melhor ao
fim da sessão e prepara-los para ter uma semana melhor.

Identificar e avaliar pensamentos automáticos que


são obstáculos aos objetivos dos clientes
Plano de ação
Implementar soluções para os problemas e
obstáculos que podem surgir na semana seguinte;
e/ou

Praticar habilidades comportamentais aprendidas na


sessão.

Tudo o que queremos que o cliente recorde é


registrado.
13. Inclui planos de ação (tarefa de casa da
terapia)
Exemplo de anotações da terapia

J. Beck (2022, p. 66)


13. Inclui planos de ação (tarefa de casa da
terapia)
Exemplo de anotações da terapia

Cuidado para não sugerir planos muito J. Beck (2022, p. 66)

difíceis!!!!
14. Utiliza uma variedade de técnicas para
mudar o pensamento e o comportamento
Terapia comportamental
Exemplos de técnicas

Psicoterapia centrada na
pessoa
Psicoterapia psicodinâmica

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