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• Esclarecimento do problema
• Os testes psicológicos podem a clarificar um problema conhecido, e podem melhorar a
compreensão do cliente sobre o problema, conduzindo a um plano de tratamento mais
adequado (e.g., maior consciencialização da forma como se sente e age a partir da resposta às questões).
• Os três tipos mais importantes de informação que podem ser recolhidos para este fim
são: a gravidade do problema, a complexidade do problema, e 0 grau em que o
problema prejudica a capacidade do cliente de funcionar em um ou mais papéis da
vida.
• Identificação das Características Importantes do Cliente
• Identificação de características do cliente que podem servir como recursos para atingir
seus objetivos terapêuticos (e.g. suporte social, trabalho, talento…).
• O conhecimento das fraquezas ou défices do cliente que também podem afetar o
plano de tratamento (recursos monetários insuficientes, dificuldades relacionais, falta de
competências sociais, doença…).
Avaliação Psicológica como coadjuvante da
psicoterapia
• Avaliação Psicológica no apoio ao julgamento clínico
• Nomeadamente na tomada de decisão em relação ao rastreio, diagnóstico,
planeamento do tratamento e monitorização do progresso do tratamento.
• Na avaliação
• O cliente não é apenas o principal provedor de informações necessárias, mas também
participa ativamente na formulação das questões que devem ser respondidas pela
avaliação.
• O feedback sobre os resultados da avaliação é fornecido ao cliente e é considerado um
principal, se não o principal, elemento do processo de avaliação.
• Assim, o cliente torna-se parceiro no processo de avaliação.
3. Avaliação Psicológica como Técnica de
Intervenção
• Reconhecer padrões de funcionamento (e.g., cansaço, fadiga pontuados altos vs
pessoa ativa – cansaço e fadiga normais);
• Apresentar os resultados da avaliação diretamente ao cliente
• Pedir feedback ao cliente: reconhecimento do direito dos clientes
para ver seus registos de saúde, médicos, psicológicos e psiquiátricos;
• Mostrar a evolução – mudança (e.g., melhoria na sintomatologia);
• Perceber o que deve ser trabalhado (e.g., áreas ainda afetadas –
relacionamento interpessoal);
• Discutir o significado dos resultados em termos de objetivos de
intervenção definidos pelo cliente;
• Suscitar as reações do cliente.
4. Monitorização da intervenção
Utilização de testes psicológicos ao longo do tratamento?
Competências
Entrevistas clínicas:
Instrumentos
- Entrevista semi-estruturada
de psicopatologia
- Entrevista de diagnóstico
Focalização
Confrontação
Focalização Competências de
influência
Confrontação
• Código de ética
• Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses
• Competência profissional
• Consentimento Informado
• Confidencialidade
• Desafios do uso das novas tecnologias
Competência multicultural
• Ajudam o entrevistador
• A demonstrar que se importa com o cliente e que está envolvido.
• A observar as mensagens não ditas e a responder mais apropriadamente
às necessidades imediatas do cliente.
Competências básicas de atendimento
• Comunique ao cliente que você está interessado no que ele está a dizer.
• Aumente a sua consciência sobre o padrão do cliente de se focar em determinados
tópicos.
• Modifique seus padrões de atendimento para estabelecer um relacionamento com
cada indivíduo.
• Desenvolva competências que possam ser usadas quando estiver perdido ou
confuso durante a entrevista.
• Ofereça suporte ao cliente com contacto ocular, qualidade vocal, seguimento
verbal e linguagem corporal adequados individualmente e culturalmente.
• Os clientes falarão com mais liberdade e responderão abertamente,
principalmente em torno de tópicos importantes.
Competências básicas de atendimento
• Contato ocular: se você vai falar com as pessoas, olhe para elas.
• Qualidade vocal: o tom de voz e velocidade de fala também indicam claramente
como o terapeuta se sente em relação a outra pessoa (e.g., interesse).
• Seguimento verbal: não mudar de assunto, ficar com a história do cliente.
• Linguagem corporal: estar atento! Os clientes sabem que o terapeuta está
interessado se os encarar diretamente e ligeiramente inclinado para a frente, com
um rosto expressivo e com gestos facilitadores e encorajadores.
• Questões-chave:
• "Quem" - quem é o cliente, a sua história pessoal e familiar, que outras pessoas se
encontram envolvidas?
• "Qual" - qual é o problema, quais os detalhes específicos da situação?
• "Quando" - quando ocorre o problema, antecedentes e consequências da situação?
• "Onde" - onde ocorre o problema, em que contextos e situações?
• "Como" - como reage o cliente, como se sente acerca disso?
• "Porquê" - porque ocorre o problema?
Questões abertas e fechadas
• As questões devem ser curtas, simples e focadas numa parte do problema de cada vez;
• Manter o foco da questão no cliente e não em outras pessoas.
• Se o cliente estiver a explorar de forma produtiva evitar interromper para colocar questões;
• Variar o formato das questões;
• Ter uma intenção/objetivo para cada questão;
• Evitar questões que já tenham uma resposta (ex.: Não acha que é correto agir dessa forma,
pois não?);
• Evitar a utilização de uma questão fechada logo após uma questão aberta – diminui a
exploração.
• Usar questões fechadas em situações de crise (potencial suicídio, homicídio, abuso…) e
avaliação/diagnóstico de aspetos específicos.
Competências de observação
Comportamento não verbal do cliente:
• Padrões de contacto ocular, linguagem corporal, características vocais são
elementos importantes, podendo mudanças nesses aspectos indicar interesse ou
desconforto.
• Inclui desde:
• O aceno de cabeça, gestos abertos, expressões faciais positivas (e.g.,
sorrisos), que encorajam o cliente a continuar a falar,
• Frases tais como "Uh - uh", “Percebo” ou “Pois”, ou a simples repetição
das palavras chave do cliente.
• O silêncio emparelhado com comunicação não verbal adequada também
pode ser uma forma de encorajamento.
Paráfrase
• Evitar reformular tudo o que o cliente diz - Escolher a parte mais importante do cliente
• Menos é mais: devemos conter e abreviar as nossas intervenções
• Um contexto ou uma breve paráfrase podem ser adicionados para ampliar a reflexão
do sentimento. “Parece sentir-se mal com todas as coisas que aconteceram nas últimas
2 semanas”
• O tempo da reflexão pode ser importante. As reflexões no tempo presente tendem a
ser mais úteis do que as do passado
• Solicitar confirmação: é especialmente útil se o sentimento não for expresso (“Você
está com raiva hoje – será que percebi bem?”).
É uma competência importante para:
• Identificar e intensificar a experiência de emoções
• Encorajar o reconhecimento de sentimentos por parte do cliente, clarificar,
veicular esperança e expressão emocional
• Focalizar na experiência emocional básica aliada às situações (oscilar a
conversação entre a intelectualização ou reflexão abstracta e a exploração
emocional)
• Promover a auto-regulação de sentimentos
§ Confrontação
Competências de § Focalização
influência § Reflexão de
significado e
interpretação
Confrontação
• Focalizar permite:
• Aumentar a complexidade cognitiva e emocional do cliente. Muitas vezes, os
problemas são considerados a partir de um único quadro de referência.
• Compreender melhor os pontos de vista dos outros com um aumento concomitante da
compreensão empática e na intencionalidade cultural.
• Incorporar questões familiares e culturais.
• Diferentes enfoques:
• No cliente: “Estava a dizer na última sessão que se preocupa com o seu futuro. . . . ”
• No tema ou problema principal: “Conte-me mais sobre a sua demissão. O que
aconteceu especificamente? ”
• Nos outros: “Então você não se dava bem com o gerente. Eu gostaria de saber um
pouco mais sobre ele. . . . ”
• Na família: “Até que pontoa sua família tem apoiado?”
• No entrevistador: “Minha experiência foi. . . ”
• Questões culturais / ambientais / contextuais
Reflexão de significado e interpretação /
reenquadramento
• O objetivo da reflexão de significado é facilitar aos clientes a descoberta de
significados e valores mais profundos que forneçam um sentido de orientação para
as suas vidas.
• O objetivo de interpretar / reenquadrar é fornecer uma nova forma de
compreender pensamentos, sentimentos e comportamentos, o que muitas vezes
resulta em novas formas de criar significado.
• Os clientes geralmente geram seus próprios significados, enquanto as interpretações /
ressignificações geralmente partem do terapeuta.
• A interpretação pode ser enraizada numa perspetiva teórica específica
• O reenquadramento, um tipo de interpretação, tende a ser mais no momento e
permite que os clientes vejam uma formas mais positiva de avaliar a sua situação
Reflexão de significado
• Os significados estão próximos da experiência do clientes.
• Incentive os clientes a explorar seus próprios significados e valores com mais
profundidade
• Uma reflexão de significado pode assemelhar-se a uma paráfrase, mas vai além do que
o cliente diz. Frequentemente, as palavras “significado”, “valores”, “visão” e
“objetivos” aparecem na discussão.
• O cliente discutirá histórias, problemas e preocupações com mais profundidade, com
ênfase especial em significados, valores e entendimentos mais profundos.
• Os clientes poderão ser capazes de discernir os seus objetivos de vida e visão para o
futuro.
Reflexão de significado
• Para extrair significado (“O que é que isto significa para si?”) devem usar-se
as palavras-chave importantes do cliente
• Elabora-se de forma idêntica às reflexões de sentimentos, sendo que as
palavras “significado”, “valores” ou “intenções” substituem as palavras de
sentimento.
• Por exemplo: “Você quer dizer. . . , ”“ Isso poderia significar que. . . , ”“ Parece que
valoriza. . . , ”Ou“ Um dos motivos / intenções subjacentes às suas ações foi. . . . ”
• Em seguida, usar as palavras do cliente para descrever o seu sistema de significado.
• Pode adicionar uma paráfrase do contexto e fechar com uma confirmação.
Interpretação / reenquadramento
Competências
Entrevistas clínicas:
Instrumentos
- Entrevista semi-estruturada
de psicopatologia
- Entrevista de diagnóstico
1. Iniciação:
• Construir a aliança terapêutica e uma relação de confiança que permita a auto-
revelação do cliente (mantendo o rapport durante todo o encontro)
2. Reunir informação
• Suscitar as problemáticas, dificuldades ou assuntos a explorar na sessão
• Ajudar na definição mais concreta da situação (por ex. com sumarizações)
• Explorar aspectos/recursos positivos do passado que sejam úteis no presente
5. Finalização
Cuidados a ter
Detetado o problema é importante determinar:
• Duração:
o Há quanto tempo dura? Quando começou?
• Desenvolvimento do problema:
o Eventuais mudanças no padrão e sua intensidade: O que aconteceu antes/depois/durante?
• Apropriada para:
• Clientes/utentes de psicologia e/ou psiquiatria
• Adultos, com 9º ano de escolaridade
• Quão forte é a sua intenção de o fazer? [Régua de 1 a 10, sendo 10 o máximo de intenção]
Consegue resistir ao impulso de o fazer?
• Pensou em algum momento específico para levar concretizar isto? [Importante: Avaliar a
oportunidade e a probabilidade de ser interrompido]
Avaliação do risco de suicídio
Treino de competências de relação terapêutica | Aula nº 10 99
4. [NÍVEL DE CONTROLO DOS IMPULSOS] Sente que consegue controlar, de alguma forma, estes
pensamentos sobre a morte e/ou o suicídio e resis>r-lhes? Durante estas úl>mas semanas aconteceu
magoar-se a si próprio propositadamente?
• Quando as coisas não lhe correm bem, já aconteceu ter agredido ou ter sido verbalmente agressivo com
alguém e/ou ter par>do objetos ou outra situação em que tenha colocado a si e/ou outros em perigo?
• Ouve vozes que lhe dizem para se magoar ou matar?
5. [FATORES DE STRESS e problemas de vida] Aconteceu ou está a acontecer algo na sua vida que possa ter
mo>vado estes pensamentos?
6. Como vão as coisas na sua vida (família, casamento/relação, trabalho/escola)?
[Domínios a explorar: saúde – incluindo tratamentos médico-cirúrgicos recentes nos 6 meses anteriores,
finanças, casamento, relações interpessoais, trabalho e aspetos legais]
7. O que costuma fazer quando tem estes pensamentos? [Recursos posiOvos: contactar amigos, pensar em
pessoas significaOvas, procurar ajuda profissional, pensar em aspetos posiOvos de si e da vida, etc.]
• Baixo risco de suicídio: não parece haver indicadores para considerar que a pessoa
está em qualquer tipo de risco.
• Risco de suicídio iminente: o utente pode vir a tentar o suicídio dentro das
próximas 48 horas.
Risco – Intervenção sugerida
• Questionário de auto-relato
• Foi construído a partir de uma análise e selecção dos itens do SCL-90 (Derogatis,
1977) - medem o mesmo construto.
Índices Gerais
Procedimentos de aplicação:
• Individualmente ou colectivamente,
• Instruções: a escolha deve corresponder ao item que melhor descreve a forma como o problema
afectou a pessoa nos últimos 7 dias,
• Tempo médio de resposta: 8 a 10 minutos,
• Cálculo das pontuações das escalas: somatório dos valores de 0 a 4 em cada item de cada dimensão /
nº total de itens da respectiva dimensão
0 - 13 Sintomatologia Ligeira
14 - 19 Depressão Ligeira
20 - 28 Depressão Moderada
29 - 63 Depressão severa
Sub-escalas Itens
Factor Cognitivo 3, 5, 6, 7, 8, 10, 13, 14
Factor Afectivo 1, 2, 4, 9, 12, 21
Factor Somático 11, 15, 16, 17, 18, 19, 20
OQ-45: Outcome Questionnaire -
(Questionário de Resultados)
• Escala composta por 45 itens, que tem como objetivo verificar o progresso
de pacientes em psicoterapia
Nota: STAI – Y e BDI-II são muitas vezes usados no mesmo protocolo de avaliação devido à comum
comorbilidade de sintomas
STAI-Y: Inventário de Estado-Traço de
Ansiedade (STAI-Y)
NOTA:
Caso a folha de resposta contenha 1 ou 2 itens não respondidos, faz-se o seguinte: