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Formulação de caso
4 sessões pré-tratamento:
- Trabalhar na construção da aliança terapêutica
- Realizar a avaliação cognitivo-comportamental do paciente
- Construir uma lista de dificuldades e de metas colaborativamente
- Elaborar uma formulação do caso inicial e definir o plano de tratamento
→ a avaliação é um processo, inicia-se no primeiro contato
- Na avaliação inicial, pode ser possível elaborar hipóteses para formulação de caso
As intervenções específicas só podem iniciar após elaboração da
formulação de caso e plano de tratamento – é o ideal, nem sempre acontece, vai
depender do paciente, se estiver em crise, precisa ser imediato, mas o processo se
encaminha junto.
- Descrição detalhada do modo como aquele sujeito funciona na vida e as razões que o
levaram para psicoterapia – descrição minuciosa e aprofundada – função = guiar como o
terapeuta deve agir com aquele determinado paciente.
Método e uma estratégia clínica para elaborar:
- Descrição do problema atual do paciente;
- Compreensão dos padrões mal-adaptativo;
- Teoria sobre o porquê e como esses padrões se desenvolveram;
- Hipóteses de quais processos estão mantendo os padrões ativos atualmente.
FORMULAÇÃO DE CASO
• Diagnóstica: O que está acontecendo? Quais são os padrões?
• Clínica: Por que e como se desenvolveram? O que mantém?
• Cultural: Quais aspectos culturais interferem?
• Tratamento: Quais os obstáculos? O que fazer? O foco do tratamento
FORMULAÇÃO DIAGNÓSTICA
Recorte do aqui e do agora (visão transversal), o que está acontecendo naquele
momento, o que o paciente descreve.
1) Como o paciente funciona em termos cognitivo-comportamentais?
2) Em que situações ele costuma funcionar dessa forma?
3) O que está acontecendo em sua vida em decorrência desse padrão de funcionamento?
• PADRÃO DE FUNCIONAMENTO
- como o paciente percebe, processa e responde às situações cotidianas, resultando nas
dificuldades apresentadas por ele.
• FATORES PRECIPTANTES
- Gatilhos ou estressores cotidianos que ativam o padrão de funcionamento do paciente
e resultam nas dificuldades apresentadas por ele quando chega para o tratamento
→ Incidentes críticos ou precipitantes: estressores que parecem estar intimamente
ligados com o início dos problemas do paciente – que deram start para o problema atual,
ativam crenças inativas
→ Gatilhos situacionais: fatores ou situações que disparam o padrão de funcionamento
do paciente, resultando nos sintomas e dificuldades – pode ser eventos internos
→ Modificadores situacionais: fatores do contexto, presente junto com os gatilhos,
que interferem na severidade do problema quando ele acontece – alteram a intensidade
da ativação e dos sintomas, tornando-os mais ou menos intensos
• DIFICULDADES APRESENTADAS
Resultado do padrão ativado os efeitos e consequências do padrão ativado na vida do
paciente.
Ex: avaliação do tipo e gravidade dos sintomas, diagnósticos médicos, avaliação da
dificuldade e prejuízos no funcionamento nas diversas áreas de vida
FORMULAÇÃO CLÍNICA
- Visão longitudinal das dificuldades do paciente
- Hipóteses de desenvolvimento para os padrões apresentados e hipóteses sobre a
manutenção desses padrões
1) Qual a origem desse padrão de
funcionamento? Como ele se
desenvolveu?
2) Que fatores estão envolvidos na
manutenção desse padrão atualmente?
3) Por que esse paciente simplesmente
não melhora sozinho?
• FATORES DE PREDISPOSIÇÃO:
- Vulnerabilidade biológica, psicológica, social.
→ Ajudam a explicar por que o paciente responde ou tem maior probabilidade de
responder às situações dessa forma e não de outra.
FATORES PERPETUADORES:
- De manutenção, fatores que contribuem para que o padrão de funcionamento seja
reforçado e mantido.
→ aspectos do próprio pacientem do ambiente ou contexto no qual o paciente está
inserido
Atenção: não é o fator em si que mantém o problema, mas o efeito deste fator
sobre a dificuldade ou crença primária. Tal efeito assume um viés confirmatório
ou de reforço.
FORMULAÇÃO DE TRATAMENTO
Foco = processos atuais de manutenção dos problemas (fatores perpetuadores)
Auxilia na seleção das melhores estratégias de intervenção para
modificação dos padrões disfuncionais.