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FORMULAÇÃO DE CASO EM TERAPIA COGNITIVA

Modelo Básico de Formulação de Caso

(Westbrook, D., Kennerley, H., & Kirk, J. 2011)

Descrição dos problemas do paciente: Quais áreas da vida apresentam problemas? Quais
problemas/dificuldades específicos?

✓ Sintomas: Quais reações fisiológicas se apresentam diante dos problemas?


✓ Emoções: Quais emoções são intensas e recorrentes? Desconforto?
✓ Pensamentos: Quais pensamentos são disfuncionais?
✓ Comportamentos: Como age/reage diante das dificuldades (padrões desadaptativos,
estratégias compensatórias?

Gatilhos/Desencadeantes: Fatores, situações atuais que quando presentes aumentam a


probabilidade de ocorrer o problema/dificuldade? Que tipo de situação ativa o problema?

Precipitantes/Incidentes Críticos: São eventos ou situações que provocaram o problema pela


primeira vez. Situações ou eventos que deram o “start” para os problemas atuais. Incidentes que
“acordaram” a crença.

Modificadores Atuais: Fatores contextuais que interferem na severidade do problema quando


eles ocorrem. Pioram o problema.

Modificadores no curso do problema: Algo modificou o curso do problema ao longo do tempo?

✓ Crenças/Pressupostos:
✓ Crenças Centrais: Ideias globais sobre mim, o outro, o mundo e o futuro. Os pacientes
acreditam que se empregarem suas estratégias compensatórias ficarão bem, e se não
o fizerem, suas crenças centrais serão descobertas ou serão reais, evidentes. (Eu sou,
o mundo é, os outros são...)
✓ Crenças Intermediárias: Pressupostos e Regras. Demonstram como as estratégias
comportamentais estão conectadas às crenças centrais. (Devo ser ou fazer tal coisa...,
se tal coisa, logo...)

Fatores de Vulnerabilidade/Experiências tardias: São quaisquer acontecimentos/aspectos na


história do paciente, relativos a infância ou experiências tardias, que aumentaram sua
probabilidade de desenvolver o problema e provavelmente auxiliaram na instalação das crenças
desadaptativas.

Processos de Manutenção: São os mecanismos que mantém os problemas ativos. Não é


apenas o comportamento que mantém o problema, mas a função do comportamento.
Apresentam-se como Ciclos Viciosos. Podem ser compostos por reações comportamentais,
afetivas ou cognitivas que fornecem feedback, ou seja, que alimentam o problema. Como o
paciente costuma agir diante do problema? Qual a função dessas reações (estratégias
compensatórias)?

Estratégias Compensatórias: Comportamentos desenvolvidos para se proteger, encobrir ou


compensar suas crenças negativas; Comportamentos compensatórios nem sempre são
disfuncionais; Podem ter sido funcionais, mas se tornam inadequados quando o indivíduo se
desenvolve, entra em uma nova situação de vida e continua utilizando os mesmos
comportamentos. Protege momentaneamente da ativação da crença, mas não elimina as
crenças centrais, reforçando o funcionamento.

Objetivos do tratamento: Inicial, intermediário e final.

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