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Entrevistas

Objetivo:

• Estabelecer a relação terapêutica (uma relação de confiança)


• Obter informação (tal como a razão do pedido de ajuda, ou o problema/ historial
do cliente
• Avaliar a psicopatologia/ diagnostico (identificar se o que fala o perturba, se está
doente ou não, se esta doente ou não, se é doente ou temporário)
• Dar informação ao paciente (pode ajudar a normalizar alguns sintomas)
• Conceptualizar os problemas
• Formular hipóteses
• Selecionar e definir objetivos terapêuticos

Tipos de entrevistas:

• Entrevistas estruturadas (questões fechadas)


• Entrevistas semiestruturadas (margem para colocar questões abertas)
• Entrevistas não estruturadas (não tem um fio condutor- tudo questões abertas)

Melhor opção de entrevista. Semiestruturada

Quais as fases de uma entrevista:

• Fase de abertura (apresentação, idade, trabalho, escolaridade, etc.);


• Fase de reconhecimento (quem é a pessoa naquele contesto, com base na sua
vida sócio-cultural):
• Fase de finalização (sumario das emoções, consideração de prognostico);

As questões psicossociais (história do individuo, o seu desenvolvimento desde a


infância até ao jovem-adulto, etc.) são muito importantes.

Devolver ao cliente de forma sucinta o que ele nos disse para demonstrar compreensão
com o uso de algumas palavras do mesmo.

Avolição: ausência de vontade


Prognóstico: fazer previsão em função de uma situação mediante um conjunto de
fatores.

Especificadores de diagnostico: especificar (grau de gravidade, etc.)

Características/ “implicações” para avaliar uma perturbação psicológica

1. Problema presente/ razão do pedido


o Resumir o problema apresentado pelo paciente a uma ou duas frases que
identifiquem a natureza do pedido
o Muitas vezes apresentado nos termos do paciente
2. História do problema
o Há quanto tempo ocorre;
o O que iniciou;
o Gravidade;
o Padrão de ocorrência
o De que modo afecta a vida do pacinete;
o Como lida com os sintomas;
o O papel que os outros têm no problema do paciente;
o Tratamentos prévios
o Curso desenvolvimental do problema:
▪ Recolha de informação acerca das circunstancias presentes no
inicio dos sintomas e de como o paciente ou outros os notaram
▪ Em que circunstancias voltou a aparecer
▪ Que mudanças notou ao longo do tempo
o De que modo afecta a vida do paciente
▪ Reflete quer a gravidade do problema, o modo como o peaciente
lida com ele (competências de confronto), o suporte social e o
funcionamento interpessoal
▪ A gravidade do problema manifesta-se e infere-se a partir do
numero de atividades como trabalho, escola e relações
interpessoais que são afetadas
o Modo como o paciente lida com os sintomas ou problemas

Avaliação do perigo imediato


o Risco de suicídio
• “Já alguma vez desejou não estar vivo?”
• “Tem tido pensamentos acerca da morte?”
• “Fez planos para se matar?”
o Outros problemas
• “Está preocupado com mais alguma área da sua vida neste
momento?”
• Áreas: Trabalho/escola; Família e relações conjugais; Amigos e
vida social; Stress interior e saúde
3. História familiar e social
o História social e desenvolvimental
• Estrutura das relações familiares e mudanças da mesma ao longo
do tempo.
• Áreas: Nascimento; Desenvolvimento Pré-escolar; Experiência
Escolar, Adolescência; História Adulta
• Amizades, problemas com autoridades, educação, trabalho,
relações íntimas.
• História sexual (relações íntimas, padrões de disfunção, abuso).
o História psiquiátrica
• Antecedentes: desordens psiquiátricas; tratamento psiquiátrico;
Hospitalizações
• Resposta à medicação
• Psicoterapia
4. História médica
o Revisão dos problemas médicos, tratamentos associados e medicação
(actual e anterior).
o Utilização de substâncias (álcool, tabaco, drogas ilegais).
5. Estado mental
o Aparência
o Funcionamento cognitivo
o Afecto e humor
o Estilo interpessoal
o Comportamentos especiais
o Necessidades especiais

Relatório de avaliação clinica

A. Identificação

Uma frase que inclua o nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão do

paciente.

B. Problema Presente

Relato conciso das razões para o paciente procurar ajuda;

• Incluir áreas como duração do problema, natureza dos sintomas e

acontecimentos críticos.

C. Observação Comportamental

Breve descrição do comportamento do paciente durante a entrevista.

D. Avaliação

Resultados de avaliações, questionários, etc.

o História Pessoal
• Breve resumo da história desenvolvimental do paciente, incluir relações com
pais, outros significativos, familiares, história escolar e profissional,
principais relações afetivas, etc.
o História médica
o Diagnóstico
o Eventual sugestão de plano terapêutico

O sistema multiaxial
Uma avaliação axial requer que todo o caso seja avaliado em 5 diferentes eixos, cada
um dos quais se refere à classe de diferentes informação. Os 3 primeiros eixos
constituem a avaliação formal do diagnostico. Os eixos 4 e 5 fornecem informações que
complementam esse diagnostico formal, e são de grande utilidade para o planeamento
do tratamento e previsão de resultados.
Eixo I

Tem como foco as perturbações psicológicas, logo a avaliação nesta dimensão esta
centrada a perturbações especificas, ou seja, mais de 90% que encontramos no DSM5
são classificadas neste eixo

Eixo II

Perturbações da personalidade e deficiência mental. É outra dimensão, mas mais


pequena. Relacionada com a personalidade ou incapacidade intelectual.

Eixo III

Estado físico geral ou condição medica geral. Pode incluir certas condições geradas no
período perinatal.

Eixo IV

Problemas psicossociais ou ambientais. Avaliamos eventuais problemas psicossociais/


ambientais que a pessoa possa ter

Eixo V

Avaliação global do funcionamento. Escala de 0-100 de funcionamento global com


especificação do período temporal

Exame de estado mental


Aparência física

o tem haver muito com a organização


o higiene, as pessoas com problemas a nível da saúde mental tem dificuldade em
fazer a sua própria higiene
o em termos organizativos, etários, será que a pessoa vem com uma indumentária
apropriada ao clima ? (o clima pode mostrar desorganização)
o configuração corporal ( se tem ou não robustez física)
o contato ocular (a pessoa mantém contato ocular ou não mantém, e se tem
dificuldade em manter) - linguagem não verbal
o expressão facial - pode adicionar a identificação de uma problemática ao nível
do humor ou de outro foro
➢ estes domínios são muito importantes e devemos avaliá-los quando
estamos perante alguém que é alvo de avaliação psicológica
➢ temos de estar atentos a tudo, à componente verbal e à não-verbal

Relatório do exame de estado mental´

o Leitura e análise de um relatório do exame do estado mental.


o Registo da estrutura do relatório.
o Elaboração de um relatório do exame de estado mental.
➢ Criação ficcionada de uma personagem onde são identificados e
esclarecidos vários sintomas psicopatológicos para cada uma das áreas
referidas na aula.

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