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A interação entre médico e paciente é importante, pois o profissional poderá Durante a entrevista é importante observar não apenas o que paciente diz, mas à
obter mais informações estabelecendo confiança e estimulando o paciente a falar forma como se expressa e ao que faz enquanto fala.
e refletir sobre si mesmo. A simpatia ou antipatia pode influir no resultado do No final da entrevista, pode fazer perguntas mais diretas para esclarecer os
exame. pontos que faltem para completar a história psiquiátrica ou o exame do estado
Variáveis do ambiente onde o exame é conduzido também interferem com o mental. Quando necessário, devem ser conduzidas entrevistas com parentes ou
mesmo, por exemplo, o local, a duração, a disposição dos participantes e as conhecidos, sempre com o consentimento do paciente.
condições de privacidade. Detalhes da entrevista
Existem basicamente três tipos de entrevistas: abertas, estruturadas e
I. Dados de identidade
semiestruturadas.
®Idade;
Entrevista aberta: o entrevistador não segue um roteiro rígido e pré- ®Sexo;
determinado, isso permite o paciente falar com mais liberdade e o curso da ®Estado civil;
entrevista é determinado por ele. ®Raça ou etnia;
®Ocupação;
Entrevista estruturada: a forma pela qual se obtém as informações, a sequência
®Fonte do encaminhamento;
das perguntas e os registros dos resultados são pré-determinados. Tem como
II. Fonte e confiabilidade
vantagem aumentar a confiabilidade do diagnóstico psiquiátrico, facilitando a
concordância entre diferentes profissionais. ® Esclarecer de onde veio a informação (registros, pessoas), e avaliar a
confiabilidade dos dados.
Entrevista semi-estruturada: tem um nível de estruturação maior ou menor, III. Queixa principal
dependendo da entrevista, mas permite sempre uma certa flexibilidade na ® Idealmente com as mesmas palavras do paciente.
IV. História da doença atual
® Descrição cronológica da evolução dos sintomas ( o que – sintomas,
quanto – gravidade, duração e fatores associados);
® Mudança nas relações interpessoais, comportamentos, hábitos pessoais e
na saúde física.
® Tempo dos sintomas, oscilações na natureza ou gravidade dos sintomas;
® Presença ou ausência de estressores (casa, trabalho, escola, problemas
legais, comorbidades médicas e dificuldades interpessoais);
® Fatores que aliviam ou exacerbam os sintomas (medicamentos, apoio,
habilidades de enfrentamento ou hora do dia);
® Fatores desencadeantes;
® Se fez algum tratamento para o episódio atual, se continua ou não, em
caso negativo, o motivo para isso.
® Revisão psiquiátrica dos sistemas – ajuda a identificar transtornos que são
mais incômodos para o paciente, mas não são percebidos inicialmente.